ii · 2010. 9. 20. · editorial *\ miquiio m:lis

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I O R G A O DO C R ~ M 10 C U L I I J l i A l , . 'SANrl 'A M A I I I A "

Tantas almas se perdem e se condenam. N5o hover6 II quem trabalhe na salvagtio das almas?

Em qualquer estado de vida podemos nos dedicar na obra de salvagGo.

Oeus quer se servir do homem para salvar o homem. Faga parte dos que estGo com Nosso Senhor nessa

luta, a mais sublime e meritbrio das lutas. Lute e trabalhe para que seu filho, seu pai, seu

colega. seu paroquiano salve sua alma. -

' * ,Yo / / e~ / / ( ; I~c .o c1 ' y o \ / ~ i ~ . / ( / lIc1 .S~I/ ILV. ~.01110 . / i / q o / ) ~ I I Y I I . L ~ C ~ * ~ L ~ I . o / ~ ' ~ l ~ l ( ~ t I l ' O 0 f ) ' ~ \ / ~ / ~ L / \ ~ L / ~ / O ~ ~ .

( ' O I I I I L ~ Y ) t1o1 \ OI I I IY ) \ I( IIY \ (/i/e> I ~ I I ( I / I I ~ L ~ I ~ / L ~ , y o . \ / ~ / ~ . r i / / t i ( I ta I - L ~ C L ~ ~ C - l o .

I st/'> / t i , / ) l ~ o l l / l / l c 0-lllLJ l l f / / . l + ~ i / / ~ c0111 0.j ( ~ l ~ t ~ l l t l / t / ; \ ~~ l / . s /o .s .

,.I,q/ l / t I ~ ( 0 t / O \ \ ~ ~ l / / l O l ~ ~ ~ . \ / l l / ( l / l ~ ~ i ; o t l l . Y / ~ ~ l / \ l / c l ~ / ' ~ .

.+I1 I : , I l l ' ( ) .)I 1 4 ;1 / . S l ? ) t', I/\ 111.0 / \ ~ , - ~ / ~ / . - 1 l Q 0

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0 IDGSBIRAVADO'R. PER~DICO BIMESTHM 00 GREMIO MA MIA

DIHF:'TOIt MIiSSlAS 1.E kW'I'I'OS

&S!!IS1'ENTI: DE I)IKEc,~o I'E. JOSE 1Ll3JWOIJE W C A K h l O MOACIR ANIIIU\I)E DIi PAIIIA

SUPEHVIS~O HI~ItIDAI.LX) CAIUWSO L)E l3NlROS

OI~KN.IX3 1OSs DB MAI'OS JANILSON ALWS DlAS

HEUACdO PI'. SAVIO F W A N D f i S B I L l i l W

lllilNALDO RODKIOUES DOS W T O S MI.TON IIODRIQLJES LXS W f O S

1.LIV. ILIA'I~IQIJE Uli <)l.bWRA FRANCIS(?O 1)E ASSIS SlLVA

SK(:I<ETAII I'\ SllliF'1Ill.%JN $INIJI~I~ I:I:HI1EIRA

I'AI'I1ICIA lvflW3Ii~ LNi MATOS MARIA D(, CARMO kfN%I IlLIRNO

MARIA PAULA LIILANCO 1Mi h4A1TOS

u r e n ~ ~ A o JOllGE FLl~Nl1IQLJI< S. ItIRFIRO

FRANCISCO ~ 0 ~ 1 ; IIlUNCI) 1)E MA.!-COS UERSON WRNANIIES DOS SANTOS

MANOliL KAlhfllNDC) S MOlJllA

C O M P O S I ~ K O ES&I)IO "l:IU\ ANOFJJCCJ"

4, C : ~ R U ~ I ~ O M ) @ N . ~ J C I A C A W POSTAL - 1525

01059 - 970 s ~ O PAUL0 SP 4-luuil - alabruvuJur&hal.curu.br

Editorial *\ miquiio m:lis <i~[fltlne C I L I ~ : I I ~ L I C I I ~ I ) O C ~ C tealwar 6 coopel-ilf :la salvaqiio cia:,

a l m s /

Sim, se Nosso Senhor Jesus Cristo se fez honiem, sofieu e man-err na C ~ L I Z por xi nos, que coisa n~aior e mais sublitne pode liaver do que cooperar con1 Ele em sua obra

de Rctlen~iio

Mas, alyuem poderii dizer que nil0 e padre, pdra salvar almas e nos respondernos cllle a salvaqlio das almas e obr-a para todos

k obra para o missionhio que de Cruz na miio brada explicitamente "salva tua alma". k obr-a dos pais que ten1 que encaminliar seus filhos para o ceu. E obra do prof'esso~- que pelo ereniplo e palavras pode colocar seus alunos na senda da salvaqTio.

Sim, sempre ha algum be111 a fazer as almas. Uma oraqlio a ensinar, uma niedalha milagl-osa a presentcar, L I ~ I conselho ii coufissiio sempre podem ser feitos.

Cliamar Ltln padre para visitar uni enfernio grave e Ihe ministrar os Sacramentos, por eseniplo, e utn bem incomensurivel.

E, dira outre, se eu niio tiver diante de mim oportunidade de realizar a@es? Voc6 senlpre terh seu terqo para rezal- pelos pecadores, sempre tera sacrificios a fazer por eles.

Santa cfel-esinlin do hllonino Jesus convetleu ini~meras almas seln sail- do Cal.lnelo de Lisie~~x e por estas convers6es, por seu zelo, a Santa lgreja Catolica a apresenta como padrocit-a das missdes.

Portanto, vamos corneqar em nossos circulos, no nosso trabalho, em nossa casa, em nosso bairro, a trabalhar pela salvaqiio das almas, fa~anios mesmo uma cruzada nesse sentido e comecemos pela nossa alma, mudando-a para melhor e depois ... bem, depois ha ~ t n i n~undo a conquistar para Nosso Senhor e com auxilio de Nossa Senhor isso se reatizari. 4

Ha coisa de uns \Ante anos atras, nll:na banca de comidas japonesas, eu conheci e provei o delicioso bolinho frito de legumes e carnal )s, cbamado tempura de camario.

Apreciei muito, mas, achei estranho wna fritura na culinaria japonesa. Como seria isso? Recentemente, li em um jornal cotidiano, numa sessso de culinaria a historia do. delicioso

bolinho. Com a foto de S i o Francisco Xavier ao alto, o artigo trazia o historic0 e a receita do tempura de Camario.

Em resumo, dizia o artigo que, quando S i o Francisco Xavier missionou o Japio, com um numero enorme de conversGes, os japoneses convertidos passaram a praticar seriamente a nossa Religiso. E essa seriedade incluia a observancia dos varios dias de jejum e abstinencia de carne que entio eram previstos, entre os quais as temporas do Advento e as temporas da Quaresma.

Para auxiliar os japoneses, nessa observancia, os que acompanhavam SSo Francisco Xavier, 8 certamente a instancias do santo, ensinaram aos catolicos japoneses a fazer frituras e o nosso bolinho que em funeio das temporas, foi denominado de tempura de camario, prato que ate hoje e apreciado e difundido mundo afora.

I

Quando contamos esses fatos a amigos, eles disseram que algo semelhante ocorrera no Brasil, aonde os jesuitas ensinaram a nossa populaeio primitiva nada mais, nada menos quq o... feij%o com arroz.

Nosso periodic0 n i o e uma publicaeio ccrlinaria, nem de historia da al imenta~io, entSo porque narramos tudo isso? E simples para mostrar a a ~ i o civilizadora da Santa lgreja Catolica.

A miss50 da lgreja e evangelizadora, mas dizia o papa Pio XII, que a medida que evangeliza a lgreja civiliza e civilizou com moral, com dignidade.

Assim, vemos que as escolas tais quais as conhecemos n%o existiam na antiguidade, foi a lgreja que as criou. A mesma coisa com os hospitais, asilos, orfanatos, santas casas.

No Brasil, o Padre Anchieta criou o Teatro brasileiro, fez a Gramatica Tupi, comeGou nossa poesia e literatura.

Em suma, n i o ha na historia maior aeio benevola e civilizadora do que a da lgreja Catolica. E entre tantos beneficios podemos nos alegrar de saborear um tempura de camario.

COLABORE COM 6) DBSBRAvADOR + Atravcssan~os dias dificeis. E sabido quc ocorrcnl dificuldades financeiras em nosso pais. + Quanto a nos, os gastos crcsccram dc forma assustadora. So para dar um esempio, a tarifa de correio

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Em norne de G R ~ M I O SANTA MARIA

QUE NOSSA SENHORA 0 RECOMPENSE

I NOSSA SENHORA DO PILAR 1

Dianlc clisso, cle sc viu tcntado a0 tlcsiiriimo, rnas niio quis de modo nenh~lrn ceder a essa tentaq20. liecorrcu entiio il

intercessiio de Nossa Serihora, clue eritiio niilda vivia aclui 1li1 'rema.

Ela entilo llie apareccu erltre dois coros de Atljos sobre 11111 pilar de pedra e acabarido de cantar, a rneslna Virgeln Maria cliarnou 1n11i tloc:rncnte o Santo Ap6stoio e disse:

.L -. I , I S aqui o lugar, ineu filllo, o 1~1gar assinalado para minha I~onra, c no clual, por teu trabalho, serh edificada Irma igreja em milllla rnernoria. Olha para este Pilar aonde estou sentada, porque Meu Filho e Mestre o cliviou do CCLI por tneio dos ari-jos; e em tonlo do qua1 :!.;sc.rlta~.As o nllar. (la cnl)cla, ell1 qua1 lugar. por nieus rogos e revel-ellcia,

1;iiis aos ensinamentos de Nosso obrari assinaladas maravilllas o pocfer do Senhor Jes~ls Csisto. os Al16stolos sairain Altissiino. c este Pilar estarh rlcste lugar at6 pelo rnundo para .pregar a Boa Nova da o fir11 do in~~ndo.'' Salvaqiio.

Siio Pedro e Silo Paulo prcgararn em virios po~itos do I~nperio Romano e, por Elitiio o Apostolo Silo Tiago alegrou- l'irn, fisaraln-sc ern Iioma, aorlde sofrerarn o rnartirio. Siio Ton16 pscgou na india e, dizein que chegou, ate a America. Siio Judas Tadeu pregou ria Pirsia. local em que tambkrn foi rnartirizacto.

0 ap0stolo Siio 'I'ingo, inn50 de Siio Joiio, foi pi-egar na Espanha. Ali, apesar de seus esforqos e fadigas, o seu apostolado 1150 rcridia os friltos csperados. Apstlas uns poucos scguidorcs. elc co11seg~1i1.n para Nosso Senhor, na verdade apenas oito.

se muito, dando graCas a Nosso Senhor Jesus Cristo e a Sua Rerlclita M5e por tanta ~nerce, e logo subitamente, aquela Legiiio de Anjos, ton1ou a Virgem e a Icvaram de volta a Jer~~salkni. E o Bern Averlturado Siio Tiago, muito alegre por la1 visiio e consolo, colneGou a edificar ali a igreja, ajudando-o seus discipitlos, e teve a dita capela dczesscis pis de largura por oito clc cstcnsfio. na qua1 eslii o I'ilar, lia partc alta, coln o altar.

"AS PESSOAS QUE SERIEM A DEUS NAO DEVEM ANDAR COM A MODA. A IGREJA NAO TEM MODAS. NOSSO SENI-IOR 6 SEMPRE O MESMO" (.\i,.~.vn Sr~trlroro ri ./rrr.in/o, 19illt'nle (It' I,iiti,trn) 05

Para o serviyo clessa igseja. o Beln Avent~lrado S io Tiago osde~lou uln de seus canve~tidos, e cotlsagrada a igre-la, tleisarltlo 0s discipillos e csistiios em paz, voltou a ~erusalem.

Esta @ a primeira igreja do mundo declicada por m5os apostolicas ern lionra de Nossa Senliora. Esta 6 a Cli~nara Angelical l'abricada 110s principios da lgreja Cristii. Esta d a saln sacratissilna muitas vezes visitada pcla Vilegem, Nossa Senhosa, na qua1 se concedern ~nuitos beneficios a seus devotos e se operatn insignes rnilagres por Nosso Senllor Jesus Crislo.

Do ~nencion~.do Pilar quando foi esalninacto foi (lit0 que s e i ~ material n5o 6 deste rnundo.

Em to1110 cla Virgem do Pilar se fez a historia da Espanha Catolica, da Santa Espanlla.

Na Guel-ra Civil Espanliola Lmias bornbas, lanqadas pelos anti-catolicos, conha o Pilar 11'50 detonarani.

Infelizmente hoje a na~Zio espanhola 1150 vive, 110 seu todo, para horlsar silas osigens catOlicas, Inas I-ezarnos e esperalnos que a Virgem do Pilar a leve cle volta a sua esteira Catolica, para sua vocaqilo tiio abenqoada pela Virgerl-1.

()6 .'PARA SAL-VAR-SE 6 PRECIS0 '1'ER A E"I'I?RUIDADE NA CABECA, DEUS NO CORACAO E 0 hlUNI10 DlA13tll.Y0 DOS P~<s.' (,S(II/IO. l ~ i / o ~ i ~ o . \ /or~o ('1~1rot)

Urn Sacerdo e Exemp As coisarj dentso da igreja liaviam

mudado, e ~niidado para pior, nos velhos tempos das perseguiq6es ao cristianismo ordenadas pelos primeiros imperadoqes, praticamente todo cristiio preso era ipso facto inn in81-tii.. E ' apesar dos ,martirios a igreja crescera cada vez mais: "o sangue dos 11181-tires era semente cle cristiios".

Agora, no ano 250, as coisas ests\taln diferentes. Dkcio, o novo ilnperador, preocupado ern restaurar em todo o Iinpirio o alltigo e jha4 dqsprestigiado culto pagiio, havia baixado on? "ktlito orde;iando que todos absolutamente' todos os seus suditos sacrificassem aos idolos romanos, diant.e de testernunhas, e recebendo urn eel-tificado oficial de sua idolatria. 0 s que se ~.enegasseln sob q ualqirer pretext0 seria~n condenados h morte.

dci~ses. E - suprema tristeza! -- at6 a~aeslno sacerdotes e bispos haviam aposrtatado.. .

Tristes, bem tristes tempos!. .. Era nisso que pensava PiGnio, sacerdote cristiio em Esmil-rla, grande porto da Asia. Que fazer? Como evitar que seus fieis, suas ovelhas, tambein apostatassern? Dar-lhes o exemplo de seu pl6prio mal-tirio? Certame~ltc, lnas talvez ainda fosse precis0 urn pouco mais.

0 s romanos chegararn a Esmirna, e natural~neilte Piijrlio foi dos priineitos detidos. Juntanlente corn unl de seus colegas sacerdotes e urn grupo de fieis, foran11 levados para o inter-rogatorio. Piijnio comeGa entilo sua illtima rnissfio sacerdotal. Para provar aos curiosos que o virarn passar escoltacto por soldados, que nem ele aleln os seus companheiros estiio serldo conduzidos a algum teinplo pagiio para o sacrificio da apostasia, passa a corda em toino do pescoqo e faz o mesmo coin sells irmiios.

E infelizincnte, muitos cristAos $

tc~nerosos de perderem a vida e arlsiosos pelo infalne certificado, estavam , se acoinodaiido. I-Iavia todas as fortnns %ft .+, ;

covardia, desde a mais sutil que ' em de b,

comprar dos ji~izes urn ce~~ificado Salso, ate Qtiandb 'chega'' i presenqa do as inais eseanclalosas, como co;-ser cornandante do templo. enca~~egado de es~)ontancarncnt aos t~lliplos I I ~ ~ S I I ~ O S C I ~ invcstigar as opiniaes religiosas clos ser chamado e 18 sacrificar aos idolos, 011 . sii~peitos parece na verdade que C ele, incitar seirs parerites OLI amigos a que Pi6ni0, o investigador. Torna logo a palavra fizesseln o. meslno, ot0 at6 uleslno depor %, e dirige-se B multidiio. Aos que o instrltam, seus filllos batizados sobre os altarcs dos responde corn altivez e energia; rnostra a

-.NAo O F E N D A M M A l S A DEI.JS NOSSO SLNI IOR QllE J A ESTA MUITO 0I:ENDIDO" ( \ 'O\Y(I ~ ~ ' ( ~ / / I / O l ~ ( / ?I11 / , (~I I I I I ( / )

todos a iniqiiidiide dtls ~aedid:ls gue golpeia~n o ct.istianisrno e pt-ofetiza-llics as prositnos castigos. Mostra-se tiio firme c tab tocante clile a nii~ltidiio exclama: "Picitiio 111

ds ~ u m Iiomem cot-qjoso! e s hoiiesto c bot~;! 12s digno de vivet-! Sacrifica!" E o lictdi I-esponde corn cstas simples palavras dc grande fi: "Sirn, eir sei que a vida e doce, Illas nos sotil~amos cot11 a veldadeirn luz!" Sitnples na sua intl.cpidez, tiada o podc clesvilrr.

s Coliio o pagiio qile o intel-roga se ~nostra liesitante, Pihnio encell-n i) qucstiio: "A ordctii quc tens d dc convcncer oil de castigar. Nunca poderris rne convcncer; portanto, castiga!" E 6 ele tiiestilo q ~ ~ c . tlirrante os dias de prisRo que at!tecede~ii o suplicio, escolhe a rriais ilifecta clas masmoms porque ali ao rlierros poderi orar ii vontade; C ele liiesrno que, por iilii, sc

coloca sobre o cavalele da prisiio o11c1c as galras de fen0 llle dilacerax~l a carne. Nada liii que o faqa tiiudar, netn rnesrno a Illensagem qile Ihe f i ~ ~ chcgar o bispo - r detliasiado fraco ou tlctilasiado "habil" - i i ~ ~ t i ~ e l l l a ~ l < l ~ - ~ a inliti~r a tnuitos e siicrificar aos idotos. E quando, condenado a ser queimado. vivo, C levado ao rneio do . estadio, C ainda ele mestno que se cricosta ao poste, i~idica aos verd~rgos que o atem c no tiroriierlto eiil que as cliarnas o v5o ctivolve~-, pronuncia estas ill titnas palavras con1 toda a al~na: "Tenlio pressa de rnoner prira acordar rliais ccdo na ressu~~r-cic;Bo".

'Tristes tempos! Tristcs ietnpos em qtre 11Bo hh tilais sncerdotes assiln!

P

08 -.QUEM ME [)ERA CONQUISTAR PARA NOSSO SENHOR TODOS OS MEUS COMPANIIEIROS" ( S r i t r l )o/~~iugos Stirio)

Charles de Foucauld "Eu j i n8o tenho mais duvidas"

Charles de Foucauld era um jovem rico. Nascido e criado na Frapqa possuia temperamento bquieto.

Em sua inquietude, a0 chegar a mocidade resolveu alistar-se na Legik Estrangeira.

A Legiiio Estrangeira era urna tropa criada pela Franw para atuar por esse pais e que aceitava em seus quadros pessoas de qualquer nacionalidade e com qualquer passado. Bandidos, ladrtks, desertores, terrorisfas erarn nela aceitos, sem restrims. Nela entravam e mudavam de nome, tendo de ficar ali por pelo menos 5 anos, sob pena de fuzilamento.

Nesse arnbiente sordid0 e podre, Charles de Foucauld era especialmente ruim a ponto de ser chamado de "o porco". A Legiiio niio o consertou e apos os seus 5 anos, Charles voltou para o castelo da familia cheio de suas inqu iews .

Na epoca de sua volta, houve um grande baile no castelo, mas, ele Mo tinha vontade de danqar, pois sua perturbaqiio Mo pennitia. EntZo durante a clan*, retirou-se para a biblioteca e ao leu puxou

um livro da estante. Caiu-lhe nas mgos uma vida dos santos.

Comewu a ler e nZo parou. Tal leitura, ao inves de acalrna-lo, mais aumentou sua perturbs*. Sua mente se viu invadida de duvidas e qbestionamentos. N5o dormiu naquela noite, antes varou a madrugada em leitura e interrogaqks.

Ao chegar as 5 horas da rnanhii, com as ruas escuras, ele se-dirige a igreja do bairro para trocar ideias com um padre, que lhe acalrnasse a consciencia.

Ele que ha anos estava afastado da Religigo, naquela manh5 entrou na igreja apenas para se acalmar.

Entrando, vislumbrou um padre sentado no confessionario a espera do primeiro pecador que fosst! buscar o perdiio Divino.

0 primeico. a se ajoelhar diante dele foi Charles de ~oucauld. Este se aproximou e foi dizendo que n5o queria se confessar, mas apenas tirar umas duvidas. 0 padre retrucou: "confesse-se meu filho!". Charles replicou: "Eu n5o quero me

"MEU DEUS, SE SABEIS QUE EU VOU COMETER UM SO PECADO, DAI-ME ANTES A MORTE (S6o Domingos S h i o ) 09

/

('1lal.l~:~ (IL' I:oi~c;ti~l(l

conScssar. si, qllcr.o tirar cli~\~id:~s". E nssi~n. 130s \:iricls \cz+ a~nbos ir1sistisam cln suss 1)0sic;6cs. l~clizmcntc. o I X I C I ~ L ' L.CIICCLI c CIi;~rIcs fez c11t50 L I I I I ~

otimn contisslio q i~c ~ U ~ O L I 110rns.

i\o final. apcis clnr n nbsnl\,i$ic> o ~):ldsc faloi~: "Bcm. 111c11 tilllo. agora \,amos 1i1.a~ s[l:ls tli~\~itlns-'. Charles tlissc cnt5s tc\cti~alrnc~~lc: " l iu jil 1150 tunho cli~\iclas".

Sim o Snnto Sacl-amcnto cln 11cnitCncia ~)~.oduzirn su;ls 1nnravil11:is c tlc almn lin1l):l. as cli~vidns tinliam ido cmborn. 0 pcccldor obtivcra o pcrd3o clc Dcus. c agora sell coraqlio csln\<n firmc.

Eli1 scgi~ida o paclrc p c r g i ~ ~ l t o ~ ~ sc CIC qllcria conlnngnr. Chnrlcs dissc qtlc sim c npbs mnis dc 20 ~ I I O S \~oltot~ a rcccbcr Nosso Scnhor. no Snntissimo Sacramento clo altar. Charles, quc clcsdc sua Psilncirn Com~lnhiio niio coiiiLungnvn. fkz o clue dcnominou su,? Scgundn Primcirn C'o~nunhiio. S~ra \, icl :~ s pastir dai scri:i o11tr.n

Esta\,n corn 28 anos. Entr-ou p:~m n Ordc~n Clstcrciensc. Postcs~ormcntc obtc\lc pcrmiss,io para \liver soz~nllo como crcmittl na Tcrrn Snntn, c dcpois clc scr 01-clcnado saccrclotc, Soi \ , ~ \ ~ c r no dcscrto, no Nol-tc dn /\II-IC:I. aondc procurnvn ~~~spirnr-sc nn \ lcln cl:~ Sagrncl:i Fnnlil~a

Qilnndo cstnva corn 5 S hi atnc:~do cm sc~ i crcmitir~o c morto por brindolciros.

Iil.t.~nitG~.io en1 ' l ' a~~~a~l~ .asse t onde i:(tlecc~~ C'hal-lcs cle Fo~rcaiilci

INtTRNO ESTA CI IEIO DIZ DONS DESEJOS NAO REALIZADOS" I0

SEDE DE ALMAS SANTA TEREZINIIA DO

MENINO JESUS

Quando nun1 doniingo olhava uma gravura de Nosso. Senhor na Cruz, inipressionei-me con1 o sangue que escorria de Lima das miios divinas. Acometeu-me grande dor, considerando qile o sangue caia por terra, sen1 que a ninguem interessasse recoliie-lo. E tomei a resolu~iio de nianter-me em espirito de f6 junto a CI-uz, para receber o divino orvalho clue dela emana, cornpreendendo que, depois deveria espargi-lo por sobre as almas ... No coraqio me repercutia tambenl, continuamente o brado de Jesus na Cruz: "Tenho sede!" Estas

.: ~>nlavras acendiam em niim urn ardor estranlio e acendrado ... Queria dar de beber ao meu Bem- Amado e senlia-me a 111im propria devorada de sede pelas almas . . . Niio eram ainda as almas de sacerdotes que me enipolgavarn, n1as as de grandes pecadores. Ardia no desejo de desvia- bq

- ea 10s das cliamas etcrnas. 1

Com o fito de incitar meu zelo, Q Boln Dells mostrou-lne que meus desejos Ihe eram ayradiiveis. Ouvira l'alar de Llm grande facinora, que acabava de ser condenado a morte, por crimes liorrendos. Tudo levava a crer que illorreria impenitente. A todo custo queria eu impedi-lo de cair no inferno Para o conseguir, aplicava todos os meios imaginaveis. Sentindo que nada poderia por mim tnesma, ofereci ao t3011i Dells todos os iritinitos meritos de Nosso Senhor, os tesouros da Igreja. Pedi afinal a

. Celina clue mandasse celebrar unia rnissa em mintia inten~50, nGo me atiiniando a faz6-lo pessoalmente, pelo receio de ser obrigada a declarar q ~ ~ c era pur Pranzini, o grande cri~iiinoso. N5o c1~1cr.ia tanibelii declara-lo a Celina, mas ela fez-me perguntas tGo carinhosas e insistentes, que Ihe confiei o nieu segredo. Longe de zombar de mim, yedill-me para me

ajudar nzi conversgo cio meu pecador. Aceitei-o reconliecida, pois quereria que todas as criaturas se unisscn~ a mim, para implorarmos o perdgo do culpado. Sentia, no fundo do cora~ilo, a certeza de que nossos desejos seriam *

atendidos. Entretanto, na intenqgo de criar corageln para continuar a rezar pelos pecadores, declarei ao Born Deus que estava muito segura de seu perdiio ao rnisero e desditoso Pranzini; que nisso acreditaria, apesar de n8o se confessasse nem manifestasse alguma sombra de arrependimento, tanta era a minlia con6anqa na intinita misericordin de Jesus; mas, que para meu simples consolo Ihe pedia, unicamente, urn "sinal" de afrependin~ento.

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"PODEM ME TIRAR TUDO. MENOS 0 CORACAO PARA AMAR A DEUS" I' y ,

( S t r ~ r ~ n ,\ lriritr :\ lozorcllo) 1 1

ttiio ~C'SSCIIIOS 11~1l l i111l l .io~.tii~l, .jillgi~ci tiio ib*\[:l~.

rlcsobc.ttcccn~lo clilt~ntlo l i : ~ os tiqlicos clilc sc I-cli.1 ~ : I I I ~ :I ~ i ~ i NO ( i i ; ~ i ~ c l i t 11

c\ccuqiio. totno cbni n~cicls o jol.ll:ll "I .;I C'soi\;". Ahso-u I,l.cs.;ilrusa, c qitc \,cjoa.' .. 0 1 1 1 illi~lhas Iigsimas ~~.ail.inl lilil~ha clno~iio, l'oi pscciso rccalar-mc N i o tc>tldo co~~~ssac io , I ' ~ . i ~ l ~ / i ~ i i

sui)ii~ no p;~tihulr , c I,l'cp;lsa\8n-sc paso nwtcs a ~ i l l ) c ~ i ~ IIO li1y~1111.c 1~11 . i i~0 , O~I:II~(!O, I C \ , ~ L I O I)OI.

.;ubitil irlsl)ir ;lt.iio, sc \;c)lfa c agarn o Crucifiuo, qile o S:ICCI.~OIC 11-tc i~l>rcsc~l~;l\*:l, l)ciji~~l(lo t sCs \,c/es n.; Say-;\clas ('Iiag:ls! . Sun alnia ti$ en130

.- . . pec:~tloscs. Niio li)i tliil~~tc tli\s Clingas d~ Jcsi~s, \/elldo cosset. SCLI S~ I I~SI IC Divitl~~, CILIC a scdc clc :lllnns me calou 110 coraqiio'? Qilcsia cu dale-llics ;i hcbcs cssc Sanguc Imaculaclo, e os Iilbios do "tneu 1xi11icil.o i l l I'oranl calar-sc ,is Sagr-ndns Cliagns! ! ! . . . QLIC rcspost a dc i~lcKlvel cic~~i~s:~!. , . Oh! A p;~~.(is clcss:~ g l x ~ ; ~ s i ~ ~ ~ i ~ l ; ~ r , tiia 1'01. dia sc a\:olilnla\*;~ nicu ctcscjo clc salvai. al~llas. 'l'inh;i a i~llpscssiic, tic cjilc Jcst~s Inc tlizia como i si~m:\sitana: "lIi'1-111e dc bcbct.!" T~I -n ilrn \!csd:ltlcir-o il~rct.c;:lr,~bio tlc amos. /\s al~llas tlava o S:inguc dc Jcsus, 11 Jcsus oli.t.ccia as tncsnlns a lms sctcn~l~craclas co~n seu divine os\:nlllo. .:\ssiln nlc pal-ccia tir:ll.-lhe a scdc. Mas, qun!ito 11iais llie tla\*;i tic I.lcbcl-, Innto ni;lis cscscia :I

scclc tlc ~ n i ~ ~ i ~ a pobsc almit~l~a, c csa csla scclc ardcritc q~ic 1.Jlc nie dava conic) a rii:~is dclioiosn lJO(5iO c i 0 sell ;llllol~. . .

M5os vazias "Ciincer nos puln~bes!" A mop,

a revoltada, a~narfanhava o lenqol entre os dedos ' tixos. LA em cima, nilm iingulo do teto, ilma aranha feia punha urn bon-90 preto na cal da parede. Dentro do peito, ela devia ter algo parecido: . uma especie de aranha cancerosa, ramificando bra~os e pernas pelos p~llm6es. E precisava tanto dcstes pulmbes! Para cantar, para respirar a vida que tinha ainda frescores matutinos, para aspirar os pcrfi~lnes que Ihe davam os seus ad~niradores.. .

A entrada de sua ni9e no quarto cortou- Ilie o fio dos pensamentos.

"0 padre chegou, Celina, posso faze-lo entrar? ..." As palavras sairam-lhe nilln ton1 de silplica; mais suplicante ainda foi o olhar em que ela envolveu a fillla.

"EstB bem, mam5e, se a senhora insiste, mande-o entrar", disse nun1 tom de resignaqiio.

Dona Yolanda fez um sinal para fora do clua~to e afastou-se. 0 pqdre entrou e f i c o ~ ~ de pe alguns seyundos, comb a espera de uma palavra da doente. Celina recalcou sua repugniincia e esbovou urn gesto com a r ~ ~ i i c j palida. 0 padre seguiu a linha do'gesto e viu a cadeira, ao lado da canla. Assentou-se com LIIP

muito obrigado e disse: "Ouvi suas palavras de ha a!guns

instantes e o suspiro que as seguiu ... Pode estar tranqiiila. Prometo nZo importuna-la. k apenas uma visita".

A agressividade da moqa estalou, sem preiimbulos, como urn tapa:

"Padre, sou comunista ha dez anos. Tornei-me comunista depois de ter terminado'o curso de forma~iio de professoras nilm colegio de freiras. Mas nRo ponha a culpa nelas, por favor. N5o tenho a intenq5o de me confessar, nem quero discutir lninhas ideias ..." Defendia- se como urn animal acuado. Pressentia uma luta e talvez uma derrota.

'.TU. QUE DESCANSO BUSCAS COM CUIDADO; NESTE MAR DO MUNDO TEMPESTUOSO, NAO ESPERES i j ENCONTRAR REPOUSO, SENAO EM CRISTO JESUS CRUCIFICADO (Cnnrdes)

"Esta bem, minha filha, nRo vou entrar em tais assuntos. Posso ao menos conversar corno amigo de sila m&e3 Sobre qualquer coisa ... Ouvi dizer clue vocd esteve em varios paises da Europa. Eu t~nab6m estive em Roma. Disse-me sua miie que vocd yosta muito de arte classica. Ora, acontece qile eu tenho'uma bela cole~3o de slides coloridos sobre arte classika e estou certo de que, na monotonia de sua vida de doente, niio desprezara umas vistas classicas na parede de seu quarto. Troi~xe o projetor e sua mGe me disse que tenlos aquiuma tomada ..."

Antes clue a m o p soubesse o que estava acontecendo, ja o Padre, auxiliado por Dona Yolanda, Iha havia instalado o projetor no quarto. Um jato' de 1112 projetoil sobre o branco da parede o celebratlo soiriso da Monalisa de Leonardo da Vinci; seguiram-se depois as Madonas de Rafael e muitas outras obras primas da pintura classica. A sessiio durou cerca de meia hora. 0 padre saiu com promessa de voltar, trazendo mais slides para breve.

Celina, a principio, revoltou-se contra aquele.novo sistema de armadilha que o padre arniava; mas, o interesse pelas artes e as maneiras siraves e ccrltas do padre acabaram por conquistar a sua simpatia. Ela sabia, porem, o que o sacerdote estava adiando: a hora do assunto inevitavel. AS vezes, nos momentos de mau humor, comparava-o a um tigre rondando a presa, esperando a hora do ataque. Mas, n8o havia de pega-la de surpresa; disso podia estar certo ! \.

Com o correr dos dias acabou-se a coleqlo de slides do padre. Celina sobressaltou- se na certeza de que agora viria o encontro decisivo. Resolveu, pois, tornar logo a ofensiva, apenas apagou-se na parede a ultima proje~ilo:

"Padre, fico-lhe muito grata por estas horas de lazer artistic0 que me proporcionou, apesar de saber que as suas proje~6es foram planejadas con1 o fim de armar-me uma cilada".

"Espere, disse o sacerdote, n5o acilbararn ai11da as proje&es; falta esta ..." E o jato de luz fixou na parede a fotografia de uma menina 'vestida de branco, irradiando a inocdncia feliz da prinleira cornunhgo. Celina n8o se lembrava mais daq~rela tbtografia que niio deixou de comov8-la. Custou a falar: a

"Como tudo isso esta longel Longe na memoria, lonye no coraqiio e na inteligdncia.

6

Isso nGo significa nada mais para mim, Padre; niio passa de ilma fotografia de infincia que dcve sua sobrevivdnci8' apenas ao carinho de minha m2e".

"Esta fotografia marca o seu primeiro encontro pessoal com Nosso Senhor Jesus Cristo, disse o padre. Ora, quando Cristo entra num cora~go, Ele toma posse e, mesmo depois E de expulso, procura voltar a recuperar o que e

' j ~ i i o ha nlais nada a recuperar, Padre; meu doraCiio ja nil0 existe. Apodreceu. Esta mais cbnceroso que os pulmtiesv.

"Nlo deve dizer isso! E moqa demais para q e,o pessimismo a domine". 1 ' N ~ O e pessimismo, e a realidade. Tenho

apenas trinta e cinco anos, padre, mas sou idosa em experidncias humanas; experidncias destas qile marcam o coraqilo e o contan~inam profirndan~ente. Sem mencionar a minha adesilo ao con~iunismo que a Igreja condena, vivi estes ultimos dezessete anos nirm verdadeiro frenesi de prazeres Fui duas vezes a Europa a fim de tomar parte nestes congressos comunistas da juventude. Abracei o comunismo n3o por convic$io, mas porque ele me oferecia a oportunidade de afirmar a minha liberdade, minha revolta contra uma moral que eu niio praticava. Depois, veio tambem outra vantagem: o comunismo abria-me

ib

possibilidades de viajar. Sabia que eles procuravam gente moCa e entusiasmada para ser doutrinada e iniciada no credo vermelho, atras da Cortina de Ferro. E eu tinha um desejo enorme de ver tudo isso, de estar so, de sair da esfera de intlu2ncia de minha familia. Queria tambem sair de um pais catolico e ir para onde niio houvesse nem igreja, nem confessionario e

1-1. --SE QUISERMOS FAZER PROSPERAR O S NOSSOS INTERESSES ESPlRlTUAlS E MATERIAIS, PROCURE? !OS ANTES DE TUDO FA7-ER PROSPERAR OS INTERESSES DE DEUS"

nenl cruz Essas coisas me fazian~ mal, despertando eln ni i~l i lembranqas de 11111

passado qile incomodava minha consciCncia. Rompi, pois, con1 todas as anlarras! Niio vZ, padre? ELI vendi Jesus Cristo por umas viagens a Europa. Estingui deliberadaniente a fe como quem apaya ulna vela".

0 sacerdote ouviu-a con1 certa alcgria na alnia. Era o principio da volta; era j i ilma contissiio, se benl que niio era a confissiio sacramental; a moqa prosseguiu:

"E n5o pense o selihor quc hi passo apressado 011 irrefletido de minha parte; 011 que tenha sido enyanada pelos comunistas. Fiz tudo de olhos abertos. Unia vez transpostas as fronteiras da moral conventional e sufo~adas todas as s~iyest6es da virtude, insurgi-me contra a Igreja que se manifestava ainda na voz latente dos remorsos e resolvi qi~ei~nar as nails fnzendo propaganda cotnilnista por urn espirito de revoltam. .

"Vote espera, talvez, disse o padre, que eu vh me benzer de espanto ao ouvir ti!do isso, niio e? Pois niio me espanto! Nos saberdotes vivemos nas encruzilhadas da vida hulnana e os desvios nio nos causam surpresa Esperamos pacientemente a beira da estrada principal: depois de militas curvas e giros, o catninhante transviado acaba voltando a encri~zilhada original onde deixara o reto caminho e encontra-nos ai, fieis e tirmes como estes postes serviqais na interferencia dos caminhos, apontando Gireq8es con1 letreiros e flechas.. ."

"0 senlior se esquece, padre, de que muitos dos desvios levam a precipicios fatais ... 0 s que enveredam por ai nio volta~n mais!".

"Mas Deus, minha filha, i s vezes, sabe colocar, no meio de um precipicio, o galho protetor de alguma arvore como o braqo da sua misericordia, amparando e anlortecendo a queda do transviado".

"Estarnos perdendo tempo nurna inutil esgrima de fi-ases, padre. Vou falar claro: eu so tenho unia qualidade, qile 1 urn estraordinario senso de justiqa. Sempre condcnei o en-o. mesmo quando o vi em nlim mesma. E este senso de justiqa que me fecha todas as portas da esperanqa que o senhor forceja para abrir Eu aprendi bem a doutrina cristii, l i no colegio,

apesar de nGo a ter praticado depo~s. Sei que no cCu si, se elltra pelo sofrimento e pela luta contra o pecado; ouvi isto centenas de vezes em sermdes dominicais. Ora, eu nunca sofri, vivi sofregamente yarn o prazer egoista dos sentidos e para a minha iinsia de independiincia. Depqi~ desses anos disqipados, acha o senhor que, cojll me11 senso de justiqa e sabendo que Deus ti

infinitamente justo posso voltar-me hipocritamente para Ele esperando um perdiio de illtima hora?'.

"0 bonl ladrso conseguiu-o no i~ltimo minuto, minha filha!".

"lsso foi, provavelmente, porque ele nunca tinha sido inteira~nente mau N5o sabia o que estava fazendo" .

"NBo dd proporq6es exageradas aos desvios de sua vida". Ao dizer isso o padre notou que, no fundo do olhar tosturado da moqa, se travava umeluta entre o orgulho e a esperanqa. Resolveu, pois, lanqar a ul tima cartada:

"Da-me licen~a de falar claro e analisar corn franqueza a sua situaqiio?'.

Ela anuiu corn o olhar. "Pois bem, minha filha, eis a verdade:

voc6 esti recalcando a esperanqa n8o por urn sentimento de justiqa, como diz, mas por urn sentimento de orgulho. lnteligente e voluntariosa tudo o que conseguiu na vida foi obra do sell proprio esforgo. Agora, entretanto, seu esforqo perdeu o impulso ante o problema sobrenatural. como um repuxo a que faltasse agua de repente. Sabe que nada pode fazer sozinha' para destruir 0s' erros do passado e sente-se diminuida na sua dignidade, se aceitar a misericordia de Deus sem ter nada a ofertar- Lhe de sua parte. Doi-lhe prohndamente a siti~aqio destas miios vazias que voce quereria encher de merecimentos proprios, coroando assin1 os seus triunfos corn o maior de todos: a conquista de Deus pelo seu esforgo pessoal. Destarte, voce voltaria a casa paterna com os seus proprios pes em vez de ser carregada nos braqos da misericordia e do perdiio. Voce n8o quer que as suas dividas sejam perdoadas: quer paga-las! Pois seja! Mas a unica maneira de paga-las e corn a aceitaqiio e o reconhecimento de sua impossibilidade de fazZ-lo sozinha. Seu

-.FELIZES OS QUE SE DAO A DEUS DESDE A JUVENTUDE" (Siio Joiio Ijosco)

I 110 lii~)lilcllto Cli l esfc)rc;o cvb~n~-li ~to\!c) c i, (lire, co~~l'essiinclu sua pobrczn, Ic\,arltar pa1.a Deus estas m5os vazias pcdindo 1~crdBo".

0 1~ad1.c fillou ainda alyuns niinutos. Celina OLI\'~LI-O, a pritlciyio revolt:~(I;l, CICPO~S, ikliz por \fcr-sc dcscuberta na sua t'raclucza nlais secreta:

''6 isso mesmo, Padre, ti~do o que me disse s5o ccos dos meus prOprios pensan~c~itos". lsso cla disse curvando-se iltinal.

(10 tlizcr isso Icvantou as dim miios IGilidas con1 as palnias para ci~na c olhou-as corn olhos lacrimcjantes: ..

"Como s5o ~errivclmcnle vazias! . "Pois enclla-as dc algilnla coisa sanlnl 1.1

sb ql lcr~r~" 1% olhon para cle, incrCdilla Ondo

cncoritrnria agora, no linl ila vi~l:~. \ i~'lu(lc bastantc para onclier o vicuo daquelas lniios'.'

0 padre csplicou: "VocO 1180 sabe clile o Amor. de Deus

e~iclic o niundo') Niio sabe clue Siiu Peclro (iestluii~ tlPs atos de apostasia corn tris afirmaq6es de amor? Deus n5o prccisa de tenipo para santiiicar-nos, minhn fillla. IJm ato cic alllor a Deus 1 como iima gota de azeite que penclra, sc espandc, e sc entranha na madeira ~nais dura. N8o nic dizia, hi youco que, scm solii~ncnto 1150 sc vai ao CAI? I'ois oi tent o scu soli-i~ne~rtc), neste c;:liiccr C ~ L I C lllc (icvora C) l~citr). Sua C ~ L I Z tonii3~1 a fc)r~lia ( 1 ~ L I I I I ~ c;~ttia. Aceite esta C ~ L I Z , esta corrosiio interns de si nieslna, colno urn pl.escntc tlc 1)eils.

l'olne esle c;jltccr, encha corn esta chaga as silas nlrios e cle\re-as para o cdi~ num ofcrtorio (loloroso e alegre".

Celina n5o consc~i~ia filar. Sentia-se arrancada subitan~ente do fi~ndo do desespero. /\ esper-anqa clue ela dcsde tanto tempo vinlla athstando tolanlcnte entrou, enfinl, com o impeto de uma torrente longamente represada: in\fadiu-lhc todo o coraqiio e ela experi~nentou a sensaq8o inesylicivel de, estar tlutuando, de ollios cerrados, i tona distas 6guas redentoras clue il cnlbnlu\:am nium ritmo de ondas verdes.

Dois tlias dcl)ois sc rct~-atoi~ dc suas ideias conlunistas, conlkssou-se e colnungou. Apos a comilnhiio disse-lhe o padre:

"Mostre-me estas f'amosas msos vazias!" Ela obedeceu con1 a humildade de urn

sorriso e mostrou-lhe as palmas exangues. 0 padre ciep3s nelas urn belo crucifixo:

"Foi bento pelo Santo Padre. Agora e seu. Olhe ai: ja 1150 estso vazias suss n15os: Jesus Cristo encheu-as."

Cclina perlnaneceu calada apertando o ('rucilico qi~c lllc cnc!lera as miios, que a nli~na~itara pela Sagrada Comunhiio, enchendo- Ihc tanlbem a al~na e o coraqBo. Era uma indizivel sensi1q5o de plenitude.

uma vida var ia c f i i t i l . 1.e.sbre-se q u ~ . Oeus o criou para uim missgo que somen

t e vote podere r e a l i z a r . u!!! nlundo a Ser audado, hB a lms para sere11 conV

t i d a s . Ha ~ a i lhees de ppssoas que preci Sam mar a Jesus e P'aria . Traba 1

I6 SE FIZERES DE TI 0 TEU PROPRIO ACUSADOR NAO PRECISAS TEMER QUE UM; DIA OUTROS

*. * -Tot*

T E AC'USEM ( ~ c r t i l o . ~nrt~rr isro) i - . .

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