governo sarney + constituiÇÃo de 1988 + eleiÇÕes de 1989

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Nova RepúblicaGoverno de José Sarney (1985-1990)

O governo de José Sarney foi inicialmente marcado pela frustração da volta à democracia com a morte de Tancredo Neves.

Ocupando o posto de vice-presidente, Sarney foi o primeiro civil a tomar posse do governo presidencial após os anos da ditadura.

Ocupando o posto de vice-presidente, Sarney foi o primeiro civil a tomar posse do governo presidencial após os anos da ditadura.

Logo que assumiu Sarney adotou medidas que legitimariam a democracia. Entre elas:

Volta as eleições diretas para presidente e vice;

Liberdade para os sindicatos;Direito ao voto aos analfabetos;

Eleições diretas para as prefeituras das cidades consideradas ‘’área de segurança nacional’’ pelos militares.

Corrupção na Nova República

Como todo governo possui pessoas corruptas, o governo de Sarney não foi diferente. Ocorreram várias práticas corruptas, dentre elas temos o nepotismo, onde foram nomeados parentes para os cargos do governo.

Temos também alguns políticos que decidiram apoiar o governo em troca de favores e benefícios pessoais, o que convenhamos, acontece até hoje.

Constituição de 1988

Foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988 a nova Constituição Federal, com uma abordagem o tanto quanto democrática em relação as demais constituições.

Essa democracia é evidenciada, pois teve a colaboração e participação do povo, por meio de abaixo-assinados, liderados pelos sindicatos de classe, entidades religiosas e demais segmentos da sociedade.

Em relação às Constituições anteriores, a Constituição de 1988 representou um avanço. As modificações mais significativas foram:

Direito de voto para os analfabetos;Voto facultativo para jovens entre 16

e 18 anos;

Eleições em dois turnos (para os cargos de presidente, governadores e prefeitos de cidades com mais de 200 mil eleitores);

Redução do mandato do presidente de 5 para 4 anos;

Seguro desemprego;Diminuição da jornada de trabalho

de 48 para 44 horas semanais;Licença maternidade de 120 dias

(sendo atualmente discutida a ampliação).

Reformas econômicas de Sarney

O governo Sarney (1985-1990) ficou marcado na história da República brasileira como o governo da “década perdida”, em decorrência do inexpressivo crescimento econômico do período.

O principal desafio do primeiro governo da “Nova República” era conter a inflação dos preços, que em 1985 chegou a 235% ao ano. A solução encontrada pela equipe econômica formada por Sarney encontra-se no “Plano Cruzado”

Cujas principais medidas eram: congelamento de preços; substituição da moeda corrente do país, do cruzeiro para o cruzado(daí o nome do plano); gatilho salarial, uma medida de aumento dos salários toda vez que a inflação atingisse 20% ao mês.

A melhora das condições foi passageira, já nos últimos meses de 1986 havia falta de mercadorias nas prateleiras, falta de carne em face da recusa dos pecuaristas em vender pelos preços tabelados.

Frente a esta situação, Sarney foi obrigado a buscar apoio político entre os grupos conservadores do país para a aprovação de novos planos econômicos (Plano Cruzado II em 1986, Plano Bresser em 1987, Plano Verão em 1989), com o objetivo de controlar os gastos públicos, conter a forte inflação e renegociar a dívida externa.

Uma nova moeda surgiu, o Cruzado Novo, mas as medidas não foram suficientes para a estabilidade econômica, já que não houve mudanças estruturais na economia, e em março de 1990 a inflação alcançou o recorde 84,23% ao mês e um índice acumulado nos doze meses anteriores de 4.853,90%.

Eleições de 1989

Em 1989, após vinte e nove anos, a população brasileira escolheria o novo presidente da República através do voto direto.

Conforme estabelecido na Constituição de 1988, o sistema político do país se organizaria de forma pluripartidária.

Os setores de direita não conseguiram emplacar um candidato capaz de garantir uma vitória tranqüila no pleito presidencial. Tal enfraquecimento político se deu por conta das frustradas tentativas de sanear a economia.

Já os partidos de esquerda viriam a lançar duas influentes figuras políticas que poderiam polarizar a disputa daquela eleição.

Do lado da esquerda, Luís Inácio Lula da Silva, representando o Partido dos Trabalhadores e com base política assentada entre os trabalhadores e as principais lideranças sindicais do país. Também pela esquerda Leonel Brizola.

Buscando reverter o quadro desfavorável, a direita tentou emplacar a candidatura do empresário das telecomunicações Sílvio Santos, logo impugnada pelo Superior Tribunal Eleitoral.

Temendo uma vitória dos setores de esquerda e sem nenhum concorrente de peso, os partidos de direita passaram a apoiar um jovem político alagoano chamado Fernando Collor de Melo.

Com boa aparência, um discurso carismático e o apoio financeiro do empresariado brasileiro, Collor se transformou na grande aposta da direita.

No primeiro turno, a apuração das urnas deixou a decisão para um segundo pleito a ser disputado ente Collor e Lula.

Mesmo tendo um significativo número de militantes durante seus comícios, a inabilidade do candidato do PT diante as câmeras acabou enfraquecendo sua campanha. De outro lado, Collor utilizou com eficácia o vantajoso espaço nas mídias a ele cedido.

Com a apuração final, tais diferenças de proposta e, principalmente, comportamento garantiram a vitória de Fernando Collor de Melo.

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