empresa brasileira de correios e telegrÁfos:...
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DURVAL CARVALHAL
LANURCE PRAXEDES
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
TELEGRFOS: EXPANSO DO SEDEX 10 EM QUATRO
CIDADES DA REGIO METROPOLITANA DE SALVADOR/BA
Trabalho apresentado Universidade de
Salvador Unifacs, como requisito de
concluso do curso de ps-graduao em MBA
em Marketing, turma 7B, de 2007.
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Ladeira.
Salvador 2008
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SUMRIO
1 SUMRIO EXECUTIVO
2 SINOPSE
3 A EMPRESA
3.1 NEGCIO
3.2 MISSO
3.3 VISO
3.4 VALORES
4 INVESTIGAO DE MERCADO 9
4.1 Macroambiente 9
4.1.1 Diviso 10
4.1.1.1 Foras polticas 10
4.1.1.2 Foras econmicas 11
4.1.1.3 Foras culturais 15
4.1.1.4 Foras ambientais 18
4.1.1.5 Foras legais 21
4.1.1.6 Foras fsico-climticas 23
4.1.1.7 Foras sociais 24
4.1.1.8 Foras tecnolgicas 27
4.2 Anlise Microambiental 28
4.2.1 Fornecedores 29
4.2.2 Intermedirios 31
4.2.3 Foras pblicas 32
4.2.4 Concorrncia 33
4.2.5 Clientes 44
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4.3 Matriz BCG 46
5 Anlise SWOT 49
5.1 Anlise do ambiente interno 49
5.2 Anlise do ambiente externo 51
5.3 Fatores Crticos de sucesso 53
6 METAS E OBJETIVOS 54
6.1 Metas 54
6.2 Objetivos 54
7 ESTRATGIA DE MARKETING 55
7.1 Produto 55
7.1.1 Diferencial 56
7.1.2 Posicionamento 56
7.2 Preo 56
7.2.1 Preo Concorrencial 56
7.2.2 Preo Percebido 57
7.3 Ponto-de-Venda 57
7.4 Promoo 57
7.4.1 Propaganda 58
7.4.2 Venda pessoal 58
7.4.3 Marketing direto 58
8 PLANO DE AO 59
8.1 Detalhamento dos itens 59
8.2 Implementao do marketing 62
9 VIABILIDADE FINANCEIRA 65
9.1 Fluxo de Caixa 65
9.2 Demonstrativo de resultados 74
10 CONTROLES 74
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11 REFERNCIAS 75
12 ANEXOS 81
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1 SUMRIO EXECUTIVO
A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT) uma
entidade pblica, de mbito nacional, que presta servios postais populao
brasileira em 5.564 municpios, atravs de 12.627 postos de venda de produtos
e 29.232 caixas de coleta.
A ECT destaca-se no cenrio postal do Pas, porque tem uma
equipe de resultados, centrada na busca da excelncia, valorizando a
satisfao dos clientes, respeito aos empregados, tica nos relacionamentos,
competncia profissional, compromisso com as diretrizes governamentais,
responsabilidade social e excelncia profissional.
Nesse plano de negcios, os Correios objetivam expandir os
servios do SEDEX 10 para as principais cidades da Regio Metropolitana de
Salvador RMS, depois de Salvador: Camaari, Candeias, Lauro de Freitas e
Simes Filho (CCLS), para atender a demanda reprimida existente nessas
cidades, que tende a se agravar, em face do aumento populacional na RMS, o
boom na construo civil em todo o Estado da Bahia e a atrao turstico-
empresarial crescente na Grande Salvador.
O grande diferencial do Sedex 10 a garantia da entrega de
documentos e encomendas nos respectivos destinos at s 10 horas do dia til
seguinte ao da postagem, atendendo, assim, o anseio da clientela situada na
Regio Metropolitana de Salvador.
Para atingir seus objetivos, os Correios precisaro investir em
aquisio de caixas coletoras, de veculos e motos, contratao e treinamento
de pessoal, em propaganda e promoo, contemplando-se a sua misso de
facilitar as relaes pessoais e empresariais, mediante a oferta de
servios de correios, com tica, competitividade e responsabilidade
social, bem como a sua viso de ser reconhecida pela excelncia e
inovao na prestao de servios de correios.
Investimento inicial R$233.120.000
Receita Bruta (5 anos) R$14.230.2
Lucro lquido final (5 anos) R$ 14.047.97
Payback 10 ms
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Retorno sobre investimento 6981,52% em 5 anos
Retorno mdio anual sobre/investimento 179% ao ano
2 SINOPSE
O estudo, ora apresentado, retrata o panorama atual da Empresa
Brasileira de Correios e Telgrafos, enfocando seu portflio de produtos e
servios, sua atuao e influncias na Bahia.
O plano de marketing norteador desse trabalho aborda as possibilidades
de expanso do Sedex 10 entre as cidades de Camaari/BA, Candeias/BA,
Lauro de Freitas/BA e Simes Filho/BA (CCLS), todas pertencentes Regio
Metropolitana de Salvador.
3 A EMPRESA
A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos uma instituio pblica,
presente em todos os municpios brasileiros com a finalidade de prestar
servios postais a toda populao brasileira.
O atendimento ao pblico garantido e facilitado, graas vasta rede de
atendimento espalhada por 5.564 municpios brasileiros e mais de 1.500
distritos administrativos, que inclui 14.890 agncias, 12.677 postos de venda de
produtos e 29.232 caixas de coleta.
Para realizar a entrega de documentos/correspondncias e encomendas
a aproximadamente 52 milhes de domiclios em todo o Brasil, a ECT conta
com um efetivo superior a 110,6 mil empregados, dos quais 61 mil so
carteiros, alm de possuir uma ampla estrutura logstica nacional, composta
por 978 unidades de tratamento e distribuio, 6.654 veculos, 11.678 motos,
234.532 bicicletas e 27 linhas areas noturnas para remessas urgentes.
(Relatrio da Assessoria de Planejamento e Gesto, 2007).
3.1 NEGCIO
A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos, empresa pblica ligada
ao Ministrio das Comunicaes, atua no mercado postal brasileiro,
abrangendo o mercado de transporte de mensagens e encomendas, tendo
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como negcio principal interconectar pessoas e organizaes com qualidade e
rapidez.
3.2 MISSO
A Misso uma declarao sobre o que a organizao , sobre sua
razo de ser. Serve de critrio geral para orientar a tomada de decises, para
definir objetivos e auxiliar na escolha das decises estratgicas.
A misso da ECT foi alterada em 2007 a fim de melhor especificar os
servios de correios, ficando assim definida: Facilitar as relaes pessoais e
empresarias mediante a oferta de servios de correios, com tica,
competitividade e responsabilidade social.
3.3 VISO
uma projeo das oportunidades futuras do negcio da organizao e
como se pretende que a organizao seja vista e reconhecida.
A Viso nacional dos Correios assim estabelecida: Ser reconhecida
pela excelncia e inovao na prestao de servios de correios.
No mbito do Estado da Bahia, a viso dos Correios se define como:
Ser referncia nacional em negcios de correios e gesto de pessoas
com responsabilidade social.
3.4 VALORES
Sinalizam o que se persegue em termos de convices dominantes, de
crenas bsicas, de padro de comportamento de toda a equipe na busca da
excelncia.
A ECT valoriza:
a) Satisfao dos clientes;
b) Respeito aos seus empregados;
c) tica nos relacionamentos;
d) Competncia profissional;
e) Compromisso com as diretrizes governamentais;
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f) Responsabilidade social e
g) Excelncia empresarial.
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9
4 INVESTIGAO DE MERCADO
4.1 Macroambiente
Na recente evoluo da economia brasileira, ficou evidente uma forte
sensibilidade relativa s mudanas conjunturais internacionais.
Passou-se pelo modelo de Substituio das Importaes; pela crise do
choque de petrleo; choque da dvida externa; pelo processo de globalizao;
pelo governo Sarney; pelo Plano Cruzado e sua inflao galopante e pelo
Plano Collor, de controle rigoroso da liquidez da economia.
Nessas sucessivas conjunturas, a taxa de juros alta, bem como a
desconfiana relativa dos governos de ento, traou-se um panorama pouco
atrativo para os negcios internos.
Atualmente, na vigncia do governo Lula, as conjunturas nacional e
internacional apresentam-se bem favorveis ao mercado negocial, pois a
economia est em equilbrio; o mercado consumidor em franca expanso; a
taxa de juros em declnio; o risco do Pas em patamares baixo e alta a
confiana plena no governo, tanto interna, quanto externamente.
Por meio da ao do Ministrio das Comunicaes, que coordena e
participa da conduo de temas importantes no contexto mundial e defende os
interesses postais do Pas junto a organismos internacionais, a presena dos
Correios se fortalece cada vez mais nos cenrios nacional e internacional.
Seguindo as linhas de aes ministeriais, a ECT participa de diversos
organismos internacionais: Unio Postal Universal (UPU), Unio Postal das
Amricas/Espanha e Portugal (UPAEP), Organizao Mundial do Comrcio
(OMC), Comisso Temtica de Assuntos Postais do Mercosul (CTAP),
Associao dos Operadores de Correios e Telecomunicaes dos Pases e
Territrios de Lngua Portuguesa (AICEP).
Em 2005, foi atualizado o portflio das encomendas internacionais e,
aproveitando o momento do cmbio favorvel s importaes, os Correios
passaram a atuar no desenvolvimento de servios especficos para a
importao, visando ao incremento da receita advinda deste segmento, com a
criao do servio Importa Fcil.
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No ambiente nacional, a poltica governamental est sendo determinante
para as atividades e planos da corporao. O momento atual tem favorecido a
atuao da ECT no mercado brasileiro, devido combinao de alguns fatores:
crescimento da distribuio de renda, gerao de empregos e reduo da
pobreza.
Nesse sentido, os Correios oferecem diversos servios populao
brasileira, em particular queles com ntidos alcances sociais e reconhecidos
internacionalmente como exemplo da contribuio na aplicao de diretrizes
governamentais para erradicao da pobreza e incluso social (Banco Postal,
distribuio dos livros didticos).
A necessidade de manuteno do posicionamento no mercado e do
aumento da vantagem competitiva frente atuao da concorrncia
impulsionou a ampliao da atuao dos Correios nos segmentos de
encomendas e de logstica integrada, alm do digital, passando a apresentar
solues postais completas e sofisticadas para empresas diversas. O principal
servio do segmento de encomendas, o SEDEX, alcanou em 2007 a receita
de R$ 2,3 bilhes, representando 23,8% da receita operacional da empresa. O
SEDEX 10, lanado em setembro de 2001, faturou, em 2007, R$ 198 milhes e
j responde por 11% da receita do segmento de encomendas. (Intranet
Correios, 2008).
4.1.1 Diviso
4.1.1.1 Foras polticas
Nacionalmente, o governo federal tem merecido a confiana de todos os
setores da sociedade brasileira e tem externado forte convico democrtica, o
que tem contribudo para o Pas ter conquistado o grau de investimento por
organismo internacional, aumentando a confiana e a credibilidade do Brasil.
No Estado da Bahia, o governo tambm do Partido dos Trabalhadores
- PT, cujo governador, em perfeita harmonia com o governo federal, tem
governado, at ento, com sabedoria, tranqilidade e eficincia.
Na esfera municipal, o prefeito Joo Henrique era filiado ao PDT- Partido
Democrtico Trabalhista, apoiado pelo PT e vrios partidos progressistas, e
no encontrava dificuldades para governar. Sempre teve apoio na Cmara
http://intranetect/http://intranetect/
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Municipal, at mesmo para aprovar o polmico PDDU-Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano. (O PDDU, SALVADOR E O MUNDO, 2008).
Com a aproximao das eleies, natural que cada partido aliado
passe a ter vida prpria na busca do poder, o que, todavia, no cria grandes
dificuldades para o prefeito administrar a cidade de Salvador. Faz parte do jogo
poltico. (JOO HENRIQUE OFICIALIZA CANDIDATURA COM APOIO DE
WAGNER, 2008).
Mas a transferncia do prefeito Joo Henrique para o PMDB foi de
extrema importncia para a cidade, pois o deputado Gedel Vieira Lima o atual
ministro da Integrao e tem dado amplo apoio ao seu correligionrio, que est
tendo recursos suficientes para melhorar a infra-estrutura do municpio, que
passa, no momento, por um processo de asfaltamento em todos os bairros.
Nas principais cidades focadas da Regio Metropolitana de Salvador
(Camaari, Candeias, Lauro de Freitas e Simes Filho, as quais passaro a ser
mencionadas nos tpicos seguintes pelas iniciais CCLS), o cenrio poltico
muito similar ao de Salvador/BA, com predomnio do PT nas prefeituras de
Camaari/BA e Lauro de Freitas/BA, do Partido pelo Movimento Democrtico
Brasileiro PMDB na prefeitura de Candeias/BA e do Partido Trabalhista
Brasileiro - PTB na prefeitura de Simes Filho/BA. Essa composio de vrias
representaes partidrias nas prefeituras municipais dessas cidades contribui
e facilita o alinhamento das diretrizes traadas pelos governos federal, estadual
e municipal.
Dessa forma, a conjuntura poltica convergente entre as esferas
municipal, estadual e federal favorvel administrao pblica brasileira e
baiana, o que tem proporcionado um equilbrio poltico-econmico, que, por sua
vez, tem possibilitado a instalao, na Bahia, de novos negcios e de
empresas de mdio e de grande porte, as quais requerem servios eficientes,
confiveis e geis, a exemplo do Sedex 10, que sejam capazes de respaldar e
garantir o sucesso de todas as estratgias comerciais empreendidas por essas
organizaes. (A TARDE On Line - POLTICA: Joo Henrique responde
perguntas, 2008).
4.1.1.2 Foras econmicas
http://bocadeurna2008.blogspot.com/2008/06/joo-henrique-oficializa-candidatura-com.htmlhttp://bocadeurna2008.blogspot.com/2008/06/joo-henrique-oficializa-candidatura-com.html
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Salvador foi fundada em 29 de maro de 1549 e foi a primeira capital do
Brasil, originariamente chamada de So Salvador da Bahia de Todos os
Santos. Seus habitantes so soteropolitanos, que uma traduo do grego
Soterpoles. o principal municpio da Regio Metropolitana ou Grande
Salvador que formada por doze cidades:
Municpio Legislao rea (km)
Populao (2007)
IDH PIB em R$ (2005)
Salvador LCF 14/73 706,799 2.892.625 0,805 22.145.303.279
Camaari LCF 14/73 759,802 220.495 0,734 10.340.459.810
Lauro de Freitas
LCF 14/73 59,905 144.492 0,771 1.701.789.902
Simes Filho LCF 14/73 192,163 109.269 0,730 2.237.629.729
Candeias LCF 14/73 264,487 78.618 0,723 1.698.526.384
Dias d'vila LCF 14/73 207,504 53.821 0,732 984.983.534
Vera Cruz LCF 14/73 252,759 35.060 0,704 126.685.743
So Francisco do Conde
LCF 14/73 266,631 29.829 0,714 6.362.615.466
Itaparica LCF 14/73 115,922 19.897 0,712 69.766.898
Madre de Deus LCF 14/73 11,141 15.432 0,740 124.735.178
Mata de So Joo
LCE 30/2008 670,380 37.201 0,671 234.125.959
So Sebastio do Pass
LCE 30/2008 549,425 40.321 0,693 220.221.542
TOTAL 4.056,918 3.677.060 0,794[] 46.246.843.424[]
Fonte: Wilkpdia
A cidade ocupa uma rea de 706.799 Km2, tem uma populao de
2.892.625 habitantes, uma densidade demogrfica de 3.840,0 hab/km2, um
IDH de 0, 805, um clima tropical atlntico, um PIB orado em R$
22.145.303.000,00, e um PIB per capita de R$ 8.283,00 (IBGE/2005).
Com a aprovao do PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano,
que estabelece as diretrizes gerais das polticas que nortearo o ordenamento
da cidade e o desenvolvimento sustentvel do municpio nos prximos oito
anos, vislumbra-se um aumento gigantesco do nmero de apartamentos
residenciais na capital baiana, o que vai impactar fortemente na demanda por
servios de correios.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_%28Bahia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Cama%C3%A7arihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lauro_de_Freitashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lauro_de_Freitashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sim%C3%B5es_Filhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Candeias_%28Bahia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Dias_d%27%C3%81vilahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vera_Cruz_%28Bahia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Francisco_do_Condehttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Francisco_do_Condehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Itaparicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Madre_de_Deus_%28Bahia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o_do_Pass%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o_do_Pass%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvador#cite_note-IDH_RM-3#cite_note-IDH_RM-3http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvador#cite_note-nota_2007-2#cite_note-nota_2007-2
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O mercado imobilirio baiano cresceu 200% em 2007. A oferta de
crdito, prazos alongados para pagamento e juros mais baixos, aliado ao
aumento do poder de compra do consumidor, vm provocando um verdadeiro
boom no mercado imobilirio baiano. (MERCADO IMOBILIRIO BAIANO
CRESCE 200% ESTE ANO, 2008).
Depois que os bancos voltaram a oferecer financiamento, desta vez com
prazos para pagamento maiores e taxas de juros inferiores, o mercado deu um
salto. Como corolrio, a oferta residencial, mormente para a classe mdia,
implicar no aumento da populao residente em Salvador, o que vai reclamar,
da ECT, mais racionalizao na logstica de distribuio e mais agilidade na
organizao do processo de prestao de servios postais.
Ampliando essa viso, observa-se que a economia baiana sofreu
profundas transformaes desde 1960, com o crescimento da atividade
industrial e a modernizao do setor de comrcio e servios.
exceo de poucos plos de desenvolvimento no interior, o empuxo
na economia concentrada na Regio Metropolitana de Salvador RMS, tem
impactado na composio do PIB regional: a indstria aumentou sua
participao no PIB estadual, enquanto a agricultura declinou e as reas de
comrcio e servios sofreram reduo.
O grfico seguinte mostra um comparativo entre o do PIB da Bahia e o
PIB do Brasil:
Fonte: Bahiainvest
Esses resultados so frutos da slida poltica de incentivos fiscais que,
ao longo dos ltimos 20 anos, ajudou a consolidar a produo, atraindo novos
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investimentos para a Bahia, principalmente para as cidades de Salvador,
Camaari, Simes Filho, Candeias e Lauro de Freitas, gerando uma economia
forte, com elevado grau de confiabilidade junto aos organismos financeiros
nacionais e internacionais.
As caractersticas econmicas dessas principais cidades da RMS
apresentam aspectos bem definidos: Camaari, 42 km distante de Salvador,
tem sua economia baseada no Complexo Petroqumico de Camaari - COPEC,
cuja operao foi iniciada em 1978, sendo composto por mais de 60 empresas
qumicas, petroqumicas e de outros ramos de atividade como indstria
automotiva, de celulose, metalurgia do cobre, txtil, bebidas e servios. Mais
tarde, no ano 2000, viu-se a implantao da Ford e Plo de Apoio, que, em
conjunto com o Complexo Petroqumico de Camaari, geram um faturamento
aproximado de US$ 14 bilhes/ano, contribuindo anualmente com mais de R$
700 milhes em ICMS para o Estado da Bahia. Graas a isso, o municpio
possui um dos maiores PIBs do Nordeste (IBGE/2007).
Com o 6 maior PIB do Estado da Bahia, as maiores atividades
econmicas da cidade de Candeias giram em torno de um consolidado parque
industrial, um dos mais importantes portos do Brasil, o Porto de Aratu, alm de
fazer parte do CIA - Centro Industrial de Aratu, e estar prxima da segunda
maior refinaria do Pas, Refinaria Landulfo Alves (RLAM), Mataripe/BA.
(REFINARIA LANDULPHO ALVES, 2008).
O municpio de Lauro de Freitas tambm apresenta uma realidade
econmica em desenvolvimento, a qual tem como causa a poltica de iseno
de impostos para empresas e fbricas, representando, dessa forma, um
atrativo para alojamento de organismos empresariais e industriais para a
cidade. Possuindo um PIB superior a um bilho de reais, Lauro de Freitas
considerada um dos municpios mais industrializados da Bahia, ocupando a 3
posio entre eles. Seu comrcio concentrado na Estrada do Coco (BA-099),
que corta o municpio, mas tambm nos centros dos seus principais bairros
(PLO PETROQUMICO E O DESENVOLVIMENTO DE LAURO DE FREITAS,
2008).
Simes Filho considerada um dos mais fortes plos industriais da
Bahia, possuindo hoje quase 200 indstrias nos mais diversos segmentos,
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15
grande parte instalada no CIA, alm de um porto natural (Porto de Aratu)
extremamente protegido pela Baa de Aratu, importante fator para escoamento
de produo das indstrias locais.
Todos os aspectos inerentes economia da capital baiana e demais
municpios da Regio Metropolitana de Salvador, em especial das cidades de
Camaari, Candeias, Lauro de Freitas e Simes Filho, revelam o potencial
empresarial e industrial desta regio. Para o segmento de encomendas dos
Correios, os ndices econmicos da Bahia, aliados estruturao poltica,
mostram uma tendncia de crescimento da demanda direta por servios de
envio e entrega de documentos e encomendas com segurana e prazo
reduzido, considerada a atratividade de empresas de outros estados para
fixao na Bahia, influenciadas, inclusive, pelas polticas pblicas de incentivos
fiscais. (WIKIPDIA, 2008).
4.1.1.3 Foras culturais
Salvador a terceira cidade mais populosa do Brasil, com quase trs
milhes de habitantes, perdendo, no Brasil, apenas para Rio de Janeiro e So
Paulo. Foi dominada fundamentalmente pelos portugueses, que trouxeram
grandes contribuies para a provncia, sobretudo na formao da sua etnia.
Por isso, um municpio mestio dentro da trilogia: ndio, branco e negro.
essa a identidade cultural da Boa Terra, eternizada nos romances de Jorge
Amado.
Nos ltimos anos, a populao de Salvador tem aumentado a taxas
equilibradas. O ritmo vem gradualmente diminuindo. Teve, nas dcadas de
1960 a 1991, o pico de crescimento, como se pode observar no grfico abaixo.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1960http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1960http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1990
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Salvador uma cidade muito musical; da, a sua grande contribuio
com a Msica Popular Brasileira, atravs de nomes como Dorival Caymi, Joo
Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Betnia, Gal Costa, Carlinhos
Braw, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, dentre outros. Alm disso, possui praias
famosssimas, como a do Porto da Barra, Itapo e dos Artistas.
Salvador conta com mais de trinta teatros, destacando-se o Teatro
Castro Alves, Concha Acstica, Vila Velha, Espao Xisto, Jorge Amado, Teatro
XVIII, Acbeu, Caixa Cultural, dentre outros.
H, ainda, diversos pontos tursticos como Pelourinho, Mercado Modelo,
Ponta de Humait, alm das festas populares como carnaval e So Joo, que
tm uma fora enorme de aglutinao de pessoas, alm da festa cvica do Dois
de Julho, muito significativa para os baianos e para os brasileiros, pois
representa o inicio da independncia nacional e as festas religioso-profanas
como Lavagem do Bonfim, Procisso do Senhor Bom Jesus dos Navegantes e
Festa de Yemanj e Nossa Senhora da Conceio.
Por fim, h mais de quarenta museus em Salvador, como Antropolgico
Estcio de Lima, Afro Brasileiro, Arqueologia e Etnologia, Arte Moderna, Carlos
Costa Pinto, Casa da Msica, Casa de Ruy Barbosa, Casa do Benin, Cincia e
Tecnologia, Fundao Casa Jorge Amado, Instituto Geogrfico-Histrico da
Bahia, Memorial Carlos Coquejo, Memorial dos Governadores da Bahia, dentre
outros.
Com tantos pontos turistico-culturais, sua msica de projeo mundial,
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sua gastronomia diversificada e rica e a riqueza da miscigenao racial do seu
povo, Salvador afigura-se como um cidade internacional, um ponto turstico que
atrai povos do mundo inteiro, impactando fortemente na comunicao postal.
Nas cidades da RMS (destaque para os municpios de maior porte,
CCLS), so verificados aspectos culturais variados, observando nessas
localidades uma forte presena da religisosidade e preservao dos
monumentos histricos, a exemplo da adorao Nossa Senhora das
Candeias no municpio de Candeias, cidade onde se transpira a cultura
portuguesa e indgena de seus antepassados, fruto da cultura colonial. Em
Camaari, o trao mais marcante da cultura local a Cidade do Saber, que
funciona como um centro integrado das vrias expresses culturais,
predominando, tambm no municpio, diversas manifestaes culturais
espalhadas ao longo de seu territrio, que variam de acordo com a localidade e
com a poca do ano, a exemplo da Chegana de Mouros, Chegana de
Marujos, Samba de Roda, Boi Janeiro de Parafuso, Boi Reisado, Puxada de
Rede e Ternos de Reis.
Em Lauro de Freitas, apresenta-se, como forte trao cultural, a igreja
Matriz de Santo Amaro de Ipitanga, localizada na praa principal da cidade,
sendo o mais representativo monumento arquitetnico da cidade, datada do
final do sculo XVII, estando situada em um dos pontos mais altos do
municpio e com sua festa no ms de janeiro, onde ocorrem a lavagem, a
procisso e a missa solene.
Os aspectos culturais de Salvador e de cada uma das quatro principais
cidades da RMS(CCLS) possuem caractersticas prprias, que revelam a
diversidade cultural da Bahia, a qual se estende das igrejas seculares ao
artesanato tpico das cidades do interior, e da crena diversificada de seu povo
mestio aos mitos e ritos do folclore local.
Essa riqueza cultural de Salvador e das outras cidades da Grande
Salvador , tambm, fortemente influenciada pelos costumes e valores dos
novos moradores (pessoas e empresas), que migram para essas localidades,
atrados pelas caractersticas locais e tambm pelas perspectivas econmicas
que esses municpios oferecem, introduzindo na cultura regional
comportamentos e valores que prezam pela qualidade e profissionalismo nas
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relaes pessoais e profissionais.
Esse novo comportamento requer, do mercado, produtos e servios que
ofeream solues completas, capazes de atender os desejos e necessidades
dessa populao. Nesse cenrio, enquadram-se os servios prestados pelos
Correios, os quais, em razo das inovaes recebidas, apresentam atributos
acima do nvel exigido por esses clientes. (WIKIPDIA, 2008).
4.1.1.4 Foras ambientais
Salvador uma cidade histrica. a capital do Estado da Bahia.
Encontra-se localizada em uma pennsula, banhada, ao leste, pelo Oceano
Atlntico e, ao oeste, pelas guas calmas da Bahia de Todos os Santos.
Possui lindas praias tropicais ao longo dos seus 34 km de costa,
rodeadas por vales e colinas de exuberante flora nativa. Sua topologia dividiu-a
em Cidade Alta e Cidade Baixa, com a Catedral e o Centro Administrativo na
primeira. Foi a capital originaria do Brasil e conserva grande parte da
arquitetura colonial. Entre os atrativos do seu Centro Histrico, destacam-se o
Pelourinho, as praas Municipais e da S; o Palcio Municipal, o Palcio Rio
Branco, a Santa Casa e Igreja da Misericrdia e o Terreiro de Jesus com suas
igrejas.
Os hotis e apara hotis em Salvador encontram-se localizados,
principalmente ao longo da Bahia de Todos os Santos ou nos arredores do
Centro Histrico, e esto prximos s praias ctricas da cidade e tm,
geralmente, uma boa infra-estrutura e servios completos. Existem alguns mais
econmicos e de nvel mdio de preos, situados na Barra e Porto da Barra, ou
dispersos ao longo da Avenida Sete de Setembro.
Salvador umas das 700 cidades do mundo a fazer parte da Rede
Internacional de Comunidades Modelo em Energias Renovveis Locais da
associao Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI). Mantm a parceria
com o Secretariado para a Amrica Latina e Caribe do ICLEI, atravs do
escritrio de projetos mantidos no Brasil, com sede em So Paulo. uma das
28 cidades latinas que promovem intercmbios com foco na sustentabilidade e
proteo ambiental.
Nas ltimas dcadas, a cidade vem passando por um processo de
http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_da_Ba%C3%ADahttp://www.interhabit.com/salvador_bahia/hotel_953.htmhttp://www.interhabit.com/salvador_bahia/hotel_953.htm
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19
urbanizao crescente dentro da rea denominada Miolo, assim denominado
desde os estudos do Plano Diretor de Desenvolvimiento Urbano para a Cidade
de Salvador (PLANDURB), da dcada de 1970. Este nome se deve ao fato de
a regio situar-se, em termos geogrficos, na parte central do municipio de
Salvador, ou seja, no miolo da cidade. Possuindo cerca de 115 Km., ele est
entre a BR 324 e a Avenida Luiz Viana Filho, mais conhecida como Avenida
Paralela, estendendo-se desde a Invaso Saramandaia at o limite Norte do
Municipio. (LEI ORGNICA DO MUNICPIO, 2006).
Miolo oferece condies fsico-ambientis favorveis habitabilidade. A
estas boas condies no mbito das caractersticas naturais, soma-se a
situao geogrfica no contexto de Salvador, inclusive em relao aos
municpios circunvizinhos. Tudo isto faz do Miolo da cidade de Salvador uma
rea de expanso urbana por excelncia.
BAIRROS DE SALVADOR
Alto do Peru Eng.Velho da Federao
Ondina
Amaralina Eng.Velho de Brotas Paripe
Barbalho Fazenda Grande Pelorinho
Bairro da Paz Federao Periperi
Barra Garcia Pernambus
Barra Avenida Graa Piat
Barroquinha IAPI Pilar
Boca do Rio Iguatemi Pituba
Bonfim Imbu Plataforma
Cabula Itaigara Quintas
Caixa dgua Itapu Ribeira
Cajazeiras Jardim Apipema Rio Sena
Calabar Jardim Armao Rio Vermelho
Calada Jardim Brasil Saramandaia
Caminho das rvores
Jardim das Margaridas Santana
Campo Grande Liberdade STIEP
Castelo Branco Lobato Stela Maris
Chame-Chame Luiz Anselmo Sussuarana
Comrcio Marecha Rondon So Caetano
Cosme de Farias Mata Escura So Cristvo
Costa Azul Mussurunga Toror
Coutos Narandiba Valria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbalho_%28Salvador%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Barra_%28Salvador%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Barra_Avenida_%28Salvador%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroquinha_%28Salvador%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Boca_do_Rio_%28Salvador%29
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20
Doron Nazar Vitria
Fonte: Wikipdia, 2008.
No tocante s principais cidades da Regio Metropolitana de Salvador
(CCLS), os aspectos ambientais se assemelham aos de Salvador.
A cidade de Camaari situa-se a 42 km de distncia de Salvador, com
uma extenso de 759,802 km, uma populao de 220.495 habitantes e
densidade demogrfica de 290,2 hab/km. (IBGE/2007). Como um dos
principais centros econmicos do Estado da Bahia, Camaari , tambm, um
dos mais cobiados roteiros tursticos da Costa dos Coqueiros, envolto por
belas praias margeadas por coqueirais, a exemplo de Arembepe, Barra do
Jacupe, Guarajuba, Jau, Busca Vida, Interlagos e Itacimirim. O acesso a
essas praias facilitado pela Estrada do Coco e pela estrada litornea (Linha
Verde) que ligam o Estado da Bahia ao de Sergipe.
Candeias limita-se ao norte com o municpio de So Sebastio do
Pass/BA; ao sul, com Baa de Aratu; ao leste, com os municpios de
Camaari/BA e Simes Filho/BA e a oeste, com de So Francisco do
Conde/BA, distante de Salvador 46 km. Possui uma rea de 64,487 km, com
uma populao de 78.618 habitantes e densidade demogrfica de 297,3
hab./km (IBGE/2007).
O principal porto de entrada da Bahia, o Aeroporto Internacional de
Salvador, localiza-se na divisa entre Salvador e Lauro de Freitas. Esta se situa
ao norte da capital baiana, na regio do Litoral Norte da Bahia. Faz divisa ao
sul e ao oeste com Salvador; ao norte, com Camaari/BA e Simes Filho/BA.
Possui um litoral de seis quilmetros banhados pelo Oceano Atlntico, divididos
em trs praias: Buraquinho, Praia de Ipitanga e Vilas do Atlntico. Distante de
Salvador 30 km, Lauro de Freitas possui uma extenso de 59,905 km, com
uma populao composta de144.492 habitantes, (IBGE/2007).
A cidade de Simes Filho/BA tem, como cidades limtrofes, Salvador/BA,
Lauro de Freitas/BA, Camaari/BA, Dias D'vila/BA e Candeias/BA, estando
distante da capital baiana 21 km, apresentando uma estenso de 192.163 km,
com uma populao de 109.269 habitantes e densidade - 571,3 hab./km,
(IBGE/2007).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Sobre
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21
A urbanizao crescente e a introduo de empresas/indstrias nesses
municpios tm acelerado fortemente a expanso dessas cidades, originando o
surgimento de inmeros novos bairros residenciais e comerciais/industriais,
exigindo um leque maior de solues postais que atenda s diversas
demandas desses mercados em expanso, sendo crucial para a ECT garantir a
eficincia e agilidade na prestao dos servios de correios.
4.1.1.5 Foras legais
Por estar classificada como empresa pblica, a atuao da Empresa
Brasileira de Correios e Telgrafos est embasada constitucionalmente, sendo
amparada por legislao definida pelo Ministrio das Comunicaes e pela Lei
8.666/93. Todos os atos praticados, em nome dos Correios, so
acompanhados pelo Tribunal de Contas da Unio, ao qual, a Administrao
Central dos Correios e suas Diretorias Regionais situadas em cada um dos
estados brasileiros devem prestar contas de todas as decises tomadas em
nome do bem pblico postal.
O servio postal exercido pela Unio, conforme estabelece o Art. 2 da
Lei 6538/78: O servio postal e o servio de telegrama so explorados pela
Unio, atravs de empresa pblica vinculada ao Ministrio das Comunicaes.
A execuo das atividades desenvolvidas pelos Correios tambm
protegida por leis especficas, a exemplo da Lei n. 6.538, de 22 de junho de
1978, que dispe sobre os servios postais, tipificando, como criminosas,
condutas praticadas em detrimento desses servios.
Consoante o Art. 42, crime coletar, transportar, transmitir ou distribuir,
sem observncia das condies legais, objetos de qualquer natureza sujeitos
ao monoplio da Unio, ainda que pagas as tarifas postais ou de telegramas,
cuja pena de deteno, at 2 (dois) anos, ou pagamento no excedente a 10
(dez) dias-multa.
O servio postal brasileiro bastante seguro, a ponto de ser
amplamente reconhecido pelos usurios, em que 80% confiam nos servios
dos Correios, segundo pesquisa realizada pela Vox Populi. Essa confiana
respaldada no s pela qualidade dos servios prestados, como tambm pela
Constituio Federal/1988, a qual, em seu Art. 21 - Inciso X, no apenas
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adverte ser da Unio a competncia para manter o servio postal, mas
estabelece competncias expressas e enumeradas, as quais a Unio deve
exercer com exclusividade, fazendo-o por outorga ECT (Decreto 509/69).
Essa exclusividade atribuda ao servio de mensagem (carta), o qual
explorado pelos Correios em regime de monoplio.
No segmento de transporte de encomendas no existe essa
competncia privativa dos Correios, prevalecendo as prticas da concorrncia
mercadolgica, sofrendo, a ECT, acirrada concorrncia nas atividades de
coleta, distribuio e entrega de mercadorias.
As cidades da Regio Metropolitana tambm esto amparadas por leis,
as quais asseguram amplas garantias de respeito coisa pblica, o que atrai
pessoas para morar, bem como para veranear, aumentando, em conseqncia,
a demanda por servios postais.
A Lei Orgnica do Municpio de Salvador estabelece:
Art. 2. O Municpio de Salvador dividir-se-, na forma da lei, em
unidades regionalizadas, objetivando a descentralizao administrativa e a
otimizao da execuo de obras e prestao dos servios de interesse local.
Art. 90. No ser admitida urbanizao que impea o acesso pblico s
praias e ao mar.
Art. 94. O Municpio estimular a implantao de loteamentos e
empreendimentos habitacionais destinados populao de baixa renda,
estabelecendo incentivos iniciativa privada entre estes:
I - elaborao gratuita de projetos;
II - implantao de infra-estrutura simplificada.
O recm aprovado PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano,
no tem somente aspecto urbano-espacial, mas tambm uma viso econmica
da cidade. Trata-se de uma poltica urbana do municpio como um todo.
Segundo Leonell, secretrio municipal de Emprego e Renda, ao
regularizar questes urbano-espaciais, com preocupaes ambientais e
culturais, o PDDU cria situao favorvel para o desenvolvimento da economia
de servios, a partir da atrao de novas indstrias e da utilizao das
potencialidades tursticas da cidade, fomentando um ciclo de prestao de
servios com base no legado cultural.
-
23
Dessa forma, os aspectos legais que regem a convivncia, tanto em
Salvador, como nas principais cidades da RMS, atraem a imigrao interna,
com deslocamento de pessoas da capital para as demais cidades da RMS e
vice-versa, impactando fortemente nos servios de postagem, face ao boom
imobilirio existente. Alm de empresas e indstrias, muitos turistas internos e
externos tm escolhido Salvador e as outras cidades litorneas da Grande
Salvador como locais aprazveis, alegres e agradveis para gozar frias,
reclamando, por conseguinte, mais eficincia e qualidade nos servios
prestados pelos Correios, aspectos esses, respaldados e garantidos pela vasta
legislao postal. (Intranet Correios, 2008).
4.1.1.6 Foras fsico-climticas
A Bahia apresenta uma geografia privilegiada, a comear pelas
caractersticas da capital Salvador. Esta fica a 1550 km de Braslia, a 1730 km
do Rio de Janeiro, e a 1960 km de So Paulo. Seu clima tropical quente. As
estaes do ano so equilibradas, chovendo na estao fria e fazendo sol na
estao quente, cuja temperatura local oscila entre 16C no inverno a 38C no
vero. uma cidade litornea, banhada pelo Oceano Atlntico, que o
segundo maior oceano em extenso, com uma rea aproximada de
106.200.000 Km2.
O municpio est ligado a diversas cidades vizinhas, atraves da Baa de
Todos os Santos, patrimnio cultural da Humanidade. a maior e uma das
mais belas baas da costa brasileira, cujo encanto atrai todos que a visitam pelo
grande nmero de ilhas tropicais, pelas praias e vegetao paradisacas e pela
grande riqueza histrica do seu cenrio. uma rea caracterizada por igrejas,
fortalezas, impressionantes e belos solares coloniais e sedes de grandes
fazendas e que j foi o maior porto martimo do Hemisfrio Sul, nos sculos
XVII e XVIII.
Salvador conta, tambm, com inmeros parques, urbanos e naturais,
impactando positivamente no clima da cidade. So reas abundantes de
vegetao, protegidas pelo poder pblico, destinadas recreao dos
habitantes e comumente chamada de rea verde, livre, em geral, de
edificaes.
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24
Quanto s principais cidades localizadas na RMS (CCLS), todas
possuem, em comum, o clima tropical, que, em virtude da grande proximidade
do litoral, apresentam temperaturas mdias anuais variando entre 24 a 30C,
pluviosidade mdia anual entre 1600 e 2000 mm, sendo que as maiores
concentraes pluviomtricas ocorrem entre os meses de abril e junho.
As formas de relevo predominantes nesses municpios so os tabuleiros
pr-litorneos, os planaltos costeiros, as plancies marinhas e fluviomarinhas e
as baixadas litorneas, associadas a uma geologia com presena de
conglomerados, gnaisses, arenitos, depsitos fluviais e costeiros (areias de
praias, dunas, mangues, terraos e cordes litorneos).
Esses fatores conjugados favorecem o aumento da demanda dos
servios postais, posto que, a proximidade de Salvador com as cidades da
Regio Metropolitana de Salvador, combinada com o clima tropical
predominante nessa parte do Estado da Bahia e com as condies fsicas da
regio, estimula as imigraes interna e externa, tanto de pessoas, quanto de
empresas, causando forte impacto na economia baiana, que,
conseqentemente, exigir servios de qualidade em todos os segmentos,
inclusive na rea postal. (BAA DE TODOS OS SANTOS BA: PATRIMNIO
CULTURAL DA HUMANIDADE, 2008).
4.1.1.7 Foras sociais
O mundo tem quase sete bilhes de habitantes; o Brasil, 190 milhes e
Salvador, quase trs milhes. o terceiro municpio mais populoso do Pas,
conforme tabela abaixo:
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Em 06.06.2008
A cidade de Salvador tem passado por modificaes significativas ao
longo das ltimas dcadas e apresenta grandes potencialidades de
crescimento, enquanto cidade mundial. Centro tradicional de atividades
financeiras, comerciais e burocrticas, a cidade do Salvador, hoje com cerca de
2.200 milhes habitantes, beneficiou-se, durante muito tempo, dos estmulos
dinmicos oriundos da agropecuria estadual. Em funo dessa relao
simbitica, a decadncia da agropecuria baiana, cuja origem remonta a
meados do sculo passado, atingiu dramaticamente a economia metropolitana.
Nem o relativo florescimento da economia cacaueira, j no sculo XX, poupou-
a da convivncia com uma prolongada crise.
Se a economia baiana atingiu, na dcada de 50, do sculo XX, o pice
da letargia na qual mergulhara h quase 100 anos, a criao da Petrobrs e da
Chesf, nessa mesma dcada, representou o marco de uma nova era. Como
no poderia deixar de ser, o surto de transformao da economia estadual,
ento deflagrado, e que se estendeu at as dcadas de 60 e 70 com a
implantao do CIA Centro Industrial de Aratu e do COPEC Complexo
Petroqumico de Camaari.
Todo esse crescimento pode, contudo, gerar situaes de excluses, a
exemplo do que se observava em Salvador h 04 anos, onde os brancos
chegavam a receber 2,8 vezes mais. Esse padro se repete nas categorias de
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26
ocupao como mostra a tabela 4, abaixo: os trabalhadores por conta prpria
brancos recebiam 2,2 vezes mais do que os pretos ou pardos. Ainda nessa
categoria, Salvador e So Paulo apresentaram as maiores diferenas. (IBGE,
2008).
Esse crescimento da economia baiana que alcanou a capital avanou,
principalmente, para sua Regio Metropolitana, com a penetrao de empresas
e indstrias, graas poltica de iseno de impostos promovida pelos
governos estadual e municipal.
Essa expanso econmica, todavia, no reflete a realidade social vivida
pela populao da RMS. Segundo estudos realizados pelo DIEESE e IBGE em
2005, a grande maioria da populao ativa da Grande Salvador oriunda
(reside) de Salvador e cidades vizinhas, recebendo, em mdia, de 1 a 4
salrios mnimos. Esse fator explicado pela baixa qualificao, principalmente
da populao das cidades pertencentes RMS. Essa realidade contribuiu para
que as empresas e indstrias instaladas na Grande Salvador optassem pela
utilizao de mo-de-obra especializada, captadas em cidades das regies Sul
e Sudeste.
Esse cenrio apresenta duas implicaes: a perpetuao dos nveis de
pobreza da RMS e a introduo de novas culturas nas cidades da Grande
Salvador, com a modificao e diversificao das necessidades dos moradores
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27
recm-chegados (imigrantes oriundos do Sul e Sudeste do Brasil), que
passaram a residir em cidades da RMS.
A grande conseqncia desse quadro o aumento dos nveis de
exigncia dessa nova populao da RMS, a qual passa a impor e requerer
servios, dentre eles, os servios postais, com elevados padres de qualidade,
rapidez e eficincia. (REESTRUTURA URBANA X REESTRUTURAO DA
CIDADE: O CASO DE SALVADOR, 2008).
4.1.1.8 Foras tecnolgicas
O ser humano naturalmente gregrio. A comunicao, pois, de
fundamental importncia na vida humana. Basta verificar que, quando algum
comete crime doloso, apenado, luz do Cdigo Penal; e como auge do
castigo, a condenao caracterizada pelo regime fechado, ou seja, sem se
comunicar com outrem.
No mundo atual, com o advento da tecnologia e da globalizao,
imperioso e decisivo para qualquer organizao desenvolver suas atividades,
com a observncia do avano tecnolgico, pois informaes e dados so
matria prima bsica para se manter competitivo.
A globalizao se consolidou, o mundo corporativo customizou-se e a
cincia administrativa encontrou novas estratgias tecnolgicas e
organizacionais, valendo-se de modernos sistemas informacionais, objetivando
mais competitividade no novo e moderno ambiente empresarial.
Dessa forma, o marketing por banco de dados inevitvel. um
imperativo dos tempos modernos. H uma abundncia de bens e servios que
podem ser adquiridos por clientes, cada vez mais exigentes, em qualquer
mercado fsico, ou at mesmo virtual.
O cliente o centro das atenes do mercado. Conhec-lo em toda sua
plenitude afigura-se como grande diferencial que possibilitar a sua fidelizao.
A empresa que no souber implantar, interpretar e gerenciar seu banco de
dados est comprando passaporte para o insucesso.
Esse investimento na automao dos processos internos, bem como na
mudana nas formas de gesto, resultam em maior integrao das diversas
reas da organizao, fortalecendo-a frente concorrncia e agregando valor
http://www.ub.es/geocrit/-xcol/388.htmhttp://www.ub.es/geocrit/-xcol/388.htm
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28
aos seus produtos e servios.
Atento a esse cenrio, os Correios vm promovendo uma intensa
modernizao na sua estrutura tecnolgica, introduzindo sistemas e
equipamentos avanados nos setores essenciais da empresa, com vistas a
tornar os processos postais num nvel de excelncia que lhe permita alcanar
patamares elevados de competitividade.
Dentre os novos sistemas implantados pelos Correios, encontram-se o
Sistema de Automao, permitindo o melhor gerenciamento das atividades
comerciais, financeiras, operacionais e tecnolgicas dos Correios, agregando
qualidade informao e facilidades nas auditorias, oferecendo bases
confiveis para estatsticas de atendimento e da captao de novos servios;
Sistema de Automao de Agncias, possibilitando um atendimento mais gil,
eficiente, seguro e confortvel para o cliente; Plataforma Computacional com
cerca de 2.500 equipamentos interligados por meio da rede interna de
computadores, a exemplo da CorreiosNet, cuja funo de correio eletrnico
tem propiciado a otimizao de recursos e a agilidade na troca de informaes;
SRO - Sistema de Rastreamento de Objetos, que permite o acompanhamento
do trmite de correspondncias e encomendas, desde a origem at o destino,
sendo um diferencial, principalmente para as empresas que enviam e recebem
constantemente documentos e mercadorias de diversas partes do Pas.
(HISTRIA POSTAL, 2008).
4.2 Anlise microambiental
A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos atua nos mercados
postais nacional e internacional e est presente em todas as cidades do Pas,
oferecendo, populao brasileira, diversos produtos e servios postais.
Para expandir sua participao no mercado onde atua, entre os anos de
2005 a 2007, ampliou seu portflio, atravs de inovao e lanamento de
diversos produtos e servios, a saber: CorreiosNet Shopping, Encomenda
PAC, Sedex Mundi, e-Sedex, Novo Malote, Vale Postal Internacional
Eletrnico, Importa Fcil, Mala Direta Agendada, Certificao Digital, Disque
Coleta, Logstica Integrada e Logstica Reversa.
Investimentos em capacitao da equipe funcional so outra vertente da
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29
modernizao dos Correios. Atravs da Universidade Correios, localizada em
Braslia/DF, gerenciada pelo Departamento de Recursos Humanos (tambm
localizado em Braslia/DF), treinamentos e cursos so formatados de acordo
com as necessidades e especificidades dos cargos desempenhados pelos
funcionrios em todas as partes do pas, com vistas ao atingimento da
excelncia na prestao dos servios postais. Parcerias e convnios so
firmados com instituies de ensino tcnico, de idiomas e ensino superior, com
o fim de oferecer, ao corpo funcional, cursos profissionalizantes, de lnguas
estrangeiras, de graduao e ps-graduao, ampliando o nvel de
conhecimento da fora de trabalho, objetivando dot-la dos recursos
educacionais mnimos necessrios para um melhor desempenho profissional.
(Intranet Correios Relatrio da Diretoria de Recursos Humanos, 2008).
Com sua poltica de renovao estrutural (melhoria e ampliao das
instalaes das agncias e Centros de Tratamento de Correspondncias e
Encomendas, aquisio de novos veculos, equipamentos e ferramentas),
aliada introduo de avanados sistemas e recursos tecnolgicos nas vrias
atividades que desenvolve, os Correios vm se destacando pela alta qualidade
dos servios prestados, conforme identificado nos resultados obtidos atravs
da pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi no ano de 2005. Do total de
entrevistados, 86,7% vem a organizao como uma empresa atualizada
tecnologicamente; 87,7% classificam os Correios como uma empresa confivel;
97,8% o ndice de satisfao dos entrevistados com as atividades de
distribuio (tarefa final do processo postal). (Intranet Correios, 2008).
4.2.1 Fornecedores
A possibilidade de criao de valor na cadeia de relacionamentos
estabelecida pelas empresas nos mercados onde atua pressupe uma parceria
qualitativa com fornecedores to expressiva e duradoura quanto a que a
empresa busca estabelecer com seus clientes. Essa parceria pede um novo
modelo de relao comercial, fundamentada em vnculos de confiana e
cooperao, construdos em torno do compromisso de maximizao da
gerao de valor, pela permanente criao de mix de solues inovadoras
voltada para as reais necessidades dos consumidores.
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Dentre os principais aspectos a serem considerados na seleo dos
fornecedores, esto o custo, a qualidade e a pontualidade na entrega dos
produtos solicitados, pois no basta apenas fornecer produtos ou servios aos
clientes, imprescindvel que sejam criadas e aprimoradas experincias e
parcerias personalizadas, onde esses produtos e servios disponibilizados
sejam aceitos no mercado e, principalmente, estejam direcionados s
necessidades de cada cliente. Quanto melhor for o relacionamento entre
empresas e fornecedores, maiores as chances das organizaes obterem
sucesso e vantagem competitiva.
A relao mantida pelos Correios com seus fornecedores
estabelecida pela Lei 8.666/93, a qual determina a realizao de processos
licitatrios para contratao de bens e servios com empresas fornecedoras.
Obedecendo a esses critrios, a aquisio de todos os itens e recursos
inerentes manuteno das atividades postais se submete, principalmente, a
Preges Eletrnicos, conduzidos, em sua maioria, pela DIRAD Diretoria de
Administrao, rgo integrante da Administrao Central dos Correios,
sediada em Braslia/DF. A DIRAD tem como funo manter e aprimorar as
atividades de adquirir e suprir a ECT de bens e servios, bem como as
atividades de gerir o patrimnio, a segurana patrimonial e os demais servios
gerais. No seio dessas atribuies, a DIRAD coordena os processos licitatrios
dos Correios, atravs dos quais ocorrem as compras centralizadas, que
englobam a aquisio, principalmente, de mveis, equipamentos, embalagens
(caixas e envelopes de encomendas), aluguel de aeronaves, fardamento de
funcionrios da distribuio (Carteiros e Operadores de Triagem e Transbordo)
e do atendimento (Atendentes Comerciais), campanhas publicitrias e material
de divulgao dos produtos e servios comercializados pelos Correios, como
tambm a seleo de parceiros para realizao de determinados servios, a
exemplo do Banco Postal, emisso de CPF e Certificao Digital.
No mbito das Diretorias Regionais, a exemplo da Bahia, a depender do
volume de bens e servios a serem adquiridos, ocorrem licitaes ou dispensa
de licitao direcionada a compras de itens para suprimento das necessidades
regionais, a exemplo de material de expediente e copiadora, manuteno de
equipamentos e elevadores, contratao de empresas de segurana e limpeza,
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31
servios de telefonias mvel e fixa, fornecimento de gua e energia, servios
de txi, empresas organizadoras de eventos, servios de hospedagem.
Entre os principais fornecedores dos Correios na Bahia, esto: Coelba
(fornecimento de energia eltrica), Embasa (fornecimento de gua), Oi
(servios de telefonia mvel), Telemar, (servios de telefonia fixa), Copiadora
Exata (cpias, material grfico), Papel e Cia (artigos de papelaria), Macvig
Segurana (servios de vigilncia), Laserv (limpeza), Atlas Elevadores
(manuteno de elevadores), Marazul Hotel (servios de hospedagem),
Bahiamar Hotel (servios de hospedagem), Golden Park Hotel (servios de
hospedagem), Rdio Txi (servios de txi).
Em virtude da seleo dos fornecedores e detalhamento dos servios e
produtos a serem contratados pelos Correios serem previamente estabelecidos
antes e durante os processos licitatrios, a relao mantida pela empresa com
seus fornecedores baseada na transparncia e legalidade, inexistindo
barreiras nas parcerias construdas pela ECT com seus contratados.
(RELATRIO DA DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS, 2008).
4.2.2 Intermedirios
Os intermedirios auxiliam na promoo, venda e distribuio dos
produtos e servios oferecidos pelas empresas aos consumidores finais, a
exemplo de revendedores, empresas de distribuio fsica, agncias de
servios de marketing e instituies financeiras. Os produtos e servios postais
disponibilizados pelos Correios so comercializados pelas equipes de
funcionrios das agncias da rea comercial da instituio.
A operao logstica da ECT realizada tambm por seus funcionrios,
com uso da frota prpria (caminhes, motocicletas, sprinters, bicicletas) para a
distribuio (entrega e coleta de correspondncias, encomendas e malotes em
grande parte das cidades brasileiras). Nos municpios de menor porte, cujo
volume de demandas postais reduzido, so estabelecidas parcerias entre os
Correios e empresas de nibus intermunicipais (as denominadas Linhas
Auxiliares) para o envio de objetos postais (correspondncias, encomendas e
malotes) entre essas localidades e os maiores centros urbanos brasileiros.
A divulgao dos produtos e servios postais, bem como o mapeamento
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32
do mercado de atuao dos Correios so desenvolvidos por agncias de
publicidade contratadas pelo Departamento de Marketing da ECT, localizado
em Braslia/DF. Essas aes alcanam todas as estratgias de marketing das
Diretorias Regionais distribudas entre os estados brasileiros.
As transaes financeiras realizadas pelos Correios so efetuadas
atravs de parcerias estabelecidas com bancos (especialmente Banco do
Brasil e Bradesco), os quais gerenciam tanto os depsitos bancrios oriundos
das movimentaes comerciais realizadas pelas agncias da ECT, quanto as
transferncias procedentes dos pagamentos de ttulos pelos clientes dos
Correios, alm de controlar e receber os montantes gerados pelas operaes
financeiras realizadas atravs do Banco Postal. (CORREIOS, 2008).
4.2.3 Foras pblicas
As empresas devem ter especial ateno com sua imagem junto ao
pblico em geral, atentando para a forma como so percebidas no mercado
onde atuam e qual o juzo construdo pela sociedade em relao a essa
atuao, seus produtos e servios. Os impactos dessa imagem pblica podem
provocar conseqncias positivas ou negativas no futuro da organizao,
fortalecendo ou abalando a solidez e o destino da entidade.
Como previsto na administrao pblica, todos os atos praticados por
organismos pblicos, como o caso da Empresa Brasileira de Correios e
Telgrafos, devem ser revestidos de transparncia. Essa previso legal faz
com que as aes executadas pela ECT, por se constituir numa empresa
pblica, recebam influncias acentuadas de vrios grupos sociais internos, em
especial, e da sociedade brasileira em geral, fatores que contribuem na
construo da boa imagem transmitida ou repassada pela instituio aos
pblicos em mbitos nacional e internacional.
As mdias escrita e televisiva apresentam grande interesse por todas as
atividades desenvolvidas pelos Correios, editando notcias, artigos e editorias
sobre a atuao do setor postal brasileiro. Na Bahia, essa cobertura d-se
atravs dos jornais A Tarde, Correio da Bahia, Tribuna da Bahia; pelos
noticirios televisivos apresentados pelas emissoras: Rede Bahia, TV Itapo,
TV Educadora, TV Record e TV Bandeirantes, alm de outros jornais e
-
33
emissoras de rdio e TV espalhados pelas cidades situadas no Estado da
Bahia.
Por atuar em consonncia com as disposies legais inerentes s
empresas pblicas, todos os atos exercidos pelos Correios so respaldados em
pareceres emitidos pelo Departamento Jurdico da empresa, situado em
Braslia/DF. Na Diretoria Regional dos Correios na Bahia, essa validao feita
pela Assessoria Jurdica existente em cada cidade que tem, como funo,
fornecer suporte jurdico a todos os atos praticados e/ou relacionados com a
organizao.
Outro grupo igualmente importante para o fortalecimento da imagem
organizacional o pblico interno da organizao. Com o fim de disseminar
todas as aes implantadas e a implementar, a ETC utiliza-se de vrios meios,
dentre eles, o Boletim Tcnico (enviado diariamente pela Administrao Central
dos Correios Braslia/DF, divulgando informaes internas da empresa em
mbito nacional); Rede Agncias (informativo desenvolvido pela Administrao
Central, voltado para orientao e divulgao de informaes comerciais e
motivacionais entre as equipes das suas agncias; pgina da Intranet (tambm
disponibiliza informaes gerais sobre a organizao para todos os
funcionrios); Jornal Expresso Bahia (criado pela Diretoria Regional da ECT e
distribudo entre todos os setores da empresa, visando divulgao de todos
os atos praticados pelos Correios em mbito regional); Rede Urgente (tambm
criado pela Diretoria Regional da instituio e distribudo entre todos os setores
da empresa, objetivando a divulgao de todos os atos praticados pela
organizao em mbito regional); pgina da Intranet BA (disponvel para
acesso de todos os funcionrios na Bahia e em outros Estados), contendo
informaes sobre os produtos e servios postais, como tambm contedos
sobre aes voltadas para a capacitao, desenvolvimento e valorizao
funcional. (Intranet Correios, 2008)
4.2.4 Concorrncia
Para melhor atender os desejos e necessidades dos consumidores e
planejar as aes de marketing direcionadas a essa clientela, as empresas
devem estudar detalhadamente as estratgias da concorrncia, atentando para
-
34
suas prticas e os desempenhos (foras e fraquezas) que vm apresentando.
Atravs desse estudo, as empresas estaro munidas de subsdios que lhes
permitiro antecipar-se s tendncias e comportamentos da concorrncia,
auxiliando-as na tomada de decises sobre os caminhos para melhor
posicionamento do seu produto ou servio nesse mercado concorrencial e para
a busca do diferencial, que ser revertido em vantagem competitiva. Alm
disso, atravs desse monitoramento, as organizaes podem aprender com a
concorrncia (o chamado benchmarking), a partir da identificao das melhores
prticas desenvolvidas pelos seus concorrentes, adaptando-as e/ou
aprimorando-as, com o fim de buscar a excelncia na oferta de produtos e
servios, ampliando as suas oportunidades de permanncia no mercado.
Costumeiramente, verifica-se que a grande maioria das empresas
preocupa-se to somente com os concorrentes que oferecem produtos e
servios idnticos aos seus, para os mesmos clientes, por preos semelhantes
ou menores. A identificao da concorrncia pressupe uma ateno mais
ampla e mais acurada, partindo do pressuposto de que todos, num dado
momento ou poca, em quase todos os segmentos econmicos, disputam
entre si a preferncia de compras dos consumidores (essa a denominao da
concorrncia genrica ou geral). Esse mapeamento permite que as empresas
percebam para onde est migrando o dinheiro dos seus clientes (o chamado
share of pocket, ou participao no bolso: quanto e para quem est migrando o
poder de compra de cada cliente).
Um estudo mais aprofundado da concorrncia deve abranger tambm a
anlise e identificao dos concorrentes diretos e concorrentes indiretos. Isso
auxiliar no dimensionamento dos custos e esforos a serem desenvolvidos
numa ao de marketing. Os concorrentes diretos so aqueles que atuam no
mesmo ramo de negcios de outras empresas, oferecendo ao mercado
produtos semelhantes aos disponibilizados pelas demais empresas, disputando
os mesmos clientes; os concorrentes indiretos so definidos como aqueles que
oferecem produtos e servios substitutos aos que os consumidores desejam
comprar, proporcionando-lhes alternativas novas ou diferenciadas para atender
as necessidades de cada cliente.
No setor postal, a atuao dos Correios direcionada, principalmente,
-
35
para a distribuio porta a porta de documentos (correspondncias, impressos)
e encomendas, destacando-se, tambm, o atendimento ao pblico, que
assegurado por uma capilarizada rede de atendimentos (agncias de correios)
espalhada por todas as cidades brasileiras. Essa funo desempenhada pelos
Correios prevista na Constituio Federal de 1988 (Art. 21, Inciso X), onde
atribuda, Unio, a obrigao da prestao e manuteno dos servios
postais em todo o territrio brasileiro. Essa determinao foi ratificada pela Lei
n. 6538, de 22 de junho de 1978, que estabelece, como integrantes do
monoplio postal, os servios de carta, carto postal, correspondncia
agrupada e telegrama. Encomendas expressas, no expressas e impressos
(jornais, revistas, livros, mala direta) esto excludos dessa rea de
abrangncia do monoplio postal.
Dentro deste cenrio, a ao da concorrncia vem se acirrando nos
ltimos tempos, especialmente pelos efeitos da globalizao, concentrando-se,
principalmente, nos servios no inseridos nos limites do monoplio postal,
com destaque especial para o segmento de encomendas. Essa atuao
concorrencial mais presente nas principais capitais e nos grandes centros do
Pas, cuja causa est relacionada com a entrada das couriers no mercado
nacional, situao fortalecida a partir da metade dos anos 90, com a chegada,
ao Brasil, dos grandes operadores logsticos internacionais e de grandes
indstrias estrangeiras (montadoras de veculos como a Renault, Audi, Chrysler
e FORD) e de grandes distribuidores e varejistas, a exemplo da Wal-Mart.
Em razo de limitao imposta pelas leis brasileiras, as empresas de
couriers esto autorizadas a operar somente nos segmentos internacionais e
a firmar parcerias com transportadoras nacionais, expandindo, assim, sua
atuao como operadores logsticos das grandes empresas sediadas no Pas.
Destacam-se, principalmente, as empresas DHL, FEDEX, TAM e TNT, cujas
atuaes so crescentes tambm na Bahia, onde contam com os principais
parceiros locais: Rapido Cometa, Rodoramos Transportes, Cinco Estrelas,
Braspress, Itapemirim e Novo Horizonte. Juntas, essas empresas so
responsveis pelas contas totais de transportes de grandes outras empresas
sediadas na Bahia, como Braskem, Tim Nordeste, O Boticrio, Ford, Natura,
Telemar, Avon Cosmticos, Marisa e Azalia Calados. (Relatrio da
-
36
Assessoria de Planejamento e Gesto, 2007).
Os principais atributos desses concorrentes so bastante similares e
podem ser assim elencados:
EMPRESA PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
DHL 1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Forte experincia em
gerenciamento de cadeias de
suprimentos para mercados
diversos.
3- Processos decisrios geis
e flexveis, com reduzida
burocracia.
4- Avanados sistemas de
informao e monitoramento
de carga.
5- Frota area prpria.
1- Baixa capilaridade,
com atuao focada nas
capitais e grandes
centros brasileiros.
2- Preos elevados, em
comparao aos
praticados pelos
Correios
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37
FEDEX 1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Forte experincia em
gerenciamento de cadeias de
suprimentos para mercados
diversos.
3- Processos decisrios geis
e flexveis, com reduzida
burocracia.
4- Avanados sistemas de
informao e monitoramento
de carga.
5- Frota area prpria.
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Preos elevados, em
comparao aos
praticados pelos
Correios.
3- Atuao bastante
voltada para o mercado
internacional.
TAM 1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Forte experincia em
gerenciamento de cadeias de
suprimentos para mercados
diversos.
3- Processos decisrios geis
e flexveis, com reduzida
burocracia.
4- Avanados sistemas de
informao e monitoramento
de carga.
5- Frota area prpria.
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Preos elevados, em
comparao aos
praticados pelos
Correios.
-
38
TNT DO BRASIL
S/A
1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Forte experincia em
gerenciamento de cadeias de
suprimentos para mercados
diversos.
3- Processos decisrios geis
e flexveis, com reduzida
burocracia.
4- Avanados sistemas de
informao e monitoramento
de carga.
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Preos elevados, em
comparao aos
praticados pelos
Correios.
3- Atuao bastante
voltada para o mercado
internacional.
RAPIDO
COMETA
1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Preos baixos (comparados
aos praticados pelos
Correios).
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Atuao voltada para
transporte terrestre
(rodovirio).
3- Aumento do tempo de
entrega de encomendas
em razo da
necessidade de
aproveitamento do
espao total dos
veculos de transporte.
4- Sistemas de
informao e
rastreamento de cargas
pouco desenvolvidos.
-
39
RODORAMOS
TRANSPORTES
1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Preos baixos (comparados
aos praticados pelos
Correios).
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Atuao voltada para
transporte terrestre
(rodovirio).
3- Aumento do tempo de
entrega de encomendas
em razo da
necessidade de
aproveitamento do
espao total dos
veculos de transporte.
4- Sistemas de
informao e
rastreamento de cargas
pouco desenvolvidos.
-
40
RODOVIRIO
CINCO
ESTRELAS
1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Preos baixos (comparados
aos praticados pelos
Correios).
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Atuao voltada para
transporte terrestre
(rodovirio).
3- Aumento do tempo de
entrega de encomendas
em razo da
necessidade de
aproveitamento do
espao total dos
veculos de transporte.
4- Sistemas de
informao e
rastreamento de cargas
pouco desenvolvidos.
-
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BRASPRESS 1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Preos baixos (comparados
aos praticados pelos
Correios).
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Atuao voltada para
transporte terrestre
(rodovirio).
3- Aumento do tempo de
entrega de encomendas
em razo da
necessidade de
aproveitamento do
espao total dos
veculos de transporte.
4- Sistemas de
informao e
rastreamento de cargas
pouco desenvolvidos.
-
42
ITAPEMIRIM 1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Preos baixos (comparados
aos praticados pelos
Correios).
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Atuao voltada para
transporte terrestre
(rodovirio).
3- Aumento do tempo de
entrega de encomendas
em razo da
necessidade de
aproveitamento do
espao total dos
veculos de transporte.
4- Sistemas de
informao e
rastreamento de cargas
pouco desenvolvidos.
-
43
NOVO
HORIZONTE
1- Capacidade logstica
ampliada (inexistncia de
limites de dimenses e peso
para encomendas).
2- Preos baixos (comparados
aos praticados pelos
Correios).
1- Baixa capilaridade,
com foco nas capitais e
grandes centros
brasileiros.
2- Atuao voltada para
transporte terrestre
(rodovirio).
3- Aumento do tempo de
entrega de encomendas
em razo da
necessidade de
aproveitamento do
espao total dos
veculos de transporte.
4- Sistemas de
informao e
rastreamento de cargas
pouco desenvolvidos.
Os quadros abaixo mostram o resultado de pesquisa envolvendo
executivos de entidades sediadas no Estado, apresentando as empresas mais
lembradas em transportes de encomendas e malote e a participao efetiva de
mercado de cada uma delas.
Participao na lembrana das principais empresas:
Empresas mais lembradas Participao na lembrana
Correios 40,4%
Rodoramos 10,2%
Rapido Cometa 8,9%
TAM 2,4% Rodovirio Cinco Estrelas 2,2% Braspress 1,8% Itapemirim 1,6% Outras 32,5%
Total 100%
-
44
Fonte: CEPA/UFGRS, 2005.
Participao de mercado das principais empresas:
Empresas mais importantes Participao no mercado
Correios 34,3%
Rapido Cometa 8,7% Rodoramos 7,4% Braspress 3,5% Rodovirio Cinco Estrelas 3,4% TAM 3,4% Rodovirio Novo Horizonte 2,0% Outras 37,9%
Total 100%
Fonte: CEPA/UFGRS, 2005.
Observa-se, a partir dos resultados acima, que a concorrncia
partilhada entre grandes empresas areas e de transportes terrestres
regionais. A combinao entre esses dois tipos de transportes logsticos
(areo e terrestre) proporciona a ampliao da rea de atuao dessas
organizaes concorrentes. Porm, essa capacidade logstica ainda no
possibilitou uma expanso significativa do mercado de interveno dessas
empresas em toda a extenso brasileira, ficando, essa atuao, bastante
concentrada nas grandes capitais e principais municpios brasileiros.
4.2.5 Clientes
Com a exasperao da concorrncia e o aumento dos nveis de
conhecimento e exigncia dos consumidores, as prticas de marketing
empreendidas pelas empresas passaram a ser permeadas de um estudo
aprofundado dos consumidores, voltado anlise do comportamento de
compra desses clientes e identificao dos papis que cada um assume
nesse processo.
Segundo Kotler (2006, p. 95), o conhecimento das caractersticas (perfil)
demogrficas (aspectos sociais, culturais e econmicos dos consumidores
idade, tamanho da famlia, sexo, rendimentos, classe social, raa, nvel de
instruo, religio, etc.), geogrficas (pases, estados, cidades ou bairros onde
esto localizados os consumidores) e psicolgicas (estilo de vida,
-
45
personalidade e valores) dos consumidores, bem como dos papis de compra
assumidos por esses clientes deve sempre preceder qualquer ao de
marketing que vise satisfao dos desejos e necessidades de consumo da
clientela. Dentro desta concepo, Kotler menciona dois tipos de participao
dos consumidores no processo de compra:
Participao Direta: os consumidores se relacionam diretamente com o
processo de escolha, compra e consumo ou uso de um determinado produto
ou servio;
Participao Indireta: os pontos de vista de cada consumidor podem
influenciar na seleo de produtos e servios a serem adquiridos.
Baseado nesses tipos de participao, os consumidores podem assumir
trs papis diferentes, a saber:
a) Especificador: os consumidores que determinam as caractersticas e
funcionalidades do produto ou servio a ser comprado, participando da
seleo das alternativas;
b) Decisor: consumidores que tm o poder de decidir pela compra do
produto ou servio;
c) Usurio: consumidores que iro utilizar ou consumir o produto ou servio
adquirido.
Em razo da ampla gama de produtos e servios que oferece, os
Correios possuem uma vasta carteira de clientes, composta de pessoas fsicas
e jurdicas (desde empresas privadas, at pblicas). Atravs das diversas
agncias de correios so recepcionadas e atendidas, em todas as partes do
Pas, demandas oriundas do segmento varejista (pessoas fsicas e jurdicas),
quanto do segmento atacadista (pessoas jurdicas com contratos formalizados
com os Correios).
Na Bahia, essa realidade configura-se com desenhos diferenciados na
capital e no interior do Estado. Em Salvador, devido ao seu potencial
econmico, h uma concentrao expressiva de empresas e rgos pblicos
que se utilizam dos produtos e servios da ECT, atravs de contratos, cujo
pagamento dos produtos e servios adquiridos por meio desses instrumentos
contratuais realizado na modalidade a faturar (atravs de boleto bancrio).
Nas cidades do interior do Estado, principalmente naquelas com menor
-
46
potencial econmico, verifica-se uma incidncia elevada do uso dos servios e
produtos dos Correios por pessoas fsicas, sendo, portanto, bastante forte o
segmento varejista nessas localidades, cuja receita oriunda, principalmente
da aquisio de selos, envio de cartas, telegramas, encomendas, confeco de
CPF, inscrio em concursos, uso dos servios do Banco Postal.
Entre os maiores clientes dos Correios na Bahia, no segmento de
atacado, destacam-se os rgos pblicos, especialmente o IPRAJ Instituto
Pedro Ribeiro de Administrao Judiciria, seguido das secretarias e rgos
estaduais. (Intranet Correios, 2008 e SGC Sistema de Gesto Comercial,
2008)
4.3 Matriz BCG
Os Correios possuem um portflio rico e variado de produtos e servios,
apresentado de forma segmentada e assim distribudos:
Segmento MENSAGEM: compreende a distribuio de
correspondncias remetidas por pessoas fsicas e jurdicas;
Segmento ENCOMENDAS: abrange as linhas EXPRESSA e NO
EXPRESSA, nas quais esto inseridas, respectivamente, a famlia SEDEX
(SEDEX NACIONAL, SEDEX 10, SEDEX HOJE, SEDEX A COBRAR, e-
SEDEX), a ENCOMENDA NORMAL, a ENCOMENDA PAC e a LOGSTICA
REVERSA;
Segmento MARKETING DIRETO: inclui os servios direcionados
distribuio de material de marketing, peas promocionais e publicaes
peridicas;
Segmento MALOTE: servio destinado remessa de correspondncia
agrupada de pessoas jurdicas entre origens e destinos pr-definidos;
Segmento INTERNACIONAL: abarca toda a linha de servios voltados
exportao (EXPORTA FCIL, SEDEX MUNDI, VALE POSTAL
INTERNACIONAL) e importao (IMPORTA FCIL);
Segmento DIGITAL: voltado para o comrcio eletrnico
(CORREIOSNET SHOPPING) e de tecnologia (SPE TELEGRAMA VIA
INTERNET E CERTIFICAO DIGITAL);
Segmento CONVENINCIA: responsvel pelo desenvolvimento de selos
-
47
e produtos filatlicos destinados ao colecionismo, produtos pr-selados
(aerogramas, envelopes), personalizados (selos, envelopes), caixa postal e
embalagens (caixas de encomenda e envelopes SEDEX);
Segmento FINANCEIRO: contempla as atividades bancrias do BANCO
POSTAL (parceria entre Correios e Bradesco);
Segmento LOGSTICA: responsvel pelos servios logsticos
direcionados ao gerenciamento da cadeia produtiva de empresas diversas.
Esse mix de produtos e servios apresenta caractersticas e
desempenhos comerciais diferenciados, levando-os ao enquadramento
demonstrado a seguir, atravs da Matriz BCG:
CorreiosNet Shopping
e-Sedex
Certificao Digital
Logstica Integrada
Logstica Reversa
Sedex
Sedex 10
Sedex Hoje
Encomenda PAC
ESTRELA
Banco Postal
Impresso Especial
Mala Direta Postal
Exporta Fcil
OPORTUNIDADES OU
INTERROGAO
Malote
Correspondncia
Telegrama
VACA LEITEIRA
Aerogramas
Selos
Envelopes pr-selados
ABACAXI
-
48
Do exposto, atravs da matriz BCG, os servios inseridos no quadrante
Estrela fazem parte, em sua quase totalidade, do segmento Encomendas (e-
Sedex, Sedex, Sedex 10, Sedex Hoje e Encomenda PAC), outros do segmento
Logstica (Logstica Integrada e Logstica Reversa) e os demais (CorreiosNet
Shopping, Certificao Digital), do segmento Digital. Esses servios
apresentam-se posicionados em um mercado crescente, com tendncia de
aumento da participao dos Correios nessa fatia de mercado. Em
contrapartida, por no estar inserida na rea do monoplio postal, essa clula
de negcios apresenta uma acirrada concorrncia, exigindo investimentos
macios em aparatos tecnolgicos e logsticos, alm da adoo constante de
estratgias de marketing, que possibilitem a permanncia da vantagem
competitiva dos Correios nesse mercado em crescimento.
No quadrante Oportunidades ou Interrogao, encontram-se dispostos
os servios dos segmentos Financeiro (Banco Postal), Internacional (Exporta
Fcil) e Marketing Direto (Impresso Especial, Mala Direta Postal). O mercado
relacionado a esses servios apresenta altas taxas de crescimento; contudo, os
Correios detm pequena parcela de negcios nesses segmentos, em virtude
da penetrao do Banco Bradesco em mercados antes explorados apenas pela
ECT, com atuao paralela e concorrencial parceria antes existente (fato
relacionado com os servios do Banco Postal); reduo das exportaes em
virtude da desvalorizao cambial e inexistncia de correspondente no exterior
para facilitar e agilizar os processos de liberao de cargas exportadas
(servios do segmento Internacional); tarifas elevadas em comparao s
praticadas pela concorrncia (servios de Impresso Especial e Mala Direta
Postal).
O quadrante Vaca Leiteira contm os servios dos segmentos Malote e
Mensagem (Correspondncia) e Digital (Telegrama). Na receita oriunda da
variada gama de produtos e servios comercializados pelos Correios, esses
servios demonstram altas parcelas de mercado, estando relacionados com
negcios estabelecidos com reas maduras (com baixas taxas de
crescimento), onde prevalecem relaes comerciais duradouras e fidelizadas,
firmadas h um tempo considervel, podendo-se afirmar que, devido s
-
49
prprias necessidades do mercado, a demanda por esses servios
empurrada (sistema just in case), no existindo custos de marketing para
manuteno dessa fatia de mercado alcanada e mantida pela ECT.
No quadrante Abacaxi, esto inseridos produtos do segmento
Convenincia. Dentro da receita obtida com os negcios firmados pelos
Correios, esses produtos apresentam baixa representatividade, demonstrando
tendncia de queda, sinalizando reduo nas taxas de crescimento. O
decrscimo na comercializao desses produtos est relacionado com a
expanso da internet e o correio eletrnico (e-mails, MSN), os quais atuam
como facilitadores do envio de mensagens, de forma gil, para qualquer parte
do mundo. Esses produtos (selos, envelopes pr-pagos e aerogramas),
principalmente os selos, tm uma comercializao bastante direcionada para a
filatelia (ramo destinado ao colecionismo), uma vez que as remessas de
correspondncias tm sido demandadas por pessoas jurdicas, que utilizam
estampas de franqueamento emitidas por mquinas de franquear. As
estratgias de marketing utilizadas pela ECT para reverter essa situao,
pretendem estimular o colecionismo de selos entre jovens de todas as idades,
atravs do Projeto Correios nas Escolas. (Intranet Correios, 2008).
5 Anlise SWOT ou FPOA
5.1 Anlise do Ambiente Interno
a) Foras: Diferenciao ou vantagens internas da organizao, favorecendo-
lhe diante de oportunidades e ameaas do ambiente externo. uma varivel
controlvel.
b) Fraquezas: Desvantagens internas ou situaes inadequadas da
organizao, limitando-a diante de oportunidades e ameaas do ambiente
externo. tambm uma varivel controlvel.
c) Pontuao: Grau de Relevncia: 1- Menor; 3 - Mdia; 5 Maior;
Tendncia: 1 Crescente; 2 Estvel; 3- Decrescente.
Em relao ao ambiente interno, os Correios assim se posicionam:
Grau de Relevncia
-
50
Ambiente Interno Foras Fraquezas Tendncia
Capacitao da fora de trabalho. 5 - Crescente
Uso das novas tecnologias, com
ganho de produtividade.
5 - Crescente
Imagem e credibilidade
institucional.
5 - Crescente
Capilaridade. 5 - Crescente
Cultura empreendedora. - 5 Crescente
Velocidade no processo decisrio - 3 Estvel
Captura e reteno de talentos. - 5 Estvel
Gesto participativa. 3 - Crescente
Transparncia na gesto. 3 - Crescente
Controle de custos X lucratividade. - 3 Estvel
Gesto da ECT por meio das
prticas do Modelo de Excelncia
do PNQ.
3 - Crescente
Gerenciamento de riscos. - 5 Crescente
Fonte: Relatrio da Assessoria de Planejamento e Gesto Correios/BA, 2007.
Esses resultados revelam que as polticas estabelecidas pelo governo
federal e, particularmente, pelo Ministrio das Comunicaes, colocam a ECT
frente a novos desafios, principalmente no que se refere s estratgias internas
de modernizao dos processos postais, a fim de que se prevalea sua
competitividade. Pela prpria classificao dos Correios como empresa pblica,
os trmites para renovao e insero de novos processos administrativos e
tecnolgicos apresentam um ritmo menos acelerado que o exigido pelo
mercado onde atua.
Dentro desse contexto, imprescindvel que a organizao direcione
suas aes no sentido de promover agilidade na gesto dos processos
decisrios, desenvolvendo internamente uma cultura empreendedora, com
controle de custos e riscos, aliado ao aumento da lucratividade, imprimindo
maior velocidade na implantao de servios customizados e competitivos.
-
51
5.2 Anlise do Ambiente Externo
a) Oportunidades: Aspectos positivos do ambiente que envolve a organizao
com potencial de trazer-lhe vantagens. So situaes externas, no
controlveis pela empresa e que podem favorec-la.
b) Ameaas: Aspectos negativos do ambiente que envolvem a organizao,
configurando-se como obstculos ao desempenho da empresa, com potencial
para comprometer as vantagens que ela possui.
c) Pontuao: Grau de Relevncia: 1 Menor; 3 Mdia; 5 Maior;
Tendncia: 1 Crescente; 2 Estvel; 3 Decrescente.
Com base nessa pontuao, o ambiente externo assim se apresenta
para os Correios:
Ambiente Externo Grau de Relevncia Tendncia
Oportunidade
s
Ameaa
s
Conhecimento pelos clientes da
correlao
entre necessidade X preo.
5 - Crescente
Novas tecnologias. 5 - Crescente
Descentralizao das reas
produtoras e consumidoras.
5 - Crescente
Universalizao dos servios
postais.
3 - Estvel
Demandas sociais, com
ampliao de emprego
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