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DIAGNÓSTICO DO POTENCIAL GENÉTICO DA SELEÇÃO

BRASILEIRA DE CANOAGEM SLALOM ATRAVÉS DA

DERMATOGLIFIA.

Mestrando HEROS RIBEIRO FERREIRA

PhD JOSE FERNANDES FILHODra PAULA ROQUETTI FERNANDES

Universidade Castelo Branco - RJ

Canoagem Slalom

O Slalom é praticado em rios com corredeiras, num percurso que varia entre 250 e 400 metros. Através de cabos suspensos são penduradas até 25 portas que devem ser ultrapassadas na seqüência numérica e no sentido - a favor e contra a correnteza - indicados.

Os tipos de Embarcação são:

K-1   Caiaque para uma pessoa. Sentado, remo de pá dupla.C-1   Canoa para uma pessoa. Ajoelhado, remo de uma pá.C-2   Canoa para duas pessoas. Ajoelhados, remos de uma pá.

Canoa individual (C-1)

Categorias C-1:

C1MJR Canoa Individual Masculino Junior;C1MSR Canoa Individual Masculino Sênior.

Melhores Atletas Internacionais:

C1MSR - Tony Stanguett – FrançaC1MSR - Michael Martikan – Eslováquia

Melhores Atletas Brasileiros:

C1MSR – Cássio Ramon PetryC1MSR – Filipi Santin de SouzaC1MJR – Robson Antunes Gomes

Canoa Dupla (C2)

Categorias C-2:

C2M Canoa Dupla Masculino.

Melhores Atletas Internacionais:

Christian Bahmann & Michael Senft - AlemanhaMarcus Becker & Marian Olejnik - Alemanha

Melhores Atletas Brasileiros:

Álvaro Vieira & José AlexsonGuilherme Silveira & Gustavo Silveira

Caiaque Individual (K-1)

Categorias K-1:

K1MJR Caiaque Individual Masculino Junior;K1MSR Caiaque Individual Masculino Sênior;K1FUN Caiaque Individual Feminino Único.

Melhores Atletas Internacionais:

K1MSR Fabian Doerfler - AlemanhaK1MSR Fabien Lefevre - FrançaK1FUN Elena Kaliska - Eslováquia

Melhores Atletas Brasileiros:

K1MSR Gustavo SelbachK1MSR João Vitor MachadoK1MJR Ricardo Martins Taques

Características da Canoagem Slalom

Duração entre 150 a 220 segundos;

Comprimento da pista de 250 a 300 metros;

Portas entre 18 a 22 portas.

Via metabólica Anaeróbia Láctica;

Variáveis motoras envolvidas: Equilíbrio, Lateralidade, Força Explosiva, Resistência de Força, Velocidade, Velocidade de Reação, entre outros não menos importantes;

Tipo de Fibra = Slalom: IIB.

Dermatoglifia

Dermatoglifia - do latim dermo, significando “pele”; e do grego glypha, “gravar”

Dermatóglifos são desenhos formados pelas glândulas sudoríparas na pele das palmas e dedos das mãos com a finalidade de aumentar o atrito para apreender objetos, segundo Gladkova (1996)

A utilização das marcas genéticas na seleção prognostica esportiva, Fernandes Filho (2003).

Tipos de Desenhos

A= Arco (sem presença de deltas);

L= Presilha (presença de um delta);

W= Verticilo (presença de dois deltas);

S-Desenho= (presença de dois deltas);

Verticilo Ganchoso= (presença de três deltas).

Tipos de Desenhos

Arco (A) Presilha (L) Verticilo (W)

Verticilo (S-Desenho) Verticilo (Ganchoso)

Tabulação

Para tabulação dos dados:

Arco= 0

Presilha= 1

Verticilo= 2

QL= Quantidade de linhas de cada impressão digital;

SQTL= Soma total da quantidade de linhas;

D10=Quantidade de deltas máximo=20 mínimo=0

Tipos de Desenhos

Laboratório de Antropologia, Morfologia e Genética Esportiva do VINIIFK – Moscou, 1966 a 1996;

Permite aperfeiçoar os ativos e fortes componentes da preparação atlética e destacar os fracos componentes do potencial genético Abramova (1995);

Associações com as manifestações funcionais: as atividades de resistência, velocidade, coordenação, força e atividades cíclicas, entre outras, Fernandes Filho (2003);

Objetivos

Diagnosticar os potenciais genéticos dos atletas da seleção brasileira de canoagem slalom através da dermatoglifia;

Através destes parâmetros genéticos procurar a otimização do treinamento individualizado;

Auxílio na Detecção e Seleção de talentos esportivos da modalidade.

Caracterização População

Foram avaliados todos os atletas da Seleção Brasileira de Canoagem Slalom, total de 10 com idade X=18,2 anos.

  N Idade Peso Est. VO2

X 10 18,2 65,4 170,3 55,6

S 10 3,71 6,47 6,16 3,61

Min. 10 15,00 60,00 161,00 49,35

Max. 10 26,00 81,00 179,00 61,35

Materiais e Métodos

Materiais:Utilizou-se uma almofada, modelo 250 (IMPRESS-BRASIL);Balança Mecânica Filizola com estadiômetro metálico, Teste de 12 min. Correr Caminhar, Cooper (caracterização da população).

Métodos:Determinação do potencial genético - método Dermatoglífico de Cummins & Midlo 1942, apud Fernandes Filho, 1997;Seguindo rigorosamente os métodos para a verificação das impressões digitais.

Protocolos

A verificação das impressões digitais foi realizada através da pintura da falange distal de cada dedo e, em seguida, com um movimento suave em único sentido (de um lado para o outro do dedo), colocou-se cada dedo em folha de papel para a anotação das impressões digitais. ‘

Tratamento Estatístico

Estatística descritiva;Valores médios;Tabelas de distribuição de freqüência..

Resultados

MDSQL1 MDSQL2 MDSQL3 MDSQL4 MDSQL5 SQTL

N 10 10 10 10 10 10

X 15,6 8.4 14,3 17,1 14,5 141,8

S 5,72 5,44 5,36 6,49 6,08 44,47

Mín 2 2 5 3 5 68

Máx 20 17 22 28 22 209

MESQL1 MESQL2 MESQL3 MESQL4 MESQL5

N 10 10 10 10 10

X 16,5 10,5 12,9 17,2 14,8

S 6,02 8,36 6,38 6,49 6,78

Mín 4 2 8 8 6

Máx 22 28 21 31 28

Resultados – Fórmulas Digitais

Atletas de C1 AL=66,7%, L>W=33,3%, SQTL=86 e D10=10;

Atletas de C2 L>W=100%, SQTL=177 e D10=12

Atletas de K1L>W=60%, ALW=20%, L=W=20%, SQTL=162 e D10=14.’

Análise dos Resultados

Atletas de C1:apresentam SQTL e D10 baixos= força, potência e índice coordenativo baixo (SQTL/D10), confirmado pelo SQTL=86 e D10=10.

Atletas de C2:resistência intermediária, propriocepção complexa e índice coordenativo moderado (SQTL/D10), confirmado pelo D10=12 e SQTL=177

Atletas de K1:resistência de velocidade, propriocepção complexa, atividades de combinação motoras complexas pelo SQTL=162, D10=14 e L>W=60%.

Análise dos Resultados

Escala crescente do SQTL: C1, K1 e C2;

C1 e C2 possuem um nível maior de D10;

Espelho de Deltas:C1MET1/MDT1, MET4/MDT4 e MET5/MDT5;K1MET1/MDT1;C2MET2/MDT2, MET3/MDT3, MET4/MDT4 e MET5/MDT5;

*Maior coordenação motora em proporção crescente ao maior número de dedos em espelho.

Análise Fisiológica

A maior quantidade de L caracteriza tipo de fibra glicolíticas.

C1=8,6; K1=6,0 e C2=8,5; Todos apresentam a predominância de fibras rápidas;

C1 -velocidade predominante (SQTL baixo);K1 -velocidade com resistência moderada ;C2 -velocidade com resistência, (resistência - SQTL alto).

Gráfico Radar Fernandes Filho, 1997

-0,200,000,200,400,600,801,001,20

MESQL1MESQL2

MESQL3MESQL4

MESQL5

SQTLE

MDSQL1

MDSQL2

MDSQL3

MDSQL4

MDSQL5SQTLD

SQTLMET1MET2MET3MET4

MET5

MDT1

MDT2

MDT3

MDT4

MDT5

A

LW

D10

Mín_Med

Média

Máx_Méd

Conclusões

Todos possuem características muito interessantes para a canoagem slalom de alto nível;

Com os resultados podemos aplicar diretamente no treinamento, de modo mais específico e individualizado;

Seleção e detecção de talentos esportivos;

Aplicabilidade direta como marcador genético, dado já comprovado;

Considera-se a interferência do meio (fenótipo);

Recomendamos que mais pesquisas sejam realizadas.

Referências Bibliográficas

ABRAMOVA, T.F.; NIKITINA, T.M.; OZOLIN, N.N. Possibilidades das impressões dermatoglíficas no prognóstico dos potenciais energéticos nos atletas que praticam remo. Atualidades na preparação de atletas nos esportes cíclicos. Coletâneas de artigos científicos. Volvogrado, 1995. P.57-61. ANJOS M.; FERNANDES FILHO J.; NOVAES, J. Características somatotípicas, dermatoglíficas e fisiológicas do atleta de triatlo. Fitness & Performance. Vol. 2 (1): p. 49-57. 2003. CARVALHO, E..; FERNANDES FILHO J.; NOVAES, J. Características somatotípicas, dermatoglíficas e fisiológicas dos atletas de alto rendimento, participantes de corrida de resistência do Rio de Janeiro. 2003 CASTANHEDE, A.; DANTAS, P.; FERNANDES FILHO, J. Perfil dermatoglífico, e somatotípico de atletas de futebol de campo masculino, de alto rendimento, no Rio de Janeiro. Fitness & Performance. Vol. 2 (4): p. 234-239. 2003. CUNHA, R.S.P.; FERNANDES FILHO, J. Identificação do perfil dermatoglífico de esgrimistas estrangeiros de alto rendimento das três armas, participantes do Campeonato Mundial de Esgrima – Havana - Cuba, 2003. Fitness & Performance Journal, v.3, pg 247 – 253, 2004. 

Referências Bibliográficas

CUMMINS, H. & MIDLO, C. Palmar and plantar dermatoglyphics in primates. Philadelphia, 1942. DANTAS, E. A Prática da Preparação Física. 5 ed. Rio de Janeiro. Shape. 2003. DANTAS, P.; FERNANDES FILHO, J. Identificação do perfil genético, de aptidão física e somatotípico que caracterizam atletas masculinos, de alto rendimento, participantes do futsal adulto no Brasil. Fitness & Performance. Vol. 1 (1): p. 28-36. 2002. FERNANDES FILHO, J. A Prática da Avaliação Física. 2 ed. Rio de Janeiro. Shape. 2003. ______.Descoberta de Talentos. Treinamento Desportivo, RJ: Ed. Shape, 2003, v.1, n.2. CD-ROM.  _____.Impressões Dermatoglíficas: Marcas Genéticas na Seleção dos Tipos de Esportes e Lutas (a exemplo de desportistas do Brasil). Tese (Doutorado). Moscou, URSS. 1997. FERREIRA, H.R., FERNANDES FILHO, J. Comparação dos potenciais genéticos entre equipes de rendimento de diferentes modalidades através da dermatoglifia. II Jornada Brasileira Científica da FIEP/ Cabo Frio, 2005. Revista Cientifica Meta Science.

Referências Bibliográficas

 FERRÃO, M. L. D. Efeito do Aumento do Consumo Máximo de Oxigênio, Observado em Grupos com Distintas Predominâncias de Tipo de Fibra Muscular Sobre o Emagrecimento dos Cadetes da AMAN Submetidos a Treinamento Aeróbico com Intensidade na Zona de Fatmax (55 a 72% VO2max ). Tese de Mestrado. Brasil. RJ, 2004. GLADKOVA, T. Desenhos nas mãos e nos pés dos homens e macacos. Moscou, 1996. JOÃO, A.; FERNANDES FILHO, J. Identificação do perfil genético, somatotípico e psicológico das atletas brasileiras de ginástica olímpica feminina de alta qualificação esportiva. Fitness & Performance. Vol. 1 (2): p. 12-20. 2002. MEDINA M. & FERNANDES FILHO, J. Identificação do perfil genético, e somatotípico que caracterizam atletas de voleibol masculino adulto de alto rendimento no Brasil. Fitness & Performance. Vol. 1 (4): p. 12-20. 2002. SILVA, E.; FREITAS, W. Z. de; FERRÃO, M. L. D.; FERNANDES FILHO, J.; DANTAS, E. H. M. Tipo de Fibra Muscular e Flexibilidade. Fitness & Performance Journal. Rio de Janeiro, v.2., n3., 2003, p.157-166.

Referências Bibliográficas

SILVA, J.C.F.; PINHEIRO DA CUNHA, R.S.; MARTINS, M.E.A.; SILVA, R.F.; FERREIRA, A.A.M.; LINCOLN, A.T.; PINHEIRO, R.M. & FERNANDES FILHO, J. Perfil dermatoglífico e somatotipico da equipe brasileira de pentatlo militar participante do 51º Campeonato Mundial de Pentatlo Militar do CISM. In: XXVI Simpósio Internacional de Ciências do Esporte; São Paulo; Atividade Física Construindo Saúde; São Paulo: CITTA Gráfica, 2003, p222-222.

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