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Page 1: PROGRAMA CAIXA - Particulares · e a organização e desenvolvimento de atividades culturais, artísticas e científi - cas. Apesar de não integrar formalmente a estrutura Caixa
Page 2: PROGRAMA CAIXA - Particulares · e a organização e desenvolvimento de atividades culturais, artísticas e científi - cas. Apesar de não integrar formalmente a estrutura Caixa

PROGRAMA CAIXA CARBONO ZERO A compensação de emissões inevitáveis decorrentes da ati-vidade da CGD constitui uma das peças do Programa Caixa Carbono Zero. Com a meta de neutralidade carbónica Caixa Carbono Zero, a CGD leva mais longe o seu compromisso de gestão de emissões próprias, compensando as emissões inevitáveis, isto é, aquelas que não consegue reduzir.

O Programa Caixa Carbono Zero concretiza a estratégia cli-mática da CGD, resultante de uma ampla reflexão sobre os riscos e as oportunidades que as alterações climáticas co-locam à sua atividade. Com este programa, a CGD torna-se o primeiro Banco em Portugal com um plano de ação inte-grado, que inclui a quantificação e a redução de emissões, a colocação no mercado de soluções financeiras orientadas para uma economia de baixo carbono e a sensibilização sobre o tema junto de clientes e da sociedade em geral.

Para reduzir a sua pegada carbónica, a CGD tem vindo a im-plementar um conjunto diversificado de medidas que incluem a utilização de energias renováveis, a adoção de tecnologias de baixo carbono nos edifícios e na mobilidade, e uma ade-quada gestão de resíduos. Entre 2006 e 2011 o conjunto de medidas implementadas já contribuiu para a redução de 13% do consumo de eletricidade nas instalações da CGD, o que representa uma poupança global de cerca de 14 GWh/ano e evita a emissão de cerca de 6 500 t CO2e/ano. Estes resulta-dos colocam o Banco em linha com o cumprimento dos seus objetivos de redução.

Em complemento destes resultados, a CGD assume, desde 2010, a compensação de emissões como forma de redução custo-eficaz do seu balanço de emissões, apoiando projetos que reduzem emissões fora das suas fronteiras e contribuem para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde se inserem.

PROGRAMA CAIXA CARBONO ZERO: VETORES DE ATUAÇÃO E PROJETOS 2007-2010

Inventário de emissões de carbonoInquérito à mobilidade pendular

Reduzir emissões.Racionalizar o recurso energia.Optimizar a mobilidade.

Conhecer e caracterizar a pegada de carbono.

Energias renováveis (Central Solar Térmica Edifício-Sede e solarfotovoltaicoem 80 agências da rede comercial)Eficiência energética (sistemas de AVAC, iluminação e tecnologias de informação)Plano de mobilidade (medidas de gestão da frota e redução de intensidade carbónica da mobilidade em serviço)Gestão de resíduos (circuito nacional de recolha de papel e cartão)

Compensar emissões inevitáveis.

Capitalizar oportunidades de negócio.Gerir e reduzir riscos.Valorizar património.

Diferenciar o carácter empreendedor da caixa.Promover a literacia do carbono entre colaboradores, clientes e sociedade em geral.

Redução e compensação de emissões de:Frota comercialCulturgestPublicações CGD

Crédito Pessoal Energias RenováveisSolução Caixa EmpresasCartão Caixa Carbono ZeroAdesão ao Carbon Disclosure Project

Guia Dia-a-dia Carbono ZeroCiclo da PoupançaCalculadora de Carbono CGDPrograma Nova Geração de Cientistas PolaresConcurso de DesignFloresta Caixa

/RELATÓRIO DE NEUTRALIDADE CARBÓNICA

2www.cgd.pt

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O presente documento tem por objetivo definir os termos em que se concretiza o cumprimento da meta Caixa Car-bono Zero no ano 2011, identificando o âmbito das emissões compensadas, a metodologia de quantificação e a política de recálculo das mesmas, bem como o processo de seleção e gestão dos créditos de carbono implementado.

EMISSÕES COMPENSADAS

/ÂMBITO DE COMPENSAÇÃO

O ano 2011 representa o segundo período de cumprimento da meta Caixa Carbono Zero, cujo âmbito abrange as emis-sões associadas à atividade bancária da CGD em Portugal (i.e. Caixa Geral de Depósitos, S.A. e atividades de suporte).

Para o segundo ano de cumprimento da meta, foi assumida a compensação das emissões associadas a:

Frota comercial CGD;

Fundação CGD Culturgest – Lisboa e Porto1;

Publicações2.

Em termos de fontes de emissão, significa compensar:

1. as emissões diretas resultantes da combustão de gasolina e gasóleo nos veículos da frota comercial;

2. as emissões indiretas associadas ao consumo de eletrici--dade e tratamento de resíduos produzidos nos espaços Culturgest localizados nos edifícios CGD Sede (Lisboa) e Av. Aliados (Porto) ;

3. as emissões diretas da combustão e de processo, e emis-sões indiretas associadas à produção da eletricidade adquirida à rede consumida na produção de pasta de papel/papel e no funcionamento dos equipamentos de impressão e acabamento utilizados nas publicações selecionadas.

O período de cumprimento considera as emissões decorren-tes destas atividades entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2011.

1. A Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest é uma estrutura do Grupo CGD que tem por objetivo a gestão de espaços culturais e seus bens e a organização e desenvolvimento de atividades culturais, artísticas e científi-cas. Apesar de não integrar formalmente a estrutura Caixa Geral de Depósitos, S.A. as suas principais atividades estão localizadas em edifício desta empresa, pelo que são abrangidas no âmbito das atividades de inventariação de emis-sões de carbono da mesma. Em 2011 o âmbito de emissões compensadas foi alargado às atividades Culturgest Porto (em 2010 apenas Culturgest Lisboa).

2. As publicações incluídas são as revistas Cx, Caixa Activa, Caixa Woman, Caixa no Mundo, Caixa Empresas e os encartes Caixa Azul e Nós Caixa.

/METODOLOGIA DE CONTABILIZAÇÃO

A quantificação de emissões a compensar resulta da realiza-ção do inventário de emissões CGD Banca em Portugal3. Este é alvo de verificação externa realizada no âmbito da elabora-ção do Relatório de Sustentabilidade da CGD.

A metodologia utilizada é o The Greenhouse Gas Protocol, standard desenvolvido pelo World Business Council for Sus-tainable Development em colaboração com o World Resources Institute. Os critérios de cálculo são os definidos no âmbito da marca CarbonoZero®4, cujo funcionamento é objeto de ve-rificação externa independente anual, estando os respetivos resultados publicamente disponíveis.

São considerados os seis gases com efeito de estufa abrangi-dos pelo Protocolo de Quioto5, expressos em dióxido de car-bono equivalente (CO2e), utilizando os valores de Potencial de Aquecimento Global (PAG) publicados pelo Intergovern-mental Panel on Climate Change (IPCC), na versão atualmen-te utilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para efeitos de elaboração do Inventário Nacional de Emissões de Gases com Efeito de Estufa. Os fatores de emissão têm por base os valores definidos pelo IPCC, ajustados, sempre que necessário, à realidade portuguesa, com base em dados pu-blicados por entidades oficiais nacionais ou pelos fornecedo-res de eletricidade da CGD.

A contabilização é baseada na recolha da seguinte informa-ção sobre os níveis de atividade associados a cada fonte de emissão considerada:

Quantitativo de combustível consumido na frota comercial CGD (viaturas de serviço), recolhido através dos registos dos cartões de abastecimento e de outros registos conta-bilísticos;

Consumos de energia elétrica nos espaços Culturgest lo-calizados no Edifício-Sede da CGD (Lisboa) e no edifício na Av. dos Aliados (Porto). Estes consumos foram apura-dos pela aplicação de fatores de representatividade obti-dos: i) na auditoria energética efetuada no âmbito do pro-cesso de certificação energética (Edifício-Sede, Lisboa); ii) através do rácio entre a área ocupada pela Culturgest e a área total do edifício (Av. Aliados, Porto). Os consumos globais de eletricidade dos edifícios são obtidos através das faturas do respetivo fornecedor;

3. A exceção reside nas emissões de GEE associadas às publicações CGD cuja contabilização resulta de um processo autónomo.

4. CarbonoZero® é uma marca registada da E.Value, S.A. Toda a infor-mação, incluindo resultados da verificação externa encontra-se disponível em www.carbono-zero.com.

5. Dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e f-gases (HFCs, PFCs e SF6).

/RELATÓRIO DE NEUTRALIDADE CARBÓNICA

3www.cgd.pt

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CRÉDITOS DE CARBONO

/CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Os créditos de carbono utilizados pela CGD para compensa-ção de emissões obedecem a um conjunto de critérios que garantem elevados níveis de integridade e que potenciam be-nefícios ambientais e sociais:

Garantia de efetividade, mensurabilidade, adicionalidade, permanência, ausência de dupla contagem e verificação externa;

Utilização preferencial de créditos gerados por projetos desenvolvidos no mercado voluntário de carbono (VERs - Verified Emission Reduction);

Preferência por créditos com certificação Voluntary Car-bon Standard (VCS) e Voluntary Gold Standard (VGS) e, no caso de projetos agro-florestais, certificação Climate Community and Biodiversity Alliance (CCB) e Plan Vivo;

Preferência por projetos de energias renováveis e efi-ciência energética. São também considerados projetos agro-florestais que cumpram os critérios de elegibilidade CarbonoZero®, demonstrem elevados benefícios em ter-mos de contributo para o desenvolvimento sustentável e garantam adequados mecanismos de gestão dos riscos de reversibilidade.

Quantitativo de resíduos produzidos nos espaços Cul-turgest localizados no Edifício-Sede da CGD (Lisboa) e no edifício na Av. Aliados (Porto) - circuito próprio e circuito geral do Edifício Sede - baseados nos dados dos registos SIRAPA, complementados pela aplicação de rácios por posto de trabalho e em estimativas de áreas específicas.

Consumo de energia necessário à produção das publi-cações, determinado com base nas respetivas carate-rísticas das publicações (gramagem da capa, contracapa e do miolo, formato, número de páginas e tiragem) e pela aplicação de rácios de consumo específicos do setor.

/QUANTITATIVO

As emissões decorrentes das atividades compensadas em 2011 correspondem a um total de 4.068 t CO2e, distribuídas de acordo com a figura seguinte.

META CAIXA CARBONO ZERO 2011 EMISSÕES COMPENSADAS

FROTA COMERCIAL

CULTURGEST

PUBLICAÇÕES

TOTAL: 4.068 t CO2e

20%3%

77%

/RELATÓRIO DE NEUTRALIDADE CARBÓNICA

4www.cgd.pt

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/PROJETOS

Para a compensação de emissões em 2011, foram utilizados créditos gerados por um projeto tecnológico de substituição de combustível fóssil por biomassa, localizado no Brasil (cer-tificação Voluntary Carbon Standard), complementados por créditos gerados pelo projeto Floresta Caixa Carbono Zero, na Tapada Nacional de Mafra, em Portugal.

PROJETOS GERADORES DE CRÉDITOS

PROJETO DE UTILIZAÇÃO DE BIOMASSA - BRASIL

Consiste na instalação, na Nobrecel Celulose e Papel, S.A. em Pin-damonhangaba, no Brasil de um sistema de co-geração que utiliza resíduos de biomassa como combustível. Este sistema permitiu substituir as caldeiras a fuelóleo anteriormente utilizadas e reduziu o consumo de eletricidade da rede, gerando uma redução das emis-sões de CO2 associadas ao funcionamento da instalação.O projeto contribui para a sustentabilidade ambiental local, substi-tuindo a utilização de combustíveis fósseis por uma fonte de energia renovável e garante, simultaneamente, o correto encaminhamento dos resíduos de madeira e das aparas, que anteriormente libertavam metano no seu processo de degradação.

PROJETO TAPADA NACIONAL DE MAFRA - PORTUGAL

A Tapada Nacional de Mafra constitui um património natural, históri-co e cultural único em Portugal, onde existem algumas das espécies mais representativas da flora nacional. É também palco de atividades de sensibilização ambiental junto da comunidade, promovendo a visita de escolas, coletividades e cidadãos.A intervenção financiada pela CGD abrange uma área de 50 hectares afetada pelo incêndio de 2003. O projeto assegura a gestão adequa-da tanto do processo de regeneração natural como dos povoamentos recentemente instalados, num total de mais de 10 000 árvores, com o objetivo de aumentar a proteção contra incêndios, garantir uma gestão florestal sustentável e promover a biodiversidade.

/SISTEMA DE GESTÃO

A CGD implementou um sistema interno que garante que os créditos selecionados são adquiridos, registados e controlados de acordo com os requisitos da marca Car-bonoZero®. Este sistema garante que, em cada momento, é possível determinar: i) a quantidade de créditos disponíveis; ii) o quantitativo de créditos alocados – por projeto – a ações de compensação de emissões e fontes de emissão a que correspondem. O sistema assegura, ainda, que os créditos de carbono, uma vez alocados à compensação de emissões de uma atividade, não são novamente utilizados pela CGD para efeitos de compensação.

Estes processos são alvo de uma verificação externa anual de forma a conferir rigor e transparência ao cumprimento da meta Caixa Carbono Zero.

POLÍTICA DE RECÁLCULO O quantitativo de emissões a compensar pode ser objeto de revisão sempre que ocorra recálculo das emissões de-terminadas pelo inventário de emissões CGD. A política de recálculo abrange alterações na metodologia de cálculo das emissões ou o aumento da precisão dos dados, sempre que se verifique que estas são materiais face ao volume total de emissões apurado.

Nos casos em que este recálculo afeta as atividades inte-gradas no âmbito da meta Caixa Carbono Zero é aplicado o seguinte procedimento:

1. Caso se verifique um aumento do volume de emissões a compensar, a CGD compromete-se a alocar a quantidade de créditos de carbono necessária para cobrir o adicional;

2. Caso se verifique que o quantitativo de emissões é inferior ao compensado, a CGD libertará os créditos resultantes desse ajuste, podendo utilizá-los para compensação de outra(s) atividade(s).

Em 2011 não foi necessário efetuar qualquer revisão do quantitativo compensado anteriormente.

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CARTA DE VERIFICAÇÃO POR AUDITOR INDEPENDENTE

/RELATÓRIO DE NEUTRALIDADE CARBÓNICA

6www.cgd.pt

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/RELATÓRIO DE NEUTRALIDADE CARBÓNICA

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