efeitos da qualificação de insolvência como culposa

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Efeitos da qualificação de insolvência como culposa

A qualificação de insolvência como culposa não e vinculativa para efeitos da decisão de causas penais nem para efeitos das açoes de responsabilidade civil previstas no art 82º--185º

1) Inibiçao para administrar património de terceiro-189ºb)2) Inibiçap para o exercício do comercio- 189ºnº2c)\189ºnº33) Obrigação de indemnizar deve constar obrigatoriamente da sentença que qualifica

como culposa Obrigaçao de indemnizar ao brigo da responsabilidade insolvencial extracontratual subjectivapreenche os requesitos do 483ºCC? SIM:-facto voluntario: o que serviu de fundamento á qualificação da insolvência como culposa -Culpa: presume-se através dos nº 2003-dano: não satisfação dos créditos no processo de insolvência -nexo de causalidade: criação ou agravamento da situação de insolvência em consequência da actuação-186ºnº1-ilicito: os factos que agravam ou criam situações de insolvência são ilícitas.

Estamos então, perante uma responsabilidade:-Subsidiaria, pois so quando a massa é insuficiente para a satisfação de todos os créditos é que é accionada -solidaria, pode-se exigir o montante a 1 sujeito sendo que para posterior repartição interna da responsabilidade impõem-se ao juiz a fixação do grau de culpa das pessoas afectadas-189nº2 c)-limitada, abrange só o passivo descoberto e não os danos causados aos credores.-vai ate as forças dos patrimónios dos responsáveis-o beneficiário directo da responsabilidade é a mass insolvente, onde os valores entrada serão distribuídos pelos credores que ficam por satisfazer na medida\proporção dessa insatisfação.

4) Inabilitaçaotrata-se de um efeito introduzido no CIRE, na sua redacção original, mas eliminada com a reforma operada pela lei nº16\2012, de 20 de Abril

A questão da inabilitação foi objecto de aceso debate na doutrina e na jurisprudência e deu origem a varias decisões do tribunal no sentido da insconstitucionalidade.O TC optou pela inconstitucionalidade da inabilitação por violação dos art 26º 18ºnº2 da CRP.

Fundamentos:-Esta inabilitação que era prevista no CIRE não preenche nenhum dos requesitos subjacentes as incapacidades. Desde logo não lhe subjaz qualquer incapacidade natural, mas apenas uma actuação culposa do devedor ou dos seus administradores -Esta inabilitação não visa proteger o próprio incapaz um “sujeito deficitário”-Esta inabilitação não se destina a proteger os interesses dos credores concursais, os quais estão salvaguardados por um mecanismo do processo de insilvencia adequado á conservação dos bens que integram a massa insolvente: a privação do poder de disposição e de aministraçao prevista no 81ºnº1

-Esta não contribui eficazmente para a defesa dos interesses gerais do trafego, reguardando a posição de eventuais credores futuros do inabilitado já que a invalidade dos actos praticados pelo inabilitado sem consentimento do credor não pode ser por eles arguida.

-Esta inabilitação prevista no antigo CIRE tem um alcance punitivo para o comportamento ilícito e culposo do sujeito atingido. E ainda que se entende que visa proteger os interesses do comercio jurídico, o CIRE já contempla a inibição paa o exercício do comercio, ficando por isso violado o critério da necessidade ou exigibilidade imposto pelo principio da proporcionalidade.

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