esquadrejamento do terreno
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ETECVAV – ESCOLA TÉCNICA VASCO ANTONIO VENCHIARUTTI
PROCESSOS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS DE INFRAESTRUTURA
EDIFICAÇÕES
RELATÓRIO
LOCAÇÃO DE CASA
POR: ALEXANDER DE CASTRO FARIA, N° 02, 1° L
OBJETIVO
Realizar a locação da casa, identificando as divisas do terreno, a montagem do gabarito, os eixos e a posição dos piquetes para perfuração.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
- 10 Sarrafos (ou conforme as medidas do perímetro do gabarito)
- 14 Estacas (ou conforme as medidas do perímetro do gabarito)
- 20 Piquetes (conforme projeto)
- 1 sc Pregos
- 01 Mangueira de Nível
- 01 Metro de Bambu
- 01 Trena
- 01 Prumo de Centro
- 01 Martelo
- 01 Marreta
- 02 Rolo de Linha
- 01 Lápis
PROCEDIMENTOS OU DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:
1° ETAPA – TRAÇADO DO TERRENO
- Para realizar o traçado, após consulta à planta, verificamos que o terreno apresentava 10m de frente e 20m de fundo, em formato de retângulo com ângulos de 90°.
- Em espaço aberto, pegamos uma estaca e, com a marreta, cravamos ela em qualquer ponto no espaço, observando a possibilidade de abranger os 200m² do terreno. Tomamos cuidados para que a estacada ficasse bem firme no solo. Chamamos essa marcação de “ponto1”.
- Pegamos mais 02 estacas e às cravamos a 10m (frente, ponto 2) e +/- 20m (fundo, ponto 4) do ponto 1.
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Terreno apresentado na planta da casa
Ponto 2
Ponto 4
Ponto 1
Espaço
+/- 200m²
- Amarramos uma linha, próxima a base da estaca, de forma que todas as estacas ficassem conectadas, fazendo um “L” entre elas. Cuidamos para que a linha ficasse bem esticada.
- Contudo, observamos que o alinhamento entre as estacas não estava perfeito. Passamos então, a realizar um procedimento para encontrar o ângulo de 90° no traçado. Para isso, adotamos o Triângulo de Pitágoras à partir do ponto 1.
- Do ponto 1, utilizando uma trena, medimos 3m até o ponto 2 e, utilizando a linha esticada como base, identificamos os 3m com um nó de um pedaço de linha avulsa amarrado na linha esticada. Tomamos cuidados para que o nó seja bem apertado para que não se movimente na linha esticada.
- Após identificar os 3m, passamos a identificar os 4m entre o ponto 1 e o ponto 4. Amarramos, também, um pedaço de linha para a marcação.
- Para finalizar, restou apenas medir os 5m, o qual seria a diagonal entre as linhas esticadas.
- Para isso, determinamos que o ponto 1 e ponto 2 ficassem fixos. Uma pessoa ficou segurando a ponta inicial da trena na marca de 3m e outra tinha a função de identificar a diagonal de 5m até a marca de 4m. Uma 3° pessoa, ficou no ponto 4, este tinha a função de soltar a estaca do solo e posicioná-la (deslocando-a para direita ou esquerda) conforme a orientação da pessoa que estava medindo os 5m da diagonal (hipotenusa). Quando a marca de 4m da linha encostou na medida de 5m da trena, a estaca do ponto 4 foi cravada no solo naquela nova marca.
- Com o ângulo definido, conferimos a medida de 20m entre o ponto 1 ao ponto 4, pois notamos que houve grande variação do alinhamento inicial.
- Após a checagem, realizamos a marcação do ponto 3, que compreendia os 20m desde o ponto 2 e 10m deste o ponto 4, fechando assim o retângulo.
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Terreno com diferenças de alinhamento
Correção do alinhamento pelo ângulo de 90°.
Estaca deve ir para a direita ou para esquerda e assim formar o ângulo de 90° e,
por conseqüência, corrigir o alinhamento
Sentido que a estaca deve ir para corrigir o alinhamento.
P1 P4
P2
Obs: Triângulo de Pitágoras: consiste em formar um triângulo, através das linhas dispostas perpendicularmente, cujos lados meçam 3 – 4 – 5m.
Mesmas medidas nas diagonais
- Confirmamos a exatidão do alinhamento, realizando as medidas em diagonal do ponto 1 ao ponto 3 e do ponto 2 ao ponto 4, os quais apresentaram os mesmos valores.
2° ETAPA – MONTAGEM DO GABARITO
- Para montarmos o gabarito, encontramos na planta as medidas do recuo entre a divisa do terreno (linha que acabamos de esticar e esquadrejar) até os eixos externos das paredes da casa.
- Após verificar as distâncias, concluímos que o gabarito deveria ser montado com uma certa “folga” entre a divisa do terreno e os eixos (para facilitar os trabalhos das escavações futuras). Adotamos 0,5m de recuo, a partir da divisa do terreno aos eixos, para a construção do gabarito.
- Após apontarmos a distância do p1 até seus eixos (horizontal e vertical), recuamos os 0,5m e cravamos a 1° estaca. A essa estaca demos a indicação de “estaca 1”. Da mesma maneira que a estaca 1, fizemos a colocação das demais estacas conforme as medidas da planta.
- Com as estacas dos vértices do gabarito já cravadas no solo, iniciamos o procedimento para identificar o nível do terreno. Para isso, verificamos visualmente que a estaca 3 era a estaca que estava no ponto mais elevado do terreno e passamos a puxar o nível por ela.
- Junto à estaca 3 e com o metro de bambu, medimos a distância de 10 cm do chão. Com o lápis fizemos uma marcação horizontal na estaca.
- Com a mangueira de nível, puxamos o nível para a estaca 2, depois para a estaca 1 e, por fim, para a estaca 4, sempre realizando a marcação horizontal das estacas com o lápis.
- Para visualizarmos os desníveis, medimos a distância entre as marcações e o chão e anotamos.
- Antes de pregarmos os sarrafos, medimos a distancia de 0,8m para cima da marcação do nível em todas as estacas, depois passamos a linha entre elas, de forma que, a linha sempre estivesse paralela ao risco dos 0,8m. Assim podíamos ver qual seria a altura que o sarrafo deveria ficar.
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Eixos Externos
Divisa
Posição do Gabarito
Ou seja, se adotarmos a medida de 3m entre a divisa e o eixo externo, o gabarito deverá ser montado com 2,5m da divisa.
- Com o martelo e pregos, passamos a pregar os sarrafos, cuidando para que a borda do sarrafo ficasse paralela à linha. Assim preservaríamos o nível do gabarito.
- Verificamos que precisaríamos de estacas intermediárias para apoiar os sarrafos, pois as medidas do perímetro superavam o comprimento do material.
Obs: A linha tracejada em verde representa a marcação de nível.
- Cuidamos para que os sarrafos fossem pregados com a extremidade superior no mesmo nível, para isso, ao pregar o sarrafo na estaca, verificávamos se ele estava paralelo à linha já esticada.
- Tiramos a linha que circundava a estrutura, pois não havia mais necessidade.
- Iniciamos as determinações dos eixos do comprimento do terreno. Verificamos 5 eixos na planta. Tomando o ponto 1 ao 4 e a estaca 1 à estaca 4 como referência, medimos da linha da divisa a distância descrita na planta até o eixo 5 e, fazendo um risco com o lápis no sarrafo da largura do terreno, determinamos o eixo 5.
. medimos da marcação do eixo 5 até o eixo 4 e marcamos no sarrafo;
. medimos da marcação do eixo 4 até o eixo 3 e marcamos no sarrafo;
. medimos da marcação do eixo 3 até o eixo 2 e marcamos no sarrafo;
. medimos da marcação do eixo 2 até o eixo 1 e marcamos no sarrafo.
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Colocação da estaca intermediária
Obs: Ilustração dos limites de medida dos sarrafos e, em azul, ilustração das estacas intermediárias.
Obs: Ilustração dos sarrafos já pregados às estacas
- Usando os mesmos pontos de referência, iniciamos as marcações dos eixos da largura. Medimos a distância da linha de frente até o eixo F e marcamos um risco no sarrafo de frente.
. medimos da marcação do eixo F até o eixo E e marcamos no sarrafo;
. medimos da marcação do eixo E até o eixo D e marcamos no sarrafo;
. medimos da marcação do eixo D até o eixo C e marcamos no sarrafo;
. medimos da marcação do eixo C até o eixo B e marcamos no sarrafo;
. medimos da marcação do eixo B até o eixo A e marcamos no sarrafo.
- Após fazer as marcações, identificamos cada eixo escrevendo sua identidade junto ao risco (conforme a planta).
- Batemos um prego em cada marcação de eixo no sarrafo e, utilizando uma linha, ligamos as duas extremidades de cada eixo, tanto no comprimento quanto na largura do terreno.
- Eixos identificados, restavam as marcações das paredes, ou seja, com uma parede de 20cm de largura, medimos 10 cm de um lado do prego de eixo e 10 cm do outro. Assim, tivemos o centro e suas extremidades.
- Fizemos isto com todos os eixos, sempre obedecendo à largura das paredes, conforme o projeto.
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Obs.: Em azul as linhas de eixo.
3° ETAPA – LOCAÇÃO DAS ESTACAS (PIQUETES)
- A locação dos piquetes é definida pelo cruzamento das linhas fixadas pelos pregos no gabarito. Transferimos está intersecção ao terreno, através de um prumo de centro.
- Quando o prumo parou de balançar, cravamos o piquete conforme a direção do pendulo.
- Fizemos as marcações conforme o projeto.
- Finalizamos a locação dos piquetes e tiramos as linhas esticadas.
RESULTADOS
Terreno: 10m de largura x 20m de comprimento.
Desnível do terreno em relação à Estaca 3 (ponto mais alto do terreno).
. Estaca 1: 0,65m
. Estaca 2: 0,30m
. Estaca 4: 0,47m
Recuos entre as divisas aos eixos externos:
. Eixo 1: 1,60m
. Eixo 5: 1,60m
. Eixo A: 2,70m
. Eixo F: 2,375m
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gabarito
Prumo de centro
Estaca / piquete
linhas
Piquetes
1
2 3
5
4
F E D C B
A
Recuos Gabarito em relação aos eixos:
. largura: 0,50m
. comprimento: 0,50m
Medidas entre Eixos:
. Eixo A ao B: 0,025m
. Eixo B ao C: 3,775m
. Eixo C ao D: 2,15m
. Eixo D ao E: 3,775m
. Eixo E ao F:1,20m
. Eixo 1 ao 2: 3,225m
. Eixo 2 ao 3: 0,025m
. Eixo 3 ao 4: 1,125m
. Eixo 4 ao 5: 2,125m
CONCLUSÃO
Encontramos algumas dificuldades quanto ao esquadrejamento do terreno, pois ao iniciarmos as medições entre uma estaca e outra, posicionávamos a trena em diferentes pontos da estaca. Isto acarretava erros na distância entre uma estaca e outra que, só foram observados, quando medimos a distância em diagonal entre o ponto 1 ao 3 e o ponto 2 ao 4. Notamos que as medidas não coincidiam.
Passamos a adotar apenas uma maneira de medição e vimos que, após as correções das estacas, as medidas em diagonal coincidiram.
Após o correto esquadrejamento do terreno, não tivemos problemas para as etapas seguintes, pois apenas seguimos o projeto, o qual, já apresentava as medidas de recuo e eixos.
O gabarito foi montado em 04 aulas e tivemos êxito quanto ao seu desenvolvimento.
BIBLIOGRAFIA
Ilustrações de Planta e Implantação, material de sala de aula.
Apostila: Técnica de Construção Civil e Construção de Edifícios.
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antes depois
estacas
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