entrada da mulher no mercado de trabalho

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FeminismoEntrada no mercado de trabalhoSociedade cruel para as mulheres

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Instituto Universitário da MaiaLicenciatura em Criminologia Sociologia II

Entrada da Mulher no Mercado de Trabalho

Apresentação Oral realizada a 19 de Junho de 2015

29022 Daniela Alexandra da Silva Pinto 29527 Eva Sofia Conceição Fernandes

27878 Hugo Abel Gomes Alves 29040 Joana Filipa Salgado Sampaio 28621 Júlio Emanuel Oliveira Pinheiro

Enquadramento e pertinência atual do tema.

A igualdade entre géneros é fundamental na nossa sociedade, por isso, a entrada da mulher no trabalho foi uma grande alteração que salientou este direito.

De certa forma, a participação das mulheres no mercado de trabalho e o papel das escolhas que maximizam a utilidade familiar representam os pontos centrais da análise económica sob a ótica feminista, sendo que as ideias machistas salientam a superioridade das características masculinas, que apesar de a sociedade se alterar as mentalidades deveriam ser as mesmas. O fluxo de entrada e participação das mulheres no mercado de trabalho foi intensificado nas economias ocidentais a partir da década de 50 do século passado.

Os modelos económicos competitivos e, mais especificamente, os direcionados ao mercado de trabalho não conseguem explicar essas diferenças de remuneração e promoção sem fazer uso de hipóteses fortes sobre as preferências individuais de homens e mulheres e os objetivos da família.

Partindo desses princípios, por vezes contraditórios, procuramos neste debate analisar a distribuição do trabalho doméstico e no mercado de trabalho entre homens e mulheres e os possíveis impactos desta constatação empírica nos salários de ambos, na família e na sociedade.

A entrada da Mulher no Mercado de Trabalho foi um aspeto positivo ou negativo para a sociedade?

Será que a mulher devia, então, efetivamente, trabalhar?

As empresas continuam a ser familiarizadas, ou seja, o “negócio de família” ainda tem muito impacto, o que leva a ser o homem a ter o cargo mais alto, levando, assim, à discriminação da mulher. Esta discriminação implica, muitas das vezes, a diminuição do salário da mulher ou a recusa de cargos elevados nas empresas. Será que esta distinção é necessária à perpetuação do homem, tendo em conta que o papel deste também se alterou na sociedade?

A crença de que a mulher tem a obrigação de cuidar da família e educar os filhos ainda está muito presente na sociedade, o que, consequentemente acarreta o preceito de que a mulher deve utilizar uma dupla jornada, isto é, ter a capacidade de cuidar da família e trabalhar. No entanto, a mulher exerce estas funções perfeitamente, ao contrário do homem que, com o desenvolvimento da sociedade, vê-se obrigado a adaptar esta dualidade, mas por que é que continua a ser a mulher a ficar em casa a cuidar do recém-nascido? Ou a realizar a maioria das tarefas de casa? Por que é que o homem não altera, verdadeiramente, o seu papel, de modo a corresponder à nova sociedade?

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Apesar do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho e da diminuição da diferença salarial média entre os dois gêneros, as mulheres ainda enfrentam uma grande dificuldade de serem remuneradas e promovidas em relação aos homens. Os modelos econômicos competitivos não conseguem explicar essas diferenças sem fazer uso de hipóteses fortes sobre as preferências individuais e os objetivos da família. Uma das possibilidades estudadas é que a diferença na remuneração das mulheres tem um aspeto social através de seu trabalho não somente para o mercado, mas também para a manutenção da ordem dentro da família.

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Quadro com prós e contras apoiados na literatura.

Perspetiva Feminista Perspetiva Machista- Mulher invisível na sociedade;-Conquista o mundo com a sua emancipação;- As mulheres são discriminadas por quererem aceder ao mundo do trabalho do homem; - A mulher deve efetivamente trabalhar;- Garante a perpetuação da família mesmo com a falta do homem;- Altera os seus objetivos de vida: procura estudar e trabalhar para assegurar a sua independência;- Diminuição da natalidade não é culpa da mulher, apenas se alteraram os objetivos primários: primeiro assegura a sua carreira profissional e depois construi uma família;- Apesar de o papel dos homens na sociedade se ter alterado não significa que têm o direito de descriminalizar a mulher para não se sentirem inferiores;- A entrada da mulher no mercado de trabalho inquieta o homem pois torna-se independente e este deixa de ter o papel mais importante na sociedade e na família.- Aumento da violência física, verbal e psicológica devido ao homem se sentir inferior;- Revista Estudos Feministas: as mulheres executam de 4 a 6 vezes mais horas de trabalhos do que os homens semelhantes a elas, tendo em conta as mesmas horas semanais;- A mulher é a figura maternal, cuida dos filhos, da casa, das lidas domésticas, do homem e de tudo o que a rodeia;- As mentalidades não acompanharam a mudança da sociedade;- A mulher é alvo de discriminação pois é vista como desigualdade e não suficientemente capaz para realizar as tarefas do homem;- Capaz de representar eficientemente a dupla jornada de trabalho;- A mulher é mais autónoma e perspicaz sendo que o homem depende desta para

- Baixou a natalidade;- Maiores encargos para o Estado: baixas médicas com a gravidez e pós-parto e diminuição da produtividade das empresas;- Maior número de doenças mentais na mulher, nomeadamente depressões, por não conciliarem de forma harmoniosa família/trabalho;- Crianças mais rebeldes e tendencialmente com excesso de peso, por falta de laços afetivos com as mães durante a sua tenra idade, pelo facto de estas passarem muitas horas fora de casa a trabalhar;- Maior número de divórcios;- O papel do Homem alterou-se mas sem implicar necessariamente que a mulher deva trabalhar;- Tanto a biologia humana como a mentalidade das pessoas não se alterou para propiciar a entrada da mulher no mercado de trabalho: por exemplo, as meninas continuam a aprender a cozinhar e a fazer as lides domésticas com as mães enquanto os rapazes acompanham os pais na aquisição de conhecimentos mecânicos, eletricidade;- Na sociedade existe uma verdadeira e efetiva distinção entre profissões para Homens e para mulheres;- O Homem continua a ser considerado o garante da sobrevivência e da segurança da sua família e o centro da sociedade;- É um facto incontornável que a natalidade baixou desde que a mulher começou a trabalhar fora de casa;- Está comprovado por vários estudos, que o recém- nascido e crianças de tenra idade precisam mais das mães para o seu desenvolvimento saudável. Então, o Homem não deve alterar a sua rotina. O que deverá fazer é apoiar mais a mulher em casa;- Por se tentar alterar e inverter os papéis é que se gerou conflitos entre os géneros o que implicou uma atual crise de valores;- Ainda hoje, quando se regula as responsabilidades parentais e apesar da guarda conjunta, os filhos ficam entregues às mães, nem aqui há igualdade de género.

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realizar as suas tarefas. Quer se queira ou não, homens e mulheres são diferentes, a desempenhar papéis diferentes na sociedade.

Principais conclusões do debate

Apesar da participação das mulheres no mercado de trabalho ter aumentado e da redução da diferença salarial média entre o género masculino e feminino, as mulheres ainda defrontam uma grande dificuldade de serem remuneradas e promovidas relativamente aos homens no que diz respeito a cargos de chefia.

Os modelos económicos competitivos só pode ser justificado através de hipóteses fortes sobre gostos individuais e objetivos de família. Uma das possibilidades estudadas é que a diferença na remuneração das mulheres tem um aspeto social através de seu trabalho não somente para o mercado, mas também para a manutenção da ordem dentro da família.

Referências Bibliográficas. (2 livros e 4 artigos e outros)

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