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COSMETOLOGIA

Estrutura da Matéria

ESTADOS FÍSICOS DA

MATÉRIA

A matéria existe sob três estados físicos:

Sólido: possuí forma própria, seu volume não muda

à temperatura constante, é formado por partículas

fortemente ligadas

Líquido: não tem forma própria e é formado por

moléculas orientadas de maneira irregular, uma em

relação a outra.

Gasoso: não possuí forma própria é constituído por

moléculas ou átomos não ligados uns aos outros.

SOLUÇÕES

A solução é uma mistura homogênea

composta, no mínimo, por dois constituintes.

Uma solução se compõe de um soluto que é

uma substância liquida, sólida ou gasosa

dissolvida num líquido e um solvente que é o

liquido que efetuamos a dissolução.

Quando o solvente é água chamamos de

solução aquosa.

SOLUÇÕES IÔNICAS

São soluções cujo soluto se dissocia em

íons;

A dissolução na água do soluto se

acompanha de um efeito térmico;

O pH das soluções são decorrentes da

presença de íons na solução.

SOLUÇÕES COLOIDAIS

São misturas de aspecto homogêneo nas quais as partículas do soluto são de tamanho importante, pois as diferenciam em:

Forma sol: partículas menores, as soluções são fluídicas e transparentes

Forma gel: partículas volumosas, as soluções são viscosas

Aplicação: aumentam a viscosidade das emulsões, microemulsões, tensoativos,

SUSPENSÕES

Resulta da dispersão finas partículas sólidas

num líquido onde elas são insolúveis.

Compreendem:

- uma fase líquida, dispersante;

- uma fase sólida, dispersada

EMULSÕES

Uma emulsão é uma dispersão constituída de

dois líquidos no mínimo, não miscíveis entre si.

Aspectos da emulsão depende da dimensão das

partículas dispersadas:

- emulsão amarelada: partículas superiores a 5

mícrons;

- emulsão branco leitosa: partículas entre 5 e 1

mícrons;

- emulsão com reflexos azulados: 1 e 0,1 mícron;

- emulsão transparente: inferiores a 0,1 mícron, trata-

se de microemulsões.

TIPOS DE EMULSÕES

Emulsão água em óleo (A/O)

ou hidrófilo-lipófolo (H/L);

A fase dispersante é o óleo e

a dispersa a água.

Trata-se de cremes

chamados gordurosos;

São solúveis nos lipídeos e

insolúveis na água;

Não conduzem corrente

elétrica.

TIPOS DE EMULSÕES

Emulsão óleo em água (O/A)

ou lipófilo-hidrófilo (L/H);

A fase dispersante é aquosa

e a dispersada é oleosa.

Essas emulsões são menos

oleosas;

São solúveis na água e

insolúveis nos lipídeos;

Conduzem corrente elétrica.

TIPOS DE EMULSÕES

Emulsões múltiplas;

Os dois tipos de emulsões múltiplas são:

Emulsões hidrófila-lipófilica-hidrófila (H/L/H), onde uma fase oleosa separa as fases aquosas;

Emulsões lipófila/hidrófila/lipófila (L/H/L), onde uma fase aquosa separa as fases oleosas.

MICROEMULSÕES

São formadas por óleo, água e uma

quantidade importante de tensoativo.

Elas são transparentes as vezes azuladas de

baixa viscosidade.

Essas emulsões são muito estáveis e

favorecem a absorção cutânea.

São muito utilizadas em óleos de banho.

ESTABILIDADE DE UMA

EMULSÃO

Uma emulsão estável não se separa.

A ruptura da emulsão pode ocorrer por:

Cremagem: partículas sobem para a

superfície;

Sedimentação: queda das partículas para o

fundo do recipiente;

Coalescência: formação de uma massa da

emulsão.

GÉIS

Os géis são constituídos por substâncias

gelificantes e por líquidos gelificados;

Há dois tipos de géis:

os géis hidrófilos ou hidrogéis, à base de

água, glicerol, propilenoglicol, derivados da

celulose, silicatos;

os géis hidrófobos ou oleogéis, a base de

parafina líquida, óleos etc.

Matérias-

Primas

ÁGUA

É uma das matérias-primas mais utilizadas

em cosmetologia;

A partir da água potável, deve-se purificar a

água;

Destilação

Bipermutação (desmineralizada)

Osmose inversa (estéril)

Ultrafiltração

ÁGUA

Utilização em cosmetologia;

Ela entra na composição de um grande

número de produtos cosméticos, como:

loções

emulsões, suspensões, mousses

hidrogéis

Álcoois e as soluções

alcoólicas

Etanol – solvente, incolor, odor

característico, miscível à água em todas as

proporções;

Utilização:

como conservante e anti-séptico;

desodorantes e adstringentes;

loção pós depilação;

perfumes, deo colônias.

Isopropanol

Líquido incolor, volátil, obtido pela hidratação

do propileno;

Possuí as mesmas propriedades do álcool

etílico;

Utilização:

loções adstringentes;

filtros solares;

sprays para cabelos.

Sorbitol

É um poliálcool de um pó branco microcristalino,

solúvel em água e álcool;

De origem vegetal, da baga da fruta, de amoras,

cerejas, pêras, maçãs e algas;

É preparado industrialmente à partir da glicose,

muito higroscópico e umectante.

Utilizações:

máscaras e cremes hidratantes;

cremes alisantes, descolorantes.

Derivados do sorbitol como spans e twens são muito

utilizados como tensoativos.

Propilenoglicol

Líquido viscoso, incolor de sabor acre, possuí uma dupla função álcool;

Excelente solvente, miscível em água, álcool e acetona.

Higroscópico, portanto umectante.

Utilização:

cremes e máscaras hidratantes;

desodorante roll-on

loções demaquilantes

cremes depilatórios

Glicerina

Líquido denso, incolor e que possuí três vezes a função do álcool;

Miscível na água e no álcool, obtido a partir da saponificação dos corpos graxos;

Muito higroscópico, portanto umectante.

Utilização:

máscaras e cremes hidratantes;

sprays para cabelos

condicionadores capilares

COMPOSTOS LIPÍDICOS

Ácidos graxos:

Saturados – laurílico, mirístico, palmítico;

Insaturados – ácido oléico;

Polisaturados – ácido linoléico;

Ácidos graxos essenciais: polinsaturados

encontrado nos lipídios vegetais e marinhos;

ÁLCOOIS GRAXOS

Não possuem em sua fórmula a função ácida

e sim a função álcool;

Álcool mirístico

Álcool cetilico

Álcool estearílico

Esses álcoois graxos sólidos intervem na

composição das ceras autoemulsivas, como

Lanette.

GLICERÍDEOS

Ésteres do glicerol e do ácido graxo. Compõe

os óleos essenciais.

Origem vegetal:

Óleo de amêndoa doce;

Óleo de palma;

Óleo do caroço: damasco, pêssego, ameixa;

Óleo de germe de trigo;

Óleo de abacate;

Manteiga de karité;

GLICERÍDEOS

Ésteres do glicerol e do ácido graxo. Compõe

os óleos essenciais.

Origem animal:

Óleo de fígado de peixes(bacalhau, tubarão);

Óleo de tartaruga marinha;

Óleo de vison;

Os sebos (banha);

CERAS

São ésteres de ácidos graxos e álcoois

graxos.

Origem animal:

Cera de abelha - amarela e branca;

Cera de própolis – usada em regeneradores;

Lanolina – composição igual sebo humano;

CERAS

São ésteres de ácidos graxos e álcoois

graxos.

Origem vegetal:

Cera de carnaúba – provém folhas de

palmeira do Brasil;

Cera candellila – arbusto do México;

COMPOSTOS GLICÍDICOS

Origem vegetal:

Celulose microcristalina – preparada a partir da madeira, pó branco insolúvel em água;

Metilcelulose – pó granuloso branco;

Carboximetilcelulose – pó branco granuloso, higroscópico;

Nitrocelulose – ação do ácido nítrico sobre a celulose;

Amidos – pó branco fino extraído do grão de trigo, milho, arroz, batata;

COMPOSTOS GLICÍDICOS

Origem vegetal:

Gomas – em contato com a água resulta em

géis ou soluções viscosas.

goma arábica – usada para estabilizar

emulsões L/H;

goma adragante – utilizada em géis para

cabelo e pastas dentais;

CONSERVANTES

Substância natural ou sintética, que

acrescentadas em pequenas proporções

impedem a degradação do produto.

Antioxidantes – impedem e retardam a

oxidação: ácido ascórbico, tocoferol, ácido

sórbico, BHA, BHT, ácido gálico.

CONSERVANTES

Anti-sépticos – protegem os produtos de

contaminações microbianas: ác. Salicilico,

benzóico, álcool etílico,derivados fenóicos,

óleos essenciais de plantas.

Fungicidas – impedem a proliferação de

mofos e fungos: ácido deidracético e ácido

undecilênico.

CORANTES – Origem Natural

Corantes Vegetais:

Urucum – amarelo alaranjado

Cúrcuma – amarelo (curry)

Açafrão – amarelo

Caroteno – alaranjado

Henna – marrom-avermelhada

Clorofila – verde

Indigotina – azul

Carvão vegetal – preto

Orcinol – alga vermelho-violáceo

CORANTES – Origem Natural

Corantes Animais:

Ácido carmínico – inseto pulgão do México,

vermelho

Nácar – escamas tiradas de peixes

Corantes Minerais:

Talco

Caulim

Óxido de ferro – do amarelo ao marrom

Argilas – do marrom ao cinza

CORANTES – Origem Sintética

e Semi-Sintética

Possuem nuances mais variadas e mais vivas que os naturais, os mais conhecidos são:

Eosina, eritrosina – vermelho

Verde malaquita

Pigmentos:

Cristais de mica-titano

Nácar natural

Oxicloreto de bismuto

Pó de alumínio

SUBSTÂNCIAS TIXOTRÓPICAS

São substâncias firmes, rígidas, que tornam-

se líquidas por agitação e se espessam de

novo quando em repouso. Exemplo:

Bentonita gel ou gel de bentona, utilizado na

fabricação de esmaltes.

PRINCÍPIOS ATIVOS

Dão eficácia aos produtos cosméticos. Tem

por objetivo restabelecer a integridade

fisiológica perturbada, lutar ativamente

contra o envelhecimento cutâneo, captar

radicais livres, melhorar o aspecto do fio de

cabelo, diminuindo ou aumentando sua

oleosidade, maciez, brilho.

PRINCÍPIOS ATIVOS

Óleo de germe de trigo: rico em vitamina E;

Manteiga de karité

Ginko biloba: estimula a microcirculação;

Vaselina;

Óleo de silicone;

Ceramidas

Própolis: anti-fúngicas e cicatrizantes;

VITAMINAS

As vitaminas são substâncias indispensáveis

ao organismo em quantidade infinitesimal.

Vitamina A (retinol) – possui função de

regulação no crescimento e nas atividades

das células epiteliais.É essencial para a

integridade das unhas e do cabelo.

Vitamina E (tocoferol) – capta radicais livres,

melhora a microcirculação cutânea. Melhora

a eficácia de produtos solares.

VITAMINAS

Grupo de vitaminas B

Vitamina B2 (riboflavina) – muito utilizada na dermatite seborréia, pois capta ácidos graxos e aminoácidos;

Vitamina B3 ou PP ( niacina) – participa de todas as reações de oxi-redução do organismo;

Vitamina B5 ( ácido pantotênico) – participa da sintese dos ácidos graxos, utilizado nas alopecias e melhora a cicatrização

VITAMINAS

Grupo de vitaminas B

Vitamina B6 (pirodoxina) – intervém no metabolismo dos aminoácidos, diminui a seborréia e luta contra a retenção de água;

Vitamina B8 ( biotina- vitamina H) – intervém no metabolismo celular, utilizada nas alopecias;

Vitamina B9 ( folatos) – participa no metabolismo dos aminoácidos, desempenha papel importante na multiplicação das células;

VITAMINAS

Vitamina B11 (L. cartinina) – é indispensável para

que o organismo possa utilizar os ácidos graxos;

Vitamina B15 (ácido pangâmico) – favorece a

oxigenação dos tecidos e possui propriedades anti

radicais livres;

Vitamina C ou ácido ascórbico – utilizada como

conservador ou acidificante, favorece a

microcirculação e diminuí as reações cutâneas;

Vitamina F ou ácidos graxos (polinsaturados) –

ácido linoleico, ácido gamalinoléico.

OLIGOELEMENTOS

São elementos presentes nos organismos

vivos em quantidades infinitesimal, mas cuja

presença é indispensável ao crescimento ou

a vida dos animais e vegetais.

Os mais utilizados em cosméticos são:

silício, cobre, manganês e zinco.

FORMULAÇÃO DE

PRODUTOS COSMÉTICOS

ETAPAS A SEGUIR

A definição de um novo produto é baseada

em pesquisas mercadológicas, para isso

devemos:

Conhecer o perfil do concorrente e as

necessidade do público-alvo;

Obter uma visão global do que deve ser o

produto desenvolvido.

DESENVOLVIMENTO

Devemos levar em consideração:

Custo

Preço de venda

Forma de apresentação

Função a que se destina

Abordagem de marketing

FORMULADOR

São requeridos alguns conhecimentos básicos do formulador:

Conhecer a anatomia e fisiologia do cabelo;

Ter a responsabilidade pela escolha de substâncias ativas e veículos, compatíveis entre si, em concentrações seguras e eficazes;

FORMULADOR

Levar em consideração as variáveis envolvidas no processo de produção (escala de produção);

É fundamental a execução de testes para a avaliação do prazo de validade do produto (shelf-life);

FORMULADOR

A execução de testes físicos e físicos-químicos das matérias-primas e do produto acabado;

Segurança do uso;

Respeitar a legislação vigente no país;

Limites de uso permitido de cada matéria-prima.

CONCLUSÃO

O sucesso de uma formulação e sua total aceitação pelo consumidor, está diretamente baseada na seleção e concentração adequada de matérias-primas utilizadas, no balanço ideal da concentração de ativos.

Não deve causar irritação.

Deve-se considerar também o aspecto tecnológico e de estabilidade do produto.

Deve-se realizar testes comparativos meia-cabeça do produto final.

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