funções do perispírito

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Funções do Perispírito

• Jacob Melo identifica três funções:

1. Função de Contenção– Registro das Formas Espiritual e Carnal

2. Função de Ligação– Na Reencarnação e na Desencarnação

3. Função de Intercâmbio– Órgão sensitivo do espírito– Princípio das comunicações e dos fenômenos

mediúnicos e anímicos

1. Função de Contenção

Organismo que personaliza, individualiza e identifica o

Espírito.

O Espírito, em virtude da sua natureza de princípio inteligente, tende a se expandir, sem que possa ser assimilado como uma realidade material. Cabe, portanto, ao perispírito contê-lo para lhe conferir os contornos e aparências passíveis de percepção.

• Mas o perispírito não delimita tão-somente o Espírito:

• Delimita o processo morfogenético da reencarnação,

“presidindo a elaboração das formas e disposições do corpo que será desenvolvido para albergá-lo”

(Melo, 2004, p. 45).

• O psicossoma “conterá o corpo, definindo-lhe as

estruturas e o funcionamento, conforme estabelecido em

seus limites de contenção para aquele exercício reencarnatório”

• (Jacob Melo, 2004, p. 45).

O Perispírito “não é um reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é

o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo

espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a

formação.” (André Luiz, Evolução em dois

mundos, p. 25e26).

• Joanna de Angelis (2002) informa que o perispírito é constituído por trilhões de

corpos unicelulares rarefeitos, muito sensíveis, que

imprimem nos genes e nos cromossomos do corpo físico as características necessárias das futuras reencarnações.

Ensina que os distúrbios nervosos procedentes dos compromissos negativos das reencarnações passadas e as distonias morais conduzidas de uma vida para outra são transferidas para o corpo biológico e

com isso não só geram os traumas emocionais e as doenças congênitas como

também plasmam nos sentimentos as tendências e as possibilidades de

realização das aspirações atinentes à beleza, à arte, à cultura (2002).

• Cabe destacar que os distúrbios nervosos, as distonias morais e as

tendências – tudo isso fruto de quedas e conquistas - acompanham o Espírito nas suas sucessivas reencarnações porque:

• O perispírito é preexistente e sobrevive ao corpo material. É nele

que se registram e se acumulam todas as suas aquisições intelectuais e

lembranças. (Léon Denis, p. 45).

•Jacob Melo. P. 84:“Por ser o perispírito um corpo fluídico, ao tempo em que é o

mediador entre o Espírito e o corpo, pode sofrer marcas, mutações,

lesões mesmo, que só um trabalho igualmente fluídico pode reparar, seja pela ação fluídico-magnética,

seja pela mentalização equilibrada.

Comprova-o o fato de vermos, ouvirmos e sabermos de tantos Espíritos desencarnados

que trazem profundas marcas , fortes deformações em seus perispíritos, como

decorrência de desvios pretéritos, regeneráveis pela assimilação moral de uma doutrinação cristã, conjugada à terapia do

passe, e todo um processo de arrependimento e reforma íntima que, no

seguimento, se estabiliza via etapas reeencarnatórias corretivas.”

• É pelo fato de ordenar a organização fisiológica do corpo que se confere ao

perispírito a denominação de Modelo Organizador Biológico

ou Campo Bioplasmático (Jacob Melo, 2004)

É o corpo espiritual que “preside no campo físico a todas as atividades nervosas,

resultantes da entrosagem de sinergias funcionais diversas”. Pois, o espírito

administra a formação do perispírito, “apropriando-se às suas novas

necessidades”, entre as quais inserimos: de arquivos das memórias, de modelador da

organização fisiobiológica; de forma reflexa dos arquivos pretéritos; etc.

(André Luis, Evolução em dois mundos)

A Gênese. Item 11: “Para ser mais exato, é preciso dizer que é

o próprio Espírito que modela o seu envoltório e o apropria às suas novas

necessidades; aperfeiçoa-o e lhe desenvolve e completa o organismo, à

medida que experimenta a necessidade de manifestar novas faculdades; numa

palavra, talha-o de acordo com a sua inteligência. Deus lhe fornece os materiais;

cabe-lhe a ele empregá-los.

É assim que as raças adiantadas têm um organismo ou, se quiserem, um

aparelhamento cerebral mais aperfeiçoado do que as raças

primitivas. Desse modo igualmente se explica o cunho especial que o caráter do Espírito imprime aos

traços da fisionomia e às linhas do corpo.”

Caso do livro Mãos de Luz

Cura de Traumas de Vidas Passadas nos

níveis Etérico e Ketérico Padrão da Aura

O CASO DE JOHN

Nos níveis terapêutico e de cura, o trabalho com vidas passadas tem-me parecido

muito eficaz quando levado a cabo de maneira em que se

mantém o processo de transformação como o objetivo

principal.

Não é alguma coisa com que se brinque, nem alguma coisa que se use para levantar o ego. Todos preferimos pensar em nós mesmos como tendo

sido um grande soberano ou um líder de alguma espécie, a pensar que fomos

um camponês, um mendigo, um assassino, etc. Nada disso vem ao caso.

A utilidade de reexperimentar vidas passadas é, evidentemente, libertar a personalidade de problemas que

agora não o nos deixam atingir nossos maiores potenciais e nem

completar o trabalho da nossa vida (ou a tarefa da nossa vida).

Problemas relacionados com experiências de vida passada sempre se relacionam com

aquilo com que a personalidade está lidando na vida presente, quando a lembrança da vida

passada é trazida à luz de modo natural e sem violência.

O momento da descoberta é muito importante. Quando a

informação da vida passada se desvela no momento certo, ajuda a

pessoa a compreender-se e a amar-se melhor. Se isto for feito no momento errado, pode ressaltar a

negatividade da pessoa para consigo mesma ou para com os

outros.

Se a pessoa, por exemplo, fez alguma coisa muito violenta a outra pessoa

numa vida passada, poderá não ser capaz de lidar com o

conhecimento disso nesta existência sem ficar com um grande complexo de culpa.

E se vier a conhecer a vítima nesta existência, a atual situação de vida

poderá agravar-se por causa do complexo de culpa. Ou, se a

situação for invertida e o paciente tiver sido a vítima na existência

passada, poderá ver aumentado e justificado um ressentimento que

talvez já alimente contra a pessoa.

Cura de Traumas de Vidas Passadas nos

níveis Etérico e Ketérico Padrão da Aura

O CASO DE JOHN

0,5 a 1 cm

• “Os problemas estruturais nesse nível da aura, oriundos de existência passadas, resultam em problemas congênitos do corpo físico. (...) Este trabalho conduzirá, pois, à questão espiritual, para cuja solução, em primeiro lugar, a alma encarnou.

(...) O objetivo não é tão-só curar o corpo físico, embora seja essa a

razão que costuma trazer o cliente à presena do curador, senão curar a

alma. No nível temporal, é endiretar o campo áurico e realinhá-lo com o seu fluxo natural – o fluxo universal

de toda a vida.” p. 330.

Antes Depois

A SEDE DA MEMÓRIA E SENSIBILIDADE

1. Sede da Memória Segundo Kardec, o Espírito é quem possui a sede da memória, pois ele é o ser inteligente, pensante e eterno. Sem o Espírito, os corpos espirituais são matéria inerte privada de vida e sensações.

2. Sede da Sensibilidade

É o Espírito quem ama, sofre, pensa, é feliz, triste, ou seja, é nele que residem todas essas sensações ou faculdades.

Os corpos espirituais são matéria, não pensam nem tem memória. Isso são

atributos do Espírito.

Os corpos espirituais somatizam e transmitem todas essas sensações e acumulam as energias oriundas dos pensamentos, sentimentos, emoções, etc. Portanto os corpos espirituais, são instrumento a serviço do Espírito. Ao pensar criamos a energia mental. Os sentimentos e as emoções também criam energias específicas, toda energia é matéria e por serem matéria ficam retidas nos corpos espirituais.

• “O espírito é a idéia diretora. É ele quem armazena, registra, conserva todas as

percepções, todas as vontades e idéias da alma. É, enfim, o guardião fiel, o

acervo imperecível do vosso passado. Em sua substância incorruptível fixaram-

se as leis do nosso desenvolvimento, tornando-o, por excelência, o

conservador de nossa personalidade, por isso que nele é que reside a

memória”. (Kardec)

• “O períspirito provém do fluido cósmico, pelo que é material, por ser

material, não pode produzir pensamento, atributo do espírito.

Pode, todavia, arquivá-lo, assim como a fita magnética grava vozes, sons, imagens, dados, etc. O perispírito é uma espécie de “videogravador” do

espírito.” • (Jacob Melo)

Emmanuel:O Perispírito não retém somente a prerrogativa

de constituir da fonte misteriosa plástica da vida, a qual opera a oxidação orgânica, é também ele a sede das faculdades, dos sentimentos, da inteligência e, sobretudo, da sua identidade, através de todos as mutações e transformações da matéria.

2. FUNÇÃO DE LIGAÇÃO

•O perispírito, através dos campos mental e vital, promove as conexões

responsáveis em “prender” o Espírito ao corpo físico.

• (Jacob Melo,p. 46).

• Na verdade, o perispírito é um “campo fluídico” multifuncional,

formado de elementos de tessitura e sutileza extremamente variáveis,

participando de zonas de altíssimas freqüências (onde vibra o princípio espiritual) e alcançando outras muito baixas (onde vibra o

elemento material).

Nessa constituição – fluídica, bem se percebe – o elemento espiritual encontra campo tanto para nele se manifestar e, por assim dizer, habitar, como para por seu intermédio, atuar plenamente na matéria densa.(2004, p. 43)

Para atuar simultaneamente em zonas de freqüências tão diferentes, e, assim, permitir o intercâmbio entre o Espírito e o corpo:

• Devemos, pois, convir que na estrutura do perispírito encontram-se destacados pelo menos dois grandes campos: um que se ao Espírito, chamado “campo

mental” e um outro que se une ao corpo, chamado “campo vital”.

• Seriam, pois, nesses campos que encontraríamos os elos que “prendem”

o Espírito ao corpo. (2004, p. 46)

Função do Perispírito na Reencarnação:

Allan Kardec: “Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de

formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força

irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o gérmen se

desenvolve, o laço se encurta.

Sob a influência do principio vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior”. (A Gênese, cap. 11, itens 18 a 20)

“O perispírito é zona que sofre modificações intensas nos processos

reencarnatórios, passando por condições de miniaturização e mesmo perda de

algumas energias, pois, ao se acercar do ovo para impulsionar a sua morfogênese, estará elaborando uma nova estruturação que responderá por um novo corpo físico.” ( Jorge Andréa. Reflexões sobre o campo

organizador da forma. P. 33)

LIVRO: IMAGENS DO ALÉM

Heigorina Cunha/Espírito Lucius.

Pavilhão do Restringimento, no Ministério da Regeneração, onde os Espíritos são preparados para a reencarnação , sofrendo o restringimento do corpo espiritual para o tamanho adequado ao processo.

O Pavilhão do Restringimento é inteiramente translúcido, deixando, portanto, passar os raios solares, cuja caloria é armazenada em aparelhagens próprias, visando o aquecimento de gavetas, iguais a berços, onde são depositados, em forma de sêmen espiritual, os Espíritos que passaram pelo processo de restringimento do corpo espiritual, para nova reencarnação. São verdadeiras estufas aperfeiçoadíssimas, resguardando os reencarnantes que retornarão ao corpo físico.

Nessa fase, já estão esquecidos da existência anterior e prontos para nova experiência.Destina-se aos Espíritos que são obrigados a se reencarnarem, por não poderem permanecer por mais longo período na erraticidade, para que possam seguir sua evolução, sob a regência das Leis Divinas. São Espíritos da terceira ordem, e sua reencarnação, por esse processo, é compulsória.

Nos prédios próximos ao Pavilhão - que não são somente os oito que aparecem no desenho -, funcionam serviços auxiliares, verdadeiros hospitais, que preparam o candidato, num estágio condicionador de sua esfera mental, a fim de sofrerem, depois, o restringimento do corpo espiritual, reduzido a um diminuto corpo ovalado onde estão preservados os seus centros de forças, a saber: o coronário, o frontal, o laríngeo, o cardíaco, o esplênico, o gástrico, e o genésico, que se localizam no corpo espiritual, matriz do corpo físico.

Esquema muito simplificado de aparelho eletromagnético de restringimento do corpo espiritual para reencarnações compulsórias e adiadas, e pequeníssimo corpo ovalado em que resulta, contendo todo o substrato do Espírito reencarnante, sendo que os pontos indicados correspondem aos seus centros de força.

Quando apresentamos ao nosso Chico Xavier o desenho do restringimento, ele nos disse:-Heigorina, é isto mesmo o Restringimento. O processo é mais lento, tratando-se de reeencarnação compulsória, nesta categoria de Espírito. Leva mais de ano para completar o restringimento. -Assim que se inicia a fase do sono letárgico, o corpo espiritual vai se despojando de matéria grosseira, ficando o perispírito sutil, sem trazer-lhe prejuízo algum. Por exemplo: “A cobra que deixa a casca.“

-Olhando-nos com uma pausa, acrescentou depois: -- Este despojo grosseiro é enterrado em lugar próprio, num Cemitério. -Apontando depois o desenho, do resultado do restringimento, que tem a forma ovalada lembrando uma pastilha, nos informou: -- Quer seja a Senhora ou a Mãe Solteira, se não tiver no ventre materno o sêmen espiritual, não há fecundação pelo espermatozóide. Há a concepção espiritual e a material.

- Imagens do Além, p. 45.

Chegado o momento da reencarnação, o Anjo Guardião daquele Espírito assume seu controle, conduzindo-o ao processo reencarnatório.

Há duas fecundações, no momento da concepção, sendo uma a que conhecemos, com a penetração do espermatozóide no óvulo, formando a célula-ovo, semente do corpo físico.

A outra fecundação opera-se no plano espiritual, e consiste na integração do Espírito reencarnante com o Espírito da mãe, que pode se operar de modos diversos e que, no caso, consiste na ligação, pelo perispírito da mãe ao sêmen espiritual a que nos referimos.

É esta fecundação, a espiritual, que vai transmitir vida ao óvulo fecundado e modelá-lo segundo os planos da Divina Providência, para que venha à luz um ser, filho de Deus, com determinadas oportunidades de aprendizado e reajustamento, na certeza de que nenhuma ovelha está distante da vista e do amor de seu Pastor.

Assim, quando um Espírito, dessa categoria, é levado ao processo reencarnatório, seu Anjo guardião, que o preside, oferece à mãe a semente espiritual contida no pequeníssimo corpo ovalado, que irá permitir a fecundação no plano físico. Foi-nos permitido trazer o desenho dessa forma de restringimento do corpo espiritual a fim de esclarecer o leitor amigo quanto ao trabalho sublime que se realiza nos dois planos da vida, em nome de Deus, pelos Benfeitores Espirituais, especialmente nosso Anjo Guardião.

Claro que existem outras categorias de Espíritos e, por isso mesmo, outras categorias de processos reencarnatórios. Existem os Espíritos que já guardam o merecimento de decidirem sobre o seu próprio destino, claro, dentro dos limites de sua evolução e de suas necessidades. Ajudam a preparar suas fichas reencarnatórias e participam no estudo da elaboração do seu futuro corpo físico, assim como dos problemas e facilidades que deverão enfrentar, no contexto familiar e social que lhes servirá de ambiente.

André Luiz disserta sobre o assunto no livro Missionários da

Luz, edição FEB, nos capítulos XII a XV, relatando a

reencarnação de Segismundo.

Função do Perispírito na Desencarnação

Allan Kardec: “Por um efeito contrário, a união do perispírito e da matéria carnal, que se efetuara sob a influência do princípio vital do gérmen, cessa, desde que esse princípio deixa de atuar, em conseqüência da desorganização do corpo.

Mantida que era por uma força atuante, tal união se desfaz, logo que essa força deixa de atuar. Então, o perispírito se desprende, molécula a molécula, conforme se unira, e ao Espírito é restituída à liberdade. Assim, não é a partida do Espírito que causa a morte do corpo; esta é que determina a partida do Espírito”. (A Gênese, cap. 11, itens 18 a 20)

2.4.3. Função de intercâmbio• Em seu Ensaio Teórico da Sensação nos

Espíritos, que consta como Questão 257 do Livro dos Espíritos (2005a), Allan Kardec esclarece que o perispírito, para o encarnado, funciona como intermediário entre o Espírito e o corpo, transmitindo as sensações deste para aquele e a vontade daquele sobre este.

Camilo explica que:Pelas condições de imponderabilidade, e por representar um subproduto do fluido universal, tem capacidade de servir como laço de união entre o essencialmente espiritual, o Espírito, e o que se mostra essencialmente material, o corpo físico.Camilo; [psicografado por] José Raul Teixeira. Correnteza de luz. Niterói, RJ: Fráter Livros Espíritas, 1991.

ÓRGÃO SENSITIVO DO ESPÍRITO

• O perispírito é o órgão de transmissão de todas as sensações do Espírito.

• O corpo recebe uma sensação que vem do exterior, o perispírito que está ligado a esse corpo transmite essa sensação e o Espírito, que é o ser sensível e inteligente a recebe.

• E vice-versa: quando o ato é de iniciativa do Espírito, o perispírito transmite e o corpo executa

– INTERCÂMBIO• Em virtude da sua natureza etérea, o Espírito

propriamente dito não pode atuar sobre a matéria grosseira, sem intermediário, isto é, sem o elemento que o ligue à matéria.

• Esse intermediário, o perispírito, nos faculta a chave de todos os fenômenos espíritas de ordem material. Portanto, o perispírito é o órgão de manifestação utilizado pelo Espírito nas comunicações com o plano dos espíritos encarnados.

• Durante a vida, o corpo recebe impressões exteriores e as transmite ao Espírito por intermédio do perispírito, que constitui, provavelmente, o que se chama fluido nervoso. Uma vez morto, o corpo nada mais sente, por já não haver nele Espírito, nem perispírito. Este, desprendido do corpo, experimenta a sensação, porém, como já não lhe chega por um conduto limitado, ela se lhe torna geral.

• Ora, não sendo o perispírito, realmente, mais do que simples agente de transmissão, pois que no Espírito é que está a consciência, lógico será deduzir-se que, se pudesse existir perispírito sem Espírito, aquele nada sentiria, exatamente como um corpo que morreu. Do mesmo modo, se o Espírito não tivesse perispírito, seria inacessível a toda e qualquer sensação dolorosa. É o que se dá com os Espíritos completamente purificados. Sabemos que quanto mais eles se purificam, tanto mais etérea se torna a essência do perispírito, donde se segue que a influência material diminui à medida que o Espírito progride, isto é, à medida que o próprio perispírito se torna menos grosseiro.

• Parte da questão 257 de O Livro dos Espíritos, Ensaio teórico da sensação nos Espíritos

• Ainda na questão 257, Allan Kardec nos explica que, quando encarnados, percebemos o mundo através de nossos sentidos, que estão circunscritos em alguns órgãos: a visão pelos olhos, a audição pelos ouvidos, o tato pela pele e assim por diante.

• Os Espíritos ainda apegados à matéria, ao desencarnarem, continuam percebendo o plano espiritual pelos órgãos do perispírito, não por necessidade, mas por condicionamento.

• À medida em que evoluem, podem perceber tudo ao redor de si por todo o seu perispírito, sem precisarem de um órgão, e pelo mesmo motivo podem ver e ouvir a qualquer distância ou ler os pensamentos, conforme a sua vontade.

O DESCONHECIDO CORPO FLUÍDICOO perispírito também é, com suas moléculas,

condensador de emissões do espírito para o corpo, funcionando como uma esponja e verdadeiro intermediário entre o corpo e o espírito de natureza eletromagnética. Elaborado há milhões de anos nos laboratórios da natureza, o perispírito herdou o automatismo permanente que o mantém atuante, transmitindo ao Espírito as impressões dos sentidos e comunicando ao corpo as vontades deste. Graças a esse automatismo perispiritual, o homem não precisa se programar ou pensar para respirar, dormir, promover os efeitos digestivos, excretar, fazer circular o sangue e os hormônios e um sem número de funções que lhe passam desapercebidas.

O corpo físico obedece ao automatismo perispirítico até mesmo quando o perispírito se afasta. Aquele, formado célula a célula em invasão perispiritual, entranha-se neste, unindo-se molécula a molécula, resultando de tal intimidade um completo intercâmbio, adaptação e aprendizagem perfeita, tal como se o físico recebesse como herança perispirítica os automatismos que lhe são peculiares.

Por isso, nos desdobramentos em que o complexo Espírito-perispírito se afasta do corpo ficando a ele ligado por um laço fluídico, suas funções permanecem, sem prejuízo da economia celular. O mesmo ocorre no coma, quando às vezes, por milhares de dias, Espírito e perispírito podem estar distantes, mas não desligados completamente com o físico animado à espera da volta de ambos.

Afirmamos ainda que nesse corpo se encontra a gênese patológica das mais variadas enfermidades, que são drenadas para o físico graças ao favorecimento de uma sintonia com os microrganismos patogênicos gerada por seu adensamento.

Alimentado pelo fluido vital, o corpo permanece com suas funções celulares, mesmo com a saída do Espírito, qual motor que fica ligado sem o operador estar presente.

Todos os corpos da natureza irradiam de si mesmos uma energia, pois todos são, em essência, energia. Todavia, o ser humano encarnado, por possuir inteligência livre, apresenta uma radiação mais variável possível e com uma complexidade enorme. Semelhante projeção surgeprofundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, ajustando-se às emanações do campo celular, modelam ao redor da personalidade o conhecido corpo vital, ou duplo etérico.

Conforme nos diz Delanne, em A Evolução Anímica, "Nos primórdios da vida, o fluido perispiritual está misturado aos fluidos mais grosseiros do mundo imponderável. Podemos compará-lo a um vapor fuliginoso a empanar as radiações da alma“.

• Funcionando como um decodificador-amplificador, o perispírito “traduz ao Espírito as informações ocorridas “na carne” bem como conduz as respostas do Espírito ao corpo” (Melo, 2004, p.47).

• O perispírito é ainda a chave para a compreensão dos fenômenos mediúnicos, especialmente os chamados de efeitos físicos, como os de materializações (quando o perispírito dos mortos pode tornar-se visível ou tangível), de bicorporeidade (quando um indivíduo encarnado parece estar em dois lugares ao mesmo tempo), de transporte de objetos, de transfiguração (um médium toma a aparência do espírito que se comunica) e de curas.

• Segundo Camilo (1991, p.27):• Por todos os seus atributos, pelas ligações célula a

célula, conduzindo para a carne os impulsos internos da alma e para esta as reações nervosas do corpo físico, o perispírito presta-se como veículo imprescindível para ajudar na exteriorização da mediunidade, nos parâmetros da Terra. É pela intermediação do perispírito, que os mais variados fenômenos da mediunidade se mostram, empolgantes uns, intrigantes outros, importantes todos.

• Atuando de forma direta ou indireta, impressionando ou sendo impressionado, agindo ou reagindo, o perispírito, como ponte, ligação, intermediário, canal emissor/captador, aparelho transmissor/receptor, e tantas coisas mais, transmuta-se no retrato não só da imagem de um corpo físico, mas no do arquivo vivo do Espírito, no exato degrau de evolução em que este estagia, como encarnado ou desencarnado, bruto ou angelizado, inconsciente ou lúcido, aqui ou além.

• Por isso já nos asseverava Léon Denis: “O invólucro fluídico do ser depura-se, ilumina-se ou obscurece-se, segundo a natureza elevada ou grosseira dos pensamentos em si refletidos. Qualquer ato, qualquer pensamento repercute e grava-se no perispírito. Daí as conseqüências inevitáveis para a situação da própria alma, embora esta seja sempre senhora de modificar o seu estado pela ação continua que exerce sobre seu invólucro”204

Partindo dessa premissas, podemos concluir, no que tange à origem e natureza do Perispírito, que:

• O Perispírito sendo matéria é inerte, não pensa. • Que as sensações, as percepções, a inteligência, o pensamento, não são atributos do perispírito, mas sim do Espírito.

• Que a idéia de forma é inseparável da de Espírito. Não há como conceber uma sem a outra. Assim, o perispírito faz parte integrante do Espírito, evidenciando que em qualquer grau de adiantamento em que se encontre o Espírito, sempre estará revestido de um envoltório, ou perispírito.

• Que o perispírito forma o corpo semi-material dos Espíritos, quando no mundo espiritual, e serve de elo, de intermediário, com o corpo físico, quando encarnado.

Conclusão:

Sem a ALMA, princípio inteligente, o perispírito, assim como o corpo material, é uma matéria inerte, privado de vida e de

sensações.(Rev. Esp. Ano IX - março 1866 - vol.3).

Emmanuel:O Perispírito não retém somente a prerrogativa

de constituir da fonte misteriosa plástica da vida, a qual opera a oxidação orgânica, é também ele a sede das faculdades, dos sentimentos, da inteligência e, sobretudo, da sua identidade, através de todos as mutações e transformações da matéria.

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