java cederj
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Clayton Escouper das ChagasCssia Blondet BaruqueLcia Blondet Baruque
Volume nico
Java Bsico e Orientao a Objeto
Apoio:
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2010/1
Material Didtico
ORGANIZAOCssia Blondet Baruque
ELABORAO DE CONTEDOClayton Escouper das ChagasCssia Blondet BaruqueLcia Blondet Baruque
Fundao Cecierj / ExtensoRua Visconde de Niteri, 1364 Mangueira Rio de Janeiro, RJ CEP 20943-001
Tel.: (21) 2334-1569 Fax: (21) 2568-0725
PresidenteMasako Oya Masuda
Vice-presidenteMirian Crapez
Coordenadoras da rea de Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Lcia Blondet BaruqueCssia Blondet Baruque
EDITORATereza Queiroz
COPIDESQUECristina Freixinho
REVISO TIPOGRFICAElaine BaymaDaniela SouzaJanana SantanaThelenayce Ribeiro
COORDENAO DE PRODUOKaty Araujo
PROGRAMAO VISUALMrcia Valria de AlmeidaRonaldo dAguiar Silva
ILUSTRAOJefferson Caador
CAPASami Souza
PRODUO GRFICAOsias FerrazVernica Paranhos
Departamento de Produo
C433j Chagas, Clayton Escouper das.
Java Bsico e Orientao a Objeto: volume nico / Clayton Escouper das Chagas, Cssia Blondet Baruque, Lcia Blondet Baruque. Rio de Janeiro: Fundao CECIERJ, 2010.238p.; 19 x 26,5 cm.
ISBN: 978-85-7648-648-0
1. Linguagem de programao. 2. Java. 3. Programao grfi ca. I. Baruque, Cssia Blondet. II. Baruque, Lcia Blondet. III.Ttulo.
CDD: 005.133
Referncias Bibliogrfi cas e catalogao na fonte, de acordo com as normas da ABNT e AACR2.
Copyright 2009, Fundao Cecierj / Consrcio Cederj
Nenhuma parte deste material poder ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrnico, mecnico, por fotocpia e outros, sem a prvia autorizao, por escrito, da Fundao.
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Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretrio de Estado de Cincia e Tecnologia
Governador
Alexandre Cardoso
Srgio Cabral Filho
Universidades Consorciadas
UENF - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIROReitor: Almy Junior Cordeiro de Carvalho
UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROReitor: Ricardo Vieiralves
UNIRIO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIROReitora: Malvina Tania Tuttman
UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIROReitor: Ricardo Motta Miranda
UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROReitor: Alosio Teixeira
UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEReitor: Roberto de Souza Salles
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DEDICATRIA
Dedico este trabalho memria da professora Cssia Blondet Baruque, principal respon-
svel por minha participao neste importante projeto de ensino a distncia junto ao CECIERJ/
CEDERJ.
Seu dinamismo e competncia deixaram ensinamentos a todos. Onde estiver, tenho certeza
de que est feliz com o resultado alcanado, fruto das sementes por ela lanadas.
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Prefcio ........................................................................................................ 9 Rubens Nascimento Melo
Introduo ............................................................................................... 15 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 1 Introduo ao Java ........................................................................ 25 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 2 Tipos de dados e estrutura de programao em Java .....................45 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 3 Estruturas de controle e entrada de dados em Java .......................65 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 4 Arrays ............................................................................................87 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 5 Orientao a Objeto I ................................................................... 101 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 6 Orientao a Objeto II ................................................................. 119 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 7 Tratamento de excees em Java ................................................ 137 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 8 Bibliotecas do Java Standard Edition (JSE) .................................. 149 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 9 Programao grfi ca em Java I ................................................... 167 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Aula 10 Programao grfi ca em Java II ............................................... 183 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Apndice A ............................................................................................. 203 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Apndice B ............................................................................................ 221 Clayton Escouper das Chagas / Cssia Blondet Baruque / Lcia Blondet Baruque
Referncias............................................................................................. 233
Java Bsico e Orientao a Objeto Volume nico
SUMRIO
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Para mostrarmos a importncia do aprendizado da linguagem de pro-
gramao Java, precisamos antes fazer uma retrospectiva sobre programao
e suas linguagens atravs dos tempos, ate chegarmos em Java.
Sempre que converso sobre a histria da computao em minhas
aulas, digo que no seu nascimento, na dcada de 40 e depois da 2a guerra,
o computador era apenas uma mquina pouco amigvel. A nica forma de
se comunicar com ele era atravs de linguagem de mquina um tipo de
programao de baixo nvel exclusiva para a mquina que estava sendo
programada. Essa linguagem consistia de comandos binrios ou hexadeci-
mais, e isso era extremamente trabalhoso e improdutivo do ponto de vista
da programao.
No ITA, em 1968, meu trabalho de fi m de curso de graduao era um
programa extremamente complexo feito em linguagem de mquina para
o IBM 1620. Era uma verdadeira tripa de comandos em linguagem de
mquina, para calcular a Entropia da Lngua Portuguesa, que determinava
as frequncias de grupamentos de letras da lngua para otimizar a banda de
um canal de comunicaes. A implementao de qualquer tarefa ou suas
modifi caes em linguagem de mquina era extremamente penosa.
Com o tempo, percebia-se que o programador gastava muito do seu
trabalho se digladiando com comandos e instrues de mquina e pouco com
a lgica do seu sistema. Um aluno de hoje pode achar uma loucura o que vou
falar, mas, na evoluo seguinte, para os Assemblers, a vida do programador
melhorou muito. Foi uma mudana do purgatrio para o paraso, eram as
chamadas Linguagens de Segunda Gerao onde o programador podia usar
nomes simblicos para seus comandos e dados.
Prefcio
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10 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Prefcio
Ainda no ITA, minha experincia seguinte foi com o IBM 1130, no fi nal
da dcada de 1960 e incio da de 1970. Os computadores ainda tinham pouca
memria e poucos recursos, mas as linguagens de alto nvel j eram mais aces-
sveis e a programao em linguagem de mquina ou Assembler eram somente
complementares. No IBM 1130 a linguagem principal era o Fortran.
As linguagens de alto nvel como FORTRAN e COBOL, eram cha-
madas de Linguagens de Terceira Gerao, pois traziam um novo paradigma
ao se libertarem da dependncia dos cdigos de mquina e favoreciam a
descrio lgica dos procedimentos da programao. Durante esse tempo,
na academia, as linguagens de programao estavam sendo formalizadas,
em termos de suas gramticas, sintaxes etc. Uma primeira dessas linguagens
mais bem-nascidas foi a Algol 60 (Algorithmic Language). Outras linguagens
dessa mesma poca tiveram algum destaque em nichos especfi cos como,
por exemplo, Simula, Lisp, Pascal, C, entre outras. Tambm na dcada de
1970 veio a onda da programao estruturada, dando uma nova perspectiva
para a forma de programar com mais qualidade.
Entretanto, na prtica, nesse tempo se programava muito em Cobol,
Fortran e depois em PL/I (uma linguagem que era um mix de Fortran,
Cobol e Algol). Mais tarde apareceu a linguagem BASIC que fi cou famosa
nos primeiros microcomputadores. BASIC o acrnimo de Beginners All-
purpose Symbolic Instruction Code, e nasceu de Fortran (acrnimo de Formula
Translation). BASIC deveria ser a linguagem didtica para iniciantes, mas
no trazia nada de bom para programao organizada, ou seja, estruturada.
Costumo dizer que quem aprendeu BASIC como sua primeira linguagem
tem problema de infncia. Contudo, seu sucesso foi muito grande. Todos
programavam em BASIC, tanto que at hoje temos linguagens originadas
a partir dela, mesmo sendo as verses atuais muito diferentes de sua ante-
passada, como o caso de Visual BASIC da Microsoft.
O importante nicho da rea comercial, ou seja, as reas bancria,
aturia, seguros, comrcio, entre outras que tinham a necessidade de uti-
lizar recursos computacionais face grande quantidade de informaes e
manipulao de dados que concentravam, fi cou com COBOL. Hoje, muitos
dos sistemas legados dessas reas esto escritos nessa linguagem.
Com o passar do tempo, as Linguagens de Terceira Gerao foram
incluindo mais facilidades para a construo de programas bem modulariza-
dos e estruturados. A programao com essas linguagens foi difundida nos
diversos computadores, que deixaram de ser luxo das grandes indstrias,
universidades e rgos militares e se tornaram muito mais capilares, tendo
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seu pice com a criao e disseminao dos computadores pessoais (PCs).
Com o avano tecnolgico das linguagens, foi necessrio facilitar o desenvol-
vimento de sistemas, j que a demanda crescera desesperadamente. Dessa
forma, os paradigmas evoluram e as tcnicas de anlise e projeto de sistemas
se tornaram cada vez mais refi nadas.
Portanto, as linguagens que comearam com instrues de mquina
e Assemblers deram lugar s estruturadas. As linguagens estruturadas evo-
luram sempre focadas na legibilidade e elegncia de programao. Tambm
trouxeram as facilidades de funes e sub-rotinas ou procedimentos e de
utilizao de bibliotecas para a modularizao de sistemas. Em paralelo, a
rea de programao evolua com novas tcnicas e mtodos para melhorar
a qualidade dos sistemas produzidos. Isso tudo resultou em uma nova enge-
nharia (Engenharia de Software).
Esta necessidade de melhoria trouxe mais um conceito, que apesar
de ter nascido na dcada de 1970, s tomou forma e cresceu na dcada de
1980, e at hoje domina o projeto de qualquer linguagem que seja criada com
o intuito de concorrer com as outras: a Orientao a Objetos. Costumo dizer
que, com esse paradigma de programao, estamos chamando a ateno
da importncia da modelagem dos dados junto com seu comportamento.
Segundo esse paradigma, o programa implementa as classes de objetos que
melhor representam o enunciado do problema. Assim, os sistemas seriam
projetados de forma mais intuitiva, retratando o mundo tal qual ele .
Duas das primeiras linguagens desse novo paradigma, que se popula-
rizaram foram C++ e Smalltalk. Essas linguagens introduziram o conceito de
classes de objetos em hierarquias. A programao fi cou mais hierarquizada e
com isso surgiram novos conceitos e caractersticas que ajudaram muito na
programao, garantindo-lhe mais elegncia e simplicidade. A partir deste
momento, o programador poderia se dedicar realmente a expressar sua
lgica de negcios. Conceitos como herana, polimorfi smo, encapsulamento
e outros so at hoje parte principal da teoria da Orientao a Objetos em
qualquer linguagem de programao desse gnero.
Paralelamente, um outro movimento tecnolgico ganhou muita fora
na mesma poca da consolidao da Orientao a Objetos como paradigma
de programao: o mundo da computao nunca mais foi o mesmo depois
do nascimento da web. Mas com ela tambm surgiram outros problemas,
como a interoperabilidade das plataformas, j que os sistemas numa rede
mundial so os mais heterogneos possveis. Para resolver isto, emergiram
os estudos sobre mquinas virtuais. A Sun Microsystems tinha um projeto
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12 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Prefcio
inovador em uma linguagem denominada Oak, cujo slogan era: write once,
run anywhere, (em portugus: escreva uma vez, rode em qualquer lugar).
O novo contexto justifi cava o retorno desse projeto com fora, e essa lingua-
gem que trazia uma plataforma associada a ela mudou seu nome, devido a
questes de direitos autorais, para o que seria a plataforma mais promissora
do fi m do sculo XX: Java.
Java podia ser executada em qualquer plataforma, era compilada
uma nica vez, numa nica plataforma, gerando um cdigo intermedirio
chamado bytecode, e este poderia ser interpretado por uma Mquina Virtual
Java (JVM) em qualquer tipo de dispositivo, seja um computador, um celular,
uma televiso ou at uma geladeira. Depois desse fenmeno os conceitos
de programao nunca mais foram os mesmos, desde a dcada de 90,
quando surgiu o Java, uma nova linguagem simples, elegante, orientada
a objeto e porttil. Orquestrada por uma empresa poderosa chamada Sun
Microsystems tem toda uma comunidade participativa e comprometida com
os mais modernos conceitos de uma linguagem de programao associada
engenharia de software.
Essa fora do Java se mostrava mais poderosa ainda quando amos
para o mundo "www", onde as limitadas e sem graa pginas html ganharam
efeitos muito mais interessantes atravs de objetos dinmicos Java chamados
Applets. E com o tempo, a prpria Sun viu a necessidade de abrir o Java,
delegando-o completamente sua comunidade, sempre organizada e rigorosa
nos seus processos evolutivos. Atravs de seus vrios comits, a padronizao
virou um conceito forte dentro do Java, o que permitiu que este sobrevivesse
e continuasse crescendo at hoje, mesmo sem ter um dono.
Dessa forma, evolumos das sub-rotinas e simples organizao de
programas para bibliotecas de classes, onde enfatizamos o reuso atravs de
organizaes mais elaboradas dessas bibliotecas nas APIs e Frameworks. No
se escreve mais cdigo a partir do zero, mas se reusam as classes especiali-
zadas em seus contextos. O desenvolvedor deixou de ser um programador
braal para ser um compositor, um projetista. E com isso ganhou-se muito
mais velocidade e consistncia de desenvolvimento, o que necessrio, pois
a demanda grande, e continua crescendo.
E assim continua a saga do Java, elegante, simples, modular, mas
ao mesmo tempo abrangente e completo. Java uma das linguagens mais
importantes da atualidade, apesar de sua pouca idade (seu primeiro release
1.0 de 1995) e no mais uma promessa, mas uma realidade e com um
futuro ainda muito longo e brilhante.
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Nesse contexto, com uma linguagem que converge tantos aspectos
fundamentais da computao, desde os conceitos de linguagem de programa-
o e orientao a objetos, passando por engenharia de software e redes, vale
ressaltar a importncia do ensino de Java, onde este livro passa a ter papel
importante pela forma didtica que aborda o assunto, buscando o equilbrio
atravs de um contedo abrangente e completo, mas sem tirar a importncia
do cunho prtico que deve nortear qualquer livro de programao.
O livro Java Bsico e Orientao a Objeto serve como referncia tanto
para o programador iniciante, j que mostra com riqueza de detalhes todo o
processo inicial de instalao e confi gurao dos ambientes necessrios para
desenvolver em Java, como para o programador mais experiente, j que trata
com seriedade e profundidade outros assuntos mais avanados.
Enfi m, tenho certeza que qualquer aluno que queira aprender a
linguagem de programao Java, qualquer que seja o seu nvel, vai agregar
conhecimentos slidos ao ler esse livro sobre esta tecnologia que est domi-
nando os mercados de programao em vrias reas do desenvolvimento:
web, celulares, TV digital, robtica, entre outras.
Prof. Dr. Rubens Nascimento Melo
PUC-Rio
Rubens Nascimento Melo possui graduao em Engenharia Eletrnica pelo Instituto Tecnolgico de Aeronutica, mes-trado e doutorado em Cincia da Computao tambm pelo Instituto Tecnolgico de Aeronutica. Atualmente, profes-sor associado da Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro, onde leciona cursos de graduao e ps-graduao, orienta alunos de iniciao cientfi ca, mestrado e doutorado. Tem mais de quarenta anos de experincia na rea de Cincia da Computao em geral e um dos pioneiros nas reas de Banco de Dados, Computao Grfi ca e Interface de Usurio no Brasil. Seus temas de pesquisa principais so: integrao semntica de informao, data warehousing, Business Intelli-gence, e-learning e sistemas de informao.
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Introduo
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16 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo
Governana o conjunto de res-ponsabilidades e prticas exercidas pela diretoria e
pela gerncia executiva com o objetivo de prover uma direo estratgica empresa, assegurando que seus objetivos sejam alcanados e seus riscos gerenciados apropriadamente, verifi -
cando que seus recursos sejam usados de forma res-ponsvel, com tica e transparncia.
Repare que, em linhas gerais, o processo de governana nas
empresas visa a responder a quatro questes bsicas:
1. Se a empresa est fazendo as coisas certas.
2. Se a empresa est atuando de forma correta.
3. Se o uso de recursos efi caz e efi ciente.
4. Se os objetivos estabelecidos so alcanados.
Observe que o conceito de governana relativamente novo, mas
j se reconhece que boas prticas de governana aplicam-se a qualquer
tipo de empreendimento. Pense e responda: quais so as trs principais
reas do conhecimento que podem contribuir diretamente para uma boa
governana?
"Escrever cdigo uma vez e reutiliz-lo sempre que possvel."
Voc sabe o que governana?
O que governana?
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Cada uma dessas reas tem um objetivo defi nido dentro da
governana:
Gesto estabelece um sistema de controle gerencial, bem
como um ambiente que promova o alcance dos objetivos do
negcio.
Auditoria avalia de forma independente a adequao e a efi -
ccia dos controles estabelecidos pela gerncia/diretoria.
Tecnologia da Informao apoia e capacita a execuo dos
controles do nvel estratgico ao operacional.
A governana corporativa tornou-se um tema dominante nos negcios por ocasio dos vrios escndalos fi nanceiros ocorridos nos EUA em meados de 2002 Enron, Worldcom e Tyco, para citar apenas alguns. A gravidade de tais escndalos abalou a confi ana de investidores, realando a necessidade das empresas de proteger o interesse de seus S TA K E H O L D E R S . A governana corporativa tem a gerncia de risco como um de seus principais componentes, que so: planejamento estra-tgico, liderana, defi nio de processos, acompanhamento e gerncia de riscos.
STA K E H O L D E R S
So aquelas pessoas ou instituies que
possuem algum tipo de envolvimento
profi ssional ou pessoal com uma
empresa: investido-res, clientes, funcio-
nrios, fornecedores, credores, acionistas,
usurios, parceiros etc.
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18 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo
O PAPEL DE JAVA NA GOVERNANA
Em linhas gerais, vimos que a governana o estabelecimento e
administrao de controle sobre um ambiente de modo a infl uenciar e
garantir resultados, aes e comportamento desejados.
Observe na fi gura anterior que a TI um dos trs pilares que sus-
tentam o conceito de governana. A TI um pilar fundamental j que
as informaes disponibilizadas por ela sustentaro a sua empresa, pois
todos os controles, processos, procedimentos e mtricas sero apoiados
pela TI. Note que no possvel haver uma gesto efi caz do negcio sem
informaes produzidas em tempo real e que sejam corretas, precisas e
autorizadas.
Um dos desafi os para TI transformar os processos da empresa
em "engrenagens", que funcionem de forma sincronizada e integrada.
Com esse objetivo necessrio que as aplicaes que suportam tais pro-
cessos possam "se comunicar" e sejam desenvolvidas em uma linguagem
de programao fl exvel, porttil e de fcil manuteno. Java vem de
encontro a essa necessidade.
Java uma linguagem de alto nvel, simples, orientada a objeto,
independente de arquitetura, robusta, segura, extensvel, bem estrutu-
rada, MULTITHREADED e com coletor de lixo.O termo MULTI-THREADED refere-se a sistemas que suportam mltiplas linhas de execuo.Fonte: Wikipedia A enciclopdia livre - http://pt.wikipedia.org/wiki/Thread_(ci%C3%AAncia_da_computa%C3%A7%C3%A3o)
Algumas caractersticas importantes de Java:
SIMPLICIDADE: Java, que se parece com a Linguagem C++, simples de aprender, permitindo a voc produtividade desde o incio e possui um pequeno nmero de construtores.
ORIENTAO A OBJETO: Em Java, os elementos de um programa so objetos, exceto os tipos primitivos. O cdigo organizado em classes, que podem estabelecer relaciona-mentos de herana simples entre si.
PROCESSAMENTO DISTRIBUDO: Java permite o processa-mento distribudo atravs de classes que suportam a distri-buio, dando suporte a aplicaes em rede. Ademais, Java suporta vrios nveis de conectividade atravs das classes contidas nos pacotes Java.net
PORTABILIDADE: Java pode rodar em qualquer plataforma o que permite sua alta portabilidade. Isto se deve ao fato de que seu compilador no gera instrues especfi cas a uma plataforma, mas sim um programa em um cdigo
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PORQUE JAVA IMPORTANTE
Voc sabia que a Internet vem se tornando cada vez mais popular
e cresce a variedade de mquinas e sistemas operacionais disponveis no
mercado? Assim sendo, portabilidade, confi ana e segurana, caracte-
rsticas que Java apresenta, tornam-se requisitos essenciais para uma
linguagem de programao. Java oferece vrias camadas de controle de
segurana para a proteo contra cdigo malicioso, alm de possuir um
compilador altamente rigoroso que evita erros bsicos de programao,
ajudando a manter a integridade do software, um dos conceitos essenciais
em Governana. Alm dessas caractersticas, h um diferencial que deve
ser considerado: Java uma soluo gratuita.
Java notoriamente um padro na indstria de software e permite o
desenvolvimento de aplicaes na Internet para servidores, desktop e disposi-
tivos mveis. A expectativa de que as empresas vo continuar necessitando
de profi ssionais, como voc, com conhecimento em Java para atuarem
no desenvolvimento de software e aplicativos, sendo que o conhecimento
requerido dever se expandir proporcionalmente evoluo de Java.
Saiba que a Fundao Cecierj trabalha para apoiar voc nessa
meta!
Representada pela professora Masako Masuda e pela professora
Mirian Crapez, a Fundao ampliou a sua misso e incluiu no escopo
do seu pblico-alvo os profi ssionais de mercado. No incio de 2008, foi
estabelecida uma nova rea do conhecimento na Diretoria de Extenso
voltada para oferta de cursos no s aos professores da Educao Bsica,
mas tambm aos demais profi ssionais, intitulada Governana: Gesto,
Auditoria e Tecnologia da Informao (TI).
intermedirio. Tal programa, denominado bytecode, pode ser caracterizado como uma linguagem de mquina destina-da a um processador virtual que no existe fi sicamente.
MULTITHREADING: Java fornece suporte a mltiplos threads de execuo, que podem manipular diferentes tarefas.
COLETOR DE LIXO: Sua funo a de varrer a memria de tempos em tempos, liberando automaticamente os blocos que no esto sendo utilizados, evitando, assim, erros na alocao de memria.
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20 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo
Um dos objetivos dessa rea, projetada e implantada pelas pro-
fessoras Lcia Baruque e Cssia Baruque, de que os profi ssionais do
conhecimento, que so parte essencial da sociedade da informao,
possam se capacitar e se atualizar em temas de ponta, incluindo aqueles
que moram no interior do estado.
Profi ssional do conhecimento um termo adaptado de know-ledge worker, referindo-se a profi ssionais que trabalham diretamente com a informao, produzindo ou fazendo uso do conhecimento, em oposio queles envolvidos na produo de bens ou servios. So analistas de sistemas, programadores, desenvolvedores de produtos ou pessoal ligado tarefa de planejamento e anlise, bem como pesquisadores envolvidos principalmente com a aquisio, anlise e manipulao da informao. Esse termo foi popularizado pelo guru Peter Drucker.
Sociedade da informao aquela cujo modelo de desenvolvimen-
to social e econmico baseia-se na informao como meio de criao do conhecimento. Ela desem-
penha papel fundamental na produo de riqueza e na contribuio para o bem-estar e a qualidade de vida
dos cidados. Tal sociedade encontra-se em processo de formao e expanso.
Agora que voc est familiarizado com o conceito de governana
e com a importncia de adquirir conhecimentos em Java, mos obra.
Vamos aprender muito a seguir!
Bons estudos!
Note que este material foi projetado para ser autoinstrucional. Entretanto, voc pode interagir com outros profi ssionais da rea ou mesmo realizar atividades adicionais com feedback do tutor ao participar do nosso curso no ambiente virtual de aprendizagem da Fundao. Para mais informaes, acesse: http://www.cederj.edu.br/extensao/governanca/index.htm
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Pblico-alvoEstudantes, professores e
profi ssionais das reas de engenha-ria, computao, exatas e afi ns.
Pr-requisito Noes de lgica de programao (ter algum
conhecimento em qualquer linguagem de programa-o, exceto HTML) e sistema operacional Windows XP
ou Windows Vista instalado.
ObjetivosCapacitar o participante no entendimento da arquitetura e progra-
mao da linguagem Java, com a fi nalidade de prepar-lo para suprir a crescente necessidade do mercado pelo profi ssional especialista nessa
tecnologia, desenvolvendo projetos fl exveis, reutilizveis e com padres de qualidade reconhecidos.
Ementa Introduo ao Java Standard Edition
Tipos de dados do Java Estrutura de Programao em Java
Estruturas de Controle Arrays
Java Orientado a Objetos: Classes, Atributos, Mtodos, Herana, Polimorfi smo, Classes
Abstratas e Interfaces
Controle de Erros Tratamento de Excees
Bibliotecas do Java Standard Edition Programao Grfi ca em Java:
Swing e AWT
Carga horria: 45 horas aula
INFORMAES SOBRE O CURSO
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22 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo
Lcia Blondet Baruque
Mestre e doutora em Informtica pela PUC-Rio; bacharel em Cincias Econmicas pela UFRJ; possui Certifi cate in Mana-gement pela John Cabot University (Roma). Foi professora na PUC-Rio e atuou no seu Centro de Educao a Distncia. Atualmente, professora associada da Fundao Cecierj, coordenadora da rea de Governana: Gesto, Auditoria e TI e pesquisadora associada do Laboratrio de Tecnologia em Banco de Dados da PUC-Rio. Trabalhou na auditoria da Exxon Company International e na ONU, em Roma, bem como na diretoria do Instituto dos Auditores Internos do Brasil. Mem-bro do Institute of Internal Auditors. CIA, CISA Exam.
Masako Oya Masuda
Presidente da Fundao Centro de Cincias e Educao Supe-rior a Distncia do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj), vinculada Secretaria de Estado de Cincia e Tecnologia. Possui gradua-o em Cincias Biolgicas pela Universidade de So Paulo, mestrado em Cincias Biolgicas (Biofsica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutorado em Cincias Biolgicas (Biofsica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e ps-doutorado na University of California. Tem experincia na rea de Fisiologia, com nfase em Fisiologia Geral.
Mirian Araujo Carlos Crapez
Vice-presidente de Educao Superior a Distncia da Fundao Cecierj. Graduada em Cincias Biolgicas pela Universidade Federal de Minas Gerais, com doutorado em Metabolismo de Aromticos e Poliaromticos realizado na Universit D'Aix-Marseille II e ps-doutorado na Universit Paris VI (Pierre et Marie Curie). Atualmente, professora associada da Univer-sidade Federal Fluminense.
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Clayton Escouper das Chagas
Engenheiro de Telemtica pelo Instituto Militar de Engenharia (IME/RJ), ps-graduado em Sistemas Modernos de Telecomunica-es pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestrando em Sistemas de Telecomunicaes com estudos na rea de TV Digital Interativa pela Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Trabalha como engenheiro em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Centro Tecnolgico do Exrcito e instrutor de Java em empresas privadas e universidades do Rio de Janeiro desde 2005.
Cssia Blondet Baruque
Mestre e doutora em Informtica pela PUC-Rio. Foi docente e atuou como cocoordenadora da rea de Governana: Gesto, Auditoria e TI da Fundao Cecierj e como pesquisadora asso-ciada do Laboratrio de Tecnologia em Banco de Dados da PUC-Rio. Trabalhou como pesquisadora e professora na PUC-Rio, IMPA, FGV-online e UEZO em temas como e-learning, bibliotecas digitais, data warehousing/OLAP e minerao de dados, alm de ter exercido cargos importantes, o que lhe conferiu grande expe-rincia em desenvolvimento de sistemas, nas empresas Fininvest, Cyanamid, Banco Nacional, Capemi, Shell e RFFSA.
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Introduo ao Java
Aps o estudo do contedo desta aula, esperamos que voc seja capaz de:
descrever o histrico da tecnologia Java;
descrever as caractersticas do Java;
identifi car os componentes da plataforma Java Standard Edition;
criar e identifi car as principais estruturas de uma classe em Java.
1objetivos
AU
LA
Meta da aula
Apresentar as principais caractersticas da plataforma Java.
1
2
3
Pr-requisitos
Para o correto e completo aprendizado desta aula, preciso que voc: tenha um computador com o
Windows XP ou Windows Vista instalado com pelo menos 512MB de memria RAM; tenha instalado e
confi gurado o Java Development Kit (JDK), conforme as instrues do Apndice A; tenha instalado o Ambiente de Desenvolvimento Integrado (IDE) NetBeans, confor-
me as instrues do Apndice B; esteja animado e moti-vado para iniciar o aprendizado dessa fabulosa lingua-
gem de programao que est dominando os mercados de desenvolvimento, programao e tecnologia
na atualidade.
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26 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
INTRODUO
Pesquise mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Java e descubra mais sobre a ilha de Java antes de entrar no mundo fantstico da tecnologia Java.
Voc j ouviu falar na ilha de Java? Alm de uma das tecnologias mais impor-
tantes da computao, Java tambm uma das mais famosas ilhas do oceano
ndico, e foi justamente essa ilha que deu origem ao nome da linguagem de
programao Java.
O Java como linguagem de programao nasceu em 1991 pelas mos de um
pesquisador da Sun Microsystems, James Gosling.
Figura 1.1: James Goling, o criador do Java. Fonte: http://cnettv.cnet.com/2001-1_53-27469.html
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LA 1
A Sun Microsystems uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Atua nos setores de fabricao de computadores, semicondutores e software. Sua sede fi ca em Santa Clara, Califrnia, no Silicon Valley (Vale do Silcio). As fbricas da Sun localizam-se em Hillsboro, no Oregon, EUA, e em Linlithgow, na Esccia.O nome Sun vem de Stanford University Network (Rede da Universidade de Stanford).Os produtos da Sun incluem servidores e estaes de trabalho (workstations) baseados no seu prprio processador SPARC, no processador Opteron, da AMD, nos sistemas operacionais Solaris e Linux, no sistema de arquivos de rede NFS e na pla-taforma Java.Saiba mais sobre a Sun Microsystems em http://pt.wikipedia.org/wiki/sun_microsystems. interessante conhecer a empresa que criou a tecnologia que voc ir estudar.
O nome inicial da linguagem era Oak (carvalho, em portugus), pois existiam
muitos carvalhos na rea da empresa e eles eram visveis pela janela dos pro-
gramadores.
Devido a problemas de direitos autorais, o nome acabou sendo alterado para
Java, pois j existia uma linguagem chamada Oak.
A ideia original do projeto era desenvolver uma linguagem de programao que
fosse independente de plataforma e que pudesse ser executada em diferentes
dispositivos eletrnicos, como geladeiras, televises ou foges.
Inicialmente, o projeto no foi prioridade para a Sun, j que alguns executivos
acharam absurda a ideia de ter uma linguagem que pudesse ser processada
numa televiso. Com a chegada da TV digital interativa, podemos ver que no
estavam to errados assim... Mas com o sucesso da internet e a necessidade de
linguagens que suportassem objetos dinmicos e independentes de plataforma,
a empresa viu uma oportunidade para o emprego da tecnologia que o projeto
Oak havia desenvolvido.
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28 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
Java uma linguagem de
programao orientada a objetos,robusta, elegante e com todas as carac-
tersticas das linguagens modernas, podendoser utilizada nos mais diversos ambientes, desde
aplicaes simples no desktop at complexos aplicativos web, programao de robs, redes
de sensores, celulares e televiso digi-tal interativa, alm de muitos
outros.
A TECNOLOGIA JAVA
Linguagem de programao
s
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LA 1
Ambiente de desenvolvimento
Como desenvolvedor Java, voc ter sua disposio um conjunto
de ferramentas poderosas capazes de abranger vrias tarefas envolvidas
no processo de desenvolvimento de software dentro do seu ciclo de
vida.
Dentre as principais ferramentas disponveis, podemos citar:
o compilador (javac);
o interpretador (java);
o gerador de documentao (javadoc);
a ferramenta de compactao de arquivos (jar);
diversas outras ferramentas instaladas no diretrio bin da dis-
tribuio.
Ambiente de aplicao
A forma de execuo da linguagem Java baseada na interpretao
por meio de uma mquina virtual, a JAVA VI RT U A L MA C H I N E (JVM) .
Ela proporciona um ambiente de aplicao completo para execuo de
aplicativos Java.
JAVA VI RT U A L
MA C H I N E (JVM)
Mquina virtual que faz com que o seu programa em
Java se comunique com o sistema ope-
racional e com o hardware do com-
putador.
Vamos pesquisar um pouco?Acesse, no site da Sun, as reas sobre Java e descubra por que ele uma das tec-nologias que mais intrigam o mundo moderno de tecnologia: http://java.sun.com.
Atividade prtica 12
RAIO X DO JAVA
O desenvolvimento em Java dividido em trs grandes pla-
taformas, de acordo com as caractersticas e os objetivos do sistema
implementado:
A primeira plataforma: o core de todo sistema Java; utilizada
como base da linguagem, alm de possuir algumas bibliotecas
para desenvolvimento de aplicaes grfi cas, programao em
redes e processamento paralelo. A esse conjunto core damos o
nome de JAVA STA N D A R D ED I T I O N (JSE) .
JAVA STA N D A R D ED I T I O N (JSE)
Pacote-base para o desenvolvimento de programas em Java.
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30 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
A segunda plataforma: engloba desenvolvimento web, programa-
o distribuda corporativa, servios corporativos especiais como Web
Services e Enterprise Java Beans, alm de bibliotecas de gerenciamento.
Essa plataforma se chama JAVA ENTERPR ISE EDIT ION (JEE) e tem como
requisito o prprio JSE.
A plataforma de desenvolvimento para dispositivos mveis e
embarcados: d suporte a toda programao para celulares, televiso
digital e outros dispositivos com menor poder de processamento; a
plataforma JAVA MI C R O ED I T I O N (JME) .
JAVA EN T E R P R I S E ED I T I O N (JEE)
Pacote para desen-volvimento de programas para o segmento corpora-tivo, programao distribuda e pro-gramao web.
JAVA MI C R O ED I T I O N (JME)
Pacote para desenvolvimento de programas para dispositivos mveis como celulares, palm tops etc.
Nosso curso ser focado no JSE (primeira plataforma), que a base
para que o aluno prossiga no estudo de plataformas mais complexas.
Veja a seguir os mdulos que compem o JSE:
Java Platform Standard Edition
Java Language
java javac javadoc apt jar javap JPDA Other
Security Int'l RMI IDL Deploy Monitoring Troble-shooting JVM TI
Deployment Java Web StartJava Web Start Java Plug-in
AWT Swing Java 2D
Accessibility Imput MethodsDrag'n Drop Image I/0 SoundPrint Service
IDL JNDIJDBC RMI RMI-IIOP
Beans New I/0Int'I Support JMX MathI/0 JNI
Networking SecurityStd. OverrideMechanism Serialization XML JAXPExtension
Mechanism
Lang & Util ConcurrencyUtilitiesCollections JAR ManagementLogging
Preferences Refl ectionRef Objects RegularExpressions ZipVersioning
Java Hotspot Client Compiler Java Hotspot Server Compiler
Solaris LinuxWindows Other
Java Language
DevelopmentTools & APIs
DevelopmentTechnologies
User InterfaceToolkits
IntegrationsLibraries
Other BaseLibraries
lang & utilBase Libraries
Java VirtualMachine
Platforms
J2SEAPIJDK
JRE
Figura 1.2: Estrutura do Java Standard Edition. Fonte: javadocs - jdk 1.6.03.
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LA 1
CARACTERSTICAS DO JAVA
Java Virtual Machine (JVM)
Imagine uma mquina criada por meio de um software emulador
dentro de uma mquina real, como se fosse um minicomputador dentro
do seu prprio computador, e que possui gerenciamento de memria,
C A C H E , T H R E A D S e outros processos de um computador com seu sistema
operacional. Exatamente! Essa mquina existe e se chama Mquina
Virtual Java, ou JVM.
A Mquina Virtual Java prov especifi caes de plataforma de
hardware na qual se compila todo cdigo de tecnologia Java. Essas especi-
fi caes permitem que o software Java seja uma plataforma independente,
pois a compilao feita por uma mquina genrica, a JVM.
O resultado de uma compilao de um cdigo fonte Java o
bytecode, que uma linguagem de mquina inteligvel para a JVM.
O bytecode independente de hardware; assim, basta o computador ou o
dispositivo eletrnico (como um celular ou televiso) ter o interpretador
adequado (a JVM) que poder executar um programa Java compilado,
no importando em que tipo de computador ele foi compilado.
Garbage Collection
Visualize a memria do seu computador como uma grande rua
onde uma equipe de gandulas de tempos em tempos vai limpando tudo
que no est sendo utilizado pelo Java. Isso mesmo. Essa equipe presta
ao sistema operacional um importante servio de coleta de lixo, que
chamamos de Garbage Collection.
Muitas linguagens de programao permitem ao programador
alocar memria durante o tempo de execuo. Entretanto, aps utilizar
a memria alocada, deve existir uma maneira para desalocar o bloco de
memria, de forma que os demais programas a utilizem novamente. Em
C, C++ e outras linguagens, o programador o responsvel por isso, o
que s vezes pode ser difcil, j que os programadores podem esquecer
de desalocar instncias da memria e resultar no que chamamos escapes
da memria.
No Java, voc, programador, no possui a obrigao de retirar
das reas de memria uma varivel criada. Isso feito por uma parte
especfi ca da JVM que chamamos de Garbage Collection. A Garbage
CA C H E
Subsistema especial da memria de alta velocidade, utiliza-do para armazenar dados temporaria-mente at que eles sejam solicitados.
Os dados utilizados com mais frequn-
cia so copiados para ela, permitindo acesso mais rpido.
uma forma de acelerar a memria,
o processador e as transferncias do
disco. Os caches de memria armaze-
nam o contedo das posies mais atu-
alizadas da RAM e os endereos onde esses dados esto
armazenados.Fonte: http://www.aoli.
com.br/dicionarios.aspx?palavra=Cache.
TH R E A D S
Processo de diviso de tarefas em pro-gramao de com-
putadores.Fonte: http://
pt.wikipedia.org/wiki/Thread.
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32 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
Collection a grande responsvel pela liberao automtica do espao
em memria. Isso acontece automaticamente durante o tempo de vida
do programa Java.
Java Runtime Environment
A implementao de uma mquina Java juntamente com a JVM
para o usurio fi nal dos sistemas feita por meio de um pacote chamado
Java Runtime Environment (JRE). O JRE roda cdigos compilados para
a JVM e executa o carregamento de classes (por meio do Class Loader), a
verifi cao de cdigo (por meio do verifi cador de bytecode) e fi nalmente
o cdigo executvel.
O Class Loader responsvel por carregar todas as classes neces-
srias ao programa Java. Isso adiciona segurana, por meio da separao
do namespace entre as classes do sistema de arquivos local e aquelas
que so importadas pela rede. Isso limita qualquer ao de programas
que podem causar danos, pois as classes locais so carregadas primeiro.
Depois de carregar todas as classes, a quantidade de memria que o exe-
cutvel ir ocupar determinada. Isso acrescenta, novamente, proteo
ao acesso no autorizado de reas restritas ao cdigo, pois a quantidade
de memria ocupada determinada em tempo de execuo.
Aps carregar as classes e defi nir a quantidade de memria, o
verifi cador de bytecode verifi ca o formato dos fragmentos de cdigo e
pesquisa, nesses fragmentos, cdigos ilegais que possam violar o direito
de acesso aos objetos.
Depois que tudo isso tiver sido feito, o cdigo fi nalmente exe-
cutado.
CICLO DE EXECUO DE UM PROGRAMA EM JAVA
Voc vai entender agora como o fl uxo de execuo de um
programa em Java, desde sua codifi cao at sua interpretao pela
mquina virtual.
O primeiro passo para a criao de um programa Java escrever
os programas em um editor de texto. Qualquer tipo de editor pode ser
utilizado, como o bloco de notas, vi, emacs etc. A nica obrigatorieda-
de que esses arquivos devem ser armazenados no disco rgido com a
extenso .java.
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LA 1
Aps o programa Java ter sido criado e salvo, voc deve compil-lo utilizando o compilador Java (javac). A sada desse processo um
arquivo de bytecode com extenso .class.
O arquivo .class ento lido pelo interpretador Java (java JVM),
que converte os bytecodes em linguagem de mquina do computador ou
dispositivo que est sendo usado.
A fi gura a seguir ilustra todo o processo de execuo de um pro-
grama em Java.
Figura 1.3: Processo de execuo de um programa em Java.Fonte: Livro Use a cabea! Java.
source code for the interactive party inviation
Method Party()0 aload_01 invokespe-cial #1
4 return
Party atTlm's
VirtualMachines
Output(code)
CompilerSource
12
3
4
Party at
Tlm's
Vamos comear a programar!Para compilar e executar um programa Java corretamente, voc deve ter o JDK (Java Development Kit) instalado. Alm disso, as variveis de ambiente do Windows devem estar corretamente confi guradas. Execute as tarefas de download, instalao e confi gurao do JDK seguindo as orientaes do Apndice A. A partir de ento, voc
poder testar seus cdigos Java.
Atividade prtica 24
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34 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
ESCREVENDO SEU PRIMEIRO PROGRAMA EM JAVA
Utilizando o prompt do Windows e o Bloco de Notas
Voc vai agora construir o primeiro exemplo de programa em
Java. A compilao e a execuo do programa sero feitas pelo prompt
de comando do Windows.
Passo 1: Inicie o Bloco de Notas do Windows seguindo os coman-
dos Iniciar => Programas => Acessrios => Bloco de Notas.
Passo 2: Abra o prompt de comando do Windows seguindo os
comandos Iniciar => Programas => Acessrios => Prompt de
Comando.
Passo 3: No Bloco de Notas, digite as seguintes instrues de um
simples programa em Java:
Figura 1.4: Primeira classe em Java.Fonte: Bloco de Notas.
Seja rigoroso em todos os smbolos utilizados, principalmente
no que se refere a letras maisculas e minsculas, pois fazem diferena
no Java.
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Passo 4: Salve o programa como Hello.java e coloque numa pasta chamada MeusProgramas.
Figura 1.5: Salvando sua primeira classe em Java.Fonte: Bloco de Notas.
Passo 5: V para o prompt de comando e navegue at a pasta
MeusProgramas.
Passo 6: Nessa pasta, digite o comando dir para verifi car se o seu
arquivo Hello.java est dentro do diretrio.
Se estiver tudo certo, j podemos compilar nosso primeiro pro-
grama em Java.
Passo 7: Para compilar um programa Java, devemos executar o
compilador Java (javac) passando na linha de comando o nome
do programa a ser compilado; no nosso caso, o Hello.java.
Os comandos a serem executados so os mostrados na fi gura do
prompt a seguir. Se no tiver nenhum erro, o cursor do prompt aparecer
novamente na linha de baixo.
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36 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
Figura 1.6: Compilando sua primeira classe em Java.Fonte: Prompt de Comando.
Passo 8: Digite novamente o comando dir para verifi car se a
compilao foi realizada normalmente. Como voc j viu, a compilao
de um arquivo .java tem como resultado o bytecode, que um arquivo
.class com o mesmo nome, como mostrado na fi gura a seguir:
Figura 1.7: Verifi cando a classe compilada.Fonte: Prompt de Comando.
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Passo 9: Por ltimo, chame a Mquina Virtual Java (JVM) por meio do comando java, passando na linha de comando o arquivo
do bytecode, atravs do nome do arquivo gerado na compilao,
dessa vez sem a extenso (sem o .class) como mostrado a seguir.
O bytecode interpretado pela JVM e a sada do texto digitado
realizada pelo prompt, conforme foi solicitado no cdigo do
programa.
Figura 1.8: Executando sua primeira classe em Java.Fonte: Prompt de Comando.
Vamos comear a programar!Siga os passos anteriores e veja voc mesmo seu primeiro programa em Java
funcionando!
Atividade prtica 34
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38 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
Utilizando um Ambiente de Desenvolvimento (IDE)
Para continuar seu aprendizado de forma produtiva, iremos empre-
gar um ambiente profi ssional, que o mesmo utilizado nas empresas de
desenvolvimento de software: usaremos o ambiente de desenvolvimento
NetBeans, da Sun Microsystems. Para isso, voc precisar executar as
tarefas de download, instalao e confi gurao do NetBeans que esto
explicadas de forma detalhada no Apndice B.
Apesar de muitos dos nossos
programas no exigirem ferramen-tas sofi sticadas para programao, como
voc viu no ltimo exemplo, profi ssionalmente asempresas necessitam de um ambiente integrado com
algumas caractersticas, como maior velocidade de pro-gramao, automatizao de processos e testes, alm da
necessidade de melhorar a produtividade e o gerenciamento das equipes. Nesse contexto, pode ser interessante a utili-zao de ferramentas especializadas que controlem todos
esses fatores, trazendo vantagem considervel no ciclo produtivo das empresas de software. Essas ferramen-
tas se chamam ambiente de desenvolvimentointegrado (integrated development envi-
ronment), ou simplesmente IDE.t
Pesquise um pouco!Pesquise em sites de busca (como www.google.com.br) e em infor-maes colaborativas (como www.pt.wikipedia.org) sobre a linguagem de programao Java e tambm sobre IDE.Depois da pesquisa, escreva com suas prprias palavras nas linhas a seguir o que enten-deu sobre a linguagem Java e tambm sobre IDE.Java:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Atividade de refl exo 14321
n
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IDE:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Vamos utilizar nesta disciplina uma IDE produzida pela prpria
Sun (que criou o Java) e uma das mais utilizadas pelas empresas de
desenvolvimento no mundo: o NetBeans, na sua verso 5.5.1. Entre
os vrios recursos que a IDE possui, podemos citar como principais a
interface construtora, o editor de texto, o editor de cdigo, o compilador,
o interpretador e o depurador. Alm disso, a IDE possui muitas outras
funcionalidades e wizards que auxiliam voc a dar mais produtividade a
seu trabalho e a reduzir a quantidade de erros. Para utilizar o NetBeans,
execute os seguintes passos:
Passo 1: Inicie o NetBeans clicando no cone de atalho NetBeans
5.5.1 que se encontra na rea de trabalho do computador e espere
a abertura de sua interface grfi ca.
Figura 1.9: Tela inicial do NetBeans.Fonte: NetBeans.
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40 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
Passo 2: Feito isso, vamos construir nosso primeiro projeto, j que
todo programa Java numa IDE deve estar associado a um projeto,
atravs da sequncia Arquivo => Novo Projeto, e na caixa de
dilogo que se abrir escolha na janela Categorias a opo Geral
e na janela Projetos a opo Aplicao Java.
Figura 1.10: Criando um projeto no NetBeans.Fonte: NetBeans.
Passo 3: Clique no boto
Prximo e na caixa de dilo-
go seguinte preencha o Nome
do Projeto com Meu Projeto
Java e ao lado da checkbox
Criar Classe Principal defi na
seu nome como Hello e cli-
que no boto Finalizar.
Figura 1.11: Criando um projeto no NetBeans.Fonte: NetBeans.
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Passo 4: Na janela que se abre, a IDE insere um cdigo bsico de todo programa Java completado com algumas informaes que
foram inseridas durante a criao do projeto. Complete esse cdigo
com o texto do programa feito no Bloco de Notas.
Figura 1.12: Criando uma classe no NetBeans.Fonte: NetBeans.
Ao mandar executar um programa, a IDE automaticamente com-
pila e interpreta o cdigo, mostrando o resultado dos comandos, caso
seja uma aplicao via console (que ser o nosso caso, por enquanto),
na janela abaixo do cdigo.
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42 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
Passo 5: Para executar o cdigo, devemos selecionar o programa
que desejamos executar na janela do lado esquerdo superior, janela
Projetos, e clicar com o boto direito do mouse selecionando a
opo Executar Arquivo.
Figura 1.13: Executando uma classe no NetBeans.Fonte: NetBeans.
Figura 1.14: Executando uma classe no NetBeans.Fonte: NetBeans.
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Agora vai fi car mais legal!Siga os passos mencionados e veja seu primeiro programa em Java agora
executado no NetBeans!
Atividade prtica 44
INFORMAES SOBRE FRUM
Nesta primeira semana de aula, vamos entrar no frum para nos conhecermos; vamos falar sobre a experincia de cada um e o que esperamos do curso.
Vamos rever os principais conceitos vistos nesta aula.
Histrico da tecnologia Java: o Java nasceu na empresa americana Sun
Microsystems na dcada de 1990 com o intuito de ser utilizado em
dispositivos eletrodomsticos. O projeto inicialmente no foi um sucesso,
mas, com o advento da internet, a Sun viu uma oportunidade de utilizar
essa tecnologia principalmente pela caracterstica de poder ser utilizada
em plataformas heterogneas.
Alm de ser uma das mais completas, modernas e utilizadas linguagens
de programao, o Java tambm d suporte a um completo ambiente
de desenvolvimento, por meio de suas ferramentas integradas, alm de
ser um ambiente de aplicao completo, com todas suas funcionalidades
implementadas na Mquina Virtual Java (JVM).
O Java possui trs plataformas bsicas de desenvolvimento, de acordo
com o projeto do sistema a ser implementado. A plataforma bsica para
todos os tipos de sistemas o JSE (Java Standard Edition), que possui as
bibliotecas bsicas para o desenvolvimento em Java. Para desenvolvimento
corporativo, distribudo e/ou web preciso utilizar a plataforma JEE
(Java Enterprise Edition), que d suporte aos sistemas desenvolvidos
R E S U M O
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44 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Introduo ao Java
para esses tipos de ambiente mais complexos. Por ltimo, temos uma
plataforma especial chamada JME (Java Micro Edition), que serve para
o desenvolvimento de sistemas para dispositivos mveis e embarcados,
como celulares, televises e outros dispositivos com menor poder de
processamento e memria.
Todo programa em Java deve ser compilado pelo compilador javac,
gerando assim o bytecode, para depois ser interpretado pela mquina
virtual; esta implementada de acordo com cada sistema operacional,
garantindo a portabilidade de sistemas do bytecode.
Para melhorar a produtividade do desenvolvimento e ganhar em
integrao e controle da programao, principalmente para sistemas
complexos e grandes equipes, podemos utilizar ferramentas que auxiliam
nessas tarefas; essas ferramentas so as chamadas IDEs (integrated
development environment).
Na prxima aula, voc ir estudar um pouco mais sobre a estrutura dos
programas em Java e os tipos de dados suportados pela linguagem. At l.
Informao sobre a prxima aula
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Tipos de dados e estrutura de programao em Java
Aps o estudo do contedo desta aula, espera-mos que voc seja capaz de:
descrever a estrutura bsica de uma classe em Java;
criar e testar as classes que voc escreveu em Java;
identifi car os principais tipos de dados da lin-guagem Java, suas caractersticas e utilizaes;
identifi car os operadores utilizados na progra-mao em Java.
2objetivos
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Meta da aula
Apresentar a estrutura de uma classe Java e os tipos de dados da linguagem.
1
2
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Pr-requisitos
Para o correto e completo aprendizado desta aula, preciso que voc tenha um computador com
Windows XP ou Windows Vista instalado, com pelo menos 512Mb de memria RAM; tenha instalado e con-fi gurado o Java Development Kit (JDK) conforme as ins-
trues do Apndice A; tenha instalado o Ambiente de Desenvolvimento Integrado (IDE) NetBeans conforme
as instrues do Apndice B; esteja animado e motiva-do para iniciar o aprendizado desta fabulosa linguagem
de programao, que est dominando os mercados de desenvolvimento, programao e tecnologia
na atualidade.
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46 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
ESTRUTURA BSICA DE UM PROGRAMA EM JAVA
Veja como se comporta e como se compe um programa em Java.
Estudaremos isso por meio da anlise de um cdigo-fonte em Java.
como se um mdico estivesse entendendo como funciona o corpo
humano por dentro.
Imagine que uma montadora lhe pedisse para criar um carro. Que
caractersticas voc considera importantes para defi nir um carro?
( ) Velocidade
( ) Acelerao
( ) Cor
( ) Nmero de portas
Pois bem, todas essas caractersticas so comuns a todos os carros.
Ao pensar num carro de forma geral, voc est aprendendo um conceito
bastante importante em Java: o conceito de classe.
Classe a defi nio de um conjunto de objetos, seres ou coisas do mundo real que possuem
caractersticas em comum. Todo programa em Java est dentro de uma estru-
tura lgica de cdigo chamada classe; portanto, umsistema em Java um conjunto de classes que se
comunicam e colaboram entre si.As classes so compostas de atributos
e mtodos.
No nvel de anlise e requisitos, os atributos so as caractersticas
que os objetos do mundo real possuem, e estes so sua representao no
mundo computacional.
Fazendo a mesma comparao, os mtodos so os comportamen-
tos ou as aes executadas por esses objetos.
Assim, com um exemplo bem simples, podemos dizer que, se
estamos defi nindo e programando o objeto do mundo real carro, a classe
relativa a esse objeto ter atributos como cor, modelo, ano de fabricao
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LA 2
etc. Alm disso, a classe tambm ter mtodos como acelerar, frear, fazer converso etc.
Figura 2.1: Classe Carro e seus mtodos.
Por enquanto, vamos nos focar mais na estrutura de um progra-
ma em Java, pois adiante teremos aulas voltadas especifi camente para o
aprendizado de orientao a objeto.
Para visualizar melhor como funciona uma classe, vamos analisar
a estrutura do nosso primeiro exemplo, que foi implementado e testado
na aula passada:
1 public class Hello {
2 /**
3 * Nosso primeiro programa em Java
4 */
5
6 public static void main(String[ ] args) {
7 // A prxima linha imprime a frase entre ()
no console da IDE
8 System.out.println("Esse nosso
primeiro programa");
9 }
10
11 }
Vamos comear a decifrar esse programa por meio do entendi-
mento de cada linha.
Mtodos: Acelerar ( ) Frear ( ) Acender faris ( ) Virar direita ( )
Classe Carro (objeto carro do mundo real)
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48 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
A linha 1 defi ne que estamos iniciando a estrutura de uma classe
pela palavra reservada class e seguida pelo nome da classe.
Aps as instrues relativas a classe, temos o smbolo { (abre cha-
ves) que defi ne a abertura de um bloco de comando. Repare que o { de
abertura tem o seu correspondente } (fecha chaves) na linha 11 indicando
que aquele bloco foi fechado. Os blocos de comando so hierarquizados;
assim, podemos ter blocos de comando dentro de um primeiro bloco.
Toda classe um arquivo Java, e este possui a extenso .java; obrigatoriamente o arquivo deve possuir o mesmo nome da classe, respeitando letras maisculas ou minsculas. Assim, nossa classe Hello est armazenada fi sicamente num arquivo Hello.java.
Os comandos das linhas 2 a 4 defi nem um comentrio em Java.
Um comentrio serve para documentao do cdigo que est sendo
implementado, seja como histrico para os programadores ou equipe que
esto fazendo o projeto, seja como subsdio para futuras manutenes
e atualizaes do sistema.
Existem trs tipos de comentrios em Java; o que foi utilizado nas linhas anteriores o comentrio de bloco que inserido na documentao padro de cdigo Java automaticamente, o javadoc, e defi nido pelos intervalos /** ... */, suportando quebra de linhas. Caso voc no queira que o comentrio de bloco seja inserido no javadoc gerado, s suprimir o segundo smbolo * que abre o comentrio. O trecho documentado fi ca entre os intervalos /* ... */.O ltimo tipo de comentrio o comentrio de linha; defi nido pelos caracteres //; tudo que vier aps esses smbolos ignorado pelo compilador. S serve para uma nica linha. Esse tipo de comentrio foi utilizado na linha 7 do nosso exemplo.
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A linha 5 est em branco. Isso no tem problema nenhum em Java, alis no teremos nenhum problema com linhas ou espaos em branco,
pois eles so ignorados pelo Java; utilize-os para ajudar na organizao
do cdigo, mas sem exagero.
Como j falamos, um sistema em Java composto de classes que
se comunicam. As classes so compostas de mtodos e atributos; na
linha 6, temos nosso primeiro mtodo, o mtodo main, que um mtodo
muito especial. Um mtodo geralmente uma palavra iniciada com letra
minscula. Seu nome vem seguido de ( ) (abre e fecha parnteses). Alis,
voc pode se perguntar por que o nome de uma classe se inicia com letras
maisculas e mtodos iniciam com letras minsculas. Isso quer dizer que
haver um erro se fi zer ao contrrio?
Na verdade no, isso o que chamamos convenes de codifi -
cao; servem para auxiliar o programador a identifi car partes de uma
estrutura de cdigo. Assim, caso um programador receba uma classe
para estudar ou alterar, ele saber que aquilo que comea com letras
maisculas provavelmente so classes, e que letras minsculas seguidas
de ( ) geralmente caracterizam mtodos.
Caso o desenvolvedor no siga essa conveno, no receber nenhum erro de sintaxe, pois no so palavras reservadas, mas sim identifi cadores que o prprio programador inseriu no cdigo para dar nome s estruturas criadas por ele. Entretanto, estar cometendo um erro grave de boa prtica, deixando o cdigo confuso para algum que ir l-lo futuramente. Todas as convenes de codifi cao do Java esto defi nidas num documento curto, mas muito importante, que foi preparado pela prpria Sun e que serve como base para construir o manual de programao que as prprias empresas tm defi nido na sua metodologia (isso quando no indicam o prprio manual da Sun como padro a ser seguido). o Code Conventions; tem somente 24 pginas e vale a pena dar uma olhada nele, principalmente o programador iniciante. O download est disponvel em:http://java.sun.com/docs/codeconv
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50 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
Leia um pouco...
Faa o download e leia o Code Conventions. Iremos fazer alguns comentrios e retirar as dvidas sobre esse documento no frum desta semana. S para adiantar, o Code Conventions defi ne a forma e o padro de como sero codifi cados seus programas, ou seja, como so os comentrios quando eu escrevo com letras maisculas, quando eu utilizo minsculas, quando eu escrevo junto palavras compostas, quando eu utilizo hfen
para separ-las etc.
Atividade prtica 131
Continuando a explicar as estruturas das classes: um mtodo deve
possuir ( ) aps seu nome, mas no nosso mtodo main vimos alguma coisa
dentro deles; esses so os argumentos ou parmetros que so passados
para o mtodo e no so obrigatrios.
Voltando a explicar o mtodo main: por que ele um mtodo
especial? Um sistema possui muitas classes, mas uma delas deve ser o
ponto inicial pelo qual o sistema inicializado; essa classe aquela que
possui o mtodo main. A JVM comea a executar o sistema por esse
mtodo. Como, no nosso caso, nosso sistema possui uma nica classe,
para ser uma aplicao completa e para que possa ser executada por si
s, essa classe deve possuir o mtodo main, e toda execuo do programa
deve ocorrer a partir dele.
Na linha 8, temos um novo mtodo que faz parte das bibliotecas
do Java, o mtodo System.out.println(...), que escreve na sada-padro
do computador o contedo entre (...).
Por fi m, no podemos nos esquecer de que bloco de comando que
aberto deve ser fechado, e os blocos abertos nas linhas 1 (abertura da
classe) e 6 (abertura do mtodo main) so fechados nas linhas 9 e 11.
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C E C I E R J E X T E N S O E M G O V E R N A N A 51
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LA 2
Os comentriosservem para documentar
formalmente o cdigo-fonte de um sistema ou para o progra-
mador colocar alguma observaoque acha importante. Eles so de gran-
de valia, principalmente se o projetopassar por alguma manuteno, o que
invariavelmente feito por equipes que no participaram do desenvolvimentooriginal; serve, portanto, como base
para o entendimento da linhade programao do
projeto.
COMENTRIOS EM JAVA
Todo comentrio ignorado pelo compilador, no interferindo
na execuo do programa.
O Java d suporte a trs tipos de comentrios:
1. Comentrio de linha: nele, toda sentena escrita aps o //
considerada comentrio, mas somente essa linha. Exemplo:
// Comentrio de uma nica linha
2. Comentrio de bloco: neste, todo texto defi nido entre /* e */
considerado comentrio pelo compilador; suporta quantas quebras
de linhas existirem. Por questes visuais, os programadores costumam
colocar * tambm no incio de cada linha que no est nos smbolos que
defi nem o comentrio de bloco. Exemplo:
/* Comentrio
de bloco
aceita mais de
uma linha */
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52 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
ou
/* Comentrio
* de bloco
* aceita mais de
* uma linha
*/
3. Comentrio de Javadocs: o ltimo tipo de comentrio , na
verdade, uma modifi cao sutil no comentrio de bloco; nele, o primeiro
smbolo passa a ser o /** ao invs do /*. Isso faz com que o comentrio
seja inserido na documentao padro de cdigo gerada pelo aplicativo
javadocs, dentro de seu HTML. Alm disso, o comentrio de javadocs
contm algumas tags (etiquetas indicativas) no formato de annotations
(iniciando com @) que so predefi nidas, dizendo o signifi cado daquela
linha de comentrio. Exemplo:
/** Comentrio inserido
nos javadocs
@author Clayton Chagas
@version 1.0
* /
INSTRUES E BLOCOS DE COMANDO
Instruo de comando Java um conjunto
de palavras e comandos interpretveis pelo compilador Java e que terminam
com ; .
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C E C I E R J E X T E N S O E M G O V E R N A N A 53
AU
LA 2
Um bloco de comando formado por uma ou mais instrues entre chaves; pode ter espaos em branco e quebras de linhas.
Por uma questo de organizao de cdigo, aconselhvel a
correta identao dos nveis de blocos de comando e suas instrues
internas, como voc v no exemplo a seguir:
public static void main (String[ ] args) {
System.out.println(Teste1);
System.out.println(Teste2);
}
IDENTIFICADORES
Identifi cadores so os nomes que so associados s
estruturas de um programa em Java, seja o nomede uma classe, varivel ou mtodo.
Vale lembrar que o Java case-sensitive, ou seja, diferencia
caracteres maisculos de minsculos. Assim, um recurso do cdigo cujo
identifi cador Teste diferente de outro recurso cujo identifi cador teste.
Existem inclusive regras de boas prticas a serem seguidas nas defi nies
de letras maisculas e minsculas dos identifi cadores de acordo com o
Code Conventions da Sun (http://java.sun.com/docs/codeconv).
Basicamente, classes se iniciam com letras maisculas e o restante
das letras minsculas; se o identifi cador de classe for composto de mais
de uma palavra, elas viro aglutinadas, cada uma delas tambm se inicia
com maisculas. Como em:
ExemploDeNomeDeClasse.
Incio do bloco
Instrues de Comando
Fim do bloco
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54 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
Para mtodo e varivel (ou atributo) a regra parecida, porm a
primeira palavra se inicia com letra minscula. Exemplo:
exemploDeNomeDeMetodo( )
exemploDeNomeDeVariavel
Existem algumas outras regras, por isso recomendamos a leitura
do Code Conventions.
Quanto ao universo que pode ser utilizado, os identifi cadores
podem comear com qualquer letra, underscore (_) ou cifro ($).
Os caracteres subsequentes podem utilizar tambm nmeros de 0 a 9.
PALAVRAS-CHAVE
Algumas palavras no podem ser utilizadas como identifi cadores
em Java; normalmente representam algum comando a ser utilizado numa
instruo. Ao longo do aprendizado, voc ir conhecer a utilizao da
maioria dessas palavras. Por enquanto vamos apenas enumer-las; tente
memoriz-las, mas saiba que a maioria das IDEs iro avisar caso voc
esquea e tente utilizar uma dessas palavras-chave:
ABSTRACT CONTINUE FOR NEW SWITCH
ASSERT DEFAULT GOTO PACKAGE SYNCRONIZED
BOOLEAN DO IF PRIVATE THIS
BREAK DOUBLE IMPLEMENTS PROTECTED THROW
BYTE ELSE IMPORT PUBLIC THROWS
CASE ENUM INSTANCEOF RETURN TRANSIENT
CATCH EXTENDS INT SHORT TRY
CHAR FINAL INTERFACE STATIC VOID
CLASS FINALLY LONG STRICTFP VOLATILE
CONST FLOAT NATIVE SUPER WHILE
Alm dessas palavras-chave, true, false e null so palavras reser-
vadas; portanto, no podem ser utilizadas como identifi cadores.
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LA 2
TIPOS DE DADOS
O Java possui quatro famlias bsicas de tipos de dados:
Boolean: que serve para trabalharmos com valores lgicos true
ou false e seu tipo primitivo o boolean.
Character: so caracteres representativos da tabela Unicode,
que uma tabela complementar tabela ASCII. Esta armaze-
na somente 8 bits enquanto a Unicode armazena um smbolo
de 16 bits, o que possibilita armazenar muito mais caracteres
especiais, alm de uma quantidade muito maior de idiomas.
Para representar caracteres Unicode, sempre utilizamos aspas
simples (...) ao invs de aspas normais, que so duplas (...)
e utilizadas para cadeias de caracteres (string em Java). Seu tipo
primitivo o char.
Integer: esse tipo de dados serve para representaes numricas
de bases, como base decimal, hexadecimal ou octal. O tipo pri-
mitivo padro da famlia Integer o int e defi ne um nmero de
base decimal de 32 bits com sinal. Existe o tipo long, que estende
esse decimal para 64 bits com sinal; para tanto, deve-se colocar
um L aps o nmero, alm de defi nir o tipo como long. Caso
voc deseje defi nir um hexadecimal ao invs de um decimal,
s colocar 0X antes do smbolo; para octal, deve-se colocar 0.
Existem tambm os tipos primitivos byte e short.
Float-Point: esses dados representam os tipos numricos com
ponto fl utuante. Existem dois tipos com ponto fl utuante em Java:
o tipo double, que o tipo padro e tem preciso de 64 bits, e o
tipo fl oat, que tem preciso de 32 bits e necessita da colocao
do indicativo f aps o nmero.
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56 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
Varivel um espao em memria
utilizado para armazenar informaessobre um determinado objeto.
VARIVEIS
Uma varivel contm um identifi cador e um tipo, os dois de
acordo com as defi nies que voc j estudou. Isso o que chamamos
de declarao de uma varivel.
Alm da declarao, uma varivel tambm pode ser inicializada
por meio do operador de atribuio =.
As declaraes de variveis do mesmo tipo podem ser feitas todas
na mesma linha, mas essa considerada uma m prtica, pois deixa o
cdigo ilegvel, confuso e desorganizado.
Veja algumas operaes com variveis no exemplo a seguir:
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LA 2
Para exibir o valor de uma varivel, utilizamos o mtodo println( ) de System.out passando a varivel como argumento ou, caso
queira, a prpria String entre aspas (...).
A sada da classe anterior no console do NetBeans, quando exe-
cutada, ser o valor da varivel (no caso 10) e o contedo da String.
Os contedos de uma varivel podem ser acessados por valor ou
por referncia, dependendo da sua origem.
Caso uma varivel seja de tipo primitivo, seu contedo ou esta-
do (j que varivel um espao em memria) ser acessado por valor,
ou seja, seu dado est armazenado no espao de memria destinado a
varivel.
Pode parecer estranho, mas quando a varivel um objeto (um
tipo originrio de uma classe), ela possui um comportamento diferente
(existe um motivo muito importante para que se comporte assim; voc
estudar futuramente), o dado ou os dados so acessados por referncia,
ou seja, armazenado o endereo de memria onde o dado armazenado,
uma referncia para ele.
Suponha que, no nosso ltimo exemplo, ao invs de termos
passado diretamente a String como argumento para o mtodo println,
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58 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
tivssemos criado uma varivel do tipo String e a tivssemos passado
ao mtodo:
O resultado seria o mesmo, mas conseguiramos visualizar melhor
o acesso ao dado por valor e por referncia na memria, de acordo com
o que foi explicado e como est ilustrado na fi gura a seguir:
ENDEREO DE MEMRIA
NOME DA VARIVEL
DADO ACESSADO NA MEMRIA
1001 var2 10
... ...
1401 str Endereo (1701)
... ...
... ...
1701 "Testando o mtodo da aula"
OPERADORES
Todos os tipos comuns de operadores existentes nas linguagens de
programao estruturadas esto presentes em Java. Veja quais so eles,
suas principais caractersticas e formas de sua utilizao.
Operadores aritmticos
Operadores aritmticos so aqueles utilizados para efetuar ope-
raes matemticas
OPERADOR SINTAXE FUNO
* a * b Multiplica a por b
/ a / b Divide a por b
% a % b Resto da diviso de a por b
- a - b Subtrai a de b
+ a + b Soma a e b
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LA 2
Esses operadores so aplicados a tipos numricos, que possuem tamanhos e caractersticas diferentes, conforme seu tipo. Assim, caso voc
opere com duas variveis numricas de tipos diferentes, por exemplo,
um int multiplicado por um double, o resultado ser sempre do maior
tipo; no exemplo anterior, um double.
Crie um programa e declare nele 3 variveis numricas int, inicia-lizando-as com algum valor e obtenha a soma dessas variveis e a mdia delas, imprimindo esses resultados na tela.
Atividade prtica 24321
Operadores de Incremento e Decremento
Operadores de Incremento e Decremento tm a funo de aumen-
tar ou diminuir em uma unidade o valor de uma varivel.
Deve ser dada ateno especial posio do operador, pois,
dependendo dela, pode-se efetuar a operao desejada antes ou depois
de uma avaliao numa determinada expresso ou condio.
OPERADOR SINTAXE FUNO
++ i ++ Incrementa a varivel em 1; avalia a ex-presso antes do incremento
++ ++ i Incrementa a varivel em 1; o incremento est antes de avaliar a expresso
-- i -- Decrementa a varivel em 1; avalia a expresso antes do decremento
-- -- i Decrementa a varivel em 1, antes de avaliar a expresso
Operadores Relacionais
Operadores Relacionais comparam duas variveis e determinam
seu relacionamento com um resultado lgico, ou seja, true (para verda-
deiro) ou false (para falso).
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60 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
OPERADOR SINTAXE FUNO
> a > b Avalia se a varivel a maior que a varivel b (e retorna true ou false, dependendo dos valores de a e b)
>= a >= b Avalia se a varivel a maior ou igual varivel b (e retorna true ou false, dependendo dos valores de a e b)
< a < b Avalia se a varivel a menor que a varivel b (e retorna true ou false, dependendo dos valores de a e b)
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LA 2
&& (and lgico) e & (and binrio):
OPERANDO A OPERANDO B RESULTADO
verdadeiro verdadeiro verdadeiro
verdadeiro falso falso
falso verdadeiro falso
falso falso falso
|| (or lgico) e | (or binrio):
OPERANDO A OPERANDO B RESULTADO
verdadeiro verdadeiro verdadeiro
verdadeiro falso verdadeiro
falso verdadeiro verdadeiro
falso falso falso
^ (ou exclusivo binrio):
OPERANDO A OPERANDO B RESULTADO
verdadeiro verdadeiro falso
verdadeiro falso verdadeiro
falso verdadeiro verdadeiro
falso falso falso
! (negao):
OPERANDO A RESULTADO
verdadeiro falso
falso verdadeiro
Precedncia de operadores
A precedncia de operadores serve para indicar a ordem na qual
o compilador interpretar os diferentes tipos de operadores, para que
ele sempre tenha como sada um resultado consistente com a regra que
quer ser aplicada pelo programador, evitando ambiguidades e inconsis-
tncias de operaes.
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62 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
Crie um programa que elabore o oramento de uma construtora para o clculo do valor total de construo de uma piscina. O valor total ser dado pela cubagem da piscina (metros cbicos) multiplicada por R$100,00, que o preo do metro cbico construdo de piscina. Faa a simulao dos clculos no
programa para ver se est tudo funcionando corretamente.
Atividade prtica 4
Na dvida, evite fazer operaes complexas de uma s vez. Caso
seja necessrio, prefi ra utilizar parnteses a confi ar que ir decorar e
aplicar corretamente essas precedncias.
ORDEM OPERADOR
1 ( ) parnteses
2 ++ ps-incremento e -- ps-decremento
3 ++ pr-incremento e -- pr-decremento
4 ! negao lgica
5 * multiplicao e / diviso
6 % resto da diviso (mod)
7 + soma e - subtrao
8 < menor que, maior que, >= maior ou igual
9 == igual e != diferente
10 & and binrio
11 | or binrio
12 ^ ou exclusivo binrio
13 && and lgico
14 || or lgico
15 = operador de atribuio
4321
Observao fi nal:
As atividades devem ser feitas diretamente na IDE NetBeans,
mas um rascunho pode auxili-lo na construo da lgica a ser imple-
mentada.
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INFORMAES SOBRE FRUM
importante e til compartilhar as experincias e difi culdades de cada um, pois a dvida de um pode ser a dvida de todos. Entre no frum da semana e participe da discusso das dvidas e das solues das atividades desta segunda aula.Alm disso, vamos ter tambm duas sesses de chat. Entre no frum para ver a diviso dos grupos e o horrio das sesses.
Reveja os principais conceitos vistos nesta aula:
Todo programa em Java composto por uma estrutura de cdigo chamada
classe.
Uma classe composta por atributos e mtodos.
Assim, um sistema em Java composto por diversas classes que se
comunicam e colaboram entre si por meio da troca de mensagens, que
na prtica so as chamadas aos mtodos.
Toda vez que voc for digitar suas classes, siga as orientaes e convenes
de codifi caes que esto no documento ofi cial da Sun chamado Code
Conventions.
Em Java, existem trs tipos de comentrios: comentrio de linha (//...),
comentrio de bloco (/*...*/) e comentrio para incluso de observaes
nos javadocs (/**...*/).
Instruo de comando Java um conjunto de palavras e comandos
interpretveis pelo compilador Java e que terminam com ; .
Um bloco de comando formado por uma ou mais instrues entre chaves;
aceita espaos em branco e quebras de linhas.
Identifi cadores so os nomes que so associados s estruturas de um
programa em Java, seja o nome de uma classe, varivel ou mtodo.
Palavras-chave so palavras que no podem ser utilizadas como
identifi cadores ao escrever uma classe, pois o compilador j utiliza essa
palavra para alguma funo.
O Java possui quatro famlias base de tipos de dados: Boolean, Character,
Integer e Float-Point.
R E S U M O
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64 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Tipos de dados e estrutura de programao em Java
Varivel um espao em memria utilizado para armazenar informaes
sobre um determinado objeto.
O Java, como toda linguagem de programao, possui alguns tipos
de operadores para executar operaes sobre os dados e atributos
dos objetos. Dentre eles podemos citar: Operadores de Incremento e
Decremento; Operadores Relacionais e Operadores Lgicos.
Na prxima aula, iremos estudar um pouco mais as estruturas de controle no
Java, como realizar loopings e como criar programas mais interativos e com
melhores recursos grfi cos para fazer insero de dados. At l...
Informaes sobre a prxima aula
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Estruturas de controle e entrada de dados em Java
Aps o estudo do contedo desta aula, espera-mos que voc seja capaz de:
citar os tipos de estruturas de controle utiliza-das no Java;
criar estruturas de controle nos seus progra-mas em Java;
diferenciar a utilizao das diversas estruturas de controle;
criar programas que recebam entradas de dados em tempo de execuo de forma grfi ca e interativa.
3objetivos
AU
LA
Meta da aula
Apresentar as estruturas de controle do Java e sua utilizao.
1
2
3
Pr-requisitos
Para o correto e completo aprendizado desta aula, pre-cisamos que voc: tenha um computador com o
Windows XP ou Windows Vista instalado com pelo menos 512MB de memria RAM; tenha instalado e
confi gurado o Java Development Kit (JDK) conforme as instrues do Apndice A; tenha instalado o Ambiente de Desenvolvimento Integrado (IDE) NetBeans confor-
me as instrues do Apndice B; esteja animado e moti-vado para iniciar o aprendizado dessa fabulosa lingua-
gem de programao que est dominando os mercados de desenvolvimento, programao e
tecnologia na atualidade.
4
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66 Governana: Gesto, Auditoria e Tecnologia da Informao
Java Bsico e Orientao a Objeto | Estruturas de controle e entrada de dados em Java
At agora, executamos programas de forma unicamente sequencial, ou seja,
tem um ponto de entrada e a partir dele ocorre a execuo dos comandos de
acordo com os parmetros passados, linha a linha.
Nesta aula, voc ir aprender como executar
desvios ou aes iteradas (que ocor-rem mais de uma vez) por meio de conjun-
tos de comandos dentro de estruturas chama-das estruturas de controle.
Essas estruturas esto divididas em: estruturas de deciso: que permitem a seleo
de partes do cdigo para execuo, os chamados desvios (if e switch);
estruturas de repetio: que permitem a repetio da execuo de partes especfi cas
do cdigo, os chamados loopings (while, do-while e for); interrupes: estruturas que param e
redirecionam o fl uxo do programa(break, continue e return).
INTRODUO
Vamos ento estudar cada uma dessas estruturas para ver como elas podem
ajudar na programao de classes Java.
ESTRUTURAS DE DECISO
Estruturas de deciso so comandos do Java que per-
mitem que blocos sejam executados ou no, de acordocom algum critrio.
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C E C I E R J E X T E N S O E M G O V E R N A N A 67
AU
LA 3
Existem quatro formas de estruturas de deciso em Java: if
if-else
if-else-if
switch
Declarao if
A declarao if dentro de um bloco de comando determina que
as instrues daquele bloco s sero
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