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Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital
Orçamento de Capital
Tópico 08
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.1
Objetivos da disciplina – 30h
• Objetivo• Decidir o mix ótimo entre Capital de Terceiros e Próprio, para
propiciar a melhor Estrutura e menor Custo de Capital e financiar Investimentos que propiciem maior retorno para a empresa.
• Objetivo de aprendizagem• Depois de ler e discutir este tópico você será capaz entender:
1. Como se determinam os Fluxos de Caixa de um investimento;
2. Como se analisa um Investimento;
3. Como se determina a taxa de desconto para análise do Orçamento de Capital (Investimento); e
4. Qual a melhor relação entre a Dívida (Capital de Terceiros) e o Capital Próprio capaz de maximizar a riqueza dos sócios ou acionistas.
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.2
Objetivos do Tópico 08 – 7,5h
• Objetivo• Determinar os Fluxos de Caixa (FC) relevantes e
incrementais no Orçamento de Capital (OC)
• Objetivos de aprendizagem• Depois de ler e discutir este tópico você será capaz
entender:1. O que são e como se determinam os FC’s inicial, operacionais e
residual de um investimento;
2. Porque se utilizam os FC’s e não o Lucro em análise de investimentos;
3. Qual a importância da depreciação na determinação dos FC’s; e
4. Porque se desconta o IR dos fluxos operacionais.
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.3
Processo de decisão em orçamento de capital
• O processo de decisão
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.4
Geração de
Propostas
Avaliação
e Análise
Tomada de
DecisãoImplementação Acompanhamento
SimNão
Processo de decisão em orçamento de capital
• Projetos independentes
• São projetos cujos fluxos de caixa não estão relacionados ou são independentes entre si; a aceitação de um deles não inclui a consideração posterior dos demais projetos
• Projetos mutuamente excludentes
• São projetos que possuem a mesma função e, conseqüentemente, competem entre si
• A aceitação de um projeto desse tipo elimina a consideração posterior de todos os outros projetos do grupo
• Fundos ilimitados
É a situação financeira na qual a empresa é capaz de aceitar todos os projetos independentes que propiciam um retorno aceitável
• Racionamento de capital
É a situação financeira na qual a empresa tem somente um valor monetário fixo para alocar entre alternativas de investimento que competem entre si
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.5
Processo de decisão em orçamento de capital
• Abordagem aceitar-rejeitarÉ a forma de avaliar propostas de dispêndio de capital em confronto com o critério mínimo de aceitação estabelecido pela empresa
• Abordagem de classificaçãoÉ a classificação dos projetos de dispêndio de capital com base em algum indicador predeterminado, como a taxa de retorno, o valor presente ou o período de recuperação do capital investido
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Processo de decisão em orçamento de capital
• Fluxo de caixa• Instrumento que relaciona o conjunto de ingressos e
desembolsos de recursos financeiros pela empresa em determinado período
• Principais aplicações:• Demonstração financeira• Administração de caixa e tesouraria• Orçamento de capitais
• Nosso enfoque
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.7
Fluxo de caixa
• Padrões / séries
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.8
$ 2.000 $ 2.000 $ 2.000 $ 2.000 $ 2.000 $ 2.000
$ 6.000
1 2 3 4 5 6Tempo (anos)
Entradas de caixa
Fluxos de Caixa
Padrão convencional / Série uniforme
Saídas de caixa
Fluxo de caixa
• Padrões / séries
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.9
$ 2.000 $ 3.000 $ 4.000 $ 3.000 $ 2.000 $ 6.000
$ 6.000
1 2 3 4 5 6Tempo (anos)
Entradas de caixa
Fluxos de Caixa
Padrão não convencional / Série mista
Saídas de caixa
$ 4.000
Principais componentes do fluxo de caixa
• Investimento inicial• É a saída da caixa relevante no instante zero, associada a
um projeto proposto.
• Entradas de caixa operacionais• Entradas de caixa incrementais, após os impostos,
originários do projeto ao longo de sua vida
• Fluxo de caixa residual• É o fluxo de caixa não-operacional, após o imposto de
renda, que ocorre no final do projeto, em geral decorrente da liquidação do projeto
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Investimento inicial
• Custo do novo ativo• É a saída líquida de caixa exigida pela aquisição de um novo
ativo
• Custo de instalação• Quaisquer custos adicionais necessário para se colocar um
novo ativo em funcionamento
• Custo do novo ativo instalado• É o custo do ativo mais os custos de instalação; equivalente
ao seu valor depreciável
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Investimento inicial
• É a saída de caixa relevante ocorrida no instante zero para a implementação do investimento proposto.
• Exemplo de cálculo:
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[+] Custo do Ativo Novo instalado
(+) Custo do ativo novo 380.000
(+) Custo de instalação 20.000
(=) Custo total do Ativo Novo instalado 400.000
[–] Resultado após o IR obtido com a venda do Ativo Velho
(+) Receita com a venda do ativo velho 280.0000
(–) Imposto de Renda (84.160)
(=) Resultado após o IR obtido com a venda do Ativo Velho 195.840
(+) Variação do Capital Circulante Líquido 17.000
[=] Investimento Inicial 221.160
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Entradas de caixa operacional
• Depreciação• Não faz parte das entradas operacionais porque não
representa desembolso de dinheiro• É utilizada apenas para se apurar o IR, por isso deve-se
somá-la ao lucro líquido
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Entradas de caixa operacional
• São as entradas de dinheiro obtidas dos benefícios gerados pelo investimento.
• Exemplo de cálculo para o ano 1:
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
CÁLCULO DAS ENTRADAS OPERACIONAIS ATIVO NOVO ATIVO ATUAL
(+) Receitas geradas pelo Ativo Novo 2.520.000 2.200.000
(–) Desp. geradas pelo Ativo Novo (s/ Depreciação) (2.300.000) (1.990.000)
(=) Lucro c/ Ativo Novo antes do IR e Depreciação 220.000 210.000
(–) Depreciação (80.000) (28.800)
(=) Lucro antes do IR 140.000 181.200
(–) Imposto de Renda (40%) (56.000) (72.480)
(=) Lucro Líquido 84.000 108.720
(+) Depreciação 80.000 28.800
(=) Entrada de Caixa Operacional 164.000 137.520
(=) Entrada de Caixa Operacional Incremental 164.000 – 137.520 = 26.480
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Fluxo de caixa residual
• É o fluxo de caixa resultante da liquidação de um investimento ao final de sua vida útil.
• Exemplo de cálculo:
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[+] Receita com a venda do Ativo Novo após o IR
(+) Recebimento pela venda do ativo novo 60.000
(–) Imposto de Renda sobre a venda (12.000)
(=) Receita com a venda do Ativo Novo após o IR 48.000
[–] Receita com a venda do Ativo Velho após o IR
(+) Recebimento pela venda do ativo velho 13.500
(–) Imposto de Renda sobre a venda (3.500)
(=) Receita com a venda do Ativo Velho após o IR 10.000
(+) Variação do Capital Circulante Líquido 17.000
[=] Fluxo de Caixa Residual 55.000
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Síntese dos fluxos de caixa relevantes
• Representação gráfica em uma linha de tempo
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$24.480 $57.680 $55.600 $61.200 $73.200
$221.160
1 2 3 4 5
Tempo (anos)
$55.000
Investimento Inicial
Entradas de Caixa Operacionais
Fluxo de Caixa Residual
$128.200
Fluxo de Caixa Total
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rf
TIRR
kR
km
kL
TIRL
R
LSML
Rejeita-se
Aceita-se
(TIRj > kj ; VPL > $0)
(TIRj < kj ; VPL < $0)
kj = rf + β (km –rf)
βR βmercado = 1 βL
CAPM e SML
CAPM e a SML em situações de tomadas de decisões
em orçamento de capital para o projeto j
CAPM e SML
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Referências
• ASSAF NETO, Alexandre e LIMA, Fabiano G. Curso de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2009.
• CAVALCANTE, Francisco; MISUMI, Jorge Y. Mercado de Capitais. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2011.
• COPELAND, Tom; JOLLER, Tim; MURRIN, Jack. Avaliação de empresas –Valuation: Calculando e gerenciando o valor das empresas. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2002.
• DAMODARAN, Aswath. Avaliação de Investimentos: Ferramentas e técnicas para determinação do valor de qualquer ativo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.
• GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2011.
• KASSAI, José R. Retorno de Investimento. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
• MACHADO, Daniel J. Matemática Financeira. 7. ed. São Paulo: SEDUCON, 2011.
• OLIVEIRA, Gilson; PACHECO, Marcelo. Mercado Financeiro. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011.
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