identificação de pragas do feijoeiro

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PRAGAS DO

FEIJOEIRO NO

ESTADO DO PARANÁ

Manual para Identificação no Campo

Sueli Martinez de CarvalhoCelso Luiz HohmannAlfredo Otávio Rodrigues de Carvalho

Carvalho, Sueli Martinez deC331 Pragas do feijoeiro no Estado do Paraná;

manual para identificação no campo, por Sueli Martinez de Carvalho, Celso Luiz Hohmann e Alfredo Otávio Rodrigues de Carvalho. Lon-drina, IAPAR, 1982.

41 p. ilust. (Documentos, IAPAR, 5).

1. Feijão-Pragas-Brasil-Paraná.I. Hohmann, Celso Luiz, colab. II. Carvalho, Alfredo Otávio Rodrigues de, colab. III. Fundação Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR. IV. Título. V. Série.

CDD 635.65297 AGRIS H10 1410

S U M Á R I O

APRESENTAÇÃO.......................................................... 5

PRAGAS DO SOLOLagarta Elasmo............................................................ 6Mosca da Semente....................................................... 8Lagarta Rosca ............................................................. 10Pulgão da Raiz............................................................. 12

PRAGAS QUE ATACAM A FOLHAGEMVaquinha..................................................................... 14Mosca Branca .............................................................. 16Cigarrinha Verde ......................................................... 18Ácaro Branco .............................................................. 20Tripes.......................................................................... 22Minador....................................................................... 24Broca das Axilas .......................................................... 26Lagarta Enroladeira das Folhas .................................... 28Lagarta Cabeça de Fósforo .......................................... 30

PRAGAS QUE ATACAM AS VAGENSBroca da Vagem........................................................... 32Lagarta da Vagem........................................................ 34Manhoso...................................................................... 36

PRAGAS QUE ATACAM OS GRÃOS ARMAZE-NADOS

Carunchos ................................................................... 38

NEMATÓIDES................................................................. 40

Apresentação

As pragas constituem um dos fatores limi-tantes ao cultivo do feijoeiro, concorrendo para a redução de sua produtividade e elevação dos custos de produção. A necessidade de se reco-nhecer as principais pragas que ocorrem no Estado do Paraná, possibilitando a adoção de medidas adequadas de controle tornou indispen-sável a elaboração deste guia.

São apresentadas informações de caráter prático, destinadas aos engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas responsáveis pela orientação dos agricultores, com o objetivo de colaborar na identificação dos problemas de pragas existentes nas lavouras de feijão.

Este manual não visa à recomendação de defensivos, devendo ser consultadas para esse fim, publicações já existentes, relacionadas ao assunto.

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PRAGAS DO SOLO

Lagarta Elasmo

Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) (Lepidoptera: Pyralidae)

Sua ocorrência está condicionada a perío-dos de estiagem no início do desenvolvimento da cultura. Os adultos medem de 15 a 25 mm de envergadura, sendo os machos pardo-amarelados e as fêmeas pardo-escuras ou cinzas. As lagartas são de coloração verde-azulada, com estrias mar-rons (Fig. 1). Perfuram as plântulas na região do colo, construindo uma galeria em seu interior, a qual se comunica externamente através de uma câmara, constituída pelo agrupamento de terra, detritos e teia (Fig. 2). O ataque da lagarta elas-mo provoca o amarelecimento, murcha e morte da planta (Fig. 3). Não se recomenda o controle químico dessa praga pois os produtos utilizados têm se mostrado pouco eficientes. A prática da irrigação abundante reduz a populaçãode lagartas.

Fig. 1

Fig. 2

Fig. 3

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Mosca da Semente

Delia p/atura (Meigen, 1826) (Diptera: Anthomyiidae)

Os adultos são semelhantes à mosca domés-tica, cinzas, com aproximadamente 5 mm de envergadura. As larvas são branco-amareladas, medindo em seu máximo desenvolvimento, cer-ca de 6 mm (Fig. 4). Atacam sementes em fase de germinação, perfuram os cotilédones (Fig. 5), causando deformação da planta e não raro, destruindo o embrião. As larvas podem ainda broquear o caule da planta. Em regiões onde constituem problema, o controle pode ser rea-lizado através de tratamento das sementes ou aplicação de inseticida no sulco de plantio.

Fig. 4

Fig. 5

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Lagarta Rosca

Agrotis spp. (Lepidoptera:Noctuidae)

São mariposas que apresentam as asas an-teriores marrons com manchas claras e posterio-res semi-transparentes, medindo 35 mm de en-vergadura. As lagartas são de coloração variável, predominando a cinza escura com listras longi-tudinais pouco pronunciadas (Fig. 6). Têm hábi-tos noturnos, permanecendo abrigadas no solo durante o dia. Seccionam o colmo das plântulas logo acima da superfície do solo, causando-lhes a morte (Fig. 7). As plantas mais desenvolvidas podem tolerar o dano por tempo mais prolonga-do, porém murcham e podem sofrer tombamen-to pelo vento. Para seu controle, utilizam-se inseticidas em polvilhamento ou em pulveriza-ção dirigida à base das plantas, logo após o apa-recimento dos primeiros sintomas de ataque.

Fig. 6 11

Fig. 7

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Pulgão da Raiz

Smynthurodes betae (Westwood, 1849) (Homoptera: Aphididae)

Os adultos medem cerca de 2mm de com-primento, são negros, enquanto que as ninfas possuem coloração de branco-pérola a marrom. Tanto as formas ápteras como as aladas fixam-se às raízes do feijoeiro, sugando a seiva (Fig. 8). Altos níveis de infestação provocam o amarele-cimento e murcha das plantas. Em regiões onde a ocorrência dessa praga é frequente, visto que os sintomas se manifestam tardiamente, o con-trole pode ser realizado através de tratamento de sementes ou aplicação de inseticida no sulco de plantio.

Fig. 8

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PRAGAS QUE ATACAM A FOLHAGEM

VaquinhaDiabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)

Besouro cosmopolita, ataca a maioria dos cultivos causando danos tanto na fase larval como adulta. Os adultos possuem cerca de 6 mm de comprimento, coloração verde, com 6 man-chas amarelas nos élitros e cabeça castanha (Fig. 9). Causam desfolha durante todo o ciclo do feijoeiro. Os danos são mais severos na fase inicial (Fig. 10) , podendo se estender também posteriormente às flores e às vagens (Fig. 11 ) . A postura é feita no solo, onde se desenvolvem as larvas. Estas são branco-leitosas, com a cabeça e o último segmento abdominal castanho-escuros. (Fig. 12). Medem, em seu máximo desenvolvi-mento, cerca de 10 mm de comprimento. As larvas atacam as sementes em germinação, as raízes e a região subterrânea do caule, causando atrofia das plantas e amarelecimento das folhas basais. Os adultos podem ser controlados através de pulverização de inseticida quando se observa-rem 25% de desfolha até 20 dias ( 1 o trifolíolo de-senvolvido) ou 40% após esse período até início da fase de enchimento de grãos.

Fig. 9

Fig. 10

Fig. 11

Fig. 12

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Mosca Branca

Bemisia tabaci (Gennadius, 1889) (Homoptera: Aleyrodidae)

Os adultos possuem coloração branco-lei-tosa e medem aproximadamente 2 mm de com-primento (Fig. 13) . Os ovos são colocados isola-damente na face inferior das folhas, onde se f i-xam as ninfas (Fig. 13) . Estas são de coloração verde-clara, translúcidas, de contorno ovalado e em forma de escamas. Permanecem imóveis, su-gando a seiva até a emergência dos adultos. Em-bora ocorra competição de nutrientes pela sucção contínua, os maiores prejuízos se devem à trans-missão de viroses, principalmente o mosaico dourado (Fig. 1 4 ) , fator limitante à produção do feijão da seca no Norte do Estado do Paraná. Nas regiões em que ocorrem altas infestações, o controle químico não tem sido eficiente na redução das populações a níveis que não com-prometam o rendimento da cultura, pela trans-missão do mosaico dourado. Entretanto, nas regiões em que a incidência da praga é menor, principalmente, na safra das águas, pulveriza-ções, logo que se constate a praga, podem redu-zir a disseminação da virose.

Fig. 13

Fig. 14

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Cigarrinha Verde Empoasca kraemeri Ross & Moore, 1957 (Homoptera: Cicadellidae)

Constitui praga de grande importância eco-nômica não só no Estado do Paraná, como em to-do Brasil e em muitos outros países da América Latina. Os adultos são verdes, e medem cerca de 3mm (Fig 15). As ninfas possuem a mesma colora-ção e são facilmente identificáveis pelo seu movi-mento lateral característico (Fig. 16) . As formas jovens e adultas localizam-se principalmente na face inferior das folhas e nos pecíolos, causando danos pela sucção direta da seiva e injeção de toxinas. Altas populações reduzem drasticamente a produtividade do feijoeiro. Quando o ataque ocorre nas fases iniciais do desenvolvimento da planta, observa-se um enfezamento, caracteri-zado pela presença de folíolos coriáceos, com bordos encurvados para baixo e paralização do crescimento (Fig. 17 ) . Em fases posteriores de desenvolvimento, os sintomas se manifestam pelo enrolamento dos folíolos, amarelecimento e posterior necrose dos bordos dos mesmos (Fig. 18 ) . O controle pode ser efetuado através da pulverização de inseticida , quando o nível populacional atingir cerca de 2 ninfas por trifolíolo.

Fig. 15 Fig. 16

Fig. 17

Fig. 18

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Ácaro Branco Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904) (Acarina: Tarsonemidae)

De ampla distribuição, causa danos severos principalmente à cultura da seca. No estágio adulto, são de coloração branca e praticamente invisíveis a olho nu. A infestação inicial se dá em reboleiras e é constatada pelo enrolamento dos bordos dos folíolos para cima, principalmente os dos ponteiros (Fig. 1 9 ) . Posteriormente, a página inferior torna-se bronzeada e as folhas, coriáceas e quebradiças (F ig. 20), culminando com a seca e queda das mesmas. O ataque pode se estender também às vagens (Fig. 21 ) , tornando-as bronzeadas e retorcidas. O controle deve ser iniciado tão logo se constate a presença do ácaro na lavoura, ou seja, assim que se observarem os primeiros folíolos enrolados. Recomenda-se uma nova aplicação 5 dias após para evitar reinfestação, já que o ácaro, em condições favo-ráveis (alta temperatura e umidade), pode com-pletar o ciclo em apenas 5 dias.

Fig. 19

Fig. 20

Fig. 21

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TripesCal iothr ips phaseol i (Hood, 1 9 1 2 ) Frankliniella schulzei Trybom, 1920 (Thysanoptera: Thripidae)

As ninfas de C. phaseoli são de coloração branco-amarelada e os adultos são escuros, com asas pretas franjadas com duas faixas transver-sais brancas na região mediana (Fig. 22). Medem aproximadamente 1 mm de comprimento e v i -vem na página inferior da folha, É a espécie mais comum encontrada no Estado. Os sintomas de ataque são pontuações esbranquiçadas na face superior das folhas, resultantes da sucção do conteúdo ce lu la r (F ig . 23), Infestações severas no início do desenvolvimento das plantas causam a seca das folhas. As formas jovens de F. schulzei são de coloração amarela enquanto que os adultos são marrom-escuros, não ultra-passando 3 mm de comprimento. Alimentam-se do conteúdo celular provocando bronzeamento nas folhas. No Estado do Paraná, esses insetos geralmente dispensam controle químico, uma vez que ocorrem em baixas populações.

23

Fig. 22

Fig. 23

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Minador

Agromyza spp.Liriomyza spp.(Diptera: Agromyzidae)

Normalmente, o aparecimento desses mina-dores se dá no início do desenvolvimento da cultura e é favorecido por períodos de estiagem. Os adultos medem cerca de 1 mm de compri-mento, e sua ocorrência é facilmente detectável pela presença de pontuações esbranquiçadas nos foi Tolos, resultantes da alimentação e ovo-posição das fêmeas. As larvas desses pequenos dípteros minam as folhas originando lesões es-branquiçadas características ao longo do cami-nho que percorrem (Fig. 24). Embora esses mi-nadores ocorram com frequência, não se just i -fica economicamente seu controle pois na maio-ria das vezes não afetam os rendimentos da cul-tura.

Fig. 24

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Broca das Axilas

Epinotia aporema (Walsingham, 1914) (Lepidoptera: Tortricidae)

As mariposas dessa espécie medem 14 mm de envergadura, possuem coloração acinzentada com manchas claras nas asas anteriores (Fig. 25). A postura é realizada nos ponteiros, onde geral-mente se inicia o ataque petas lagartas. Estas (Fig. 26) são inicialmente branco-esverdeadas, com cabeça escura, assumem posteriormente a coloração amarelada chegando a rósea quando prestes a empupar. Têm como característica o hábito de unir as partes vegetativas através de uma teia onde ficam protegidas. Causam defor-mação ou morte dos brotos terminais e folio-los (F ig. 27), podendo ainda broquear peciolos e ramos, construindo uma galeria descendente. E comum ainda o dano às vagens (Fig, 28). O controle dessa broca pode ser efetuado atra-vés da pulverização de inseticida antes do pe-ríodo de formação de vagens.

Fig. 25

Fig. 26

Fig. 27

Fig. 28

28

Lagarta Enroladeira das Folhas Hedylepta indicata (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Pyralidae)

Os adultos têm as asas amarelas, com linhas transversais mais escuras e medem 20 mm de envergadura (Fig. 29). As lagartas são inicialmen-te amareladas tomando a coloração verde à medida que se desenvolvem, atingindo cerca de 20 mm de comprimento (Fig. 30). Sua presença é constatada pela característica que apresentam de unir as folhas com fios de seda, ficando pro-tegidas no seu interior. Raspam o parênquima fo-liar, tornando o fol íolo rendilhado e provocando a seca das folhas quando o ataque é intenso. Seu controle é facilmente efetuado através da pulve-rização de inseticidas adequados.

Fig. 2929

Fig. 30

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Lagarta Cabeça de Fósforo

Urbanus proteus (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Hesperiidae)

Os aduitos são escuros com reflexos verde-azulados no corpo e nas asas e medem cerca de 45 mm de envergadura. Apresentam man-chas brancas nas asas anteriores e um prolonga-mento nas posteriores (Fig. 31 ) . As lagartas apresentam coloração verde-escura com estrias longitudinais amarelas. São de fácil identificação devido a sua cabeça proeminente de coloração marron-escura (Fig. 32). As lagartas são desfo-Ihadoras e se protegem em secções dobradas das folhas (Fig. 33). O controle dessa praga pode ser realizado de maneira semelhante ao da lagarta das folhas.

Fig. 31

31

Fig. 32

Fig. 33

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PRAGAS QUE ATACAM AS VAGENS

Broca da Vagem

Etiella zinckenella (Treitschke, 1832) (Lepidoptera: Pyralidae)

Sua incidência vem aumentando consi-deravelmente nos últimos anos, ocasionando perdas elevadas em algumas regiões do Estado. Os adultos possuem as asas anteriores cinzas e as posteriores claras com franjas brancas nos bordos ( F i g . 34). Medem aproximadamente 20 mm de envergadura. As lagartas inicialmente são de coloração branca e cabeça escura, tor-nando-se verdes e, quando prestes a empupar, rosadas, atingindo cerca de 20 mm (Fig. 35). Penetram nas vagens, destruindo os grãos em for-mação, afetando diretamente a produção. O controle dessa praga deve ser efetuado no início do período de formação de vagens.

Fig. 34

Fig. 35

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Lagarta da Vagem

Thecla jebus Godart, 1 8 1 9

(Lepidoptera: Lycaenidae)

As lagartas são achatadas, semelhantes a lesmas (Fig. 36). Em seu máximo desenvolvi-mento medem cerca de 20 mm. Os adultos apresentam dimorfismo sexual, sendo as asas dos machos de coloração azul- metálica e das fêmeas azul-pálidas, com os bordos escurecidos, medindo aproximadamente 20 mm de enver-gadura (Fig. 37). Sua presença pode ser eviden-ciada pelo ori f íc io irregular na vagem, de tama-nho variável, o que difere das demais lagartas cujos orifícios de penetração são mais ou menos circulares. São muito vorazes, destruindo inte-gralmente os grãos. O controle dessa lagarta deve ser realizado logo no início do período de formação de vagens.

Fig. 36

Fig. 37

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Manhoso

Chalcodermus sp. (Coleoptera: Curculionidae)

De ocorrência incipiente, tendo sido cons-tatado há três anos no Estado do Paraná, sua população e distribuição têm aumentado con-sideravelmente nas últimas safras. São pequenos besouros negros, com cerca de 2 mm de com-primento (Fig. 38). As fêmeas realizam a pos-tura dentro das vagens sobre os grãos. As larvas são brancas, atingem aproximadamente 2 mm no seu máximo desenvolvimento, causando danos diretos, pois se alimentam dos grãos em forma-ção. A ocorrência dessa praga pode ser detecta-da pela presença de pontuações escuras dispos-tas sobre a superfície da vagem, nas regiões correspondentes aos grãos (Fig. 39). Seu controle pode ser efetuado com a aplicação de inseti-cidas em pulverização.

Fig. 38

Fig. 39

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PRAGAS QUE ATACAM OS GRÃOS ARMAZENADOS

CarunchosAcanthoscelides obtectus (Say,1813)Zabrotes subfasciatus (Boheman, 1833) (Coleoptera: Bruchidae)

Insetos cosmopolitas, sendo de maior im portância em nossas condições, a espécie Z. sub fasciatus. Os adultos dessa espécie apresentam coloração castanho-escura e medem 1 , 8 a 2,5 mm de comprimento (Fig. 40). As fêmeas possuem os élitros mais escuros que os machos e manchas bem claras no pronoto. Os ovos são depositados diretamente sobre os grãos. As formas adultas de A. obtectus são ovóides e medem 2 a 4 mm de comprimento (Fig. 4 1 ) . Possuem coloração pardo-escura com pontua ções avermelhadas no abdome e pernas. A pos tura é realizada entre os grãos nos depósitos. Os prejuízos são provocados pelas larvas de ambas as espécies que destroem os cotilédones (Fig. 42), afetando a qualidade do produto, podendo ainda alterar o poder germinativo das sementes. Seu controle através de expurgo ou mistura dos grãos com inseticidas de curto poder residual, tem se mostrado eficiente. Fig. 40

Fig. 41

Fig. 42

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NEMATÓIDES

Meloidogyne incognita (Kofoid e White, 1919) Chitwood, 1949Meloidogyne javanica (Treub, 1885) Chitwood, 1949

Essas espécies são amplamente distribuí-das no Estado do Paraná e parasitam a maior parte das plantas cultivadas, sendo seu desen-volvimento favorecido em solos úmidos e de-pauperados. As fêmeas vivem no interior das raízes, causando o espessamento das mesmas, induzindo à formação de galhas (Fig. 43). Este é o principal sintoma da presença desse gênero de nematóides. As galhas não podem ser confundidas com nódulos de bactérias nitrifi-cantes, os quais se desenvolvem sobre a raiz e se desprendem facilmente. Quando parasitado (Fig. 44),. principalmente em condições de "stress", o feijoeiro se apresenta amarelado, com menor vigor vegetativo, vagens menores e algu-mas vezes chochas, resultando em queda na pro-dução. Nas horas mais quentes do dia, apresenta "murcha" da parte aérea. Em infestações ini-ciais, esses nematóides ocorrem em reboleiras podendo haver posteriormente disseminação por erosão ou implementos agrícolas. Como medida de controle, sugere-se rotação de culturas, uti-lizando-se espécies vegetais resistentes ao para-sito.

Fig. 43

Fig. 44

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