história da crítica textual
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7/21/2019 Histria Da Crtica Textual
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Breve histria da Crtica Textual
A crtica textual remonta ao perodo alexandrino, quando eruditos de diversas
procedncias sucederam-se como bibliotecrios da famosa Biblioteca de Alexandria,
considerado o maior centro de cultura helnica da Antiuidade! A preocupa"#o com a
ordena"#o e cataloa"#o das obras levantou problemas pertinentes $ autenticidade, $
vida dos autores e, posteriormente, $ prepara"#o de textos para o p%blico e para as
escolas! &bios como 'endoto de (feso, Aristfanes de Bi)*ncio e Aristarco de
&amotrcia incumbiram-se de restaurar textos literrios antios, tornados ininteliveis$s era"+es da poca! oltados para a restaura"#o, a intelec"#o e a explica"#o dos
textos, o labor destes eruditos n#o se restriniu a cataloar as obras, rev-las, emend-
las ou coment-las! .otaram-nas de sumrios e de apostilas ou anota"+es, de ndices e
lossrios, de tbuas explicativas, tudo isso complementado com excursos biorficos,
quest+es ramaticais e /u)os de valor de nature)a esttica! 0ma das contribui"+es mais
importantes dos alexandrinos foi a constitui"#o de um sistema de crtica baseado na
utili)a"#o de sinais, com a finalidade de estabelecer seu /ulamento quanto $ enuidadedos textos! 1bserve-se que esta atua"#o teve impacto sinificativo sobre a tradi"#o dos
textos reos clssicos, pois n#o s fixaram a forma dos textos de autores antolicos
como tambm se empenharam na imposi"#o dessa forma como fonte para cpias
posteriores! Ademais, ampliaram os benefcios aos leitores, possibilitando a
translitera"#o de textos em outros alfabetos para o utili)ado $ poca2 melhoraram o
sistema de pontua"#o e criaram outro de acentua"#o! As dificuldades na fixa"#o de
textos fidedinos implicou a elabora"#o de comentrios para discutir problemas e
propor interpreta"+es! 1 sistema alexandrino, baseado em sinais e comentrios, foi
importante para asseurar a transmiss#o dos textos $ posteridade, pois ao invs de
suprimirem ou modificarem o que consideravam esp%rio, apenas o assinalavam!
.e acordo com Csar Cambraia 34556, p!789, na poca romana, destacam-se
arr#o e :robo! ;quele coube o estabelecimento do c*none das pe"as de :lauto tidas
como enunas, nas quais se constata o exerccio da crtica, pela divis#o do estudo, que
apresenta as seuintes partes< lectio 3leitura expressiva92 enarratio 3explica"#o depassaens obscuras92 emendatio3revis#o e corre"#o92 e iudicium3comentrio literrio9,
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sendo que a emendatioera especificamente definida como =a corre"#o dos erros que se
fa)em pela dic"#o e pela escrita>! ?! (lio @stil#o, que teria reali)ado estudos sobre
:lauto, parece ter sido o primeiro dos latinos a emprear sinais diacrticos alexandrinos!
&eismundo &pina 38, p!49 destaca ainda a presen"a de Tirani#o, mas afirmaque a despeito da conscincia da import*ncia dos estudos filolicos, o labor dos
romanos pouco acrescentou $ crtica de textos!
.urante a Ddade Edia, na rea dos estudos evanlicos, citam-se 1renes - que
elaborou uma adapta"#o doAntigo Testamento, chamada deHexapla, na qual utili)ou
sinais como os dos alexandrinos, ao comparar excertos reos e hebraicos - cu/o
trabalho, seundo FeGnolds H Iilson 3Apud CAEBFADA, p!749, =anteciparia, de certa
forma, o sistema de aparato crtico atualmente empreado, pois apresenta os textos e
suas tradu"+es em colunas paralelas>! @ o JerKnimo, que preparou uma vers#o latina,
revista, da Bblia, conhecida como Vulgata, baseada em manuscritos reos, que, a
partir do Conclio de Trento, foi considerado o texto canKnico pela Dre/a Catlica!
La Dtlia renascentista, de acordo com :ffifer 3Apud CAEBFADA, p! 7M9, houve
cinco era"+es de estudiosos, comparveis a dos alexandrinos! Nrancisco :etrarca teria
aberto caminho para o ressurimento da crtica textual, ra"as a sua especial admira"#opelos autores latinos, o que o levou n#o s a locali)ar e transcrever os textos, mas a
corrii-los onde achasse estarem corrompidos, reistrando variantes e emendando
passaens! Boccacio, da mesma era"#o, limitou-se a locali)ar e tradu)ir autores latinos!
La seunda era"#o, destaca-se &alutati, que alm de colecionador de manuscritos,
mostrou enorme conhecimento das formas pelas quais os textos se haviam corrompido e
em muitos casos corriiu-os, onde /ulou ser necessrio! La terceira era"#o,
distinuem-se LiccolO Liccoli e Bracciolini! 1 primeiro, alm de coletar e copiar
manuscritos, comparou-os, orani)ou-os em parrafos e adicionou-lhes ttulos! 1
seundo locali)ou e corriiu erros bvios dos manuscritos, introdu)idos pelos copistas!
La quarta era"#o, imp+e-se o nome de ?oren)o alla, cu/a atividade foi decisiva para a
reintrodu"#o da crtica textual! Cote/ou o texto doNovo Testamentoda Vulgatade o
JerKnimo com o texto reo e com textos patrsticos8,assinalando os erros! La %ltima
era"#o, a fantstica atua"#o de AneloPoliziano merece ser salientada! .edicou-se
1Textos patrsticos flosofa crist ormulada pelos padres da Igreja (scs. I a V
d.C) !usca"do com!ater a descre"#a e o paga"ismo por meio de uma apologticada "o$a religio calca"do%se re&ue"teme"te em argume"tos e co"ceitosprecede"tes da flosofa grega.
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aos escritos reos e latinos e ter sido o primeiro a reali)ar cote/os interais de
manuscritos, reistrando notas em sua cpia! Dnsistia na import*ncia de se conhecer os
melhores manuscritos como um meio de evitar as con/ecturas precipitadas de seus
contempor*neos! .e acordo com ele, se devia partir do estado mais antio recupervel
de uma tradi"#o, antecipando o princpio da eliminatio codicum descriptorum!
A partir dos finais do sculo P, sure a imprensa de tipos mveis, acarretando
certo impacto sobre o processo de transmiss#o de textos! @sta circunst*ncia, porm, n#o
melhorou as condi"+es de transmiss#o textual, uma ve) que a tradi"#o impressa
frequentemente reprodu)ia as li"+es interais de manuscritos n#o editados! &e, por um
lado, permitiu a circula"#o e a intera"#o de obras nos acervos particulares, por outro,
muitas ve)es propiciou a divula"#o de textos ruins!
A oficina de Aldo Eanu)io, admirador e impressor das obras de :oli)iano, em
ene)a, exerceu intensa atividade nos finais do sculo P e incio do sculo PD,
sendo responsvel pela publica"#o das primeiras edi"+es de vrios textos em reo,
alm das de autores como .ante, :etrarca, :ietro Bembo e muitos outros! A
contribui"#o de Earco Eusuro, um de seus colaboradores, tambm foi de real
import*ncia na atividade editorial, quer comprando manuscritos, quer orani)ando os
diferentes tipos de esclios4, atravs de sele"+es e combina"+es para que pudessem ser
impressos!
.eve-se a @rasmo de Fotterdam, que se ocupou da edi"#o de vrios textos
reos e latinos, a edi"#o do texto reo doNovo Testamento, em 868! L#o dispondo
de qualquer manuscrito com o texto reo interal, empreou mais de um testemunho
para certas partes, mas a base ter sido dois manuscritos da Biblioteca Eonstica da
Basilia! Como o testemunho com o Livro da Revelaoestava mutilado, tradu)iu o
texto final para o reo a partir da vers#o latina da Vulgata! &ua edi"#o tornou-se a base
para as que lhe seuiram, de tal forma que acabou sendo considerado, durante muito
tempo, o texto padr#o doNovo Testamento!
Como ensina Cambraia 34556, p!79, ao que parece, a primeira tentativa de se
rediir um breve manual sobre crtica textual coube ao italiano Nrancesco Fobortello
3868-9! Trata-se da disserta"#o!e Arte "ive Ratione #orrigendi Anti$uorum Libros
'Come"trios para ser$ir de e"te"dime"to leitura dos clssicos.
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!isputatio, em que discute quest+es como o valor dos manuscritos antios, princpios
que reem a arte da con/ectura e a classifica"#o das emendas!
Lo sc! PD, na Nran"a, merecem destaque as atua"+es de quatro editores que,
embora tenham contribudo de forma muito positiva para a crtica textual, tambmcometeram erros, ou por pudor exaerado ou por excessiva liberdade tomada em rela"#o
aos textos! Adrien TurnQbe, diretor da Dmprensa Feal, que publicou diversos textos
reos e latinos, preparou a importante miscelneaAdversariorum, em que corriiu e
explicou diversas passaens de autores antios! Eesmo adotando a prtica de corriir
textos com base em outros testemunhos de sua poca, TurnQbe viu a necessidade de se
utili)arem manuscritos mais antios e melhores dos que os que eralmente eram
empreados nas primeiras impress+es! .enis ?ambin publicou uma rande cole"#o detextos latinos, produ)indo edi"+es como a de ?ucrcio, que se tornou referncia at a de
?achmann! &caliner preparou importante edi"#o de autores como Nesto e Eanlio e
aplicou-se especialmente na edi"#o da crKnica de @usbio, baseando-se em excertos
bi)antinos e na vers#o de &! JerKnimo, cu/os erros corriiu! Ainda em sua edi"#o de
Catulo teria antecipado a no"#o de antrafo, ao provar que todos os manuscritos
consultados proviriam da mesma fonte!
Los sculos PD e PDD, na Rolanda, entre outros, de /usti"a mencionar a
contribui"#o de Iilhelm Canter, editor de textos, em especial reos, a quem coube a
iniciativa de criar um manual de crtica textual< trata-se do ensaio !e Ratione
%mendandi "criptores &raecos "'ntagma, no qual apresenta classifica"#o sistemtica
dos diferentes tipos de erros em textos reos, distribudos em classes, como confus+es
de letras, divis#o equivocada de palavras, omiss+es, adi"+es, transposi"+es, assimila"#o
ou m compreens#o de abreviaturas!
@m fins do sculo PDD, foram publicadas as obras do francs Fichard &imon,
que possua clara convic"#o de que o rastreamento da histria de textos antios deveria
ser a base para a avalia"#o dos manuscritos e para a constitui"#o de um texto
verdadeiramente crtico! Tambm Jean ?e Clerc dino de nota, pois em sua obraArs
#riticaformulou uma primeira vers#o do princpio da lectio di((icilior!
@m fins do sculo PDDD, uma das fiuras de destaque na edi"#o de textos
clssicos foi o alem#o Nriedrich Auust Iolf! Tendo-se concentrado especialmente nasobras de Romero e :lat#o, publicou Prolegomena ad Homerum, obra em que se
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encontra a primeira tentativa metdica e seuramente embasada de reconstru"#o da
histria de um texto antio! .e acordo com :ffifer 3Apud CAEBFADA, p!659, Iolf
pretendia fornecer a base para um /ulamento sobre o valor dos manuscritos com o texto
de Romero e para a constitui"#o do texto que tencionava publicar, mas cheou $
conclus#o de que seria impossvel reconstitu-lo tal qual teria sado das m#os do seu
autor, sendo, porm, possvel tentar a reconstitui"#o do alexandrino, ou se/a, dos textos
que os alexandrinos haviam fixado no sculo DDD a! C!
.eve-se ao alem#o Sarl ?achmann 38M-8689 a apresenta"#o de uma sntese
dessas experincias passadas, $s quais tambm se aream suas prprias contribui"+es!
@ssa sntese representou um marco na histria da crtica textual, constituindo o que se
passou a chamar de m)todo lac*manniano, no qual a crtica do texto estaria dividida emduas partes< a recensio e a emendatio! &eus principais trabalhos foram< a edi"#o do
Novo Testamentoe a!e Rerum Natura, de ?ucrcio, em cu/o prefcio exp+e a doutrina!
?achmann, formulando as bases e princpios cientficos da crtica textual moderna,
derruba o sistema primitivo de publica"#o de textos, viente desde o Fenascimento! A
ele se deve tambm toda uma terminoloia latina da crtica textual 3recensio, collatio,
emendatio, archetGpum, oriinem deteere9 bem como certas express+es que se
tornaram normas da crtica textual posterior, constituindo a nova nomenclatura dasopera"+es ecdticas! &ua contribui"#o mais pessoal di) respeito $ formula"#o de
critrios para determinar mecanicamente, sem se recorrer ao /u)o do editor, qual, dentre
vrias li"+es, remonta ao arqutipo!
A orienta"#o proposta por ?achmann foi ob/eto de crtica, retifica"+es e
refinamentos por dois estudiosos< :aul Eass e Uiorio :asquali! :orm, quase meio
sculo depois, o modelo lachmanniano foi especialmente criticado pelo francs Joseph
Bdier, que defendeu o mtodo de se editar um texto com base em um =bommanuscrito>, publicado quase sem retoques e acompanhado de notas que marcam,
seundo afirma ele, um retorno na dire"#o da tcnica dos antios humanistas! Tal
mtodo, por sua ve), foi alvo de severas crticas por Renri Vuentin, que se ocupou
especialmente do texto da Vulgata de &! JerKnimo, e que acentuaria ainda mais o
aspecto mec*nico da sele"#o de variantes, ao fundamentar sua proposta em dados
estatsticos!
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A crtica textual moderna acabou por se polari)ar fundamentalmente entre o
mtodo de ?achmann e o de Bdier! Contudo, se pode afirmar que uma das
caractersticas mais marcantes da crtica textual do perodo a especial aten"#o
dedicada a textos em lnuas vernculas, ao contrrio do que ocorria at o sculo PDP,
que enfati)ava os textos profanos e sarados em lnuas clssicas!
A Crtica textual em Portugal e no Brasil
:ouco se sabe sobre a prtica de edi"#o de textos em ?!:! anterior ao sc! PDP -
data a partir da qual a atividade passa a ser reali)ada de forma mais riorosa! ( nessa
poca que parece fa)er-se presente o impacto da consolidad"#o dos mtodos modernos
de edi"#o! ?eite de asconcelos considera como inauura"#o deste perodo cientfico a
publica"#o, em 8, de A Lingua Portugueza+ P*onologia, %t'mologia, -orp*ologia
e "'ntaxe, de Nrancisco Adolfo Coelho!
Tra"ar um panorama ntido da prtica editorial de textos em ?!:! n#o possvel,
dadas a nature)a difusa e a descontinuidade dessa prtica! Cambraia 34556, p!669
observa que, deixando =li"+es deteoria e mtodo, raras e seuras a quem dese/e familiari)ar-se com os ridos problemas
da @dtica>!
Lo seundo perodo reistra-se a atividade editorial do Centro de @studos
Nilolicos, que passou a se chamar Centro de ?inustica da 0niversidade de ?isboa
em 8, pelo qual foram publicadas diversas edi"+es de textos medievais! Tambm as
0niversidade de Coimbra e a de Lova de ?isboa tm importante produ"#o na rea! Lo
Brasil, as institui"+es universitrias polari)am as pesquisas na rea! .estacam-se< 0NFJ,0@FJ, 0NN, 0&: :0C-&:, 0N:b e 0NBa e 0NEU!
A dcada de 5 foi especialmente produtiva no Brasil, quando suriram duas
iniciativas editoriais importantes< A #omisso -ac*ado de Assise a cole"#o!icion.rio
da Lngua Portuguesa+ Textos e Vocabul.rios/
A primeira obra publicada pela #omisso -ac*ado de Assis foi -em0rias
P0stumas de Br.s #ubas, pelo DL?, em 85, tendo outros ttulos publicados pela
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Civili)a"#o Brasileira em 86! Atiniu tal rau de excelncia que sua orienta"#o
passou a ser paradimtica para a edi"#o de autores brasileiros!
A Cole"#o!icion.rio da Lngua Portuguesa+ Textos e Vocabul.rios, orani)ada
e diriida por A!U! Cunha, tinha por ob/etivo =promover a publica"#o de textosportuuses pouco conhecidos em edi"+es fiis, bem assim, de vocabulrios das obras de
autores de lnua portuuesa>! :ublicou nove volumes de 8M a 8! @mbora n#o
tendo apresentado um padr#o uniforme de edi"#o, a inclus#o de fac-smiles propiciou ao
leitor um instrumento precioso de consulta!
A partir da dcada de 5 apareceram no Brasil os trs %nicos manuais
introdutrios $ crtica textual publicados em lnua portuuesa e voltados para seus
problemas
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estudo linustico! Como fruto desta corrente tm-se editado especialmente textos n#o-
literrios tanto em :ortual como no Brasil!
A crtica entica, com ampla difus#o no Brasil e em :ortual, se ocupa da
nese dos textos literrios com base na documenta"#o deixada pelos autores! @staabordaem tem impulsionado particularmente o estudo da tradi"#o de obras literrias,
bem como a reali)a"#o de edi"+es enticas, ou se/a, com o reistro de variantes
textuais de responsabilidade do prprio autor! .entre as atividades relacionadas a este
campo de conhecimento, destacam-se, no Brasil, a constitui"#o da Associa"#o dos
:esquisadores do Eanuscrito ?iterrio, em 86, que propKs diversos foros de
discuss+es para pesquisadores em edi"#o de textos e aRevista -anuscrtica, da referida
associa"#o! @m :ortual, por volta desta mesma poca, suriu a @quipa :essoa,responsvel pela edi"#o da obra de Nernando :essoa, cu/o modelo editorial adotado o
da edi"#o crtico-entica!
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