desafios e perspectivas da economia brasileira · 2011-10-04 · 233,1 80,8 0 50 100 150 200 250...
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Alexandre Tombini
Presidente do Banco Central do Brasil
Setembro de 2011
Desafios e Perspectivas
da Economia Brasileira Comissão de Assuntos Econômicos
Senado Federal
2
Índice
Cenário Internacional (economias maduras)
– Consequências da crise de 2008
– Esgotamento das políticas macroeconômicas
– Riscos soberano e financeiro
Economia Brasileira
– Sólidos fundamentos econômicos e financeiros
– Economia em processo de moderação
– Avanços econômicos e sociais
3
Cenário Internacional
(economias maduras)
Tornou-se mais Complexo
4
Crise de 2008 – Reação e Resultados
• Ampla coordenação mundial (G 20) evitou:
– Crise bancária ainda mais aguda
– Depressão econômica
… mas não reestabeleceu o crescimento
sustentável nas economias maduras
… e impôs aumento do endividamento público
– Aumento da relação Dívida / PIB
• Principal legado da crise de 2008
5
Baixo Crescimento das Economias Maduras
Fonte: Bloomberg
2,6 2,2
6,6
-0,3 -0,7
5,4
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
EUA Zona do Euro Emergentes
% a
o a
no
média 2000-2007 média 2008-2010
Após a crise de 2008, as economias maduras não conseguiram retomar
um ritmo de crescimento sustentável. Até 2010, ainda não haviam
recuperado as fortes perdas observadas em decorrência da crise.
6 Fonte: Bloomberg
Taxa de Desemprego
4
5
6
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8
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%
Desemprego EUA Desemprego Zona do Euro
7 Fonte: FMI
Aumento da Dívida Pública Bruta
105,4
24,9
68,3
36,1
165,6
109,3 106,0
67,4
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Grécia Irlanda Portugal Espanha
% d
o P
IB
2007 2011* * Previsão FMI
Algumas economias da União
Européia destacam-se pelo
significativo aumento da relação
dívida / PIB
8 Fonte: FMI
Aumento da Dívida Pública Bruta
103,6
64,2 65,0
121,1
86,8 82,6
0
20
40
60
80
100
120
140
Itália França Alemanha
% d
o P
IB
2007 2011* * Previsão FMI
Mas mesmo economias de maior
porte da União Européia
observaram aumentos relevantes
da relação dívida / PIB
9 Fonte: FMI
62,3
187,7
43,9
100,0
233,1
80,8
0
50
100
150
200
250
EUA Japão Reino Unido
% d
o P
IB
2007 2011* * Previsão FMI
Dívida Pública Bruta
10 Fonte: FMI / Monitor Fiscal Setembro 2011
Endividamento continuará crescendo
* Previsão FMI
País 2011* 2016* Diferença (p.p.)
Grécia 165,6 162,8 -2,7
Irlanda 109,3 114,3 5,0
Portugal 106,0 110,5 4,5
Espanha 67,4 77,4 10,0
Itália 121,1 114,1 -7,0
França 86,8 87,7 0,9
Alemanha 82,6 75,0 -7,6
EUA 100,0 115,4 15,3
Japão 233,1 253,4 20,3
Reino Unido 80,8 80,4 -0,4
(% PIB)
11
Políticas Monetárias Expansionistas
• O baixo crescimento nas economias
maduras....
− Redução da taxa de juros a níveis jamais
observados (política convencional)
− Ampliação dos balanços dos banco centrais, via
aquisição de ativos (política não convencional)
… levou os BCs a adotarem políticas monetárias
expansionistas:
… as medidas não foram eficazes em reestabelecer
o crescimento sustentável nessas economias
12 Fonte: Bloomberg
Política Monetária (convencional)
0
1
2
3
4
5
6 ja
n 0
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7
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9
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0
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jul 1
1
%
EUA BC Europeu Japão
O FED (EUA) e o Banco
Central Europeu reduziram as
taxas de juros a níveis jamais
observados ....
13 Fonte: Bloomberg
Política Monetária (não convencional)
.... e ampliaram seus balanços, adquirindo ativos e
promovendo uma política expansionista sem precedentes
875 894
2.241 2.238 2.424 2.867
1.519 2.184
2.766 2.699 2.651
2.856
0
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2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
dez 06 dez 07 dez 08 dez 09 dez 10 set 11
US
$ b
ilhões
Fed BC Europeu
14
Políticas Fiscal e Monetária no Limite
• Política Fiscal
– Espaço reduzido para ampliar gastos fiscais
– Muitas economias terão que reduzir seus
déficits ou mesmo gerar superávits fiscais
• Política Monetária
– Esgotamento dos instrumentos convencionais
Taxas de juros reais negativas
Taxas de juros nominais proximas a zero
– Instr. não conv. tem resultados ambíguos
15
Economias maduras – Ciclo Vicioso
Elevada relação
Dívida / PIB
Risco Soberano
Perda de valor dos
títulos soberanos
Risco Financeiro
Baixa perspectiva
de crescimento
econômico
16
Aumento do Risco Soberano
• A elevada relação dívida / PIB das economias
maduras
… afetou a percepção do risco dos títulos
dessas economias pelos mercados.
• As economias mais endividadas da periferia da
Zona do Euro foram as primeiras a serem
afetadas (Grécia, Irlanda e Portugal)
… mas a falta de uma solução para essas
economias contaminaram economias de
maior porte da região (Espanha e Itália)
… bem como a França e a Alemanha
17 Fonte: Bloomberg
Aumento do Risco Soberano
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
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1
ponto
s b
ase
Grécia Portugal Irlanda
Os riscos soberanos das economias da Zona
do Euro que apresentaram o maior aumento da
relação dívida pública / PIB foram os primeiros
a reagirem negativamente ....
18 Fonte: Bloomberg
Risco Soberano
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
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1
ponto
s b
ase
Itália Espanha
.... mas a falta de solução rápida acabou
afetando outras economias de maior porte da
Zona do Euro, como Espanha e Itália ....
19 Fonte: Bloomberg
Risco Soberano
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
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1
ponto
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ase
França Alemanha
.... e impactou negativamente também o risco
das duas principais economias da região.
20
Aumento do Risco dos Bancos
• O aumento do risco soberano ...
… impactou a percepção do risco dos bancos,
que têm títulos soberanos em seus
balanços.
• Como consequência, os bancos estão
observando:
− Aumento do custo de captação,
principalmente no mercado interbancário
− Perda de valor das suas ações nas bolsas
de valores
21 Fonte: Bloomberg
Risco de Bancos
0
50
100
150
200
250
300
350
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450
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po
nto
s b
ase
Itália França Espanha
O risco das instituições financeiras da Zona do
Euro também se deteriorou, tendo em vista que
muitas delas carregam, em seus balanços, títulos
das economias com alto risco de crédito
22 Fonte: Bloomberg
Risco de Bancos
0
50
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150
200
250
300
350
400
450
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ase
EUA Alemanha Reino Unido
23
Custo de Captação dos Bancos
Fonte: Bloomberg
0
10
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30
40
50
60
70
80
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100
nov 0
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ag
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1
mai 11
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ponto
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ase
US Libor OIS Spread Spread Euribor-Eonia (Zona do Euro)
24
Europa - Valor das Ações de Bancos
Fonte: Bloomberg
0
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100
150
200
250 m
ar
09
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10
set 10
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11
set 11
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09 =
100
Ações - Euro Stoxx (esq.)
Ações - Euro Stoxx (esq.)
25
EUA – Valor das Ações de Bancos
Fonte: Bloomberg
0
50
100
150
200
250
300
mar
09
set 0
9
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10
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mar
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1
mar
09 =
100
S&P 500 S&P500 Setor Financeiro
26
Economia Global Desacelerando
• Riscos soberano e financeiro estão afetando a
confiança dos:
− empresários, em produzir e investir
− consumidores, em consumir
• A queda dos preços das ações e de outros ativos
contribui para reduzir a confiança dos agentes
econômicos (efeito riqueza)
• As expectativas de crescimento da economia
global se deterioraram rapidamente
• Já se fala em contração na Europa (4ºT/11) e
Estados Unidos (1º T /12)
27 PMI – Purchase Manager Index
Fonte: Bloomberg
EUA - Atividade Econômica (PMI)
45
50
55
60
65
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r 1
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1
EUA não industrial EUA industrial
Percepção
positiva
Percepção
negativa
28
Europa - Atividade Econômica (PMI)
PMI – Purchase Managers Index
Fonte: Bloomberg
45
50
55
60
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no
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1
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1
set 1
1
Reino Unido Alemanha França Zona do Euro
Percepção
positiva
Percepção
negativa
29 29
Nível de Atividade (PMI)
Fonte: Bloomberg
Economias Maduras e China
25
30
35
40
45
50
55
60
65 m
ar
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ase
Reino Unido Zona do Euro EUA Japão China
30
Mundo - Atividade Econômica (PMI)
40
45
50
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60 ja
n 10
ma
r 1
0
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0
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0
nov 10
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mar
11
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1
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1
Percepção
Percepção
negativa
PMI – Purchase Managers Index
Fonte: Bloomberg
31 Fonte: Bloomberg
EUA - Confiança do Empresário
-50
-30
-10
10
30
50
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7
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jul 0
8
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9
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0
jan 11
jul 1
1
Percepção
positiva
Percepção
negativa
Indicador do Fed de Filadélfia
32 Fonte: Bloomberg
EUA - Confiança do Consumidor
40
50
60
70
80
90
100
jan 07
jul 0
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jul 0
8
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0
jan 11
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1
Percepção
positiva
Percepção
negativa
Indicador da Universidade de Michigan
33 Fonte: Bloomberg
Bolsas Mundiais – Destruição de Riqueza
US$ 60 tri US$ 56 tri
US$ 47 tri
0
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20
30
40
50
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dez 07 set 08 jan 09 dez 09 dez 10 mai 11 ago 11 set 11
US
D t
rilh
ões
* 20 de setembro
*
A desvalorização das ações das empresas listadas em bolsas nos
últimos 4 meses representou uma destruição de riqueza mundial de
quase US$ 10 trilhões. Essa perda de riqueza tem um efeito negativo
e perverso sobre o comportamento dos agentes econômicos.
34 Fonte: Bloomberg Consensus
EUA – Expectativa de Crescimento
fev 11 abr 11 ago 11 set 11
3,2 2,9 2,5 1,6
Deterioração do crescimento médio real dos EUA para 2011
1,5
1,7
1,9
2,1
2,3
2,5
2,7
2,9
3,1
3,3
3,5
Mar 10 Jun 10 Set 10 Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11
% ,
2011
2012
35 Fonte: WEO/IMF – Setembro 2011
Revisão do Crescimento Mundial
2011 2012 2011 2012
Produto 4,0 4,0 -0,30 -0,50
Economias Maduras 1,6 1,9 -0,60 -0,70
Estados Unidos 1,5 1,8 -1,00 -0,90
Zona do Euro 1,6 1,1 -0,40 -0,60
Japão -0,5 2,3 0,20 -0,60
Reino Unido 1,1 1,6 -0,40 -0,70
Economias Emergentes 6,4 6,1 -0,20 -0,30
Brasil 3,8 3,6 -0,30 0,0
Índia 7,8 7,5 -0,40 -0,30
China 9,5 9,0 -0,10 -0,50
Diferença em relação ao último WEO
(June 2011)
O cenário internacional complexo tem afetado negativamente a
confiança dos agentes econômicos, o que tem se refletido nas
previsões de crescimento, principalmente nas últimas semanas.
36
Economia
Brasileira
37
Fortalecimento dos Fundamentos
• Diante de um cenário internacional complexo
já no início de 2011 ....
… o Banco Central e o Governo adotaram uma
série de medidas para proteger:
− Sistema Financeiro Nacional (SFN)
− Economia Brasileira
… e da velocidade e da intensidade de ingresso de
recursos estrangeiros
• A economia brasileira e o SFN estão bem
preparados para enfrentar a recente
deterioração do cenário internacional
38 Fonte: BCB
Regime de Câmbio Flutuante
26/set
1,8445
1,50
1,65
1,80
1,95
2,10
2,25
2,40
2,55
2,70
2,85 ja
n 0
5
jul 0
5
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jul 11
R$ / U
S$
O regime de câmbio flutuante é a primeira linha de defesa contra
choques externos.
39 Fonte: BCB
Redução da Exposição Cambial dos Bancos
(*) Posição em 19/set
7,3
1,0
-0,5
3,4
-9,0
-16,8 -14,7
-6,3
3,1
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
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US
$ b
ilhões
*
O Banco Central impôs compulsório sobre a exposição cambial
líquida, induzindo as instituições financeiras a reduzirem essa
exposição gradualmente ao longo do primeiro semestre de 2011.
40 Fonte: BCB
Ampliação do Colchão de Líquidez
R$ 432 bi
R$ 246 bi
150
200
250
300
350
400
450
mar 08 set 08 mar 09 set 09 mar 10 set 10 mar 11 set 11
R$ b
ilhões
Regra vigente Regra anterior à crise
*
(*) Até19/set
O compulsório foi ampliado em mais de R$ 186 bilhões em relação
ao nível pré-crise de 2008, constituindo-se assim um importante
colchão de liquidez para momentos adversos.
41 Fonte: BCB
Moderação do Crescimento do Crédito
taxa de crescimento semestral
0
2
4
6
8
10
12
jul 09
ou
t 09
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0
abr
10
jul 10
ou
t 10
jan 1
1
abr
11
jul 11
% ao s
em
estr
e
Pessoa Jurídica Pessoa Física
As medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central e pelo
Governo contribuíram para a moderação do crescimento do crédito,
convergindo para um ritmo sólido e sustentável.
42 Fonte: BCB
Inadimplência / Crédito Total %
6,5
5,6
4,0
4,5
3,5
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0 ja
n 0
1
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2
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0
3
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0
4
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jan
0
6
jan
0
7
jan
0
8
jan
0
9
jan
1
0
jan
11
dados até jul 11
A inadimplência está bem abaixo de todos os picos anteriores, apesar
da elevação recente.
43 Fonte: BCB
Crédito / PIB
25,8 26,0 24,6
25,7 28,3
30,9
35,2
40,5
44,4 46,4 47,3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11*
% d
o P
IB
*jul 11
2009-2011: 17,4% (crescimento médio do
saldo nominal ) 2005-2008: 25,2%
(crescimento médio do
saldo nominal)
44 Fonte: BCB
Sistema Financeiro Nacional Sólido
Índice de alavancagem: 9,7
13,8 14,8
16,6
19,0 18,5 17,4 17,8 17,3 17,7
18,8
16,9 16,4
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 jul/11
%
Índice de capital do bancos brasileiros Índice de capital mínimo regulatório (11%)
Índice de capital mínimo de Basileia (8%)
O Sistema Financeiro Nacional está bem capitalizado, com nível
adequado de provisão e baixo índice de alavancagem.
45 Fonte: BCB
Reservas Internacionais Robustas
US$ 205 bi
US$ 352 bi
0
50
100
150
200
250
300
350
400
dez 0
6
dez 0
7
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o 0
8
dez 0
8
dez 0
9
dez 1
0
set 11
US
$ b
ilhões
*
(*) Em 21/set
46 Ajuste em posições cambiais dos bancos em agosto: US$ 7,1 bilhões
Fonte: BCB
Fluxos do Balanço de Pagamentos
*Até 19/set
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
1Q10 2Q10 3Q10 4Q10 1Q11 2Q11 3Q11*
US
$ b
ilhões
Fluxo Financeiro Líquido Fluxo Comercial Líquido Total
médias mensais
As medidas adotadas pelo Governo moderaram o fluxo financeiro de
capitais para o Brasil. O que temos observado nos últimos meses é
que o aumento do fluxo comercial ...
47 Fonte: BCB
Maior Participação do Investimento Direto
*Até set/2011
37,4
62,9
62,6
37,1
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2010 2011*
% d
o tota
l
Investimento Direto Demais (títulos de renda fixa, ações, empréstimos, etc.)
... contribuiu também para mudar a composição dos ingresso de
capitais, passando a prevalecer o ingresso de investimento direto, em
lugar de outros tipos de capitais.
48 Fonte: BCB
Ingresso de Capitais de Prazos mais Longos
25
-16
21
33
-20
-10
0
10
20
30
40
jul 10 - mar 11 abr 11 - set 11*
US
$ b
ilhões
Curto Prazo Longo Prazo
(*) Até19/set
As medidas também contribuíram para melhorar a maturidade dos
capitais que ingressaram. Observou-se uma redução do fluxo de
capitais de curto prazo e, ao mesmo tempo, um aumento do fluxo de
longo prazo.
49 Fonte: BCB
Dívida Externa Líquida
*ago 11
64
79 87 88 92
103 106
96 97
105 108
100 99
88 92
101
131
182
190 190
163 165
151
136
101
75
-12
-28
-62
-51
-70
-100
-50
0
50
100
150
200
250
19
81
19
83
19
85
19
87
19
89
19
91
19
93
19
95
19
97
19
99
20
01
20
03
20
05
20
07
20
09
2011*
US
$ b
ilhões
A política macroeconômica adotada pelo Brasil, combinada com
medidas macroprudenciais que visam proteger a economia e o
sistema financeiro, tem contribuído para a redução da vulnerabilidade
da nossa economia.
50 Fonte: BCB
Indicadores de Endividamento Externo
120,6%
63,4%
42,4%
21,5% 19,0% 13,1%
0
20
40
60
80
100
120
140
dívida de curto prazo/reservas
serviço da dívida / exp. de bens e serviços
dívida total / PIB
dez 03 ago 11*
%
*estimado
51
Moderação do
Crescimento
52 Fonte: FGV
Utilização da Capacidade Industrial
76
78
80
82
84
86
88
jan
0
7
jul 0
7
jan 08
jul 0
8
jan 09
jul 0
9
jan 10
jul 1
0
jan 11
jul 1
1
média
histórica
ago 11
83,6
%
dados dessazonalizados
A utilização da capacidade instalada da indústria nacional continua
em patamar elevado, acima da média histórica, mas já apresenta
uma tendência de moderação.
53 Fonte: FGV
Confiança do Empresário
dados dessazonalizados
ago 11 102,7
65
75
85
95
105
115
125
jan 07
jul 0
7
jan 08
jul 0
8
jan 09
jul 0
9
jan 10
jul 1
0
jan 11
jul 1
1
se
t 05 =
100
média
A confiança do empresário também tem mostrado um ritmo de
moderação, parte explicada pela própria moderação da demanda
doméstica, parte pelo contexto internacional mais complexo.
54 Fonte: FGV
Confiança do Consumidor
dados dessazonalizados
A confiança do consumidor, por sua vez, continua em patamar
elevado, mas com tendência recente de baixa.
set 11 114,7
90
95
100
105
110
115
120
125
se
t 0
7
ma
r 0
8
se
t 0
8
ma
r 0
9
se
t 0
9
ma
r 1
0
se
t 1
0
ma
r 1
1
set 1
1
se
t 0
5 =
10
0 média
histórica
55
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
jan 07 jul 07 jan 08 jul 08 jan 09 jul 09 jan 10 jul 10 jan 11 jul 11
milh
ões d
e e
mpre
gos
Fonte: MTE
Criação de Emprego Formal
acumulado em 12 meses
Apesar da taxa desemprego ainda baixa, o ritmo de criação de
empregos formais vêm apresentando moderação nos últimos meses.
56 Fonte: BCB
Variação do IBC-Br
acumulado em 12 meses
7,8
4,4
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9 ja
n 10
fev 10
mar
10
abr
10
mai 1
0
jun 10
jul 1
0
ag
o
10
set 1
0
out 1
0
nov 10
dez 10
jan 11
fev 11
mar
11
abr
11
mai 1
1
jun 11
jul 1
1
%
57 Fonte: IBGE / BCB
Moderação do Crescimento do PIB
T/T-4
6,5 7,1
0,8
-3,0 -2,8
-1,8
5,0
9,3 9,2
6,7
5,0
4,2
3,1
-4
-2
0
2
4
6
8
10
2T
08
3T
08
4T
08
1T
09
2T
09
3T
09
4T
09
1T
10
2T
10
3T
10
4T
10
1T
11
2T
11
%
58 Fonte: IBGE / BCB
Moderação do Crescimento do PIB
acumulado em quatro trimestres
2,2
5,3
7,5 7,5
6,2
4,7
3,5
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1T
10
2T
10
3T
10
4T
10
1T
11
2T
11
3T
11
4T
11*
% P
IB
* Previsão Focus de 16 de setembro
59
Inflação
Convergência para o
Centro da Meta em 2012
60
Ação da Política Monetária (1ª Fase)
• Os índices de preços ao consumidor no 1º semestre de
2011 foram, entre outros fatores, influenciados por:
− Forte elevação dos preços das commodities internacionais em 2010
− Fatores climáticos e elevação de preços administrados atípicos
• O Comitê de Política Monetária aumentou a taxa de juros
em 175 pb até Julho/11 visando:
− Moderar o crescimento da demanda
− Conter a propagação do aumento dos preços para outros setores
• Os efeitos desse processo de elevação da taxa de juros
ainda não foram plenamente absorvidos pela economia
…mas são claros os sinais de moderação da demanda e ...
… de recuo da inflação corrente (compatíveis com a meta).
61 61
Índice Brasileiro de Commodities
Fonte: BCB
IC-Br: Índice de preços de commodities em R$
60
80
100
120
140
160
180
200
220
mar
05
ag
o 0
5
jan 0
6
jun 0
6
nov 0
6
abr
07
se
t 0
7
fev 0
8
jul 08
dez 0
8
mai 09
out 09
mar
10
ag
o 1
0
jan 1
1
IC-Br IC-Br agropecuária
dez 0
5 =
100
mar 11/jun 10:
60,5%
mar 11/jun 10:
42,3%
62 62 Fontes: ANP/CEPEA
Preços dos Combustíveis
2,45
2,50
2,55
2,60
2,65
2,70
2,75
2,80
2,85
2,90
0,50
0,70
0,90
1,10
1,30
1,50
1,70
1,90
2,10
2,30
2,50
jan 0
9
abr
09
jul 09
ou
t 0
9
jan 1
0
abr
10
jul 10
out 10
jan
11
abr
11
Pre
ço
ga
so
lina
(R$
/l) P
reço e
tanol (R
$/l)
Etanol anidro (esq.) Etanol hidratado (esq.) Gasolina no varejo (dir.)
63
Ação da Política Monetária (1ª Fase)
• Os índices mensais de inflação já estão em patamar
compatível com o centro da meta ...
… em contraposição às elevadas variações mensais
observadas nos primeiros meses de 2011.
• A inflação em 12 meses começa a retroceder a partir do 4o
trimestre de 2011.
− O pico da inflação acumulada será observado neste 3º trimestre de
2011.
64
Ação da Política Monetária (2ª Fase)
• Contudo, o Comitê de Política Monetária (Copom)
entendeu que ...
… as ações de política monetária adotadas até julho/11, cujos
efeitos ainda não foram plenamente sentidos e ...
… a substancial deterioração do ambiente econômico
internacional impõe um viés desinflacionário no horizonte
relevante.
• Some-se a isso:
… a revisão (positiva) do cenário fiscal.
• Por isso, na última reunião (31.08.2011), o Copom decidiu
reduzir a taxa de juros em 0,50 pp.
65 65
Inflação – Trajetória de Queda
Fontes: BCB / IBGE
* IPCA-15
0,75 0,78
0,52
0,57
0,43
0,00 0,01 0,04
0,45
0,75
0,83
0,63
0,83 0,80 0,79
0,77
0,47
0,15 0,16
0,37
0,53
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0 ja
n 1
0
fev 1
0
mar
10
abr
10
mai 10
jun 1
0
jul 10
ag
o 1
0
set 10
out 10
nov 1
0
dez 1
0
jan 1
1
fev 1
1
mar
11
abr
11
mai 11
jun 1
1
jul 11
ag
o 1
1
set 11
%
Média Mensal = 0,77% (set 10 a Abr 11)
Média Mensal = 0,34% (Mai 11 a Set 11)
66 Fonte: BCB
Regime de Metas de Inflação
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18 dez 9
9
dez 0
0
dez 0
1
dez 0
2
dez 0
3
dez 0
4
dez 0
5
dez 0
6
de
z 0
7
dez 0
8
dez 0
9
dez 1
0
dez 1
1
dez 1
2
% e
m 1
2 m
ese
s
Expectativa de Mercado
67
Política Econômica
Resultados para a
Sociedade
68 68 68
• O Brasil vem adotando uma política macroeconômica
consistente, baseada em três pilares:
Arcabouço de Política Econômica
− Controle da inflação
− Responsabilidade fiscal
− Câmbio flutuante
• A moderna regulação do Sistema Financeiro Nacional
tem sido essencial para a estabilidade financeira.
• Esse arcabouço tem sido bem sucedido, permitindo:
− Aumento da renda per capita
− Redução da desigualdade
69 Fontes: BCB / IBGE
PIB per Capita
10.000
11.000
12.000
13.000
14.000
15.000
16.000
17.000
18.000
19.000
20.000
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
2001
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
2011*
R$
(201
0)
R$ 19.600
*Projeções do Banco Central do Brasil (Relatório de Inflação – jun 11)
70 Fonte: IBGE
Índice de Gini – Desigualdade de Renda
0,630
0,600
0,518
0,565
0,573
0,509 0,50
0,52
0,54
0,56
0,58
0,60
0,62
0,64
19
81
19
83
19
84
19
85
19
86
19
87
19
88
19
89
19
90
19
92
19
93
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
índic
e (
de 0
a 1
)
rendimento do trabalho (pessoas) todos os rendimentos (domicílios)
71
Considerações
Finais
72
Considerações Finais
• Economia global está observando uma forte
deterioração
• Baixo crescimento nas economias maduras
por um período prolongado aumenta as
pressões desinflacionárias
• Os riscos demandam ações rápidas das
economias maduras para estabilizar os
mercados
• Esgotamento dos instrumentos de políticas
monetária e fiscal no G7
73
Considerações Finais
• O crescimento da economia brasileira está
moderando, como consequência das políticas
domésticas e do cenário internacional
• A inflação está sob controle e irá convergir
para o centro da meta em 2012
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