diagnÓstico tratamento & prevenÇÃo · 6 mandato participativo do deputado adelmo carneiro...

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DENGUECartilha

DIAGNÓSTICOTRATAMENTO &PREVENÇÃO

PTAdelmo Leão

Mandato ParticipativoDeputado Estadual

Mandato Participativo do Deputado Adelmo Carneiro Leão2

Ficha Técnica

© 2013Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

Elaboração, distribuição e informação:MANDATO PARTICIPATIVO DEPUTADO ESTADUAL ADELMO CARNEIRO LEÃOAssembleia Legislativa de Minas GeraisRua Rodrigues Caldas, 30 - Conjunto 218Tel.: (31) 2108-5344Fax: (31) 2108-5345E-mail: dep.adelmo.carneiro.leao@almg.gov.brSite: www.deputadoadelmo.com.br

Equipe Técnica:Luciana Menezes

Revisão de texto:

Projeto Gráfico:

Cesar VanucciTânia PenhaLuiz Carlos Bernardes (Peninha)

Felipe Batista

Mandato Participativo do Deputado Adelmo Carneiro Leão 3

CartilhaDENGUE

aPRESEnTaÇÃO

adelmo carneiro LeãoVice-Presidente da aLMG

A dengue é uma doença grave. Pode matar. Alguns sintomas são: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos. Preocupado com a gravidade assumida pela doença em nosso Estado, preparei esta cartilha sobre a epidemia e como fazer a prevenção. Espero que as informações sejam de utilidade geral.

A população mostra-se compreensivelmente assustada com o elevado número de pessoas infectadas pelo mosquito transmissor diante da ineficácia das medidas adotadas pelos setores competentes. Não resta dúvida de que se trata de um problema que diz respeito a todos: governo, instituições ligadas às políticas públicas de saúde, população em geral.

Aos órgãos públicos compete combater a dengue em todas as frentes, empregando bem os recursos da comunicação de massa e adotando medidas de prevenção. A população não pode se furtar ao dever de ajudar. Isso é essen-cial. A contribuição pessoal de cada um é valiosa na eliminação dos focos de proliferação do mosquito transmissor, que são detectados em garrafas com água da chuva, pneus velhos, lixo acumulado, dentre outros. A ajuda popular precisa contemplar também a divulgação das regras referentes ao trabalho preventivo.

Não existe um tratamento específico contra a dengue, apenas trata-mentos capazes de aliviar os sintomas. No entanto, com precaução, força de vontade, união de todos e ações efetivas do Poder Público, poderemos obter êxito no combate a essa doença que tantos transtornos e malefícios provoca.

Há quinze anos, já eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, solicitei a realização de audiência pública para debater a então situação da dengue no Estado. O objetivo foi avaliar as medidas já tomadas e a serem tomadas para o combate e a prevenção da doença. Naquele momento, a trégua no registro de casos de dengue em Minas Gerais era enganosa.

Se não tiver mobilização efetiva de todos os seg-mentos da sociedade na prevenção e combate ao mosquito transmissor, o risco de descontrole da epidemia é real. Por isso, com o aumento significativo da doença em 2013, so-licitei outra audiência pública para discutir o triste índice de incidência da dengue em Minas Gerais e também as medidas para sua prevenção.

O importante ainda é que todos nos conscienti-zemos da relevância de participar das campanhas de combate à enfermidade, de modo a evitar que sua propagação se expanda.

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SUMÁRiO

hiSTóRia................................................................................5

O qUE é.......................................................................................6

O MOSqUiTO E a TRanSMiSSÃO............................................7

SinTOMaS...................................................................................8

O qUE FazER............................................................................10

diaGnóSTicO..........................................................................11

TRaTaMEnTO...........................................................................12

PREVEnÇÃO..............................................................................14

bibLiOGRaFia...........................................................................17

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CartilhaDENGUE

hiSTóRiaO Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, che-

gou ao Brasil por meio dos navios vindos da Africa. O primeiro caso de dengue no País foi registrado em 1685, na cidade de Recife (PE). No ano de 1957, a dengue chegou a ser considerada erradicada no país, mas em 1982 houve uma nova epidemia em Roraima, causada pelos sorotipos 1 e 4.

O registro mais alarmante de dengue no Brasil foi no ano de 1998 onde ocorreram 570.148 casos. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a in-trodução de novos sorotipos em áreas anteriormente ilesas, sen-do considerada um dos principais problemas de saúde pública.

Mandato Participativo do Deputado Adelmo Carneiro Leão6

O qUE éA dengue é uma doença infecciosa febril aguda, causada

por um vírus e transmitida através do mosquito Aedes aegypti (mosquito da Dengue). Existe hoje no mundo quatro sorotipos de Dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A dengue é conhecida em todo o mundo, mas ocorre principalmente em regiões tropi-cais e subtropicais, inclusive no Brasil.

O mosquito da dengue (Aedes aegypti) é sensível a repe-lentes baseados no composto N,N-dietilmetatoluamida. Seu ciclo de reprodução do ovo é de 10 dias. Quando o mosquito nasce, ele passa por quatro estágios de crescimento, que podem durar oito dia. Depois se transforma em pupa, estágio que dura, apro-ximadamente, dois dias. Após sair da pupa, o mosquito adulto já pode se reproduzir e botar ovos, quando o ciclo se reinicia. Após ser contaminado pelo vírus, o mosquito pode transmitir a doença após o período de 8 a 12 dias.

O período de incubação nos humanos (da picada ao apare-cimento dos sintomas) varia de 3 a 15 dias.

As epidemias de dengue normalmente acontecem no verão, durante ou logo após períodos chuvosos.

ciclo de vida do mosquito aedes aegyptiFonte: Ciência Hoje das Crianças 80.

ovo

pupa

larva deprimeiroestágio

larva desegundoestágio larva de

terceiroestágio

larva dequartoestágio

Mandato Participativo do Deputado Adelmo Carneiro Leão 7

CartilhaDENGUE

O MOSqUiTO E a TRanSMiSSÃO

• A transmissão da dengue se dá através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que esteja infectado com o vírus que transmite a doença.

• Não existe transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem por alimento e água.

• O tempo médio de vida do mosquito é de 45 dias. • Uma vez infectada, a fêmea será transmissora da doença por toda

a vida. • Os descendentes dos mosquitos infectados podem já nascer con-

taminados.• O mosquito da dengue tem o costume de ficar próximo dos cria-

douros, num raio de 50 a 100 metros, mas tem a capacidade de voar por centenas de metros, chegando até a 1 km. Ele também pode “pegar caro-na” em um carro ou avião.

• O mosquito Aedes Aegypti pode se esconder dentro de casa, em armários e outros lugares escuros. Fora de casa, ele pousa em locais fres-cos e sombreados.

• As fêmeas costumam picar no começo da manhã ou no final da tarde.

• As picadas ocorrem principalmente nas regiões dos pés, tornozelos e pernas. Isto ocorre, porque os mosquitos voam a uma altura de aproxima-damente meio metro do solo.

• O número de pessoas que um mosquito pode infectar varia bas-tante pois, uma vez infectado, o inseto transmite a dengue até morrer. Este inseto pode picar uma pessoa no intervalo de 20 a 30 minutos.

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SinTOMaS

Fortes doresde cabeça

Manchas vermelhasna pele

Náusease vômito

Moleza ecansaço

Febre súbita e alta(acima de 40 oC)

Dor atrás dos olhos(piora com o movimento ocular)

Falta de apetitee paladar

Dor nos ossos enas articulações

Clássica

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CartilhaDENGUE

SinTOMaS Fonte: www.dengue.org.br

Dificuldadede respiração

Perda deconsciência

Confusão mental,agitação e insônia

Sangramento na boca,gengivas e nariz

Vômitosintensos

Boca seca e muita sede

Pulso Fraco

Fortes doresabdominais contínuas(não como cólicas)

Pele pálida,fria e úmida

Moleza ecansaço

Hemorrágica

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O qUE FazER• Ao perceber qualquer sintoma procure a

Unidade de Saúde mais próxima à sua casa;• A dengue é uma doença que pode evo-luir rapidamente da forma clássica para um quadro mais grave;• Jamais recorra à automedicação. Está proibido o uso de antitérmicos que conte-nham ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina,

Melhoral, etc.), e anti-inflamatórios (Voltaren, Diclofenaco de sódio, Scaflan), pois estes me-

dicamentos interferem no processo de coagu-lação do sangue.

VacinaAinda não existem va-

cinas contra dengue. Entretanto, está sendo desenvolvida uma va-cina contra os quatro tipos da dengue, a partir de uma cepa do vírus vivo, gene-ticamente modifica-do, e sendo testada

em humanos. Até o momento os voluntá-

rios não apresentaram reações adversas.

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CartilhaDENGUE

diaGnóSTicO

• A dengue pode ser diagnosticada com base na história clínica e na queixa dos pacientes, exames de sangue e exames espe-cíficos.• Para que a infecção seja comprovada é necessário fazer a sorologia, que é um exame que detecta a presença de anticor-pos contra o vírus da dengue. A doença só é detectada a partir do quarto dia de infecção.

dengue hemorrágica

Existem 3 exames que podem ser utilizados para diagnosticar a den-gue:• Prova do laço;• Contagem das plaquetas; • Contagem dos glóbu-los vermelhos.

TRaTaMEnTONão existe tratamento específico para combater a dengue.

A orientação é combater a desidratação e aliviar os sintomas. Assim, a ingestão de bastante líquido evita quedas de pressão e agravamento do quadro clínico do paciente. Água, leite, chás e sucos naturais são os mais recomendados.

Em caso de suspeita de dengue, procure o médico. Este profissional irá orientá-lo a tomar as providências corretas.

O soro caseiro é uma maneira simples, barata e eficaz de se repor a água e sais minerais. Veja abaixo como preparar o soro oral:

- Misturar todo o envelope de soro em um litro de água fervida ou filtrada;- Não adicionar açúcar nem sal;- Não ferver o conteúdo depois de pronto;- Só usá-lo por 24 horas. Após esse prazo, jogar fora o que so-brou e preparar mais um litro;- Quando não houver a solução de reidratação oral, pode-se usar o soro caseiro, cuja colher-medida está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Fonte: G1.

Mandato Participativo do Deputado Adelmo Carneiro Leão12

O Ministério da Saúde distribui gratuitamente, nos postos do País e nas unidades da rede Farmácia Popular, o soro de re-posição oral, que concentra 3,5 gramas de sal e 20 gramas de açúcar por litro de água. Atualmente, o soro caseiro só é reco-mendado em casos de emergência, pois os pais costumam su-perdosar esse preparo.

Na tabela de hidratação para pacientes com dengue, do Ministério da Saúde, o volume total diário indicado varia de 3 a 4 litros para uma pessoa com 50 Kg e até 6 a 8 litros, para alguém com 100 Kg. Já para criança, vai de meio litro (10Kg) até 2 litros (40Kg). O importante é que um terço deste total seja de soro ca-seiro e que o paciente tenha acompanhamento médico durante todo o tratamento.

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CartilhaDENGUE

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PREVEnÇÃO

LIXO

PLANTAS EJARDINS

CAIXAS D’ÁGUA,CALHAS E LAJES

DEPÓSITOS DE ÁGUA

Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Não jogue lixo em terrenos baldios.

Encha de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de plantas.

Não deixe a água da chuva acumu-lada sobre a laje.

Mantenha bem tampados tonéis e barris d’água.

CartilhaDENGUE

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Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água: embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc.

Se você não colocou areia e acumulou água no pratinho da planta, lave-o com esco-va, água e sabão.

Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.

Lave sema-nalmente, por dentro, com es-cova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água.

Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhi-mento pelo serviço de limpeza urbana.

Se você tiver vasos de plantas aquáticas, tro-que a água e lave-os com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana.

Mantenha a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada.

Lave principalmen-te, por dentro com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.

Fonte: Ministério da Saúde

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bibLiOGRaFiaANDRADE, C.F. et al. A batalha contra os pernilongos. Revista Ciência Hoje das Crianças, edição 80. Rio de Janeiro, 1998.

BARRETO, Maurício L. and TEIXEIRA, Maria Glória. Dengue no Bra-sil: situação epidemiológica e contribuições para uma agenda de pesquisa. Estud. av. [online]. 2008, vol.22, n.64 [cited 2013-03-20], pp. 53-72 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?scrip-t=sci_arttext&pid=S0103-40142008000300005&lng=en&nrm=i-so>. Acesso em 5 de mar. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. O agente comunitário de saú-de no controle da dengue / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saú-de. Cartilha da Dengue. Disponível em:<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/flash/cartilha_dengue.html>. Acesso em 5 de mar. 2013.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: diagnóstico e manejo clí-nico – adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigi-lância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 4. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

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CartilhaDENGUE

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue : manual de enfermagem – adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundacão Nacional de Saúde. Den-gue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento / Minis-tério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. – Brasília: Funda-ção Nacional de Saúde, 2002.

COELHO, Giovanini Evelim. Dengue: desafios atuais. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2008, vol.17, n.3 [citado 2013-03-20], pp. 231-233 . Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?scrip-t=sci_arttext&pid=S1679-49742008000300008&lng=pt&nrm=i-so>. Acesso em 7 de mar. 2013.

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SINTOMAS DA DENGUE. Disponível em: < http://www.dengue.org.br/dengue_sintomas.html >. Acesso em 5 de mar. 2013.

SORO CASEIRO CONTRA DESIDRATAÇÃO. Disponível em: < http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/03/soro-caseiro-contra-desidratacao-so-e-recomendado-em-caso-de-emergen-cia.html >. Acesso em 7 de mar. 2013.

VARELLA, Drauzio. Doenças e sintomas: Dengue. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/dengue/>. Acesso em 5 de mar. 2013.

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