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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Jornada de trabalho. Banco de horas.

Períodos de descanso. Contrato de trabalho a tempo parcial.

Teletrabalho. Trabalho à distância.

Apresentação de

Gabriel Lopes Coutinho FilhoDisponível em www.lopescoutinho.com

Primavera – 21 e 22/outubro/2011

JORNADA DE TRABALHO.

Lapso temporal à disposição do empregador em razão do contrato.

Principal obrigação do empregado: estar à disposição. É medida da principal obrigação do contrato.

2

JORNADA DE TRABALHO E SALÁRIO É a principal regra jurídica relativa ao contrato de trabalho.

-Tempo à disposição do trabalho é prestação.-Salário é contraprestação.

É indicação constitucional.

3

CRBF/1988Art.7ºIV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

4

CRBF/1988Art.7ºXIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

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JORNADA DE TRABALHO E SAÚDE

CF/88 Art. 7º XXIILimitação é questão de higiene e segurança do Trabalho.

Risco epidemiológico. -Atividades que originam sistematicamente patologias. -Constatação do INSS -Pode ser provocada pelo Judiciário e MP

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JORNADA DE TRABALHO E SAÚDECF/88 Art. 7º XXIILei de Benefícios da Previdência Art. 21-A.  A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento.

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DURAÇÃO DA JORNADA E HORÁRIO.

Lapso de tempo geral do empregado à disposição do empregador no contrato:-dia, semana, mês ou ano.

Geralmente se refere mais ao período do contrato.Ex.: Contrato com duração de 1 ano.

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JORNADA DE TRABALHO

Tempo diário específico do empregado à disposição do empregador.

Mede-se por horas diárias.Ex.: 4 horas diárias; 8 horas diárias.

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HORÁRIO DE TRABALHO

Determinação do tempo de início e fim da jornada.

CLT art. 74. Ex.: Entrada: 07h00 Término: 17h00

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CLT art. 74.Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.§ 1º - O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de acordos ou contratos coletivos porventura celebrados. 11

TIPOS DE JORNADA DE TRABALHO

-Jornada controlada: art. 74 §2º, CLT-Jornada não controlada: art. 62, I e II, CLT-Jornadas não tipificadas: doméstico

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JORNADA DE TRABALHO CONTROLADAArt. 74 §2º, CLT§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. 

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JORNADA DE TRABALHO NÃO CONTROLADAPrevista no art. 62, I e II, CLT

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CLTArt. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:        I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;      

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CLTArt. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:...        II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.

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JORNADAS NÃO TIPIFICADAS

Empregado doméstico.

Tem jornada mas não é definida em lei.

QUESTÃO DE DEBATE: Limitação constitucional aplicada ou não ao doméstico.

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CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DE JORNADA

1.Tempo efetivamente trabalhado2.Tempo à disposição do empregador Critérios especiais.3.Tempo de deslocamento Ida e volta ao trabalho4.Tempo de deslocamento “in itinere”

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1.TEMPO EFETIVAMENTE TRABALHADOTempo mensurável diretamente pelo trabalho realizado.

Deve haver trabalho a ser executado pelo empregado.

A ausência de trabalho a ser executado sem culpa do empregado não retira do empregador a obrigação pelo salário.

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2.TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADORTempo de disponibilidade do empregado ao empregador.Pode não haver trabalho mas haverá pagamento pelo tempo à disposição.Há critérios especiais para a modalidade.Ex.: -Sobre-aviso -Prontidão. (temas examinados mais adiante)

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3.TEMPO DE DESLOCAMENTO IDA E VOLTA AO TRABALHO

Regra: Não é contado na jornada de trabalho. Exceção: Jornada “in itinere”

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CLT, Art.58 § 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. 

22

4.TEMPO DE DESLOCAMENTO HORA “IN ITINERE” -Teoria da “boca da mina”

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SUM-90 HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho.a-Condução fornecida pelo empregador eb-Local de difícil acesso (subjetivo) ouc-Transporte público irregular (objetivo).

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II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere".

Boa-fé objetiva do empregador.

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III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere".

QUESTÃO PARA DEBATE:-Coerência entre inciso I e II.-Dificuldade e distribuição do ônus da prova.

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IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.

OBSERVAÇÃO:-Demanda prova geralmente testemunhal para o trecho sem transporte público.-Pode-se requerer constatação judicial.

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V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.

OBSERVAÇÃO:Só o que ultrapassa a jornada é hora extra.

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CRITÉRIOS ESPECIAIS1.Tempo de prontidão – art. 244, § 3º, CLT2.Tempo de sobreaviso – art. 244, § 2º, CLT3.Tempo de sobreaviso Tecnologia de comunicações– SUM-428, TST.4.Tempo residual – Súmula 366

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1.TEMPO DE PRONTIDÃOCLT,Art. 244§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal .

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Caso do EXTRANUMERÁRIO       § 1º Considera-se "extranumerário" o empregado não efetivo, candidato a efetivação, que se apresentar normalmente ao serviço, embora só trabalhe quando for necessário. O extranumerário só receberá os dias de trabalho efetivo.

QUESTÃO PARA DEBATE:CHAPAS E DOCAS SECAS. 

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2.TEMPO DE SOBRE-AVISOCLT,Art. 244§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.

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3. TEMPO DE SOBREAVISO TECNOLOGIAS DE COMUNICÃÇÕES

SUM-428 SOBREAVISO O uso de aparelho de intercomunicação, a exemplo de BIP, “pager” ou aparelho celular, pelo empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado não permanece em sua residência aguardando, a qualquer momento, convocação para o serviço

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4. TEMPO RESIDUAL

Lapsos de tempo que não são computados na jornada de trabalho.

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SUM-366 CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal.

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NORMAS RELATIVAS À JORNADA

-Natureza: normas imperativas-Transação e flexibilidade – princípio da adequação setorial negociada (Godinho) CF/88 art. 7º VI e XIII-Redução da hora por negociação coletiva

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NORMAS RELATIVAS À JORNADA BASECRBF/1988Art.7º.XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

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COMPENSAÇÃO DE JORNADAHIPÓTESES

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CASO 1ACORDO INEXISTENTE

Devidas todas as horas extras além da 8ª diária e das 44 semanais MESMO AS DESTINADAS À COMPENSAÇÃO (parâmetros conjugados) -Geralmente em casos de horas extras habituais que extrapolam módulo semanal.Exceção: PREVISÃO EM NORMA COLETIVA

39

SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADARes. 174/2011I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

40

CASO 2ACORDO INDIVIDUAL ESCRITO-Válido

-Pode ser previsto no próprio contrato de trabalho escrito, em CTPS ou em documento próprio.-Horas extras são as excedentes a 8h48 diárias. CLT,59,§2o.-IMPORTANTE É SER EXPRESSO(escrito)

41

SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADARes. 174/2011I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

42

CASO 3ACORDO INDIVIDUAL CONTRÁRIO À CONVENÇÃO COLETIVA-Acordo inválido

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SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADARes. 174/2011...II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.

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CASO 4ACORDO TÁCITO-Mesmos efeitos do acordo inexistente-Qualquer compensação é invalida.-Repetem-se as horas extras trabalhadasPara compensação, mesmo que pagas.– art. 468, CLT

PORÉM HÁ UMA QUESTÃO IMPORTANTE

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CASO 4ACORDO TÁCITO

4.1 MAS JORNADA NÃO EXTRAPOLA MÓDULO SEMANAL

4.2 MAS JORNADA EXTRAPOLA MÓDULO SEMANAL

46

CASO 4.1ACORDO TÁCITO-MAS JORNADA NÃO EXTRAPOLA MÓDULO SEMANAL

É IRREGULARIDADE FORMAL O DESDOBRAMENTO É SUAVIZADO.-Devido somente o adicional para as horas de compensação que extrapolam a 8ª diária, pois o principal já está pago.

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CASO 4.1SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADARes. 174/2011III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

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CASO 4.2ACORDO TÁCITO-MAS JORNADA EXTRAPOLA MÓDULO SEMANAL

É IRREGULARIDADE MATERIAL TEM OS MESMOS EFEITOS DO ACORDOINEXISTENTEDevidas todas as horas extras além da 8ª diária e das 44 semanais MESMO AS DESTINADAS À COMPENSAÇÃO.

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CASO 5HORAS EXTRAS PRESTADAS HABITUALMENTE DESCARACTERIZA O ACORDO DE COMPENSAÇÃO.-As horas para compensação já estão pagas mas é devido o adicional.-As demais horas extras são pagas integralmente (principal + adicional)

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SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

51

CASO 6BANCO DE HORASNão se aplica o regime de compensação de horas.

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BANCO DE HORAS

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BANCO DE HORAS-Art. 59, § 2º CLT – pacto por convenção ou acordo coletivo.-Bloco temporal: 1 ANO -Sazonalidade

-Crítica: hora extra compensada com hora normal-Razão: preservação de empregos

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CLT,Art. 59§ 2o  Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

55

RESTRIÇÕES AO BANCO DE HORAS-menores de 18 anos: compatibilidade – proteção à juventude-mulheres – compatibilidade-atividades insalubres – Súmula 349 TST

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SUM-349 ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO EM ATIVIDADE INSALUBRE, CELEBRADO POR ACORDO COLETIVO. VALIDADE (cancelada)A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho (art. 7º, XIII, da CF/1988; art. 60 da CLT).

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PROBLEMAS COM BANCO DE HORAS

-Dificuldade de entendimento dos controles. Aparentemente são feitos para dificultar o entendimento do leigo.-Falta de controle diário visual pelo empregado (confiança no sistema).

QUESTÃO PARA DEBATEComo tornar o controle confiável?

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CONTROLE DE JORNADA

59

CONTROLE DE JORNADA -Regra: Deve haver controle-Exceção: Art. 62, CLTI-Atividades incompatíveis com o controleII-Função de confiança e cargo de gestão

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JORNADA PADRÃO-8 horas dia – Módulo diário máximo.

-44 horas semanais –Módulo semanal máximo.

61

DIVISOR -220 horas: Máximo legal.-Módulo semanal: 44 horas

-Semana inglesa Mera redistribuição de jornada de forma mais favorável ao empregado.

62

EXERCÍCIOS COM DIVISOR

63

seg

8 8 8 8 8 4

ter qua qui sex sáb dom

8 8 8 8 844444

SEMANA “CHEIA”

44 horas = 2640 minutos2660 minutos / 6 dias = 440 minutos440 minutos / 60 minutos = 7,33 minutos

64

seg

7,33

ter qua qui sex sáb dom

447,33 7,33 7,33 7,33 7,33

7,33 horas = 7h33min

7h+1/3de hora 7h+33min 7:20min 65

SEMANA “CHEIA”

44 horas = 2640 minutos2660 minutos / 6 dias = 440 minutos440 minutos / 60 minutos = 7:20 minutos

66

seg

7:20

ter qua qui sex sáb dom

447:20 7:20 7:20 7,20 7:20

SEMANA INGLESA

44 horas = 2640 minutos2640 minutos / 5 dias = 528 minutos528 minutos / 60 minutos = 8h48 minutos

67

seg

8:48

ter qua qui sex sab dom

448:48 8:48 8:48 8:48

DIVISOR VERIFICAÇÃO

COMO CALCULAR?

68

DIVISOR

Deve-se calcular com o DSRpois todo salário mensal, em regra, já é pago com o DSR.

Ex.: Salário mínimo de R$ 545,00 é mensal e já paga o DSR.

69

DIVISOR 220 (mais usual)

44 horas semanaisDividido por 6 dias = 7:20 ou 7,33 horasVezes 30 dias = x30 x30 220:00 219,999h =220h

70

DIVISOR 180 (usual em bancos)

36 horas semanaisDividido por 6 dias = 6:00 ou 6,00 horasVezes 30 dias = x30 x30 180:00 180,00h

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JORNADAS ESPECIAIS-Turnos ininterruptos de revezamento-Jornadas profissionais-Turnos 12x36-Turnos 4x2-Digitação – intervalo de 10 minutos a cada 90 – SUM 346, TST-Telefonistas – art. 227, CLT-Câmaras Frigoríficas – art. 253, CLT

72

HORAS EXTRAS

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HORAS EXTRAS-Horas de trabalho que ultrapassam a jornada padrão ou contratual-Hora suplementar: pactuada no contrato.

--prorrogação por instrumento coletivo – Art. 59, CLT--sobrejornada por acordo compensatório – Art. 59, CLT § 2º

-Prorrogações regulares e irregulares: mesmas consequências para pagamento.

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CAUSAS DA PRORROGAÇÃO-Acordo de prorrogação de jornada - Art. 59, CLT-Regime de compensação - Art. 59, § 2º, CLT-Força maior – Art. 61, CLT -“Factum principis”-Serviços inadiáveis-Reposição de paralisações empresariais - Art. 61, § 3º

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CONTRATO DE TRABALHO A TEMPO PARCIAL.

Base legal:-CLT 58-A -25 horas semanais-CLT, 59, §4º

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CONTRATO DE TRABALHO A TEMPO PARCIAL.

-CLT Art. 58-A.  Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. 

77

CONTRATO DE TRABALHO A TEMPO PARCIAL.

-CLTArt. 59....§ 4o  Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.

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EFEITOS DO TRABALHO A TEMPO PARCIAL

-Férias -Art. 130-A CLT -Vedação de horas extras -Art. 59, §4º, CLT-Alteração do contrato: somente por negociação coletiva

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CLTArt. 130-A.  Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:         I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas;        II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas;      

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CLTArt. 130-A.   III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas;        IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;        V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;        VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.

81

CLTArt. 130-A.  Parágrafo único.  O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.

82

JORNADA NOTURNA

-Desgaste biológico e social.

83

JORNADA NOTURNA Trabalho urbanoParâmetros.CLT, Art. 73...§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 

84

JORNADA NOTURNATrabalho rural.Base legal: Lei nº 5889/73-Agricultura – 21 às 5 horas-Pecuária – 20 às 4 horas

85

JORNADA NOTURNAPortuários -Lei nº 4860/65 – das 19 às 7 horas.

86

JORNADA NOTURNATrabalho urbano-hora noturna ficta: - 52 minutos e 30 segundos-adicional: - 20% sobre hora-base

ATENÇÃOPara o trabalho rural, não se aplica hora reduzida e o adicional é de 25%.(Lei 5880/1973, art.7º, parágrafo único)

87

RESTRIÇÕES AO TRABALHO NOTURNO

-Menores de 18 anos-Mulheres: compatibilidade -Bancários: regra proibição, art. 224 §1º CLT com exceções do § 2º

88

CLT, Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.         § 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para alimentação.     89

CLT, Art. 224 –     § 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo. 

90

INTERVALOS

91

INTERVALOS

-Saúde e higiene do trabalho -CLT,Art. 71

92

INTERVALOSCLTArt. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.     

93

INTERVALOS CLTArt. 71        § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

94

INTERVALOS

-Flexibilização

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OJ-SDI1-342 INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. NÃO CONCESSÃO OU REDUÇÃO. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. INVALIDADE. EXCEÇÃO AOS CONDUTORES DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS, EMPREGADOS EM EMPRESAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO

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OJ-SDI1-342 I - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.

97

II – Ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os condutores e cobradores de veículos rodoviários, empregados em empresas de transporte público coletivo urbano, é válida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a redução do intervalo intrajornada, desde que garantida a redução da jornada para, no mínimo, sete horas diárias ou quarenta e duas semanais, não prorrogada, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem, não descontados da jornada.

98

QUESTÃO PARA DEBATE

Argumento da jurisprudência:“natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho”

É possível a analogia desde que presentes as mesmas garantias?-redução da jornada-concessão de outros intervalos não descontados da jornada ?Ex.: Vigilantes?

99

INTERVALOS

Intrajornadas: -10 minutos, 15 minutos, 01 a 02 horas

Interjornadas: -11 horas

100

INTERVALOS INTRAJORNADAS

-Comuns e especial --Jornada até 04 horas - sem intervalo--Jornada de 06 a 08 horas - 15 minutos--Jornada acima de 08 horas - 1 a 2 horas

101

CLTArt. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho.

102

INTERVALOS REMUNERADOS-CLT, Art. 72

103

INTERVALOS NÃO REMUNERADOS

-Intervalos comuns.

QUESTÃO PARA DEBATE-Caso de suspensão do contrato.-Empresa pode restringir atividades dentro de suas dependências? Ex.: jogo de futebol.

104

INTERVALOS NÃO PREVISTOS EM LEI

-Tempo à disposição do empregador

105

INTERVALO INTRAJORNADA NÃO CONCEDIDO-Art.71,4º§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

106

INTERVALOS SEMANAIS

-24 horas a cada dois módulos semanaisArt.7º.XV,CF-DSR-Semana inglesa-DSR para bancários (sábado dia útil não trabalhado é benefício convencional)

107

INTERVALOS

-Regime 12x36

Teses:1.Nulidade: -Horas extras além da 8ª diária2.Validade em parte: -Horas extras além da 10ª diária3.Validade total: -Jornada mais benéfica

108

FERIADOS

-Civis-Religiosos-Nacionais, Regionais, Locais

109

FERIADOS

Remuneração: Mínimo 100%Compensação: possibilidade

110

PERÍODOS DE DESCANSO

111

PERÍODOS DE DESCANSO

Férias anuais remuneradas.

Princípios: -Anualidade -Remunerabilidade -Continuidade -Irrenunciabilidade -Proporcionalidade

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FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS

Natureza: Caráter imperativo Razão: Higiene

113

FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS.

Possibilidade de conversão em pecúnia1/3 das férias: 10 dias

114

FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS

Parcelamento da fruição: Máximo de 2 períodos não inferiores a 10 dias

Convenção 132,OIT:Um os períodos de no mínimo 2 semanas

115

FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS

Períodos aquisitivos-A cada 12 meses de trabalhoArt.130 CLT

116

FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS

Períodos concessivos-Época: decisão do empregador Art.136,CLT

117

FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS

Faltas prejudiciais (não justificadas)Art.130,CLT

118

FÉRIAS

Questões prejudiciais-Serviço militarArt.132,CLT

119

FÉRIAS

Questões prejudiciais-Licença maternidade-Aborto não criminoso -Cômputo de fériasArt.131,II,CLT

120

FÉRIAS

Questões prejudiciais-Acidente de trabalho--Não superiores a 180 diasArt.131,III, CLT

121

FÉRIAS

Questões prejudiciais-Inquérito Administrativo--Se culpado: não integra--Se absolvido: integra período aquisitivo

122

FÉRIAS

Cumulação máxima: - 2 períodosPenalidade: - pagamento da dobra com abono dobrado. Art.137,caput, CLT

123

FÉRIAS

Comunicação:-Até 30 dias antes do início-Por escrito e contra recibo Art.135,CLT

124

FÉRIAS

Pagamento com 50% do 13º (art.2º,2º, lei 4749/1965)-até 2 dias antes do inícioArt.145,CLT

-Anotação na CTPS

125

TELETRABALHO E TRABALHO A DISTÂNCIA

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INTRODUÇÃODoutrinaAlice Monteiro de Barros“[...] o teletrabalho distingue-se do trabalho tradicional não só por implicar, em geral, a realização de tarefas mais complexas do que as manuais, mas tambémporque abrange setores diversos como: tratamento, transmissão e acumulação de informação; atividade de investigação,; secretariado; consultoria, assistênciatécnica e auditoria; gestão de recursos, venda e operações mercantis em geral. Desenho, jornalismo, digitação, redação, edição, contabilidade, tradução, além de utilização de novas tecnologias, como informática e telecomunicações, geralmente afetas ao setor terciário.”

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TRABALHO EM DOMICÍLIO(Figura já existente no ordenamento)

Conceituado na CLT, Art. 83"[...] aquele que, diversamente da maioria dos empregados, trabalha em sua própria residência ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere"

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TELETRABALHO E TRABALHO A DISTÂNCIA

Modalidade de trabalho a distância, voltado preponderantemente às atividades administrativas que possibilitam aexecução longe do âmbito da empresa.

Possui várias modalidades

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1. TELEWORK

É o mero trabalho a distância que era antes realizado dentro da empresa.

Ex.: Vendas e administração, mera substituição de burocracia papel por burocracia eletrônica.Possível reunião presencial.

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2. TELEWORKING

A informação é a ferramenta do trabalho. Ex.: teletrabalhadores em tecnologias nas áreas de biotecnologia, biologia molecular, física, especificamente nas áreas de novasmodalidades energéticas, no tratamento de novos materiais, no desenvolvimento de novas tecnologias de telecomunicações,etc.-Não requer presença na empresa.

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3. TELECOMMUTING

Trabalho periódico realizado fora do escritório principal. O empregado que trabalha aomenos um dia da semana em sua casa utilizando conexões informáticas.

-A presença na empresa pode ser substituída pela empresa em outros locais de concentração que podem ser ou não do empregador.

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3. TELECOMMUTING

Atividades que podem ser realizadas em casa ou em centros regionaisOs centros regionais podem ser da própria empresa ou divididos por várias empresas sem unidade de grupo econômico: Centros satélites.

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TELETRABALHOOrganização Internacional do Trabalho (OIT)Define o Teletrabalho como “o trabalho efetuado distante dos escritórios centrais ou das oficinas de produção, porém os trabalhadores mantêm-se conectados com alguns de seus colegas por meio dasnovas tecnologias”

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TELETRABALHO

Propriedade de equipamentos e programas-do empregador

Ambientação:Alguns exemplos demonstram preocupação do empregador com arquitetura e psicologia do local de trabalho na residência do empregado.

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TELETRABALHO

EuropaAcordo sobre o teletrabalho de forma aregulamentá-lo por meio de acordos coletivos.

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TELETRABALHOBrasilCRBF/1988,Art. 7º, XXVII"proteção em face da automação, na forma da lei"

CLT Art. 6º - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento doempregador e o executado no domicílio do empregado, desde que estejacaracterizada a relação de emprego.

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Projeto de lei 4.505/08Deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB/ES).Visa regulamentar o trabalho à distância,

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Projeto de lei 4.505/08-A partir de 40% de utilização do tempo de trabalho do empregado fora dos locais regulares que caracterizaria o teletrabalho.-A relação de emprego no teletrabalho será regida pela CLT-Teletrabalhador terá direito a salário, férias, feriados, licenças previstas na CLT e faltas por doença.-Horas extras: não são cabíveis.-Noção de "relação aberta"

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Jornada de trabalho. Banco de horas.

Períodos de descanso. Contrato de trabalho a tempo parcial.

Teletrabalho. Trabalho à distância.

Apresentação de

Gabriel Lopes Coutinho FilhoDisponível em www.lopescoutinho.com

Primavera – 21 e 22/outubro/2011

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