geografia by:patrick
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Gabarito Caderno do Aluno Geografia 1a srie Volume 1
1
Pginas 3-4
1. Professor, entregue qualquer mapa temtico para os estudantes ou indique um do livro
didtico.
a) Os alunos precisam examinar o mapa sem orientao alguma e sem olhar a
legenda e o ttulo. Com suas prprias palavras, eles devem relatar o que est
representado no mapa; no apenas o ttulo, mas o fenmeno geogrfico exposto.
b) Exprimir a situao geogrfica significa mencionar a distribuio geogrfica do
fenmeno: onde ele se concentra, onde se dispersa e perde densidade. Por exemplo:
onde h maior concentrao de gente (cidades) ou de formaes vegetais, reas com
pouca populao, altitudes mais ou menos elevadas etc.
c) Nesta questo, os alunos vo se manifestar livremente. Dificilmente eles diro que
h erros nos mapas, mas vale a pena conversar sobre esta questo. importantedessacralizar o material impresso: textos e mapas de jornais, revistas e livros podem
ser bons ou ruins, e podem ter erros; mais do que isso, os mapas disponveis na
imprensa, muitas vezes, vo comunicar a informao a partir dos interesses de
algum. Por isso, eles podem distorcer ou at mesmo subtrair informaes. Alm
disso, vale dizer aos alunos que, se o mapa no tem comunicao clara e imediata,
ele pode ter problemas para ser lido e compreendido.
2.a) Por meio do uso de tonalidades de verde, o mapa mostra onde as populaes
vivem mais. O verde mais escuro indica a maior expectativa de vida; o verde mais
claro, a expectativa de vida menor.
b) Segundo o mapa, na Europa Ocidental h uma elevada expectativa de vida,
enquanto na frica a expectativa de vida baixa ou seja, as pessoas morrem mais
cedo. H situaes intermedirias, como na Amrica do Sul. Trata-se da
representao de um indicador de desenvolvimento social.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 1
OS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM OS MAPAS: OS RECURSOS,AS ESCOLHAS E OS INTERESSES
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c) Esse mapa no tem erros, no engana nosso olhar, nem preciso consultar a
legenda para perceber uma distribuio geogrfica do fenmeno representado, que
tem comunicao imediata e clara.
Pginas 5-7
1.
a) Os alunos podem se expressar do seguinte modo: fenmeno distribudo e
representado por crculos de tamanhos diferentes que expressam dimenses
diferentes de tal fenmeno (os crculos maiores, as maiores quantidades; e os
menores, as menores quantidades). Os crculos possuem tonalidades de laranja (ou
cores diferentes) que apresentam uma gradao visual do mais escuro para o mais
claro (indicando maior e menor intensidade do fenmeno), e, tambm, h crculos
azuis marcadamente distintos, certamente para representar algo bastante diferente. Os
alunos podem tambm inferir sobre o tema da representao, dizendo que o mapa
representa os locais onde existe grande concentrao de pessoas ou, ainda, a
localizao das grandes cidades etc.
b) Representam a populao total das grandes aglomeraes urbanas no mundo, em
2003. Crculos maiores, as maiores populaes, e crculos menores, as menores
populaes. Na sia, aglomera-se a maioria dos crculos maiores e, na Europa,
concentra-se grande quantidade de crculos mdios e menores, da mesma forma que
na Amrica do Norte e de certa maneira na Amrica do Sul. A frica est longe
dessa condio. Isso d um retrato de um aspecto do fenmeno urbano no mundo.
c) As diferentes cores (ou tonalidades) representam a evoluo (e a velocidade) do
crescimento dessas aglomeraes entre 1975-2003. Cores mais escuras indicamcrescimento maior e mais veloz, e cores mais claras, um crescimento menor. O azul
representa diminuio da aglomerao urbana no perodo, o que ocorre somente em
alguns casos raros, da a escolha de uma cor diferente para marcar o contraste com a
informao principal do mapa.
d) Em especial, na sia (principalmente na ndia e em Bangladesh) e na frica
(Nigria, Costa do Marfim e cercanias e no Norte da frica).
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2.
a) As trs maiores so: So Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires. So Paulo foi a
cidade que mais cresceu no perodo representado no mapa.
b) Para responder a essa pergunta, importante que os alunos observem o baco.
Tquio possui a maior aglomerao e sua populao chega a 35 milhes, conforme
indicado no baco. Depois vem Bombaim, com cerca de 18 milhes de habitantes, e
Nova Dlhi, com um pouco menos de 18 milhes de habitantes, ambas na ndia.
c) Esse fenmeno mais representativo na sia (notadamente no subcontinente
indiano, nos pases insulares, como Indonsia e Filipinas, na China e no Japo).
Logo, esse o segmento continental que possui as maiores aglomeraes do mundo.
Por outro lado, menos representativo na frica e tambm, de certa forma, na
Oceania. Eis dois exemplos caractersticos:
no interior das grandes massas continentais, o fenmeno bem menos
representativo do que nas zonas litorneas, mas h excees.
nos pases comumente indicados como pobres (na Amrica Latina e na sia a
exceo Tquio) encontram-se as maiores aglomeraes.
importante que voc registre os comentrios, para verificar a pertinncia de cada
um deles.
d) Esse tipo de crescimento rpido ocorreu em Nova Dlhi (ndia) e Daca
(Bangladesh), cujas populaes cresceram mais de trs vezes entre 1975 e 2003
(podendo ter chegado a 10 vezes mais). Lagos, capital da Nigria, regio centro-oeste
africana, um centro urbano na frica em que se deu o mesmo fenmeno.
3. Este mapa no tem erros, pois se trata de um mapa quantitativo que se utiliza de
crculos proporcionais que representam volumes populacionais com preciso, e que
tambm ordenado, porque usa cores ou tonalidades diferentes para representar uma
ordem. Ele um bom mapa, pois seu entendimento fcil, mas importanteobservar que no se deve acrescentar, num exemplo como este, nenhuma outra
informao visual, uma vez que h um limite que nossa percepo visual distingue e
esse limite deve ser respeitado.
4. So usados como recurso cartogrfico os crculos proporcionais, que representam
volumes populacionais; e cores ou tonalidades de valor diferentes, que mostram
diversas velocidades de crescimento. Eles so recursos de composio de linguagem,
porque formam imagem com relaes diretas: maiores crculos, maiores populaes;cores mais escuras, maior velocidade de crescimento (mais pigmentao, mais
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intensidade do fenmeno representado), o que gera compreenso nica, impedindo
que se faa outro tipo de relao. Espera-se que os alunos concordem com a
afirmao de que os recursos apresentados vo compor a linguagem do mapa e vo
comunicar a informao pretendida.
Pginas 8-10
1. Apesar de ser um espao de apenas 16 cm (longitudinal) por 8 cm (latitudinal), nele
cabe o mundo. um mapa-mndi que representa o mundo inteiro com suas terras
emersas e seus oceanos. Trata-se de uma realidade infinitamente maior, que foi
reduzida para caber nesse espao cartogrfico.
2.
a) Os nmeros esto sobre traos (verdes) de 3 cm. Os valores mais baixos so os
prximos aos polos e, depois, eles vo crescendo medida que se aproximam do
Equador (isso visual): 1 780; 4 490; 5 030; 5 530; 5 450; 6 320; 6 480; 6 790;
6 900; 7 230. H tambm variaes relacionadas direo do trao (horizontal,
vertical e diagonal), e isso tambm visual.
b) Existe uma correspondncia entre os traos (cada um de 3 cm) e os nmeros sobre
eles. O trao de 1 780 significa que, onde a reta de 3 cm foi traada, existe, na
realidade do terreno, uma distncia de 1 780 km. No trao com a inscrio de 6 900, o
que se indica que na posio em que foi marcada a reta de 3 cm a distncia de
6 900 km.
c) Neste exemplo, vamos escolher os traos de 5 030 e de 7 230. Sabemos que cada
uma das retas verdes tem 3 cm no mapa. Ento fica assim:
primeiro caso: 3 cm = 5 030 km, logo 1 cm = xex= 1 677 km(5 030 dividido por 3);
segundo caso: 3 cm = 7 230 km, logo 1 cm = xex= 2 410 km
(7 230 dividido por 3).
3.
a) O que h em comum entre um mapa e uma fotografia de corpo inteiro de uma
pessoa que, nos dois casos, trata-se de representaes que reduzem a realidade, o
que permite que uma pessoa caiba num pequeno pedao de papel, e a superfcie
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terrestre com seus oceanos e terras emersas caiba numa pequena folha de papel. Uma
fotografia tambm tem escala de reduo em relao realidade.
b) O nome dessa reduo, que feita de forma matematicamente controlada,
escala cartogrfica.
4. Se um mapa-mndi tiver uma escala cartogrfica assim representada: 1:23 000 000,
isso significa que ele foi reduzido 23 000 000 de centmetros na realidade, ou ento
que uma reta de 23 000 000 de centmetros foi reduzida para 1 centmetro no mapa.
5. Uma cidade tem um territrio muitssimo menor que a extenso total da superfcie
terrestre. Isso quer dizer que, para representar uma cidade num mapa, ela no precisa
ser to reduzida quanto o mundo. Se houver a reduo em ambas as situaes da
mesma maneira, as cidades vo aparecer nos mapas apenas como pontinhos quase
invisveis.
6. No mapa em que houve uma reduo de 10 mil vezes (1:10 000), haver a
possibilidade de apresentar mais detalhes do terreno. No mapa da cidade, podero
aparecer detalhes como ruas, praas, localizao de construes, fbricas, edifcios
etc. Em um mapa de 1:23 000 000, uma cidade ser apenas um ponto.
Sugesto:Professor, voc pode mostrar mapas de diferentes escalas para ilustrar essa
resposta. O ideal escolher uma rea e mostrar a sua representao em escalas
variadas. possvel tambm utilizar mapas da internet, em sites de busca de ruas ou
de mapas, como o Google Maps, por exemplo.
Alm disso, embora nenhuma das atividades apresentadas no Caderno do Aluno
dependa da explicao a seguir, sobre a diversidade de escalas na extenso dos
mapas-mndi, sugerimos que ela seja discutida com os alunos em sala de aula, a
ttulo de esclarecimento.
DDiivveerrssiiddaaddee ddee eessccaallaass nnaa eexxtteennssoo ddooss mmaappaass--mmnnddii
Na projeo cilndrica equidistante-equatorial, todas as linhas verdes tm o mesmo
comprimento, porm, no terreno, as distncias em quilmetros so diversas. Isso se deve s
deformaes presentes na projeo. A escala cartogrfica uma questo da matemtica
geomtrica, e no tem relao direta e exata com todo o terreno representado num mapa-
mndi. Isso significa que a escala cartogrfica no pode ser usada para estabelecer as
medidas do terreno, como normalmente se pensa e se procede. As deformaes que as
projees impem significam um afastamento das medidas do terreno. Por exemplo: a
Projeo Mercator produz uma Groenlndia muito maior que a Amrica do Sul, o que no
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real. Se for expresso em escala grfica, como no exemplo da projeo cilndrica
equidistante-equatorial apresentada no Caderno do Aluno, o que ficar evidente que a
escala no corresponde mesma relao por toda a extenso do mapa. Quatro escalas
grficas so oferecidas para esta projeo. Cada escala horizontal s til ao longo de seu
paralelo especfico, ou no paralelo oposto simtrico em relao ao Equador; a escala
vertical vlida em qualquer posio, o que uma caracterstica das projees cilndricas.
Pginas 11-13
1. Estes mapas representam a superfcie terrestre, embora sejam diferentes. Em todosso visveis a Eursia (Europa + sia), as Amricas, a frica e a Oceania, mesmo
que, em cada um deles, a posio dos continentes no seja a mesma. possvel
tambm, nas projees Bertin e Peters, observar linhas imaginrias que esto
representadas de maneira diferente.
2. As diferenas so vrias. Eis algumas: o tamanho da Groenlndia, da Amrica do Sul
e da frica diferente, ao se comparar a Projeo Mercator com as outras trs
(Peters, Bertin e Buckminster Fuller). Na Mercator, a Groenlndia maior, enquanto
a Amrica do Sul e a frica so menores. Mas isso no acontece nas outras trs. A
Projeo Buckminster Fuller tem uma distribuio bem diferenciada dos continentes,
quando comparada com as outras trs. E tambm h diferenas significativas na
representao da Amrica do Norte na Projeo Bertin, em relao s outras. Muitas
outras diferenas podem ser notadas em complemento.
3. Apesar das diferenas apontadas na questo anterior, possvel perceber, em todas as
projees, que todos os continentes e respectivos pases esto representados, embora
sua aparncia varie. Talvez a impresso de mais correta seja atribuda Projeo
Mercator, por ser a mais familiar, a mais utilizada. A Buckminster Fuller, pela razo
inversa (pouco conhecida na Geografia brasileira), vai passar a impresso de mais
errada que as outras. Vale a pena verificar o resultado dessa enquete. Ele pode no
ser o que destacamos aqui, pois nem a Mercator nem a Peters (outra bastante usual)
so conhecidas dos estudantes. Esse resultado vai ser indicativo da condio do
estudante. A Projeo Mercator provavelmente ser considerada a mais correta pela
familiaridade. E se dir que o tamanho dos continentes e dos oceanos mais certo
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nessa projeo e que as formas so as mais corretas etc., o que, como j foi afirmado
no item anterior, pode no se comprovar. Neste momento, voc pode aproveitar a
oportunidade para mostrar outras projees, at algumas curiosas, para que os alunos
percebam que existem diferentes maneiras de representao do mundo.
4. No mapa da Projeo Mercator, a Groenlndia bem maior que a Amrica do Sul,
ainda que, na realidade, ela seja vrias vezes menor. Isso quer dizer que, no mapa da
Projeo Mercator, existem deformaes, e que ela no est de acordo com a
realidade, embora seja a mais familiar. Alm disso, essa anlise vai servir para
mostrar que nenhuma projeo consegue representar o mundo de maneira correta;
preciso que o produtor de mapas escolha a melhor projeo para o tipo de
informao que ele deseja representar.
Leitura e Anlise de Quadro e Texto
Pginas 14-15
1.
a) Observando a Projeo Buckminster Fuller, nota-se no centro (polo) uma
distribuio dos continentes como se estes se espalhassem sobre um globo, de cima
para baixo. Trata-se de um mapa centrado no Polo Norte, e no no Equador, comonas outras trs projees apresentadas anteriormente. Os oceanos desaparecem (ou
tm menos espao que em outras projees) e os continentes parecem bem mais
prximos que costumeiramente em outros mapas.
b) As outras projees so centradas no Equador. Ficam, assim, visveis o Hemisfrio
Norte e o Hemisfrio Sul e, tambm, o lado oeste (Ocidente) e o lado leste (Oriente).
Na Projeo Buckminster Fuller, nada disso evidente, mesmo porque ela pode ser
virada como um globo e destacar a Amrica do Sul, por exemplo.2. No, a Projeo Buckminster Fuller tambm apresenta algumas distores. De modo
geral, todas as projees tm alguma distoro. A mais evidente das deformaes
nessa projeo encontra-se nas reas dos oceanos, que so apresentados bem
menores do que em outras projees. No entanto, essa projeo a que mais se
aproxima na proporo das reas e das formas reais dos continentes.
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Pginas 16-17
1. O Mapa territorial de referncia muito mais prximo (embora possua diferenas)
dos mapas-mndi apresentados at aqui. O mapa Populao absoluta, 2000, por
sua vez, bastante diferente, pois teve suas extenses e formas territoriais
transformadas. A referncia para a construo desse mapa foi o tamanho das
populaes de cada pas. Em relao aos mapas territoriais convencionais, procurou-
se manter o posicionamento e as relaes de vizinhana; no mais, diferente.
2.
a) possvel saber de modo imediato quais so os pases mais populosos, pois eles se
destacam visualmente, j que expressam como medida o tamanho da sua populao.
China, ndia, Japo e o continente europeu (com todos os pases somados) se destacam.
b) Vrios deles, por exemplo, o Japo, de pequena extenso territorial, mas com
muitos habitantes. Ou a Austrlia, que tem uma grande extenso territorial e
populao muito inferior do Japo, e aparece menor nesse mapa. Ou ainda o
Canad, que enorme, mas com pequena populao.
c) A anamorfose a representao cartogrfica que emprega outras medidas para
representar as realidades geogrficas. Em vez de medidas de terreno, essa
representao pode usar volumes populacionais, valores econmicos, volumes de
recursos naturais etc. Com os nmeros escolhidos que sero dimensionados os
objetos representados. Logo, as extenses dos pases num mapa (por exemplo) sero
diferentes, uma vez que as medidas so outras. No entanto, procura-se manter as
relaes de vizinhana. A anamorfose, por tudo isso, pode ser chamada de
transformao cartogrfica.
Pgina 17
1. Os elementos cartogrficos identificados so escala, projees e formas diferentes de
mtricas.
2. Para chegar escala e s projees, so utilizadas as medidas dos terrenos
(distncias, extenso, ngulos, redues proporcionais).
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3. Sim, possvel. No prprio Caderno, h o mapa das grandes aglomeraes do mundo
em 2003, o qual possui uma linguagem com duas variveis visuais: de tamanho
(crculos proporcionais) e de valor (cores ou tonalidades de uma nica cor). Isso faz
com que esse mapa seja, ao mesmo tempo, quantitativo e ordenado.
Pgina 20
Esse tema de confeco de texto uma oportunidade para refletir sobre o papel dos
mapas, das representaes. A ideia que os alunos entendam os mapas no como
verdades absolutas, mas como instrumentos que nos ajudam a refletir sobre as
realidades geogrficas. Vale destacar que os mapas, na condio de espaos
(cartogrficos), podem ser espao de simulao das realidades geogrficas, que tambm
se estruturam e se desenvolvem em espaos (geogrficos). Nessa correspondncia,
encontra-se a fora de um mapa, que deve ser entendido tambm como um espao
cartogrfico que no se presta apenas a localizar o fenmeno, mas serve principalmente
para que se notem as relaes existentes entre os fenmenos e as realidades geogrficas.
Por exemplo, um mapa, como o proposto anteriormente para exercitar a linguagem
cartogrfica (das grandes aglomeraes), permite relacionar aglomeraes e
localizaes litorneas, maiores aglomeraes e desenvolvimento econmico etc.
importante que os alunos sejam estimulados a redigir, a expor o que pensam, claro,
usando o que discutiram e exercitaram anteriormente.
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Pginas 22-24
1. Sim, a imagem de satlite, como a de um mapa, est representando a superfcie da
Terra, que curva, numa folha de papel plana. E, para isso, preciso aplicar-lhe uma
projeo e uma escala de reduo (escala cartogrfica). Em todas essas operaes, as
tcnicas utilizadas so as mesmas que aquelas empregadas na confeco de mapas.
Logo, a imagem de satlite possui as mesmas distores de um mapa e tambm no
cpia fiel da realidade.
2. No possvel ser noite no globo inteiro ao mesmo tempo, pois, enquanto na
extremidade do Hemisfrio Leste dia, na extremidade inversa, do Oeste,
noite. Os alunos podem observar tambm a ausncia de nuvens; impossvel ter uma
imagem do globo sem nenhuma nuvem, principalmente nas regies tropicais midas.
Logo, uma imagem que mostre o mundo inteiro noite e sem nuvens umamontagem, portanto, uma abstrao.
3. O fato de ser uma montagem cria possibilidades de equvocos. Por exemplo:
possvel que se tenha juntado duas imagens dos dois hemisfrios (ocidental e
oriental) de datas bem diferentes. Com isso, criou-se uma imagem em que os pontos
iluminados representariam pocas diferentes e, em uma imagem (ou mapa), espera-
se que as informaes sejam da mesma data. O que garante que a montagem seja da
mesma noite a fonte, quem a fez. No caso dessa montagem, a fonte a Nasa, umaagncia americana de grande credibilidade.
4. A ideia que os alunos percebam que o mapa e a imagem no so expresses exatas
das realidades geogrficas, mas so intencionais. Elas so representaes, formas de
reapresentar as realidades por outros meios. Embora a imagem de satlite seja um
produto de alta tecnologia, ela no deixa de ter a mesma condio de representao
de um mapa. Essas duas formas de representao so igualmente vlidas, cada uma
com suas funes.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 2
O SENSORIAMENTO REMOTO: A DEMOCRATIZAO DASINFORMAES
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H, sim, algumas coincidncias entre as zonas de maior concentrao de iluminao
e as de maiores aglomeraes, isso porque prximo a determinadas aglomeraes as
reas so mais urbanizadas. o que acontece em So Paulo, por exemplo.
Nos Estados Unidos, h uma boa extenso de vrios segmentos mais iluminados e
isso no se repete, de modo algum, na China e na ndia.
As zonas mais iluminadas encontram-se nos EUA e na Europa, reas de grande e
intensa urbanizao, mesmo que elas no sejam as maiores aglomeraes.
Observando as duas representaes, possvel concluir que, apesar de as maiores
aglomeraes encontrarem-se na sia, isso no quer dizer que ali estejam as maiores
zonas iluminadas. A relao entre urbanizao e zonas iluminadas existe, mas a
coincidncia no total, pois zonas mais desenvolvidas so mais eletrificadas. E,
mesmo que a urbanizao nos pases desenvolvidos no tenha o mesmo porte das
aglomeraes asiticas (a exceo aqui Tquio), nela que se notam as zonas mais
iluminadas captadas pela imagem.
Pginas 25-27
1.
Trabalho com dicionrio de entendimento das palavras destacadas e das
desconhecidas. Algumas referncias sobre as palavras destacadas:
Sensor: equipamento que capta a radiao eletromagntica transformando essa
informao em dados digitais.
Radiao eletromagntica: uma forma de propagao de energia que permite a
percepo, pelo sensor do satlite, das feies da superfcie da Terra.
Suborbital: termo utilizado para caracterizar os equipamentos que captam as
informaes da superfcie sem completar a rbita do planeta; as fotografias areas
e as imagens de radar so exemplos de produtos obtidos de sensores suborbitais.
Satlite: o significado de satlite corpo celeste que gravita em torno de
outro; no caso do sensoriamento remoto, o satlite significa um objeto artificial
que gravita ao redor da Terra captando informaes sobre a superfcie.
Leitura e Anlise de Texto e Quadro
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Bacias de drenagem: rea de um sistema de escoamento de guas superficiais,
originadas de nascentes e/ou de chuva, ocupada por um rio e seus afluentes e
limitada por elevaes no terreno que dividem topograficamente essa rea.
Fibra tica: componente da espessura de um fio de cabelo formado por materiais
cristalinos e homogneos, transparentes o bastante para guiar um feixe de luz
(visvel ou infravermelho) atravs de um trajeto qualquer.
Vulnerabilidade ambiental: ndice que mede a fragilidade de determinadas
regies em relao ao humana. Em Geografia, os mapas de vulnerabilidade
ambiental so produzidos a partir da sntese de outros mapas, como declividade,
vegetao original, hidrografia etc., alm de imagens de satlite e fotografias
areas que identificam o uso e a ocupao do solo.
Grifar (e listar) as passagens no compreendidas individualmente, o que,
obviamente, pode variar de aluno para aluno. Algumas passagens destacadas por
alguns alunos devem ser explicadas para todos.
Grifar (e listar) as passagens no compreendidas em algum grupo e tentar, com
apoio coletivo, chegar a um entendimento.
Listar as principais definies, sendo fundamental estar entre elas a de
sensoriamento remoto. Os tipos de sensoriamento tambm no podem deixar de
ser definidos.
a) Para se obter imagens de satlite, preciso, antes, que se lance na rbita terrestre
satlites devidamente programados e equipados com meios para captar as
informaes da superfcie da Terra a distncia, remotamente. Esse meio um sensor
que vai captar radiaes em interao com o meio fsico da superfcie (com todos os
seus componentes).
b) Em termos gerais, eles servem para monitorar a superfcie terrestre sob os mais
diferentes aspectos. Quanto mais a tecnologia se desenvolve, mais elementos podemser monitorados, mais imagens podem ser tiradas variando os ngulos de visada, a
temporalidade das imagens etc. J se podem utilizar imagens de satlite para:
monitorar e fazer previses sobre os fenmenos climticos; monitorar queimadas e
diversos desastres naturais (e provocados pelos seres humanos); analisar e
cartografar a dinmica geogrfica da rea visada; para fazer a guerra e atingir alvos
dos inimigos etc. Para o bem e para o mal, as imagens permitem outro olhar sobre a
superfcie terrestre.
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2.
a) Um sensor remoto o meio de obteno de informao a distncia. Uma cmera
fotogrfica, por exemplo, um sensor remoto. Um satlite que capta as informaes
da Terra tambm um sensor remoto, e aqueles que ficam na rbita da Terra so os
sensores remotos orbitais. Existem ainda sensores remotos que no so orbitais, e
no esto na rbita da Terra, como um avio que faz fotos areas.
b) O satlite geoestacionrio o mais adequado para o acompanhamento em curto
espao de tempo da evoluo dos fenmenos em determinado terreno. Os satlites
que circulam na rbita terrestre do uma volta na Terra e, somente aps essa volta,
tornam a obter imagens dos mesmos pontos. Por isso, seu intervalo de tempo maior
do que o de um satlite geoestacionrio.
c) Os satlites orbitais so os que podem obter imagens mais amplas da Terra, pois
tm vrios ngulos de visagem, com vrias qualidades de imagem, em razo das
diversas posies que eles conseguem assumir. J os geoestacionrios mantm-se,
em geral, em uma rbita equatorial com um ngulo de visada que cobre at certa
latitude e mais restrito em termos de amplitude espacial.
Pginas 27-28
1. A imagem mostra a Amrica do Sul e parte tanto do Oceano Atlntico como do
Oceano Pacfico.
2. Foi registrada a parte visvel dos fenmenos meteorolgicos, ou seja, os sistemas de
nuvens por meio dos quais se interpretam tais fenmenos. O fato de registrar-se
regularmente a evoluo desses fenmenos que permite fazer a previso do tempo.
3. Essa imagem foi captada por um satlite geoestacionrio numa posio orbitalterrestre mais ou menos fixa, com uma velocidade de rbita idntica da Terra, da a
condio de estacionrio. Fica a uma altura superior a 35 km na direo do
Equador. O satlite GOES pertencente aos EUA e fornece imagens ao Brasil.
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1. Atualmente, muitas imagens de satlite so utilizadas pela imprensa, e a ideia que
os alunos coletem uma variedade delas. Em seguida, eles devero classificar as
imagens encontradas, de acordo com os seguintes critrios: tema, extenso coberta,
veculo, data da publicao e da imagem, periodicidade da seo etc. A organizao
de uma lista deve servir para fazer uma leitura qualificada das imagens coletadas e
aumentar a compreenso sobre esse tipo de recurso que capta realidades geogrficas.
2. Espera-se que os alunos, nos relatrios, analisem os resultados e expliquem para o
que servem as imagens. Por exemplo: para fazer previso do tempo; para
acompanhar processos, como desmatamento de florestas; para monitorar incndios e
tornar mais eficiente seu combate; para analisar e acompanhar a produo do espao
geogrfico quanto s edificaes etc. Uma sequncia de imagens sobre uma mesma
localidade pode oferecer uma viso qualitativa da geografia do lugar. s vezes, uma
nica imagem j suficiente para isso, mesmo sem uma ideia de acompanhamento.
Pgina 29
Espera-se que os alunos produzam um texto que contenha informaes sobre os
satlites meteorolgicos e sua importncia na previso do tempo. O conhecimento das
mudanas no tempo atmosfrico auxilia na agricultura, pode evitar acidentes e permite o
monitoramento de reas de risco (enchentes e escorregamentos de terra). Neste caso, os
satlites geoestacionrios so ideais para o monitoramento climtico, pois, por captarem
informaes sempre da mesma rea, possibilitam o estudo das permanncias e
mudanas.
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Para comeo de conversa
Pginas 30-31
1. A palavra geopoltica no representa uma simples fuso dos termos geografia e
poltica. Mais do que isso, ela significa uma poltica entre Estados-nao (pases)
que se utilizam de meios no polticos sempre que necessrio, como as sanes
econmicas e a violncia, a guerra.2. Em 2003, os EUA invadiram o Iraque e derrubaram Saddam Hussein. Os EUA
alegavam que este pas protegia grupos terroristas que os ameaavam e que seu
governo desenvolvia um programa de produo de armas de destruio em massa.
a) A questo da invaso do Iraque foi discutida na ONU, pelos membros
permanentes do Conselho de Segurana, do qual fazem parte os EUA, a Rssia, o
Reino Unido, a Frana e a China.
b) A ONU no aprovou a invaso, pois nem todos os pases que participaram dadeliberao estavam de acordo com as avaliaes e os argumentos dos EUA. Rssia,
China e Frana foram contra a invaso. Os alunos podem ainda citar outros pases
que no so membros permanentes do Conselho e se manifestaram contra, como o
Brasil.
c) O Afeganisto tambm foi invadido pelos EUA em 2002. Esse pas fica na
fronteira do Paquisto e era acusado de ser usado como rea de ao e de proteo de
um grupo terrorista que atacou a cidade de Nova Iorque. Logo, segundo a viso dosgovernantes norte-americanos, um reduto de inimigos. De fato, trata-se de um pas
com uma constituio social precria (etnias e grupos tribais em confronto),
fortemente islamizado a partir de grupos organizados atuantes na vida poltica
(talebans), e que tem sido palco de inmeros conflitos geopolticos recentes.
d) Essas invases tm relao direta com o atentado terrorista em Nova Iorque, em
11 de setembro de 2001, quando dois avies foram levados a colidir contra dois
imensos prdios dessa cidade (World Trade Center), matando milhares de pessoas. O
atentado foi perpetrado por um grupo terrorista do Oriente Mdio, a Al-Qaeda.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 3
GEOPOLTICA: O PAPEL DOS ESTADOS UNIDOS E A NOVADESORDEM MUNDIAL
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O Iraque e o Afeganisto so pases que na poca do ataque tinham governantes que
se mostravam inimigos dos EUA. Mas, ao mesmo tempo, o grupo terrorista de
Osama bin Laden assumiu a autoria do atentado terrorista e, supostamente, teria
ligaes fortes com esses governos, o que s se confirmou no caso dos talebans
afegos. A proposio pede tambm que o estudante acrescente o que ele sabe sobre
essa regio do mundo. Isso livre, embora o professor possa orientar alguma
pesquisa se achar necessrio. Mas o importante, no caso, ele chegar a uma noo
das razes da instabilidade da rea, que implicam as relaes com o Ocidente (o que
inclui as reservas de petrleo do Iraque) etc.
Pginas 31-33
1. O mapa representa algumas situaes de fronteiras fechadas no perodo retratado
(1950-1980). A mais importante das reas onde h esse fechamento encontra-se na
Europa, mais exatamente dividindo a Europa em duas, a do Oeste e a do Leste. Essa
fronteira fechada era chamada de Cortina de Ferro e separava o mundo capitalista do
mundo socialista. Outras fronteiras fechadas ficam na Coreia e em Cuba.
2. Esse fechamento era a expresso do perodo da Guerra Fria, cuja ordem mundial era
influenciada diretamente pelos EUA e pela URSS. Da ser designado como ordem
bipolar.
3. A forma simblica de designar as fronteiras fechadas (Cortina de Ferro) mostra como
o denominado mundo socialista procurava impedir a influncia do lado ocidental
sobre seu destino, pois a capacidade geogrfica de alguns pases de levarem aos
outros os seus interesses e valores muito grande. Vale dizer que, sua maneira, no
mundo ocidental havia tambm quem temesse a influncia do modo de vidasocialista e, de certo modo, censuravam-se informaes sobre essa realidade, criando
tambm uma barreira.
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Pginas 34-35
1.
FFoorraammiilliittaarr
O poderio blico organizado com grandes exrcitos e armamento moderno.
FFoorraaeeccoonnmmiiccaa
O poder no comrcio mundial, na capacidade produtiva de suas empresas etc.
FFoorraaccuullttuurraall
A capacidade de propagao de valores culturais alm da escala nacional,
com a utilizao, para tal, de produtos estticos (cinema, televiso, msica,
literatura etc.).
FFoorraaggeeooggrrffiiccaa
Trata-se da fora espacial, que a capacidade de fazer chegar influncias de
diversos tipos (em especial culturais), mercadorias, exrcitos etc. a reas para
alm do seu territrio.
2. Somente os EUA podem ser designados como superpotncia, e pases como Frana,
Inglaterra, China e Rssia incluem-se entre aqueles chamados de potncias de
capacidades diferentes.
3. O Brasil tem uma baixa fora geogrfica, e seu poder de fazer chegar suas
influncias culturais e econmicas para alm da escala nacional no grande, emcomparao s potncias, embora ele exista em alguma medida.
Desafio!
Pgina 35
1. Alguns exemplos de respostas.
FFoorraammiilliittaarr
FFoorraaeeccoonnmmiiccaa
FFoorraaccuullttuurraall
FFoorraa ggeeooggrrffiiccaa((ffoorraa eessppaacciiaall))
Argentina + _ +
Itlia + ++ ++ +
Portugal + + +
Ir + + _ +
Israel +++ + + +
2. No podem ser chamados de potncia, embora tenham peso significativo em alguns
aspectos da ordem mundial, como o caso de Israel e do Ir. Os alunos podem
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apresentar outros exemplos e, neste caso, importante que voc os auxilie a localizar
sua posio em comparao ao Brasil.
Pginas 36-38
Alguns exemplos de passagens no texto a respeito de:
ampliao do territrio dos EUA: [...] os EUA partiram para a ampliao do seu
prprio territrio, por meio de acordos amigveis e da compra [...].
proteo de seu territrio: A preveno contra as potncias colonizadoras europeias
da poca para a proteo de seu territrio em constituio [...].
aumento da influncia regional: No sculo XX, por exemplo, a Amrica Central foi
alvo de uma formidvel ao geopoltica dos EUA [...].
1.
AAeess ddoo ggoovveerrnnoo aammeerriiccaannoo vvoollttaaddaass ppaarraa oo eexxtteerriioorr ccoomm vviissttaass aa::
aammpplliiaarr sseeuutteerrrriittrriioo
O sculo XIX foi um perodo importante de formao territorial
dos EUA. Nessa poca, o territrio americano cresceu muito. O
presidente James Knox Polk chegou a defender a ideia de que os
EUA estariam abertos a qualquer pas que estivesse disposto a
anexar-se a ele. Isso serviu de pretexto para a anexao de antigas
reas coloniais espanholas: Texas, Novo Mxico, Califrnia,
Colorado, Utah e Arizona, que estavam associadas ao Mxico. Em
meados do sculo XIX, a ampliao do territrio dos EUA
continuava alternando compras, acordos e anexaes.
pprrootteeggeerr sseeuu
tteerrrriittrriioo
Nos Estados Unidos, logo aps sua independncia, houve gestes e
aes para que seu territrio no fosse objeto de colonizao porparte dos europeus. Isso passava pela aliana com os pases
vizinhos das Amricas do Norte, Central e do Sul contra essas
mesmas potncias, como tambm pelo apoio a esses pases. Alis,
Monroe foi o primeiro presidente a reconhecer as colnias
espanholas como independentes, como meio para proteger os EUA.
aauummeennttaarr ssuuaaiinnfflluunncciiaa rreeggiioonnaall
No sculo XIX, j se falava no imperialismo americano. No sculo
XX, por exemplo, a Amrica Central foi alvo de uma grande ao
geopoltica dos EUA, caracterizada pelo expansionismo
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econmico. Os investimentos na rea foram significativos,
passando pela construo de uma infraestrutura de porte: o Canal
do Panam. Na Amrica do Sul, no foi diferente, e a influncia
regional ampliou-se com a expanso das empresas norte-
americanas.
2. Existe uma vaga semelhana no que diz respeito ao do Brasil em relao aos seus
vizinhos. Mas, em geral, numa comparao com a ao dos EUA em relao aos
vizinhos e ao mundo, a ao do Brasil pode ser considerada muito mais frgil e
tmida.
3. Esta uma definio possvel e bem real da geopoltica. E tida como legtima, pois
todos os pases, antes de tudo, tm de defender os seus interesses. Os EUA so umexemplo claro disso em todo seu passado e agora, no presente, quando fica evidente
a resistncia de seus governantes em abandonar as posturas geopolticas.
4. A invaso do Iraque teve uma motivao que em muitos sentidos soou como pretexto
para a defesa de interesses geopolticos mais amplos do que um simples combate a
grupos terroristas. Afinal, no Iraque, h enormes reservas de petrleo, fonte
energtica estratgica para o futuro dos EUA. E, tambm, a instabilidade naquele
pas e a presena de um governo hostil dificultariam as aes geopolticasamericanas na rea. Essa atitude muito semelhante a outras que o texto menciona
sobre essa vocao geopoltica dos EUA, como a disposio de atuar a favor da
independncia das outras Amricas, cujo objetivo real seria a garantia e a expanso
de mercados.
5. Mesmo que a comunidade internacional, de certa forma representada na ONU, tenha
repudiado, em sua maioria, a invaso do Iraque, nos EUA o entendimento foi o de
que o parmetro a ser seguido em questes como essa o construdo internamente no
pas. Isso a geopoltica. No se reconhecem instncias polticas de outros Estados
nacionais, e isso pode ser atribudo sua condio de nica superpotncia, o que lhe
d maior desembarao nas aes geopolticas. A bem da verdade, esse fator
contribui, mas a primeira argumentao a principal.
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Pginas 39-41
Exemplos: Geopoltica poltica de Estado que visa estrategicamente a defesa dos
interesses do pas sem reconhecer a legitimidade de qualquer outra postura; medidas
de exceo posturas transitrias, fora das leis normais, para combater inimigos
diferentes em situaes emergenciais, como a perseguio a terroristas; terrorismo
ao que atinge de surpresa populao civil ou alvos militares e faz uso da violncia,
realizada por grupos clandestinos.
1. A palavra geopoltica incorpora o significado de jogo das relaes estratgicas
internacionais. Tambm associada palavra imperialismo, que quer dizer ao de
conquista, de domnio por parte de um pas sobre outros. Neste caso, a meno
feita aos EUA.
2. Essa dimenso j aparecia nas aes histricas de constituio dos EUA, cuja
vocao geopoltica de influncia sobre os vizinhos e o mundo sempre se fez
presente. Essa dimenso pode ser observada na denominada Doutrina Bush, cujo
objetivo declarado foi o de combater o terrorismo islmico para proteger os EUA.
3. Praticamente nada mudou at agora. Os EUA agem de modo a manter e ampliar sua
influncia no Oriente Mdio, rea de grandes reservas petrolferas, assim como em
outras partes do mundo. Isso apenas atualiza o que os EUA sempre fizeram
historicamente. Os alunos podem argumentar que, com a eleio de Barak Obama
para a presidncia dos EUA, essa situao pode mudar, mas importante discutir que
ainda que a poltica externa americana apresente nuances diferenciadas em cada
governo, ela mantm os mesmos posicionamentos.
4. A denominada Doutrina Bush mantm uma linha de continuidade em relao
Doutrina Truman, pois esta ao objetiva chegar muito alm da escala nacional emesmo da escala regional. Trata-se de uma expresso da fora geogrfica americana
capaz de desalojar os governos do Afeganisto e do Iraque (no continente asitico) e
ainda manter durante anos tropas de ocupao nessas reas.
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Desafio!
Pginas 41-42
Para a produo de um mapa ordenado sobre os diferentes poderios das potncias
mundiais, preciso, nesse caso, rever o que um mapa ordenado, com especial ateno
para o uso da varivel visual valor. Ateno: se os vrios nveis de fora das potncias
forem retratados com cores diferentes, o nosso olho entender que so diversos
fenmenos que esto sendo cartografados, quando na verdade se trata de apenas um
deles. Assim, o uso de diversas cores um erro cartogrfico que impede a visualizao
da geografia do fenmeno, cuja polarizao Norte em relao ao Sul evidente.
Pgina 42
Hiroshima e Nagasaki so cidades japonesas que foram atacadas com bombas
atmicas lanadas pelos EUA durante a II Guerra Mundial.
Atentado de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque, nos EUA: alguns avies civis
foram sequestrados nos EUA e depois direcionados a alvos civis, matando os
passageiros e tambm muitas pessoas nos choques. Dois desses avies foram
arremessados contra as torres gmeas em Nova Iorque. Milhares de pessoas
morreram e os dois prdios desmoronaram.
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Para comeo de conversa
Pgina 43
No possvel afirmar que vivemos em paz, num mundo sem guerras, embora seja
possvel dizer que, de maneira geral, os conflitos internacionais diminuram. Alguns
deles ainda se mantm de forma muito grave e envolvem duas regies, principalmente:
o Oriente Mdio e o continente africano. Os frequentes confrontos do Estado de Israel
com a populao palestina que busca recuperar a soberania sobre suas terras e tambm
ter seu Estado tm uma presena muito forte na mdia internacional e pesa na poltica
mundial. Isto ocorre porque, de certo modo (entre outros motivos), aparece como uma
oposio entre o mundo ocidental e seus valores e outra civilizao (alis, algo bastante
discutvel). Os conflitos tnicos no continente africano mostram a instabilidade daqueles
Estados, e a constncia das guerras civis tornou-se trgica, em razo das suas terrveis
consequncias.
Pginas 43-44
1. Trata-se de um mapa de fluxos (dinmico) e, ao mesmo tempo, quantitativo. So
usadas setas para mostrar que h movimento, e a largura delas indica quantidades de
populaes refugiadas.
2. Como foi dito, a varivel visual de movimento (a seta) est indicando quantidades
proporcionalmente sua espessura varivel, isto , as setas mais largas indicam mais
refugiados que as mais estreitas.
3. Parte dos principais fluxos de refugiados ocorre no continente africano, palco de
vrias guerras civis. A direo dos fluxos mais imediatamente para os vizinhos,
embora alguns se dirijam para a Europa e para os EUA. Tambm na rea da ex-
Iugoslvia h vrios fluxos importantes, assim como no Extremo Oriente.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 4
OS DESERDADOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL: ASPERSPECTIVAS DE ORDEM MUNDIAL SOLIDRIA
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4. Segundo o mapa, a tendncia mais imediata numa guerra civil refugiar-se nos
pases vizinhos, em geral em fugas empreendidas a p por grandes contingentes
populacionais sem recursos para qualquer outra opo.
Pgina 44
Sugesto de conflitos para pesquisar em grupo:
Conflitos no centro da frica: Repblica Democrtica do Congo, Ruanda e Burundi
(parte deles envolve aes de extermnio tnico como o realizado pelos hutus contra
os tutsis); Conflito no Sudo, na regio de Darfur, praticamente esquecido pela mdia, embora
de grandes propores;
Desagregao da ex-Iugoslvia e as aes dos srvios na Bsnia-Herzegovina.
Desafio!
Pgina 45
1. No h o que justifique as crianas-soldado. Essa ocorrncia a expresso da
barbrie. Supe-se que adultos engajados em guerras participem de causas, defendam
algo, pois tm responsabilidades nos acontecimentos (em tese, ao menos). Mas
crianas no. So alheias aos acontecimentos, no tem responsabilidade alguma e sua
participao em guerra algo, obviamente, monstruoso.
2. A proposio aqui que se reflita sobre as eventuais responsabilidades das potncias
nos conflitos africanos. De incio, h responsabilidades, pois boa parte das potncias
atuais colonizou vrias partes da frica, e os pases contemporneos desse continente
resultaram dessa colonizao. Se eles so mal constitudos, atravessados por
conflitos terrveis, por genocdios, por uso de crianas nas guerras etc., certamente a
empresa colonial tem participao nisso. Esse um dado histrico. O modo como
atualmente (ps-colonizao) as potncias conduzem suas polticas internacionais em
relao frica marcado pela negligncia, pela baixa ateno, da a ideia de
deserdados da ordem mundial.
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Pginas 46-47
1. So mapas diferentes, pois este um mapa ordenado, que representa um nico
fenmeno e quer mostrar uma ordem dos pases que so os mais ajudados para os
que so menos ajudados. Enquanto o mapa de refugiados e deslocados um
quantitativo de fluxos.
2. No mapa no h indicao dos que mais ajudam, mas apenas so apresentados os que
ajudam. E entre eles temos a superpotncia e as potncias, embora no
necessariamente a superpotncia ajude mais que as potncias menores. Por exemplo,
o Japo tem mais programas de ajuda (com mais dinheiro) que os EUA.
3. Hoje possvel dizer que est em curso a criao de certa solidariedade autntica no
mundo, embora parte dessa ajuda ainda vise tambm a obteno de vantagens que
resultam dessas boas relaes ou da dependncia dos pases pobres em relao aos
ricos nas trocas comerciais.
4. No necessariamente. O mapa mostra que um pas como o Brasil recebe ajuda
superior do Paraguai, bem mais pobre que ns. O mesmo se d em relao a vrios
pases africanos.
5. Bolvia, Nicargua, El Salvador, Repblica Dominicana, Paraguai. Esses pases no
esto entre os que recebem mais ajuda, mas esto entre os mais pobres.
6. Boa parte dessa ajuda, como j foi dito, indica a construo de nova solidariedade no
mundo, algo que escapa lgica geopoltica de se pensar apenas nos interesses
prprios de cada pas.
7. Sem dvida, por mais que se queira negar, h um enfraquecimento da geopoltica.
Por exemplo, a expectativa do mundo todo que o presidente americano eleito em
2008 (Barack Obama) venha a estabelecer relaes multilaterais (e no apenasunilateral, como a lgica da geopoltica) com os pases do mundo e com outras
instituies, reconhecendo a necessidade de fazer poltica, acordos e considerar o
interesse dos demais. Se isso vai acontecer ou no, ningum sabe, mas que h
presso para isso, sem dvida h.
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8/7/2019 Geografia By:Patrick
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Pgina 48
Discutir a invaso do Afeganisto til para: (1) o aprendizado sobre geopoltica e opapel dos EUA na ordem mundial; (2) o exerccio cartogrfico, pois tal circunstncia
pode ser observada no mapa de refugiados e serve para compar-la com vrias outras
situaes do mundo. Tendo isso em mente, esse trabalho para casa pode ser bem
orientado.
Outros trs exemplos de presena de refugiados sul da China, Europa do Leste (ex-
Iugoslvia), centro da frica (Burundi e Ruanda) , como exerccio de pesquisa em
casa, ser mais bem aproveitado se os alunos forem orientados a observar a lgicageopoltica operando e a reestruturao da ordem mundial, assim como o papel das
potncias.
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