desigualdades sociais no brasil análise histórico-sociológica

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Desigualdades Sociais no Brasil Análise Histórico-Sociológica. Prof. Paulo Henrique de Souza Martins Colégio Luciano Feijão. Constituição da sociedade brasileira. No período Colonial, a sociedade brasileira se construiu pela “diferenciação” de forças entre os grupos básicos que a compunham. - PowerPoint PPT Presentation

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DESIGUALDADES SOCIAIS NO BRASIL

ANÁLISE HISTÓRICO-SOCIOLÓGICA

Prof. Paulo Henrique de Souza MartinsColégio Luciano Feijão

Constituição da sociedade brasileira

No período Colonial, a sociedade brasileira se construiu pela “diferenciação” de forças entre os grupos básicos que a compunham.

• Os europeus: se tornaram o grupo político e econômico dominante;

• Nativos e Africanos: foram aos poucos subjugados, tornando-se o grupo social com menor participação na distribuição da riqueza produzida

A escravidão, tanto indígena quando negra, deu forma à sociedade brasileira.

Foi historicamente fundamentada na divisão entre livres e não livres, que as possibilidades de enriquecimento (economia) e exercício de cidadania (política) se organizou no Brasil. Daí porque possa se dizer que durante três séculos a escravidão criou as desigualdades sociais no Brasil.

Constituição da sociedade brasileira

Constituição da sociedade brasileira: pós-abolição (séc. XX)

São características desse momento da formação nacional:• Movimento imigrantista – chegada maciça de imigrantes, vindos

de várias partes do mundo• Industrialização – iniciou-se timidamente no começo do século XX

vindo a se firmar somente depois da primeira guerra mundial• Urbanização – crescimento das cidades através do êxodo rural na

busca de trabalho e melhoramento de vida

Esse novo cenário também criou elementos de diferenciação social

INDUSTRIALIZAÇÃOIndústria paulista do começo do séc. XX

O processo de industrialização no Brasil, criou novas formas de desigualdades sociais entre aqueles que detinham as máquinas, a riqueza e poder e aqueles que somente possuíam a força de trabalho.

INDUSTRIALIZAÇÃOLinha de montagem da Ford. 1920

INDUSTRIALIZAÇÃOEm 25 de janeiro de 1925 foi inaugurada a General Motors do Brasil. Na foto demonstração de potência e segurança de seus caminhões.

INDUSTRIALIZAÇÃOIndústrias Cisper, década de 1920. Setor de manutenção das máquinas importadas dos Estados Unidos  

IMIGRAÇÃODesembarque de imigrantes no Porto de Santos. (1907) 

Os imigrantes não eram somente “força bruta de trabalho”. Eles também trouxeram expectativas, sonhos, costumes, culturas e práticas sociais.

IMIGRAÇÃO  A imigração

acirrou ainda mais as lutas por postos de trabalho. Não é à toa que a grande quantidade de trabalhadores disponíveis tenha fundamentado a oferta de baixos salários, condições precárias de trabalho, etc

IMIGRAÇÃO  Os trabalhos

portuários, por exemplo, tradicionalmente exercidos por libertos, foi objeto de intensas lutas entre os chamados “nacionais” e os imigrantes.

IMIGRAÇÃOFamília de imigrantes ucranianos 

IMIGRAÇÃO Imigrantes a bordo, observando a cidade, momentos antes de desembarcar em Santos, SP, s/dAcervo Museu da Imigração - SP

IMIGRAÇÃO Família de imigrantes libaneses em 1920

IMIGRAÇÃOImigrantes alemães no Brasil 

URBANIZAÇÃO

O processo de urbanização, consolidou as novas relações sociais e de trabalho do modo capitalista. Privilegiando o poder político junto com o econômico, foi na cidade que se manifestou as maiores desigualdades sociais que observamos na nosso meio

URBANIZAÇÃO

Habitações em situação de risco

URBANIZAÇÃORádio Imperador, situada na Praça do São João, e cuja a coluna ainda lá permanece nos dias atuais

Vista parcial de Sobral, tomada do alto da Igreja do Patrocínio (1950)

As cidades se construíram historicamente através de diferentes ritmos de urbanização

Constituição da sociedade brasileira: conseqüências dessa história na nossa sociedade

À medida que a sociedade brasileira se industrializou e se urbanizou, novos atores sociais passaram a compor o teatro do cotidiano no Brasil

Trabalhadores migrantes nordestinos / nortistasOperários das mais diversas categorias profissionaisTrabalhadores campesinos sem terra ou em condições de dependênciaProfissionais liberais (advogados, médicos, engenheiros, etc.)Trabalhadores do serviço públicoSem-tetoDesempregadosSub-empregados

Em suma, toda uma nova estrutura social se constrói como classes sociais do mundo capitalista.

Desigualdade Social no Brasil: interpretações possíveis

Virada do séc XIX-XX(1862-1906) O médico Maranhense Nina Rodrigues interpretou que as desigualdades no Brasil eram fruto do processo de mestiçagem, historicamente formadora da nossa sociedade.

Raimundo Nina Rodrigues, autor de “As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil” (1894) e “Os africanos no Brasil” (1932)

Desigualdade Social no Brasil: interpretações possíveis

Virada do séc XIX-XX(1866-1909) Na sua análise do movimento social de Canudos, Euclides da Cunha descortinou a existência de um outro Brasil, o do interior em que a sociedade era regida pela luta de sobrevivência. As diferenças sociais mostrava “Brasis” ao invés de um “Brasil” único.

Euclides da Cunha autor de “Os sertões” (1932). Afirmava que a força do nordestino é resultado da brutalidade do ambiente

Desigualdade Social no Brasil: interpretações possíveis

Virada do séc XIX-XXJoaquim Nabuco e Manoel Bonfim são exemplos de interpretações em que a mestiçagem é visto como elemento positivo na formação social do Brasil.

Abolicionista, político, escritor, Joaquim Nabuco defendia a idéia de que as desigualdades no Brasil eram resultado de diferenciações de oportunidades, ou seja, uma questão de interesses políticos.

Virada do séc XIX-XX(1868-1932) O médico Manoel Bonfim é autor de “Lições de Pedagogia” e interpretou as diferenças sociais no Brasil como frutos do passado escravista e do preconceito existente depois da escravidão.

O sergipano Manoel Bonfim nunca escondeu a sua ascendência negra. Lutou pela educação popular, combateu o preconceito racial, numa época em que as diferenças sociais entre brancos e negros era algo presente na sociedade.

Desigualdade Social no Brasil: interpretações possíveis

Desigualdade Social no Brasil: interpretações possíveis

Séc XX(1914-1985) Jurista de carreira, Victor Nunes Leal estudou o fenômeno do coronelismo. Nele afirmava que uma das amarras para o desenvolvimento social do Brasil era a questão política. Sem uma legislação que protegesse os trabalhadores rurais, estes dependiam dos coronéis, recebendo um ordenado miserável. Em troca disso, aceitavam o "voto de cabresto", elegendo os candidatos apoiados pelo patrão.

O coronelismo representa uma “fraqueza do dono de terras que se ilude com o prestigio do poder, obtido à custa de submissão política; fraqueza desamparada e desiludida dos seres quase sub-humanos que arrastam a existência no trato das suas propriedades”

Desigualdade Social no Brasil: interpretações possíveis

Séc XX(1920-1995) Florestan Fernandes, o maior dos sociólogos brasileiros, desmontou a tese da chamada “democracia racial brasileira”, demonstrando que os ex-escravos foram excluídos das possibilidades de crescimento na sociedade de classes, o que os levou à marginalização no sistema. Teve como discípulos, dentre outros, os sociólogos Octávio Ianni e Fernando Henrique Cardoso (o “príncipe da sociologia brasileira)

A transição do regime escravocrata para o regime de classes e a assimilação do negro à sociedade de classes aparecem como processos morosos e extremamente difíceis pelo relato de Florestan. Só que ele acredita estar presenciando ao início dessa nova fase da história: “É preciso fazer uma segunda Abolição no Brasil”

Desigualdade Social no Brasil: interpretações possíveis

Séc XX(1926-2004) A questão racial, problemas de desenvolvimento e a globalização foram temas de atenção do sociólogo Octavio Ianni. Seu mestrado, de 1956, sobre a condição do negro no Sul do Brasil, foi publicada em 1960 como "Cor e Mobilidade Social em Florianópolis. E seu doutorado, "O Negro na Sociedade de Castas" (editada em livro em 1962, como "As Metamorfoses do Escravo") foi a primeira abordagem sobre a discriminação racial no Brasil vinculada à condição social desfavorável da população negra. Ianni reforçou essa tese em "Raças e Classes Sociais do Brasil".

Ianni participou da chamada escola de sociologia paulista, que traçou um panorama novo sobre o preconceito racial no Brasil. Ao lado de Florestan Fernandes e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é considerado um dos principais sociólogos do país. Nos últimos anos, dedicou seus estudos à globalização.

Para refletirCom base na leitura de “Favelados e punks ‘invadem’ shopping” (pág. 92), produza uma reflexão escrita sobre o referido texto levando em consideração as seguintes problemáticas:• por que pessoas mal vestidas ou pedintes são impedidas de entrar nos shoppings? Afinal, elas não são cidadãs?• Os shoppings podem ser considerados novos espaços de segregação social?

A ATIVIDADE VALERÁ ATÉ 1.0 PONTO NA PROVA DA 3ª ETAPADEVE SER ENTREGUE NO DIA 03 DE JUNHO

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