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Jornal da

ANAMTAno XVI - Maio/2004

Encontro em Goiânia define novos espaços e oportunidades para a Medicina do Trabalho

A abrangente pauta de interesse científi co, que contemplou também questões atuais relativas aoexercício da especialidade, foi o grande destaque do 12º CONGRESSO em Goiânia.

Neste ano, quando a instituição completou 36 anos de existência, o evento reuniu mais de mil congressistas que,com interesse e atenção, participaram dos debates , conferências e cursos programados pela

Diretoria Científi ca liderada pelo Professor Hudson de Araújo Couto.O Presidente da ANAMT, e também Presidente do Congresso, Professor René Mendes, destacou a importância

desse encontro para os médicos do trabalho, e creditou seu sucesso e grandiosidade à dedicação incansávelda Comissão Organizadora coordenada pelo Dr. Carlos Roberto Campos.

Nesta edição a cobertura completa do Congresso em Goiânia

12º Congresso ANAMT

Jornal da

ANAMTEdifício Medcenter - Rua dos Otoni, 909, sala 1807 - 30150-270 - Belo Horizonte/MG - Telefone/fax: (31) 3224-7204 - www.anamt.org.br - secretaria@anamt.org.br

Presidente: Dr. René MendesDiretor de divulgação: Dr. João Alberto Maeso Montes

Jornalista: Lia Lima - Reg. Prof. RS 4056 - fone/fax: (51) 3343.1742lialima@cpovo.netEditoração: Luís Henrique Dellamora GarciaRevisão: Antônio BalbéImpressão: Gráfi ca Dolika - Porto Alegre/RSOs textos assinados não representam necessariamente a opinião da ANAMT, sendo seu conteúdo de inteira responsabilidade dos autores.

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No Centro de Convenções de Goiânia, local do 12º Congresso, reuniu-se no dia 3 de maio o Conselho de ex-Presidentes da entidade.

Esse encontro é tradição da ANAMT e tem por objetivo a contribuição efetiva dos seus ex-dirigentes aos atuais condutores da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.

O Presidente reeleito para o período 2004/2007, Professor René Mendes, enfatiza que a ANAMT é hoje reconhecida entre as instituições científi cas e associativas no País e no exterior. O Brasil é hoje o terceiro país em número de médicos fi liados à Associação Internacional da Medicina do Trabalho.

Essa posição é conseqüência de um trabalho efetivo e permanente integrando

ex-dirigentes com os atuais. As experiências de cada um somam-se na busca das melhores soluções e decisões às propostas e desafi os da ANAMT.

A contribuição de cada colega é muito valiosa para consolidar o exercício da Me-dicina do Trabalho como uma referência nas relações envolvendo a saúde e as condições de segurança do trabalhador,concluiu.

Integração entre as lideranças da ANAMTé destaque na reunião dos ex-presidentes

A Diretoria Científi ca, coordenada pelo Professor Hudson de Araújo Couto, elaborou para o 12º Congresso ANAMT uma programação de cursos que teve a atenção de centenas de médicos e profi s-sionais dedicados à saúde e segurança do trabalhador.

Foram 16 temas, apresentados em tem-pos de 4h a 8h, abordando assuntos perti-nentes e atuais para a Medicina do Trabalho e áreas afi ns da saúde.

Nos três dias que antecederam o Con-

gresso, as salas de apresentação dos cursos estiveram sempre lotadas, com os inscritos participando ativamente dos estudos e de-bates .

O Dr. Hudson Couto explica que “a seleção dos conteúdos mereceu por parte da Comissão Científi ca um trabalho rigoroso de classifi cação, considerando sempre a sua importância e atualidade , bem como a capacitação e excelência dos professores ou apresentadores”.

Os cursos, em nível básico ou avan-

çado, trouxeram para discus são entre os profi ssionais da saúde, assuntos normativos como PCMSO, ISO 14001 e NR32, além de te mas essencialmente médicos, como “Transtornos mentais relacionados ao tra-balho”, “Atualização para a Medicina do Trabalho” e “Condutas médicas diante de queixa de dor em membros superiores”.

Os cursos pré-congresso constituem importantes oportunidades de atualização e novos conhecimentos ao médico do trabalho.

Cursos pré-congresso atraem centenas de participantes

Prova de Especialista

Candidatos destacam o nível da avaliação

Integração entre as lideranças da ANAMT

Uma publicação daAssociação Nacional

de Medicina do Trabalho

Mais de 100 médicos prestaram a prova para Especialista em Medicina do Trabalho, no dia 2 de maio, em Goiânia.

A maioria considerou muito bem elaborada em grau de exigência e conhecimentos, capaz de

avaliar efetivamente os candidatos.O Diretor de Título de Especialista da

ANAMT, Dr. Carlos Campos, destacou a signi-fi cativa participação de concorrentes.

– Tivemos 103 inscritos, o que demonstra o

interesse dos médicos pela especialidade.A ANAMT comunicará aos candidatos

quando da publicação dos resultados, e no seu site deverão estar todas as informações sobre a prova.

À partir da esquerda, sentados Pedro Elias Makaron, Jorge Rocha Gomes e Oswaldo Paulino.Em pé, Alvaro Frigério Paulo, Gilberto Madeira Peixoto, Ruddy Cesar Facci, René Mendes e Casimiro Pereira Júnior.

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Resultados e integração marcaram o Congresso com mais de mil participantes O encontro priorizou as atividades científi cas e os temas atuais da Medicina do Trabalho, e constituiu-se num marco

para a especialidade que trata da saúde e segurança do trabalhador .

Localizado logo na entrada do Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Goiânia, o estande da ANAMT tornou-se re fe rên cia para os asso-cia dos e participantes do Congresso. Ali se reuniam os colegas, que tinham ao seu dispor os serviços de secretaria para fi liar-se à entidade ou atualizar sua relação com a ANAMT, entre outros.

Mais uma vez a instituição confi rmou a sua efi ciência no apoio integral aos seus sócios.

Vinte e cinco empresas participaram da Expo-ANA-MT no 12º Congresso, confi rmando, assim, a importância do encontro para os expositores.

O estande no Congresso:A ANAMT bem próxima

do associado

O Professor René Mendes presidiu a solenidade de abertura do 12º Congresso da ANAMT.

As autoridades presentes

Dr. Marco Antônio Perez, Coordenador da Saúde do Trabalhador, representando o Ministro da Saúde, Drª Ma-ria Cecília Martins Brito, Superintendente de Vigilância Sanitária e Ambiental, representante do Governador de Goiás, Marconi Perillo, o Presidente da Associação Goiana de Medicina do Trabalho-AGOMT- Dr. Bragmar Emílio Braga, o Fundador e Presidente de Honra da ANAMT, Dr. Oswaldo Paulino, Procurador-Chefe da Procuradoria Re-gional do Fórum de Saúde e Segurança do Trabalho, Luiz Eduardo Guimarães Bojart, Vice-Presidenta do Conselho Federal de Medicina representando o Presidente do CFM, o Presidente do Conselho Federal de Medicina de Goiás, Dr. Ilian Cardoso dos Santos, o Vice-Presidente da ICOH Dr. Ruddy Faccy, o Presidente da ALSO-Associação La-tino-americana de Saúde Ocupacional, Dr. João Alberto Maeso Montes, o Diretor Científi co da ANAMT e Coor-denador da Comissão Científi ca do Congresso, Dr. Hud-son de Araújo Couto, o Diretor de Título de Especialista e Coordenador Executivo do Congresso, Dr. Carlos Roberto Campos, e Salmi Cândido Damas, Superintendente Admi-nistrativo da Secretaria de Estado do Trabalho de Goiás.

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Conferência temática

Esses e outros aspectos foram avaliados pelo Professor René Men-des nessa conferência.

Entre os números apresentados, o Presidente da ANAMT destacou aos congressistas que mais de 60 milhões de brasileiros estão fora da cobertura do SAT, e não são conhe-cidos os dados sobre a população economicamente ativa. Presume-se que apenas 22 milhões trabalhem de forma legal e registrada no País.

– Nesses aspectos, nossa avalia-ção é a mais negativa dos últimos 33 anos. E nesse contexto, como pode

se desenvolver a Medicina voltada para a saúde e segurança do traba-lhador? Como corrigir essas graves distorções diante da drástica redução orçamentária, principalmente para o Ministério do Trabalho?

As perspectivas menos pessimis-tas para a alteração dessa realidade, segundo o Professor René, são, entre outras :

– Mudanças do modelo assisten-cial em saúde do trabalhador.

– CIPAS e SESMT integrados ao sistema de gestão da saúde.

– Promoção da saúde no trabalho– Ampliação do conceito e da

prática de responsabilidade social nas organizações produtivas.

Nos seus comentários fi nais, o conferencista deixou aos partici-pantes a proposta de duas ações. O profi ssional da saúde deve ocupar espaços por competências, e colocar a saúde e segurança do trabalho no Balanço Social das Empresas.

– É hora também do médico do trabalho afi rmar-se na sociedade, comprometendo-se com as mudan-ças e inovações do contexto social.

Ausência de políticas públicas nas questões de saúde, fragmentação entre os Ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego, além da falta de ações governamentais pertinentes à segurança e saúde do trabalhador, retratam as difíceis

condições do campo da Medicina do Trabalho no Brasil.

Saúde e segurança do trabalhono atual contexto brasileiro

Mais de 35 mil médicos e enge-nheiros de segurança formaram-se no País no período de 73 a 78. Já o tempo transcorrido entre 1979 e 1985 caracterizou-se pelo ciclo das Normas Regulamentadoras edita-das pelo Governo, abrindo assim o mercado de trabalho para os profi s-sionais da área da saúde.

Entre 1986 e 1994 ocorreu o fortalecimento dos sindicatos que, além de pressionarem por melho-res salários e garantias no trabalho, constituíram suas assessorias de saúde, trazendo para um primeiro

plano de negociações, essa reivin-dicação que ganhou evidência nos pleitos dos trabalhadores.

É HORA DE NOVAS

PROPOSTAS

O Dr. Arlindo Gomes destacou que desde 2002 não são implemen-tadas políticas de avanços e facili-tadoras para as áreas da saúde e do trabalho. Ele entende que é hora do Congresso Brasileiro produzir propostas e pedir ações do Governo, tais como uma legislação moderna e

atualizada, órgãos públicos integra-dos com ações convergentes, com menos policiamento e mais justiça social.

Segundo o conferencista, as en tidades representativas da so-ciedade, principalmente aquelas ligadas à saúde, devem unir forças para acionar o Governo exigindo o fortalecimento da inspeção e da melhoria continuada na segurança, promovendo condições, ambientes e processos mais seguros, mais saudáveis e mais justos aos traba-lhadores.

Esse tema foi exposto e analisado no Congresso pelo Dr. Arlindo Gomes, Diretor Científi co da ANAMT. Ele apresentou cronologicamente, a partir de 1973, a realidade da Medicina do Trabalho no Brasil.

Conferência de conteúdo

Uma análise da atuação profissionaldo Médico do Trabalho

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O que se espera hoje da boaMedicina do Trabalho

Com a coordenação do Professor René Mendes, essa mesa-redonda lotou o grande auditório do Centro de Convenções de Goiânia, e teve intensa participação dos congressistas, que debateram as posições

apresentadas pelos representantes dos organismos governamentais vinculados de forma direta ou indireta com a Medicina do Trabalho, a saúde e segurança do trabalhador.

O representante do Ministério da Previdência, Dr. Paulo Rogério Albu-querque de Oliveira, disse que a se-gurança do trabalhador passou a dizer respeito a toda a sociedade.

– Temos registros muito preocu-pantes. A cada dia ocorrem três mortes por acidente de trabalho, tornando o Brasil recordista nesse campo.

Ele destacou também as falhas e problemas na política vigente para a segurança e saúde do trabalhador.

– Temos normas ultrapassadas, pagamos insalubridade desestimu-lando a prevenção e melhoria nas con dições de trabalho, convivemos com a sonegação fi scal, a indiferença à fi scalização, e concorrência desleal. Todos esses fatores, aliados à ausência de políticas e investimentos públicos, resultam numa realidade apreensiva.

Para o representante do Ministério do Trabalho e Emprego, Dr. Mário Bonciani, os principais desafi os para a melhoria da saúde e segurança do tra-

balhador passam por duas profundas reformas: sindical e trabalhista.

– Essas duas ações, que dependem da pauta do Congresso Nacional, vão modifi car profundamente as relações de trabalho no Brasil.

Falar em Medicina do Trabalho é falar em cidadania e

desenvolvimento social Essa foi a declaração do Procurador

do Ministério Público do Trabalho em Goiás, Dr. Luiz Eduardo Guimarães Bojart, ao participar da mesa-redonda.

Segundo ele, o conceito de cidada-nia precisa ser reavaliado.

– Mais do que pedir novas fór-mulas de políticas para o trabalhador, devemos pedir, sim, uma nova ótica redefi nindo a ordem sócio-política do País.

Ele salientou que do exercício da boa Medicina do Trabalho se espera, num primeiro momento, a criação de

um ambiente onde se valorize e se exercite a cidadania.

A cultura da prevenção deve ser incentivada

Nessa mesa-redonda, a participa-ção do Presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria de Goiás e Tocantins, Luiz Lopes de Lima, trouxe as grandes preocupações da entidade com relação à saúde e segurança do trabalhador.

A Medicina do Trabalho precisa repensar a questão da ética profi ssio-nal e orientar melhor o empregador, que deve desenvolver os programas conforme determina a lei.

Luiz Lopes de Lima destacou tam- bém a necessidade de união entre mé-di cos do trabalho e trabalhadores, di-recionando esforços no cumprimento das leis, e buscando a implementação de uma cultura prevencionista, em vez de uma prática puramente curativa.

Grande mesa-redonda

“Atingimos nossos objetivos. O ANAMT 2004 foi realmente um Congresso de resultados em todos os aspectos: o número de participantes nos cursos pré-

congresso e no V Seminário de Perícias Trabalhistas, a qualidade, a densidade e abrangência da programação científi ca e, sobretudo, os resultados fi nanceiros”.

Dr. Carlos CamposCoordenador Executivo do Congresso

A opinião de quem fez o Congresso

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Caros colegas, amigos, senhoras e senho-res:

Generosamente eleito por aclamação, pela segunda vez consecutiva, para ocupar o honroso cargo de Presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, desta data até maio de 2007, dirijo-me a todos os amigos e colegas apaixonados pela Medicina do Trabalho, e com ela comprometidos para sempre, em primeiro lugar para agradecer o voto de confi ança que em mim foi depositado, bem como o voto dado a todos os companheiros que integram a chapa

“ANAMT E FEDERA-DAS FORTES”, ontem eleita e hoje empossada.

A delegação que recebo de todos vocês enche-me de alegria e me envaidece – inegavelmente. Contudo, também contribui para me sentir ainda mais envolvido com responsabilidades e ta-refas que somente poderão ser cumpridas se eu puder fazer um pacto muito forte com meus companheiros de Diretoria, companheiros do Conselho Fiscal, compa-

nheiros presidentes das Federadas da ANAMT, que constituem o Conselho Deliberativo, com os companheiros associados da ANAMT, e com todos os que amam e praticam a boa Medi-cina do Trabalho!

Ao agradecer minha reeleição e a eleição desta equipe maravilhosa de colegas que con-videi para juntos trabalharmos, ou juntos conti-nuarmos a trabalhar nestes próximos três anos, faço-o olhando para trás e olhando para a frente.

Para trás, gostaria de destacar, em primeiro lugar, a grande ajuda que recebemos dos cole-gas da Diretoria que hoje encerra seu mandato. Gostaria de destacar os colegas do Núcleo Exe-cutivo em Belo Horizonte aqui presentes – Dr. Gilberto Madeira Peixoto, Dr. Carlos Reinaldo de Souza e Dr. Paulo Elvécio Belém, entre ou-tros aqui não presentes. Gostaria de destacar a contribuição do Diretor Científi co – Prof. Hud-son de Araújo Couto, e de alguns outros direto-res que muito se empenharam nesta gestão que teve por mote a “Mobilização e Aglutinação da Medicina do Trabalho Brasileira”.

Alguns trabalharam muito, com menos visibilidade e quase no anonimato, com idéias, sugestões e conselhos, embora sem cargos for-mais na Diretoria, e dentre estas valiosas ajudas anônimas e discretas, publicamente agradeço e reconheço a ajuda que recebi da Profa. Eliza-beth Costa Dias, fonte inesgotável de idéias,

sabedoria e intuição feminina e sensível.Quero fazer uma menção muito especial

de agradecimento ao nosso Diretor e prin-cipalmente companheiro de trabalho leal e incansável, Carlos Roberto Campos, sem o qual este Congresso não teria alcançado a qualidade que alcançou, atestada e confi rmada pelos mais de 1.000 presentes a este grande evento. Carlos: você nos conquistou a todos!

Ainda no olhar de hoje para trás, tenho certeza de que mesmo os mais céticos e pes-simistas hão de concordar comigo de que a ANAMT e a Medicina do Trabalho brasileira deram um salto de qualidade, neste triênio que hoje se encerra.

Ela tornou-se especialidade médica ofi -cialmente reconhecida, e as Resoluções CFM 1634/2002 e CFM 1666/2003 estabeleceram claramente nosso lugar no meio médico. Mais do que ofi cialmente reconhecida pelas entida-des científi cas, associativas e regulamentadoras da formação médica e as regulamentadoras do exercício profi ssional, a Medicina do Trabalho brasileira tornou-se reconhecida, também, pela comunidade internacional, graças à impecável contribuição que deu para o sucesso do 27º Congresso Internacional de Saúde no Trabalho (ICOH 2003), realizado em Foz do Iguaçu, em fevereiro de 2003.

Tornou-se também mais conhecida e mais reconhecida pela comunidade nacional de Go-verno, Empregadores e Trabalhadores, como ator social presente nos grandes debates de interesse da Saúde dos Trabalha-dores, exemplifi cada – mas não a ela limitada – por sua postura corajosa e clara na questão do PPP, que culminou com o sub-sídio fundamental para a edição da Resolução CFM 1715/2004, onde está sintetizado, com exa-tidão, o que pensa a ANAMT sobre esta questão. Por isto a ANAMT é citada nominalmente no corpo da referida Resolução, e é justo o crédito a ela, e a Resolução existe para ser conhecida, promovi-da e, principalmente, cumprida.

Receber mais de 230 mil visitas no site da ANAMT, 115 mil das quais apenas de janeiro a abril deste ano, é um indicador de que o site e a ANAMT tornaram-se referência nacional de consulta, referência de informação, referência de opinião, referência de idoneidade, referência de compromisso. Obrigado, Dr. Marcos Toledo por seu trabalho! Obrigado, Eduardo Ponce! Sim, o Jornal da ANAMT e o site da ANAMT, embora tribunas livres e abertas para o debate de idéias, trazem opinião e posição, e a Mensa-

gem do Presidente vem sendo o espaço editorial opinativo ofi cial da nossa entidade, como deter-mina o Estatuto.

A ANAMT abriu seu quadro associativo, seu quadro diretivo, seu espectro de temas de interesse, debate e preocupação.

A ANAMT investiu na linha de uma forma-ção profi ssional mais avançada e mais próxima às necessidades trazidas pela Sociedade, e o desenvolvimento do elenco de “Competências Requeridas para o Exercício da Medicina do Trabalho” é a expressão mais forte deste esfor-ço para modernizar a formação de especialistas em Medicina do Trabalho, diminuir o atraso histórico e a conhecida marginalização de nossa especialidade no Brasil. Os investimentos na Residência em Medicina do Trabalho, e os in-vestimentos na reformulação da formação dos especialistas, tentando superar a imobilismo e a mesmice de quase 30 anos de repetição dos modelos obsoletos de formação por cursos de Especialização curtos – e alguns fl agrantemente irregulares, sob qualquer perspectiva de análise – constituem expressão desta coragem e desta determinação.

No campo científi co e educacional, a Revista Brasileira de Medicina do Trabalho é, sem dúvida, a expressão mais visível deste novo patamar alcançado por nossa especialidade, no contexto das outras especialidades médicas e no contexto do movimento pela saúde dos trabalhadores. Muitos outros indicadores nos animam e mostram que a avaliação é positiva,

e a presença de todos vocês neste grande Congresso, e a nossa reeleição unânime atestam, de modo inquestionável, como nos-sa comunidade – vocês – avalia-ram esta gestão que hoje encerra seu mandato.

Resta muito por fazer!Assim entendendo, a nova

Diretoria e o novo Conselho Fiscal que hoje tomam posse – têm compro-misso com o mote “ANAMT e FEDERADAS FORTES”! E nosso compromisso – desafi ador porque grande, desafi ador porque complexo, desafi ador porque quase utópico – na verdade não pertence apenas a nós, 18 diretores eleitos, mas, sim, é um compromisso que todas as lide-ranças da vida associativa e científi ca da Medi-cina do Trabalho brasileira, principalmente das 23 entidades estaduais – as nossas Federadas – sem as quais, nem elas, nem a ANAMT, e nem a Medicina do Trabalho brasileira poderão ser fortes!

Portanto, minha primeira mensagem, nes-te olhar para a frente, é um convite para um

Discurso de posse do Prof. René Mendes como Presidente da ANAMT, para o mandato de 2004 a 2007. Goiânia, 6 de Maio de 2004.

“Faço um pacto muito forte

com todos que praticam a boa

Medicina do trabalho.”

Mensagem do Presidente

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grande pacto entre a ANAMT nacional e as associações ou sociedades estaduais – nossas Federadas –, no sentido de trabalharmos muito mais juntos, em sinergia de esforços políticos, associativos e técnico-científi cos. Esta é uma das macrodiretrizes desta gestão, pactuada na reunião conjunta da Diretoria eleita, com os Presidentes de Federadas, ocor-rida esta 2a. feira, dia 3 de maio. Muito mais poderá ser feito nesta pactuação iniciada ou renovada, e os Vice-Presidentes Regionais da ANAMT – hoje empossados – recebem uma missão muito especial e específi ca neste senti-do. Suzete, Charles, Flavio Lins, Gláucia e Luiz Oswaldo assumem este compro-misso institucional, inclusive o de trabalhar pela abertura de novas Federadas, nos Estados onde elas ainda não existem. Também, o de ajudar as Federadas menos fortes a se tornarem mais fortes.

Minha segunda mensagem, neste olhar para a frente, diz respeito a duas das as nove macrodi-retrizes aprovadas pelo Conselho Deliberativo e pela nova Diretoria da ANAMT: a que estabele-ce a intenção e o compromisso de buscar todos os meios para tornar real e visível a primeira razão-de-ser da ANAMT, isto é, a defesa da Saúde do Trabalhador (Art. 1.4 do Estatuto), e a macrodiretriz que estabelece o compromisso de continuar investindo na “abertura política e institucional da ANAMT e das Federadas.”

Todos nós – Diretoria da ANAMT, diri-gentes das Federadas e quadro associativo da ANAMT – deveremos priorizar estas duas diretrizes. A ANAMT e as entidades estaduais fi liadas e cooperantes da ANAMT somente irão crescer, sobreviver e perpetuar-se se estiverem comprometidas com a implementação real destas duas macrodiretrizes, em todas as suas políticas, no seu quadro associativo, em todas as suas atividades técnico-científi cas, em todos seus meios de comunicação, e, principalmente, em seu quadro diretivo.

Para ajudar a Diretoria e o Presidente da ANAMT na implementação dessa diretriz política e programática, convidei e designei o Vice-Presidente Nacional da ANAMT – Dr. Zuher Handar – para que dedique o melhor de suas competências, de suas enormes habilida-des, de sua inesgotável capacidade de trabalho e – principalmente – de seu entusiasmo, a serviço destas duas macrodiretrizes. Mário Bonciani, como Diretor de Divulgação nos irá ajudar nesta tarefa, capitalizando, também, suas habilidades e sua experiência em negociações tripartites e

em cargos governamentais elevados – tal como a do Zuher – nessa direção.

Minha terceira mensagem, neste olhar para a frente, é um convite para uma grande mobili-zação, um forte envolvimento, e uma renovada e intensa participação na vida científi ca da

Medicina do Trabalho brasilei-ra. O novo Diretor Científi co da ANAMT – Dr. Arlindo Gomes – recebeu a missão principal de, além de organizar os eventos científi cos nacionais e regionais de responsabilidade da ANA-MT, concentrar sua imensa boa vontade e notória capacidade de trabalho em equipe, na criação de

Comitês Técnicos temáticos. Para tanto, a Diretoria da ANAMT e o Con-

selho Deliberativo acabam de aprovar um novo Regimento Interno que permitirá dar vida à dis-posição estatutária da ANAMT que estabelece o Conselho Técnico, e agora o Regimento novo passa a estabelecer atribuições para as Comis-sões Técnicas, extremamente necessárias, vitais, urgentes. Neste Congresso já começam a ser organizadas cerca de 17 Comissões Técnicas, e outras 18 deverão estar sendo criadas nos pró-ximos meses. Acreditamos que esta estratégia será um dos carros-chefe de nossa nova gestão, pois além de envolver dezenas de associados da ANAMT, pode atrair outros profi ssionais, e cria uma enorme “massa crítica” – ainda que virtual – de conhecimento e experiência acumulados, que serão mobilizados para servir nossa comunidade de médicos do trabalho, bem como a comunidade de outros profi ssionais que trabalham pela defesa da saúde dos trabalhadores, e a Sociedade em geral.

É a partir do trabalho e dos produtos e serviços destas Comissões Técnicas que sairão os principais insumos para a Educação Continuada e à dis-tância; para a Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, e para a programação científi ca dos eventos da ANAMT, inclusive o 13º Congresso da ANAMT. Boa sorte, Arlindo; boa sorte, co-legas que estão sendo convidados para assumir funções nestas Comissões Técnicas. O convite está aberto a todos os colegas que quiserem se engajar neste notável movimento! Todos irão ganhar; ninguém irá perder.

As outras macrodiretrizes aprovadas pelo Conselho Deliberativo e pela Diretoria da ANA-MT constituem compromissos com a presença institucional da ANAMT e das Federadas na

formulação de políticas e na regulamentação da formação inicial, certifi cação e ingresso dos médicos na especialidade; com o contínuo aprimoramento profi ssional e com a aquisição de novas competências, onde a ANAMT e as Federadas deverão exercer um papel relevante de liderança e mobilização de esforços.

Ainda, a ANAMT e as Federadas deverão estar ativos na formulação de políticas de regu-lação das condições de trabalho e do exercício profi ssional da Medicina do Trabalho no Brasil. Busca-se, claramente, também, manter e au-mentar a visibilidade da ANAMT no cenário internacional.

Uma das macrodiretrizes mais importantes está focada na implementação do compromisso pactuado entre a ANAMT e as Federadas, no sentido de desenvolver ou fortalecer a capaci-dade institucional da entidade nacional e das entidades estaduais, a fi m de poderem cumprir suas atividades-fi m e as diretrizes desta gestão. Uma série de estratégias já foram discutidas e outras tantas deverão ser buscadas e postas em prática dentro desta gestão.

Por último, mas não menos importante, a ANAMT e as Federadas comprometem-se a ajudar a criar o futuro, fazendo da Medicina do Trabalho uma especialidade médica socialmente visível, política e eticamente correta, necessária e essencial para o Desenvolvimento Humano Sustentável. Para tanto, será estimulado o debate de idéias na Revista Brasileira de Medicina do Trabalho; o trabalho das Comissões Técnicas estará vinculado à identifi cação de temas de “fronteira” e “vanguarda”; o “Centro de Estudos sobre Práticas de Medicina do Trabalho e For-

mação dos Médicos do Trabalho” da ANAMT deverá ser ampliado e fortalecido, e serão buscadas parcerias e outros mecanismos de intercâmbio nacionais, estrangei-ros e internacionais.

Como vocês podem ver, somos muito ambiciosos nos so-nhos e na utopia. Para que os so-nhos se concretizem e as utopias se materializem, é preciso que

estes sonhos e estas utopias sejam os de muitos; sejam os de todos nós; sejam os de todos vocês. Há que pensar grande, para talvez alcançar o médio; pois se pensarmos o médio, alcança-remos o pouco; e se pensarmos pequeno, não alcançaremos nada. É a única forma de algum dia sermos “ANAMT FORTE E FEDERADAS FORTES”!

Goiânia, 6 de maio de 2004.René MendesPresidente da ANAMT (2004-2007)

Discurso de posse do Prof. René Mendes como Presidente da ANAMT, para o mandato de 2004 a 2007. Goiânia, 6 de Maio de 2004.

“Continuar investindo na

abertura política e institucional da ANAMT e Federadas”

“Manter e aumentar a visibilidadeda ANAMTno cenário

internacional”

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V Seminário Nacional de Perícia Trabalhistateve mais de 300 participantes

A atualidade do assunto e a sua freqüente presença nas atividades do médico do trabalho, fizeram desse encontro um dos destaques do 12º Congresso ANAMT. O seminário teve como palestrantes o Dr. Elvécio Moura, Juiz do Tribunal Regional do Trabalho de Goiás,o Dr. Casimiro Pereira Júnior, ex-Presidente da ANAMT, Drª Sônia Rovinski, psicóloga e perita do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, e Dr.

Gilberto Archero Amaral, do Departamento de Medicina do Trabalho da Associação Paulista de Medicina .

De forma didática e clara, os dois primeiros palestrantes, Dr. Elvécio Moura e Dr. Casimiro Pereira Júnior, apresentaram “Qualidade da atuação pericial”, suas definições, caracterís-ticas e importância.

O Dr. Casimiro relatando normas, requisitos e estrutura para a correta elaboração de um laudo médico, des-tacou que o médico do trabalho deve demonstrar toda a sua competência e qualidade profissional no sentido de que a conclusão apresentada conte-nha todas as informações e possa atender às suas finalidades.

– O laudo é instrumento de re-ferência para a autoridade que o solicitou, e otimiza as decisões do julgador.

Nesse segmento do Seminário, os debatedores foram o advogado José Luiz Dias Campos e o engenheiro de segurança Leonídio Francisco Ribei-ro Filho,ambos de São Paulo.

Se não houvesse riscos, não teria como haver danos

A psicóloga Sônia Rovinski iniciou sua exposição identificando dano moral e dano psíquico. O pri-meiro é arbitrado pelo agente jurídi-co, implica em sofrimento e dor sem conformação psicopatológica e está relacionado com a noção de interes-ses juridicamente protegidos.

O dano psíquico é uma pertur-bação de caráter psicopatológico, e

deve ser avaliado pelo técnico em saúde mental.

Segundo a palestrante, esses dois tipos de lesões ou prejuízo às pessoas são cada vez mais rotineiros nas rela-ções do trabalho, levando aos tribu-nais médicos e técnicos das áreas da saúde e segurança, para elucidarem causas e esclarecerem reparações que são questionadas não só pelo trabalhador, mas também pelo em-pregador.

Ela destacou ainda que atual-mente as novas tecnologias e ins-trumentos expandem os campos do trabalho, possibilitando ou criando diferentes e novas funções .

– Essas condições, até então desconhecidas ou raras, geram hoje rapidamente a necessidade de no-vos conhecimentos e atualizações para os médicos do trabalho, pois seu campo de ação é cada vez mais amplo. Até alguns anos atrás não ouvíamos relatos de dores psíquicas; se existiam, não eram conhecidas ou consideradas. Hoje os médicos de todas as especialidades sabem da im-portância desse diagnóstico e da sua avaliação. E não pode ser diferente na Medicina do Trabalho.

Critérios para classificação e

quantificação da incapacidade laborativa

Esse tema foi abordado pelo Dr. Gilberto Archero Amaral, e teve

como debatedores o Dr. Arlindo Go-mes, Diretor Científico da ANAMT e o Chefe da Perícia Médica de São Paulo, Dr. Enrico Supino.

Os debates e a participação dos congressistas, com questionamentos e relatos de experiências, mostraram a importância do assunto para os médicos do trabalho e, ao final, uma grande conclusão para um tema tão amplo: não existe fórmula científi-ca para quantificar a incapacidade laborativa.

Aspectos periciais da

LER/DORT

Mesa-redonda coordenada pelo médico reumatologista Rafael Na-varrete Fernandez, e tendo modera-dores os doutores Carlos Campos, Edoardo Santino e Luiz Frederico Hoppe, além da psicóloga Maria da Conceição Procópio, tratou das últimas atualizações e estudos mo-dernamente adotados para detectar e avaliar a LER/DORT.

O Dr. Rafael Fernandez discorreu sobre recentes trabalhos científicos que revelaram novas causas, no cam-po do emocional, que não eram até então consideradas, e que hoje são reconhecidas como agentes impor-tantes no diagnóstico e tratamento desses problemas que atingem nú-meros incontáveis de trabalhadores dos mais diferentes segmentos de atividades.

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Qual seu plano de trabalho como Diretor Científi co da ANAMT?

Dr. Arlindo: Atender a uma das fi nalidades básicas da ANAMT, pro-movendo o aprimoramento e a divulga-ção científi ca entre os associados.Esta fi nalidade, juntamente com a defesa da saúde do trabalhador e da valorização profi ssional, são os pilares de sustenta-ção e requisitos estatutários da ANA-MT. A atualização e o aperfeiçoamento profi ssional serão prioritariamente con-duzidos pela Diretoria Científi ca,mas também caberá a cada Federada par-ticipar desse processo de aperfeiçoa-mento. A gestão 2004-2007 pretende ter ANAMT e Federadas Fortes.

Serão realizados seis, e não apenas cinco seminários regionais. Estamos quebrando um paradigma ao realizar na Região Sul dois Seminários – 2005 em Santa Catarina e 2006 no Paraná. Os demais serão em Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Amazonas, e, a ser con-fi rmado, o local da Região Sudeste.

Em 2007 teremos o 13º Congresso ANAMT em Vitória, no Espírito San-to.

Em 2005, juntamente com o Se-minário da Região Sudeste, teremos o Congresso da Associação Latino

Americana de Saúde Ocupacional- ASLO.Paralelamente a esses eventos esperamos que a produção de Dire-trizes e Consensos elaborados pelas Comissões Técnicas, nos permitam realizar simpósios temáticos. Não fal-tará oportunidade para aprimoramento profi ssional. Precisaremos estreitar nosso relacionamento com as entida-des públicas voltadas para a saúde do trabalhador. Teremos que participar efetivamente na melhoria da assistência aos trabalhadores sem carteira assinada, e aos servidores públicos, que são a grande maioria dos trabalhadores bra-sileiros. As patologias relacionadas ao trabalho devem chegar aos médicos que atendem esses trabalhadores, e a ANAMT poderá contribuir nesse processo de disseminação do conheci-mento especializado. Outra atividade a ser desenvolvida é o ensino à distância pela Internet, a partir das experiências anteriores.

O Jornal da ANAMT e o Boletim Eletrônico a ser criado, também con-tribuirão para a atualização do médico do trabalho.

Quais os temas que serão priori-zados na sua gestão?

Dr. Arlindo: A grande prioridade serão as Comissões Técnicas. Inicial-mente serão constituídas 17 comissões divididas em 4 grupos: por disciplinas (Ergonomia,Toxicologia, Promo ção da Saúde e Higiene Ocupacional); por ra- mo de ati vi dade (Hospitais e Servi ços de Saúde, Petróleo, Petroquímica e Quí-mica, Metálo, Siderurgia e Bancá rio); por fator de risco (organização do tra-balho, álcool e drogas, e agrotóxicos), e por agravos e doenças (Saúde Mental no trabalho, Doenças Cardiovasculares, DORT/LER, Distúrbios Auditivos e da Voz e Distúrbios Respiratórios).

Até o fi nal desta gestão, outras 18 comissões serão constituídas, totalizan-do 35 Comissões.

Esperamos proporcionar grande mo bi lização entre os nossos sócios e es-pecialistas não associados da ANAMT, especialmente convidados a participar de nossas Comissões e produzir diretri-zes e consensos que servem de referên-cia nacional. Iremos promover os even-tos tradicionais como os Seminários Regionais, Congresso 2007 e apoiar as Jornadas Estaduais dentro do princípio que regerá a gestão 2004-2007: ANA-MT e Federadas fortes.

A Diretoria Científica prioriza atualização e aprimoramento profissional

Eleito para atuar até 2007 numa das áreas mais importantes da ANAMT, a Diretoria Científi ca,o Dr. Arlindo Gomes expõe nesta entrevista o seu plano de trabalho.

Ele é médico da Petrobras há 25 anos, e trabalha no SUS do Rio de Janeiro, onde se formou em 1976.

Entrevista

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Ficou para mim a impressão de um evento perfeitamente organizado, com um nível científi co de acordo com os tempos, em especial pelo destaque à prevenção e à ergonomia.Desfrutei da cordialidade e amizade dos colegas brasileiros assim como pude comprovar

os problemas que temos em comum na América Latina.

Dr. Antonio Werner

A opinião de quem esteve no Congresso

A opinião de quem esteve no Congresso

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Mais um congresso se encerra e, como sempre, sucesso total. Na nos-sa home page comentei: “PERDEU QUEM NÃO FOI”.

Mas sendo saudosista, deixamos em 2004 a Diretoria de Divulgação e o nosso Jornal. Recordo o nº 1 ANO I, editado em 1/7/1987 após o V Con-gresso da ANAMT em Florianópolis. Foram 78 edições nestes 17 anos e os tenho guardados e doarei à CASA DE RAMAZZINI quando de sua inauguração.

Ao colega Mario Bonciani de-sejamos todo o sucesso e sabemos que seus planos são inovadores.

Mais uma vez ano de eleições e tudo fi ca em compasso de espe-ra até a posse de prefeitos e vere-adores. A saúde dos trabalhadores, as reformas, as atualizações da legislação tão badaladas anteriormente continu-am paralisadas.

Tivemos ciência que o CFM mar-cará uma audiência com o novo Mi-nistro da Previdência para chegar a um

denominador comum sobre o campo III do formulário do PPP.

A programação científi ca da ANA-

MT para o próximo triênio é rica e irá satisfazer a todos os associados, pois os eventos elaborados pelo colega Ar-lindo levarão a todas as regiões temas e palestrantes de nível internacional.

É de destacar a atitude de extre-ma liderança, tomada pela ANAMT

frente à AMB, quanto aos cursos de formação de médicos do trabalho. O caminho para a especialidade é a residência médica ou o curso bienal dentro dos parâmetros determinados. A proliferação de cursos de fi ns de semana terminou e também o direito dos egressos dos mesmos a prestarem o concurso de título de especialista a

partir deste ano. Temos que trabalhar pela qualidade dos médicos do tra-balho e o inicio é cuidar da forma-ção. Logo deveremos re-certifi car a todos.

Não podemos encerrar nossa gestão sem antes agradecer a nossa jornalista Lia Lima e seu empenho durante todo nosso trabalho.

Os novos colegas de diretoria que sejam bem vindos. Aos dois rema-nescentes, Carlos Campos e Hoppe, que continuem com o mesmo empe-nho e ao nosso presidente René toda a saúde do mundo para comandar este grupo cheio de motivação e responsa-bilidades.

Seria facílimo fazer um depoimento sincero sobre a Congresso da ANAMT em Goiânia, simplesmente elogiando tudo, do começo ao fi m. Difícil é colocar isso tudo numa escala de valores para tentar

identifi car o que foi melhor.Desde a magnífi ca cerimônia de abertura no belo teatro Rio Vermelho; a pontualidade das sessões e as

conferências temáticas e de conteúdo. Os simpósios, temas livres e pôsteres abordaram assuntos práticos. A alegria de rever velhos amigos e de fazer novos conhecimentos, a hospitalidade, o carinho e a

competência dos goianos, dos demais colegas e de todo o pessoal de apoio. Gostaria de mencionar nomes, não o faço para não pecar por omissão, mas todos sabem a quem me refi ro.

Resta para os colegas do Espírito Santo o desafi o, que vencerão com certeza e com muito brilho, de fazer igual ou melhor, e minha esperança de estar lá para ver.

Dr. Bernardo Bedrikow

Missão CumpridaDr. João Alberto Maeso Montes Diretor de Relações Internacionais

MINHA OPINIÃO

Mas sendo saudosista, deixamos em 2004 a Diretoria de Divulgação e o nosso Jornal. Recordo o nº 1 ANO I, editado em 1/7/1987 após o V Con-gresso da ANAMT em Florianópolis. Foram 78 edições nestes 17 anos e os tenho guardados e doarei à CASA DE RAMAZZINI quando de sua

sejamos todo o sucesso e sabemos

residência médica ou o curso bienal dentro dos parâmetros determinados. A proliferação de cursos de fi ns de semana terminou e também o direito dos egressos dos mesmos a prestarem o concurso de título de especialista a

partir deste ano. Temos que trabalhar pela qualidade dos médicos do tra-balho e o inicio é cuidar da forma-ção. Logo deveremos re-certifi car

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MTO novo Regimento Interno para

o Conselho Técnico e Comissões Técnicas da ANAMT deixa claras as regras para o funcionamento desses organismos, e estabelece as atribui-ções dos seus coordenadores.

O documento foi discutido e apro-vado na reunião conjunta do Conselho

Deliberativo e da Diretoria, realizada no dia 3 de maio em Goiânia.

Está estabelecido no novo Re-gimento que as Comissões deverão produzir pelo menos um artigo sobre o “estado da arte”, para ser publicado na Revista Brasileira da Medicina do Trabalho. Deverão

ainda incluir em curso, conferência ou mesa-redonda dos próximos se-minários e Congresso ANAMT, o tema referente à Comissão.

As Comissões Técnicas também vão elaborar pareceres respon-dendo a consultas encaminhadas à ANAMT.

Conselho e Comissões Técnicastêm novo Regimento

Assembléia Geral

Associados reelegem o Presidentee renovam diretoria da ANAMT

Cumprindo determinação estatutária, no dia 5 de maio os sócios da ANAMT reuniram-seem Assembléia Geral Ordinária para escolher seus novos dirigentes.

Por aclamação foi eleita a chapa ANAMT e Federadas Fortes, única inscrita para concorrer.O Presidente, Professor René Mendes foi reconduzido para mais um mandato de três anos à

frente desta nova Diretoria que tomou posse durante o12º Congresso em Goiânia :

Presidente:René Mendes (MG)Vice-Presidente Nacional:Zuher Handar (PR)

Vice-Presidente Região Sul:Suzete Elizabeth Grassi Garbes (PR)Vice-Presidente Região Sudeste:Charles Carone Amoury (ES)Vice-Presidente Região Centro-Oeste:José Oswaldo Soares Machado (MS)Vice-Presidente Região Nordeste:Flávio Henrique de Holanda Lins (PE)Vice-Presidente Região Norte:Gláucia Reis Credie (AM)

Diretor Científico:Arlindo Gomes (RJ)Diretor de Legislação:Glauber Santos Paiva (CE)Diretor de Ética e Defesa Profissional:Luiz Frederico Hoppe (SP)Diretor de Título de Especialista:Carlos Roberto Campos (GO)

Diretor de Patrimônio:Aizenaque Grimadi de Carvalho (SP)Diretor de Relações Internacionais:João Alberto Maeso Montes (RS)Diretor de Divulgação: Mario Bonciani (SP)Diretor Administrativo: Mariano Ravski (MG)Diretora Administrativa Adjunta:Letícia Ferreira Lobato Giordano Gários (MG)Diretora Financeira:Valnéia Cristina de Almeida Moreira (MG)Diretor Financeiro Adjunto:Willes de Oliveira e Souza (MG)

Conselho Fiscal

Titulares:Jandira Dantas Machado (PE), Francisco Ferreira de Souza Filho (PA) e Sebastião Ivone Vieira (SC)Suplentes:Maria da Cruz Soares de Souza Vilarinho (PI), Renato Monteiro (SP) e Gualter Nunes Maia (RJ)

Coordenadores de Projetos Especiais(status de diretores, mas não eleitos)

Elizabeth Costa Dias (MG):Centro de Estudos Avançados sobre Práticas de Medicina do Trabalho e Formação dos Médicos do Trabalho (CEAMT)

Gilberto Madeira Peixoto (MG):Projeto Especial História da Medicina do Trabalho Brasileira

Marcos Furtado de Toledo (MG):Projeto Especial Website da ANAMT

Rudy Facci e Edoardo Santino:Projeto Especial Milão 2006 (28º Congresso, Centenário da ICOH e cargos eletivos na ICOH)

Vera Lúcia Zaher (SP):Projeto Especial Rede Nacional de Residência em Medicina do Trabalho (ANAMT).

Jornal da

ANAMT

Associação Nacional de Medicina do TrabalhoDepartamento Científico da Associação Médica BrasileiraFundada em 26/3/68

Sede administrativa: Edifício MedcenterRua dos Otoni, 909, sala 1807 - Telefone/fax: (31) 3224-720430.150-270 - Belo Horizonte/MG

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Como o senhor viu o proces-so do voto para escolher a futura sede do Congresso?Dr. Charles : Um exemplo de democracia, pois concor-rer com um Estado tão cheio de riquezas culturais e indus-triais era uma preocupação enorme. Havia ainda uma campanha ostensiva e com maior número de participan-tes pelo Estado de São Paulo. Achava a vitória muito difícil e foi na verdade uma surpresa a conquista do resultado final para o Espírito Santo.

Que providências a Federa-da capixaba já está prepa-rando para o Congresso ?Dr. Charles : Desde o mo-mento que vislumbramos a possibilidade de participar do processo eletivo para sediar o

13º Congresso, estamos tra-balhando nesse sentido. Não temos deixado de pensar e adotar providências para que o evento aconteça com pro-fissionalismo, tranqüilidade e qualidade técnico-científica.

O que o senhor planeja para ser destaque do 13º Congresso ?Dr. Charles : Dentro das prioridades, que a parte científica alcance seus ob-jetivos; no que se refere ao conhecimento e qualidade, os congressistas que ainda não conhecem Vitória possam se sentir satisfeitos com a hospitalidade,beleza e culi-nária do lugar, além de uma intensa atividade cultural e social, porque “viver é ver Vitória”.

Vitória será sede do13º Congresso ANAMT em 2007

Duas Federadas disputavam ser sede do 13º Congresso que será realizado em 2007: São Paulo e Vitória. Numa escolha democrática, uma votação foi realizada entre os participantes do Congresso para escolher qual cidade seria vencedora. Votaram 601 congressistas, e Vitória recebeu 335 votos contra 263 dados a São Paulo.Nesta entrevista, o Vice-Presidente da Federada da Região Sudeste, Dr. Charles Carone Amoury, conta que já começaram os preparativos e providências para receber os médicos do trabalho em 2007.

Apurados os votos, os congressistas que representavam São Paulo na disputa parabenizaram os colegas capixabas e prometeram apoio e participação no evento em Vitória.

O Professor René Mendes (esq.) cumprimenta o vice- Presidente da Federada da Região Sudeste, Dr. Charles Carone Amoury: Viver é ver Vitória.

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