fruteira e hortaliças
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Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Maranhão – Campus IFMA
CADEIA PRODUTIVA DA HORTIFRUTICULTURA:
PRINCIPAIS FRUTEIRAS E PRINCIPAIS PLANTAS OLERÍCOLAS
COMERCIALIZADAS NO MUNICIPIO DE CAXIAS-MA
Anna Carolina
Diana
Eliane da hora
Elane Ribeiro
Geovana Carvalho
Polielen Lopes
Caxias – MA
16/07/2013
Anna Carolina
Diana
Eliane da hora
Elane Ribeiro
Geovana Carvalho
Polielen Lopes
CADEIA PRODUTIVA DA HORTIFRUTICULTURA:
PRINCIPAIS FRUTEIRAS E PRINCIPAIS PLANTAS OLERÍCOLAS
COMERCIALIZADAS NO MUNICIPIO DE CAXIAS-MA
Trabalho apresentado ao Professor
Marcelo, da Disciplina Cadeia Produtiva
da Hortifruticultura da Turma do 3º
Período, Turno Vespertino do Curso
Técnico em Agronegócio -
Concomitante/Pronatec.
Caxias – MA
16/07/2013
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO
A fruticultura é o ramo da agricultura que trata do cultivo racional de plantas
frutíferas, visando a produção de frutas comestíveis. A importância da fruticultura
está agregada a atividade, economia, social, alimentação, ou seja, a um conjunto
de sistema de produção. A fruticultura é uma atividade de grande importância
social e econômica, pois é onde gera empregos, oportunidade de negócios, ou
seja, novas atividades econômico. Desempenha um papel importantíssimo na
saúde humana como: vitaminas, carboidratos, lipídeos e proteínas.
As oportunidades do setor de Frutas e Hortaliças está associado a
efetivação e surgimento de novos canais de distribuição e de demanda e novas
formas de comercialização forçarão o desenvolvimento de novas organizações,
melhorando o lucro da cadeia; Surgimento de formas para encurtar o caminho até
o consumidor final, reduzindo as intermediações; Possibilidade de agregação de
renda através da melhoria na qualidade, da qualificação pós-colheita e do uso de
embalagens adequadas e padronizadas; Novos nichos de mercado: produtos
orgânicos; produtos hidropônicos; produtos isentos de agrotóxicos e de agentes
biológicos nocivos à saúde humana; produtos desdobrados, diferenciados;
produtos pré ou minimamente processados (lavados, higienizados, cortados,
descascados, picotados, ralados) e produtos agro industrializados.
Dentre as principais fruteiras comercializadas no município de Caxias - Ma,
destacam-se, o Abacaxi e a Melancia e das principais plantas oleícolas estão
presentes a Cebolinha e o Coentro desenvolvida ao longo da pesquisa.
2- DESENVOLVIMENTO
02 (DUAS) DAS PRINCIPAIS FRUTEIRAS E 02 (DUAS) DAS PRINCIPAIS
PLANTAS OLERÍCOLAS (HORTALIÇAS) COMERCIALIZADAS NO
MUNICIPIO DE CAXIAS-MA.
A- NOME VULGAR E NOME CIENTIFICO;
- As 02 Principais Fruteiras:
Nome vulgar: Abacaxi, ananás;
Nome Cientifico: Ananas comosus L. Merril.
Nome vulgar: Melancia,
Nome Cientifico: Citrullus lanatus.
- As 02 Principais Olerícolas:
Nome vulgar: Cebolinha ou Cebolinha Verde;
Nome Cientifico: Allium fistolosum
Nome vulgar: Coentro;
Nome Cientifico: Coriandrum sativum L.
B-CARACTERÍSTICAS DA PLANTA (ASPECTOS BOTÂNICOS,
PROPAGAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS);
- As 02 Principais Fruteiras:
Abacaxi:
Características: Planta herbácea, terrestre, de até 1 metro de altura, com caule
pouco desenvolvido, folhas lineares, alongadas, em forma de calhas e dispostas
em torno de um eixo central. Flores de coloração roxo-purpúrea, reunidas em
inflorescência terminal, de eixo grosso, carnoso e cônico-oval. Abertas as flores,
as pétalas se desprendem e as sépalas, junto com outras partes das flores e da
inflorescência, soldam-se formando o fruto. Trata-se de uma inflorescência
denominada sorose (nome de origem grega, derivado de soros, que significa
agrupamento). Conhecido mundialmente como ananás e no Brasil como abacaxi.
Partes aproveitadas: Toda a fruta
Indicações: Energeticamente é refrescante, de sabor doce e ácido. Acalma,
abaixa a pressão, é diurético e nutritivo, é importante para a formação óssea dos
adolescentes, fluidificante de secreções de vias aéreas, indicado nas bronquites e
gripes.
Utilidades Medicinais:
Anemia: A acidez do abacaxi favorece, na digestão, a absorção de ferro. O
anêmico pode, no intervalo das refeições, usar um pouco de suco de abacaxi
diluído em água e adoçado com melado de cana.
Diurese: O suco de abacaxi é excelente diurético.
Inapetência: O suco de abacaxi, sem açúcar, tomado em pequena quantidade
uma ou duas horas antes da refeição, ajuda a abrir o apetite.
Nefrolitíase: Para auxiliar na eliminação de cálculos, há tratamentos naturais
específicos. O suco de abacaxi pode participar juntamente com outros sucos e
chás. Pode-se passar alguns dias com dieta exclusiva de abacaxi, e tomar chás
como o de quebra-pedra, folha de abacate, cana-do-brejo e cavalinha. Convém,
entretanto, seguir orientação médica para cada caso. É eupéptico, germicida,
oxidante forte, desobstruente do fígado, antiictérico, antiartrítico, antihidrópico,
antidiftérico, bom contra as afecções da garganta e contra a arteriosclerose.
Na culinária: O abacaxi é utilizado na indústria para produzir essências. De sua
poupa são feitos inúmeros pratos saborosos. Seu sumo é empregado em sucos e
doces Sua casca é aproveitada para fazer um delicioso licor.
Melancia:
Características: Planta de caule rasteiro e ramificado. Folhas ovais, divididas em
3 lobos, apresentando estruturas em espiral presas ao caule, denominadas
"gavinhas" Flores pequenas, de coloração amarelo-esverdeada.
Fruto: Arredondado ou alongado, de casca lisa, verde ou rajada por manchas
amareladas. Polpa abundante que varia de cor: branco-rósea, amarelada,
avermelhada ou purpúrea, com as sementes avermelhadas ou pretas.
Cultivo: Por sementes, em agosto nas regiões de inverno rigoroso, c em qualquer
parte do ano nas demais regiões. Prefere solos sílico-argilosos, profundos e ricos
em matéria orgânica. A colheita é feita cerca de 100 dias após plantio.
Uso: A polpa e a casca trituradas, através de cataplasma ou em sucos em
pinceladas, é excelente no tratamento de erisipela. Contra as febres, o suco de
melancia é bastante eficaz, pode-se colocar também pedaços da fruta no
abdômen. As sementes, trituradas, acalmam as dores produzidas por ferimentos,
além de reduzirem a hipertensão arterial (não indicou como usar as sementes).
- As 02 Principais Olerícolas:
Cebolinha ou Cebolinha Verde:
Características: Hortaliça, pertencente à família das cebolas. Não possuem
bulbo, sendo consumidas somente as folhas.
Uso doméstico: A Cebolinha, tanto crua como cozida, é muito usada nas
cozinhas chinesa e ocidental. É indispensável no preparo de saladas, sanduíches,
sopas e omeletes. Dá sabor especial em manteigas, queijos cremosos,
molhos,massas,carnes,peixes e patês. Pode decorar pratos prontos antes de
serem servidos. Possui um sabor mais acentuado que a cebolinha francesa.
Uso medicinal: Contendo ferro e vitaminas diversas, a Cebolinha é estimulante
do apetite, além de auxiliar a digestão. Ajuda no combate à gripe, e nas doenças
das vias respiratórias.
Coentro:
Características: Planta herbácea anual que cresce de 40 a 50cm, de caule
glabro, erguido, pouco ramificado, estriado e cilíndrico. Folhas compostas,
glabras, alternas, pinatisectas, com os segmentos verde-brilhantes, largos,
arredondados ou arredondados-cuneiformes, incisos e denteados. As folhas
inferiores são pinadas e as superiores bipinadas. As folhas que rodeiam as
umbelas são semelhantes às do funcho. As flores são álveas, em umbelas
compostas de 3 a 5 raios, providos de 3 a 8 brácteas filiformes. Os frutos,
diaquênios, são globosos, quase esféricos, coroados pelos dentes do cálice,
medindo 3-4mm de diâmetro. A raiz axial é cônica, perpendicular e fibrosa. Tanto
a planta quanto o fruto exalam um cheiro desagradável, semelhante a percevejo,
que evola progressivamente a medida que o material é seco. O florescimento
espontâneo ocorre a partir de agosto, estendendo-se ao longo do verão.
Uso doméstico:Usado em pratos típicos do Nordeste e industrialmente em
lingüiças, salsichas e batidas em geral. Muito utilizado em carnes para churrasco,
frango, peixe, ensopado, pickles, conservas, peixe frito, escabeche, vinha d'alho e
marinadas. Ele também vai muito bem com hortaliças como o couve, o repolho e
o espinafre.Os frutos são utilizados no preparo de perfumes, licores, gim, pães,
cervejas, achocolatados.É usada na preparação de fármacos visando corrigir o
odor desagradável de certos medicamentos.Com sabor marcante, deve ser usado
em pequenas quantidades, pois os excessos podem causar intoxicação.
Uso medicinal: Os frutos são carminativos, estimulantes, estomáquicos,
antiinflamatórios, desinfetantes intestinais, depurativos, tônicos gastrintestinais,
sudoríferos, febrífugos , anti-histéricos , excitantes, antiespasmódicos, anti-
sépticos, descongestionantes do fígado , vermífugos e antipútridos. A planta é
indicada para o tratamento de afecções gastrintestinais, febre quartã, acidez
estomacal, estômago dilatado, picadas de cobra (pó) e dores histéricas.
C- TRATOS CULTURAIS;
- As 02 Principais Fruteiras:
Abacaxi:
Controle de plantas infestantes - É importante o controle das plantas
infestantes, sobretudo durante os primeiros seis meses após o plantio, período
em que exercem competição mais drástica sobre o abacaxizeiro. O controle do
mato pode ser feito por meio de capinas manuais (enxada), cultivos à tração
animal, uso de cobertura morta e de herbicidas.
Irrigação –Um plantio comercial de abacaxi requer, em geral, quantidade de água
equivalente a uma precipitação mensal de 60 mm a 100 mm. Em áreas com
pluviosidade anual inferior a 500 mm, o abacaxi só deve ser cultivado com
irrigação.
Adubação - Deve ser efetuada sempre de acordo com a análise do solo da área.
Antecipação e uniformização da colheita - As épocas de floração e colheita do
abacaxizeiro podem ser antecipadas com o uso de alguns produtos químicos
aplicados no “olho” (roseta foliar) da planta, como o carbureto de cálcio e o etefon
(i.a. ácido 2-cloroetilfosfônico).
Desbaste de mudas do tipo filhote- O desbaste deve ser realizado mediante
uma leve pressão manual sobre o broto do filhote, entre os 90 e 100 dias após a
indução floral, o que corresponde ao período da semana posterior ao fechamento
das últimas flores.
Melancia:
Na ausência de chuvas, a irrigação deve ser feita a cada três dias, até a
frutificação, seguindo-se daí uma vez por semana até a colheita. Cuidado com as
capinas, pois é comum atingir a planta e suas raízes superficiais. Quando os
frutos atingirem 10cm de diâmetro, descarte frutos defeituosos, chochos,
mantendo apenas dois ou três por planta. É bom colocar capim ou palha de arroz
embaixo do fruto, evitando umidade. Virar o fruto é bom para a qualidade do fruto.
Rotação: Nem sempre é possível a plantação em terras novas, pois é sempre
recomendável a escolha de um lote que não tenha sido utilizado para esta cultura
nos anos anteriores, pois, do contrário, é de esperar ataque de pragas e
moléstias. Também não plante antes ou depois de hortaliças de mesma família. O
milho é um excelente companheiro para a melancia. A rotação cai bem,
dependendo da época, com couves, feijões, quiabo e milho doce. Deve-se ter
como regra, não cultivar melancia num mesmo terreno, senão depois de
decorridos, pelo menos, quatro anos.
Adubação: Em solos de mediana fertilidade recomenda-se a seguinte adubação:
1/2 lata de 20L de esterco de curral - 200 gramas dc adubo químico 10-10-
10 em cada cova.
Se o terreno apresentar deficiência de matéria orgânica, deve-se fazer com
antecedência, uma plantação de “mucuna preta”, enterrando-a logo que
aparecerem as primeiras vagens, ou, então, aplicar por cova, uma pá de estêrco
de curral bem curtido, o que corresponde a 4 ou 5 kg., ou 400 gramas de torta de
mamona. A torta de mamona será aplicada no sulco, porém, com um mês de
antecedência da semeação, ou então a 15 ou 20 cm., afastada do ponto onde vão
ser colocadas as sementes, a fim de ter tempo de se decompor antes de ser
atingida pelas raízes da planta.
Os adubos, tanto minerais ou orgânicos, geralmente, são espalhados pelos
sulcos que cortam as águas, e enterrados por dois tombos de arado, formando
leiras. O natural contudo, seria a aplicação dos adubos em três vezes: metade no
sulco em nível e metade nos dois sulcos laterais formados com as passagens do
arado, ao serem enterrados os adubos espalhados no sulco em nível. Dessa
forma, o aproveitamento dos adubos pela planta seria mais perfeito.
Replanta: Ao mesmo tempo em que se praticam os desbastes, faz-se
replanta das falhas.
As covas feitas a enxada, devem ser abertas ao lado e não em cima da
antiga, para não inutilizar sementes boas que, por qualquer circunstância, não
tenham ainda germinado.
Convém reunir todos os frutos desbastados/descartados em uma cesta e
enterrá-los nos carreadores, evitando que apodreçam entre as ramas, atraindo
insetos e aumentando o perigo de invasão de moléstias.
- As 02 Principais Olerícolas:
Cebolinha ou Cebolinha Verde:
- Adubação orgânica aplicar, pelo menos 30 dias antes do transplante definitivo,
40 a 60 t/ha de esterco de curral bem curtido ou podem ser substituídos por 10 a
15 t/ha de esterco de galinha ou 3 a 4,5t/ha de torta de mamona fermentada,
sendo a dose maior para solos arenosos.
- Após cada corte fazer adubação de esterco líquido em cobertura.
- Fazer irrigação periódica, observando o ciclo de chuvas, mantenha a cultura livre
de plantas daninhas pois, além da concorrência, a cebolinha perde valor
comercial quando cortada juntamente com mato. Fazer escarificações sempre
que houver formação de crosta na superfície do canteiro. Retire as folhas secas.
Coentro:
- O coentro é uma planta que tolera bem tanto o frio como o calor, assim como
curtos períodos de seca. A propagação pode ser através de seus frutos ou
sementes, mas quanto aos solo esta planta opta por solos férteis, profundos, bem
drenados e com boa exposição à radiação solar. Devem ser evitados solos ácidos
e os que retêm muita umidade. Para o plantio podem ser usadas de 15 a 25 kg de
sementes por hectare, fazendo semeadura direta. Em cada região há uma época
mais adequada, mas recomenda-se que seja feita no início da primavera.
- A semeadura deve ser programada de forma que a colheita não coincida com
épocas de chuvas intensas, o que prejudica a colheita. Deve-se evitar a
semeadura no período de inverno, devido principalmente ao risco de ocorrência
de geadas.
- As sementes devem ser semeadas nos sulcos das linhas a uma profundidade de
2 a 2,5 cm, e cobertas com 1 a 2 cm de terra. Utilizar espaçamento de 2 a 5 cm,
entre as sementes na linha.
- A germinação ocorre no período de 7 a 14 dias. Deve-se então realizar o
desbaste, eliminando as plantas fracas e determinando-se o espaçamento final
entre uma planta e outra na linha, de 15 a 25 cm.
- O coentro é pouco exigente em tratos culturais, mas costuma-se fazer o controle
e combate de ervas daninhas. Irrigar ou drenar o solo, e adubar, sempre que
necessário.
- A colheita das folhas é feita a partir do momento em que a planta possui folhas
suficientes que possam ser colhidas, sem prejudicar o seu desenvolvimento,
encerrando a colheita quando surgirem os primeiros órgãos que originarão as
flores.
D- PRINCIPAIS PROBLEMAS COM PRAGAS E DOENÇAS;
- As 02 Principais Fruteiras:
Abacaxi:
- As pragas mais comuns são a broca do fruto (Thecla basalides) e a cochonilha
(Dysmicoccus brevipes), esta última causadora da "murcha do abacaxi".
- A broca do fruto é a larva de uma pequena borboleta que ataca a inflorescência,
cavando galerias e provocando o aparecimento de uma substância com aspecto
de goma. O tratamento pode ser feito com carbaril; paration metílico, diazinon,
triclorfon ou fenitrotion. A aplicação de inseticidas deve ser realizadas em 4 vezes,
em intervalos regulares, sendo a primeira aplicação após a emergência da
inflorescência. Não esquecer de observar o período de carência do produto.
- A cochonilha é um inseto pequeno, sem asas, que se apresenta coberto por
uma espécie de farinha branca. Este inseto além de debilitar a planta pela sua
ação sugadora transmite o agente causal da doença murcha do abacaxi. O
controle é feito eliminado-se os restos culturais da safra anterior, com o uso de
mudas de boa qualidade e se necessário, tratando-se as mudas com inseticida. O
controle químico nas plantas pode ser feito utilizando-se os inseticidas paration
metílico, diazinon ou vamidotion, de forma preventiva aos 60, 150 e 240 dias após
o plantio. - Recomenda-se também realizar o controle das formigas doceiras que
ajudam na disseminação da cochonilha, realizando um bom preparo do solo e
usando o inseticida paration metílico.
Controle de Doenças
- A fusariose do abacaxizeiro (Fusarium subglutinans) é a doença que mais causa
danos à cultura. O principal sintoma é a exsudação de goma a partir da região
afetada. Para o seu controle deve-se eliminar os restos culturais da safra anterior
(incorporação no solo ou queima); utilizar mudas sadias; durante o cultivo,
identificar plantas doentes e eliminá-las; pulverizar as inflorescências desde o seu
aparecimento no olho da planta até o fechamento das últimas flores com o
fungicida Benlate 500 (30g/20l de água) a intervalos de sete a 10 dias.
- A podridão negra (Chalara paradoxa (De Seynes) Von Hohnel) é uma doença de
pós-colheita. O sintoma característico é o apodrecimento da polpa. Para o seu
controle deve-se colher os frutos com uma parte do pedúnculo (aproximadamente
2 cm); evitar ferimentos na superfície dos frutos; e se houver, proteger o ferimento
resultante do corte na colheita com fungicidas (Triadimefon, Benomyl ou Captan),
pincelando o pedúnculo do furto com o produto, não esquecer de verificar o
período de carência; e eliminar restos culturais nas proximidades das áreas onde
os frutos são processados.
Controle de Plantas Daninhas
- As plantas daninhas devem ser controladas com capinas manuais (enxada),
roçadeiras manuais, cultivos à tração animal, uso de cobertura morta e herbicidas
recomendados para a cultura, à base de diuron, bromacil, simazina ou ametrina,
aplicados, de preferência, em pré-emergência das plantas daninhas. O uso de
herbicidas reduz a mão-de-obra e é o método mais eficiente. Em áreas infestadas
por plantas daninhas de difícil controle (tiririca, capim sapé, grama-seda etc)
recomenda-se a aplicação de herbicidas à base de glifosate. A cultura deve ser
mantida livre de plantas daninhas pelo menos até a indução floral.
Melancia:
- A antracnose, por exemplo, é causada pelo fungo Colletotrichum orbiculare
(=Sin. C. lagenarium). Aparece inicialmente nas folhas, onde provoca manchas
amarelas transparentes, que depois escurecem. Quando o ataque é severo, as
folham ficam com o aspecto de queimadas. Nos frutos, as lesões são pequenas
(até 1 cm de diâmetro) e deprimidas, normalmente cobertas por uma camada de
esporos de coloração rosada. A doença é favorecida por temperatura e umidade
altas.
- Já a mancha-bacteriana é uma doença causada pela bactéria Acidovorax
avenae subsp. citrulli, transmitida pela semente, que pode causar grandes perdas
sob clima quente e úmido. Embora possa atacar as folhas, os sintomas mais
característicos ocorrem nos frutos, onde provoca mancha encharcada na casca,
que evolui para o interior do fruto, apodrecendo-o. A casca acima do tecido
infectado fica ressecada e rendilhada.
- Saindo das doenças fúngicas e bacterianas, os nematóides do gênero
Meloidogyne são os mais destrutivos para a melancia. O ataque, por exemplo, da
doença das galhas em raízes apresenta sintomas de diminuição no crescimento,
deficiência de nutrientes, clorose nas folhas, murcha nas horas mais quentes do
dia e produção de poucos frutos ou de frutos de pequeno tamanho. O sintoma
característico do ataque por estes nematóides são percebidos nas raízes, as
quais apresentam engrossamento irregular e galhas. Esta doença é favorecida
por temperaturas altas e solos arenosos, com boa drenagem.
- Quanto às viroses, existem pelo menos seis delas já relatadas infectando
naturalmente plantios de melancia no país. A mancha anelar do mamoeiro, estirpe
melancia, é uma delas. A doença é causada pelo Papaya ringspot virus – type
watermelon – PRSV-w. Este vírus pode ser limitante à produção de melancia,
principalmente, quando a infecção das plantas ocorre nos estádios iniciais de
desenvolvimento. Plantas infectadas com PRSV-w exibem uma diversidade de
sintomas como mosaico e malformação de folhas, além de ‘embolhamento’ e
estreitamento da lâmina foliar, que fica reduzida às nervuras principais. Plantas
afetadas pela doença apresentam também severo enfezamento. A doença é
transmitida por afídeos, de maneira não persistente. O PRSV-w pertence à família
Potyviridae, gênero Potyvirus. O vírus não é transmitido por sementes.
- As 02 Principais Olerícolas:
Cebolinha ou Cebolinha Verde:
- Nas culturas que compõem o cheiro-verde, a cebolinha é a mais afetada por
pragas e doenças. Por outro lado, o coentro e a salsa, embora menos afetados,
necessitam também de controle fitossanitário para garantir as suas produções.
- Várias são as medidas utilizadas para o manejo integrado de pragas e doenças,
tais como cultivares resistentes, manejo cultural, químico e outros. Assim, haverá
menor uso de agrotóxicos, evitando-se o seu uso indiscriminado.
- Míldio – fungo: Perenospora destructor (Berk.), Queima das Pontas – fungo:
Botrytis spp., Raiz Rosada – fungo: Pyrenocheta terrestris (Hansen), Ferrugem –
fungo: Puccinia allii (D.C.) Rud., Tombamento – fungo: Rhizoctonia solani e por
outros fungos e outras doenças, Mancha púrpura – fungo: Alternaria porri e
outras doenças.
Cebolinha ou Cebolinha Verde:
- Nas culturas que compõem o cheiro-verde, a cebolinha é a mais afetada por
pragas e doenças. Por outro lado, o coentro e a salsa, embora menos afetados,
necessitam também de controle fitossanitário para garantir as suas produções.
- Várias são as medidas utilizadas para o manejo integrado de pragas e doenças,
tais como cultivares resistentes, manejo cultural, químico e outros. Assim, haverá
menor uso de agrotóxicos, evitando-se o seu uso indiscriminado.
- Míldio – fungo: Perenospora destructor (Berk.), Cercosporiose – fungo:
Cercospora sp , Antracnose – fungo: Colletotrichum gloeosporioides, Mancha da
Alternária – fungo: Alternaria sp., Nematóides-das-galhas (Meloidogyne
javanica, M. incognita e outros) e outras doenças.
E- COLHEITA E PÓS-COLHEITA:
- As 02 Principais Fruteiras:
Abacaxi:
- As atividades de colheita compreendem os cuidados na fase imediatamente
anterior a colheita (pré colheita), determinação do ponto de colheita, decisão de
colheita e transporte do campo até o galpão pós-colheita (local destinado à
seleção, tratamento e acondicionamento para encaminhar para a
comercialização).
Determinação do ponto de colheita
- O abacaxi não amadurece após a colheita, sendo portando necessário sua
colheita após seu completo desenvolvimento fisiológico. A concentração de
açúcares deve ser medida com um refratômetro e deve ser maior que 19° Brix no
verão e 14,5° Brix no inverno. Os frutos devem ser colhidos em estádios de
maturação diferentes, de acordo com o seu destino e a distância do mercado
consumidor.
Indústria – Deve ser colhido maduro (casca mais amarela que verde);
Mercado "in natura" e mercados distantes – Devem ser colhidos "de vez",
quando surgem os primeiros sinais de amarelecimento da casca;
Mercado "in natura" e mercados locais – Frutos com até a metade da casca
amarela.
- Entretanto, alguns fatores também devem ser levados em consideração, para se
definir o ponto de colheita com base na coloração da casca do fruto:
Quanto maior o fruto menos a casca se descolore, ou seja frutos grandes
com coloração amarela apenas na base pode estar mais maduro do que
um fruto pequeno com toda a casca amarela;
Em períodos frios e secos os frutos se colorem mais do que naqueles
quentes e úmidos. Ou seja frutos colhidos no inverno devem ser colhidos
com a coloração da casca mais amarela do que os frutos colhidos no
verão;
Adubações ricas em potássio e pobres em nitrogênio favorecem a
coloração da casca e com adubações pobres em potássio e ricas em
nitrogênio ocorre o contrário;
Variedades, frutos da variedade Smooth Cayenne colorem-se menos do
que os da variedade Pérola;
Para uniformizar a coloração da casca , usar em frutos maduros com casca
apresentando início de amarelecimento produtos à base de etefon. Para
isso, utiliza-se de 1ml a 2 ml do produto comercial (24% de etefon) por litro
de água. Na cultivar Smooth Cayenne, este tratamento pode ser realizado
através de pulverização, 4 a 7 dias antes da colheita. Na cultivar Pérola, o
mais indicado é a utilização da imersão, sem atingir a coroa.
Colheita
- A colheita pode ser feita com o auxílio de um facão, com o colhedor utilizando
luva grossa para proteger as mãos. Não colher frutos verdes, pois, eles não
amadurecem após colhidos. O operário segura o fruto pela coroa e corta o
pedúnculo 3 a 5 centímetros abaixo da base do fruto. Os frutos colhidos são
entregues a outros operários que os transportam em cestos, balaios, caixas ou
carrinhos de mão, até o caminhão ou carreta. Os frutos devem ser colhidos e
transportados com o máximo cuidado possível para evitar danos mecânicos e
redução na qualidade do produto. A grande maioria dos frutos é utilizada para o
consumo "in natura", entretanto, existe uma agroindústria em Pimenta Bueno-RO,
que vem comprando frutos dos produtores para industrialização dos frutos.
Classificação dos frutos
- Em geral, os frutos colhidos são acondicionados, no campo, em caminhões e
transportados diretamente para a comercialização.
Entretanto, as exigências por qualidade têm crescido muito, neste sentido deve-se
seguir as seguintes recomendações:
Após a colheita dos frutos, estes devem ser levados para um barracão,
chegando lá, as frutas devem sofrer um acabamento para que sua
aparência seja melhorada e para que o ataque por patógenos seja
diminuído. Por isso, os abacaxis têm o tamanho do seu pedúnculo reduzido
de 5-6cm para 2-3cm e a superfície do corte tratada com desinfetante para
prevenir contra o ataque de fungos e bolores com uma solução de benomyl
a 4.000 ppm, para evitar a podridão negra.
A coroa pode ou não ser retirada, mas se a preferência for por eliminá-la,
também deve ser realizado um tratamento desinfetante na inserção. Os
frutos deverão ser submetidos a uma seleção, eliminado-se aqueles com
defeitos. Aqueles que não apresentarem defeitos devem ser classificados
por tamanho e se possível por maturação.
Na separação por tamanho pode se dividir os frutos em pequenos, médios
e grandes. Quanto à maturação, os frutos podem ser divididos em 1/3
maduros, ½ maduros e totalmente maduros. Após isto os frutos estão
prontos para serem embalados e transportados para os locais de
distribuição. Em Rondônia os frutos são classificados em Primeira (peso
superior a 1,5 kg) e Segunda (peso inferior a 1,5 kg).
Embalagem
- As embalagens quando apropriadas, ajudam a manter a qualidade dos frutos
durante o transporte e a comercialização, além de melhorar a apresentação do
produto. Assim, depois de corretamente selecionadas, as frutas passam para a
etapa de embalagem, que pode ser feita em caixas de madeira (só aceitas no
mercado nacional) e caixas de papelão. No Brasil ainda é comumente utilizado o
transporte a granel, isto é, sem qualquer tipo de embalagem, fato esse que não é
recomendado devido às grandes perdas que acontecem.
- As frutas, a serem embaladas, são dispostas verticalmente nas caixas de
papelão e separadas umas das outras por folhas também de papelão para evitar
o atrito entre as mesmas. O fundo dessas caixas são forrados com mais uma
camada de papelão e suas laterais possuem orifícios por onde ocorre a entrada e
saída de ar necessários para manter a fruta em boas condições. A capacidade
das caixas varia de acordo com o tamanho das frutas e comporta em média 6, 12
ou 20 delas, dependendo do tamanho da caixa.
Rotulagem
- A rotulagem da embalagem é importante, pois ajuda a identificar o produto,
facilitando o manuseio pelos recebedores.
Armazenamento
- As caixas com as frutas devem ser armazenadas a uma temperatura constante,
que não pode ser menor que 7°C, pois podem ocorrer injúrias na casca das frutas
causadas pelo frio excessivo (chilling), nem superior a 10°C, já que acima desta
temperatura a susceptibilidade ao ataque de fungos é aumentada.
- A umidade relativa do ar deve estar em torno de 90%. Sob estas condições é
possível conservar as frutas por até quatro semanas.
Transporte
- O transporte do abacaxi, geralmente, é feito em caminhões não refrigerados, a
granel. Para não causar injúrias aos frutos, estes devem ser acolchoados. Se o
destino das frutas for um local distante do local de produção, o transporte deve
ser feito em caminhões refrigerados. Porém, se não for possível transportar a
carga a longas distâncias neste tipo de caminhão, pode-se realizar o transporte à
temperatura ambiente, porém à noite, sempre cobrindo a carga com uma lona.
Melancia:
Colheita
- A melancia atinge o ponto de colheita entre 28 a 45 dias após a fecundação das
flores femininas ou hermafroditas, dependendo da cultivar e das condições
climáticas. No Nordeste brasileiro, esse período corresponde a 65-75 dias após o
plantio. Porém, reconhecendo-se a influência de diversos fatores sobre o ciclo da
cultura, recomenda-se a adoção de outros indicadores de ponto de colheita. Os
mais utilizados são:
Secamento da gavinha localizada no mesmo nó do fruto ou do pedúnculo
do próprio fruto.
Mudança da cor da casca do fruto na região que se mantém em contato
com o solo, que passa de branca para amarela com o amadurecimento.
A ressonância do fruto ao impacto deve ser grave e oca: som agudo e
metálico indica que o fruto está imaturo.
Teor de sólidos solúveis mínimo de 9 ºBrix, conforme recomendação da
União Europeia, devendo-se, entretanto, preferir valores a partir de 10
ºBrix, que são mais bem aceitos pelo mercado interno.
- Os sólidos solúveis constituem importante critério para avaliação da qualidade
dos frutos. Representa uma medida da concentração de açúcares e outros sólidos
diluídos na polpa ou suco do fruto. Os açúcares correspondem à maioria dos
sólidos solúveis existentes na polpa. Em melancia, o seu conteúdo varia de
acordo com as regiões internas do fruto, ou seja, normalmente a polpa é mais
doce no centro que na região próxima ao mesocarpo.
- Outros indicadores importantes são: firmeza da polpa, acidez titulável e
aparência externa e interna. Porém, os dois primeiros requerem instrumentos
específicos, além de procedimentos que não são tão facilmente adotados pela
maioria dos produtores. No que se refere à aparência dos frutos, a União
Europeia definiu que as melancias devem apresentar as seguintes características
mínimas de qualidade:
Inteiras.
Sãs, ou seja, isentas de podridões ou alterações que as tornem impróprias
para consumo.
Limpas, praticamente isentas de matérias estranhas visíveis.
Praticamente isentas de parasitas.
Praticamente isentas de ataques de parasitas.
Firmes e suficientemente maduras, de forma que a cor e o sabor da polpa
devem corresponder a um estado de maturação suficiente.
Não rachadas.
Isentas de umidade externa anormal.
Isentas de odores e/ou sabores estranhos.
- Para uma boa determinação da data de colheita da melancia, deve-se efetuar
uma amostragem de frutos. Nesta amostragem, deve-se cortá-los e examinar a
cor da polpa e o teor de sólidos solúveis.
- A colheita é manual e deve ser realizada nas primeiras horas do dia. O
pedúnculo deve ser cortado com auxílio de uma lâmina afiada — faca ou canivete
— cerca de 5 cm do fruto. Durante a colheita, devem ser tomados cuidados para
que os frutos não sofram pancadas, pois isso facilita a entrada de micro-
organismos, comprometendo a conservação pós-colheita.
- Durante a colheita e o transporte, os frutos devem ser manuseados com cuidado
a fim de evitar qualquer tipo de ferimento, que pode comprometer a aparência, a
firmeza, o sabor e a vida útil da melancia. Os danos físicos depreciam
severamente a qualidade dos frutos causando podridões.
- O risco de perdas pós-colheita é alto e estas podem ser provocadas por danos
físicos, utilização de embalagem inadequada, transporte e comercialização a
granel (Figura 3), as más condições das estradas, a não utilização da
refrigeração, toque excessivo por partes dos consumidores e exposição
inadequada do produto.
Pós-Colheita
- O uso de tecnologias adequadas na pós-colheita durante o manuseio,
processamento, armazenamento e transporte é tão fundamental quanto o manejo
cultural. O incremento da vida útil deve ser necessariamente, acompanhado de
redução nas perdas e da preservação da qualidade inicial do produto. Os
cuidados na pós-colheita devem ser tais que permitam preservar a qualidade dos
frutos por maior tempo.
- Sabendo-se que a qualidade do fruto pode ser influenciada por fatores
genéticos, fatores climáticos, concentração de nutrientes no solo, adubação,
ataque de pragas e doenças, população de plantas daninhas, quantidade de
frutos por planta e posição do fruto na planta, deve-se atentar para oferecer as
condições que permitam a colheita de frutos de boa qualidade e o
acondicionamento adequado que permita preservar essa qualidade pelo maior
tempo possível. Com esta finalidade, as diferentes operações pós-colheita, como
seleção dos frutos, classificação e armazenamento, devem seguir as
recomendações específicas para a melancia.
- Na seleção dos frutos deve ser considerado formato típico da cultivar,
uniformidade de coloração da casca, tamanho e ocorrência de defeitos —
cicatrizes, contusões, ranhuras, entre outros —, que não comprometam a
aparência dos frutos.
- Há uma grande variação de tamanho e formatos de frutos e não existe uma
classificação oficial que atenda às diferentes cultivares e mercados.
Normalmente, os frutos são classificados, com base na sua massa média em
grandes (maior que 9 kg) , médios (de 6 kg a 9 kg) e pequenos (abaixo de 6 kg).
No mercado brasileiro, observa-se uma valorização de frutos com massa acima
de 6 kg. Frutos do padrão da cv. Crimson Sweet com massa inferior são
comercializados por centenas, a preço inferior. No entanto, por causa da redução
do tamanho das famílias, há uma demanda por frutos menores. E contribui,
também, com uma expressiva comercialização de frutos grandes fatiados nos
supermercados.
- As melancias devem ser acondicionadas de modo a ficarem convenientemente
protegidas. Em geral, podem ser apresentadas em embalagens, incluindo as
caixas com capacidade de suportar o peso dos frutos, no entanto normalmente, é
feito a granel — empilhamento dos frutos na carroceria do transporte.
- Os materiais utilizados no interior das embalagens devem ser novos e estar
limpos e não devem provocar quaisquer alterações internas ou externas no
produto. É autorizada a utilização de materiais que contenham indicações
comerciais, desde que a impressão ou rotulagem seja feita com tintas ou colas
não tóxicas. Os rótulos colocados individualmente nos produtos não devem,
quando retirados, deixar marcas visíveis de cola, nem defeitos na casca. As
embalagens ou lotes, no caso da comercialização a granel, devem estar isentas
de corpos estranhos. As melancias expedidas a granel devem ser isoladas do
piso e das paredes dos dispositivos de transporte através de um meio de proteção
adequado, novo e limpo e que não transmita gosto ou cheiro anormal ao fruto.
- Em local à sombra, seco e ventilado, os frutos podem ser armazenados por um
período de 2 a 3 semanas, dependendo do ponto de maturação, dos cuidados
tomados na colheita, da temperatura e da umidade. As melancias são muito
sensíveis a danos pelo frio, que se manifestam como manchas castanhas na
casca, pitting, odor desagradável, perda de cor vermelha da polpa e incidência de
doenças. A temperatura mínima de segurança é de cerca de 5 ºC, mas durante
curtos períodos de tempo. Para o armazenamento prolongado, a melancia deve
ser armazenada à temperatura mínima de 10 ºC. A umidade relativa
recomendada é de 90%.
- Mesmo sob condições ótimas de armazenamento, a melancia apresenta vida útil
pós-colheita relativamente curta. Deve ser consumida 2 a 3 semanas após a
colheita. O fruto possui uma reduzida taxa de produção de etileno, regulador de
crescimento que estimula o amadurecimento dos frutos. Porém, a melancia tem
alta sensibilidade ao etileno. Por isso, não pode ser armazenada em conjunto com
outros frutos que produzam níveis moderados ou altos de etileno, o que lhe
causaria desintegração da polpa, como consequência da aceleração da
senescência ou envelhecimento.
- Durante o armazenamento, as principais mudanças que levam à redução da
vida útil da melancia são a perda de massa fresca, o decréscimo do teor de
sólidos solúveis e da acidez titulável dos frutos, além de alterações na textura da
polpa. Estas mudanças ocorrem rapidamente de forma que, em algumas
cultivares de melancia, como ‘BRS Opara’, ‘Crimson Sweet’, ‘Pérola’ e ‘TopGun’,
armazenadas a temperatura ambiente — aproximadamente 27 ºC e 55% UR —, a
vida útil pós-colheita se limita a 16 dias.
- As 02 Principais Olerícolas:
Cebolinha ou Cebolinha Verde:
- A colheita da cebolinha inicia-se a partir de 80 a 100 dias após a semeadura,
podendo variar de acordo com a cultivar, a época e o sistema de plantio. As
plantas são colhidas quando as folhas mais velhas ainda estão verdes,
arrancando-se a planta ou cortando-se as folhas.
- Optando-se pelo corte, é possível fazer novas colheitas a cada 50 dias. O corte
é feito entre 10 a 15 cm do solo (acima da gema apical). Depois disso, os
produtos são transportados, do campo ao galpão de pós-colheita, em carrinhos de
mão higienizados.
- Para manter a qualidade do produto após a colheita, por mais tempo, deve-se
fazer uma irrigação antes disso.
Coentro:
- A colheita do coentro inicia-se a partir de 50 a 70 dias após a semeadura,
variando de acordo com a cultivar, a época e o sistema de plantio. A colheita das
folhas é feita a partir do momento em que a planta possui folhas sufi cientes que
possam ser colhidas. Após a colheita, transportar os produtos, do campo ao
galpão de pós-colheita, em carrinhos de mão higienizados.
- Para manter a qualidade do produto após a colheita por mais tempo, deve-se
fazer uma irrigação antes da colheita.
F- CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO EM CAXIAS-MA; PREÇOS
PRATICADOS; RENTABILIDADE;
G- QUALIDADE DA PRODUÇÃO E ASPECTOS APONTADOS PELOS
PRODUTORES E/OU COMERCIANTES PARA A MELHORIA DESTA;
H- DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A CADEIA PRODUTIVA DA
HORTIFRUTICULTURA A NIVÉL REGIOANAL.
PONTO DE COLHEITADefine o estádio de maturação no qual o produto deve ser colhido, levando-se em consideração o seu destino e o seu potencial de armazenamento.Cada espécie de fruta e hortaliça tem o seu ponto ideal de colheita.O ponto ideal de colheita é aquele que influencia diretamente as características de boa qualidade da espécie e/ou cultivar de frutas e hortaliças, e depende de fatores como: local ao qual se destinam, meio de transporte, intervalo entre a colheita e o consumo e características internas do produto. O ponto ideal de colheita depende da finalidade, da distância até o mercado, da necessidade de armazenamento e da característica de cada espécie. Existe um grupo de espécies de frutas e hortaliças que só amadurecem na planta (frutas e oleícolas não climatéricas), como o figo, e um grupo de espécies que podem completar a maturação mesmo depois de colhidas (frutas e olerícolas climatéricas), como é o caso do tomate e frutas de caroço.
8.2 FORMAS E HORÁRIOS DE COLHEITA DE FRUTAS EHORTALIÇAS E CUIDADOS DURANTE A OPERAÇÃODefinido o ponto de colheita ou de maturação adequado inicia-se o processo de colheita.As formas de colheita podem ser: manual e mecânica.8.2.1 Forma manual de colheita
É o procedimento mais utilizado no Brasil e mesmo nos países desenvolvidos como os Estados Unidos, por causa das seguintes vantagens:- Permite seleção acurada da maturidade;- Provoca mínimos danos ao produto;- Não requer grande investimento de capital.Os instrumentos e procedimentos utilizados na colheita manual de frutas e hortaliças, sempre com o objetivo de protegê-las são: baldes, cestos, sacolas e caixas de colheita, para facilitar a colheita de uma só vez em algumas plantas/árvores (tomate, frutas em geral). No caso de baldes, para frutas mais sensíveis, é importante forrá-los com pano ou espuma. No caso de sacola, é interessante que seja de fundo falso para permitir “descarga” pelo fundo, sem danificar o produto;Facas e tesouras: muitas frutas e hortaliças tipo fruto podem ser destacadas da planta com uma leve torção sobre o pedúnculo (pêssego, nectarina, maçã, pêra etc), mas alguns necessitam ser colhidos cortando-se o pedúnculo ou a raiz com a faca (abacaxi, banana, repolho, alface etc) ou destacando-se os frutos, cortando-se o pedúnculo com tesouras especiais (uva, abobrinha, tomate, vagem, pepino, berinjela, pimentão, melancia, melão, maracujá etc). As facas e tesouras têm a desvantagem de poder transmitir doenças de uma planta para a outra. Para evitar isso, é importante a desinfecção frequente desses instrumentos.8.2.2 Forma mecânica de colheitaGeralmente é utilizada para produtos menos sensíveis às injúrias mecânicas (nozes, cítricos industriais, tomates industriais, cenouras encanteiradas, cebolas, alhos e batatas plantadas sobre camalhões, uvas para vinho etc). Tem as seguintes vantagens: rapidez e maior rendimento na colheita, melhores condições de trabalho para os colhedores e redução de mão de obra, mas também apresentam desvantagens: necessidade de uniformidade na lavoura, maior dano ao produto colhido (batidas, ferimentos) e necessidade de maior investimento.8.3 HORÁRIO DE COLHEITA- O horário ideal de colheita de frutas e hortaliças é ao final da tarde, classificando-as e embalando-as ao anoitecer e transportando-as à noite e/ou pela madrugada, ofertando produtos frescos antes do raiar do sol. Evitar as manhãs orvalhadas e dias chuvosos.8.4 CUIDADOS ESPECIAIS NA COLHEITA- Não provocar qualquer tipo de dano mecânico ao produto;- Não colher frutas e hortaliças muito antes ou muito depois do ponto ideal de colheita, não danificar as que permanecem na lavoura ou na árvore e evitar quebra de galhos e danificações nos ramos ou plantas;- Plantas muito altas, utilizar escadas, evitando-se derrubar os frutos;- Produto colhido deve ser colocado imediatamente à sombra ou ser transportado ao “packing house” ou galpão de preparo;- Na colheita, utilizar baldes, cestos protegidos ou sacolas (com fundo falso);- Utilizar caixas de colheita para o transporte do produto até o “packinghouse”;- Desinfetar sempre os materiais utilizados na colheita utilizando-se de uma solução de hipoclorito de sódio (água sanitária) na concentração de 4 ml (para materiais plásticos) a 8 ml do produto para 10 litros de água (para materiais de madeira);- Antes do início da colheita realizar trabalhos de manutenção das estradas internas da lavoura e da propriedade.
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