dúvidas do dia-a-dia em casos do mundo real arritmia · ceve com padrão normal sem alterações...

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Raquel Landeiro

Dra. Teresa Vale

USF Vale do Sorraia- Coruche

Dúvidas do dia-a-dia em

casos do mundo real

Arritmia

IDENTIFICAÇÃO

F.M.C.N.B

Sexo feminino

43 anos

Caucasiana

9ºano

Casada

Fajarda

Empregada de balcão

HÁBITOS

Alimentação saudável

Prática regular de exercício físico

Sem hábitos toxicológicos

Hábitos medicamentosos:

Sertralina 50mg id

COC: Etinilestradiol 0.03 mg + gestodeno 0.075 mg

até 2011→DIU com levonorgestrel

ANTECEDENTES PESSOAIS

Índice obstétrico: 2.0.2.2

Amigdalectomia+Adenoidectomia (1976)

Perturbação da ansiedade generalizada (1990)

Perturbação distimica (1998)

Sem alergias

Calendário vacinal atualizado

CARACTERIZAÇÃO FAMILIAR

Família nuclear

Fase VI ciclo de vida familiar de Duvall

Índice de Graffar: classe média

Baixo risco familiar

ANTECEDENTES FAMILIARES

Pai: DM2, HTA

Mãe: HTA, Dislipidemia

HISTÓRIA CLÍNICA

S

O

A

P

11/09/2011

Consulta aberta Coruche

Dispneia súbita

AP: broncoespasmo bilateral

Asma

A doente melhorou com a terapêutica (aerossol com

salbutamol). Tem alta medicada com

fluticasona+salmeterol (250+50) 12/12h

HISTÓRIA CLÍNICA

S

O

A

P

Mal estar geral, palpitações e dor retro-esternal

AC: taquiarritmia de 120/min

Arritmia cardíaca

Referenciação ao SU de Cardiologia do Hospital

de Santarém

12/09/2011

Consulta aberta Coruche

HISTÓRIA CLÍNICA

Doente calma, assintomática;

AC: tons arritmicos, sem sopros;

FC: 95/min;

ECG: FA com frequência ventricular ~130/min;

Rx tórax: sem alterações;

Analiticamente: sem alterações.

Iniciou amiodarona em perfusão com controlo da

FC.

Internamento no Serviço Cardiologia para

tentativa de cardioversão.

12/09/2011

SU Cardiologia HDS

HISTÓRIA CLÍNICA

Diagnóstico de Internamento: FA de novo;

A 12/09 verificou-se a conversão a ritmo sinusal;

Realização de exames;

12-14/11/2011

Internamento Cardiologia

Ecocardiograma: VE não dilatado, de paredes não espessadas,

com boa FSG (fração de ejeção de 68%). Sem dilatação da AE ou

das cavidades direitas. Raíz da aorta não ectasiada. Fluxo de

CEVE com padrão normal Sem alterações morfo-funcionais

valvulares. Sem derrame pericárdico. Veia cava inferior não

dilatada e com normal colapso respiratório.

HISTÓRIA CLÍNICA

Diagnóstico de Internamento: FA de novo;

A 12/09 verificou-se a conversão a ritmo sinusal;

Realização de exames;

12-14/11/2011

Internamento Cardiologia

Prova de Esforço: exame efetuado de acordo com o protocolo de

Bruce, interrompido aos 10min 30seg por fadiga, atingindo 75%

da FCMP. Evolução tensional e cronotrópica normais. Sem

arritmias ou desvios dos segmentos ST. Sem angor ou outra

sintomatologia.

HISTÓRIA CLÍNICA

Diagnóstico de Internamento: FA de novo;

A 12/09 verificou-se a conversão a ritmo sinusal;

Realização de exames;

12-14/11/2011

Internamento Cardiologia

ECG: ritmo sinusal com FC 60/min, PQ 0.16seg, sem desvio do

eixo elétrico, elevação do ponto J < 0.5mm em DI, DII, V3-V6.

Analiticamente:

Hemoglobina, creatinina, ionograma, magnésio, D-dímeros,

marcadores cardíacos, PCR, função tiroideia, colesterol total,

HDL, LDL, triglicerídeos: valores normais.

HISTÓRIA CLÍNICA

Tem alta clinicamente estabilizada e orientada

para o Médico assistente;

Indicação para realização de Holter de 24h em 6

meses e se existir alguma anomalia efetuar

referenciação ao SU.

12-14/11/2011

Internamento Cardiologia

CRONOLOGIA DAS CONSULTAS NÃO

PROGRAMADAS

19/09/11 (MF)

•Ansiedade por problemas laborais.

27/09/11 (CA)

• Sensação de lipotimia.

•Medo de arritmia.

•ECG

17/11/11 (CA)

•Náuseas

•Palpitações

•ECG

CRONOLOGIA DAS CONSULTAS NÃO

PROGRAMADAS

13/06/12 (MF)

•Holter sem alterações.

29/09/12 (CA)

•Mal estar geral

•Palpitações

•ECG

31/01/13 (CA)

•Precordialgia

•ECG

CRONOLOGIA DAS CONSULTAS NÃO

PROGRAMADAS

15/02/13 (MF)

•Sintomas depressivos

25/08/13 (MF)

•Ansiedade (filha sai de casa para estudar)

ENQUADRAMENTO TEÓRICO

A fibrilhação auricular é a arritmia cardíaca

mantida mais frequente na prática clínica,

constituindo importante causa de morbilidade e

sendo fator de risco independente para a

mortalidade global e súbita.

Segundo estudo FAMA, existe uma prevalência

de 2,5% de FA em indivíduos >40 anos.

ENQUADRAMENTO TEÓRICO

FACTORES DE RISCO

Obesidade;

DM;

HTA;

Disfunção tiroideia;

Doença valvular cardíaca;

Insuficiência cardíaca;

...

RESUMO

Sexo feminino;

40 anos;

IMC: 20.8;

Sem hábitos toxicológicos;

Risco CV baixo;

Sem patologia cardíaca prévia.

ABORDAGEM

ESC 2012

ABORDAGEM

ESC 2012

ABORDAGEM

ESC 2012

ABORDAGEM

ESC 2012

ACTUALIDADE

Doente assintomática;

IMC: 21.6;

Sem hábitos toxicológicos;

Risco CV baixo;

Sem sintomas depressivos há 6 meses;

Continua a revelar preocupação com a doença

que lhe foi diagnosticada e receio de esta surgir

de novo.

PROGNÓSTICO

Prognóstico favorável relativamente ao

tromboembolismo e à mortalidade;

Com o aumento da idade e desenvolvimento de

alterações cardíacas como a dilatação da aurícula

esquerda, os riscos de tromboembolismo e de

mortalidade aumentam.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO

Vigilância a efetuar Periodicidade de consultas e exames

Critérios de referenciação à Cardiologia;

Gestão dos sintomas e realização de exames de

urgência.

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