Ética ambiental. forma de agir do ser humano natureza também torna-se objeto da responsabilidade...
Post on 17-Apr-2015
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ÉTICA AMBIENTAL
Forma de agir do ser humano
Natureza também torna-se objeto da responsabilidade
humana.
Biosfera é objeto da responsabilidade humana e a técnica não é mais
passível de ser considerada eticamente neutra, nem em relação ao
meio ambiente, nem em relação a natureza humana.
As conseqüências das ações
humanas ampliam-se no
espaço, introduzindo na Ética
uma dimensão autenticamente
planetária, e no tempo,
projetando a responsabilidade
humana sobre o próprio destino
e sobre a qualidade de vida das
gerações futuras.
ALGUNS CASOS:
COMPLEXO PETROQUÍMICO DO RJ
A Petrobras apresentou em 28/03 os resultados dos estudos técnicos para a implementação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, com capacidade para processar 150 mil barris por dia de petróleo e produzir
matéria-prima petroquímica e derivados.
Unidade será a base para o desenvolvimento de um extraordinário parque industrial.
Unidade Petroquímica Básica investimentos totais em US$ 3,5 bilhões
Escolha da Localização:
São Gonçalo e Itaboraí
Disponibilidade de
infra-estrutura
portuária,
dutoviária e rodo-
ferroviária para
recebimento de
matéria-prima e
escoamento de
produção.
Em relação ao
número de habitantes
na zona de influência
que é de 1,3 milhão,
que serão
fornecedores de mão
de obra e
beneficiados pela
implantação do
projeto.
O Centro de Inteligência é resultado de uma parceria
entre a Petrobras e o município de São Gonçalo e se
destina a formar e capacitar as empresas locais para
prestação de serviços para o empreendimento e
preparar recursos humanos para a fase de construção,
montagem, operação e manutenção do Complexo
Petroquímico.
O projeto prevê a construção, em São Gonçalo, do
Centro de Inteligência do Complexo Petroquímico e de
uma central de Escoamento de Produtos Líquidos.
Itaboraí destacou-se por dispor de infra-estrutura
logística, como a proximidade do porto de Itaguaí, dos
terminais de Angra dos Reis, Ilha da água e Ilha Redonda.
Em função destas facilidades, a escolha foi a que indiciou
menor investimento total.
Outro aspecto positivo está
relacionado com a atividade
industrial local que não compromete
a qualidade do ar e ainda permite
expansões futuras.
Investimentos e Empregos:
O investimento total no complexo será de US$ 6,5 bilhões.
Viabilizará a implementação de
empresas de terceira geração
que utilizam os petroquímicos
para produzir itens desde de
utensílios de plástico até
componentes para veículos,
aviões e navio.
A existência de espaço para expançao futura também
foi uma das condicionantes para a escolha do local,
pois o Complexo deverá começar a produzir em 2012,
com possibilidade de ampliação em dez anos.
A área escolhida precisa dispor de espaço para a
instalação do parque, o que elevará ainda mais os
investimentos, a abertura de empregos e arrecadação de
impostos na região.
Durante as obras de construção do Complexo, as
estimativas são de abertura de cerca de 212 mil empregos.
Impacto Ambiental:
Os pescadores dos rios que ficam na região em que será
instalado o Complexo Petroquímico estão apreensivos
com as conseqüências ambientais e sociais da obra.
“Tem que haver um sistema de tratamento adequado para
o material que vai ser descartado, se não vai trazer
impactos ambientais que podem prejudicar 20 mil chefes
de família que dependem da pesca na Baía de Guanabara.”
(Presidente da colônia de pescadores)
“Eu sei que vai gerar emprego, mas é um perigo muito
grande para nós.”
“Com a necessidade de manter a imagem de uma empresa
limpa, a Petrobras vai construir o que há de mais moderno
e mais cuidadoso que pode existir. A minha preocupação é
que aquela região tem pouca água. Cerca de 70% dos
domicílios não têm água encanada e nem saneamento.
Os possíveis riscos sociais causados pela instalação do
Complexo preocupam mais que os impactos ambientais.
(Presidente da ONG Instituto Baía de Guanabara)
É uma situação muito precária em termos
urbanos e isso pode piorar porque o
empreendimento vai atrair muita gente em
busca de emprego”.
Áreas de proteção ambiental
Existem riscos ambientais que devem ser avaliados
Despejo de efluentes líquidos tóxicos, resultado do
processamento do petróleo;
Emissão atmosférica de gases que resultam da
combustão do petróleo e de seus derivados.
Baía do Guanabara: houve recentemente dois
acidentes que resultaram no despejo de óleo.
Questões éticas...
O parque industrial pode ser muito favorável em
relação à geração de empregos e à tecnologia que isso
vai proporcionar, mas será que isso compensa todo o
impacto ambiental que provavelmente vai causar?
Será que a Petrobras vai cumprir sua palavra oferecendo
tantos empregos assim para as pessoas daquela região,
ou a maioria deles vão ser destinados a pessoas de
outros estados?
RIO MADEIRA - GRILAGEM E DESMATAMENTO
Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho - Rondônia
O complexo do Rio Madeira envolve a construção de pelo menos duas grandes hidrelétricas e a implantação de uma hidrovia para o transporte de cargas de soja e outros produtos, é o maior projeto de infra-estrutura
considerado no Brasil nas últimas décadas.
Seus impactos sobre o meio ambiente e sobre o modo de vida
das populações afetadas tem também enormes proporções.
Nós não temos estrutura para atender a todas
essas pessoas. Pode até ser que essas usinas
tragam benefícios, mas por enquanto nós só
estamos tendo prejuízos”.
“O pessoal ouve falar que vai ter uma usina
hidrelétrica aqui, que vai ter emprego e vão
se instalando, invadindo as áreas.
O pessoal que já é da região se aproveita,
derruba a mata e abre terreninho e de repente um
terreno que valia R$1.000 passou a valer R$5.000.
(Administrador local)
Há dois anos haviam entre 600 e 700 domicílios.
Hoje são mais de 1500.
O posto de saúde costumava realizar cerca de 20
atendimentos por semana.
Nos últimos meses, são mais de cem pacientes a procura
de consultas semanalmente.
Todos os moradores consultados não têm escritura e
dizem não conhecer os supostos donos das terras.
Propositores das obras declaram, no Estudo de
Impacto Ambiental apresentado ao Ibama, a criação de
cerca de 20 mil empregos diretos em cada usina.
Porém a grande dificuldade em cumprir essa promessa
seria a qualificação profissional dos moradores da
região, onde a mão de obra local, são a coleta de
castanhas, a extração de látex e madeira, trabalho em
serrarias e a pesca.
Os empregos gerados serão, em sua maioria,
temporários e as melhores posições ocupadas por
trabalhadores de fora do estado.
Com investimentos previstos de R$ 10 bilhões, as
duas hidrelétricas do Complexo gerariam energia
para ajudar a abastecer a Amazônia e o país todo
durante a próxima década.
Que liberdade possuem os grileiros em desmatar terras alheias? Será que os mesmos possuem autorização para
vender terras que pertencem à União?
As pessoas que compram as terras... será que não se preocupam em morar num terreno o qual não os
pertence a escritura do mesmo? Ou são tão ingênuas a ponto de não darem importância a isto?
A empresa estaria agindo de má fé sabendo que os empregos gerados para a população local seriam de baixa qualificação e temporários?
Questões éticas...
SOJA DESTRÓI AMAZÔNIA
O Greenpeace bloqueou o porto da Cargill, em
Santarém (PA) e impediu o descarregamento de
soja amazônica.
A soja, que é exportada para a Europa como alimento animal, é cultivada em áreas
desmatadas da Floresta Amazônica
A Cargill é fornecedora internacional de produtos e serviços nos setores de alimentação, agricultura e
gestão de riscos. De março de 2005 a fevereiro de 2006 ela exportou 220 mil ton de soja brasileira.
A soja é agora uma das causas principais do
desmatamento da Amazônia Brasileira.
No total, uma área
estimada em 1,2 milhões
de hectares do que
costumava ser floresta já
foi - em sua maioria -
ilegalmente destruída
para o cultivo de grãos de
soja.
O desmatamento nesta região é feito de forma ilegal e
muitas vezes apropriando-se de trabalho escravo.
“Estamos destruindo a maior floresta tropical do
planeta para dar lugar à soja – uma espécie exótica,
que será transformada em ração para alimentar
gado e frango na Europa.”
(Coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace)
“Depois, este gado e este frango será vendido
no McDonald´s mais próximo e você pode estar
comendo um pedaço da Amazônia.”
Se a fronteira agrícola continuar se expandindo no
mesmo ritmo, até 2050 será perdido 40% da Amazônia,
o que representa uma ameaça à biodiversidade e
agrava o quadro de mudanças climáticas.
Em comunicado oficial, a rede mundial de lanchonetes
McDonald´s informa que vai iniciar “imediatamente”
uma investigação sobre as denúncias de que contribui,
indiretamente, para o desmatamento da Amazônia.
Este estudo na Amazônia é resultado de uma
investigação sigilosa feita durante dois anos
nas regiões de produção e consumo de soja.
Foram feitas análises de imagens de satélite,
investigações de campo, sobrevôos,
entrevistas com políticos, representantes de
comunidades afetadas e indústrias, além do
monitoramento de navios cujo destino era o
mercado internacional.
Questões éticas...
Que direitos possuem as multinacionais norte-americanas em se ocupar de terras brasileiras para produzir soja para
seu próprio consumo, sendo que isto provoca o desmatamento da Floresta?
Que autorização possuiu a Cargill ao construir ilegalmente seu porto em Pará, onde exporta soja para seu terminal em
Liverpool, na Inglaterra?
Estas empresas não se preocupam em preservar a maior floresta tropical que ainda sobreviveu ao
ataque humano?
Será que o Brasil está tão dominado a ponto de não poder fazer nada em relação à ocupação ilegal?
Ou será que é medo de se opor aos estrangeiros?
Ou será que tem conhecimento do fato, porém esconde da população por receber algo em troca?
AQUECIMENTO GLOBALO protocolo de Kyoto, acordado em
1997, entrou em vigor apenas em fevereiro deste ano, graças em grande parte à oposição dos Estados Unidos, que alega que as metas de redução de
emissão de gases poluentes teriam um efeito prejudicial à economia do
país.
Os EUA lançaram uma campanha a favor do aquecimento global,
considerando que este pode ser benéfico.
Os autores da propaganda hostil
aos ecologistas defendem, ao
contrário, os benefícios
econômicos dos combustíveis
fósseis insistindo nos benefícios
freqüentemente esquecidos da
produção de energia que origina
CO2, como:
- os transportes,
- aquecimento,
- iluminação,
- uma melhora geral da qualidade
de vida.
A campanha foi lançada pelo
Competitive Enterprise Institute,
um instituto de pesquisa e grupo
de pressão ultra conservador
ligado à administração Bush.
Numa contabilidade máxima os EUA representariam mais de 50 % da redução do efeito estufa, respeitando assim, sua
cota até 2010.
Questões éticas...
O Governo Bush não deveria parar e pensar se o "benefício", certamente lucro financeiro, que os EUA vão ter com a
emissão de gases poluentes vale mesmo a pena?
Será que a tecnologia de hoje já não é avançada o suficiente para ter soluções inovadoras e menos agressivas ao meio
ambiente?
Questionamento da seriedade do Protocolo entre os países já que o maior emissor de gases poluentes (EUA) não concorda em assinar o protocolo e os
demais países pouco fazem para mudar essa situação.
REFERÊNCIAShttp://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=209187
http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=209147
http://www.reporterbrasil.com.br/imprimir.php?id=572&escravo=0
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/nota.2006-05-08.1961992777
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=22601
http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=24769
www.jornaldomeioambiente.com.br
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