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Bo1m Inst. oceanogr., S Paulo, 35(2): 153-165, 1987
ESTUDO COMPARATIVO E VARIACAO SAZONAL DA ICTIOFAUNA NA ZONA ENTREMARÉS DO MAR CASADO-GUARUJÁ E MAR PEQUENO-SÃO VICENTE) SP
Alfredo Martins PAIVA FILHO & Ana Paula TOSCANO*
Instituto Oceanográfico da Universidade de são Paulo (Caixa Postal 9075, 01051 são Paulo, SP)
Abstract
Thnough a monthly beach seine survey programme carried out in the coastal beach of Mar Casado {Guarujá-SPJ and in the estuarine beach of Mar Pequeno (São Vicente-SP), fram May, 1984 to May, 1985, it was yielded a total of 5?23 individuals of 42 species of marine and estuarine fish. A list of species, seasonal occurrence and relative abundances is presented. For each area, we found only five dominant species as: in Mar Casado, TJz.a.c.MnotU6 c.aJtoUnU6 and T. 6alC.atU6 {Carangidae J , juveniles of MUgilidae, HaJtenguta. clupeola. {ClupeidaeJ and Eu~no~tomU6 mela.nopt~ {GerreidaeJ; in Mar Pequeno, juveniles of MUgilidae, Xenomela.~ b~iUe~~ {AtherinidaeJ~ Op~thonema. ogUnum and HaJtenguta. clupe.ofu (ClupeidaeJ. In Mar Pequeno we found the greatest richness of species, the highest values of individuals's number, and CPUE, apparently related with water's temperature that are lower in winter and higher in summer-fall. The Shannon-Weaver Index was calculàted to determine the diversity ofichthyofauna; it varies seasonally and seems not to be related with any hydrological parameters.
Descriptors: Brackiswater fish, Marine fish, Abundance, Seasonality, Species diversity, Check lists, Guarujá:SP, são Vicente:SP.
Descritores: Peixes estuarinos, Peixes marinhos, Abundância, Sazonalidade, Diversidade, Lista de espécies, Guarujá:SP, são Vicente:SP.
Introdução
A despeito do grande numero de trabalhos sobre a fauna íctica brasileira, poucos são os estudos realizados nas regiões de praias e estuários (Cunha, 1981; Paiva Filho, 1982; Chao e.t al., 1985; Paiva Filho e.t al., 1987), as quais se constituem em importantes áreas de alimentação, crescimento e reprodução para numerosos organismos marinhos e em especial, para diferentes especies de peixes de grande importância comercial.
Anderson Jr. e.t al' (1977) citam que, dentre os muitos habitats costeiros, a zona de arrebentação de praias expostas e a que tem sido menos estudada; a escassez de dados sobre essas regiões ocorre pelas dificuldades inerentes às coletas. Embora Springer & Woodburn
(*) Estagiária no Departamento de Oceanografia Biológica.
SdJnbz... nQ 676 do I~t. oc.ea.n.ogJt. da U~p. ,
(1960) tenham descrito a região da zona de arrebentação como um habitat extremo e de reduzida variedade de nichos ecológicos, devemos salientar os benefícios dessas condições, principalmente aos peixes juvenis; Warfel & Merriman (1944) apontam inúmeras vantagens oferecidas nas zonas de arrebentação, como: proteção contra predadores e aumento da eficiência metabólica para aquisição de calor, em função da abundância de alimento, concentrada pela ação de correntes.
A ictiofauna de regiões estuarinas tem sido melhor estudada, possibilitando um maior conhecimento da sua dinâmica; e notável a importância dessas áreas como criadouro e zona de alimentação de inúmeros organismos, oferecendo condições extremamente favoráveis, como alimentação abundante e proteção (Paiva Filho, 1982; Chao e.t al., 1985).
O Complexo Baía-Estuário de Santos e são Vicente, localizado no Estado de são Paulo, ê considerado ainda um dos gran-
154
des criadouros de pescado do sudeste brasileiro, embora suporte grande impacto ambiental em virtude de sua utilização comg importante pólo turístico, pesqueiro, comercial e industrial (Paiva Filho et al., 1987).
Numerosos trabalhos têm sido realizados na Baixada Santista, possibilitando amplo conhecimento de suas características físicas, químicas, geológicas e biológicas, bem como de estudos integrados procurando avaliar os efeitos de poluentes sobre as condições ecológicas e sanitárias; contudo, a estrutura da comunidade de peixes ainda é pouco conhecida, apesar dos trabalhos de Luederwaldt (1919). Vazzoler (1970). CETESB (1978), Ferreira (1978), Paiva Filho (op. cit.l, Ribeiro Neto (1983), Vargas-Boldrini & Navas-pereira, D. (1983), Goitein (1984), Alvitres Castillo (1986), Cergole (1986), Ruerta-Craig (1986), Paiva Filho & Schmiegelow (1986), Paiva Filho et alo (1986), Paiva Filho et alo (1987) .
Este trabalho tem como objetivo contribuir para o conhecimento da composição da comunidade de peixes_do Complexo Baía-Estuário de Santos e Sao Vicente, permitindo a comparação entre a estrutura da ictiofauna de praias ~osteiras com diferentes graus de exposLçao.
Material e IDétodos
A região estudada compreende a praia do Mar Casado, localizada na Ilha de Santo Amaro e a praia do Mar Pequeno, localizada na Ilha de são Vicente, ambas pertencentes ao Complexo Baía-Estuário de Santos e são Vicente (Fig. 1). Mar Casado ê uma praia de grande energia, com alto grau de exposição, possuindo areia como sedimento predominante, não recebendo aparte considerável de água doce. Mar Pequeno caracteriza-se por ser uma praia de baixa energia, abrigada no interior do Estuário de são Vicente, com grandes extensões de manguezais pouco alterados na sua margem direita e bem devastados na margem esquerda. Contém silte e areia como sedimentos predominantes e sofre grande influência do aparte de drenagem da Baixada Santista (Paiva Filho, 1982). Os dados deste trabalho foram obtidos através de coletas mensais, realizadas de maio de 1984 a maio de 1985.
Foram obtidos dados hidrográficos de superfície para a determinação da tem-
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peratura (por termõmetro de mercúrio com precisão de O,loC) e salinidade (por refratômetro óptico, com precisão de 0,5%0), para cada uma das áreas.
Os arrastos de praia foram realizados paralelamente à linha de costa, em profundidade inferior a 1,5 m, com uma rede de calão de 15,0 m de comprimento, 1,5 m de altura e malha de 10,0 mm (malha esticada), usada para captura de exemplares de pequeno porte, sendo efetuados mensalmente um número médio de 5 arrastos no Mar Casado e de 3 arrastos no Mar Pequeno, cobrindo cada arrasto cerca de 150 m de distância percorrida, sendo considerado cada arrasto como a unidade de esforço utilizada.
Todos os peixes foram identificados, contados, pesados e medidos; a identificação taxonômica das espécies baseou-se nos trabalhos de Cervigon (1967), Figueiredo & Menezes (1976 e 1980) e Menezes & Figueiredo (1980 e 1985). A identificação das espécies da família Mugilidae somente foi possível nos indivíduos maiores que 50 mm, em virtude da aplicabilidade da chave de identificação utilizada (Menezes, 1983). Os indivíduos com comprimento total inferior a 50 mm foram agrupados no gênero Mugil.
O índice de diversidade utilizado foi o de Shannon-Weaver (RI) (Pielou, 1966), calculado mensalmente para cada área de coleta:
RI = ~-(ni/N) ln(ni/N), onde:
N = número total dos indivíduos em uma determinada amostra
ni= número dos indivíduos de uma determinada espécie contida na amostra
A abundância relativa e a distribuição temporal das espécies estão representadas pela média da captura por unidade de esforço (CPUE) em número de indivíduos, expressos em log (x+l), onde x é a média da captura por arrasto; flutuações sazonais das espécies mais abundantes estão também representadas.
Resultados e discussão
Foi realizado um total de 96 operações de pesca durante o período de estudo (Fig. 2); no entanto, devido às dificuldades operacionais e más condições de tempo, não houve coletas em certos meses, optando-se, portanto, por um agrupamento dos dados nas estações do ano descritas a seguir:
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156 Bolm Inst. oceanogr., S Paulo, 35(2), 1987
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SALIHIDADE , INDICE· OE DIVERSIDADE
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O I P U O o p U O
Fig. 2. Dados de coleta, expressos em: arrastos (em número), temperatura (graus Celsius), salinidade (%o),captura por unidade de esforço (CPUE em log x + 1), espêcies (em número), índice de diversidade (H ' , Shannon-Weaver). Me = Mar Casado; MP = Mar Pequeno; ° = outono; I = inverno; P = primavera; V = verão. Entre parentêses: número total de arrastos; número médio de captura por unidade de esforço e número total de espêcies coletadas.
-verao
outono
inverno
dezembro-janeiro-fevereiro
= março-abril-maio
junho-julho-agosto
primavera setembro-outubro-novembro
A temperatura da água mostrou um padrão sazonal bem definido em ambas as áreas (Fig. 2); no inverno, ocorreram as menores médias de temperatura (20,5°C), enquanto que, as maiores, ocorreram no verão (26,8°C). Existe um padrão similar entre as áreas, já que diferenças entre ambas nunca foram superiores a 2,00C.
A salinidade pouco variou no Mar Casado, tendo como valor máximo 34,0% 0 e mínimo de 31,0% 0 , indicando a constância do parâmetro para a área; já no Mar Pequeno, verificou-se grande variação da mesma, com valores máximo no 1nverno (30,0%0) e mínimo no verão
(12,0% 0), aparentemente em relação inversa com o padrão de pluviosidade para a região; padrões semelhantes de temperatura e salinidade para o Mar Pequeno foram obtidos por Paiva Filho (1982).
Foram capturados 5732 exemplares que correspondem a 42 espécies, 31 gêneros e 18 famílias listados na Tabela 1, segundo os trabalhos de Nelson (1976) e Lauder & Liem (1983). A ocorrência sazonal de cada espécie e proporção de ocorrência (com base no número de exemplares capturados) são indicados para cada área de coleta.
Em ambas as áreas, poucas famílias e espécies constituem mais de 80% das capturas, embora 42 espécies tenham sido capturadas (Tab. 1). No Mar Casado, predominam as famílias Carangidae, Mugi-1idae, C1upeidae e Gerreidae, enquanto que no Mar Pequeno predominam Mugi1idae,
PA I VA F I LHO & TOSCANO: I ct i ofauna na zona entremarés
Tabela 1. Relação dos peixes marinhos capturados na regiao das i lhas de são Vicente e Santo Amaro, SP. Estações do ano: P. primavera (setembro a novembro); V. verao (dezembro a fevereiro); O. outono (mar ço a maio); I. inverno (junho a agosto); T. total. Local de captura: Mar Casado e Mar Pequeno. Abundância relativa expressa em percentagens do número total e abundância absoluta expressa pelo numero total (em parenteses)
Loca I "" ::asado "" Pequeno
Especie/r..staç.ão
ClUPE I J>AE
(lpi.~ t:hOIlUl4 o gUnu.m 7.14 7.14
( 26ó) (266)
Hall et'lj ul.a c t u ,opo la 0.50 15.78 0.90 17.18 0,13 0.37 2,15 3. 25
(lO) 0171 (18) 04S} (5) (36) (80) ( 121)
SaIL.iüle.lta blttlJHÚn4L6 1 .34 1.34 0,08 O I 08
(271 (27) O) O)
E"4GRAUll DAE
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(I) (I) (2) (22) (83) ( lOS)
Anc.hovütla blle.V.tJt.06 t:ll .. Ü 0,0) 0,03
(I) (I)
lyce.n9Jtau,ti..1> glto&l>.iden" 0,03 0,03
(I) (I)
Anchoa janualLi..a 1,29 1,29 0.70 0,70
(26) (26) (26) (26)
"''leitoa t'l..ic.oto/t 0,0) 0,03
(I) ( I )
ARI I DAE
Ge.n..iden" ge.n.ide.M O ,3D 0.30
(II) (II)
NeCu.ll'la bcu.ba 0,2\ 0,21
(8) (8)
ATHERIHIDAE
Xe.nolle.lanilt.il> b..\cuilün4Ú 0.30 0,15 0,45 2.3' 0.56 5 .86 19.31 2,31 30.38
(6) O) (9) (871 (21) (218) (719) (86) (II 3 I)
Odol1 -tuthu bOl1atienb.i4 0,45 1,1 9 1 .6' 1,02 1,02
(9) (") (3) (8) (J8)
EXCCOETI DAE
He.",.ilta"'pnu,4 bILU.i.l.i.u6.t.6 0,05 0,05 0,20 0,30 0 , 05 0,21 0,26
( I) (I) (') (6) (2) (8) ( lO)
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(24) ( I) (25) (7) (71
BElON I QAE
S.tllonglj!uItCl mClItÚta. 0,05 0,05
( I ) (11
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(2) (2) (5) (5)
CARANGI DAE
ealtanx. hipP06 0,10 0,\0 0,05 0,05
(2) (2) (2) (2)
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(9) (9) (2) (I) O)
Ol.i.gopU.tu .!Iaullu6 0,03 0,03
(11 (I)
Tltac.hinolu.!l calt o lint.l6 0,95 6,'+2 13. 3' 7.17 27,88
( 19) ( 129) (268) ( I" ) (560)
T'laehirtotu.6 ~a t ca.tu6 0,65 6.87 3,48 11,00 0,19 0,03 0,30 0 , 52
( 13) (138) (70) (2211 (71 (I) ( li) ( 19)
Conto
157
158 Bolm Inst. oceanogr., S Paulo, 35(2), 1987 ,
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Local "" Casado "" Peque.no
Espéc i es/Estação
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( 193) ( 193) (66) (28) (9')
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(I) (I)
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Mugil spp. (Juvenis) 0,10 13,24 4,68 1,99 20,01 0,05 33,J9 5,10 38,54 (2) (266) (94) (40) (402) (2) (1243) (190) (1435)
Uugil CUIlt.ll'ld 0,05 0,05 0,05 0,0) 0.08 (I) (I) (2) (I) O)
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POLYNEH' DAE
Polydact.ylu6 oligodon 0.05 0,05
(I) (I)
COB II OAE
BatltY9 0b.iu6 6opo .... ato .... 0.30 0.30 0,19 O I 19 (6) (6) 17) 17)
Gob.ionr..l.liW Oc.r.4n..i.c.u6 0,38 0,38
(14) (14)
TETRAOOONT I OAE
Spnoe.lloi..du pac.lti..ga6te.1l O ,lt3 0,03 O,H (16) (I) (I ))
Sphol!.1lo..i.du gJtulelj..i. 0,13 0,11 O,2lt
(5) (4) (9)
BOTH I OAE
Syac...i.um papi..tt:06U111 0,05 0,21 0,26
(2) (8) (lO)
EtJtOpUd C.It.044otu4 0,30 O ,lO 0,03 O ,OS 0,08 (6) (6) (I) (2) O)
SOLE I DAE
Ach.iIt.U6 t.ineatu4 0,03 0,0)
(I) (1)
Número de 11
Múme ro de 08 05 20 15 15 63 '3 03 06 09 12 33
Número tota 1 de espécies 08 04 08 11 16 27 10 03 08 10 24 34
Numero total de pe i xes 61 17 458 931 536 2009 176 34 328 21ltO lOlt5 3723
PAIVA FILHO & TOSCANO: Ictiofauna na zona entremarés 159
Atherinidae, C1upeidae e Gerreidae. Percentuais de captura por família e
espécie, freqüência acumulada e captura por unidade de esforço, por ,estação do ano, para cada área, estão representadas nas Figuras 3 a 5.
A abundância relativa dos peixes capturados nos arrastos de praia, em ambas as áreas, apresenta o mesmo padrão, diminuindo durante o outono e inverno e aumentando na primavera e verão, sempre com maiores valores para o Mar Pequeno (Fig. 2); picos de abundância numérica foram encontrados no verão e outono (Figs 4 e 5). TJtacJúnotU6 c.MolinU6, dominante nos arrastos no Mar Casado, apresenta grande importância nas capturas de verão e outono, diminuindo no inverno e primavera (Fig. 4); juvenis de Mugilidae são freqüentes na primavera e verão, com início de ocorrência no inverno para o Mar Casado e dominância no Mar Pequeno somente no verão (Figs 4 e 5). Isso talvez ocorra porque a partir da desova em mar aberto, larvas e juvenis migram para áreas costeiras, a princípio junto às praias costeiras e, posteriormente, às praias abrigadas e internas aos estuários (Vieira, 1985). HMengula c.lupeola apresenta padrões de comportamento semelhante em ambas as áreas, porem, com maior representatividade e constância no Mar Pequeno (Figs 4 e 5); segundo Paiva Filho (1982), a espécie utiliza a região estuarina como área de crescimento; T~ac.hinotU6 6alc.a~ ocorre somente no Mar Casado, com padrão semelhante a T. c.MolinU6, porém não ocorrendo no inverno-primavera (Fig. 4). Xenomela~ b~~en6~ ocorre no Mar Pequeno em todas as estações do ano, sendo de grande importância na captura total, com padrão de ocorrência seguindo o da temperatura e captura total (Fig. 2), com pico máximo no verão e valores mínimos no in.verno, com maior abundância durante a primavera-verão (Fig. 5). Mug~ gaimMdianU6 ocorreu no Mar Pequeno durante os meses de verão e outono, com maior abundância nesse último (Fig. 5) . EuCÁ.n0.6tomU6 melanopt~U6 (Mar Casado) e Op~thonema ogUnum (Mar Pequeno) tiveram importância e ocorrência somente no outono final, talvez relacionadas com o verão prolongado (Figs 4 e 5); Paiva Filho (1982) descreve a ocorrência desta última no Mar Pequeno como sendo esporádica ao longo do ano e representada por pequeno nÚmero de indivíduos.
Os altos valores de captura total, obtidos durante os meses mais quentes, foram igualmente citados nos trabalhos de Warfel & Merriman (1944), McFarland (1963), Matsuura & Nakatani (1979), Sa10man & Naughton (1979), Cunha (1981), Moode & Ross (1981) e Paiva Filho (op. c.it.), e parece ser característica importante nas zonas de arrebentação.
A riqueza de espécies é maior no Mar Pequeno, com maiores valores no nÚmero de indivíduos, espécies e captura por unidade de esforço; litorais protegidos, de baixa energia com fluxo suave de água são povoados por maior número de espécies e espécies diferentes em comparação com litorais de alta energia sujeitos a regimes de ondas fortes (Odum, 1971). Praticamente, o mesmo número de espécies para o Mar Pequeno foi relatado por Paiva Filho (op. c.it.) e Paiva Filho et alo (1987) para a área; embora espécies diferentes tenham sidb capturadas, da cinco espécies principais, quatro foram igualmente abundantes nos trabalhos supra citados. Xenomela~ b~~en6~ e juvenis de Mugi1idae foram dominantes nos arrastos de praia estuarinos na Lagoa dos Patos (Chao et al., 1985). A maioria das espécies encontradas no Mar Casado foi relatada por Paiva Filho et alo (op. c.it.) para a Baía de Santos; embora o número de espécies encontradas nesse trabalho seja bem inferior, das cinco principais, quatro foram igualmente dominantes; juvenis de Carangidae e de Mugilidae foram também predominantes na zona de arrebentação da Praia do Cassino (Cunha, op. c.it.).
O índice de diversidade de Shannon-Weaver variou sazonalmente e apresentou valores máximos no outono, tanto no Mar Casado (1,87) quanto no Mar Pequeno (1,58) e mínimos, na primavera no Mar Casado (0,93) e Mar Pequeno (0,69), sendo que em geral os valores foram ligeiramente superiores no Mar Casado (Fig. 2); os baixos valores encontrados no Mar Pequeno nos meses de verão parecem coincidir com os baixos valores de salinidade no mesmo período. Saloman & Naughton (1979) e Cunha (1981) encontraram na Flôrida (EUA) e Praia do Cassino (RS), respectivamente, valores máximos do índice de diversidade no verão e mínimos na primavera; igualmente, a riqueza de espécies (Fig. 2) apresenta um padrão semelhante para ambas as áreas, aumentando na primavera-verão-outono (apôs os
160
B
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Bolm Inst. oceanogr., S Paulo, 35(2), 1987
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85/84-85/85
A
Fig. 3. Setogramas representativos da abund~ncia relativa das principais famílias e espécies, por local de coleta, expressos pelas percentagens do número total capturado. ESP = espécies;FAM = famílias; CA = Carangidaei MU = Mugi1 idae; AT = Atheriniclaei CL = C1upeidaei GE; Gerreidae; TC = TJtac..fúnot:U-6 c..a.JtounlL6; MS = Mugil spp.; XB = Xe.nomefavU.w bJta.,6~e.n6L6 i HC = HaJte.nguia uu.,... pe.oia· EM = Euc..ino~t:omlL6 me.la.nopt:~U-6; TF = Tnac..ninot:lL6 6alc..a.t:Mj MG = Mugil ga.hncvu:UanU-6; 00 = OpL6t:hone.ma ogunu.mi OUTROS = demais espécies.
meses frios} e diminuindo no inverno; o número de espécies por estação do ano e praticamente o mesmo tanto para o Mar Casado quanto para o Mar Pequeno, sendo maior somente para este durante o outono. Os altos valores do índice de diversidade e do número de espécies encontrados por nós nessa estação do ano refletem talvez o registro de altas temperaturas em regime de verão prolongado.
Em ambas as áreas vimos que poucas espécies correspondem a quase totalidade da captura (Figs 3-5); isso parece ser característica predominante em estudos relacionados com a zona de arrebentação de praias costeiras (Warfel & Merriman, 1944; Gunter, 1958; McFarland, 1963; Saloman & Naughton. op. c..it:.; Cunha op. c..it:.; Moode & Ross. 1981; Paiva Filho, 1982; Paiva Filho e.t: al., 1987).
PAIVA FILHO & TOSCANO: Ictiofauna na zona entremarés 161
6
4.5
3
L
e o
3
1.5
B o
3
1.5
B o
HAREHGULA CLUPEOLA
3 CPUE=5.5
1.5 11=345
9 I P V o o I P V o
TRACHIHOTUS CAROLIHUS TRACHIHOTUS FALCATUS CPUE=8.9 3 CPUE=3.S
H=560 1.5 H=221
e I P V o o I P U o
EUCIHOSTONUS "ELAHOPTERUS MUGIL SPP.
CPUE=6.4 3 CPUE=3.1
H=402 1,5
1 P V o e o I P U o
Fig. 4. Abundância acumulada e captura por unid'ade de esforçc (CPUE). por espécie, no Mar Casado, expressa em 109 x + 1. CPUE = número médio de captura por unidade de esforço; N = número de indivfduos capturados. O = outono; I = inverno; P = primavera; V = verão. TC = TnaQhi~otU6 QanOli~U6; MS = Mug~ spp.; HC = Hane.nguta Qfupe..ofu; TF = TnaQhi~otU6 6atQatU6; EM = Euci~o~tomU6 meta~opte..nU6; OUTROS = demais espécies.
H=193
Dos parâmetros ambientais analisados (temperatura e salinidade), parece haver relação diretamente proporcional da temperatura com a captura por uni·· dade de esforço total e por espécies
(Figs 2, 4 e 5). Cunha (op. cit.) encontrou semelhante dependência entre a temperatura, o número de espécies capturadas e a abundância na Praia do Cassino (RS).
162
4.
1.
3
1.5
8
3
1.5
8
Conclusões
Bo1m Inst. oceanogr., S Paulo, 35(2) t 1987
MUGIL GAIMAROIAHUS
3
1.5
O I P U O 9
O I P u O
HUGIL SPP. OPISTHOHEMA OGLIHUH CPUE=43.5 3
H=1435 1.5
e o I P V o o l P V o
XEHOHELAHIRIS BRASILIEHSIS HAREHGULA CLUPEOLA 3 CPUE=34.3
~ H=1131 1.5
e o I P V o o 1 P U o
Fig. 5. Abundância acumulada e captura por unidade de esforço (CPUE), por espécie, no Mar Pequeno, expressos em 10g x + 1. CPUE = número médio de captura por unidade de esforço; N = número de indivíduos capturados. O = outono; I = inverno; P = primavera; V = verão. MS = Mugil spp.; XB = Xe.vwme1.a.rUJú.6 bJtct6ilie.n6~; MG = Mugil ga.-ÚnCV!.!Üa.n.U6: 00 = Op.<.J.dhon.e.ma. ogün.um; HC = Ha.Jte.n.gula efupe.ola.; OUTROS = demais espécies.
CPUE=8.5 H=281
CPUE=8.1
H=266
CPUE=J.7
H=121
Os resultados obtidos demonstram que:
- Ocorre variação sazonal da captura, com menores valores no inverno e maiores no verão, e do índice de diversidade, com menores valores na primavera
- A ictiofauna da zona de arrebentação das praias do Mar Casado e do Mar Pequeno é constituída por, no mínimo, 42 espécies.
e maiores no outono.
- A riqueza de espécies ê maior na praia do Mar Pequeno, a qual apresenta maio-
PAIVA FILHO & TOSCANO: Ictiofauna na zona entremarés 163
res valores no numero de indivíduos capturados por arrasto e no número de - . especl.es.
Resumo
Através de arrastos mensais de praia, realizados com rede de calão na região do Mar Casado-Guarujá e Mar Pequenosão Vicente, SP, de maio de 1984 a maio de 1985, foi capturado um total de 5723 exemplares de peixes pertencentes a 42 espécies.
~ apresentada uma lista por especies, ocorrência sazonal e abundância relativa por área de coleta. Em ambas as áreas poucas espécies são dominantes, sendo que no Mar Casado ocorrem T~achi~o~ e~oti~U6 (Carangidae), juvenis de Mugilidae, H~e~guta clupeola (Clupeidae), T~aehi~o~ 6alcatU6 (Carangidae) e EucÁ..M.6tomU6 mela~opte~ (Gerreidae); no Mar Pequeno, ocorrem juvenis de Mugilidae, Xe~omeia~ b~a.6..LU.em.L6 . (Atherinidae), Op.L6tho~ema ogti~um e H~e~gula ciupeola (Clupeidae).
o Mar Pequeno apresenta maior riqueza de espécies, com maiores valores no número de indivíduos e na captura por unidade de esforço, aparentemente correlacionados com a temperatura da agua que é mais baixa no inverno e mal.S elevada no verao-outono.
o índice de diversidade variou sazonalmente, não parecendo estar relacionado com os parâmetros ambientais.
Agradecimentos
Os autores desejam expressar seus agradecimentos ã Oscar Barbosa, Edgar Borges, Wilson Ribas e Sérgio C. de Oliveira, da Base de Santos do Instituto Oceanográfico da Universidade de são Paulo, pelo auxílio durante as coletas. Ao Dr Naércio A, Henezes, do Museu de Zoologia da Universidade de são Paulo, pela identificação de algumas espécies.
Às estagiárias Angela Lancerotto e Liliana Ishihata, pelo auxílio nos trabalhos de campo e de laboratório. Aos colegas Francisco B. Ribeiro Neto, João M. M. Schmiegelow, Maria de Lourdes Zani Teixeira e Roberto Giannini pela revisão crítica.
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