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DIRETRIZES PARA A INTERPRETAÇÃO DE

RESULTADOS DE ENSAIOS DE RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA

EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA

Profa. Helena CarasekNUTEA - EEC

Universidade Federal de Goiás

Atividade da Comunidade da Construção - BH 4º Ciclo

CURSO sobre Avaliação e interpretação de resultados de ensaios de aderência de

sistemas de revestimentos de argamassa

MANUAL contendo diretrizes para interpretação de resultados

Importância da aderência

Como é feito o ensaio

Dificuldades/limitações do ensaio

Recomendações para realizar o teste

Avaliação e interpretação de resultados

Considerações finais

Sumário

ADERÊNCIA

Propriedade mais importante do revestimento endurecido

Sem aderência deixa de

cumprir as funções

Estanqueidade

Estético acabamento

Proteção da base

Etc. ...

Sem aderência deixa de

cumprir as funções

O Ensaio de Avaliação da Resistência de Aderência

TRAÇÃO

1

2

3

NBR 13528 - Revestimento

de paredes e tetos com

argamassas inorgânicas:

determinação da resistência de

aderência à tração

4

5

O PROBLEMA:

Alta dispersão dos resultados

Valores diferentes quando realizado por diversos laboratórios

A SOLUÇÃO:

Pesquisas Ajustar a metodologia –

revisão da NBR 13 528 (1995)

NBR 13 528 (2010)

• Figura 14 do livro do Ibracon

CONDIÇÕES

CLIMÁTICAS ADERÊNCIA

temperatura,

UR e vento

energia de impacto (aplicação manual / projeção mecanizada;

ergonomia), limpeza e preparo da base, cura, etc.

reologia, adesão inicial,

retenção de água, etc.ARGAMASSA

EXECUÇÃO

Sucção de água,

rugosidade,

porosidade, etc.

SUBSTRATO

DEPENDE DE VÁRIOS FATORES

+ idade e umidade do revestimento

Alta dispersão dos resultados

CV = 10% a 35% (normais) ... Às vezes bem maior

Depende dos materiais, mão de obra...

Intrínseco da Propriedade

Ciência dos materiais: materiais frágeis

Apresentam alta dispersão dos resultados de ruptura

Resistência à fratura é dependente da probabilidade da

existência de um defeito que seja capaz de iniciar uma

fissura

+

NBR 13 528 (2010)

• Número de CPs – 12 CPs

antes (1995) 6 CPs

Norma antigaGeometria e

dimensão do CP

Quadrada L = 10 cm Circular = 5 cm

Na prática também:

Quadrada L= 5 cm

Circular = 10 cm

Corte quadrado,

pastilha circular

Etc...

Concentração de tensões

Modelagem numérica

(Costa, Carasek, Almeida, Araújo, 2007)

Elementos Finitos

Quadrado 100 mm Circular 50 mm

Geometria e dimensão dos corpos-de-prova

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80Res

istê

ncia d

e ad

erên

cia

à tr

ação

(M

Pa)

Média Intervalo de Confiança 95% Desvio-padrão

CV = 33%

CV = 25%

Programa experimental

Influência da geometria e dimensão dos corpos-de-prova

(COSTA, CARASEK, 2009)

NBR 13 528 (2010)

• Corpos de prova – seção circular

= 50 mm

Diferentes Equipamentos

NBR 13 528 (2010)

Equipamento:• Dinamômetro de tração• Aplicação contínua da carga• Fácil manuseio• Baixo peso• Célula de carga • Dispositivo de leitura digital• Erro máximo de 2%.

CORTE

• Tensões de torção no revestimento

• Revestimento úmido – formação de pasta dentro da cavidade de corte – trava a serra de copo

• Ergonomia do operador – horizontal

CORTE: cuidar com Ergonomia do operador – horizontal

Umidade dos Corpos-de-prova:

NBR 13 528 (2010)

Informar a umidade do revestimento no

momento do ensaio

3 determinações

UMIDADE DO REVESTIMENTO

Rader

Úmido

Rader

Seco<

Saturado Úmido Seco

Condição do revestimento

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

Res

istê

ncia d

e ad

erên

cia

à tr

ação

(M

Pa)

Média Intervalo de confiança 95% Desvio-padrão

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

Seco Úmido Saturado

Condição do revestimento

Valor

es m

édios

(MPa

)

Resistência de aderência à tração

Resistência superficial

(Carasek, Costa, Alves, Melo, 2008)

Pesquisa em Obra UMIDADE

UMIDADE DO REVESTIMENTO

Cuidado:

corte com água

realização de ensaios após uma chuva em revestimentos

expostos

Pano de revestimento com condições heterogêneas de umidade

Alta dispersão dos resultados de resistência de aderência

UMIDADE DO REVESTIMENTO

Argamassa

Substrato

Pastilha

Cola

Ruptura na interface

substrato/chapisco

Ruptura na

argamassa

Ruptura no substrato

Ruptura na interface

argamassa/cola

Ruptura na interface

cola/pastilha

B

E F G

Chapisco

Ruptura na interface

chapisco/argamassa

D

Ruptura no chapisco

CA

Forma de ruptura para um sistema de revestimento

Ruptura mistaAnotar o percentual

de cada tipo de ruptura

Percentagem de Ruptura

Área Determinada Visualmente: 30%

Área Determinada pelo AutoCAD: 35,3%

Distribuição dos CPs deve ser aleatória

O posicionamento dos CPs deve seguir a

proporção entre as áreas de superfícies de blocos

e de juntas do substrato.

NBR 13 528 (2010)

Grupo: Junta

Grupo: Bloco

Junta de

assentamento

Bloco cerâmico

1 cm

Revestimento de

argamassa2 cm

Local do ensaio: Junta X Bloco

(Scartezini & Carasek, 1999)

Outros estudos que confirmam: Angelim, Carasek (2000); Pereira, Carasek (2000); Costa, Duarte, Carasek (2006)

0,27

0,17

0,35

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35R

es

istê

nc

ia d

e

Ad

erê

nc

ia à

tra

çã

o

(MP

a)

Resistência

Global

Tijolo JuntaBloco

Confirmado com análises estatísticas

Ensaio em região das juntas de assentamento da alvenaria

Vertical

Horizontal e Vertical

C

P

Diâmetro

Área

(mm2)

Local de ensaio

(%) Carga

de

Ruptura

(N)

Tensão

Ra

(MPa)

Forma de Ruptura (%)Prof.

de

rupt.

(mm)

O

b

sd1 d2 dm Bloco

Junta

SubSub/

chapchap

Chap/

revrev

Rev/

cola

Cola/

pastH V

1

2

PLANILHA PARA ANOTAÇÃO DOS DADOS DE ENSAIO

Anotar a profundidade de ruptura(espessura onde rompe o revestimento)

Espessura

Fotografar o painel de teste foto geral

NBR 13.749 (1996)Revestimento de paredes e tetos com argamassas

inorgânicas: Especificação

Local Acabamento Ra (MPa)

Pintura > 0,20

Interna Cerâm/lamin > 0,30

Pintura > 0,30

Parede Externa

Cerâmica > 0,30

Teto > 0,20

Pelo menos 4 valores > que os limites

Resistência de aderência à tração

Pelo menos 8 valores > que os limites

CP

Local de ensaio (%)Tensão

Ra

(MPa)

Forma de Ruptura (%)Prof. de

rupt.

(mm)

ObsBloco

Junta

SubSub/

chapchap

Chap/

revrev

Rev/

cola

Cola/

pastH V

1 100 0,35 50 50 31

2 100 0,24 100 30

3 75 25 0,22 100 32

4 100 0,32 100 17

5 70 30 0,55 100 30

6 100 0,31 100 10

7 100 0,30 20 80 30 - 22

8 100 0,27 60 40 31 - 20

9 100 0,32 100 20

10 50 30 20 0,58 100 29

11 100 0,33 100 32

12 100 0,34 30 70 30 - 20

Média 91,3 5,0 3,8 0,34 4,2 33,3 0,0 21,7 40,8 0,0 0,0 25,7

DP 0,11

CV 34%

Umidade média: 5,2%Espessura média do revestimento: 30 mmObservações: com preenchimento da junta vertical (encabeçaamento)Espessura média da junta de assentamento: horizontal: 12 mm vertical: 7 mm

PLANILHA PARA RESULTADOS DE

ENSAIO

Painel Substrato

chapisco Emboço Atende a

norma?

(8 em 12

CPs)

Média

(MPa)

C.V.

(%)

Ruptura

adesiva?

Mecaniz

a

do

Arg

. In

d.

Manual -

obra

Sem

Pro

jeção I

Pro

jeção I

I

Manual

1 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

2 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

3 Cerâmico x x interno 0,26 46 não

4 Cerâmico x x interno 0,28 34 não

5 Cerâmico x x interno 0,25 31 não

6 Cerâmico x x não 0,16 64 sim

7 Bl.Concreto x x fachada 0,43 33 não

8 Bl.Concreto x x fachada 0,49 20 sim

9 Bl.Concreto x x fachada 0,46 27 não

10 Bl.Concreto x x interno 0,27 41 sim

11 Bl.Concreto x x interno 0,27 38 não

12 Bl.Concreto x x não 0,19 41 sim

PLANILHA COM RESUMO DOS RESULTADOS

Painel Substrato

chapisco Emboço Atende a

norma?

(8 em 12

CPs)

Média

(MPa)

C.V.

(%)

Ruptura

adesiva?

Mecaniz

a

do

Arg

. In

d.

Manual -

obra

Sem

Pro

jeção I

Pro

jeção I

I

Manual

1 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

2 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

3 Cerâmico x x interno 0,26 46 não

4 Cerâmico x x interno 0,28 34 não

5 Cerâmico x x interno 0,25 31 não

6 Cerâmico x x não 0,16 64 sim

7 Bl.Concreto x x fachada 0,43 33 não

8 Bl.Concreto x x fachada 0,49 20 sim

9 Bl.Concreto x x fachada 0,46 27 não

10 Bl.Concreto x x interno 0,27 41 sim

11 Bl.Concreto x x interno 0,27 38 não

12 Bl.Concreto x x não 0,19 41 sim

Análise das Médias

Painel Substrato

chapisco Emboço Atende a

norma?

(8 em 12

CPs)

Média

(MPa)

C.V.

(%)

Ruptura

adesiva?

Mecaniz

a

do

Arg

. In

d.

Manual -

obra

Sem

Pro

jeção I

Pro

jeção I

I

Manual

1 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

2 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

3 Cerâmico x x interno 0,26 46 não

4 Cerâmico x x interno 0,28 34 não

5 Cerâmico x x interno 0,25 31 não

6 Cerâmico x x não 0,16 64 sim

7 Bl.Concreto x x fachada 0,43 33 não

8 Bl.Concreto x x fachada 0,49 20 sim

9 Bl.Concreto x x fachada 0,46 27 não

10 Bl.Concreto x x interno 0,27 41 sim

11 Bl.Concreto x x interno 0,27 38 não

12 Bl.Concreto x x não 0,19 41 sim

Resultados médios de resistência de aderência e coeficiente de variação

0,16

0,19

0,250,26 0,27 0,27 0,28

0,43 0,43 0,43

0,46

0,49

64%

41%

31%

46%

41%38%

34%32% 32%

33%

27%

20%

Resistência de Aderência à Tração Coeficiente de variação

Painel Substrato

chapisco EmboçoAtende a

norma?

(8 em 12

CPs)

Média

(MPa)

C.V.

(%)

Ruptura

adesiva?M

eca

niz

ad

o

Arg

. In

d.

Manual -

obra

Sem

Pro

jeção I

Pro

jeçã

o I

I

Manual

1 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

2 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

3 Cerâmico x x interno 0,26 46 não

4 Cerâmico x x interno 0,28 34 não

5 Cerâmico x x interno 0,25 31 não

6 Cerâmico x x não 0,16 64 sim

7 Bl.Concreto x x fachada 0,43 33 não

8 Bl.Concreto x x fachada 0,49 20 sim

9 Bl.Concreto x x fachada 0,46 27 não

10 Bl.Concreto x x interno 0,27 41 sim

11 Bl.Concreto x x interno 0,27 38 não

12 Bl.Concreto x x não 0,19 41 sim

Rupturas nas Interfaces (adesivas)

são perigosas

Ruptura Coesiva

Ruptura Adesiva

80% interface substrato/argamassa20% argamassa

Falta de Chapisco

Ruptura Superficial

Painel Substrato

chapisco EmboçoAtende a

norma?

(8 em 12

CPs)

Média

(MPa)

C.V.

(%)

Ruptura

adesiva?M

eca

niz

ad

o

Arg

. In

d.

Manual -

obra

Sem

Pro

jeção I

Pro

jeçã

o I

I

Manual

1 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

2 Cerâmico x x fachada 0,43 32 não

3 Cerâmico x x interno 0,26 46 não

4 Cerâmico x x interno 0,28 34 não

5 Cerâmico x x interno 0,25 31 não

6 Cerâmico x x não 0,16 64 sim

7 Bl.Concreto x x fachada 0,43 33 não

8 Bl.Concreto x x fachada 0,49 20 sim

9 Bl.Concreto x x fachada 0,46 27 não

10 Bl.Concreto x x interno 0,27 41 sim

11 Bl.Concreto x x interno 0,27 38 não

12 Bl.Concreto x x não 0,19 41 sim

Aderência

Deriva da conjunção de 3 propriedades da interface argamassa/substrato:

Resistência de aderência à tração;

Resistência de aderência ao cisalhamento;

Extensão de aderência - razão entre a área de contato efetiva e a área total possível

de ser unida.

Avaliação da resistência ao cisalhamento

Santana, Ferreira, Silva (2010)UNICAP

Importância dos testes em obraantes do início da execução

• Materiais das argamassas (cimento, cal, areia, argamassa industrializada, etc.);

• Substratos (blocos, estrutura ...);

• Condições climáticas

Mais importantes do que os ensaios de

controle

ESPECIFICAÇÃO DE REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA - NBR 13.749

CONTROLE

Amostragem: • 50 m2 para tetos

• 100 m2 para paredes

percussão - 1 m2 com

martelo de madeira

Aderência - Inspeção por percussão

SOM CAVO

PERCUSSÃO

EM

FACHADAS

Obrigada pela Atenção !!!

hcarasek@gmail.com

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