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FISIOTERAPIA de
GRUPO na
SAÚDE do IDOSO
Fisioterapeuta Priscylla Knopp
Mestre em Psicologia/ Processos Psicossocias em
Saúde
Ext.Trabalho com Grupos (SOBRAP)
30|Out 2013
E. ZAMPIGHI 1855-1944 Google Images
Proposta | FISIOTERAPIA DE
GRUPO NA SAÚDE DO IDOSO
Objetivo
Elaborar e executar intervenções
fisioterapêuticas de grupo, com enfoque na
Saúde do Idoso.
1
Programa | FISIOTERAPIA DE GRUPO
NA SAÚDE DO IDOSO
1) Eixo teórico:
1.1)Panorama do envelhecimento brasileiro
1.2) Características específicas do trabalho com
grupos
1.3)Intervenção do Fisioterapeuta
2) Eixo prático: Demonstração de possibilidades
técnicas fisioterapêuticas, de educação em saúde e
psicossociais em um Grupo de Idosos
2
Eixo teórico| SOBRE A PRÁTICA GRUPAL COM ÊNFASE NA SAÚDE DO IDOSO
ENVELHECIMENTO
“Multidimensional que, embora geralmente identificado com a questão cronológica, envolve
aspectos biológicos, psicológicos e sociológicos. Além disso, as
características do envelhecimento variam de indivíduo para indivíduo
(dentro de determinado grupo social), mesmo que expostos às mesmas variáveis ambientais”
Sant'anna, Câmara & Braga, 2003, p.4.
E. ZAMPIGHI 1855-1944 Google Images
4
Eixo teórico| 1.1 PANORAMA DO ENVELHECIMENTO BRASILEIRO
a) Características gerais:
• IBGE: A população idosa no Brasil cresce
vertiginosamente alcançando a parcela de
10% (MS, 2010 – Censo|2000)
• A população acima de 80 anos denominada
de “mais idosos, muito idosos ou idosos em
velhice avançada”, apresentou a maior taxa
de crescimento em relação a outros
segmentos dessa faixa etária (Costa & Ciosak, 2010; Fonseca et al.,
2010; Ministério da Saúde, 2010; Portaria nº 2.528, 2006)
5
• No censo 2010: aceleração do processo de envelhecimento populacional, a redução na taxa de fecundidade e a reestruturação da pirâmide etária (IBGE, 2012- Censo|2010)
• Superioridade da mortalidade masculina em relação à feminina (IBGE, 2012- Censo|2010)
• A predominância do sexo feminino é mais expressiva quanto mais longevo for o segmento – Feminização do Envelhecimento (Costa & Ciosak, 2010; Fonseca
et al, 2010; MS, 2010)
Eixo teórico| 1.1 PANORAMA DO ENVELHECIMENTO BRASILEIRO
6
• Relações intergeracionais: destaque o posicionamento do
idoso como mantenedor/auxiliador nas despesas do lar
através da aposentadoria, e/ou ainda assumindo o papel de
cuidador de outros membros do núcleo familiar,
notoriamente crianças (Camacho & Coelho, 2010; Horta et al, 2010; Costa & Ciosak, 2009 e Melo
et al, 2009)
• Relações sociais: tendência deste idoso em inserir-se em
atividades de grupo. Guerra & Caldas (2010) e Baptista,
Neves & Baptista (2008) apontam que os grupos de terceira
idade, ou outras associações comunitárias são recursos
interessantes para se trabalhar com a saúde do idoso.
Eixo teórico| 1.1 PANORAMA DO ENVELHECIMENTO BRASILEIRO
7
b) Perfil de saúde|doença
• Entre os idosos, aproximadamente 68%
declararam possuir alguma deficiências mental,
motora, visual e/ou auditiva (MS, 2012- Censo|2010)
• Prevalência de doenças crônicas tais como,
hipertensão, diabetes e outras doenças não
transmissíveis (DNT), exemplo, o acidente
vascular encefálico (AVE) (MS, 2010).
Eixo teórico| 1.1 PANORAMA DO ENVELHECIMENTO BRASILEIRO
8
Alterações que, embora não causem morte ou internamento, geram:
• Impacto sobre a família: demências
• Risco elevado: quedas
“deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais comprometendo a estabilidade.” (AMB/CFM,2008)
• Incapacidades: osteoartrose
• Comprometido psíquico: depressão
• Queda da qualidade de vida: Incontinência urinária
• Estágios assintomáticos como a osteoporose: risco de fratura.
Chaimowicz, 2013.
Eixo teórico| 1.1 PANORAMA DO ENVELHECIMENTO BRASILEIRO
11
Fisioterapia| OBJETIVOS
c) Objetivos fisioterapêuticos na saúde do idoso:
• Independência funcional
• Retardar (monitorar) alterações fisiológicas
relacionadas ao envelhecimento
• Prevenir alterações patológicas comuns a
população idosa
• Realizar educação em saúde
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Envelhecimento Ativo
• Política da OMS em relação ao envelhecimento.
• “Processo de otimização de oportunidades em saúde, participação e segurança que incrementem a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem.” (W.H.O, 2007 - WHO global report on falls prevention in older age.)
13
Fisioterapia| OBJETIVOS
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
a) Conceitos
Determinado número de sujeitos, reunidos em torno de um
objetivo comum, formando algo novo, um todo que adquire
identidade e vida própria. Compartilham determinadas
normas e regras, aceitas e acordadas por todos, cujos
“papeis sociais” se encontrem estreitamente interligados (Zimerman, 2000).
Durante a execução desses grupos ocorre o
desenvolvimento de códigos, de referências e de tradições
que estabelece para seus integrantes um sentido de
totalidade ou unidade que os diferencia de outros grupos (Ávila,
1999).
19
• Diferença:
- Agrupamento:
compartilhamento de espaço e
valência de inter-relacionamento
com potencial para constituição
de um grupo (Zimerman, 1997)
- Grupo: Não é um somatório e
sim um nova entidade, embora
preserve as identidades
específicas de cada componente (Zimerman, 1997)
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
20
Referências importantes:
• Pratt (1905): Tisiologista americano que aplicou em uma enfermaria de
pessoas com tuberculose a técnica de “classes coletivas”. Aula sobre
higiene e os problemas da tuberculose pergunta dos pacientes
livre discussão com o médico [Reflexão sobre estrutura e empirismo]
• Pichon Rivière: Psicanalista Argentino, enfoque em Grupos não
Psicoterapêuticos Grupos Operativos
• A modalidade grupal Michael Balint (médico e psicanalista): criada para
atender a demanda específica dos médicos generalistas e/ou médicos
de família, nos anos 1950 (Brandt, 2009).
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
21
• Terapia Comunitária: diferentes atores sociais como
lideranças, agentes comunitários de saúde e diferentes
profissionais da ESF. (dab.saude.gov.br/terapia_comunitaria.php)
• Construir redes sociais. Fomentadora da cidadania,
restauração da auto-estima e da identidade cultural.
Favorece a promoção e prevenção da saúde e a reinserção
social.
• Desenvolvida pela UFCE com coordenação de Adalberto
Barreto doutor em psiquiatria e em antropologia e ainda
licenciado em filosofia e teologia. ABRATECOM – Associação
Brasileira de Terapia Comunitária
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
22
b) COFFITO e intervenção em grupo:
• RESOLUÇÃO n°. 387/2011 (Estabelece os Parâmetros
Assistenciais Fisioterapêuticos nas diversas
modalidades prestadas)
• Consta em: Anexo II Cenário Ambulatorial
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
Cliente/ paciente de cuidado mínimo Cliente/paciente estável sob ponto de vista clínico e fisioterapêutico, auto-suficiente nas necessidades humanas básicas.
Consulta por hora (quantitativo) 1ª Consulta e Consultas posteriores (anamnese, exame físico e exames complementares)
1
Atendimento por turno de 6 horas (quantitativo) Assistência prestada pelo Fisioterapeuta ao cliente/paciente em grupo
Grupo de 6 clientes/pacientes por hora
23
Notas explicativas:
a – Para efeito desta Resolução os clientes/pacientes aptos ao
atendimento em grupo são aqueles com quadros crônicos, estabilizados,
em condições físicas satisfatórias e que concordem em participar desta
modalidade de atendimento.
b – Os clientes/pacientes que estão em condição de manutenção do
quadro e/ou de prevenção e recondicionamento funcional também estão
aptos ao atendimento em grupo desde que concordem.
c – Os grupos de clientes/pacientes deverão ser organizados pelo
fisioterapeuta de modo que haja um equilíbrio entre os diversos tipos de
perfil de clientes/pacientes e estados de saúde.
QUAL CENÁRIO DE ATUAÇÃO IDEAL PARA A EXECUÇÃO DE UM
GRUPO NA SAÚDE PÚBLICA? E NO CONTEXTO PRIVADO?
24
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
Grupo e Idoso|VANTAGEM
• Enfrentar a questão do
isolamento e depressão
• Construir referenciais e
sentidos para
comportamentos em
saúde
• Minimizar os efeitos das
imagens e vivências
negativas do
envelhecimento
• Criar redes de apoio/
vínculos
Grupo e Idoso|LIMITAÇÕES
• Está condicionada à
percepção subjetiva e
objetiva de saúde.
• Resistência individual do
idoso
• Formação do profissional.
Especifica e interdisciplinar
• Cultura da formação.
Historicidade da profissão.
• Justificativa mercadológica
(Perigo!!!!!)
25
c) Fatores terapêuticos nos grupos de idosos: • Apoio mútuo (esperança, aceitação, universalidade, altruísmo)
• Auto-exposição (emoção e integração)
• Aprendizagem com o outro (“aconselhamento”, educação) (Fleury, 2008).
d) Ganhos na saúde pela intervenção fisioterapêutica
em grupo:
• Independência e autonomia do idoso.
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
26
e) Fundamentos técnicos
• Classificação do grupo:
1- Pelo grupo: O grupo funciona em torno do líder.
2-Em grupo Trata-se de um tratamento individual reunido em
grupos
3- Do grupo: o enfoque é dirigido ao grupo como uma
totalidade, como uma nova individualidade.
4-De grupo: tanto privilegia as individualidades e, a partir
dessa, abrange a generalidade.
5-Com grupo: Os pacientes do grupo devem interagir
ativamente entre eles e com o (fisio)terapeuta
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
27
• Quanto à metodologia:
1-Operativos: Tarefa especifica, objetivo claro. Ensino-
aprendizagem, institucionais, comunitários, de auto-ajuda,
na área médica em geral (diabéticos, reumáticos, idosos,
etc.), na área psiquiátrica.
2- (Psico) Terapêuticos
• Quanto à duração:
1- Grupos Abertos - Há possibilidade de entrada de novos
membros.
2- Grupos Fechados- Não há possibilidade de entrada de
novos membros.
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
28
• Quanto aos participantes:
1- Homogêneos- há características comuns a
todos os participantes, que definem os objetivos
do trabalho em grupo.
• Sintoma “Dor nas perna” (SIC) “Meio esquecido” (SIC)
Sinal/sintoma
• Etapas da vida
• Resolução de problemas (Fleury, 2008).
2- Grupos Heterogêneos - não há características
que definem os participantes do grupo.
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
29
• Planejamento:
- Delimitar um público-
alvo
- Objetivos
- Estrutura/Organização
das atividades
- Conjunto de
equipamentos e
conhecimentos
- Técnicas
(Procedimentos)
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
31
Atividades Objetivos Participantes Estratégias
Sala de
Espera
Informar aos usuários sobre
temas em saúde ou outros
tipos de informes gerais.
Orientar os usuários sobre
temas em saúde e outras
dentro das possibilidades.
Quem estiver
presente
Estratégias que estimulem o
diálogo/ participação/discussão.
Montagem de materiais que
facilitem o processo de educação em
saúde.
Dramatização
Idosos Manter a funcionalidade
Prevenir quedas
Ganho de força, ADM,
equilíbrio, coordenação.
Estimular as interações sociais
Melhorar a capacidade cognitiva
Favorecer o envelhecimento
ativo
Informar sobre o processo de
envelhecimento
Prevenir/reduzir acometimentos
respiratórios
Favorecer o condicionamento
físico
Favorecer integração sensorial
Acima dos 60 anos
Ambos os sexos
Que esteja em
condições de saúde
estáveis. Consiga
realizar as atividades
propostas mesmo
que com auxílio.
Não participar de
outro grupo de
saúde.
Analisar os casos
especiais que
estejam fora destes
critérios
Alongamento
Fortalecimento
Coordenação
Equilíbrio
Treino de marcha
Exercícios respiratórios
Exercícios de Cognição
Exercícios sensoriais
Educação em saúde
Atividades que estimulem as
relações sociais
Visita
Domiciliar
Identificar fatores de risco (e
proteção) socioeconômico
cultural, psicológico ,
geográfico e biológico.
Orientar sobre saúde e outras
questões
Encaminhar a serviços
específicos.
Demanda pelos
Agentes
Comunitários/equipe
ESF, espontânea,
busca ativa feita pela
equipe de
Fisioterapia.
Estratégias que estimulem o
diálogo/ participação/discussão.
Montagem de materiais que
facilitem o processo de educação em
saúde.
Orientações/encaminhamentos
diversos
32
• Enquadre: Soma dos procedimentos que
organizam e possibilitam o grupo. • Local
• Horários e peridiocidade
• Plano de férias
• Valor|Forma de pagamento (se for o caso)
• Número de participantes: O tamanho de um grupo não pode
exceder o limite que ponha em risco a indispensável
preservação da comunicação visual, auditiva e do contato com
o (fisio)terapeuta. (Zimerman & Osorio, 1997).
• Seleção: Considerar os critérios de inclusão e
exclusão da fisioterapia de grupo.
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
33
Inclusão
• Demarcador
cronológico (extratos
etários)
• Gênero
• Presença e status de
patologia de base
• Nível de independência
e autonomia
Exclusão
• Presença de
patologia grave
• Alterações motoras e
cognitivas graves
• Intolerância social
• Excesso no número
de participantes
Eixo teórico|1.3 INTERVENÇÃO DO FISIOTERAPEUTA
34
• Comunicação: verbal e não-verbal
• Atividade interpretativa: uso de perguntas que instiguem
reflexões, clareamentos, assinalar paradoxos e contradições e a
abertura de novos vértices de percepção de uma experiência.
• Funções do ego: como os sujeitos usam a capacidade de
percepção, juízo crítico, comunicação. Aprender a escutar, ver o
outro e pensar sobre isso.
• Papéis desempenhados no grupo
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
35
• Coordenador/supervisor: responsável pelo grupo/tarefas do
grupo
• Porta-voz: é aquele que expressa as necessidades do grupo
• Bode expiatório: depositário de todas as dificuldades do grupo e
culpado de cada um de seus fracassos;
• Líder: A estrutura e função do grupo se configuram de acordo com os
tipos de liderança assumidos pelo coordenador, apesar de a concepção
de líder ser muito singular e flutuante.
• Sabotador: é aquele que conspira contra a evolução e conclusão da
tarefa podendo levar a segregação do grupo
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
36
• Sintetizador: é aquele participante que consegue ouvir,
perceber e captar o que se passa no grupo, expressando a síntese da
discussão, integrando o que foi apresentado, mesmo que tenham
surgido ideias opostas, o que quase sempre acontece.
• Radar: capta, antes dos demais, os primeiros sinais de angústias e
ansiedades do grupo. (ZIMERMAN, 2000).
• Instigador: costuma fazer intrigas e que acaba perturbando o
campo grupal.
• Apaziguador: desempenhado por pessoas que apresentam
dificuldades de lidar com situações tensas, ou de agressividade.
37
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
f) Características do coordenador de grupo
• Comunicação (adequação da linguagem): “a linguagem do
educador determina o sentido e as significações das
palavras e gera as estruturas da mente” (Zimermam & Osorio, 1997)
• Continente: acolher e conter as necessidades e ao mesmo
tempo desintoxicando-as, emprestando um sentido e um
significado no ritmo adequado.
• Capacidade negativa: Conter suas próprias angústias
• Função de ego auxiliar: Ajudar a perceber. Pensar e etc...
• Discriminação: diferenciar o desejável do possível, real da
fantasia.
• Síntese e integração: extrair um denominador comum
38
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
• Competência teórica e
prática
• Coerência e Empatia
• Gostar e acreditar no que
faz
• Respeito e Ética –
respeitar o espaço do
outro
• Paciência
• Traços caracterológicos:
obsessivo/narcisista
39
Eixo teórico|1.2 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TRABALHO COM GRUPOS
a) Objetivos fisioterapêuticos:
• Ganhar/manter a independência funcional
• Ganhar/manter a força e alongamento
musculares, assim como a mobilidade articular
• Melhorar o ortostatismo e a marcha
• Melhorar coordenação motora
• Melhorar o equilíbrio
• Melhorar a propriocepção
Eixo teórico|1.3 INTERVENÇÃO DO FISIOTERAPEUTA
40
• Melhorar as funções cognitivas
• Melhorar a função respiratória e
cardiovascular.
• Melhorar a qualidade de vida
• Promover a interação social, aprendizado
e troca de experiências
• Favorecer a construção de redes de apoio
41
Eixo teórico|1.3 INTERVENÇÃO DO FISIOTERAPEUTA
b) Avaliação fisioterapêutica para inserção e
acompanhamento:
• Anamnese: Diagnóstico clínico, QP, HDA HPP, HF (patológica e
social), Medicação, Dieta, Rotina/hábitos, História de quedas e
exames complementares.
• Exame físico: Sinais vitais, Inspeção, Palpação (Trofismo),
ADM, Força Muscular, Postura, Marcha, Transferências, Mudanças
de Decúbito, Equilíbrio (Berg), sistemas musculoesquelético,
neurológico (sensibilidade, coordenação, mov. Involuntária)
cardiorespiratório (Teste de Cam 6 minutos), Genito-urinário
(Incontinência), Funcionalidade (ABVD, AIVD, AAVD - Lawton e
Índice de Barthel ), estado mental (Mini-mental).
• Para acompanhamento em cada sessão: Relatório:
PA(I e F), AP, FC, FR, condutas e intercorrências .
42
Eixo teórico|1.3 INTERVENÇÃO DO FISIOTERAPEUTA
Prática: Esquema básico de trabalho em Fisioterapia de
Grupo.
-Recepção: Recepção dos idosos e aferição de dados da planilha de
controle.
-Aquecimento: Preparação do grupo – Iniciadores físicos, mentais ou
sociais.
- Desenvolvimento: Execução de atividades/técnicas que atendem aos
objetivos delineados para o grupo, tais como fortalecimento, treino de
marcha, de equilíbrio, treino cognitivo, entre outros. Estabelecer um
crescente e decrescente em intensidade e complexidade das atividades,
além de um momento de educação em saúde.
- Compartilhar: Momento onde os participantes compartilham suas
ideias e impressões a respeito do trabalho desenvolvido no dia
(sugestões).
Eixo Prático|FISIOTERAPIA DE GRUPO PARA IDOSOS
43
• Em relação a Educação em Saúde:
- Aquecedor mental (intelectivo)
- Finalizador do desenvolvimento
• Caso faça parte do trabalho de grupo (ideal):
processamento antes do compartilhar.
- Revisão dos principais pontos vistos,
discutidos e conclusões.
44
Eixo Prático|FISIOTERAPIA DE GRUPO PARA IDOSOS
Recepção • Contato direto com o idoso.
• Estímulo a conversa entre eles
• Coleta de dados principais: PA, AP, FC, FR, avisos de falta e observações.
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Data Nome PA FC FR AP Justificativa Observação
30/10 Ariclenes 142/90 90 15 ARA.MV -
30/10 Josephina 122/78 70 18 - -
30/10 Herbaldo 178/98 100 15 - -
Relatou ter esquecido de tomar a medicação para HAS
30/10 Goretti 150/80 100 15 - -
Aquecimento e Desenvolvimento
• Aquecimento: Iniciadores físicos, mentais
ou sociais.
• Desenvolvimento: fortalecimento, treino de
marcha, de equilíbrio, treino cognitivo,
entre outros.
• Estabelecer um crescente e decrescente
em intensidade e complexidade das
atividades, além de um momento de
educação em saúde.
48
"E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado
certos de nossas certezas.“ Paulo Freire
OBRIGADA
Contatos:
Redes Sociais – Priscylla Knopp
priscyllaknopp@gmail.com
Blog: umolharaesquerda.wordpress.com
Referências
• Brandt JA. Grupos Balint: suas especificidades e seus potenciais para uma clínica das relações
do trabalho. Revista da SPAGESP - Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de
São Paulo. Jan.-Jun. 2009, Vol. 10, No. 1, pp. 48-55.
• IBGE (2012). Censo Demográfico 2010. Disponível em http://www.censo2010.ibge.gov.br/resultados.
• MINISTÉRIO DA SAÚDE (2010). Atenção à Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento. Brasília,DF: Ministério da Saúde.
• OPAS (2005). Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasilia, DF: World Health Organization.
• PORTARIA Nº 2.528, de 19 de outubro de 2006 (2006). Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Diário Oficial da União. Brasília, DF: Ministério da Saúde.
• FREITAS, PY, CANÇADO, DOLL, GORZONI (2011). Tratado de Geriatria e Gerontologia. Guanabara Koogan. 3 Edição
• ZIMERMAN D. E. (1997). Fundamentos teóricos. Em: Como trabalhamos com grupos. Artes Médicas. Porto Alegre.
• ZIMERMAN D. E (1997). Fundamentos técnicos. Em: Como trabalhamos com grupos. Artes Médicas. Porto Alegre.
• ZIMERMAN D. E. (1997). Atributos desejáveis para um coordenador de grupo. Em: Como trabalhamos com grupos. Artes Médicas. Porto Alegre.
50
Referências
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• ÁVILA L. A. (1999). O Grupo como Método.
• CAMACHO, A. C., & COELHO, M. (2010). Políticas públicas para a saúde do idoso: revisão sistemática. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(2); 279-284.
• COSTA, M. F., & CIOSAK, S. I. (2009). Atenção integral na saúde do idoso no Programa de Saúde da Família: visão dos profissionais de saúde. Revista da Escola de Enfermagem USP, 44(2); 437-444.
• SANT’ANNA R. M.; CÂMARA P. & BRAGA M G. de C. (2003). Mobilidade na Terceira Idade: como planejar o futuro? Textos Envelhecimento.6 (2).
• IBGE (2012). Censo Demográfico 2010. Disponível em http://www.censo2010.ibge.gov.br/resultados, acesso junho de 2012.
• FONSECA M G. U. P.; FIRMO J. O. A.; FILHO A. I. L. & UCHÔA E. (2010). Papel da autonomia na auto-avaliação da saúde do idoso. Rev Saúde Pública ,44 (1),159-65.
• HORTA, A. L., FERREIRA, D. d., & ZHAO, L. M. (2010). Envelhecimento, estratégias de enfrentamento do idoso e repercussões na família. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(4); 523-528.
• Chaimowics, F. (2013). Saúde do Idoso. Belo Horizonte. NESCON:UFMG
• O Projeto de terapia comunitária na Atençã Básica. Disponível em http://dab.saude.gov.br/terapia_comunitaria.php
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