ed (30) dezembro 2012
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Ano 5 / Edição 30 / Nov-Dez de 2012 / www.editorastilo.com.br
Reciclagem AnimalGraxaria BrasileiraGraxaria BrasileiraRevista
Moinhos, martelose peneiras
Alta qualidade na moagem
Moinhos, martelose peneiras
Alta qualidade na moagem
Moinhos, martelose peneiras
Alta qualidade na moagem
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Prezado Leitor
De uma tradicional família do segmento graxeiro, Ettore Dal’mas ainda adolescente começou a trabalhar na indústria do seu pai, o senhor Vitório Dal’mas, para auxiliá-lo na coleta dos subprodutos de origem animal e também para que pudesse se inteirar dos negócios da família. Foi uma longa trajetória até a sua saída em 1998.
Hoje, aos 91 anos, o senhor Ettore é um importante representante do mercado brasileiro de graxarias. Com toda a sua sabedoria e lucidez, conta à Revista Graxaria Brasileira a entrada do seu pai neste segmento, a trajetória da empresa e deixa o seu recado para o setor. Confira!
Um ajuste ali, uma novidade aqui, melhorias acolá e os fornecedores de moinhos, martelos e peneiras seguem em um constante processo evolutivo para disponibilizar às graxarias brasileiras o que há de melhor no setor de moagens, resultando em farinhas de carne, ossos e vísceras de excelente qualidade. O emprego de novas tecnologias, de tratamentos térmicos e o desenvolvimento de novos maquinários caracterizam a evolução no setor de moagens, retratado por empresas como Moinhos GV, Martec/Marfuros, Moinhos Vieira, SES Engenharia e WiDi - representante da Muyang Group.
Boa Leitura!Daniel Geraldes
Edição 30 - Nov/Dez 2012
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Ano 5 / Edição 30 / Nov-Dez de 2012 / www.editorastilo.com.br
Reciclagem AnimalGraxaria BrasileiraGraxaria BrasileiraRevista
Moinhos, martelose peneiras
Alta qualidade na moagem
Moinhos, martelose peneiras
Alta qualidade na moagem
Moinhos, martelose peneiras
Alta qualidade na moagem
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AbrA
NotíciAs
Em foco 1
Em foco 2
Em foco 3
Em foco 4
Em foco 5
DE olho No mErcADo
cApA
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Diretordaniel Geraldes
Editor Chefe
daniel Geraldes – MtB 41.523daniel@editorastilo.com.br
Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222redacao@editorastilo.com.br
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José antonio Fernandes MoreiraLuiz Guilherme razzo
Valdirene dalmas
Comitê TecnicoCláudio Bellaverdirceu zanotto
Lucas Cypriano
Fontes Seção “Notícias” BeefPoint, avisite, Valor econômico, Gazeta Mercantil, Sincobesp, abra,
Sindirações, National render, embrapa, Biodiesel, agriPoint,
aliança Pecuarista.
Capa: www.123rf.comImpressão Gráficareferência editora
DistribuiçãoaCF alfonso Bovero
editora Stilorua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61
Cep: 04004-000 / São Paulo (SP)(11) 2384-0047
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A Revista Graxaria Brasileira é uma publicação bimestral do mercado
de Graxarias, clientes de graxarias, fornecedores de: máquinas,
equipamentos, insumos, matérias-primas, biodisel, frigoríficos e prestadores
de serviços, com tiragem de 4.200 exemplares.
Distribuída entre as empresas nos setores de engenharia, projetos, manutenção,
compras, diretoria, gerentes. É enviada aos
executivos e especificadores destes segmentos.
Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente
refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total
ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora.
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Grupo Faros: Qualidade e Sustentabilidade na Reciclagem Animal
APor: Ana Paula Michnik
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Faros Indústria de Farinha e Óleos é um grande grupo que tem como única atividade a Reciclagem Animal. Atualmente o Grupo processa resíduos de aves, bovinos e suínos, com
capacidade diária de 500 toneladas de farinhas e gorduras de origem animal. Em breve, o Grupo atuará também na região norte do Brasil, processando basicamente resíduos de
bovinos. A Faros também é uma grande exportadora de produtos da Reciclagem Animal. O Grupo faz o tratamento de efluentes e também possui biofiltros, que minimizam os odores da
produção. Conheça melhor a empresa com a entrevista realizada pela ABRA com o Sr. Robinson Huyer, sócio do grupo.
ABRA - O Grupo Faros tem se expandido bastante. Com quantas plantas vocês contam hoje? Robinson Huyer - Atualmente nós contamos com seis de nossas plantas que processam os co-produtos de Origem Animal. Nós temos três plantas no Rio Grande do Sul, a Faros que processa resíduos de bovinos e é a nossa matriz, temos também a Base que processa resíduos de suínos e aves, e temos a Farfri em Garibaldi que só processa aves. Duas em Santa Catarina, Ossotuba em Tubarão e a Cordeiro em Xanxerê no Oeste e nós também estamos em Dourados com a Agroindustrial São Francisco.
ABRA - Em breve o Grupo Faros inaugurará mais duas plantas na região Norte do País, conte-nos sobre essas plantas. Robinson Huyer - A região norte ainda é muito carente de indústrias de Reciclagem Animal. Segundo o I Diagnóstico da Indústria de Reciclagem Animal elaborado pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal – ABRA essa região tem apenas 30 indústrias e um número considerável de abates, no Amazonas, por exemplo, não tem nenhuma planta recicladora e por isso estamos implantando uma no estado. Nessa planta nós faremos a coleta em mercados, açougues, entre outros estabelecimentos que possam descartar essa matéria de forma incorreta, no meio ambiente ou até mesmo nos lixões. A outra unidade, localizada em Cacoal, Rondônia e deverá
entrar em operação próxima à virada do ano. As duas vão processar basicamente resíduos de bovinos.
ABRA - Vocês têm outros planos de expansão?Robinson Huyer – Sim. A Faros já processa produtos de origem animal na linha de suínos, bovinos e aves. Então falta para o Grupo entrar na linha de peixe. Nós já temos o terreno comprado e também a licença para a implantação dessa unidade que será em Pelotas, Rio Grande do Sul.
ABRA - Qual é a relação do Grupo com o meio ambiente? Vocês utilizam alguma tecnologia contra degradação ambiental?Robinson Huyer - Sim. O meio ambiente para gente é fundamental. Faz parte da Reciclagem, é uma das nossas funções. Até mesmo para as novas plantas a gente procurou usar equipamentos de ponta aqui no Brasil que atendam a todos os padrões de sustentabilidade. Nas outras plantas nós fazemos o tratamento de cheiros, onde todas possuem a instalação de biofiltros. Também tratamos a água utilizada no processo industrial fazendo o tratamento de efluentes.
ABRA - O Grupo Faros tem boas relações com o mercado externo. Qual o volume e para quais países o grupo exporta? Robinson Huyer - Hoje nós exportamos 30 % de toda a produção. Já somos tradicionais em exportar para o Chile, um forte
mercado comprador de nossos produtos e exportamos também para a Argentina, Venezuela, para a Ásia, também estamos consolidados com o Vietnã, Bangladesh e a África do Sul.
ABRA - Com os altos preços dos insumos, as farinhas e gorduras de origem animal se mantiveram em um bom preço nesse ano. Qual a perspectiva que o senhor faz do mercado para 2013? Robinson Huyer - Em razão a disparada no preço da soja, nós tivemos um bom ano, principalmente no segundo semestre e com isso boa saída dos nossos produtos. Tivemos preços nunca vistos antes, porém tudo que sobe, uma hora cai. Para o próximo ano eu não vejo que esses preços terão sustentação. Eles devem abaixar e voltar ao patamar normal. Já no preço dos portos, acho que irá ficar um pouco acima dos preços da nossa indústria de farinhas e gorduras. Acho que no Ano que vem os nossos preços vão ser mais coerentes com os custos.
ABRA - Quais são os desafios que o senhor vê para o setor de Reciclagem Animal? Robinson Huyer - Eu acho que um grande desafio para o setor é a questão de legislação. Infelizmente, a legislação que abrange
os nossos produtos é muito antiga e fora da nossa realidade. A ABRA já busca junto ao órgão competente melhorias na legislação para ela seja atualizada. Além disso, eu considero como desafio também a melhoria nas próprias indústrias. Uma indústria precisa de estrutura, de pessoas competentes e principalmente buscar a qualidade final nos produtos. Hoje quem não tiver o foco de produzir com qualidade está fora do mercado, preço a gente até discute, mas qualidade é a exigência do mercado e é indispensável.
ABRA - Como um dos representantes da ABRA, qual a importância que o senhor vê em ter uma entidade que represente o setor de Reciclagem Animal?Robinson Huyer - Eu acompanho a ABRA desde a fundação e para nós é fundamental ter uma associação que valoriza o segmento, dá visibilidade, como a ABRA vem fazendo. A entidade é um canal de comunicação com o governo permanente, e a entidade com certeza está de portas abertas para todos os associados e todos aqueles que têm interesse de se associar. A ABRA hoje é uma associação bem estruturada, tem o departamento técnico, de marketing, comunicação, com vários projetos, uma entidade que cresceu bastante em pouco tempo.
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Turra: Mundo consumirá cada vez mais proteína animal e Brasil precisa manter a competitividade O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Francisco Turra,
disse, ao participar do painel “Mercado”, do III Congresso Sul Brasileiro de Avicultura,
Suinocultura e Laticínios (Avisulat), que o mundo vai continuar consumindo cada vez
mais proteína animal. E que o Brasil precisa garantir a competitividade na oferta desses
alimentos. “A logística está cada vez pior”, destacou Turra, mencionando deficiências de
infraestrutura em estradas e ferrovias. “Precisamos deslocar o milho do Centro-Oeste para
o Sul”, completou, referindo-se à importância desse grão como insumo de atividades como
a avicultura e a suinocultura, concentradas principalmente no Rio Grande do Sul, Paraná
e Santa Catarina. Turra também defende a importância de uma política específica para
problemas emergenciais referentes ao abastecimento de milho. O presidente da UBABEF
explicou os esforços do setor para a abertura de novos mercados, como Indonésia e
Paquistão, e para remover barreiras de mercados já formalmente abertos, como a Índia,
onde a tarifa de importação é de 100%. Além de Turra, participaram do painel o secretário
de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Caio Rocha, representando o
ministro Mendes Ribeiro Filho; o presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paulinelli; o diretor
de Mercado da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Machado; e o consultor Carlos Cogo.
Fonte: UBABEF / O Presente Rural
Abatedouros incrementam produção avícola na Paraíba
Cerca de 400 pequenos produtores avícolas da Paraíba
terão, a partir de janeiro, dois abatedouros para beneficiar a
produção. As unidades serão instaladas nos municípios de
São Sebastião de Lagoa da Roça, na região do Agreste, e em
Monteiro, no Cariri.
O abatedouro de Lagoa da Roça atenderá 100 famílias
produtoras de três associações. “As capacitações para o uso
do equipamento começam este mês”, anunciou a gestora do
projeto Avicultura Alternativa do Sebrae na Paraíba, Andrea
Xavier. Em Monteiro, cerca de 300 famílias de cinco associações
entregarão matéria-prima para o abatedouro, segundo a
gestora do programa Sebrae nos Territórios da Cidadania, no
Cariri, Maria Madalena Andrade.
“Um consultor sênior está acompanhando o projeto,
fazendo o planejamento. Nosso parceiro, a Associação
de Avicultura de Monteiro (Aval), está nos apoiando com
consultoria empresarial sobre a administração do abatedouro.
A unidade terá gestão coletiva”, adiantou Madalena.
A Cooperativa Paraibana de Avicultura Alternativa e
Agricultura Familiar (Copaf ), que ganhou o Prêmio Sebrae
Mulher de Negócios este ano, na categoria negócios coletivos,
será uma das beneficiadas pelo abatedouro. A presidente
da Copaf, Maria Nazaré dos Santos Barbosa, disse que as
cooperadas já vendem para supermercados como os da rede
Wallmart, mas apenas ovos. “Ampliaremos nosso negócio com
a carne, que terá a marca Sou Caipira”, disse.
A Copaf também será capacitada com o projeto do
abatedouro de Lagoa de Roça. De 26 a 30 deste mês, haverá
na cidade uma capacitação do Sebrae sobre formação de
preço de vendas e outras informações sobre gestão para os
avicultores.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Resultados da BRF - Brasil Foods pioram devido ao mal momento avícola e suinícola Síntese do mau momento vivido pelas processadoras de aves e suínos, a BRF -
Brasil Foods viu sua margem Ebitda do terceiro trimestre cair 3,6 pontos percentuais
na comparação anual, para 7,9%. Foi a pior variação entre os frigoríficos de capital
aberto na mesma base de comparação.
Do ponto de vista operacional, a BRF é o extremo oposto da Minerva Foods, que
trabalha somente com carne bovina. Com atuação praticamente restrita a frango
e suíno, a empresa resultante da incorporação da Sadia pela Perdigão não pode
contar com o momento mais favorável à produção de carne bovina no Brasil para
segurar os resultados apresentados do terceiro trimestre, a exemplo do que fez a
Marfrig. A BRF tem uma operação acanhada de carne bovina, apenas para atender
sua produção de hambúrgueres.
No segmento de aves e suínos, a BRF sofreu em duas pontas. No lado da produção, a empresa viu os preços do farelo de soja mais
que dobrarem no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Já os preços do milho no Brasil subiram 12,1% no
período, segundo a companhia.
A deterioração das exportações de carne de frango foi o outro foco de pressão sobre a BRF. Principal exportadora brasileira do
produto, a empresa viu seus embarques de carne de frango caírem 3,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2011, para 935
mil toneladas. Desde o fim do ano passado, a BRF se ressente dos elevados estoques do produto no Oriente Médio e no Japão, seus
dois maiores mercados.
Com menor geração de caixa, o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) da BRF subiu para 2,76 vezes no
fim do terceiro trimestre, ante 2,57 vezes no trimestre imediatamente anterior. Mesmo assim, é um índice mais confortável entre os
frigoríficos listados na BMF&Bovespa.
Também pesa a favor da BRF a comparação com sua principal rival, a Seara Foods - divisão de aves, suínos e alimentos processados
da Marfrig -, que registrou uma margem Ebitda de 7% no terceiro trimestre, inferior aos 7,9% da BRF.
Fonte: Valor Econômico
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Frigorífico Diplomata anuncia fechamento de unidade no Paraná Um dia após anunciar a suspensão de abates na unidade
de Xaxim (SC), o frigorífico de aves Diplomata confirmou
o encerramento das atividades em Capanema, no Paraná.
Segundo nota oficial da empresa, o fechamento das duas
unidades, sem data confirmada, está previsto para depois
do término do abate de 10 milhões de aves. Cerca de 5 mil
funcionários serão colocados em período de férias coletivas.
A empresa pertencente ao deputado federal Alfredo
Kaefer (PSDB-PR), com sede em Cascavel (PR), está em
recuperação judicial desde o início de agosto passado, e já
havia suspendido os abates em outros dois frigoríficos, em
Londrina e Mandirituba, ambos municípios paranaenses.
No fim de outubro, a Justiça decidiu afastar a diretoria da
empresa por suspeita de transferência de bens a sócios e terceiros, prejudicando o pagamento de dívidas e o processo de
recuperação judicial.
Fonte: Valor Econômico
Missão chilena entrega resultado para plantas de reciclagem animal
A Coordenação Geral de Programas Especiais - CGPE do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA entregou
para a Associação Brasileira de Reciclagem Animal – ABRA, o relatório final das visitas técnicas dos técnicos chilenos que estiveram
no Brasil em agosto para habilitar e renovar plantas de Reciclagem Animal para que exportem farinhas e gorduras de origem animal
-FGOA para o Chile. A Missão foi organizada pela ABRA e o MAPA. Durante duas semanas os técnicos visitaram 17 indústrias para
verificar se o processo de produção estava de acordo com os padrões técnicos e sanitários e de estrutura do país. Das 17 plantas
vistoriadas, 12 buscavam a renovação e cinco a habilitação. Cinco plantas tiveram a aprovação direta dos técnicos chilenos, outras
sete terão que solucionar alguns ajustes apontados para que estejam aptas a exportar. Apenas quatro empresas foram consideradas
inaptas pelos técnicos. Segundo o Sr. Vinícius Marques, secretário executivo da ABRA, a missão pode ser considerada como bem
sucedida pelo número de indústrias que passarão a exportar. “Somando as cinco plantas com aprovação direta e mais as sete com
pequenas pendências e que em breve também exportarão, temos aproximadamente 70% de aprovação comprovando a evolução do
setor e sucesso da missão” afirma. A ABRA está em diálogo constante tanto com o governo brasileiro quanto ao governo chileno para
que possam ser ajustados as não conformidades das empresas que apresentaram pendências. Estamos orientando as empresas com
pendências, que façam um plano ação com as corretivas, para que possamos apresentar ao governo brasileiro e consequentemente
ao chileno. “A Nossa expectativa é de que dentro de 60 dias todas as empresas estejam exportando”, afirma Sr. Lucas Cypriano,
coordenador técnico da ABRA. Grande parte das indústrias buscavam a habilitação e renovação para produtos originados do abate
de aves, como a farinha de penas, farinha de vísceras de aves, o óleo de aves e farinha de sangue. Outras pediram vistorias também
para produtos de bovinos, suínos e mistos.
Mercado Chileno
O consumo de farinhas e gorduras de origem animal brasileiro é bastante aquecido. Por isso, as exportações representam apenas
2% do total da produção nacional. Segundo o I Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal, o Chile é o país que mais
importa os produtos de origem animal sendo responsável por 53% deste total ao importar mais de 37 mil toneladas em 2010 gerando
uma receita de 15,2 milhões de US$. Os produtos exportados são destinados para a alimentação de animais no país.
Acesse o I Diagnóstico da Indústria Brasileira de Reciclagem Animal: http://www.abra.ind.br/views/diagnostico.php
Fonte: ABRA
MG: fiscalização da cama de aviário permanece ativa
Para manter a classificação do Brasil como região de risco insignificante em relação
à doença da “Vaca Louca” (Encefalopatia Espongiforme Bovina -EEB) e coibir o uso da
cama de aviário no estado de Minas Gerais, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)
fiscalizou de janeiro a setembro, 52 propriedades localizadas em todas as regiões do
estado. No total, foram interditados 4.634 bovinos em 18 estabelecimentos rurais.
Os estabelecimentos notificados com irregularidades estão localizados em Pará de
Minas, Lagoa Formosa, Luz, Ponte Nova, Rio Casca, Arinos e Pitangui, locais considerados
polos de avicultura no estado ou que possuem bovinos criados em sistema de semi
confinamento. Essas regiões possuem normalmente, grande oferta e comércio ilegal de
produtos que contenham proteína ou gordura de origem animal (cama de frango).
São subprodutos de origem animal, a cama de frango, farinha de sangue, de carnes e ossos, de resíduos de açougue, dejetos de suínos,
sangue e derivados, entre outros. Eles são proibidos por lei na alimentação de ruminantes e trazem sérios prejuízos aos produtores rurais
e a bovinocultura estadual e nacional. A proibição é uma determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e
acontece desde 1996. O produtor que utilizar esses subprodutos para alimentar seu rebanho pode responder criminalmente por infringir
leis federais, além de colocar em risco a saúde dos animais e da população como um todo.
O Brasil é considerado região de risco insignificante para a doença da “Vaca Louca”. E o IMA, na intenção de preservar esse status,
realiza a fiscalização de alimentos de ruminantes em estabelecimentos rurais e o monitoramento mensal de todos os bovinos
importados presentes em propriedades de Minas, diminuindo assim, o risco do surgimento da doença.
O Botulismo é outra doença ocasionada pelo uso desses subprodutos. Ocorre devido à ingestão da toxina do Clostridium
botulinum que pode ser encontrada no meio ambiente, em carcaças de animais, fezes e até mesmo no tubo gastrointestinal de
animais mortos. Causa paralisia muscular do animal, levando-o à morte. No entanto, a cama de aviário pode ser utilizada de maneira
legal como adubo, na agricultura.
Fonte: IMA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Consultoria diz que produção de biodiesel deve diminuir no país A “quebra” da produção brasileira de soja na safra 2011/12, em virtude da severa
estiagem que prejudicou as lavouras da região Sul do país, deverá provocar uma
redução de 0,6% na produção nacional de biodiesel neste ano, de acordo com
estimativa da Tendências Consultoria. A produção deverá alcançar 2,66 bilhões de
litros, ante os 2,67 bilhões de 2011, interrompendo uma escalada iniciada em 2005
e que deverá ser retomada no ano que vem, a partir da prevista recuperação da
colheita da oleaginosa, que deve bater novo recorde neste ciclo 2012/13. Ocorre
que, dada a eficiência da cadeia brasileira da soja, o óleo extraído do grão é a
matéria-prima de mais de 80% do biodiesel produzido no país. Com a “quebra” da
safra 2011/12, a retração da oferta de soja para biodiesel em 2012 está estimada
em 12% pela Tendências. Apesar da menor produção, a capacidade ociosa da
indústria brasileira de biodiesel segue grande. No primeiro semestre, realça a
consultoria, voltou a superar 50%, o que continua a alimentar o lobby pela elevação
do percentual de mistura obrigatório do biodiesel no diesel no país, hoje em 5%. A
empresa também destaca que os preços de venda do biocombustível nos leilões da
ANP não acompanharam a valorização do mercado de óleo de soja em geral.
Fonte: Biodiesel BR
Petrobras conclui testes com mistura de 20% de biodiesel A Petrobras concluiu os testes de desempenho
de veículos com o uso do biodiesel B20, combustível
que tem mistura de 20% de biodiesel no diesel. Os
testes servem para avaliar a eficiência e o impacto
nos motores do aumento na concentração de
biodiesel de 5% para 20% e foram feitos em uma
área do Exército, em Barra de Guaratiba, na zona
oeste da cidade. O objetivo do projeto de pesquisa
é avaliar o comportamento dos motores com a
utilização do B20. Hoje, o óleo diesel comercializado
no país recebe, obrigatoriamente, uma adição de 5%
de biodiesel (B5). O combustível B20 é uma mistura
de 20% de biodiesel com 80% do diesel tradicional
e polui menos o ambiente. Em nota, a Petrobras explica que a frota, composta por oito veículos, sendo quatro com B20 e
quatro com B5, já rodou 100 mil quilômetros desde o ano passado, passando pelos estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas,
de Minas Gerais, de São Paulo e do Paraná, em circuitos urbanos e rodoviários, e sendo submetida a diferentes condições
climáticas. Nesta semana, os motores começam a ser avaliados pelos fabricantes. “A próxima fase será a avaliação de emissões
e do desempenho dos motores em bancada de testes, seguida de análise do comportamento das peças e componentes.
Todos os resultados serão comparados com os obtidos em veículos semelhantes submetidos às mesmas condições de testes,
porém usando o B5”, diz a nota. Iniciado em setembro de 2010, o projeto é conduzido pelo Centro de Pesquisas da Petrobras
(Cenpes), em parceria com a Petrobras Biocombustível, a Petrobras Distribuidora e a Universidade de Salvador. A Petrobras
não informou quando a nova mistura passará a ser comercializada.
Fonte: Revista Globo Rural
JBS acerta compra de frigorífico de frangos em SC A JBS anunciou que assinou termo de compromisso para
adquirir a totalidade da Agrovêneto, especializada em carne de
frango, por 128 milhões de reais, sendo que 10 milhões serão
pagos em ações e o restante por meio da assunção de dívida.
A concretização do negócio depende da aprovação dos
órgãos reguladores, do Conselho de Administração da JBS e da
conclusão de uma “due diligence” relacionada à dívida, informou
a empresa em comunicado.
A Agrovêneto é uma empresa especializada em carne de
frango, instalada no município de Nova Veneza, Santa Catarina,
com capacidade diária para processar 140 mil aves, vendidas no
Brasil e no exterior.
“A aquisição da Agrovêneto complementa o negócio da JBS no segmento de aves no Brasil”, disse o comunicado do grupo, que é
o maior processador de proteína animal do mundo.
A nova unidade será incorporada à JBS Aves que passa a ter quatro unidades neste setor no Brasil, com uma capacidade de
processamento de 1,34 milhão de aves por dia.
Em agosto, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou o arrendamento da Doux Frangosul pela JBS.
A operação marcou a entrada do grupo, tradicional no setor bovino, no mercado de aves.
Em setembro, o presidente da companhia, Wesley Batista, havia dito que havia “uma oportunidade para expandir no segmento
de aves no Brasil”, mas que naquele momento eles estavam “mais focados em pôr a Frangosul para rodar eficiente”.
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Fiscais agropecuários denunciam ‘terceirização’ nos municípios
O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) protocolou denúncia no Ministério Público Federal
alertando para ‘usurpação de função’ por parte de municípios que firmam convênios com o Ministério da Agricultura para exercer a
atividade de fiscalização, contratando profissionais que, na maioria dos casos, não são servidores públicos concursado. Pelos cálculos
da entidade, atualmente existem cerca de 300 profissionais, entre médicos veterinários e auxiliares de inspeção, que estão exercendo
atividades que são privativas da carreira de fiscal federal agropecuário. O sindicato alerta que, além de infringir legislação federal e
de gerar o enfraquecimento da carreira, a terceirização ‘causa enormes riscos à população e ao Estado Brasileiro em suas relações
comerciais internacionais de exportação de matéria animal e vegetal’. Segundo a denúncia apresentada pela entidade, ‘onde deveriam
trabalhar profissionais de carreira, aptos a zelar pela qualidade e pela segurança alimentar dos produtos, estão pessoas que não
possuem nenhum vínculo com o Estado e que podem sofrer todo tipo de pressão durante o desenvolvimento do seu trabalho’. A
Annfa sindical diz que a maior parte desses profissionais conveniados atua em regiões onde estão grandes estabelecimentos de abate
animais, como Centro-Oeste, Sudeste (Minas Gerais) e Sul. Na visão da entidade sindical, o fato de as prefeituras contratarem, sem
concurso público, médicos veterinários para auxiliarem no serviço municipal, revela que o Ministério da Agricultura ‘não possui pessoal
suficiente para realizar as atividades privativas de fiscalização’. O serviço de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura conta com
3,2 mil profissionais, entre engenheiros agrônomos, médicos veterinários, químicos, farmacêuticos e zootecnistas, diz a entidade, que
defende a realização de novos concursos para adequar o quadro à nova a realidade do agronegócio brasileiro.
Fonte: G1
ABRA participa da ABISA Nordeste
A Associação Brasileira de Reciclagem Animal – ABRA participou entre os dias 28 e
30 de outubro do Congresso da Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins –
ABISA Nordeste, realizado em Salvador, Bahia. O presidente da ABRA, Sr. Clênio Gonçalves
participou da cerimônia de abertura que e ressaltou o quanto a indústria de higiene,
limpeza e também a de cosméticos são importantes para o setor de Reciclagem Animal.
Segundo o Sr. Gonçalves, o setor de Reciclagem Animal apurou em 2011 o processamento
de mais 12 milhões de toneladas de produtos não comestíveis do abate animal, produzindo
cerca de 3,3 milhões de toneladas de farinhas e 1,9 milhões toneladas de gorduras. Os
dados apresentados ainda revelaram que do volume total de gorduras produzidos, 1,4
milhões de tonelada é sebo bovino. O mercado de higiene e limpeza é maior consumidor dessa matéria-prima com demanda
de 56% do total de sebo produzido em 2011. Para o Sr. Clênio Gonçalves, este número confirma a importância do setor de
higiene e limpeza para a indústria brasileira de reciclagem animal. “Estes números mostram o quão é importante à indústria
de higiene e limpeza para nosso setor e tanto o congresso quanto a feira traz a oportunidade de estarmos bem informados
e ampliarmos os nossos negócios” afirma. Já o coordenador técnico da ABRA, Sr. Lucas Cypriano, ressaltou a importância
estreitar o relacionamento com Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins e disse que o setor de Reciclagem Animal
busca novidades para o mercado de higiene e limpeza. “A participação da Abra foi muito importante para aumentarmos
nosso relacionamento com a ABISA e para mostrar ao importante segmento de saboarias, clientes dos nossos associados, que
estamos em busca de novas fontes de gorduras para o mercado”. Em 2011 o setor de Reciclagem Animal gerou negócios na
casa de R$ 6,1 bilhões, com expectativa de crescimento de até 6% para 2012.
Fonte: ABRAJBS: além de bovinos, empresa é maior fornecedora mundial de frangos
Com apenas três anos atuando nessa área, desde que comprou a
americana Pilgrim’s, por US$ 2,8 bilhões, o JBS se transformou no mês de
agosto no maior fornecedor mundial de frangos. A marca foi alcançada
quando as granjas da Doux Frangosul, no Rio Grande do Sul, arrendadas
em maio deste ano, atingiram sua capacidade máxima de produção. Com
isso, o JBS passou a abater 8,5 milhões de aves por dia, mais do que a
americana Tyson Foods, que tem uma média de 8,4 milhões, segundo o
balanço da companhia. “Esse já é um negócio de mais de R$ 18 bilhões para o JBS”, afirma Wesley Batista. Em 36 meses, o setor de aves
passou a representar 25% do faturamento da companhia. Em cinco anos, a estimativa é que possa chegar até a 40%.
“Existe muita oportunidade no negócio de aves”, diz Batista. “Temos recebido muitas ofertas, mas o nosso foco, agora, é colocar
a Frangosul para rodar.” Não será tarefa das mais simples. A operação brasileira da Doux Frangosul, do empresário francês Charles
Doux, estava à beira da falência quando as unidades industriais de Passo Fundo e Montenegro, no Rio Grande do Sul, e Caarapó,
em Mato Grosso do Sul, foram arrendadas por até dez anos. Doux tentou por duas vezes vender a empresa para a família Batista,
incluindo os ativos da França. Mas a conversa não evoluiu. Em janeiro deste ano, o empresário voltou à carga, desta vez, oferecendo
apenas a filial local. Era uma tentativa derradeira de evitar que ela fosse à bancarrota.
E deu certo. “A entrada no JBS na Doux Frangosul tem um impacto positivo”, afirma Ricardo Santin, diretor da União Brasileira
de Avicultura. “Ela solidifica o setor ao não deixar o terceiro maior produtor brasileiro parado e dá estabilidade à cadeia.” O JBS
contratou a KPMG, que finaliza, no momento, uma auditoria na Doux Frangosul, para saber se deve exercer a opção de compra. Até
agora, já descobriu passivos de mais de R$ 1 bilhão. “Vamos ter de fazer uma reestruturação dessa dívida”, diz Batista. “Precisamos nos
entender com os credores.”
Ele está preocupado com a alavancagem do JBS, que é de 4,27 vezes a sua geração de caixa, considerada elevada para o setor.
Mas a área de aves é tida como promissora, na visão de Batista. Apesar de a operação de frangos nos Estados Unidos ter tido prejuízo
de US$ 496 milhões, no ano passado, ela recuperou-se nos seis primeiros meses de 2012, quando lucrou US$ 109 milhões. Com a
Doux Frangosul, o grupo acrescentará mais R$ 1,5 bilhão anuais à sua receita. Percentualmente, esse dinheiro representa apenas 2%
do faturamento do JBS. A soma, no entanto, é superior ao que fatura a imensa maioria das empresas brasileiras.
Fonte: IstoÉ Dinheiro / BeefPoint
16 17N
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ABRA apoia Plano Safra da pesca e aquicultura
A Associação Brasileira de Reciclagem
Animal – ABRA foi convidada pelo
Ministério da Pesca e Aquicultura para
a cerimônia de lançamento do Plano
Safra da Pesca e Aquicultura. O evento
aconteceu no Palácio do Planalto com
a presença da presidente Sra. Dilma
Rousseff, o ministro da pesca, Sr. Marcelo
Crivela, o ministro da saúde, Sr. Alexandre
Padilha, o presidente da Câmara dos
Deputados, Sr. Marco Maia e o presidente
da Petrobras Biocombustível, Sr.Miguel
Rossetto, a Sra Gleisi Hoffmann, ministra
da Casa Civil . Faltam as autoridades
como a Ministra da Casa Civil e Ministro
do Desenvolvimento Agrário, Pepe
Vargas. O plano prevê investimentos de
4,1 bilhões de reais para a modernização
da pesca e o fortalecimento da indústria
e do comércio pesqueiro. A meta é
produzir 2 milhões de toneladas anuais até 2014 e beneficiar mais de 330 mil famílias. A presidente da República disse que a
intenção é tornar a atividade pesqueira central para o país e que com o Plano o Brasil se tornará em um grande potencial para
que a pesca e aquicultura sejam mais lucrativa e competitiva. “Agora é hora de o país transformar seu potencial em atividades
sociais e econômicas” considerou. Segundo a presidente, O Brasil tem mais de oito mil quilômetros de costa marítima, 12%
da reserva mundial de água doce e um mar interno feito de reservatórios e açudes em praticamente todas as nossas bacias
hidrográficas. Durante o evento também foram assinados um memorando para ampliar programas de pesquisa e produção
de biodiesel através dos resíduos do pescado. Os resíduos do pescado também são processados pela Indústria de Reciclagem
Animal para a produção de farinhas e óleo de peixes. RECICLAGEM ANIMAL As farinhas e o óleo de peixe são produtos
de grande valor nutricional e utilizados na produção de rações para animais. De acordo com o I Diagnóstico da Indústria
Brasileira de Reciclagem animal lançado pela ABRA, em 2010 foram produzidos de 28 mil toneladas de farinha de peixes e 8
mil toneladas de óleo de peixes. “Este números mostra o quão pouco é explorado o segmento de peixes e o Plano Safra é para
a Reciclagem Animal uma grande oportunidade para a expansão da reciclagem dos resíduos de pescado. A nossa indústria
já é bem definida nos segmentos de bovinos, aves e suínos, e agora é a vez do peixe”, afirma o Vice Presidente da ABRA Sr.
Roger Matias. Já o Sr. Robinson Huyer, Vice Presidente da ABRA disse que é um momento oportuno para que o setor invista na
reciclagem de resíduos da pesca. “É o momento para investir na reciclagem de resíduos da pesca para ampliar a produção de
farinhas e gordura de peixes. O Brasil é um país rico em água e com grande potencial de pescados, então nós como membros
da ABRA apoiamos essa iniciativa para que se desenvolva ainda mais a reciclagem dos resíduos do pescado, fortalecendo mais
o nosso setor”. Em agosto a ABRA se reuniu com o Ministério para discutir a destinação dos resíduos do pescado De acordo
com o MPA, o Brasil captura anualmente 1,2 milhões de toneladas de pescados. Segundo o Sr. Rodrigo Claudino, coordenador
geral, 30% desse volume não é aproveitado para o consumo humano. Ou seja, um grande volume de pescado é descartado
pelas embarcações ainda em água, ou quando chegam em terra. A ABRA propôs que seja elaborado um estudo de viabilidade
econômica para o processamento desse produto, visando garantir a entrega dessa matéria-prima em boas condições para
as Indústrias de Reciclagem Animal, gerando divisas aos pescadores e ao país. O chefe de assuntos estratégicos e relações
institucionais do MPA, Sr. Luis Alberto de Mendonça Sabanay avaliou como viável uma futura parceria com a ABRA. “Nos
componentes novos que surgirem, não teremos problemas de acionar os canais e dentro do sistema colocar e ver o que cabe
a nós do poder público produzir para isso se tornar uma política de forma efetiva”. Garantiu o Sr. Sabanay. A ABRA apresentará
os dados para o Ministério da Pesca e Aquicultura, por ver como muito importante essa possível parceria entre a entidade e o
MPA, reduzindo desperdícios e auxiliando no aumento de renda da atividade pesqueira.
Fonte: ABRA
PBio firma acordo sobre conversão de resíduos da pesca em biodiesel A Petrobras Biocombustível (PBio) e o Ministério da Pesca e Aquicultura
assinaram um memorando de entendimentos para ampliar programas com
foco na pesquisa e produção de biodiesel a partir de matéria-prima residual
do pescado. A parceria foi firmada durante o evento de lançamento do Plano
Safra da Pesca e Aquicultura que contou com a presença da presidente Dilma
Rousseff. Para o presidente da PBio, Miguel Rossetto, a parceria tem o propósito
de promover estudos para utilização desta matéria-prima na produção de
biodiesel. “Vamos apoiar o desenvolvimento de uma nova alternativa de
suprimento e contribuir também para o aproveitamento de resíduos da
atividade pesqueira na produção de bicombustíveis”, avalia o presidente. A
iniciativa está alinhada ao Plano Safra que visa à expansão da atividade e do
comércio pesqueiro e tem como meta produzir 2 milhões de toneladas anuais
de pescado até 2014. A PBio já desenvolve iniciativas para avaliar o aproveitamento de óleo de peixe para biodiesel. Um exemplo é a
parceria no projeto piloto Biopeixe realizado com piscicultores da região de Jaguaribara (CE). O acordo tem como principais objetivos
ampliar o aproveitamento e a produtividade dos recursos naturais, pesqueiros e aquícolas, aumentar a renda dos pescadores e agregar
valor à sua produção, além de promover o desenvolvimento técnico, científico e de inovações tecnológicas para a atividade.
Fonte: Biodiesel BR
Frigoríficos de SP usarão crédito como garantia Frigoríficos paulistas passam a poder apresentar créditos
de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e serviços
(ICMS) como garantia para tomar empréstimos junto à
Agência de Fomento do Estado de São Paulo. A medida foi
autorizada pelo Decreto estadual nº 58.465, publicado no
Diário Oficial do Estado.
O benefício se limitará às empresas que fazem o abate
de aves em território paulista. Além disso, abrange apenas os
créditos obtidos entre 1º de junho e 31 de dezembro deste
ano.
Essas empresas costumam acumular crédito
presumido - aquele que a empresa pode registar e usar
independentemente dos seus custos - do imposto.
Segundo ofício do secretário da Fazenda, Andrea Calabi,
a proposta tem por objetivo restaurar a competitividade do
segmento econômico paulista, que vem enfrentando forte concorrência em razão de benefícios concedidos por outros
Estados.
Caberá à Secretaria da Fazenda, mediante solicitação da Agência de Fomento do Estado de São Paulo transferir os créditos
à agência, de acordo com as condições constantes do financiamento celebrado com os estabelecimentos envolvidos, caso o
financiamento não seja regularmente liquidado.
Apesar de entrar hoje em vigor, ainda falta regulamentação da medida. “Na regra bancária, quanto mais líquida a garantia,
menor os juros. Falta estabelecerem quais serão os juros nesse caso”, afirma o advogado Marcelo Jabour, diretor da Lex
Legis Consultoria Tributária. O advogado afirma que as empresas já podem começar a apurar seus créditos de ICMS para se
programar para o uso do benefício, provavelmente, no próximo ano.
Com informações da Lex Legis Consultoria Tributária.
Fonte: Valor
18 19N
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Minerva Foods sinaliza ‘apetite’ por aquisições para elevar a capacidade
Fortalecida pelos resultados alcançados no terceiro trimestre e um caixa de R$ 920 milhões, a Minerva Foods, terceira
maior processadora de carne bovina do país, definiu sua estratégia de aquisições para 2013. De olho na maior oferta de
gado, a empresa mantém o apetite por ativos que ampliem a capacidade de produção e, ao mesmo tempo, reduzam os ainda
elevados índices de endividamento da companhia.
“Sempre analisamos as oportunidades, mas só vamos nos movimentar se a aquisição tiver efeito neutro ou positivo para a
desalavancagem da empresa”, afirmou ontem o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, em teleconferência com
analistas sobre os resultados da empresa no terceiro trimestre deste ano.
O desempenho operacional da Minerva ficou 8% acima esperado pelo mercado, conforme relatório do banco Barclays.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia no período foi de R$
134,5 milhões. Apesar do resultado, ações da Minerva na BMF&Bovespa caíram 2,17% ontem, num movimento de realização
de lucros, conforme um fonte de mercado. Em 2012, os papéis da empresa acumulam valorização de 140,07%.
A estratégia de aquisições desenhada pela Minerva seguirá o exemplo da compra, em setembro, do frigorífico paraguaio
Frigomerc, disse o diretor-financeiro da empresa brasileira, Edison Ticle. Na ocasião, o negócio foi fechado por R$ 35 milhões.
Desse total, R$ 10 milhões podem ser pagos em ações da Minerva.
Segundo Ticle, o frigorífico paraguaio deve gerar um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na
sigla em inglês) de cerca de R$ 13 milhões no ano. Com isso, diz ele, a relação entre o preço de aquisição e o Ebitda é de 2 vezes.
“Hoje, a Minerva tem uma alavancagem de 3,7 vezes. Trazendo esse índice de 2 vezes do Frigomerc, reduzimos a alavancagem
na margem”, argumentou. A empresa fechou o terceiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 1,64 bilhões.
O presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, ressaltou que as possíveis aquisições devem respeitar a estratégia
da companhia e, portanto, se concentrarem em operações de carne bovina na América do Sul. Atualmente, a empresa conta
com 11 unidades de abate e desossa, sendo duas no Paraguai, uma no Uruguai e o restante no Brasil.
“A produção bovinos está menos competitiva no Hemisfério Norte”, disse Galletti de Queiroz, referindo-se aos elevados
preços do grãos usados na ração animal. Nesse contexto, destaca, o Brasil deve abocanhar mais mercado nas exportações,
especialmente para os países emergentes.
No caso do mercado interno, a Minerva tem a elevação dos custos de grãos a seu favor, que dificulta as operações de
empresas de carne de frango e suína, como a BRF - Brasil Foods e a Seara, do grupo Marfrig. “Tradicionalmente, o quarto
trimestre já é o melhor do ano. Com as proteínas concorrentes subindo de preço, você tem um efeito de substituição para a
carne bovina”, justificou Galletti de Queiroz.
Fonte: Valor
Com frigorífico, Cocari prevê faturamento acima de R$ 1 bilhão A cooperativa Cocari inaugurou nova indústria de aves, em
Mandaguari (Norte do Paraná), com o objetivo de elevar seu
faturamento anual de R$ 900 milhões (2012) para mais de R$ 1
bilhão. A crise verificada na avicultura não afeta a rentabilidade do
projeto no médio ou no longo prazo, disse o vice-presidente da
cooperativa, Marcos Antonio Trintinalha.
Antes da implantação do frigorífico de 32,5 mil metros
quadrados, foi instalada fábrica de ração e uma rede de aviários. Os
investimentos assumidos pela cooperativa somam R$ 115 milhões
– 75% desse valor financiados via BRDE e BNDES. A indústria de
aves passará a operar aos poucos e deve abater de 60 a 70 mil aves
ao dia a partir de janeiro.
Na avaliação de Trintinalha, o momento favorece a inauguração
pela proximidade do Natal – quando o consumo de carne de ave aumenta – e da colheita de verão – que promete equilibrar os preços
da soja e do milho, ingredientes básico das rações.
“Nosso projeto de agregar valor aos grãos e à ração vem sendo desenvolvido desde 2009. Agora é um bom momento para
colocarmos a indústria em operação. As coisas começaram a melhorar para a indústria avícola. Vamos pegar na virada desse processo
de crise, com a entrada da soja nova de Mato Grosso”, afirmou. Ele sustenta que o fato de a cooperativa ser autossuficiente na produção
de ração para aves conta pontos a seu favor.
Como já vinha encaminhando 35 mil aves ao dia para abate em frigoríficos parceiros (da Frangos Canção), a Cocari descarta a possibilidade
de a inauguração de sua indústria provocar excesso de oferta de frango e baixar os preços da carne no Norte do estado. Inicialmente – até
conseguir autorização para exportar, o que exige cerca de um ano de operação e adaptações –, o frigorífico atenderá o mercado interno.
A planta, no entanto, foi estruturada para exportação a países de mercados tradicionais como o Oriente Médio. A Cocari tenta
garantir a qualidade da carne com aviários automatizados (com equipamentos que controlam luminosidade e suprimento), ração de
origem comprovada e abate especializado. Os mil empregados que vão trabalhar no frigorífico passam por qualificação.
Com a ativação do frigorífico, 22 novos aviários devem entrar em operação. A capacidade de produção e abate deverá dobrar nos
próximos anos, dependendo das demandas interna e externa. Na segunda fase do projeto, quando a indústria atingirá capacidade
máxima, os avicultores integrados deverão alojar perto de 9 milhões de frangos, conforme projeção da Cocari.
Fonte: Gazeta do Povo
20 21N
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Crise dos grãos: preços das carnes aumentam 50% neste ano
Os preços das carnes no varejo subiram quase 30% neste ano e devem continuar em linha ascendente até dezembro, totalizando 50% de
majoração no período. Esse é o efeito mais visível da crise de encarecimento da nutrição animal que assola as cadeias produtivas da avicultura,
suinocultura e bovinocultura no Brasil.
Ao fazer esta avaliação, o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola
Ávila, estima que desde o início da crise dos grãos até o encerramento do ano, a proteína animal registrará crescimento nos preços na ordem de
50%. “Não se trata de lucro, mas de transferência de custos”, ressalva.
A crise está instalada há oito meses e o quadro permanece inalterado. A disparada nos preços dos principais insumos (soja e milho) encareceu
fortemente a produção de carnes de aves e suínos no Brasil e ameaça derrubar a competitividade do setor neste ano. O dirigente realça que em
face do forte encarecimento da soja nos mercados nacional e mundial, as previsões para 2013 são de redução da produção ou crescimento
vegetativo, com inevitável aumento do preço dos alimentos cárneos no mercado doméstico e exportação.
O cenário de grãos com preços elevados persistirá até a próxima safra. “As commodities saltaram para um novo patamar de preços e, como
existem contratos de aquisição firmados já para a próxima safra, é bastante provável que os preços continuarão altos”, coloca Ávila.
Os preços de soja, farelo de soja e milho não crescerão mais nesse período, mas se manterão elevados. O presidente do Sindicarne acredita
que não há mais espaço para aumentos em função da safra já comercializada, entretanto os valores se manterão nos atuais níveis ou com uma
leve queda.
O temor do setor é que muitos frigoríficos de pequeno e médio porte ficaram fragilizados e ameaçados de desaparecer em conseqüência
dessa crise. Para evitar isso, o Sindicarne trabalha para a criação de um fundo de aval junto ao Governo Federal, visando facilitar o crédito para
financiamento do capital de giro e minimizando o impacto nas empresas.
Ávila continua insistindo em um plano estratégico de longo prazo, no qual a logística multimodal será ponto fundamental para manter
a competitividade do Estado de Santa Catarina. Na avaliação do Sindicarne, as medidas que devem ser tomadas para evitar a repetição desse
quadro de superencarecimento dos grãos não devem ser casuísticas.
Santa Catarina tem mais de 17.000 suinocultores e avicultores integrados às agroindústrias produzindo num setor que emprega diretamente
105 mil pessoas e, indiretamente, mais de 220 mil trabalhadores. O setor no País se desenvolveu copiando o modelo de parceria produtor/
indústria implantado em Santa Catarina a partir do início dos anos 70.
Fonte: MB Comunicação
Cooperativas contratam mais financiamentos para safra 2012/13
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) informou que nos dois primeiros meses após o
lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13 os
financiamentos contratados por meio do Programa de
Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor
à Produção Agropecuária (Prodecoop) e do Programa de
Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-
Agro) somaram R$ 226,9 milhões.
O Prodecoop financiou R$ 140,6 milhões, um aumento de
7% sobre igual período da safra passada (2011/12). As normas
de enquadramento das ações desenvolvidas no âmbito do
Prodecoop foram alteradas para o Plano Safra 2012/13, com
ênfase no financiamento a operações de investimento. O
Governo disponibilizou recursos de R$ 2 bilhões para o apoio
financeiro a investimentos no processo produtivo, beneficiamento, industrialização e armazenagem de produtos agropecuários,
às ações de adequação sanitária e de recuperação de solos. Além disso, o limite de financiamento aumentou, passando de R$ 60
milhões para R$ 100 milhões por cooperativa. O juro na contratação do financiamento é de 5,5% ao ano.
Dentro da política de apoio ao cooperativismo, o ministério também elevou os recursos disponibilizados através do
Procap-Agro (Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias) com destaque para maior disponibilidade para
financiamento de capital de giro ao setor. Para a atual safra, os recursos totalizam R$ 3 bilhões, o que corresponde a um
aumento de 50% em relação à safra anterior. Na modalidade capital de giro, o limite de crédito passa a ser de R$ 50 milhões
por cooperativa. Apenas nos dois primeiros meses pós lançamento do Plano Safra, o programa desembolsou R$ 86,3 milhões
(julho/agosto). Quem buscar o financiamento poderá contratá-lo com taxa de 5,5% ao ano quando destinado à capitalização
da cooperativa, ou 9% ao ano, no caso de capital de giro.
Para o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa, Caio Rocha, a disponibilidade de
recursos é uma forma de fomentar os agricultores e suas cooperativas a expandir a capacidade produtiva e a competitividade
da agropecuária brasileira e de manter a posição relevante do País no mercado agrícola internacional.
Fonte: Mapa
22 23N
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Frigoríficos suspendem abates em MT e prejuízos chegam a R$ 30 milhões
Frigoríficos de Mato Grosso - estado que concentra
o maior rebanho bovino do país - já sentem os
impactos provocados pela paralisação dos servidores
do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado
(Indea), deflagrada em setembro passado. A maior
parte das 40 plantas em funcionamento começa a
paralisar os abates porque não há animais suficientes.
Prejuízo que diariamente pode superar R$ 30 milhões
afirma o presidente do Sindifrigo, Luis Antônio de
Freitas. Estima-se, segundo o segmento, que pelo
menos 16 mil bovinos deixem de ser abatidos por dia
nas unidades frigoríficas do estado. A operação não
ocorre porque sem a emissão da Guia de Transporte
Animal (GTA) não há como destinar o gado das
propriedades até as empresas. “A grande maioria das
empresas já não consegue embarcar os bois e a partir
desta quarta-feira o abate fica comprometido. De
amanhã está totalmente comprometido. Não há saída
pois sem a GTA não existe a possibilidade de abater.
É um grande prejuízo”, disse Luis Freitas ao G1. Com
a interrupção no abate de animais o fornecimento
de carne aos mercados interno e externo também será comprometido, lembra Freitas. “O setor paga um preço muito caro”, disse
o representante. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso
(Sintap), Diany Dias lembra que a categoria cobra mais condições de trabalho e não uma revisão salarial. “Só estamos atendendo
feiras agropecuárias, leilões, as vaqueijadas e as cavalgadas que já foram programadas. A emissão de GTA só acontece nesses
casos”, ponderou a presidente do sindicato. A interrupção inicialmente programada para quatro dias pode ser prolongada caso
as negociações com o governo não avancem. O Indea é a autarquia responsável pelas ações de defesa sanitária nas áreas animal
e vegetal. Conforme o Sintap, 666 servidores atuam no Instituto de Defesa Agropecuária em Mato Grosso, mas até o final do ano
o número deve cair para 532 em função das aposentadorias, como estima o sindicato. Ao todo, 138 municípios são atendidos por
meio de bases ou unidades instaladas em diferentes municípios do estado. A paralisação atinge as unidades locais executivas,
unidades regionais de surpevisão, central do Indea e laboratórios do Instituto. “Não temos sequer água nas unidades e estamos
jogados às traças. Infelizmente vamos atingir a população, mas sentimos na pele a falta de estrutura de investimento e a ausência
de recursos humanos”, citou Diany. A Secretaria de Estado de Administração (SAD) informou, por meio da assessoria de imprensa,
que o governo mantém o diálogo com os servidores e se comprometeu a solucionar o impasse. Conforme a secretaria, o estado
contatou empresas fornecedoras para que reestabeleçam o fornecimento de materiais [de expediente] às unidades do Indea, além
do pagamento das diárias atrasadas. Entidades As entidades vinculadas ao setor produtivo manifestaram-se favoráveis às cobranças
por mais estrutura aos servidores do Indea. Ao Sintap, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) solicitou a
manutenção dos serviços essenciais, como a emissão da Guia de Transporte de Animais, que normatiza o embarque e desembarque
de bovinos. “A ausência destes serviços ou o desempenho destas funções de forma precária podem comprometer a segurança
sanitária de Mato Grosso”, alertou o diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini. Já a Associação dos Criadores de
Mato Grosso informou, em nota, não ter sido oficialmente comunicada sobre a greve dos trabalhadores do setor agropecuário e a
paralisação nos abates. “A Acrimat espera que haja entendimento entre as partes antes que prejuízos sejam causados ao setor e aos
consumidores com o desabastecimento de produtos e elevação de preços”, manifestou a associação que congrega os pecuaristas
mato-grossenses. Abates Em oito meses, Mato Grosso abateu 3,6 milhões de animais, volume 14% acima frente ao mesmo período
de 2011, apontou um balanço do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Somente em agosto houve queda de
6% no ritmo frente ao mês anterior e de 2% em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Fonte: Globo Rural
Produção de biodiesel cresce, mesmo com desafios O Paraná é responsável por 4,3% da produção nacional de biodiesel, que em 2011
totalizou 2,6 bilhões de litros. No ano, a produção paranaense foi de 114,8 milhões de litros,
volume 65% superior ao de 2010, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP). A tendência para os próximos anos é de crescimento, mas o setor
ainda enfrenta desafios para conquistar a expansão, como ausência de políticas públicas
para fomento da atividade, necessidade de desenvolvimento de pesquisas para ampliação
de variedades produtivas e de adaptação da infraestrutura industrial para extração de óleo,
bem como a garantia de viabilidade econômica para produção de oleaginosas além da
soja. O assunto foi debatido na sexta-feira (23) durante o seminário ‘’Produção de Biodiesel:
Aspectos agronômicos e perspectivas futuras’’. O evento, promovido pela Universidade
Estadual de Londrina (UEL), reuniu cerca de 100 estudantes de graduação no auditório do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). O
professor da UEL e coordenador do evento, Rodrigo Ferreira, argumenta que a demanda por energias renováveis é crescente e motiva
as perspectivas otimistas para o setor. ‘’O governo quer mostrar o Brasil como vitrine da produção de biodiesel e uma das medidas
tomadas foi a determinação do B5, em que 5% do diesel comercializado deve ser composto por biodisel’’, afirma. No entanto, o Brasil
ainda enfrenta grande dependência da soja, que responde por mais de 90% da produção nacional de biodiesel e quase a totalidade
produzida no Paraná. ‘’Com os preços elevados, é difícil quebrar o ciclo de soja e milho nos campos paranaenses, mas é preciso mostrar
que o biodiesel de outras oleaginosas pode ser uma alternativa rentável para pequenos produtores’’, comenta Ferreira. O Paraná possui
atualmente três indústrias processadoras de biodiesel, que somam uma capacidade diária de produção de 455,7 mil litros. Além disso,
três novas plantas já receberam autorização para construção, segundom a ANP, o que deve ampliar a capacidade instalada em mais 1,7
milhão por dia. Entretanto, a demanda das indústrias não é acompanhada pelo aumento da produção. ‘’O Brasil tem potencial industrial
para chegar ao B10, com 10% de participação de biodiesel no diesel, mas o gargalo é a falta de matéria-prima’’, alega o pesquisador
da Iapar Ruy Seiji Yamaoka. Yamaoka argumenta que não é possível evitar a predominância da soja como fonte de biodiesel, mas é
preciso pensar em modos alternativos de produção para inclusão de outras oleaginosas na safra paranaense. ‘’Nas áreas ocupadas
pela combinação soja e milho safrinha, podemos investir em safrinhas de girassol e amendoim, e também na produção de canola
no inverno’’, indica. O pesquisador reforça que ainda é preciso investir em pesquisa para a descoberta de matérias-primas de valor
agregado e que possibilitem melhor aproveitamento do grão, bem como para domínio agronômico das culturas pouco disseminadas.
‘’Não adianta forçar as indústrias a se adaptarem para receber determinados materiais se a produção ainda não estiver estabilizada e
com as características fisiológicas profundamente conhecidas’’, explica.
O seminário ainda debateu a importância da determinação de zoneamento agroclimático para as culturas com potencial
produtivo de biodiesel. A expectativa é de que o produtor tenha mais estímulo para produzir com acesso à financiamento e seguro
rural. Durante o evento, os estudantes também receberam informações sobre as potencialidades produtivas de microalgas para
geração de energia. A pesquisa do Iapar sobre a cultura já está em fase industrial e mostra que o teor de óleo das microalgas pode
chegar a até 60%, segundo a pesquisadroa Diva Souza Andrade.
Fonte: Globo Rural
BA: estado reduz em 17% o ICMS de carnes Para ajustar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos preços de mercado de comestíveis
resultante do abate de aves, gado bovino e bufalino, e suínos, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), reduziu
em aproximadamente 17% os valores da pauta fiscal – preço de referência para a cobrança do imposto nas compras fora do Estado –
fixados para esses produtos.
A medida atende à necessidade da população e também a uma solicitação da Associação dos Distribuidores e Atacadistas da Bahia
(Asdab). De acordo com o superintendente de Administração Tributária da Sefaz, Cláudio Meirelles, a redução se deu devido ao ajuste
nos preços apresentados no mercado varejista e atacadista. Segundo ele, a expectativa é que os consumidores possam comprar esses
produtos a preços menores, devido ao estímulo oferecido com a redução da pauta.
A redução dos valores da referida pauta diz respeito às mercadorias provenientes de fora da Bahia, visto que a aquisição interna de
tais produtos está desonerada do imposto, quando são atendidas as condições previstas no Regulamento do ICMS do Estado da Bahia.
Fonte: Governo da BA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Agronegócio necessita adotar um novo modelo Cerca de 30% das emissões de
dióxido do carbono resultante das
atividades humanas vêm da agricultura,
incluindo-se nessa conta as emissões
indiretas do desmatamento e das
mudanças no uso da terra, além da
produção de fertilizantes e a refrigeração
de alimentos. “A necessidade de mudar
o sistema de produção para adotar um
modelo agrícola de baixo carbono e
oferecer alimentos seguros, abre um
conjunto de oportunidades de inovação
para o país”, afirma o chefe da Embrapa
Meio Ambiente, Celso Manzatto. Ele
explica que isso significa fazer uma
gestão de agricultura mais eficiente e planejada para adequar o conhecimento existente aos solos e climas tropicais e criar
incentivos por meio de políticas públicas e recursos financeiros para a adoção dessas medidas pelo produtor rural.
“O fato de ter cobertura vegetal e riquezas naturais não vai nos garantir ser um país importante na área agrícola se não tivermos
um diferencial significativo na inovação tecnológica”, diz Manzatto. “Além disso, o produtor rural que investe na conservação dos
recursos naturais, com custos adicionais de produção, deve ser de alguma forma recompensado.” Ele cita algumas áreas promissoras
para iniciativas e práticas verdes: aumento da eficiência de práticas convencionais para redução do consumo de insumos
escassos, caros ou ambientalmente danosos; desenvolvimento de insumos biológicos e novos fertilizantes, controle de aplicação
de agrotóxicos, sistemas de cultivo e de pecuária com redução de emissões de gases do efeito estufa e aumento da eficiência
energética na produção.
“São áreas que extrapolam a engenharia agrícola e envolvem a indústria química, biologia e genética entre outras”, diz. Manzatto
ressalta também que o desenvolvimento de novas tecnologias no campo vão ao encontro do redesenho do agroecossistema, tendo
como base um novo conjunto de processos que levam em conta o ordenamento territorial, a valoração e pagamento de serviços
ecossistêmicos, o incentivo à produção orgânica ou de base ecológica e o aproveitamento da biodiversidade.
O pesquisador lembra os projetos no combate ao aquecimento global financiados pelo Programa ABC do Ministério da
Agricultura para facilitar a difusão de práticas sustentáveis entre produtores rurais como um incentivo ao desenvolvimento
de novas tecnologias. O programa oferece R$ 2 bilhões em financiamento para ações relacionadas ao plantio direto na palha,
fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e o sistema de integração lavoura-pecuária-florestas, que
contribuem para a preservação das áreas de produção. Outra área estratégica para o país é o desenvolvimento de cultivos mais
resistentes às intempéries, como a seca, principal ameaça ao agronegócio brasileiro, ou mais adaptados às mudanças climáticas.
Entre as áreas mais desenvolvidas em termos de sustentabilidade está também a tecnologia de plantio de cana-de-açúcar e de
produção de etanol, que acabou resultando nos carros flex, destaca Jacques Markovitch, da Faculdade de Economia e Administração
da USP.
Os projetos de melhoramento da planta conduzidos pelo Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (Bioen) visam aumentar
a produção de combustível e de biomassa com o menor impacto ambiental possível. Incluem uso adequado do solo, da água e
redução das emissões de poluentes. “Além disso, já é possível pesquisar em laboratório uma cana transgênica com mais sacarose ou
menos lignina e observar avanços expressivos no pré-tratamento do bagaço para produção de etanol de eficiência superior”, lembra
o economista.
Alguns empreendedores começam a desenvolver produtos baseados na biodiversidade, como chama a atenção o coordenador
do projeto inovação e sustentabilidade na cadeia de valor do Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas
de São Paulo (FGVCes), Paulo Branco. Ele dá como exemplo a Terpenoil, empresa de tecnologia orgânica para limpeza e lubrificação
com base nos terpenos da laranja; e a Atina, de solução de rastreabilidade e formalização da cadeia produtiva de bisabolol de
candeia com uso na indústria de cosméticos. As duas empresas foram consideradas referência de inovação e sustentabilidade como
fornecedores pelo projeto em 2012 pelo FGVCes.
Fonte: Valor
Fontes limpas e renováveis correspondem a 83% da energia Desde o início do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, o Brasil aumentou em 4.244
megawats (MW) sua capacidade geradora, com a entrada em operação de 52 empreendimentos. De
acordo com balanço do programa divulgado pelo governo federal, 83% (3.525 MW) da energia agregada
têm como origem fontes limpas e renováveis. A expectativa é de que outros 28.022 MW sejam agregados
ao sistema a partir da conclusão de obras que já estão em andamento.
Parte da geração já agregada tem como origem a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que tem seis
turbinas em funcionamento, gerando 417 MW, e 19 usinas eólicas (UEE), que agregam outros 475 MW ao
sistema. Há, ainda, 23 usinas termelétricas gerando 1.711 MW.
Com as 11 hidrelétricas cujas obras estão em andamento, o sistema poderá gerar 18.702 MW a mais
de energia. Estão sendo construídas também 28 termelétricas, que vão gerar 6.868 MW, e 87 eólicas com
capacidade para gerar 2.291 MW.
Atualmente há 23 linhas de transmissão sendo instaladas, com uma extensão de 10.657 quilômetros.
Desde o início do programa, 13 subestações de energias e 17 linhas foram concluídas, totalizando 3.308
quilômetros para a transmissão da energia gerada.
Na área petrolífera, foram assinados contratos para a construção de 21 sondas, a um custo de R$ 29 bilhões. A indústria naval contabiliza
a contratação de 228 empreendimentos pelo Programa de Expansão e Modernização da Marinha Mercante. Outros 81 já foram entregues.
O PAC 2 já investiu R$ 5,8 bilhões no setor de combustíveis renováveis, para o escoamento integrado à movimentação de álcool nos
estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nesses investimentos estão incluídas obras de instalação para coleta,
armazenamento e transporte por dutos, para permitir a saída da produção por meio de portos marítimos.
Fonte: Jornal Meio Ambiente
No
tíc
ias
26 27
Colaboração de Dados – Aboissa, Sincobesp, Mapa.
As informações destes índices
são dados baseados no CIF-
SP podendo variar um pouco
para cima ou para baixo.
Índ
ice
s de
me
rca
do
Fonte: Departamento Estatístico da Editora Stilo.
‘Economist’ destaca agronegócio brasileiro e consumo no Norte-Nordeste
As maiores oportunidades de negócios no Brasil são as voltadas à agricultura e ao aproveitamento do crescente mercado consumidor no país,
aponta estudo realizado pela Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist a pedido do Centro de Liderança Pública (CLP). Ao apresentar,
nesta quinta-feira, os resultados referentes a 2012 do Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros, o pesquisador do grupo Economist,
Robert Wood, destacou que o recente aumento no mercado consumidor, principalmente no Norte e Nordeste do país, está chamando a atenção
das empresas estrangeiras.
Ao mesmo tempo, a expansão das exportações agrícolas impulsionaram os Estados do Centro-Oeste, ajudando a elevar o Mato Grosso da
14ª para a 12ª posição no Ranking de Competitividade dos Estados. “Nos últimos 20 anos o único setor que ganhou competitividade no Brasil foi
o de agronegócios”, disse Luiz Felipe d’Ávila, presidente do CLP.
Goiás e Distrito Federal, destacou d’Ávila, só não se saíram melhor no ranking porque tiveram seus resultados ofuscados por escândalos
políticos. Os recentes casos de corrupção na região, entretanto, não afetaram a imagem de estabilidade política apresentada pelo Brasil. O quesito
foi destacado no estudo como um dos pontos fortes do país, ao lado da capacidade de atração de investimentos. Apenas sete entre os 27
Estados brasileiros foram classificados instáveis politicamente. “Em alguns Estados, principalmente no Nordeste, a política é construída sob o
poder de uma família e não é tão estável como em outros Estados, nos quais é baseada em instituições”, comentou Wood.
O que impacta negativamente a decisão de negócios no Brasil, segundo Wood, são os regimes tributários. Não apenas no que diz respeito
à carga de impostos, mas também no que se refere aos esforços que as empresas precisam ter para se manter quites com o Fisco. “Observamos
que apenas cinco Estados brasileiros publicam menos de sete normas tributárias por mês. Esse número elevado de novas regras todos os meses
impõe um fardo muito pesado às empresas e um alto custo às pequenas companhias para se atualizarem”, afirmou Wood.
A guerra fiscal entre os Estados, na avaliação de d´Ávila, não é um fator preponderante na escolha das empresas na hora de fazer investimentos.
Segundo ele, alguns Estados já estão percebendo que muitas vezes a concessão de incentivos fiscais gera prejuízos.
“O Brasil está sendo percebido pelos estrangeiros como um ambiente mais seguro para fazer negócios, e isso atrai investimento de longo
prazo. Mas ainda há muito a ser feito no que se refere a questões estruturais, como educação, infraestrutura, qualificação de mão de obra”, concluiu
o presidente do CLP.
Fonte: Valor Econômico
Sindirações registra demanda na Frente Parlamentar Agropecuária – Desoneração Pis/Cofins
A Diretoria Executiva do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal esteve em Brasília/DF e apresentou aos Deputados da Frente
Parlamentar Agropecuária as demandas do setor frente à necessidade de desoneração da tributação de PIS/COFINS da cadeia produtora de
alimentos para animais.
Na ocasião o Dr. Ariovaldo Zani, Vice-Presidente Executivo do Sindirações, detalhou o Modelo de Quantificação e a Proposta de Desoneração
elaborados através da avaliação dos valores envolvidos nas transações na cadeia de produção de alimentos para animais e a incidência de
tributos em cada etapa da produção com base nas mudanças na legislação tributária.
Ainda em 2010 o Sindirações em parceria com outras entidades da cadeia de produção de proteína animal quantificou a incidência de
PIS/COFINS nos diversos elos da cadeia de produção de frangos e suínos e propôs a suspensão da incidência desses tributos sobre a venda
dos produtos finais no mercado interno e dos créditos presumidos incidentes sobre as compras de insumos para sua produção, a substituição
dos créditos presumidos por aumento na alíquota na aquisição de carne de frango e suíno pelo varejo e a criação de mecanismos para o
ressarcimento/monetização de créditos tributários acumulados nas cadeias, uma vez que não haveria incidência de PIS/COFINS sobre as receitas.
Todavia, a Lei 12350, promulgada em 2010 pelo Executivo não contemplou a proposição original na totalidade e a Instrução Normativa
1157/2012 que suspendeu parcialmente a tributação PIS/COFINS nas cadeias de produção de frangos e suínos, trouxe transtornos para as
indústrias do setor, principalmente por causa da extrema complexidade na segregação contábil/física dos mesmos insumos utilizados na
fabricação de premixes/ rações para outras espécies (bovinos, peixes, ovinos, caprinos, etc.) sob diferentes regimes tributários e pelo aumento
no custo das rações/premixes para aves e suínos porque as fábricas não estão mais autorizadas a aproveitar os créditos pagos na aquisição dos
demais insumos que não foram desonerados.
O Presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, Deputado Homero Pereira, incluiu oficialmente o tema na pauta da entidade para que
os Deputados construam alternativas para extensão da suspensão PIS/COFINS aos insumos não contemplados pela Lei 12350/2010 (cadeia de
produção de aves e suínos) e para desoneração PIS/COFINS nas cadeias de alimentação animal/produção de insumos, premixes, suplementos e
rações para bovinos corte/leite, ovinos, caprinos, peixes; matérias-primas e sal mineral para bovinos de corte, além da suspensão de PIS/COFINS
no desembaraço aduaneiro dos aditivos/insumos importados e utilizados na alimentação de aves, suínos, bovinos, ovinos, caprinos, peixes, etc.
Fonte: Sindirações
No
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ias
28 29E
m F
oco
1
epresentantes de frigoríficos, trabalhadores e Ministério
Público do Trabalho se reuniram novamente, em Brasília,
na tentativa de avançar sobre a adoção de uma norma
regulamentadora (NR) específica para o setor de carnes do país.
A NR, que vem sendo debatida há quase quatro anos, ganhou
ímpeto após acusações da ONG Repórter Brasil que apontaram
alto índice de acidentes nas fábricas supostamente por abusos
na jornada de trabalho.
Segundo o relatório, um dos problemas mais graves dos
frigoríficos é a alta carga de movimentos repetitivos em um
R
Normas de trabalho em frigoríficos específicas para o segmento de
carnes em discussão
curto espaço de tempo, jornadas longas, exposição a frio
e instrumentos cortantes. O principal ponto de discussão
agora refere-se às pausas ergonômicas dos trabalhadores. A
reunião de hoje tentará chegar a um denominador comum.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) requer interrupções
de 60 minutos a partir de jornadas de 7h20 de trabalho, em
seis pausas de dez minutos. O setor patronal, três pausas de
20 minutos ou quatro de 15.
São pormenores que fazem diferença para a indústria,
diz Alexandre Perlatto, representante da Confederação
Nacional da Indústria (CNI) no comitê de discussão da
norma regulamentadora. “Seis pausas são seis interrupções
na linha de produção. Como é que eu posso ficar parando
a fábrica toda hora?” Mas, para o MPT, nem sempre isso
ocorre. “Há históricos de melhorias de processos e ganhos
de eficiência em frigoríficos que mostram que as pausas
não afetam a produção”, afirma o procurador Heiler Natali,
coordenador do projeto do MPT para frigoríficos.
Outra reivindicação patronal é que a discussão diferencie
a indústria de carnes por segmento - aves, suínos e bovinos.
Isso porque os desgastes físicos são diferentes. Enquanto em
uma unidade de aves são abatidos milhares de animais em
um dia, em uma planta de abate de bovinos a quantidade
é muito menor, lembra Péricles Salazar, presidente da
Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Para os
frigoríficos, as pausas ergonômicas, combinadas à decisão
de estender as pausas térmicas a mais trabalhadores,
acarretará em custos extras.
Até o mês passado, a legislação brasileira contemplava
pausas térmicas somente àqueles que trabalhavam em
câmaras frigoríficas, onde a temperatura se mantém abaixo
de zero grau. O artigo 253 da CLT prevê, nesses casos, parada
obrigatória de 20 minutos para cada 01h40 trabalhada.
Nenhuma referência era feita, no entanto, para pausas
térmicas nos ambientes refrigerados, que oscilam entre 9°C
e 13°C e onde o número de trabalhadores é maior.
A situação mudou com a súmula 438 do Tribunal
Superior do Trabalho, proposta pelo MPT, que estendeu esse
direito a todos os trabalhadores de frigoríficos expostos a
temperaturas abaixo de 15°C, 12°C e 10°C, conforme a zona
climática onde a indústria está. “Do nosso ponto de vista, a
pausa para recuperação térmica é superada”, afirma Natali.
Muitos frigoríficos utilizam o padrão de 15 a 20 minutos
de pausa na manhã e à tarde, mais um hora para o almoço.
“Haverá um acréscimo de 50% nas pausas térmicas”, diz
Perlatto. “Os abates terão de ser praticamente alterados. Nas
fábricas antigas, o layout terá de ser mudado”. Parte desses
custos estariam relacionados à construção de uma área
conjugada ao ambiente refrigerado para evitar choques
térmicos no trabalhador. Caso contrário, em vez de beneficiá-
lo, a pausa obrigatória poderia provocar seu adoecimento.
Fonte: Valor Econômico
30 31E
m F
oco
2
o mundo dos negócios, inovação e flexibilidade são
aspectos imprescindíveis para a evolução e a Editora Stilo
partilha deste mesmo princípio em sua atuação, o que justifica
as mudanças e adaptações pelas quais o seu evento técnico,
FENAGRA - Feira Internacional das Graxarias vem se submetendo.
A fim de aprimorá-lo e atender as reais necessidades do
mercado decidiu-se nesta oitava edição realizá-lo na cidade de
Campinas (SP), que está a 92 km de distância de São Paulo.
A região é o maior pólo tecnológico da América Latina, alia
na atualidade diferentes competências e dinâmicas: cidade
de serviços, de comércio tradicional, de produção agrícola,
de geração de ciência e tecnologia. Campinas é considerada
o terceiro maior centro industrial do país (atrás da região
metropolitana de São Paulo e Rio de Janeiro), gerando 3% do PIB
brasileiro. E não são apenas estes atrativos que levaram o evento
para a região. “Mais de cinquenta graxarias estão localizadas no
interior de São Paulo, centenas de fábricas de ração animal estão
situadas na proximidade de Campinas e na própria cidade, ou
seja, o deslocamento para a feira além de economicamente ser
mais atraente, favorece também a logística, o que certamente
irá contribuir para um número maior de visitantes. Ainda em
termos financeiros, a 8ª FENAGRA terá um custo inferior para
os expositores com a isenção de taxas municipais. Para quem
necessitar hospedar-se na região, a rede hoteleira é extensa e
N
As novidades da 8ª edição
Desta vez o setor de Reciclagem de Resíduos de Origem Animal se reunirá na cidade de Campinas (SP). A novidade trará benefícios para
expositores, congressistas e visitantes
Por: Lia Freire
os valores também mais baixos do que na cidade de São Paulo.
Além disso, o pavilhão onde será realizada a feira – Via Appia
Eventos – está apenas a 7 km do centro de Campinas e próximo
dali há o Aeroporto Internacional de Viracopos – Campinas. Por
todas estas razões acreditamos que a mudança seja benéfica
e o retorno do mercado está sendo bastante positivo”, afirma
Daniel Geraldes, diretor da Editora Stilo.
A edição 2013 da FENAGRA será realizada entre os dias
24 e 25 de abril e mais uma vez além de reunir os principais
fornecedores de tecnologias, novidades e tendências para as
indústrias de ração animal, cosméticos, produtos de higiene
e limpeza, biodiesel, entre outros, sediará o 12° Congresso
Internacional de Graxarias (SINCOBESP – Sindicato Nacional dos
Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal
e da ABRA – Associação Brasileira de Reciclagem Animal); a 3ª
Expo Pet Food, que trará os principais fornecedores de rações,
equipamentos, embalagens, insumos e demais itens voltados
à nutrição animal, além do V Congresso Internacional e o
XII Simpósio sobre Nutrição de Animais de Estimação, estes
dois últimos organizados pelo CBNA – Colégio Brasileiro de
Nutrição Animal.
Informações poderão ser obtidas por meio do endereço
eletrônico da Editora Stilo www.editorastilo.com.br ou no email
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Chibrascenter 1_pagina.pdf 1 08/10/12 14:35
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3
utando com altos preços dos alimentos para animais
(grãos) e com a estagnação do consumo, a produção
global de carnes em 2012 deverá crescer menos de 2%,
para 302 milhões de toneladas. À medida que a queda na
lucratividade da indústria tem causado menores ganhos na
produção dos países desenvolvidos, a maioria da expansão
mundial deverá ocorrer nos países em desenvolvimento,
que agora são responsáveis por 60% da produção mundial.
As preocupações sobre a lucratividade do setor
de carnes têm sido geradas pelo enfraquecimento do
crescimento dos mercados de exportação, com a expansão
do comércio devendo desacelerar para 2%, quando em
2011 o cresicment foi de 8%. As exportações globais de
carne deverão aumentar 600.000 toneladas, para 29,4
milhões de toneladas em 2102, principalmente sustentadas
por maiores fluxos de carne de frango e suína e com grande
parte da expansão de mercado sendo capturada nos países
em desenvolvimento, em particular Brasil e Índia.
O aumento do preço dos grãos e a desaceleração do
crescimento da produção de carne elevaram os preços
internacionais da carne no final de 2012, para níveis
próximos ao pico registrado em 2011. Por isso, o índice de
preços da carne da FAO, que aumentou 5% desde julho de
2012, ficou em média 174 pontos entre janeiro e outubro,
que se compara a 176 no mesmo período do ano anterior. A
maioria deste aumento no índice de preços de carne refletiu
a valorização dos preços da carne de frango e suína, que
aumentaram 9% e 12%, respectivamente, desde julho.
O crescimento da produção global de carne bovina foi
Tradução: Beef Point (www.beefpoint.com.br)
Tradução: Beef Point (www.beefpoint.com.br)
Tradução: Beef Point (www.beefpoint.com.br)
Menor produção de carne bovina nos países desenvolvidos será
compensada pelo aumento nos países emergentes (FAO)
L
Mercados mundiais de carnes
Balanço mundial
%
Produção
Bovina
Aves
Suína
Ovina
Comércio
Bovina
Aves
Suína
Ovina
Indicadores de Oferta e demanda
Consumo per capita de alimentos
Mundo
Desenvolvidos
Em dvolvimento
Índice de Preços da FAQ
2010
294,2
66,7
98,9
109,3
13,7
26,7
7,7
11,7
6,2
0,8
42,5
79,2
32,4
2010
152
2011
Estimativa
297,1
66,6
102,3
108,8
13,8
28,8
8,0
12,7
7,1
0,7
42,4
78,9
32,4
2011
157
2012
Previsão
301,8
66,8
104,5
110,8
13,9
29,4
8,0
13,0
7,4
0,8
42,5
79,0
32,7
2012Jan-Out
174
kg/ano
kg/ano
kg/ano
2002-2004=100
Milhões de toneladas
Variação 2012
sobre 2011
1,6
0,4
2,2
1,9
0,9
2,2
1,0
2,4
3,0
1,9
0,4
0,0
1,0
Var Jan-Out 2012com relação a Jan-
Out de 2011
-1,0
prejudicado pela seca, altos preços dos alimentos animais e
políticas. O baixo rebanho nos países desenvolvidos, o alto
preço dos alimentos para animais e a menor lucratividade da
indústria estão contribuindo para a estagnação da produção
global de carne bovina pelo quinto ano consecutivo.
Com a produção estável em 66,8 milhões de toneladas em
2012, as ofertas limitadas levaram a preços quase recordes
da carne bovina nos primeiros meses do ano, e previsão de
maiores preços em 2013. Isso apesar da liquidação de gados
nos Estados Unidos, maior produtor de carne bovina do
mundo, desencadeada pela seca de 2012, considerada a pior
em 50 anos.
A queda do rebanho dos Estados Unidos, iniciada em
2008, diminuiu o rebanho a níveis mínimos no período de 60
34 35
Em
Fo
co
3
anos. Similarmente, os problemas de seca estão reduzindo o
peso ade abate e a produção na Rússia, Ucrânia e México. Na
União Europeia (UE), a produção de carne bovina está caindo
para seu menor nível desde os anos sessenta, refletindo
parcialmente um aumento na eficiência na produção
leiteira, que reduziu o número de animais leiteiros para
abate, combinado com maiores suportes do Governo ao
setor. Em contraste, o clima favorável, excelentes pastagens
e forragens abundantes estão por trás do aumento de 4% na
produção de carne bovina na Nova Zelândia e ganhos mais
modestos na Austrália. No Canadá, a produção deverá se
manter estável.
A redução da produção nos países desenvolvidos
deverá ser compensada pelo aumento nos países em
desenvolvimento. Na América do Sul, a disponibilidade
de gado para abate tem aumentado na Argentina, Brasil,
Paraguai e Uruguai, após vários anos de reconstrução do
rebanho.
Na Argentina, preços historicamente altos do gado e a
margem de lucro favorável deverão aumentar a produção
de carne bovina em 4%. Isto mesmo com políticas restritivas
de exportação e do fechamento de um número estimado de
100 plantas de processamento nos dois últimos anos.
Na Ásia, a produção está expandindo na Índia e no
Vietnã, sustentada pelos investimentos em nossas operações
de processamento. A produção de carne bovina deverá
aumentar na Coreia, refletindo um aumento no número de
abate em resposta ao subsídio do governo. Na China, o setor
deverá se contrair pelo segundo ano consecutivo, à medida
que a falta de mão de obra e os altos custos de produção
forçam os pequenos produtores a sairem do setor.
Tradução: Beef Point (www.beefpoint.com.br)
Na África, um caso de febre aftosa no começo do ano
no Egito foi seguido por extensos período de abates, com
implicações negativas para a produção no país. No resto da
região, a seca e a alta taxa de mortalidade de animais nos
países do Chifre da África e de Sahel também pesaram para
a produção de carne bovina da região.
As importações de carne bovina aumentaram, apesar
dos altos preços e a Índia mudou para a posição de maior
exportador mundial. Apesar do declínio induzido pelo preço
nos principais mercados desenvolvidos, a escassez de oferta
doméstica está apoiando a demanda global por comércio
de carne bovina, agora previsto para aumentar 1%, para
8 milhões de toneladas. É esperado grande aumento na
importação dos Estados Unidos, que já é o maior importador
mundial de carne bovina (e importante exportador), para
compensar a queda na produção doméstica.
As vendas para a Rússia também deverão ser um pouco
maiores, refletindo o aumento liderado pela Organização
Mundial de Comércio (OMC) na cota preferencial. Em
contraste, a demanda do Japão e da Coreia deverão
enfraquecer em meio a aumento de oferta doméstica,
enquanto a importação de gado vivo e de carne bovina
continuam sendo limitadas por restrições de importação. Na
UE, a queda no consumo deverá reduzir as importações pelo
terceiro ano consecutivo, apesar de um aumento na cota
com tarifa zero para carne bovina de alta qualidade.
Os preços competitivos para carne de búfalo na Índia
está impulsionando as vendas do país às Filipinas, Malásia,
Vietnã e tradicionais países importadores de carne bovina no
Golfo e no Egito. No geral, as exportações da Índia em 2012
deverão aumentar 17%, para 1,4 milhão de toneladas, que, se
confirmado, poderão se tornar o país de maior exportação
mundial de carne bovina.
As exportações da Austrália e da Nova Zelândia também
deverão ser maiores em 2012, sustentados por maiores
rebanhos, clima e condições de pastagem favoráveis e uma
forte demanda dos Estados Unidos. Entre os produtores
da América do Sul, Brasil e Uruguai deverão aumentar sua
oferta, capitalizando sobre maior rebanho e, no caso do
Brasil, sobre uma moeda relativamente desvalorizada.
Apesar do fechamento do Chile, Israel e mercados da UE,
a recuperação de doenças deveria capacitar o Paraguai para
aumentar as exportações de carne bovina, através de uma
mudança no destino de exportação ao vizinho Brasil. Em
contraste, as vendas do Canadá à UE e aos Estados Unidos
deverão cair, restritas pelas ofertas limitadas de animais
abatidos e maiores preços domésticos. As exportações da
Argentina podem cair novamente nesse ano, limitadas pelo
alto preço doméstico, forte moeda e políticas restritivas à
exportação, como tarifas e cotas.
Fonte: FAO, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
36 37
Em
Fo
co
4
á cerca de 8 anos iniciei um importante trabalho para
uma multinacional do setor de pet food, com a proposta de
obter melhorias em um de seus fornecedores de matéria-
prima. Na unidade industrial da companhia realizei outros
trabalhos e a partir de então, comecei a desenvolver um
amplo estudo focado nas farinhas de pescados. Na ocasião,
pude constatar que as farinhas usadas vinham do exterior e
ao questionar as razões, a justificativa foi que as nacionais
não apresentavam qualidade. As proteínas, por exemplo,
oscilavam durante o período de processamento - em um
único dia variavam de 46% a 52%.
Sistema de Produção de Farinha e Óleos de Pescados
HPor: Rainier Cortes Ferreira
Composição da farinha de pescados inteiros:
Produtos e especificações
Especificações de farinhas de mercado:
De posse de alguns relatórios de produtores destas
farinhas comecei a planejar o que poderia ser feito e de que
maneira, a fim de levar melhorias ao setor e assim obter
uma proteína constante e padronizada, de acordo com a
matéria-prima a ser trabalhada. Durante estas pesquisas
e estudos descobri que há uma abundância de matéria-
prima no Brasil que é descartada em aterros sanitários e até
mesmo em alto mar, acarretando em um desbalanceamento
do sistema.
Cheguei a conclusão de que utilizar e adaptar
equipamentos que processavam outros subprodutos para
Composição da Farinha de Pescados Inteiros
Matéria Seca
Proteína
NNP
Proteína – NNP
Graxa
Cinzas
92,00%
71,60%
1,25%
70,00%
9,50%
14,30%
Farinha de Pescados
Proteína mínima %
Residual de gordura máxima%
Umidade máxima %
Cinzas máxima %
Digestibilidade mínima%
Salmonela
Super Prime
68
10
10
16
94
Negativo
Prime
67
10
10
16
92
Negativo
Stander
65
12
10
-
92
Negativo
Característica de farinha processada de carcaças com polpa
Proteína Bruta % (mínima)
Umidade % (máxima)
Extrato etéreo (mínimo) %
Matéria mineral (máximo) %
Cálcio (máximo) %
Fósforo total (mínimo) %
Índice de acides(máximo) %
Etoxiquina (mínimo)
PH solução aquosa (mínimo)
Acido fosfórico (mínimo) %
63
10
3
8
5
2
5 mg Na OH/g
100 ppm
3
7,7
Característica de farinha processada de carcaças com polpa
Proteína Bruta %
Umidade %
Extrato etério (mínimo) %
Matéria mineral (máximo) %
Cálcio (máximo) %
Fósforo total (mínimo) %
Índice de acides(máximo) %
Etoxiquina (mínimo)
PH solução aquosa (mínimo)
Fósforo total %
Cloreto total (máximo) %
Digestibilidade em pepsina
65
10
6
12
8
3
5 mg Na OH/g
200 ppm
3
3
1
0,002 (mínimo)=85%
o setor de pescados não funcionava, pois tais maquinários
não apresentavam recursos necessários para a preservação
e controle do protéico e aminoácidos existentes nestes
subprodutos, foi então, que comecei a trabalhar no
desenvolvimento de equipamentos e processos para o setor
de farinha de pescados de água doce e salgada. Atualmente,
há maquinários desenvolvidos especificamente para esta
área, com resultados de excelente qualidade, contribuindo
para que não haja perda das características das matérias-
primas, agregando valor aos descartes da indústria de
processamento de pescados, favorecendo um equilíbrio
financeiro, bem como, a preservação do meio ambiente.
Para comprovar a eficiência destes equipamentos,
apresento uma análise dos produtos processados:
38 39
Em
Fo
co
4
Padrão de Mercado
Acidez em Meq. de NAOH 0,1 N/100 G (Máxima) 8,00 meq.
Cálcio (Maximo) 5,30%
Digestibilidade em Pepsina.1:1000a 0,2% em HCL0,075N(Mínima). 90,00%
Extrato Etéreo (Mínimo) 7,95%
Fósforo (Mínimo) 2,65%
Matéria Mineral (Máxima) 19,00%
Proteína Bruta (Mínima) 55,50%
Umidade (Máxima) 10,00%
Óleo de pescados de mercado:
Rentabilidade na produção de pescados inteiros ou carcaças (espécie tilápias):
23% farinha de pescados com umidade de 10%. (máximo).
17% óleo de tilápias
Vantagens dos produtos processados em máquinas específicas
Custo de produção
• Proteína de melhor digestão
Produtividade
• Gera crescimento mais rápido do rebanho
Saúde
• Imunidade animais (sem medicações)
• Melhora a saúde animal de maneira geral
Aves
• Melhora o desenvolvimento do sistema nervoso e da
estrutura óssea. Incorpora na gordura baixos níveis de
ácidos graxos.
Galinhas poedeiras
• Melhora a fertilidade. Há aumento nutritivo do ovo
devido o acúmulo de ácidos graxos.
Suínos
• Em recém-desmamados aumenta o crescimento e
imunidade.
• Nos adultos, aumenta a fertilidade e a qualidade da
gordura pelo acúmulo de ácidos graxos.
Ruminantes
• Em recém-nascidos aumenta o crescimento e imunidade.
• Adultos fertilidade, e equilíbrio de aminoácidos, e
melhora a digestão produtiva.
Vacas leiteiras
• Aumento da produção de leite, com uma média de 1 a 2
litros/dia.
• Aumenta o teor de proteína no leite, geralmente em
unidades 0,1 – 02 %.
• Aumenta a taxa de concepção, normalmente em 10%.
• Em altos níveis pode diminuir a gordura do leite.
* Rainier Cortes Ferreira é consultor da empresa RC Consultoria
e Projetos Industriais.
Característica de óleo de tilápias:
Óleo de pescados de mercado:
Umidade
impUrezas
material insaponificável
ácidos Graxos totais
acidez (aGl) medida como ác. oléico
Índice de peróxido meq o2/1000G
cor e aspecto
Índice de saponificação
Índice de iodo
ponto de fUsão
Padrão
aceitável
máx. 2%
max. 2%
máx. 1%
min. 97%
máx. 2,5%
máx. 5
alaranjado transparente
189-193
140-190
28-30oc
Padrão desejável
máx. 1%
máx. 1%
máx. 0,5%
min. 98%
zero
zero
efeito em Qualidade
máx. 1%
máx. 1%
máx. 0,5%
min. 98%
zero
zero
Característica de óleo de tilápias
Umidade %
Extrato etério (mínimo) %
Acidez em ácido oléico%
Índice de peróxido (máximo)
Etoxina (mínima)
1
99
3
10 meq/ kg de óleo
200 ppm
40 41
ara Ricardo Gouvêa, coordenador do Grupo de Trabalho do Setor
Frigorífico, as propostas previstas na nova NR causam inquietação
para o setor, pois as mudanças vão exigir alguma complexidade,
isso num momento em que o segmento avícola ainda passa por
dificuldades devido à alta dos insumos que compõem a ração
que alimenta o plantel (soja e milho). “Há uma preocupação em
se cumprir as determinações, mas lembrando que as empresas
não podem perder a sua competitividade”, afirma Gouvêa, que
considera consolidação das normas um marco para o setor
produtor de cárneos do Brasil. A nova Norma Regulamentadora
sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e
Processamento de Carnes e Derivados foi aprovada pela comissão
tripartite, da qual fizeram parte empresas, trabalhadores e Ministério
do Trabalho, que discutiam o assunto há mais de dois anos. Agora
ela será encaminhada para aprovação do ministro do Trabalho, para
posterior publicação.
A expectativa é de que as medidas entrem em vigor já no
início de 2013. A segurança e saúde do trabalhador sempre foi
uma preocupação do setor avícola, que hoje responde por 3,5
milhões de empregos diretos e indiretos, sendo que 360 mil estão
nas indústrias frigoríficas. Essas práticas incluem, por exemplo, além
dos equipamentos de proteção, um intenso treinamento sobre
comportamento seguro no ambiente de trabalho, programas de
ginástica laboral e paradas periódicas.
Esse cuidado pode ser ratificado pelas informações que
constam do Anuário Estatístico da Previdência Social, que oferece
os números do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), apurado
de acordo com a gravidade, frequência e custo dos benefícios
previdenciários decorrentes de afastamentos por doença e/
ou acidentes de trabalho. Em 2009, a atividade de abate de aves
figurava em 48º lugar no ranking por frequência, em 44º lugar por
gravidade e em 105º lugar por custo. Hoje está, respectivamente,
em 190º, 159º e 232º. “O Brasil já detém hoje uma das melhores
condições de trabalho em frigoríficos do mundo. A nova norma,
além de aprimorar o modelo de produção das agroindústrias,
trará segurança jurídica para que as empresas operem com uma
legislação clara, que até então não existia”, explica Gouvêa.
A nova NR determina prazos específicos para que os produtores
se adequem às medidas. Ficou estabelecido um ano para intervenções
estruturais de mobiliário e equipamentos e dois anos para alterações
nas instalações físicas das empresas. Para Ricardo Gouvêa, os prazos
podiam ser maiores, já que o setor avícola este ano passa por uma
crise sem precedentes. “É preciso observar que existem duas variáveis
importantes: uma é que se terá que colocar em prática o mais rápido
após a sua publicação e a outra é que existem mudanças que precisam
de investimentos e algumas têm que ter autorização até do Ministério
da Agricultura”, afirmou Gouvêa. “As empresas de maior porte já estão
trabalhando para se adequarem plenamente; a preocupação é com
as menores, que talvez necessitem de mais tempo, devido à menor
capacidade de investimentos.
Além disso, elas só vão conhecer a norma quando for publicada”,
ponderou. “A princípio, achamos que esse prazo poderá ser cumprido,
mas caso haja necessidade, vamos buscar conversar com todos os
envolvidos”, frisou. Para Ricardo Gouvêa, o estabelecimento das pausas
ergonômicas e as de conforto térmico (para trabalhadores que atuam
em ambientes artificialmente frios) deverá ser mais impactante
para o setor, já que a NR determina que sejam oferecidos espaços
específicos para esses profissionais. “Em alguns casos, as empresas
vão ter que investir na construção de salas para atender a essa
determinação”, frisou. Participaram do Grupo de Trabalho do Setor
Frigorífico empresas do setor, a Confederação Nacional da Indústria
(CNI), a União Brasileira de Avicultura (UBABEF), a Associação Brasileira
das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), a Associação Brasileira
da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS) e a
Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo).
Fonte: UBABEF
Aprovada a nova Norma Regulamentadora dos frigoríficos
Grupo BCOrganizações Empresariais Baltazar de Castro
Grupo BCOrganizações Empresariais Baltazar de Castro
BC Participações e EmpreendimentosGoiânia (GO) - Administração Geral
Fone: (62) 3243-5100
Sebo IndustrialÓleo de Frango e Óleo de Peixe
BC Participações e EmpreendimentosBC Participações e EmpreendimentosGoiânia (GO) - Administração Geral
BC Participações e Empreendimentos
Farinha de Carne EsterilizadaFarinha de Sangue
Farinha de Ossos CalcinadoFarinha de Penas
Farinha de VíscerasFarinha de Peixe
Produtos de Higiene e LimpezaSabão e Derivados
Nutrição AnimalNutrição Animal
Gordura AnimalGordura Animal
Higiene e LimpezaHigiene e Limpeza
Farinha de Carne Esterilizada
Farinha de Ossos Calcinado
Nutrição AnimalNutrição AnimalNutrição AnimalNutrição AnimalNutrição Animal
Reciclagem - Amiga da Naturezaadelino.leite@reciclagemmt.ind.br fabio.stival@reciclagemmt.ind.br
ReBras - Reciclagem Brasileira de Resíduos Animaispedro.daniel@rebras.ind.bredmar.stival@rebras.ind.br
Nordeste Industrial rogerioalmeida@nordalltda.com.br
Reparnetolima@reparreciclagem.com.br
brunofreitas@reparreciclagem.com.br
AR Nutrição Animalcharbel@argroup.com.br
rodrigosoria@argroup.com.brrenato@argroup.com.br
Sabao Geosergiomurillo@sabaogeo.com.br
Óleo de Frango e Óleo de Peixe
Gordura Animal
Transportadora Sta Edwiges
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Grupo BC.pdf 1 08/10/12 14:16
Em
Fo
co
5
P
42 43
m ajuste ali, uma novidade aqui, melhorias acolá e os
fornecedores de moinhos, martelos e peneiras seguem em um
constante processo evolutivo para disponibilizar às graxarias
brasileiras o que há de melhor no setor de moagens, resultando
em farinhas de carne, ossos e vísceras de excelente qualidade, o
que levará a elaboração de produtos finais cada vez melhores.
Especializada na fabricação de moinho centrífugo a martelo
e na manufatura de martelos e peneiras com furos cônicos e
paralelos, a Moinhos Vieira, que tem uma atuação bastante
representativa no mercado brasileiro de pet food, agora trabalha
para dar ênfase também ao setor de graxarias. “As graxarias
têm descoberto que os nossos moinhos - aplicados para a
fabricação de farinha de sangue – possibilitam uma moagem
extremamente fina, utilizando peneiras com furações cônicas a
partir de 0.3 mm. Em parceira com uma grande multinacional do
setor, que importava moinhos para esta finalidade, a Moinhos
Vieira adquiriu know-how neste processo, possibilitando a este
parceiro a implementação de plantas fabris em todo Brasil,
utilizando equipamento nacional, no caso nossos moinhos,
contando com o pronto atendimento da nossa equipe técnica,
agilidade no pós venda (segundo avaliação da nossa empresa
realizada no 1º semestre de 2011, havia neste setor um grande
crescimento na demanda no pós venda, ou seja, qualidade e
velocidade na oferta de peças de reposição, especialmente no
que diz respeito às peneiras e martelos) e preços mais acessíveis”,
explica Flávio Pavanelli, sócio-proprietário da Moinhos Vieira.
Hoje, os itens mais procurados no portfólio do fabricante,
pelas graxarias são os moinhos MCD 680A (60cv) e MCD (até 125
cv), que oferecem a possibilidade de moagem fina utilizando
peneiras 0.3 mm (em chapa 20, ou seja, com 0.9 mm espessura)
atingindo granulometrias de até 100 MESH, em uma moagem
a martelo. “A grande questão neste setor está relacionada à
durabilidade dos maquinários, por isso, fechamos algumas
parcerias para melhorias de certificações de cementações
e nitretações, ou seja, tratamentos térmicos químicos que
aumentam a durabilidade das peças”, destaca Pavanelli.
Ca
pa
Moinhos, martelos e peneirasO retrato do nosso setor de moagem
O emprego de novas tecnologias, de tratamentos térmicos e o desenvolvimento de novos maquinários
caracterizam a evolução no setor de moagens
Por: Lia Freire
U ALTA DURABILIDADE E PERFORMANCE
A durabilidade das peças também ganha destaque na Martec/
Marfuros que neste ano apresentou martelos com tratamento
de livre tensão, segundo o fabricante, acabando com a quebra
da peça quando há atrito com o ferro. A empresa também
disponibiliza para as graxarias martelos em aço carbono A-36
cementados e tratados a uma dureza para melhor desempenho;
há peneiras com maior número de furos e o moinho TR – 100
para a moagem de farinha de carne e ossos. Com projeção anual
de crescimento na ordem de 15%, a Martec/Marfuros contabiliza
em 2012 índices positivos com um crescimento de 18% nos
negócios da Martec e 16% na Marfuros.
Para facilitar o manuseio, a Moinhos
GV lançou uma série de moinhos de martelos
com abertura e fechamento da tampa
assistida com auxilio de molas gás.
44 45C
ap
a
Atenta às necessidades dos clientes e com a proposta de
oferecer equipamentos de alta performance e fácil manuseio,
a Moinhos GV, presente no mercado há 38 anos, fabricando
moinhos de martelos de 3 a 150 CV, martelos, peneiras, pinos,
reforços, entre outras peças, lançou em setembro último uma
série de moinhos de martelos com abertura e fechamento
da tampa assistida com auxilio de molas gás. “Muitos clientes
tinham dificuldade para abrir/fechar as máquinas maiores em
função do peso das tampas. Com esta nova tecnologia, fica mais
fácil a troca de martelos, peneiras e outras peças de desgaste.
Além desta tecnologia, os nossos martelos foram submetidos
a tratamentos térmicos a fim de torná-los mais duráveis”,
afirma Antonio González, gerente industrial da Moinhos GV,
acrescentando que para o próximo ano a meta é atingir um
crescimento de 10%. “Como toda a indústria nacional, vivemos
momentos de expectativas, porém temos que lidar em nosso
setor com uma concorrência predatória, já que infelizmente nem
sempre a qualidade é priorizada.”
Há mais de 10 anos fabricando martelos, eixos e espassadores
para diferentes modelos de moinhos de marcas nacionais e
importadas, a SES Engenharia dispõe de tecnologia própria,
desenvolvendo e aplicando ligas especiais através de mistura
de partículas de carboneto de tungstênio (WC), impregnadas e
distribuídas aleatoriamente nos mais diversos tipos de matrizes.
Estas partículas de WC variam em tamanho e quantidade,
juntamente com o tipo de matriz para atender as propriedades
desejadas. “Apostamos nos martelos de carboneto de tungstênio
que é de 3 a 4 vezes mais duráveis do que o cementado, resistindo
ao impacto e abrasão. Além disso, a quantidade de paradas para
a troca dos martelos é de 4 a 7 vezes menor. Outro importante
aspecto a ser levado em consideração é a economia de km/h,
devido a maior durabilidade do martelo e ao período do padrão
de moagem”, destaca Icaro Passeri Crnkovic, diretor comercial da
SES Engenharia. “O mercado está mais exigente e as empresas
buscam a redução de custos, por isso, o martelo revestido em
carboneto de tungstênio é cada vez mais requisitado. Esperamos
que a demanda continue nesta ascensão e que em 2013
possamos manter a nossa médica de crescimento que é de 30%
ao ano”, almeja Icaro.
Visando melhorias na eficiência e na produtividade de suas
máquinas, a WiDi, representante no Brasil do grupo chinês Muyang,
constantemente desenvolve novos designs para seus equipamentos.
Em sua linha de moinhos de martelo oferece opções como Shuidi
King para uma moagem mais grossa; SWFP Series para moagem fina
e Chaole SWFL Series, um pulverizador para moagem ultrafina. Estas
duas últimas máquinas representam uma forte tendência. “Uma das
principais mudanças observada no comportamento do mercado foi
o maior uso da moagem fina e ultrafina. Do ponto de vista nutricional,
pode-se considerar que quanto menor o tamanho das partículas do
alimento maior o contato destas com os sucos digestivos, favorecendo
a digestão e a absorção por parte do animal”, observa Thiago Barbeiro
Maneira da Silva, coordenador de vendas e marketing da WiDi. Já na
linha de peneiras, as opções oferecidas pela empresa são a vibratória
(SFJZ Series), a rotativa (SFJH Series) e a ultrafina (SXFQ Series). “No que
diz respeito à prestação de serviços, buscamos estar perto de nossos
clientes a fim de lhes dar total suporte no que necessitarem, assim
também temos a oportunidade de acompanhar as necessidades
do mercado e com isso disponibilizar as melhores e mais adequadas
soluções, sempre com a melhor relação custo-benefício”, finaliza
Thiago.
Chaole SWFL Series é o pulverizador para
moagem ultrafina disponibilizado pela WiDi.
O moinho SWFP Series da marca Muyang, comercializada no Brasil pela WiDi, representa a tendência de moagem fina.
No portfólio da WiDi há uma variedade de peneiras, possibilitando diversidade no processo de moagem.
46 47
om relativa frequência abordamos nessa coluna o
assunto da qualidade das farinhas e gorduras animais. Este
ano completamos 40 anos de atividade profissional e, em
todo esse tempo, nunca foi tão importante como agora
falar sobre qualidade. As razões são múltiplas e para citar
algumas, vê-se na agricultura que a Anvisa intensificará a
fiscalização de vegetais, visto que na Rio+20 divulgou-se
que foi de 1 bilhão de litros, os agrotóxicos consumidos na
safra 2010-11. Há evidencias de doenças e mortalidades
humanas devido a alimentos com risco alimentar; sendo
que, em uma das páginas da Bloomberg desse ano aparece
a notícia de que são gastos milhões de dólares pelas
empresas para tornar os alimentos mais saudáveis.
Qualidade é um atributo variável e dependente de
controles laboratoriais
Claudio BellaverM. Vet., Ph.D. Qualyfoco Consultoria Ltda, ProEmbrapa, bellaver@qualyfoco.com.br
Foco
na
Qu
alid
ad
e
C Na área das farinhas animais temos deixado explicita
nossa visão de qualidade em vários artigos que escrevemos
na revista GB. Felizmente estamos deixando de estar
sozinhos nessa árdua missão de esclarecimento público e
responsabilidade social, onde a sustentabilidade deve ser o
foco das empresas. Há cerca de um ano a Profa. Fracalossi
da UFSC com seu grupo de pesquisas publicou um trabalho
avaliando a qualidade da farinha de vísceras de aves (FVA),
produzidas por frigoríficos ou indústrias independentes,
nas diferentes estações do ano. Salientou o bom valor
nutricional da FVA na aquicultura, apresentou dados de
composição química, mas também fez um alerta sobre a
mortalidade de peixes relacionada a inclusão de FVA nas
dietas. Analisando as aminas biogênicas nas FVA, encontrou
presença de níveis significativos de putrescina, cadaverina,
tiramina, agmatina, feniletilamina e triptamina, as quais
são indicadores de deterioração da matéria prima antes do
processamento. Também encontraram índices de peróxidos
e acidez variáveis ao longo do ano e incompatíveis com a
melhor qualidade das farinhas para alimentação animal.
Em setembro de 2012 o Prof. Baião da UFMG e seu
grupo fizeram uma revisão sobre a utilização de farinhas
de origem animal na avicultura, na qual enaltecem o valor
nutricional de farinhas de boa qualidade e sua influência na
redução de custos de formulação e melhoria ambiental. Mas
advertem que as variações encontradas na composição dos
subprodutos de origem animal dificultam sua utilização,
em razão da falta de padrões para o processamento,
produzindo farinhas de qualidade duvidosa e com altas
taxas de contaminações, colocando em risco a produção
animal. No trabalho listam alguns fatores que influem na
qualidade das farinhas de origem animal, entre os quais:
umidade, temperatura, moagem e textura, contaminações,
tempo entre o abate e o processamento, poliaminas,
acidez e peróxidos. Concluem que torna-se indispensável
implementar rígido programa de controle de qualidade
das matérias primas por meio da aplicação de programas
de análise de perigos e controle de pontos críticos e/ou de
boas práticas de fabricação.
Embora tenha havido certo progresso na ultima década,
o setor de farinhas animais tem ainda muita dificuldade
para entender o que é qualidade; aquela definida em
vários eventos do setor a partir de 2002. Alguns preferem
desqualificar conceitos técnicos estabelecidos; outros,
dizem que a qualidade fica assegurada com o tato no dedo
do operador de máquinas. Na verdade, a legislação é só um
ato regulatório para se prevenir do empirismo dominante,
sendo que a qualidade, a verdadeira, é um atributo
independente da legislação e controlado no laboratório,
com as ferramentas da qualidade. Abrir o diálogo e convergir
é o melhor caminho para todos...
48 49E
ntr
ev
ista
ettore dal’mas e umA trAdicionAl fAmíliA do segmento grAxeiro, ettore dAl’mAs AindA Adolescente começou A trAbAlhAr nA indústriA do seu pAi, o senhor Vitório dAl’mAs, pArA Auxiliá-lo nA coletA dos subprodutos de origem AnimAl e tAmbém pArA que pudesse se inteirAr dos negócios dA fAmíliA. foi umA longA trAjetóriA Até A suA sAídA em 1998.hoje, Aos 91 Anos, o senhor ettore é um importAnte representAnte do mercAdo brAsileiro de grAxAriAs. com todA A suA sAbedoriA e lucidez, contA à reVistA grAxAriA brAsileirA A entrAdA do seu pAi neste segmento, A trAjetóriA dA empresA e deixA o seu recAdo pArA o setor. confirA!
d
“Para que o setor evolua é importante a união e o engajamento de todos”, Ettore Dal’mas.
Por: Lia Freire
Revista Graxaria Brasileira - Nos conte como o senhor entrou para o setor graxeiro.Ettore Dal’mas – Em meados de 1938, quando estava com 17 anos entrei para o mercado graxeiro para ajudar o meu pai, Vitório Dal’mas, que foi um dos pioneiros na área, atuando desde 1928.
Revista Graxaria Brasileira – E o que levou o seu pai, o senhor Vitório Dal’mas, a atuar neste ramo de negócios?Ettore – Meu pai trabalhava na fábrica de sabão Pamplona, que posteriormente foi vendida ao Grupo Matarazzo. Naquele tempo, existiam os “carrinheiros”, que coletavam os ossos e sebos (subprodutos de origem animal) e vendiam para que indústrias como a Pamplona produzissem seus sabões. Como meu pai era um bom observador, logo percebeu que estes “carrinheiros” estavam melhorando de vida e então, teve a ideia de também entrar para o negócio. Na época, fez contato com o senhor Serafim, o engenheiro da Pamplona, para perguntar se poderia ele próprio fornecer estes subprodutos e a resposta foi positiva. No entanto, o meu pai não tinha posses e pediu para o seu sogro, João Braido, que possuía um cavalo e uma carroça (sem atividade) se ele poderia emprestar para que começasse a realizar o trabalho. Só existia uma pessoa em São Paulo, no bairro da Vila Mariana, que também estava nesta atividade: o senhor José Giglio. Iniciava neste instante a disputa pela “freguesia”.
Revista Graxaria Brasileira – Foi neste momento que o senhor juntou-se ao seu pai?Ettore – Entrei para o negócio um tempo depois, juntamente com o meu irmão, João, para auxiliar na coleta dos
subprodutos de origem animal, mas encontrei uma estrutura pronta, inclusive com caminhões para a coleta. Quando a Indústria Pamplona foi vendida para o Grupo Matarazo, este não deseja mais comprar dos coletores os subprodutos de origem animal ‘in natura’, precisavam agora do sebo derretido. Com o conselho do engenheiro Serafim, meu pai decidiu comprar um autoclave e deu início às atividades da Indústria Vitório Dal’Mas, na rua Herculano de Freitas, em São Caetano do Sul (SP). Nesta época derretia o sebo e cozinhava os ossos. Os sebos derretidos seguiam para o Matarazzo, enquanto que os ossos autoclavados para a Artur Viana – empresa de adubo composto, que ficava no bairro da Vila Carioca, em São Paulo. Com sua visão empreendedora, meu pai percebeu que novos negócios poderiam ser feitos a partir dos subprodutos de origem animal, como por exemplo, moer os ossos para produzir farinha destinada a adubar a lavoura. Além da moagem, o sr. Vitório também montou uma fábrica de colas - para diversas aplicações como papel gomado, para a indústria de papéis etc. Estas colas eram produzidas a partir dos ossos degelatinados, que apresentavam alto índice de fósforo e azoto.
Revista Graxaria Brasileira – E quando e como surgiu a Indústria Dal’Mas Ltda?Ettore – No ano de 1938 teve início na rua Major Carlo Del Prete, n°174, em São Caetano do Sul, a Indústria Dal’Mas Ltda. Nesta época, meus irmãos mais novos, o engenheiro Mário e o advogado Ítalo juntaram-se à empresa do nosso pai. Conforme surgiam as demandas do mercado, delineávamos os nossos negócios. Também vendíamos sebo
50 51E
ntr
ev
ista
“Que o mercado se una e trabalhe para um mesmo
objetivo, deixando de lado as diversidades; e que a
concorrência seja cada vez mais ÉTICA!”
para O Moinho Santista, que passou a solicitar ácidos graxos (o sebo sem a glicerina) o que nos levou a criar uma unidade para extração da glicerina e consequentemente montamos um setor para fabricação de velas e na sequência outra unidade, agora para a extração de ácido esteárico, ácido oleico e destilação de glicerina bi. Desde o início das atividades da Indústria Dal’Mas existiu a preocupação com a infraestrutura e a qualidade e performance dos maquinários usados para que resultassem em produtos finais de excelência. Na época foram adquiridos equipamentos das fábricas Giorgi e Picosse que estavam encerrando as suas atividades. Anos depois investiu-se em maquinários italianos mais modernos, da linha Mazoni S.A. Com os anos, a concorrência no segmento de adubos químicos aumentou consideravelmente, com isso, a farinha de ossos começou a perder mercado o que nos levou a investir no processamento da farinha de carne e adquirir digestores. Em 1955 e com o crescimento dos negócios, a empresa passou a se chamar Dal’Mas S.A Indústria Agroquímica Brasileira. Trabalhou para nossa empresa meu tio, João Braido e também João Gava, que anos mais tardem montaram as suas respectivas empresas: Braido S.A e Irmãos Gava.
Revista Graxaria Brasileira – O que diferenciou o trabalho da empresa do senhor Vitório Dal’mas da concorrência?Ettore – O meu pai foi um visionário e soube exatamente como aproveitar as oportunidades que surgiram.
Revista Graxaria Brasileira – Quais eram as dificuldades enfrentadas naquela época em atuar no setor de graxarias? Ettore – Acredito que tenha sido a concorrência, algo que apresenta-se cada vez mais forte. Porém, deve ser um
aspecto encarado pelo empresário com respeito, exigindo certos cuidados, para que o posicionamento adotado pela empresa resulte em êxito nos negócios.
Revista Graxaria Brasileira – Durante a existência da Indústria Dal’Mas Ltda, quais foram as principais conquistas?Ettore – A unidade da esteárica, pois do sebo derretido eram extraídos todos os produtos, como o ácido esteárico, ácido oleico e glicerina bi.
Revista Graxaria Brasileira – Quando e quais as razões o levaram a sair deste mercado?Ettore – Fiquei no mercado até 1998, quando ainda me sentia em condições para gerir os negócios.
Revista Graxaria Brasileira – Na opinião do senhor, atualmente, o mercado formado pelas graxarias está caminhando para qual direção?Ettore – Está em ascensão tanto a agroindústria quanto os setores correlatos. Hoje, quem trabalha com o sebo e puder investir no biodiesel terá ótimas oportunidades de negócios.
Revista Graxaria Brasileira - Desde que o senhor entrou no mercado, quais as principais evoluções percebidas?Ettore – Era um mercado desorganizado e a partir da década de 90 tomou novos rumos, inclusive com a fundação da primeira associação do setor, a ACOBESP - Associação dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal. Em 2003 formamos o SINCOBESP - Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal, que primeiro representava um sindicato de base estadual para depois tornar-se nacional.
Revista Graxaria Brasileira - Qual a análise atual sobre o mercado brasileiro formado pelas graxarias? Ettore – Para que o setor evolua é importante a união e o engajamento de todos, como por exemplo, a participação massiva dos representantes em Congressos e demais eventos nacionais e internacionais.
Revista Graxaria Brasileira - Por sua experiência, onde estão os principais entraves para atuar no mercado? Ettore – Certamente está na concorrência, que leva a uma desestabilização nos preços das mercadorias e consequentemete há uma diminuição considerável no lucro.
Revista Graxaria Brasileira - Qual a análise do senhor quanto ao futuro do setor?Ettore – Vejo como um futuro promissor, desde que os empresários se empenhem e atuem de acordo com as normas atuais de Sustentabilidade Ambiental e Globalização.
Revista Graxaria Brasileira - Qual a mensagem que deixaria?Ettore – Que o mercado se una e trabalhe para um mesmo objetivo, deixando de lado as diversidades; e que a concorrência seja cada vez mais ÉTICA!
“A concorrência deve ser encarada pelo empresário com respeito,
exigindo certos cuidados, para que o posicionamento adotado pela
empresa resulte em êxito nos negócios.”
52 53C
ad
ern
o T
éc
nic
o 1
INTRODUÇÃO Gorduras e óleos que compõem ingredientes podem
sofrer alterações químicas durante o processamento e o
armazenamento, dentre elas as mais comuns são a acidez
(rancidez hidrolítica) e a oxidação (rancidez oxidativa) (ADAMS,
1999). Acidez em ingredientes de origem animal sugere
problemas no processo de produção e é, normalmente, gerada
devido ao excesso de umidade ou da “presença microbiológica
indesejável”, promovendo a hidrólise dos ácidos graxos
(produção de ácidos graxos livres). Quanto à oxidação, estão
bem documentados os seus efeitos nos tecidos e a formação
de radicais livres sobre a imunocompetência (HARMAN, 1984),
tanto em animais como em humanos. Os radicais livres agem
agressivamente no tecido vivo e podem romper a estrutura das
membranas celulares, alterando sua permeabilidade, viscosidade
e atividade secretora. Além disso, pode haver oxidação de
proteínas, afetando receptores, enzimas, proteínas de transporte
e mesmo o DNA. Em aves, suínos e outras espécies comerciais,
o consumo de alimentos oxidados além de influenciar o estado
Controle de qualidade em ingredientes de origem animal utilizados em rações
para aves e suínos
imune do animal afeta negativamente a “qualidade do produto
carne” (BARBI; BECKER, 2006).
Como forma de garantir a qualidade são realizadas
análises laboratoriais e controle de processos de produção e
armazenagem na indústria produtora de farinhas e de gorduras
de origem animal, que constituem matérias-primas de elevado
valor nutricional e são estratégicas na elaboração de dietas de
aves e de suínos.
Nesta revisão serão abordados os índices de acidez e de peróxido,
a digestibilidade em pepsina e a granulometria como indicativos
de qualidade para produtos de origem animal que podem ser
utilizados em rações para aves e suínos.
ÍNDICE DE ACIDEZ Não existe um tratamento químico específico para prevenção
da acidez. A qualidade do processo de produção de óleos, de
gorduras e de ingredientes gordurosos é que determina o nível
adequado de acidez (BARBI; BECKER, 2006).
Embora existam erros inerentes às metodologias, tanto de
análise química, quanto experimental, podendo gerar resultados
contraditórios no desempenho animal (SKLAN, 1979), é muito
bem documentada a redução da energia metabolizável do
alimento com o aumento da acidez (ou aumento do número de
ácidos graxos livres) (HUYGHEBAERT et al., 1988; WALDROUP et
al., 1995; DAVIS, 1996; BARBI; BECKER, 2006). Se desconsiderarmos
os riscos microbiológicos e de intoxicação é possível a utilização
de um subproduto de origem animal com nível de acidez
elevada para a produção de rações. Contudo, existem poucas
informações sobre a exata redução da energia metabolizável
(kcal/kg) dos alimentos para cada 1% no aumento da acidez, o
que dificulta a utilização destes em formulação de rações. Assim
sendo, deve-se priorizar o mínimo possível de acidez, pois a
energia é tida como o componente mais oneroso nas rações e
todo esforço para garantir o adequado suprimento energético
para os animais é benéfico para o sistema produtivo e para o
bem-estar animal, assunto este cada vez mais debatido a nível
mundial.
Existem padrões de acidez definidos por literatura atual
(BUTOLO, 2002; MEEKER, 2006; COMPÊNDIO..., 2009; ANFALPET,
2009; BELLAVER, 2010) que trazem valores máximos entre 1 e 6
mg de NaOH/g para diferentes subprodutos de origem animal.
Segundo Butolo (2002), embora os padrões mínimos tolerem
acidez de até 4 mg de NaOH/g de amostra, o ideal é não usar
farinha cuja acidez supere 2,5, uma vez que acidez elevada quase
sempre está associada a população bacteriana também elevada.
ÍNDICE DE PERÓXIDO
No intuito de prevenir a oxidação e preservar o valor
nutricional de suas formulações, os nutricionistas geralmente
incluem antioxidantes nas rações, contudo, isso possivelmente
não corrige os erros inerentes aos alimentos já oxidados, somente
retarda a aceleração dos processos oxidativos. É preciso lembrar
que as condições climáticas do Brasil são altamente desafiadoras
e favoráveis à oxidação.
A oxidação altera o valor proteico dos ingredientes devido à
geração de calor no processo oxidativo (reação exotérmica) e são
gerados, neste processo, hidroperóxidos que podem se degradar
a aldeídos e a cetonas. Os peróxidos nas gorduras destroem as
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e pioram a palatabilidade
e o odor da farinha trazendo distúrbios digestivos. Severas
oxidações estão associadas com encefalomalácia, distrofia
muscular, diátese exudativa, necrose dos tecidos dos órgãos e
baixa fertilidade e eclodibilidade, ou seja, o processo de oxidação
está ligado a doenças, à redução do tempo de vida dos animais
e a problemas reprodutivos. Peróxidos e os produtos de sua
degradação são reconhecidos como fatores antinutricionais das
gorduras (WISEMAN et al., 1992; ADAMS, 1999).
Ressalte-se que a proteína é o segundo componente mais
oneroso da dieta de aves e suínos, cabendo aqui os mesmos
Por Fernando de Castro Tavernari
54 55
comentários já realizados para energia. Contudo, o nitrogênio
(constituinte dos aminoácidos formadores das proteínas)
também apresenta alto potencial poluente, sendo necessário
minimizar a excreção deste e de outros nutrientes através da
garantia na composição dos ingredientes e de formulação
adequada.
A determinação do índice de peróxido (IP) (AOCS cd 8-53) é
o indicativo mais utilizado para monitorar a qualidade oxidativa
de gorduras. No entanto, monitora apenas o status da gordura no
momento da análise e não a sua estabilidade frente a fatores que
predispõem à oxidação, como temperatura, umidade, luz, metais,
oxigênio e enzimas.
O IP é um teste rápido, prático e, como toda metodologia
analítica, tem suas limitações. Para efeito de comparação, o teste
AOM-20h é uma variação do método do oxigênio ativo (AOCS cd
12-57) e inclui o IP. Palmquist (2002) sugere que gorduras devem
apresentar valor de peróxido inicial igual a 0 meq/kg de gordura,
e não deve atingir mais do que 20meq de peróxido por kg de
gordura após 20h de desafio oxidativo. O peróxido é monitorado
na gordura às 0 (IP), 4 e 20h. Uma limitação do AOM-20h é que a
taxa de aumento de peróxido na gordura normalmente é lenta
até 10-15meq. Neste ponto, a taxa de produção começa a acelerar
e se torna extremamente rápida depois de 20-30meq. Isto pode
gerar variabilidade de resultados entre laboratórios analisando a
mesma amostra e outra limitação é que o teste é muito sensível a
impurezas deixadas nos tubos de ensaio, principalmente metais,
necessitando de meticulosa limpeza dos tubos entre testes
(BARBI; BECKER, 2006).
Uma análise que tem sido utilizada adicionalmente ou em
substituição ao IP é a análise de substâncias reativas ao ácido
tiobarbitúrico (TBARS). O TBARS mede a concentração de
malonaldeídos (produto final da rancidez oxidativa) e é muito
empregado para monitorar qualidade e palatabilidade de
carne para consumo humano (FIORITI et al., 1973). Este teste
aparentemente apresenta resultados mais próximos à realidade
do estado oxidativo do alimento e tem correlação com a
palatabilidade da gordura, contudo é um método mais oneroso
e mais demorado quando comparado ao IP.
Quanto ao desempenho animal frente ao estresse oxidativo
alguns trabalhos científicos comprovaram que ocorre perda do
valor nutritivo do alimento contendo gordura oxidada. Já foi
observado aumento de peso do fígado de aves que consumiram
ração com gordura oxidada, denotando alteração de estado
fisiológico das mesmas. Wang et aI. (1997) enfatizam que o
estresse oxidativo na mucosa intestinal de aves é alto, geralmente
maior que em mamíferos.
A oxidação de gorduras promove alteração do perfil de
ácidos graxos da dieta e pode afetar indiretamente a resposta
imunológica (FRIEDMAN; SKLAN, 1997), sendo importante
salientar que os peróxidos não são tóxicos, mas os produtos
secundários da oxidação podem ser tóxicos e também afetam a
palatabilidade dos alimentos.
Shermer e Calabotta (1985) observaram que de 1 a 2 meq
de peróxido por quilo de ração afetou negativamente o ganho
de peso e a eficiência alimentar de frangos de corte. Cabel et
al. (1989) observaram redução no desempenho de frangos de
corte testando 7 meq/kg. Houve piora na conversão alimentar
de aproximadamente 5%. Embora aparentemente seja um
percentual baixo, o impacto final pode ser considerável,
refletindo em altos prejuízos ao ano para as cadeias produtivas
de aves e suínos.
Dibner et al. (1996) testaram o efeito da inclusão de 4 meq
de peróxido/kg em rações contendo ou não antioxidante, e
verificaram que as aves alimentadas com gordura de frango
oxidada apresentaram pior conversão alimentar e pior ganho
de peso. Estes autores observaram diminuição no hematócrito
das aves alimentadas com gordura oxidada e sem adição
de antioxidante sintético. Ao compararem a proliferação
de enterócitos entre aves alimentadas ou não com gordura
oxidada concluíram que existem indicativos de maior turnover
destas células, com conseqüente aumento da necessidade de
mantença, nas aves alimentadas com gordura oxidada. Aumento
da proliferação celular também foi observada no fígado das aves
alimentadas com 4 meq de peróxido por kg de ração.
Normalmente os valores recomendados para o índice
de peróxido na literatura (BUTOLO, 2002; MEEKER, 2006;
COMPÊNDIO..., 2009; ANFALPET, 2009; BELLAVER, 2010) estão
abaixo de 10 meq/kg de produto, sendo valores médios razoáveis
para garantir a qualidade. Embora os índices que indicam
a qualidade do produto apresentam falhas metodológicas
conhecidas, eles são úteis e devem ser considerados, pois, cabe
ao aqui discutido, o “principio da precaução” para garantir a
qualidade do produto final “carne ou ovos”.
DIGESTIBILIDADE EM PEPSINA A digestibilidade em pepsina é um indicador de qualidade
de alimentos protéicos em geral e diversos trabalhos foram
desenvolvidos nas últimas décadas com este tema. O
conhecimento da digestibilidade dos alimentos é importante
para as formulações, mas os experimentos in vivo são caros e
demorados. Para tanto, convém utilizar os testes in vitro, que se
mostram eficientes por estimarem valores próximos dos reais e
com rapidez.
No teste de digestibilidade em pepsina, a concentração de
0,0002% é mais sensível do que concentrações maiores, portanto,
melhor para determinar o “ranking” de qualidade proteica. Em
nível operacional, a quantidade de enzima a ser usada para um
pequeno número de amostras no laboratório é muito pequena
e sujeita a erro. Por isso, sugere-se o preparo de concentrações
maiores (0,2%) para depois, através de diluições, chegar à menor
concentração (0,0002%). Sugere-se ainda que a etapa de filtração
que consta na técnica do AOAC, pode ser substituída pela
centrifugação a 2.500 rpm por 15 min e análise do N solúvel no
sobrenadante, ao invés de analisar o N no resíduo do substrato.
Com isso, há ganho em tempo sem perda de precisão. Os demais
passos do procedimento da digestibilidade em pepsina devem
ser seguidos conforme o que indica o AOAC (BELLAVER et al.,
1998; ZANOTTO; BELLAVER, 2005).
GRANULOMETRIA Quanto à granulometria, este é um assunto que já foi
amplamente abordado nos meios científicos e é com certeza
um fator determinante no desempenho animal. Embora o
alimento possa ser moído na fábrica de ração (nem todas tem
equipamentos adequados para isso) é importante ressaltar
que o mais importante é produzir um alimento com padrão de
qualidade definido, para assegurar a uniformidade do produto.
Ao se retirar amostras de diferentes partes de uma dada
quantidade do produto devem ser observados valores próximos
do mesmo nutriente em cada alíquota. Além disso, um padrão
de moagem menor facilita a atividade dos antioxidantes nos
alimentos que contem gorduras e óleos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Embora os índices de acidez e de peróxido não apresentem
comportamento linear, são padrões mínimos, assim como a
digestibilidade em pepsina e a granulometria, que devem ser
utilizados para assegurar a qualidade dos produtos de origem
animal. É importante que os fabricantes de farinhas e gorduras
de origem animal compreendam o impacto de sua atividade na
qualidade das rações e na qualidade final dos produtos de suínos
e aves, uma vez que a correta produção e armazenagem destes
alimentos podem evitar a destruição de vitaminas lipossolúveis,
os problemas de palatabilidade, a perda de energia e proteínas e
a geração de compostos tóxicos.
REFERÊNCIASADAMS, C. A. Oxidants and antioxidants. In: Nutricines. Food Components in HeaIth and Nutrition.
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0,0002%. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2005. 4 p. (Embrapa Suínos e Aves. Comunicado
Técnico, 402).
Ca
de
rno
Té
cn
ico
1
Fernando de Castro Tavernari é pesquisador da Embrapa Suínos e Aves
56 57
fato que a humanidade necessita aumentar sua eficiência
energética para não exaurir as fontes não renováveis do planeta,
e para isso, a diminuição do consumo de energianão-renovável,
o aumento do uso de fontes de energia renováveis e o aumento
na eficiência energética são os itens mais importantes na
sustentabilidade da humanidade como um todo.
Outro problema a ser enfrentado é a necessária redução da
emissão de gases de efeito estufa, atendendo ao protocolo de
Kyoto, diminuindo a ação humana num possível aquecimento
global devido a uma alteração na composição atmosférica.
A busca dessa maior sustentabilidade obriga a uma promoção
da segurança energética, seja promovendo o desenvolvimento
e a inovação tecnológica, o desenvolvimento de empregos
locais – especialmente em áreas isoladas – , incentivando o uso
de transporte público, o uso de tecnologias de baixo consumo
energético, e o uso de fontes de energia renováveis no transporte.
É
Produção de gases de efeito estufa na Reciclagem Animal
Ca
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rno
Té
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ico
2
Essas são as mais efetivas ferramentas disponíveis para reduzir
a emissão de gases de efeito estufa e a dependência em fontes
não renováveis de energia, notadamente o petróleo, onde sua
falta influenciaria mais notadamente o sistema de transporte.
Politicas públicas de fomento ao desenvolvimento de fontes
de energia sustentáveis têm ocorrido em diversos países, como o
Programa Proálcool no Brasil, incentivos à produção de álcool de
milho nos EUA e de biodiesel em diversos países, o que permitiu
o desenvolvimento de pequenas, médias e grandes empresas,
dando oportunidade ao desenvolvimento regional, envolvendo
uma grande gama de empreendimentos, como produtores e
trabalhadores rurais eassociação de coletores por exemplo.
Acreditamos que todos governos devam estimular
o desenvolvimento nacional e regional, mensurando-se
localmente, encorajando a troca das melhores práticas de
produção de energia à partir de fontes renováveis, fornecendo o
apoio estrutural (estradas, ferrovias, hidrovias, etc) necessárias para tal.
Reforçamos que ao favorecer o desenvolvimento do mercado de fontes de energia
renováveis regional, é necessário que o governo sempre leve em consideração os
impactos e oportunidades, a possibilidade de exportação, o aumento da qualidade de
vida e empregos gerados na região.
Portanto é apropriado incentivar a produção e comercialização descentralizada
de fontes de energia renováveis, pois esse movimento de produção descentralizada
possui muitos benefícios, incluindo o aumento do consumo de fontes de energia
locais, aumento da segurança energética local, menores distâncias para transporte
de combustíveis e redução na perda de transmissão de energia a longas distâncias,
seja via perdas de transmissão energética, seja via transporte de combustíveis. Essa
descentralização ainda estimula a consciência da sociedade local, incrementando
ainda mais sua coesão.
Nesse sentido, em 23 de Abril de 2009, o Parlamento Europeu e o Conselho
Europeu publicaram uma diretiva com o objetivo de promover o uso de energia de
fontes renováveis no Velho Continente, a chamada Diretiva 2009/28/EC, atuando
principalmente na promoção de uso de biocombustíveis para os modais de transporte,
estabelecendo definições para as diferentes fontes renováveis, além de estabelecer
regras comuns para o mercado interno do setor elétrico em geral, dando certa clareza
legal ao uso dessas fontes renováveis.
Ficou estabelecido nessa Diretiva que 20% de toda a matriz energética de toda a
Comunidade Europeia e 10% de toda a energia gasta em transportes deverão ser geradas
à partir de fontes renováveis. Vejamos o quadro atual do países da Comunidade Européia:
País
Bélgica
Bulgária
Rep. Tcheca
Dinamarca
Alemanha
Estônia
Irlanda
Grécia
Espanha
França
Itália
Cyprus
Lituânia
Luxemburgo
Hungria
Malta
Holanda
Áustria
Polônia
Portugal
Romênia
Eslovênia
Finlândia
Suécia
Reino Unido
Participação de fontes
renováveis na matriz
energética em 2005
2,2%
9,4%
6,1%
17%
5,8%
18,0%
3,1%
6,9%
8,7%
10,3%
5,2%
2,9%
15%
0,9%
4,3%
0,0%
2,4%
23,3%
7,2%
20,5%
17,8%
16,0%
28,5%
39,8%
1,3%
Participação de fontes
energéticas na matriz
energética em 2020
13%
16%
13%
30%
18%
25%
16%
18%
20%
23%
17%
13%
23%
11%
13%
10%
14%
34%
15%
31%
24%
25%
38%
49%
15%
58 59C
ad
ern
o T
éc
nic
o 2
Uma das maiores dificuldades para a implantação desse
planejamento seria em como aferir essa proporção e como
selecionar as fontes renováveis de menor impacto ambiental.
Para se evitar um possível peso administrativo desproporcional
no cálculo oficial de redução de emissão de Gases de Efeito
Estufa (GEE) entre os países da Comunidade Europeia, uma
lista com valores padronizados das diversas fontes renováveis
foi estabelecida.As empresas podemutilizar essa lista caso
queiram solicitar créditos de carbono para os biocombustíveis
citados nessa lista, padronizando os valores entre os diversos
países.
Para o cálculo de balanço do GEE para a produção,
transporte e uso de biocombustíveis, foi utilizada a seguinte
fórmula:
GEE = eec
+ el + e
p + e
td – e
sca – e
ccs – e
ccr – e
ee’
Onde:
GEE = emissão total no uso do combustível, expressa gramas
Biocombustível
Etanol de beterraba
Etanol de trigo + co-processamento de gás natural
Etanol do milho
Etanol de cana-de-açucar
Biodiesel de canola
Biodiesel de girassol
Biodiesel de soja
Biodiesel de palma
Biodiesel de óleo reciclado e gordura animal
Biogás de lixo orgânico
Biogás de esgoto (ou esterco) líquido
Biogás de esgoto (ou esterco) seco
GEE típico (gCO2eq
/MJ)
33
39
37
24
46
35
50
32
10
17
13
12
GEE padrão (gCO2eq
/MJ)
40
44
43
24
52
41
58
37
14
23
16
15
Onde:
GEE Típico é o valor da emissão total esperada por MJ de energia
presente no combustível
GEE Padrão é o valor da emissão total prevendo fatores de risco por
MJ de energia presente no combustível
Essa tabela nos mostra que ao considerarmos todo o processo de
coleta, fabricação e distribuição,o biodiesel à partir de gorduras animais
e óleo de cozinha reciclado é a fonte renovável que emite menos GEE
por MJoule de energia gerada para uso como combustível no Velho
Continente, entre 10 e 14g de CO2/MJ, sendo menos poluidora que
outras fontes tradicionais, como o etanol de cana-de-açúcar (24g de
CO2/MJ),biodiesel de óleo de palma (entre 32 e 37g de CO
2/MJ) e o
biodiesel de óleo de soja (entre 50 e 58g de CO2/MJ).
No ano de 2010, a matriz energética brasileira contou com 45,4%
de toda a energia gerada advinda de fontes consideradas renováveis,
como a Hidráulica (14,2%), Lenha e carvão vegetal (9,6%), Cana e
derivados (17,7%), sendo que outras fontes renováveis responderam
por 3,9% do total. Nessas outras fontes renováveis, incluem-se a
energia heólica, a lixívia (sub-produto do processamento de papel
Kraft) e o Programa de Biodiesel Brasileiro, provando que nosso país é
referência mundial no uso de fontes renováveis.
De acordo com dados da ANP, no mês de Agosto de 2012 se
produziu pouco mais de 255 mil m3 de biodiesel, sendo que apenas
15,85% do totalfoi produzido à partir de gorduras animais. O óleo de
de CO2 por M Joule de combustível (gCO
2ep/MJ)
eec
= emissão devido a extração ou cultivo da matéria-prima
el
= emissão anualizada na mudança dos estoques de
carbono causada pelo uso da terra
ep
= emissão no processamento
etd
= emissão no transporte e distribuição
esca
= captação de carbono no solo via melhorias de manejo
cultural
eccs
= captação de carbono via captura e estocagem geológica
eccr
= captação de carbono via captura e troca
eee’
= captação de carbono pela cogeração de energia elétrica
Relação entre CO2 e os demais gases de efeito estufa = 1 N
2O
: 296 CO2; 1 CH
4 : 23 CO
2
Essa fórmula permitiu se chegar aos seguintes números
de emissão total de GEE para o cultivo, processamento,
transporte e distribuição das principais fontes de
biocombustíveis:
soja contribuiu com 78,6% do total.
A Associação Brasileira de Reciclagem Animal – ABRA acredita
que as gorduras animais podem e devem aumentar sua participação
no mercado de produção do Biodiesel, não apenas pelo fato dos
fabricantes de gorduras animais possuírem uma boa distribuição
geográfica no território nacional ou pelo fato do produto ser mais
econômico que outras fontes de gordurasdisponíveis, mas também
pela verdade que a gordura animal é a fonte de energia renovável
mais limpa que temos à disposição, ao passo que o óleo de soja, é
a fonte de energia renovável menos eficiente no balanço final de
emissão de gases de efeito estufa, afinal, a gordura animal gera 5
vezes menos GEE que o óleo de soja.
A Reciclagem Animal pode ajudar o Brasil a ser ainda mais
eficiente na redução de emissão de Gases de Efeito Estufa.
Fontes: Diretiva 2009/28/EC do Parlamento e do Conselho Europeu de 23 de
Abril de 2009
Boletim Mensal do Biodiesel – Setembro de 2012 – Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Balanço Energético Nacional 2011, Ano Base 2010 – Empresa Brasileira
de pesquisa Energética
Por Lucas CyprianoDepartamento Técnico ABRAdep.tecnico@abra.ind.br
60 61
az relativamente pouco tempo que estou envolvido com
a indústria de graxaria (seis anos), mas três pontos chamaram
a minha atenção. O primeiro é que os responsáveis por esta
indústria formam um grupo entusiasmado dedicado a fabricar
produtos de alta qualidade com a matéria prima disponível e
são de certa forma, os recicladores finais. Segundo, a qualidade
e objetos estranhos são problemas, não importa qual seja o
local da planta de processamento. Os processadores precisam
compreender os requisitos dos consumidores de rações para
pets e porque a segurança das rações e a avaliação de riscos se
tornam cada vez mais importantes. E, terceiro, o planejamento
da sucessão nas empresas é fundamental, ao lado da forma de
procurar atrair funcionários qualificados para a indústria de
graxaria.
Com o crescimento da humanização dos pets, a indústria
de graxaria precisa entender esta dinâmica e estar disposta a
se adaptar e mudar em conjunto com a indústria de rações para
F
Cuidando do Mercado de Rações para Pets
Ca
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pets. Isto é necessário para garantir que tanto o consumidor
como seus requisitos sejam atendidos e compreendidos.
Pisei pela primeira vez em uma planta da indústria de
graxaria em Hawke’s Bay, Nova Zelândia, em 2007. Desde
então, me tornei um defensor ardoroso da indústria de
graxaria. Sim, o processo cheira mal e não é um trabalho “sexy”,
mas a indústria de graxaria desempenha um papel crítico na
transformação de partes indesejadas da cadeia alimentar em
importantes ingredientes de valor agregado para a indústria
de rações para todos os tipos de animais. A primeira visita
me ligou com a indústria e agora adora visitar plantas para
ver como a matéria prima é processada, aprendendo algo
de novo em todas as visitas. Frequentemente as pessoas
param na minha escrivaninha, encontram uma amostra de
farinha sobre minha mesa e querem saber onde, como e de
que é feita esta farinha. Depois de cheirar a amostra ficam
surpreendidas quando descobrem que o cheiro não é ruim.
Uso este momento para educar as pessoas da área de rações para pets, explicando
o funcionamento da indústria de graxaria, quem são nossos fornecedores e a
importância desta indústria para os fabricantes de rações para pets. Também uso
a oportunidade para falar sobre a sustentabilidade do meio ambiente, pois todos
estes materiais não comestíveis poderiam terminar em um aterro.
Nos últimos cinco ou seis anos tive a sorte de visitar quase 60 plantas na
Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido, Noruega, Alemanha, Holanda e mais
recentemente Estados Unidos, que trabalham com espécies tão diversas como
carneiros, veados, patos, perus, salmões, savelhas, bovinos, suínos, e obviamente,
frangos. Quer o processo seja em lotes, contínuo, em alta ou baixa temperatura,
a maioria dos processadores que conheci orgulha-se de suas instalações e faz
questão de mostrar sua planta. Como sou responsável pela compra de proteínas e
gorduras processadas para transforma-las em rações para pets de alta qualidade,
fico sempre impressionado ao entrar em uma planta limpa e encontrar um
proprietário ou gerente orgulhoso com suas instalações, dos ingredientes que
produzem e sua equipe que também se orgulha. Uma das primeiras coisas que
procuro saber para ter uma ideia de como funciona a planta e qual a qualidade
dos seus produtos é qual o nível de conhecimento e de empenho do gerente e
sua equipe em relação à planta e seus produtos
Plantas da indústria de graxaria que são limpas e arrumadas no lado de fora,
sem peças de reposição, parafusos, pedaços de madeira, latas, etc. jogadas, com
funcionários em uniformes limpos (ou tão limpos quanto possível) dão uma
excelente primeira impressão. Dão ao cliente uma ideia da aparência do interior
da planta e da qualidade do material que será fornecido. Produtos de uma planta
que parece desarrumada deixam no cliente uma sensação de que ainda que
o produto possa estar de acordo com as especificações , o processador não se
incomoda com a aparência da planta. Isto poderia levar o cliente a duvidar da
segurança, palatabilidade e até mesmo da qualidade do produto processado.
A qualidade da matéria prima que será processada afeta o produto que sai da
cozedora ou da secadora. Para o comprador de ingredientes de rações para pets
a qualidade e a segurança do alimento são pontos essenciais na avaliação de um
fornecedor, novo ou existente.
Entre os fatores que afetam a qualidade podemos mencionar:
1 – Matéria prima: Quanto mais fresca melhor. Aminas biogênicas formadas de
matérias primas em decomposição não podem ser eliminadas por cozimento e
originam problemas de palatabilidade, doenças nos pets e até morte dos mesmos
em alguns casos.
2 – Salmonella: Ainda que possam ser mortas durante o cozimento, a
recontaminação após secagem ou cozimento e sua introdução nas instalações de
rações para pets pode causar problemas para o fabricante destas rações. Quando
eu descobri que Salmonella controlada inadequadamente na indústria de
processamento ou nas instalações de fabricação de rações para pets pode causar
doenças graves e até risco de morte, passei a levar meu papel de comprador de
farinhas secas e a qualidade dos fornecedores muito mais a sério. Os compradores
precisam compreender que suas decisões de compra tem um impacto direto
sobre os produtos que são fabricados.
3 – Valor de peróxido: Farinhas preparadas com gorduras instáveis ou estabilizadas
incorretamente fazem com que a gordura se torne rançosa com notas de
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o 3 impalatabilidade na ração seca para pets. Isto causa um
impacto negativo no na experiência do consumidor quando
seu cão ou gato vira o nariz e se afasta da tigela. Além disto, o
valor de peróxido afeta diretamente a validade da ração.
4 – Objetos estranhos: Quer sejam luvas de plástico, clipes,
marcadores auriculares, aventais, facas, telas, cápsulas de
bolo, os fabricantes de rações para pets não querem ver
estes “extras” em seus ingredientes prontos. Nunca é uma
boa experiência ouvir um consumidor dizer que encontrou
pedaços coloridos de ração com peças de plástico ou que o
pedaço parece uma mina da segunda guerra mundial, com
pedaços de metal saindo para todos os lados e que poderiam
ferir os órgãos internos de um cão ou gato.
Nos últimos dois a três anos os processadores que
fornecem ingredientes ao mercado de rações para pets
começaram a levar a sério os comentários e preocupações
dos fabricantes de rações. A indústria de graxaria trabalha
ativamente para melhorar a qualidade da matéria prima que
utiliza, quer seja incorporando transporte refrigerado ou
removendo plástico do material recebido antes que chegue
a planta de processamento. Há uma crescente mudança
cultural entre os processadores, um desejo de melhorar a
qualidade como forma de se destacar entre os concorrentes.
O resultado são ingredientes de melhor qualidade. Isto
é crítica, pois o produto final da indústria de graxaria é o
ingrediente inicial dos fabricantes de rações para pets. Em
minha opinião, o processamento às vezes parece arte com
todo o conhecimento presente nas cabeças dos responsáveis
pelas plantas. Realmente, é um talento pegar um pouco disto,
um pouco daquilo, misturar tudo e cozinhar para atender os
requisitos dos clientes. Em muitos casos, estas pessoas fazem
isto há anos e sabem ao olhar para a torta da moenda, a cor
do sebo ou o odor da planta es estão conseguindo produzir
dentro das especificações e com eficiência máxima. Em algum
momento, e logo entre alguns, estes especialistas deixarão a
indústria para gozar de uma merecida aposentadoria.
Uma preocupação é como este conhecimento perdido
será substituído, pois isto poderá ter um impacto direto sobre
uma planta ou sua consistência. Consistência é fundamental
nos produtos para rações de pets. Em algumas plantas existem
alguns jovens interessados, mas é difícil atrair talentos para
um negócio que é quente, suarento e frequentemente mal
cheiroso. Muitas vezes já torceram o nariz para mim na sala de
espera de aeroportos após minha visita a plantas da indústria
de graxaria. Talento precisa ser desenvolvido e então retido na
indústria de graxaria. O conhecimento precisa ser transmitido
de forma coerente para garantir que os segredos da arte não
sejam perdidos.
À medida que a demanda por proteínas e gorduras
animais de qualidade continua a crescer no mercado de
rações para pets, acredito que o planejamento de sucessão e
a retenção de talentos sejam os dois maiores desafios desta
indústria nos próximos cinco a dez anos. Mudança cultural
e inovação, retenção da equipe e planejamento ativo de
sucessões garantirão o crescimento da indústria de graxaria
que continuará a fornecer ingredientes de alta qualidade,
a preços acessíveis, para as indústrias de rações para pets e
outros animais. Vi muitas mudanças positivas no curto período
em que estive envolvido e estou feliz ao ver os processadores
levarem seu papel na cadeia alimentar com seriedade.
Ter disposição para se adaptar e mudar de acordo com os
requisitos dos clientes e com a sempre crescente exigência de
segurança dos alimentos dá a indústria de graxaria a melhor
chance possível de sobrevivência e crescimento no futuro.
Venda Mundial de Rações para Pets chegará a US$ 74,8 bilhões em 2017
De acordo com um relatório publicado pelo Transparency
Market Research, de Albany, NY, o mercado mundial de
rações para pets crescerá 4,2% por ano nos próximos seis
anos, passando de 58,6 bilhões de dólares em 2011 para 74,8
bilhões de dólares em 2017.
Segundo o relatório, as vendas de rações para pets nos Estados
Unidos crescerão 3,5% por ano, de 21,7 bilhões de dólares
em 2011 para 26,6 bilhões de dólares em 2017. O relatório
afirmou que ração seca é o tipo de ração mais consumida no
mundo, seguida por petiscos e, a seguir, as rações úmidas.
O relatório também considera que o crescimento do
mercado na área de Ásia Pacífico será o mais rápido nos
próximos seis anos, enquanto o mercado europeu, o segundo
depois dos Estados Unidos, crescerá 4,4% de 2011 até 2017.
O relatório atribui este crescimento do mercado global ao
aumento de renda disponível das famílias e a uma tendência
para mais “famílias nucleares” e mais pessoas com pets em
suas casas.
AVMA desencoraja dietas com alimentos crus para pets
Seguindo uma recomendação anterior para donos de pets,
a Associação Americana de Medicina Veterinária (American
Veterinary Medical Association - AVMA) aprovou a política
que desencoraja a alimentação de cães e gatos com proteínas
animais cruas, a não ser que estes alimentos tenham sido
tratados para eliminar patógenos.
A nova política sobre alimentos crus para pets afirma que
a cocção ou pasteurização são os métodos “tradicionais” para
eliminar patógenos em alimentos crus para cães e gatos, mas
reconhece que métodos de segurança como irradiação estão
sendo “desenvolvidos e implementados.” A nova política teve
duas revisões, incluindo uma mudança de, “Nunca alimente
seus cães ou gatos com proteína de fonte animal tratada
inadequadamente ” para, “Evite alimentar seus cães ou gatos com proteína de
fonte animal tratada inadequadamente.”
Quase 91% dos delegados da associação votaram em favor da nova política
na convenção realizada no começo de agosto. Também durante o encontro a
associação deu uma ideia dos achados para 2012 em seu Levantamento sobre
Propriedade e Demografia de Animais Domésticos nos Estados Unidos (United
States Pet Ownership and Demographics Sourcebook) que estará disponível no
outono. Este levantamento de quase 50.000 lares americanos descobriu que o
número de proprietários de pets diminuiu 2,4% de 2006 até 2011, mas os gastos
com pets aumentaram. O gasto médio por cão foi de 227 dólares em 2011 em
comparação com 200 dólares em 2006. O gasto por gato subiu de 89 para 90
dólares.
Valley Proteins consegue condenação por roubo de gordura
Em 16 de julho de 2012, Cheng Zheng foi condenado pelo júri no Tribunal
do Condado de Fairfax, Virginia, acusado de delito de furto ao roubar graxa de
cozinha de um container da Valley Proteins, Inc., e também, por crime de posse
de ferramentas de roubo - o caminhão, bomba e tanque usados no roubo. Como
resultado da condenação, o Condado de Fairfax confiscou o caminhão, impedindo
Zheng de usa-lo no future para obter óleo de cozinha usado. Após o julgamento,
o júri recomendou uma condenação de seis meses na prisão e uma multa de US$
500. A deliberação do juiz foi marcada para setembro.
Esta condenação foi obtida devido a um alerta de um motorista de caminhão
de transporte de graxa da Valley Proteins que foi testemunha de roubo de óleo
de cozinha usado de um tanque da empresa nas instalações de um cliente em
Annandale, VA, e chamou a polícia do Condado de Fairfax enquanto o roubo
estava em andamento. O julgamento aconteceu após vários meses de manobras
legais pré-julgamento e educação dos detetives e promotores por funcionários da
Valley Proteins sobre valor de óleo de cozinha usado e a magnitude do problema
de roubo deste material para a indústria de graxaria nos Estados Unidos. O
confisco de caminhão usado no roubo é um importante precedente e serve como
modelo a ser seguido pela polícia e pelos promotores para tentar impedir a ação
futura dos ladrões de óleo de cozinha.
Para ajudar a empresa a combater o roubo de graxa, a Valley Proteins instituiu
um programa de bônus para seus funcionários que paga 100 dólares a qualquer
funcionário que forneça informação sobre roubo suficiente para gerar um
relatório policial. Para tanto é necessária a identificação do ladrão, descrição do
veículo usado no roubo, incluindo número da placa e marca e o momento e local
do roubo
Benji Dorsey, o motorista de Baltimore, MD, envolvido no caso do condado de
Fairfax foi o primeiro a receber este bônus.
O Presidente da Valley Proteins President, J.J. Smith comprometeu um volume
substancial de recursos da empresa e de seu pessoal para combater o roubo de
graxa e educar as agências responsáveis pela aplicação da lei, demonstrando que
a empresa considera uma prioridade a redução de perdas de produto devido a
roubos.
Material técnico gentilmente cedido pela Revista Render (The National Magazine of Rendering), edição Outubro de 2012.Reprodução autorizada pelo autor.Tradução de Anna Maria Franco.
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Alexandre FerreiraConsultor Técnico em Processos Industriais.
NRA 2012
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ntre 23 e 27 de outubro do corrente ano a NRA – National
Renderers Association ( que é a Associação Nacional de Reciclagem
Animal dos EUA ) realizou em Laguna Nigel, na Califórnia, sua 79ª
convenção anual.
Trata-se de um evento muito bem organizado que recebe
participantes ( acima de 200 ) de todas as partes do mundo.
Estivemos presentes a convite da organização para realizar
uma palestra sobre nossa atividade no Brasil dentro do Fórum
Internacional que é um bloco do programa de apresentações onde
representantes de diversas partes do mundo ( o presidente da
Associação Europeia, o vice-presidente da associação australiana,
o vice-presidente da NRA para mercados internacionais e diretores
da NRA para a China e América Latina ) informam sobre o histórico
recente do setor.
A propósito, a conclusão geral foi de que , comercialmente, o
ano foi bom para todo mundo no mundo todo.
Além deste fórum, participamos representando o Brasil nas
reuniões da WRO ( Organização Mundial de Reciclagem Animal
) e da ALAPRE ( Associação Latino Americana de Plantas de
Rendimento ) . Há sempre uma preocupação em monitorar os
interesses e ações de outros grupos econômicos ou instituições
reguladoras que podem afetar nossa atividade globalmente de
forma positiva ou negativa. Falamos, neste caso, das proteínas de
E ma investigação sobre o quarto caso de encefalopatia
espongiforme bovina (EEB) nos Estados Unidos, descoberto no
final de abril, mostrou que o cumprimento do atual regulamento
de rações foi perfeito, e chegou-se à conclusão que a ração não foi
a causa da infecção.
Uma amostra do cérebro de uma vaca leiteira morta na estação
de transferência de processamento de Baker Commodities’s em
Hanforc, CA, apresentou resultado positivo para EEB atípica do
tipo L. Ainda que casos de EEB clássica tenham sido ligados ao uso
de farinhas de carne e ossos contaminadas como ingrediente da
ração para gado, a origem de cepas atípicas de EEB é desconhecida.
Desde 1997, proteínas de mamíferos estão proibidas na ração dos
ruminantes nos Estados Unidos, e em 2008, mais restrições foram
impostas, proibindo-se o uso de cérebro e de medula espinhal de
gado com 30 meses ou mais idade em toda a ração animal.
Devido à incerteza científica sobre a origem da variedade
do tipo L de EEB, o FDA e o Departamento de Agricultura e de
Alimentos da Califórnia conduziram uma grande investigação em
rações para tentar determinar se alguma ração oferecida à vaca
infectada havia sido produzida com ingredientes que têm o uso
proibido na ração para animais ruminantes ou se houve uma
contaminação cruzada.
Dispensou-se uma atenção especial aos controles existentes
em cada local onde o animal viveu desde o nascimento para evitar
a contaminação cruzada.
Uma revisão das histórias de inspeção de EEB mostrou que a
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A investigação sobre EEB na Califórnia foi concluída
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conformidade com os regulamentos para as rações era excelente.
Nenhuma das instalações utilizou material proibido na fabricação
de rações durante todo o período pesquisado, embora um
estabelecimento tenha distribuído material proibido, mas não
o utilizou para fabricar rações. Este estabelecimento manteve
uma separação entre a ração manufaturada e os produtos para
distribuição que continham material proibido.
A investigação descobriu que não houve fornecimento de
ração com material proibido nas instalações referência durante
o período de interesse, que todas as instalações para rações
obtiveram garantias apropriadas dos fornecedores de que os
ingredientes não continham material proibido, e que inspeções
veiculares e/ou certificações dos motoristas foram utilizadas por
todas as instalações para garantir que os produtos não fossem
transportados em veículos que carregaram produtos contendo
matérias proibidas em uma carga anterior.
Com base nestes resultados, a equipe que investigava
as rações não identificou qualquer condição que mostrasse
que os ingredientes da ração fornecidos para as instalações
referência tenham sido fabricados com material proibido ou que
os fornecedores de ração não tenham utilizado salvaguardas
adequadas para prevenir contaminação cruzada durante a
fabricação, armazenamento ou transporte de rações.
Material técnico gentilmente cedido pela Revista Render (The National Magazine of Rendering), edição Outubro de 2012.Reprodução autorizada pelo autor.Tradução de Anna Maria Franco.
origem vegetal, dos avanços científicos e tecnológicos na nutrição
animal, das diferentes regulamentações e níveis de garantia entre
as nações, etc.
Neste último caso, teremos em breve um suporte que deverá
ser muito útil para uma situação particular que estamos vivendo
no Brasil, que é a publicação dos valores referenciais de níveis
de garantia de farinhas e gorduras pela WRO para definição dos
parâmetros técnicos de rotulagem junto ao MAPA.
As principais perspectivas que pudemos perceber através das
palestras e contatos foram as de que os preços de commodities
(milho e soja principalmente) devem continuar valorizados por
mais algum tempo, o que sugere um cenário favorável de preços
para farinhas e gorduras de origem animal para o próximo ano.
Além disto são fatos que a população mundial cresce em número (
700 milhões de pessoas a mais em 10 anos ) e renda, e que isto trará
oportunidades para os setores ligados a produção de proteínas.
O ambiente é familiar e festivo e outros brasileiros ( entre eles
os Srs Gustavo Razzo e Baltazar Castro ) e sul americanos estiveram
presentes.
As oportunidades de contatos com empresários de outros
países e o acesso a informações de altíssimo nível são os pontos
relevantes deste evento.
Até a próxima
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aboissa(11) 3353-3000aboissa@aboissa.com.brwww.aboissa.com.br abra(61) 3201-7199abra_br@hotmail.com www.abra.ind.br agricarnitec(49) 3442-0665www.zametal.com.br anhembi agro industrial(11) 3685-8907vendas@anhembiagro.com.br Benger Máquinas(11) 4161-1090www.benger.com.br Bovimex(14) 3413-2700www.bovimex.com.br Braido(11) 4368-4933braidoltda@uol.com.br Chibrascenter(11) 5521-3373decanter@chibrascenter.com.brwww.chibrascenter.com.br dupps / intecnial(+1) 937-855-6555www.dupps.com eurotec Nutrition(48) 3279-4000 euronutri@euronutri.com.br Farima(44) 3544-1292farima@farima.com.br www.farima.com.br Fimaco do Brasil(47) 3525-1000vendas@fimacodobrasil.com.brwww.fimacodobrasil.com.br Folem(46) 3544-2000folem@folem.com.br www.folem.com.br Frigorífico argus(41) 3283-8585argus@frigorificoargus.com.br www.frigorificoargus.com.br Gava(11) 3105-2146gava@joaogava.com.br www.joaogava.com.br Geza(34) 2108-4353www.geza.com.br Giglio(11) 4368-1822 giglio@giglio.com.br www.giglio.com.br Grande rio reciclagem(21) 2765-9550sac@grhigienelimpeza.com.br www.grgrupo.com.br
Grupo Braido(11) 4227-9500vendas@grupobraido.comwww.grupobraido.com Haarslev industries(41) 3389-0055haarslev@haarslev.com.br www.haarslev.com informe agro Business(11) 3853-4288juliano@agroinforme.com.br www.agroinforme.com.br ipufol(49) 3449-0372ipufol@terra.com.br Julian Máquinas(14) 3621-6937julian@julian.ind.br LdS Máquinas(14) 2104-3200 adm@ldsmaquinas.com.brwww.ldsmaquinas.com.br Martec – Grupo SJG(14) 3342-3301 (11) 4018-4222 Moinhos GVtel (11) 3965-6928moinhosgv@uol.com.br Nord Kemin(49) 3312-8650www.kemin.com Nutract(49) 3329-1111 mauricio@nutract.com.brwww.nutract.com.br Nutriad(19) 3206-0199www.nutriad.com.br Nutrivil(85) 3215-1107erasmomsantos@hotmail.comwww.nutrivil.com.br Patense(34) 3818-1800patense@patense.com.br www.patense.com.br Qualyfoco(49) 3444-1422bellaver@netcon.com.br www.qualyfoco.netcon.com.br
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