coordenadoria de qualidade de Água
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199
COORDENADORIA DE QUALIDADE DE ÁGUA
EQUIPE TÉCNICA:
Professor Júlio César Wasserman – Coordenador Dr. Renato Gomes Sobral Barcellos Ana Paula Pinto Fernandez, Msc. Conceição Maria Filgueiras Joana Geórgia Emanuel Scarton Juliana Giacomini Myriam Bandeira Vianna Cortês Viviane Marques de Aguiar
200
201
1 INTRODUÇÃO
A instalação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro no
município de Itaboraí tem suscitado diversos questionamentos relacionados à
questão ambiental, dentre os quais o mais significativo é a disponibilidade de
recursos hídricos. O fornecimento de água necessária para o atendimento da
demanda do COMPERJ ainda não foi solucionado e, além disso, espera-se um
crescimento industrial e a intensificação do fluxo populacional significativo na região,
também consumidora de água, além da demanda do recurso para diluição de
efluentes. Algumas estimativas preliminares (PAULOS, BORIM et al., 2007) já
projetam crescimento para o município de Cachoeiras de Macacu da mesma ordem
de grandeza como foi observado no município de Macaé após o início da exploração
de petróleo na Bacia de Campos.
O presente estudo buscou avaliar a qualidade da água nas bacias dos rios
Macacu e Caceribu, através de duas abordagens. Na primeira, foi realizado um
acompanhamento sazonal da qualidade da água em diversos pontos de ambos os
rios. A evolução nas concentrações em função da variação do regime de chuvas
permitiu um entendimento mais aprofundado dos parâmetros que controlam a
qualidade da água na região. Na segunda, a partir dos dados levantados, foram
efetuadas simulações para subsidiar a gestão da qualidade da água dos rios que
compõem o sistema Guapi-Macacu e Caceribu, a partir da plataforma QUAL-UFMG,
criada por SPERLING (2007) e baseada no modelo QUAL2-K da United States
Envionmental Protection Agency (EPA).
2 CONCEITUAÇÃO DOS PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA
Os parâmetros de qualidade da água traduzem as principais características
físicas, químicas e biológicas que a água deve apresentar para que seja utilizada
para abastecimento de diversos fins e aplicações. Estas características devem estar
de acordo com a legislação existente que regulamentam o padrão de qualidade da
água, a saber:
202
1. Padrão de Potabilidade: Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, do
Ministério da Saúde.
2. Padrão de corpos d’água e de lançamento de efluentes: Resolução
CONAMA 357, de 17 de março de 2005, do Ministério do Meio
Ambiente.
Os parâmetros que são utilizados para a análise da qualidade da água
funcionam como indicadores associados: (1) às características ambientais que estão
em contato direto com o corpo hídrico avaliado, (2) à intervenção antrópica direta ou
indireta e (3) à variabilidade das características hidráulicas do corpo hídrico. Os
principais parâmetros são: turbidez, temperatura, salinidade, pH, Eh, alcalinidade,
dureza, cloretos, fósforo, nitrogênio, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de
oxigênio, matéria orgânica, coliformes, dentre outros.
A turbidez representa o grau de interferência com a passagem da luz através
da água, conferindo uma aparência turva à mesma, decorrente da quantidade de
sólidos em suspensão. Os sólidos podem ter origem natural (partículas de rocha,
argila, silte, algas e outros microorganismos) ou antropogênica (despejos
domésticos, industriais, erosão e outros). A presença de partículas de origem
antrópica resulta em uma desagradável aparência da água. Os sólidos podem servir
de abrigo para microorganismos patogênicos em associação a compostos tóxicos. O
valor da turbidez, dado em NTUs (unidades de turbidez nefelométrica), é
proporcional à concentração de material particulado em suspensão (% < 0,45µm),
que é diferenciada em função do nefelômetro utilizado para a medição e pelas
características do ambiente. No presente estudo foi estabelecida uma curva de
correlação entre ambos os parâmetros.
A temperatura tem sua origem natural relacionada à transferência de calor por
radiação, condução e convecção. As elevações da temperatura aumentam a taxa de
reações físicas, químicas e biológicas (na faixa usual de temperatura); diminuem a
solubilidade dos gases (ex. oxigênio dissolvido) e aumentam a taxa de liberação de
gases como o gás sulfídrico, resultando em mau cheiro. O homem pode alterar a
temperatura através do despejo de efluentes térmicos. Normalmente, os esgotos
apresentam temperaturas um pouco mais elevadas do que as águas naturais.
203
A salinidade da água é definida pela quantidade de sais dissolvidos,
determinados pela sua condutividade elétrica. Até os anos 80, a salinidade era
medida através de métodos químicos, que determinavam a concentração de cloro
(clorinidade), extrapolando a partir de uma relação com a salinidade. O método
utilizado para determinar a salinidade era o de Mohr-Knudsen, utilizando o cloreto de
prata e que dava a salinidade em termos de partes por mil. Contudo o avanço da
utilização de métodos potencimétrico levou ao completo abandono do método,
caindo também a unidade, que atualmente é um parâmetro adimensional. A
presença de sais na água doce é função de dois aspectos, a poluição e a geologia
das rochas pelas quais percola a água.
O pH, potencial hidrogeniônico, representa a concentração de íons de
hidrogênio H+ (em escala antilogarítmica), dando uma indicação sobre a condição
de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água. Sua faixa varia de 0 a 14. O pH
baixo apresenta uma possibilidade de corrosividade nas tubulações e nas peças das
águas de abastecimento e o pH elevado a possibilidade de incrustações. Os valores
de pH afastados da neutralidade podem afetar a vida aquática, influenciando
diretamente a sobrevivência de peixes e microorganismos.
O oxigênio dissolvido (OD) é de essencial importância para os organismos
aeróbicos. Durante a estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do
oxigênio nos seus processos respiratórios, podendo vir a causar uma redução da
sua concentração no meio. Dependendo da magnitude deste fenômeno, podem vir a
morrer diversos seres aquáticos, inclusive os peixes. Caso o oxigênio seja
totalmente consumido, têm-se as condições anaeróbias, com possível geração de
maus odores. O fósforo e o nitrogênio neste contexto acentuam a problemática do
processo de eutrofização.
A demanda bioquímica de oxigênio (DBO5) é conceituada como a
concentração de substâncias capazes de consumir o oxigênio dissolvido da água.
As substâncias que consomem o oxigênio são principalmente os compostos
orgânicos dentríticos, sobretudo aqueles formados em ambientes altamente
redutores. A DBO5 tem forte contribuição dos aportes antrópicos, sobretudo de
esgotos domésticos, sendo por isto um significativo indicador da qualidade da água.
Da mesma forma que a DBO5, a colimetria também indica a presença de
resíduos de esgoto doméstico. A colimetria indica a concentração mais provável de
204
bactérias do grupo coliforme que estão abundantemente presentes no trato intestinal
de organismos superiores, particularmente o homem. É interessante notar que as
bactérias do grupo coliforme não são particularmente patogênicas, mas indicam a
probabilidade de ocorrência de bactérias patogênicas. A avaliação da presença de
bactérias patogênicas é determinada por outras metodologias muito mais
sofisticadas e de difícil realização.
O fósforo na água apresenta-se principalmente nas formas de ortofosfato,
polifosfato e fósforo orgânico. Os ortofosfatos estão diretamente disponíveis para o
metabolismo biológico sem a necessidade de conversões para formas mais simples.
As formas em que os ortofosfatos se apresentam na água (PO43-, HPO4
2-, H2PO42-,
H3PO4) dependem do pH, sendo a mais comum na faixa usual de pH, o H2PO42-. A
origem natural está relacionada à dissolução de compostos do solo, a decomposição
da matéria orgânica e ao fósforo de decomposição celular de microorganismos. A
origem antropogênica está relacionada aos despejos de esgoto doméstico,
industriais, detergentes, excrementos de animais e fertilizantes. O fósforo é
elemento indispensável para o crescimento de algas e, quando em elevadas
concentrações em lagos e represas, pode conduzir a um crescimento exagerado
desses organismos (eutrofização). O fósforo é um nutriente essencial para o
crescimento dos microorganismos responsáveis pela estabilização da matéria
orgânica.
O nitrogênio no seu ciclo na biosfera se alterna em várias formas e estados
de oxidação. No meio aquático, o nitrogênio pode ser encontrado nas seguintes
formas: (1) nitrogênio molecular (N2), escapando para atmosfera, (2) nitrogênio
orgânico (dissolvido e em suspensão), (3) amônia (livre NH3 e ionizada NH4+), (4)
nitrito (NO2-) e (5) nitrato (NO3-). É constituinte de várias proteínas e outros
compostos orgânicos e participa da composição celular de microorganismos. Sua
origem antropogênica está relacionada a despejos de esgotos domésticos,
industriais, excrementos de animais e fertilizantes.
Nos processos bioquímicos de conversão da amônia a nitrito e deste, a
nitrato, implica no consumo de oxigênio dissolvido do meio (o que pode afetar a vida
aquática). O nitrogênio na forma de amônia livre é diretamente tóxico para os peixes.
Nos corpos hídricos, a forma predominante de nitrogênio pode fornecer informações
sobre o estágio da poluição (poluição recente está associada ao nitrogênio na forma
205
orgânica ou de amônia, enquanto uma poluição mais remota está associada ao
nitrogênio na forma de nitrato). Na forma de nitrato, o nitrogênio está associado a
doenças como a metahemoglobinemia (síndrome do bebê azul) onde sua elevada
concentração possibilita a formação de nitrito em mamadeiras não esterilizadas ou
no próprio estômago do bebê. A conseqüência é a combinação do nitrito com a
hemoglobina do sangue promovendo sua oxidação, impedindo a absorção e o
transporte adequado do oxigênio para as células. O bebê torna-se azul e sofre de
insuficiência respiratória. Nos adultos o nitrato é absorvido principalmente no trato
digestivo. Estudos sugerem que o nitrato em adultos pode estar relacionado ao
câncer de estômago. O nitrogênio é indispensável para o crescimento de algas e,
quando em elevadas concentrações em lagos e represas, pode conduzir a um
crescimento exagerado desses organismos, processo este, denominado
eutrofização. A publicação de NASCIMENTO (1999), parcialmente transcrita abaixo,
apresenta informações fundamentais sobre o entendimento do processo de
eutrofização e a ocorrência de cianobactérias:
“O uso de rios, lagos e açudes como receptores do esgoto produzido pelas diferentes atividades antropogênicas, tanto industriais como domésticas ou agropecuárias resultam na eutrofização das águas e, conseqüente crescimento de cianobactérias. Este processo ocorrendo exageradamente resulta do denominado “florações”, tornando a água muito verde.
Durante uma floração, as cianobactérias podem acumular-se na superfície da água durante um período do dia, normalmente quando os ventos são mais fracos, ou em uma das margens do corpo hídrico que ficam na direção do vento predominante. A alta concentração de cianobactérias provoca cheiro forte e sabor desagradável na água. No entanto, pelo fato destes organismos produzirem toxinas que têm efeitos sobre os animais domésticos e ao homem, se tornam extremamente perigosas por causar danos ao fígado (hepatotoxinas) – como as microsistinas, as nodularinas e as cilindrospermopsinas; ou ao sistema nervoso (neurotoxinas) – como a anatoxina e as toxinas do grupo das PSPs.
As microsistinas ficaram conhecidas após o acontecimento de Caruaru, quando 120 pacientes renais foram intoxicados com essas toxinas através da água usada em hemodiálise, sendo que 50 desses pacientes morreram em decorrência dessa intoxicação.
Em relação aos métodos convencionais de tratamento da água (floculação, decantação, filtração e cloração), utilizados nas estações de tratamento de água (ETAs), estes não são capazes de reter estas toxinas. Esta retenção só se efetiva através do uso de filtros de carvão ativado. O processo de fervura da água ou uso de desinfetantes domésticos também não removem as toxinas. Associado a este problema da toxicidade, há um fator de tempo onde a cianobactéria pode ser tóxica em um cenário e não tóxica em outro, sendo difícil a previsão da toxidez de uma floração, necessitando de técnicas sofisticadas de laboratório onde podem ser utilizados testes em animais para a obtenção de resultados precisos.
206
O evento de Caruaru foi o primeiro relato comprovado, no mundo, de morte de seres humanos causada pelas microsistinas tendo sido importante para as autoridades dispensar mais atenção ao problema.”
Este trabalho apresenta questões críticas sobre os riscos de microcistinas no
processo de tratamento de água já contaminada e sua distribuição ressaltando os
riscos associados e, principalmente a importância do assunto.
Outro processo importante e que se faz necessário ressaltar é o mecanismo
de produção de clorofórmio na água potável. A adição de cloro para desinfecção da
água pode produzir compostos orgânicos clorados onde alguns são tóxicos, como é
o caso dos compostos orgânicos halogenados, principalmente na exposição a
compostos fenólicos. Dessa forma, o problema com a cloração é a formação de
trialometanos (THMs), onde a maior preocupação é a produção de clorofórmio,
derivado da reação entre os ácidos húmicos com o ácido hipocloroso (HOCl). O
clorofórmio é solúvel em água e não é componente biodegradável da matéria da
decomposição vegetal.
De forma geral, a introdução de compostos orgânicos nos corpos hídricos
resulta em problemas diversos comprometendo a qualidade das águas para
abastecimento e elevando a probabilidade de riscos à saúde dos consumidores.
A sazonalidade das características hidrológicas do corpo hídrico associada
aos níveis de concentração da matéria orgânica, oriunda de despejos in natura,
resulta em processos de decomposição diferenciados ao longo de seu estirão. A
aplicação de modelos de qualidade de água sugere resultados prováveis a partir das
condições iniciais de controle dos processos e do nível de detalhamento de dados
possíveis. Os resultados podem ser refinados com estudos posteriores através da
inserção de novos dados e informações ambientais. Deve-se ter em mente que o
modelo é uma representação da realidade gerada com dados e informações em
determinado nível de complexidade e detalhamento, não atingindo assim um grau
elevado de exatidão nos seus resultados. No entanto, seus resultados permitem a
inferência de condições ambientais favorecendo o processo de gestão dos recursos
hídricos e a tomada de decisão.
207
3 PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA AMOSTRADOS
As amostras de água dos rios Caceribu, Macacu e Guapi-Açu foram coletadas
em pontos distintos e buscaram representar o alto, médio e baixo curso dos rios. Foi
considerada a seguinte nomenclatura para os pontos de amostragem a partir da foz,
conforme ilustrado na Figura 1, a seguir:
− Rio Caceribu: (1) BR-493, (2) Reta Nova, (3) Tanguá;
− Rio Macacu: (4) Imunana, (5) Parque Ribeira, (6) Cemitério;
− Rio Guapi-Açu: (7) Duas Barras.
A estrutura de apresentação dos resultados foi elaborada na forma de
gráficos. Esta opção permite uma melhor comparação entre a qualidade de água
dos rios de forma a enriquecer o entendimento dos dados determinados em campo e
em laboratório. Assim, buscou-se uma abordagem relativa ao comprometimento da
qualidade da água frente à classificação determinada pela resolução CONAMA 357
de forma a complementar os resultados da modelagem desenvolvida com o software
Qual-UFMG.
A modelagem de qualidade da água realizada explora os resultados para os
períodos chuvoso e seco, bem como as condições de situação crítica onde levou-se
em consideração os resultados mais comprometedores da qualidade da água
obtidos durante as campanhas, admitindo-se a vazão mínima Q7,10. Esta proposta
sugere possíveis resultados da qualidade da água em um cenário de vazão mais
comprometedora para a qualidade da água dos rios e, com valores determinados
sem o funcionamento do COMPERJ e sem o aumento populacional.
208
Figura 1 - Localização dos pontos de amostragem dos rios Caceribu, Macacu e Guapi-Açu
3.1. Condutividade - Salinidade
O rio Caceribu apresenta valores de condutividade similares àqueles
observados nos pontos de coleta de Tanguá e Reta Nova que os enquadram na
classe de água doce2.
O ponto de amostragem BR-493, limítrofe com a APA de Guapimirim,
apresentou resultados mais elevados, sugerindo uma influência mais significativa da
2 Águas com salinidade igual ou inferior a 0,5‰ (aproximadamente 270 µS.cm-1), classificação da resolução CONAMA 357, cap.1, art. 2º, inciso I.
209
água do mar, sem atingir, entretanto, os limites de águas salgadas, caracterizando-
as como salobras3, sendo inútil a diversos tipos de uso, particularmente para o
consumo humano. Da mesma forma, na região, devido às dificuldades de acesso, o
contato primário também não é uso preponderante. A amostra coletada em
setembro de 2008 resultou em 18.000 µS diferindo bastante dos valores obtidos
posteriormente, indicando a penetração da cunha salina até este ponto. Assim
sendo, optou-se pelo expurgo da amostra.
De maneira geral, a condutividade determinada no rio Caceribu apresentou
um comportamento homogêneo ao longo do período amostrado não indicando uma
sazonalidade, como pode ser observado na Figura 2.
Condutividade - Rio Caceribu
10
100
1.000
10.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(uS.
cm-1)
Tanguá
Reta Nova
BR-493
Figura 2 – Condutividade nos pontos de amostragem do rio Caceribu
O rio Macacu apresentou valores bem inferiores àqueles determinados no rio
Caceribu, conforme mostrado na Figura 3. De forma geral, identifica-se uma
elevação mais significativa da condutividade nos pontos de amostragem Parque
Ribeira e Imunana em relação ao ponto Cemitério. No entanto, todos os três pontos
de amostragem podem ser enquadrados como de água doce. A condutividade no rio
Macacu apresentou um aumento nos meses de junho a agosto sugerindo uma
resposta ao período de menor pluviosidade.
3 Acima de 0,5‰ e inferior a 30‰ , classificação da resolução CONAMA 357, cap.1, art. 2º, inciso II.
210
Condutividade - Rio Macacu
10
20
30
40
50
60
70
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(uS.
cm-1)
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Figura 3 – Condutividade nos pontos de amostragem no rio Macacu
O rio Guapi-Açu apresentou os valores mais baixos de condutividade, Figura
4, quando comparado aos rios Caceribu e Macacu permitindo sua classificação
como água doce. Ele também apresenta um comportamento homogêneo ao longo
do ano, não se identificando uma sazonalidade.
Condutividade - Rio Guapiaçu
0
10
20
30
40
50
60
70
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(uS.
cm-1)
Duas Barras
Figura 4 – Condutividade no ponto de amostragem no rio Guapi-Açu
3.2. Oxigênio Dissolvido
O monitoramento do oxigênio dissolvido nos rios Caceribu, Macacu e Guapi-
Açu apresentou características distintas em relação aos limites estabelecidos pela
211
resolução CONAMA 3574. O rio Caceribu apresentou concentrações que atendem à
classe 1 nos pontos de amostragem Tanguá e Reta Nova, como pode se observar
na Figura 5, com exceção do localizado na BR-493. As concentrações neste ponto
indicam que a qualidade de água pode ser enquadrada na classe 3, com amostras
cujas concentrações são bastante inferiores ao limite estabelecido pela referida
classe.
Na Figura 6, o rio Caceribu apresenta as concentrações de oxigênio
dissolvido para os pontos Tanguá e Reta Nova, próximos à curva de saturação de
oxigênio em relação às temperaturas no momento da coleta. No ponto BR-493, no
entanto, fica evidente o comprometimento da qualidade da água devido aos baixos
valores determinados.
Oxigênio Dissolvido - Rio Caceribu
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
18,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Tanguá
Reta Nova
BR-493
OD Classe 1 (6 mg/l)
OD Classe 2 (5 mg/l)
OD Classe 3 (4mg/l)
Figura 5 – Concentração de OD no rio Caceribu em relação à CONAMA 357
4 Águas doces na classificação da resolução CONAMA 357, Classe 1: 6 mg/L (cap.1, art. 14, inciso I.i),
classe 2: 5 mg/L (cap.1, art. 15, inciso VI) e classe 3: 4 mg/L (cap.1, art. 16, inciso I, j).
212
Oxigênio Dissolvido - Rio Caceribu
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
18,0
15,0 20,0 25,0 30,0 35,0
Temperatura (oC)
(mg/
l)Tanguá
Reta Nova
BR-493
Saturação do OD
OD Classe 1 (6mg/l)
OD Classe 2 (5mg/l)
OD Classe 3 (4mg/l)
Figura 6 – Concentração de OD no rio Caceribu em relação à temperatura
O rio Macacu apresenta concentrações de oxigênio dissolvido mais elevadas
do que o rio Caceribu nos pontos de Cemitério e Parque Ribeira, conforme a Figura
7. As concentrações superam a curva de saturação característica de oxigênio
dissolvido em relação à temperatura sugerindo influência de turbulências
relacionadas aos aspectos geomorfológicos como profundidade, fundo pedregoso,
etc. identificados em vários trechos que provocam um aumento da concentração de
oxigênio, como mostra a Figura 8. Outro fator que poderia estar provocando
supersaturação é a produção primária fitoplanctônica, contudo, os resultados
encontrados indicam que esta produção é consistentemente baixa ao longo dos
estirões (vide item 3.10).
Oxigênio Dissolvido - Rio Macacu
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
18,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
DBO Classe 1 (6 mg/l)
DBO Classe 2 (5 mg/l)
DBO Classe 3 (4 mg/l)
Figura 7– Concentração de OD no rio Macacu em relação à CONAMA 357
213
Oxigênio Dissolvido - Rio Macacu
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
18,0
15,0 20,0 25,0 30,0 35,0
Temperatura (oC)
(mg/
l)
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Saturação do OD
OD Classe 1 (6mg/l)
OD Classe 2 (5mg/l)
OD Classe 3 (4mg/l)
Figura 8 – Concentração de OD no rio Macacu em relação à temperatura
O rio Guapi-Açu confirma as condições de qualidade identificadas em outros
parâmetros determinados conforme apresentado nas Figuras 9 e 10 com a
totalidade das amostras apresentando concentrações de oxigênio acima do definido
para a classe 1.
Oxigênio Dissolvido - Rio Guapiaçu
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
18,0
21,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Duas Barras
DBO Classe 1 (6 mg/l)
DBO Classe 2 (5 mg/l)
DBO Classe 3 (4 mg/l)
Figura 9 – Concentração de OD no rio Guapi-Açu em relação à CONAMA 357
214
Oxigênio Dissolvido - Rio Guapiaçu
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
18,0
15,0 20,0 25,0 30,0 35,0
Temperatura (oC)
(mg/
l)Duas Barras
Saturação do OD
OD Classe 1 (6mg/l)
OD Classe 2 (5mg/l)
OD Classe 3 (4mg/l)
Figura 10 – Concentração de OD no rio Guapi-Açu em relação à temperatura
3.3. Demanda Bioquímica de Oxigênio
A demanda bioquímica de oxigênio (DBO5) do rio Caceribu apresentou uma
grande amplitude nas concentrações não revelando uma compartimentação relativa
ao trecho monitorado do rio, como pode ser observado na Figura 11. Nos três
pontos de monitoramento foram determinadas concentrações superiores à classe 2.
Demanda Bioquímica de Oxigênio DBO5 - Rio Caceribu
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Tanguá
Reta Nova
BR-493
DBO Classe 1 (até 3 mg/l)
DBO Classe 2 (até 5 mg/l)
DBO Classe 3 (até 10 mg/l)
Figura 11 – DBO5 no rio Caceribu
215
De acordo com a Figura 12, as amostras do rio Macacu apresentaram
concentrações de DBO5 características de águas das classes 1 e 2. Cabe salientar
no entanto, que os maiores valores obtidos situam-se no ponto de coleta próximo ao
cemitério, à jusante da cidade de Cachoeiras de Macacu sugerindo influência do
despejo de esgotos no rio e talvez aportes de necro-chorume.
Demanda Bioquímica de Oxigênio DBO5 - Rio Macacu
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09Data
(mg/
l)
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
DBO Classe 1 (até 3 mg/l)
DBO Classe 2 (até 5 mg/l)
DBO Classe 3 (até 10 mg/l)
Figura 12 – DBO5 no rio Macacu
O rio Guapi-Açu apresentou os melhores resultados de DBO5 , ficando bem
abaixo dos limites da classe 2 de águas doces, indicando uma excelente qualidade
de água, Figura 13.
Demanda Bioquímica de Oxigênio DBO5 - Rio Guapiaçu
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Duas Barras
DBO Classe 1 (até 3 mg/l)
DBO Classe 2 (até 5 mg/l)
DBO Classe 3 (até 10 mg/l)
Figura 13 – DBO5 no rio Guapi-Açu
216
3.4. pH e Eh
O pH dos rios Caceribu, Macacu e Guapi-Açu, cujos gráficos são
apresentados nas Figuras 14 a 16, apresentou comportamento semelhante com a
variação definida nas três classes da resolução CONAMA 357 (entre 6 e 7,5). Os
maiores potenciais hidrogeniônicos para os três rios estudados coincidem com o
período do inverno.
pH - Rio Caceribu
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
Tanguá
Reta Nova
BR-493
Figura 14 – Variação do pH no rio Caceribu
pH - Rio Macacu
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Figura 15 – Variação do pH no rio Macacu
217
pH - Rio Guapiaçu
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
Duas Barras
Figura 16 – Variação do pH no rio Guapi-Açu
O Eh dos rios, cujos resultados são mostrados nas Figuras 17 a 19, a seguir,
apresentou valores homogêneos à exceção das seguintes amostras:
− Rio Macacu em Parque Ribeira e Imunana: nos meses de outubro de 2008
e julho de 2009 que resultaram em valores baixos de pH de 5,02 e 4,95
respectivamente;
− Rio Caceribu em BR-493: no mês de julho de 2009 que apresentou pH
igual a 8,54. Este valor sugere relação direta com a qualidade da água
neste ponto de amostragem, que se apresenta bastante comprometida.
A plotagem dos resultados de pH versus Eh, Figura 20, apresentou
comportamento esperado indicando características do campo de estabilidade das
águas naturais. Esta interpretação é importante para estudos futuros com os
resultados de metais, como o ferro, que poderão ser explicados para identificação do
campo de estabilidade do metal e sua provável forma iônica encontrada. O meio
oxidado contribui para a remobilização de metais pesados.
218
Eh - Rio Caceribu
-200
-100
0
100
200
300
400
500
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
mV
Tanguá
Reta Nova
BR-493
Figura 17 – Variação do Eh no rio Caceribu
Eh - Rio Macacu
-200
-100
0
100
200
300
400
500
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
mV
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Figura 18– Variação do Eh no rio Macacu
Eh - Rio Guapiaçu
-200
-100
0
100
200
300
400
500
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
mV
Duas Barras
Figura 19 – Variação do Eh no rio Guapi-Açu
219
pH x Eh
-800
-600
-400
-200
0
200
400
600
800
1000
1200
4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0
pH
Eh (m
V)Rio Caceribu
Rio Guapiaçu
Rio Macacu
Eh=1,23-0,059*pH
Eh=-0,059*pH
Figura 20 – pH versus Eh para os rios Caceribu, Macacu e Guapi-Açu
3.5. Nitrogênio
3.5.1. Nitrogênio Total
A avaliação da concentração de nitrogênio total é um indicador importante no
auxílio à avaliação do estágio de eutrofização do corpo hídrico. O aumento do teor
de nutrientes no corpo d`água pode causar aumento do número de algas podendo
resultar em superpopulações que, na camada superficial, impedem a penetração da
energia luminosa para as camadas inferiores do corpo d`água. Este processo
provoca a morte das algas situadas nestas regiões inferiores resultando, por
exemplo, na elevação do consumo de oxigênio por micro-organismos
decompositores causando mortandade de peixes, eventuais maus odores, entre
outros problemas.
A Figura 21 apresenta os resultados de nitrogênio total no rio Caceribu onde é
possível identificar uma elevação das concentrações no ponto de amostragem BR-
493 a partir do mês de maio para abril e decrescendo a seguir de junho a agosto.
Este comportamento também identificado nos outros dois pontos de amostragem
(Tanguá e Reta Nova) coincidindo com o período característico de baixa
precipitação.
220
Nitrogênio Total - Rio Caceribu
0,0
2,0
4,0
6,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)Tanguá
Reta Nova
BR-493
Figura 21 – Concentrações de nitrogênio total no rio Caceribu
O rio Macacu apresentou uma concentração média dos pontos cemitério e
Parque Ribeira bastante similares em torno de 1mg/L caracterizando uma maior
regularidade nas concentrações do que o rio Caceribu. No entanto, o ponto de
amostragem em Imunana apresentou um aumento na concentração em uma ordem
de grandeza não sugerindo um comportamento associado à sazonalidade. A
diferença do tamanho da bacia do rio Macacu pode ser um fator de concentração no
baixo curso onde a capacidade de suporte do rio pode ser diferente dos pontos à
montante.
Nitrogênio Total - Rio Macacu
0,1
1,0
10,0
100,0
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Figura 22 – Concentrações de nitrogênio total no rio Macacu
221
O rio Guapi-Açu apresenta valores bem inferiores aos rios Caceribu e Macacu
não caracterizando um comportamento associado à sazonalidade característica do
período de elevada precipitação (verão) ou de baixa precipitação (inverno).
Nitrogênio Total - Rio Guapiaçu
0,0
0,5
1,0
1,5
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Duas Barras
Figura 23 – Concentrações de nitrogênio total no rio Guapi-Açu
3.5.2. Nitrogênio Amoniacal
Os valores de nitrogênio amoniacal foram cruzados com os dados de pH
através de um gráfico de dispersão possibilitando uma melhor identificação da
classificação da qualidade da água dos três rios (Figura 24). Os resultados apontam
uma qualidade de água de classe 1 e 2 para todas as amostras dos rios estudos em
relação ao nitrogênio amoniacal. Para este parâmetro também fica evidente um
comprometimento da qualidade da água do rio Caceribu em relação aos demais.
Cabe ressaltar que as concentrações de nitrogênio amoniacal do rio Macacu são
mais elevadas no ponto de amostragem do Parque Ribeira. Este indicador é
produzido num primeiro estágio de decomposição do nitrogênio orgânico. Estes
valores podem estar relacionados à ocupação da área marginal do rio com
agropecuária além do processo de urbanização crescente e o aporte de despejo
orgânico não tratado.
222
pH e Nitrogênio Amoniacal
0,0
0,1
1,0
10,0
100,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
pH
Nitr
ogên
io A
mon
iaca
l (m
g/l)
Rio Caceribu
Rio Guapiaçu
Rio Macacu
Classe 1 e 2 (pH < 7,5)
Classe 1 e 2 (7,5 < pH < 8,0)
Classe 3 (pH < 7,5)
Classe 3 (7,5 < pH < 8,0)
Figura 24 – Variação do ph e nitrogênio amoniacal nos rios Macacu, Caceribu e
Guapi-Açu em relação à CONAMA 357
3.5.3. Nitrito e Nitrato
As concentrações de nitrito indicam um estágio intermediário da oxidação da
amônia, praticamente ausente no esgoto bruto [SPERLING, 2005]. O nitrato, por sua
vez, é resultante do produto final da oxidação da amônia, praticamente ausente no
esgoto bruto.
Os resultados determinados nas amostras do rio Caceribu (Figura 25)
apresentam concentrações com uma ordem de grandeza de diferença entre as
concentrações de nitrito e de nitrato, sugerindo um estágio inicial do processo de
decomposição. O rio Macacu (Figura 26), por sua vez apresenta valores de nitrito
com duas ordens de grandeza de diferença em relação ao nitrato já indicando um
processo menos recente no estágio de decomposição do nitrogênio amoniacal. Este
cenário também pode ser identificado no rio Guapi-Açu (Figura 27) diferindo com
valores de concentrações um pouco mais baixas.
Os resultados sugerem um processo de depuração do nitrogênio amoniacal
semelhante para os rios Macacu e o Guapi-Açu, quando comparados aos resultados
do rio Guapi-Açu. O presente cenário pode indicar um despejo de matéria orgânica
no rio Caceribu superior à capacidade de suporte natural.
223
Nitrito e Nitrato- Rio Caceribu
0,00
0,01
0,10
1,00
10,00
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Tanguá - NO2
Reta Nova - NO2
BR-493 - NO2
Tanguá - NO3
Reta Nova - NO3
BR-493 - NO3
Figura 25 – Concentrações de nitrito e nitrato no rio Caceribu
Nitrito e Nitrato - Rio Macacu
0,01
0,10
1,00
10,00
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Cemitério - NO2
Parque Ribeira - NO2
Imunana - NO2
Cemitério - NO3
Parque Ribeira - NO3
Imunana - NO3
Figura 26– Concentrações de nitrito e nitrato no rio Macacu
Nitrito e Nitrato - Rio Guapiaçu
0,00
0,01
0,10
1,00
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Duas Barras - NO2
Duas Barras - NO3
Figura 27 – Concentrações de nitrito e nitrato no rio Guapi-Açu
224
3.6. Fósforo Total
O fósforo inorgânico (ortofosfatos e polifosfatos) e o fósforo orgânico (P-total)
desempenham papel fundamental como nutrientes no tratamento biológico
[SPERLING, 2005]. As concentrações de fosfato e fósforo total (P-total)
apresentaram comportamentos semelhantes nos três rios não caracterizando,
portanto, uma sazonalidade dos valores em relação ao período amostrado, de
acordo com as Figuras 28 a 30, a seguir.
Fosfato e P Total - Rio Caceribu
0
0
0
1
10
100
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Tanguá - Fosfato
Reta Nova - Fosfato
BR-493 - Fosfato
Tanguá - P Total
Reta Nova - P Total
BR-493 - P Total
Figura 28 – Concentrações do fósforo inorgânico (fosfato) e fósforo orgânico (P-total) no rio Caceribu
Fosfato e P Total - Rio Macacu
0
0
1
10
100
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Cemitério - Fosfato
Parque Ribeira -FosfatoImunana - Fosfato
Cemitério - P Total
Parque Ribeira - PTotalImunana - P Total
Figura 29 – Concentrações do fósforo inorgânico (fosfato) e fósforo orgânico (P-total)
no rio Macacu
225
Fosfato e P Total - Rio Guapiaçu
0,01
0,10
1,00
10,00
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Duas Barras - Fosfato
Duas Barras - P Total
Figura 30 – Concentrações do fósforo inorgânico (fosfato) e fósforo orgânico (P-total)
no rio Guapi-Açu
3.7. Turbidez e Carbono Orgânico
As Figuras 31 e 32, a seguir, apresentam as concentrações de carbono
orgânico e os valores de turbidez determinados nos rios Caceribu e Macacu. De
maneira geral, os pontos de amostragem BR-493 (rio Caceribu) e Imunana (rio
Macacu) apresentaram os maiores valores em relação aos demais pontos de
amostragem com variação de duas ordens de grandeza para cada parâmetro
analisado.
Turbidez e Carbono Orgânico - Rio Caceribu
0
1
10
100
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
Tanguá - C.O.P. (mg/l)
Reta Nova - C.O.P. (mg/l)
BR-493 - C.O.P. (mg/l)
Tanguá - Turbidez (NTU)
Reta Nova - Turbidez (NTU)
BR-493 - Turbidez (NTU)
(mg/
l)
Figura 31 – Carbono orgânico e turbidez no rio Caceribu
226
Turbidez e Carbono Orgânico - Rio Macacu
0
1
10
100se
t/08
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Cemitério - C.O.P. (mg/l)
Parque Ribeira - C.O.P. (mg/l)
Imunana - C.O.P. (mg/l)
Cemitério - Turbidez (NTU)
Parque Ribeira -Turbidez (NTU)
Imunana - Turbidez (NTU)
Figura 32 – Carbono orgânico e turbidez no rio Macacu
O rio Guapi-Açu, por outro lado, apresentou valores de turbidez mais baixos
nos meses de junho, julho e agosto, pluviosidade menor, sugerindo uma
contribuição maior de água subterrânea em detrimento da água proveniente de
escoamento superficial, como pode se observar na Figura 33, a seguir.
Turbidez e Carbono Orgânico - Rio Guapiaçu
0
0
1
10
100
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(mg/
l)
Duas Barras - C.O.P. (mg/l)
Duas Barras - Turbidez (NTU)
Figura 33 – Carbono orgânico e turbidez no rio Guapi-Açu
Os valores de turbidez estão diretamente associados à concentração de
sólidos em suspensão, ou seja, é o seu principal constituinte responsável. No
227
presente estudo, os valores de turbidez foram plotados com as concentrações de
carbono orgânico e com as concentrações de material particulado em suspensão,
Figuras 34 e 35, respectivamente. Os três rios apresentaram resultados
semelhantes não confirmando a tendência registrada na bibliografia, [SPERLING,
2005].
Turbidez e Carbono Orgânico
0
5
10
15
20
25
30
35
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90Turbidez (NTU)
C.O
.P. (
mg/
l)
Rio Caceribu
Rio Guapi - Açu
Rio Macacu
Linear (Rio Caceribu)
Linear (Rio Guapi - Açu )
Linear (Rio Macacu)
Figura 34 – Valores de turbidez versus concentração de carbono orgânico
Turbidez e Material Particulado em Suspensão
01020
3040506070
8090
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Turbidez (NTU)
M.E
.S. (
mg/
l)
Rio Caceribu
Rio Guapi - Açu
Rio Macacu
Linear (Rio Caceribu)
Linear (Rio Macacu)
Linear (Rio Guapi - Açu )
Figura 35 – Valores de turbidez versus concentração de material particulado em
suspensão
228
3.8. Coliformes Totais e Fecais
3.8.1. Coliformes Totais
Os coliformes totais constituem em um grande grupo de bactérias que têm
sido isoladas de amostras de águas e solos poluídos e não poluídos, bem como de
fezes de seres humanos e outros animais de sangue quente. Este grupo foi bastante
usado no passado como indicador de qualidade de água e continua a ser usado em
algumas áreas, embora as dificuldades associadas com a ocorrência de bactérias
não fecais (SPERLING, 2005). Todos os rios apresentaram valores muito elevados
de coliformes totais, como mostrado nas Figuras 36 a 38, a seguir.
Coli. Totais - Rio Caceribu
100
1.000
10.000
100.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Tanguá
Reta Nova
BR-493
Figura 36 – Concentrações de coliformes totais no rio Caceribu
Coli. Totais - Rio Macacu
100
1.000
10.000
100.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Figura 37 – Concentrações de coliformes totais no rio Macacu
229
Coli. Totais - Rio Guapiaçu
100
1.000
10.000
100.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Duas Barras
Figura 38 – Concentrações de coliformes totais no rio Guapi-Açu
3.8.2. Coliformes Fecais
Os coliformes totais e fecais são um grupo de bactérias indicadoras de
organismos originários predominantemente do trato intestinal humano e de animais.
O limite5 das concentrações de coliformes termotolerantes (fecais) para as águas de
classe 2 é de 1.000 coliformes por 100 mL e para as águas de classe 3 é de 2.500
coliformes por 100 mL. Todos os rios apresentaram valores superiores ao
estabelecido pela resolução CONAMA 357, Figuras 39 a 41.
Coli. Fecais - Rio Caceribu
100
1.000
10.000
100.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Tanguá
Reta Nova
BR-493
Figura 39 – Concentrações de coliformes fecais no rio Caceribu
5 Resolução CONAMA 357, art. 15, inciso I.
230
Coli. Fecais - Rio Macacu
100
1.000
10.000
100.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Figura 40 – Concentrações de coliformes fecais no rio Macacu
Coli. Fecais - Rio Guapiaçu
1
10
100
1.000
10.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Duas Barras
Figura 41 – Concentrações de coliformes fecais no rio Guapi-Açu
3.9. Salmonella
É um grupo de bactérias de várias espécies que provocam febre, náusea e
diarréia quando vetor da contaminação. A Salmonella typhi é responsável pela febre
tifóide e sua contaminação provoca febre elevada, diarréia e ulceração no intestino
delgado. Não há limite tolerável para sua presença na resolução CONAMA 357.
Portanto, preza-se pela sua ausência. Em relação aos rios estudados, todos
apresentaram valores elevados de salmonellas, como mostrado nas Figuras 42 a 44.
231
Salmonella - Rio Caceribu
100
1.000
10.000
100.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Tanguá
Reta Nova
BR-493
Figura 42 – Concentrações de salmonellas no rio Caceribu
Salmonella - Rio Macacu
100
1.000
10.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Figura 43 – Concentrações de salmonellas no rio Macacu
232
Salmonella - Rio Guapiaçu
100
1.000
10.000
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(UFC
/100
ml)
Duas Barras
Figura 44 – Concentrações de salmonellas no rio Guapi-Açu
3.10. Clorofila a
A clorofila a é um indicador de produção primária (matéria orgânica) e suas
concentrações nos rios foram elevadas, indicando a ausência de processos tróficos
muito intensos na coluna d’água, mesmo para os rios mais estagnados, Figuras 45 a
47.
Clorofila a - Rio Caceribu
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(µg/
l)
Tanguá
Reta Nova
BR-493
Figura 45 – Concentrações de clorofila a no rio Caceribu
233
Clorofila a - Rio Macacu
0,000
0,004
0,008
0,012
0,016
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(µg/
l)Cemitério
Parque Ribeira
Imunana
Figura 46 – Concentrações de clorofila a no rio Macacu
Clorofila a - Rio Guapiaçu
0,000
0,002
0,004
set/0
8
out/0
8
nov/
08
dez/
08
jan/
09
fev/
09
mar
/09
abr/0
9
mai
/09
jun/
09
jul/0
9
ago/
09
Data
(µg/
l)
Duas Barras
Figura 47 – Concentrações de clorofila a no rio Guapi-Açu
4 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO RESULTADO DAS AMOSTRAGENS
Os resultados dos parâmetros de qualidade da água obtidos nos rios
Caceribu, Macacu e Guapi-Açu possibilitam algumas inferências sobre o atual
estado de qualidade dos rios. Objetivando uma análise qualitativa dos resultados foi
elaborada a Tabela 1, a seguir, que apresenta um resumo sucinto da interpretação
dos dados determinados.
Foram atribuídas cores para as respectivas classes de água: verde para
classe 1, amarelo para classe 2 e laranja para classe 3. Os parâmetros que
234
apresentaram valores elevados ou que superam os limites das classes foi atribuída a
cor vermelha. Para amostras ao longo do ano que apresentaram variação dos
valores dos parâmetros, que permitiam a alteração da classe, foram atribuídas as
mesmas cores representativas das classes, porém inseridas conjuntamente, como é
o caso de águas que apresentaram valores para as classes 1 e 2 (cores verde e
amarelo) e águas que apresentaram valores pertinentes às três classes (cores
verde, amarelo e laranja). O mesmo método foi utilizado para os valores muito
elevados quando em conjunto com as mesmas classes. A condutividade, quando
transformada em salinidade, possibilita a classificação da água como doce, salobra
ou salgada. Para esta determinação qualitativa na tabela foram inseridas as letras D
– águas doce; AS – águas salobras e S – águas salgadas.
Os dados provenientes das análises das amostras de água dos três rios
estudados: Caceribu, Macacu e Guapi-Açu indicam um acentuado comprometimento
da qualidade das águas, principalmente no rio Caceribu no ponto de amostragem
BR-493 onde os resultados dos parâmetros de pH, clorofila a, nitrito, nitrato e
nitrogênio amoniacal não se enquadram nos valores de referência provenientes da
resolução CONAMA 357. O rio em melhor situação de qualidade de água é o rio
Guapi-Açu sendo seguido pelo rio Macacu. Porém, todos os rios apresentaram
resultados preocupantes nos parâmetros coliformes fecais, fosfatos e fósforo total
sendo estes parâmetros indicadores principais relacionados a infraestrutura sanitária
ineficiente.
235
Tabela 1 – Resumo Qualitativo dos parâmetros das amostras de água dos rios Caceribu, Macacu e Guapi-Açu
Rio Guapiaçu
Duas Barras Cemitério Parque
Ribeira Imunana Tanguá Reta Nova BR-493
Condutividade D D D D D D
pH
O2
DBO5
Turbidez
Col. Fecais
Clorofila a
Fosfato
N Amonical
Nitrito
Nitrato
P Total
Classe 1 D Água Doce
Classe 2 AS Água Salobra
Classe 3 S Água Salgada
Fora de classificação
Variação de águas de classe 1 e 2
Variação de águas de classe 1, 2 e 3
Rio Macacu Rio Caceribu
LEGENDA
Parâmetro
AS
236
5 MODELO Qual-UFMG
O software Qual-UFMG foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas
Gerais a partir do Qual-2k, este desenvolvido pela United States Environmental
Protection Agency - EPA. O fator que influenciou a escolha do Qual-UFMG está
associado às dificuldades da interface aplicativo-usuário do Qual-2k. O Qual-UFMG
é um aplicativo intuitivo e de mais fácil utilização.
A estruturação do modelo para a geração de cenários é dividida em três
etapas, a saber: (1) o diagrama unifilar do rio onde são evidenciadas as vazões e a
localização das diversas entradas; (2) a determinação dos coeficientes utilizados nos
cálculos e (3) os dados propriamente ditos que irão alimentar o modelo.
5.1. Diagrama Unifilar
A estrutura inicial denominada diagrama unifilar é apresentada no início de
cada tópico referente à abordagem de cada rio. Foram consideradas as vazões Q7,10
para exemplificar esta estrutura. O diagrama unifilar tem como objetivo um estudo
prévio para organizar os dados que alimentarão o modelo. Importante neste contexto
é o ponto inicial considerado como ponto de referência para o modelo (headwater),
ponto de medição da vazão é onde se considera o início do modelo.
5.2. Dados de Entrada
Os parâmetros iniciais considerados para os rios Caceribu e Macacu são
apresentados na Tabela 2. Os coeficientes do modelo Qual-UFMG são calculados
automaticamente após a inserção dos dados, sendo necessário somente alguns
ajustes com relação às entradas e na discretização dos rios. Apresentaremos a
seguir, a título de exemplificação, os cálculos das constantes utilizadas.
237
Tabela 2 – Parâmetros iniciais para a modelagem dos cenários dos rios Macacu e Caceribu
Rio Caceribu Rio Macacu
Parâmetro Unidade Q7,10
Estação Seca
Estação Chuvosa Q7,10
Estação Seca
Estação Chuvosa
Qr m3/s 1,28 0,46 1,54 1,65 5,29 7,13 ODr mg/l 6,60 7,20 9,2 7,30 9,40 10,30 Qe m3/s - - - - - -
ODe mg/l - - - - - - DBOr mg/l 11,00 5,90 4,20 8,00 2,80 3,60 DBOe mg/l - - - - - -
Onde: (Qr) é a vazão do rio a montante do lançamento; (ODr) é o oxigênio dissolvido a montante do lançamento (Qe) é a vazão de esgotos; (ODe) oxigênio dissolvido no esgoto; (DBOr) demanda bioquímica de oxigênio a montante do lançamento; (DBOe) demanda bioquímica de oxigênio do esgoto.
5.2.1. Coeficiente de Desoxigenação e Coeficiente de Decomposição
O coeficiente de desoxigenação (K1) depende das características da matéria
orgânica, além da temperatura e da presença de substâncias inibidoras. Os valores
de DBO determinados em laboratório a partir das amostras coletadas no Projeto
Macacu são provenientes da análise de DBO de 5 dias. Este coeficiente,
determinado em laboratório necessita das análises de DBO de vários dias como 1,
3, 5, 7, 9 ou mais dias.
No âmbito do presente estudo, ele foi calculado a partir de regressão linear
composta primeiramente por valores estimados de DBO remanescente no t=0 (10) e
K1 (0,40) de acordo com a Tabela 3.
238
Tabela 3 – Valores típicos dos coeficientes de remoção de DBO Rios Rasos Rios Profundos
Origem K1
(Laborat.) Decomp. Kd
Sediment. Ks
Remoção Kr (Ks+Kd)
Decomp. Kd
Sediment. Ks
Remoção Kr (Ks+ Kd)
Curso d’água recebendo esgoto bruto concentrado
0,35-0,45 0,50-1,00 0,10-0,35 0,60-1,35 0,35-0,50 0,05-0,20 0,40-0,70
Curso d’água recebendo esgoto bruto de baixa concentração
0,30-0,40 0,40-0,80 0,05-0,25 0,45-1,05 0,30-0,45 0,00-0,15 0,30-0,60
Curso d’água recebendo efluente primário
0,30-0,40 0,40-0,80 0,05-0,10 0,45-0,90 0,30-0,45 0,00-0,05 0,30-0,50
Curso d’água recebendo efluente secundário
0,12-0,24 0,12-0,24 - 0,12-0,24 0,12-0,24 - 0,12-0,24
Curso d’água com águas limpas
0,08-0,20 0,08-0,20 - 0,08-0,20 0,08-0,20 - 0,08-0,20
Nota: a profundidade dos rios rasos é inferior a 1,5 m ou 1,0 m e dos rios profundos superior a 1,0 ou 1,5 m.
Fonte: Von Sperling, 2007.
Utilizando-se a ferramenta SOLVER do Excel foram calculados os valores de
Lo e K1 de forma a conduzir a um valor mínimo da soma dos erros. A Tabela 4
apresenta a diferença dos valores de DBO (Yobs) para dias 1, 2, 8 e 9 e os valores
estimados (Yest) são calculados a partir de:
( )( )tK1e1LoY ⋅−−⋅= (1)
Onde Y é a DBO exercida em um tempo t (mg/L), Lo é a DBO remanescente
em t=0 (mg/L) e K1 é o coeficiente de desoxigenação (d-1). A Tabela 4 apresenta os
dados iniciais para o cálculo do K1.
239
Tabela 4 - Dados iniciais estimados para a determinação do K1 e Lo
Lo 7,6 K1 0,22
Tempo (dias) Y obs Y est (Y obs - Y est)^2
0 0 0 0 1 1,329589 1,5 0,0 2 3,822567 2,7 1,2 8 5,318354 6,3 0,9 9 6,315545 6,6 0,1
soma de (Yobs-Yest)2 = 2,3
A Tabela 5 apresenta o resultado do cálculo através da ferramenta SOLVER
do Excel onde os valores mínimos gerados a partir dos valores da DBO são
exibidos.
Tabela 5 - Dados finais calculados a partir da ferramenta Solver do Excel para a determinação do K1 e Lo
O coeficiente de remoção efetiva de desoxigenação (Kd) no rio busca
incorporar a decomposição da matéria orgânica pela biomassa suspensa na massa
líquida, bem como pela biomassa no lodo de fundo. Ele está relacionado à taxa de
remoção do oxigênio no rio que pode ser maior do que aquela resultante da análise
amostral no laboratório. As principais causas são a sedimentação e a remoção de
DBO pelo lodo de fundo. Dessa forma, tem-se que:
Kd ≥ K1 (2)
240
Admite-se que os rios mais rasos são mais susceptíveis à influência da
demanda do sedimento e de outros fatores. As faixas de valores sugeridos pela
bibliografia são apresentadas na Tabela 3. Para o cálculo de Kd é usual a adoção
das equações sugeridas por EPA (1985) e Thomann & Mueller (1987),
respectivamente:
434,0
d 5,2H3,0K
−⎟⎠⎞
⎜⎝⎛⋅= para H ≤ 2,5m (3)
49,0
d Q80,1K −⋅= para 0,3m < H < 10m e 0,15 < Q < 250 m3/s (4)
Onde H é a profundidade e Q a vazão.
Foram calculados, a título de exemplo, os valores de Kd para as
profundidades determinadas no rio Caceribu. Desta forma, o rio Caceribu se
enquadra na faixa de vazão e profundidade da equação (3). O modelo calcula
automaticamente tais índices.
5.2.2. Coeficiente de Reaeração
O coeficiente de reaeração (K2) pode ser determinado através de métodos
estatísticos. Os dados envolvidos são: OD a diversos t, concentração de saturação
(C) e o coeficiente K2, sendo o primeiro os dados de entrada e os dois últimos de
saída, Tabela 7. A determinação de K2 é bastante complexa envolvendo o uso de
traçadores, desta forma o coeficiente de reaeração é estimado utilizando-se:
− Valores tabelados;
− Valores em função das características hidráulicas do corpo d’água;
− Valores correlacionados com a vazão do curso d’água.
A Tabela 6, a seguir, apresenta as equações para a determinação dos valores
de K2 utilizando a velocidade e a altura da lâmina d’água, segundo Sperling (2007).
241
Tabela 6 - Valores do coeficiente de K2 Pesquisador Fórmula Faixa de Aplicação
O’Connor & Dobbins (1958) 3,73 v0,5H-1,50 0,6m ≤ H < 4,0m e 0,05m/s ≤ v < 0,80m/s Churchill et al. (1962) 5,0 v0,97H-1,67 0,6m ≤ H < 4,0m e 0,80m/s ≤ v < 1,50m/s Owens et al. (apud Branco, 1978) 5,3 v0,67H-1,85 0,1m ≤ H < 0,6m e 0,05m/s ≤ v < 1,50m/s • v: velocidade do curso d’água (m/s). • H: altura da lâmina d’água (m). • Faixa de aplicabilidade adaptadas e ligeiramente modificadas de Covar (apud EPA, 1985), para efeito de
simplicidade.
Fonte: Sperling, 2007.
Tabela 7 - Valores de K2 calculados
Ponto Data H (m)
V (m/s) K2
set/08 - - - out/08 2,09 0,336 0,72 nov/08 2,08 0,17 0,51 dez/08 2,06 0,22 0,58 jan/09 - - --
BR-493 fev/09 2,65 0,51 0,61 mar/09 - - - abr/09 0,99 0,02 0,50 mai/09 1,56 0,08 0,55 jun/09 1,64 0,10 0,56 jul/09 - - - ago/09 1,64 0,10 0,56 set/08 - - - out/08 0,66 0,132 2,53 nov/08 0,77 0,143 2,09 dez/08 - - - jan/09 - - -
Reta Nova fev/09 0,88 0,346 2,66 mar/09 0,91 0,35 2,54 abr/09 0,79 0,21 2,44 mai/09 0,72 0,15 2,37 jun/09 0,66 0,11 2,31 jul/09 0,68 0,12 2,33 ago/09 0,66 0,11 2,31 set/08 - - - out/08 1,15 0,053 0,70 nov/08 1,15 0,070 0,80 dez/08 - - - jan/09 - - -
Ponte Tanguá fev/09 1,79 0,12 0,55 mar/09 2,16 0,18 0,49 abr/09 1,52 0,10 0,62 mai/09 1,31 0,07 0,68 jun/09 1,20 0,06 0,72 jul/09 1,20 0,06 0,72 ago/09 1,20 0,06 0,72
2,65 0,51 2,66 1,31 0,15 1,24
Máximo Médio
Mínimo 0,66 0,02 0,49
242
A temperatura influencia o coeficiente de reaeração K2 por dois aspectos a
saber:
− O aumento da temperatura reduz a solubilidade (concentração de
saturação) do oxigênio no meio líquido;
− O aumento da temperatura acelera os processos de absorção do oxigênio
(aumento de K2).
O aumento de K2 implica numa elevação na taxa de reaeração, através do
aumento do oxigênio. No entanto, ocorre a redução da concentração de saturação, o
que equivale à redução no déficit de oxigênio, resultando numa diminuição na taxa
de reaeração. O efeito da temperatura no coeficiente de reaeração K2 pode ser
expresso através da seguinte equação:
( ) ( ) ( )20T20KtK 22 −θ⋅= (5)
Onde K2(t) é o valor do coeficiente de reaeração K2 a uma temperatura T
qualquer (dia-1); K2(20) é o valor do coeficiente de reaeração K2 a uma temperatura
T igual a 20ºC (dia-1); T é a temperatura do líquido em ºC e, θ é o coeficiente de
temperatura (que é uma constante).
Um valor bastante utilizado do coeficiente de temperatura θ é 1,024 (EPA,
1987 apud Sperling, 2007). Esta mesma equação também é aplicada para a
correção do valor do coeficiente Kd. A Tabela 8 apresenta os valores corrigidos para
K1, K2 e Kd. Esta correção é realizada automaticamente pelo modelo aqui
apresentamos como exemplo.
243
Tabela 8 - Valores de K1, K2 e Kd corrigidos para a temperatura da água T
Ponto Data (°C)
K1T K2T KdT
set/08 22,60 0,44 0,66 0,40 out/08 25,90 0,51 0,82 0,37 nov/08 27,30 0,54 0,61 0,39 dez/08 27,00 0,53 0,69 0,39 jan/09 29,00 0,58 0,66 0,40 fev/09 29,20 0,59 0,76 0,36
BR-493 mar/09 28,70 0,58 0,66 0,40 abr/09 26,30 0,52 0,58 0,52 mai/09 24,10 0,47 0,61 0,41 jun/09 20,40 0,39 0,57 0,36 jul/09 - - 0,66 0,40 ago/09 - - 0,65 0,22 set/08 22,30 0,43 2,74 0,58 out/08 25,10 0,49 2,85 0,60 nov/08 28,10 0,56 2,53 0,61 dez/08 29,80 0,61 2,74 0,58 jan/09 29,80 0,61 2,74 0,58 fev/09 26,30 0,52 3,09 0,55
Reta Nova mar/09 27,90 0,56 3,06 0,56 abr/09 26,60 0,52 2,85 0,58 mai/09 24,20 0,47 2,62 0,57 jun/09 20,10 0,39 2,32 0,53 jul/09 - - 2,69 0,33 ago/09 - - 2,67 0,33 set/08 21,1 0,41 1,27 0,53 out/08 27,0 0,53 0,82 0,50 nov/08 27,4 0,54 0,95 0,50 dez/08 29,4 0,60 1,27 0,00
jan/09 28,8 0,58 1,27 0,53 fev/09 29,7 0,60 0,69 0,44
Ponte Tanguá mar/09 29,1 0,59 0,61 0,40 abr/09 27,5 0,55 0,74 0,45 mai/09 22,4 0,43 0,72 0,42 jun/09 19,0 0,37 0,70 0,40 jul/09 - - 0,83 0,26 ago/09 - - 0,83 0,26
Máximo 29,80 0,61 3,09 0,61 Médio 26,07 0,52 1,43 0,44
Mínimo 19,00 0,37 0,57 0,00
Nota: os valores em vermelho são valores médios de cada ponto de amostragem que foram inseridos para suprir a ausência de dados.
244
5.2.3. Características hidráulicas
Os valores de vazão, área, largura, velocidade e profundidade dos rios foram
obtidos junto à Coordenadoria de Recursos Hídricos do Projeto Macacu. A partir dos
valores disponibilizados, foi calculado o tempo de percurso (t) automaticamente pelo
modelo.
5.2.4. Temperatura da água (T)
As temperaturas determinadas em campo foram apresentadas nas tabelas
anteriores para o cálculo dos coeficientes utilizados. A temperatura tem grande
importância, pois influencia diretamente na solubilidade do oxigênio na água. O
modelo calcula automaticamente a correção dos coeficientes com a temperatura.
5.2.5. Concentração de saturação de OD (Cs)
O cálculo da concentração de saturação de oxigênio é dado pelos valores
determinados em ensaios de laboratório e apresentados anteriormente. Na Tabela 9
são relacionados os valores de temperatura e saturação do oxigênio dissolvido
retirados da literatura corrente para determinação da curva de tendência, mostrada
na Figura 48, a seguir, que é utilizada na discussão dos dados determinados em
campo e nos cálculos do modelo.
Figura 48 – Correlação entre temperatura e a concentração de saturação de oxigênio em água doce
245
Tabela 9 – Valores de temperatura/salinidade e saturação do oxigênio determinados em ensaios de laboratório
T°C 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 0 10.22 10.08 9.94 9.81 9.67 9.54 9.41 9.29 9.16 9.04 8.91 8.79 8.67 8.56 8.41 8.32 8.21 8.10
1 9.94 9.80 9.67 9.54 9.41 9.28 9.16 9.04 8.91 8.79 8.68 8.56 8.44 8.33 8.22 8.11 8.00 7.89
2 9.67 9.54 9.41 9.28 9.16 9.04 8.92 8.80 8.68 8.56 8.45 8.34 8.22 8.11 8.01 7.90 7.79 7.69
3 9.41 9.28 9.16 9.04 8.92 8.80 8.68 8.57 8.45 8.34 8.23 8.12 8.01 7.91 7.80 7.70 7.60 7.50
4 9.16 9.04 8.92 8.81 8.69 8.57 8.46 8.35 8.24 8.13 8.02 7.92 7.81 7.71 7.61 7.51 7.41 7.31
5 8.93 8.81 8.70 8.58 8.47 8.36 8.25 8.14 8.03 7.93 7.83 7.72 7.62 7.52 7.42 7.33 7.23 7.14
6 8.70 8.59 8.48 8.37 8.26 8.15 8.05 7.94 7.84 7.74 7.64 7.54 7.44 7.34 7.25 7.15 7.06 6.97
7 8.49 8.38 8.27 8.16 8.06 7.95 7.85 7.75 7.65 7.55 7.45 7.36 7.26 7.17 7.08 6.98 6.89 6.81
8 8.28 8.17 8.07 7.97 7.86 7.76 7.66 7.57 7.47 7.37 7.28 7.19 7.09 7.00 6.91 6.82 6.74 6.65
9 8.08 7.98 7.88 7.78 7.68 7.58 7.48 7.39 7.30 7.20 7.11 7.02 6.93 6.84 6.76 6.67 6.59 6.50
10 7.89 7.79 7.69 7.60 7.50 7.41 7.31 7.22 7.13 7.04 6.95 6.86 6.78 6.69 6.61 6.52 6.44 6.36
11 7.71 7.61 7.52 7.42 7.33 7.24 7.15 7.06 6.97 6.88 6.80 6.71 6.63 6.54 6.46 6.38 6.30 6.22
12 7.53 7.44 7.35 7.26 7.17 7.08 6.99 6.90 6.82 6.73 6.65 6.56 6.48 6.40 6.32 6.24 6.17 6.09
13 7.37 7.27 7.18 7.10 7.01 6.92 6.84 6.75 6.67 6.59 6.50 6.42 6.34 6.27 6.19 6.11 6.04 5.96
14 7.20 7.12 7.03 6.94 6.86 6.77 6.69 6.61 6.53 6.45 6.37 6.29 6.21 6.14 6.06 5.99 5.91 5.84
15 7.05 6.96 6.88 6.79 6.71 6.63 6.55 6.42 6.39 6.31 6.24 6.16 6.08 6.01 5.94 5.87 5.79 5.72
16 6.90 6.81 6.73 6.65 6.57 6.49 6.41 6.34 6.26 6.18 6.11 6.03 5.96 5.89 5.82 5.75 5.68 5.61
17 6.75 6.67 6.59 6.51 6.44 6.36 6.28 6.21 6.13 6.06 5.99 5.91 5.84 5.77 5.70 5.64 5.57 5.50
18 6.61 6.54 6.46 6.38 6.31 6.23 6.16 6.08 6.04 5.94 5.87 5.80 5.73 5.66 5.59 5.53 5.46 5.40
19 6.48 6.40 6.33 6.25 6.18 6.11 6.03 5.96 5.89 5.82 5.75 5.69 5.62 5.55 5.49 5.42 5.36 5.29
20 6.35 6.28 6.20 6.13 6.06 5.99 5.92 5.85 5.79 5.71 5.64 5.58 5.51 5.45 5.38 5.32 5.26 5.20
21 6.23 6.15 6.08 6.01 5.94 5.87 5.80 5.74 5.67 5.60 5.54 5.47 5.41 5.35 5.28 5.22 5.16 5.10
22 6.11 6.04 5.97 5.90 5.83 5.76 5.69 5.63 5.56 5.50 5.44 5.37 5.31 5.25 5.19 5.13 5.07 5.01
23 5.99 5.92 5.85 5.79 5.72 5.65 5.59 5.52 5.46 5.40 5.34 5.28 5.21 5.15 5.10 5.04 4.98 4.92
24 5.88 5.81 5.74 5.68 5.61 5.55 5.49 5.42 5.36 5.30 5.24 5.18 5.12 5.06 5.01 4.95 4.89 4.84
25 5.77 5.70 5.64 5.58 5.51 5.45 5.39 5.33 5.27 5.21 5.15 5.09 5.03 4.98 4.92 4.86 4.81 4.75
26 5.66 5.60 5.54 5.48 5.41 5.35 5.29 5.23 5.17 5.12 5.06 5.00 4.95 5.89 4.83 4.78 4.73 4.67
27 5.56 5.50 5.44 5.38 5.32 5.26 5.20 5.14 5.08 5.03 4.97 4.92 4.86 5.81 4.75 4.70 4.65 4.60
28 5.46 5.40 5.34 5.28 5.23 5.17 5.11 5.05 5.00 4.91 4.89 4.83 4.78 4.73 4.67 4.62 4.57 4.52
29 5.37 5.31 5.25 5.19 5.14 5.08 5.02 5.97 4.91 4.86 4.81 4.75 4.70 4.65 4.60 4.55 4.50 4.45
30 5.28 5.22 5.16 5.10 5.05 4.99 4.94 5.89 4.83 4.78 4.73 4.68 4.62 4.57 4.52 4.47 4.43 4.38
Fonte: Wasserman, 1997.
5.2.6. Oxigênio dissolvido mínimo permissível (ODmín)
A concentração de oxigênio dissolvido mínimo considerado neste modelo é
referente as águas de classe 2 da Resolução 357 CONAMA. Este valor é igual a 5
mg/L.
A seguir, são apresentados os resultados dos modelos gerados buscando
identificar as características composicionais importantes que possibilitem uma
interpretação dos resultados do monitoramento realizado e a discussão do cenário
mais crítico em termos de qualidade de água, onde são considerados os piores
resultados dos parâmetros monitorados aplicados à vazão característica Q7,10.
246
6 MODELAGEM DO RIO CACERIBU
6.1. Diagrama Unifilar
Legenda:
Caceribu 6,32 m3/s
A = 589,3 km2
Vazões medidas e área da bacia calculada até este ponto
Pontos de amostragem
Rio Iguá
1,22 m3/s A=1129Km2 Vazões determinadas e
área da bacia do rio contribuinte
Figura 49 – Diagrama unifilar do rio Caceribu
Caceribu
6,32 m3/s A = 589,3 km2
Caceribu
8,38 m3/s A = 811,6 km2
Rio Porto das Caixas
2,06 m3/s A= 189,0Km2
Rio Iguá
1,22 m3/s A= 112,9 Km2
Caceribu
0,61 m3/s A = 57 4 Km2
Caceribu
1,28 m3/s A = 118,2 km2
Caceribu
3,33 m3/s A = 302,6 km2
Caceribu
4,49 m3/s A = 406,4 km2
Rio Bonito
0,64 m3/s A= 59,6 Km2
Rio Tanguá
1,26 m3/s A= 116 3 Km2
Rio dos Duques
0,99 m3/s A= 99,2 Km2
Rio Caceribu
247
6.2. Gráficos dos perfis de concentração ao longo do percurso
Descrevem-se a seguir, os resultados obtidos a partir da modelagem dos
períodos chuvoso e seco e em situações críticas com vazão Q7,10 do rio Caceribu.
Em linhas gerais, identifica-se no ponto de amostragem Reta Nova um trecho onde
ocorrem modificações composicionais relevantes, relacionando os processos
químicos e biológicos monitorados.
As Figuras 50 a 52 apresentam o percentual da extensão do trecho do rio que
se enquadra nos padrões de enquadramento da classe 2 nos períodos chuvoso,
seco e crítico (Q7,10). Os resultados permitem a compartimentação dos parâmetros
em fatores principais de comprometimento da qualidade da água que no rio
Caceribu são: fator 1 que agrupa as concentrações de coliformes fecais e de fósforo;
fator 2 representado basicamente pelo oxigênio dissolvido e fator 3 que engloba a
DBO e o nitrito. Esta ordem dos fatores está relacionada também ao grau de
comprometimento do fator sobre a qualidade do rio Caceribu, sendo assim o fator 1
têm maior relevância que o fator 2 e este, por sua vez, maior que o fator 3.
Os resultados da Figura 50 sugerem uma diluição, ocasionando uma melhoria
na condição de OD e DBO das águas do rio Caceribu. O período seco já
proporciona uma DBO maior e uma redução da concentração de OD. Os resultados
de monitoramento quando simulados com a vazão de Q7,10 provocam uma drástica
redução do oxigênio e aumento representativo da DBO e consequente aumento da
extensão comprometida com as concentrações de amônia e nitrito. Cabe salientar
que este cenário está relacionado aos valores atuais de população.
248
PORCENTAGEM DA EXTENSÃO DO TRECHO DENTRO DOS PADRÕES - RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
89,898,0 99,4 99,4 99,4
0,0 0,00
102030405060708090
100
OD DBO N-amon N-nitrito N-nitrato
P Coli
Porc
enta
gem
(%)
Figura 50 – Percentagem da extensão do trecho do rio Caceribu dentro dos padrões
de qualidade da água de classe 2 no período chuvoso
PORCENTAGEM DA EXTENSÃO DO TRECHO DENTRO DOS PADRÕES - RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
60,5
86,3
99,489,2
99,4
0,0 0,00
102030405060708090
100
OD D B O N -amo n N -nitrito N -nitrato P C o li
Porc
enta
gem
(%)
Figura 51 – Percentagem da extensão do trecho do rio Caceribu dentro dos padrões
de qualidade da água de classe 2 no período seco
PORCENTAGEM DA EXTENSÃO DO TRECHO DENTRO DOS PADRÕES - RIO CACERIBU - Q7,10
2,02
35,10
61,42
10,24
99,44
0,00 0,000
102030405060708090
100
OD D B O N - amo n N - nit r i t o N - nit rat o P C o li
Porc
enta
gem
(%)
Figura 52 – Percentagem da extensão do trecho do rio Caceribu dentro dos padrões
de qualidade da água de classe 2 no cenário crítico
249
7 MODELAGEM DO RIO MACACU
7.1. Diagrama Unifilar
Rio Boa Vista
0,34 m3/s A= 32,0 Km2
Rio Bengala
0,36 m3/s A= 34,3 Km2
Rio Soarinho
0,61 m3/s A= 57,0 Km2
Rio Guapimirim
1,42 m3/s A= 130,7 Km2
Rio Macacu
Rio Cassiano
0,35 m3/s A= 32,7 Km2
Rio Imbuí
0,55 m3/s A= 51,7 Km2
Rio Guapi-Açu
6,44 m3/s A= 580,0 Km2
Macacu 1,65 m3/s A = 152,0 Km2
Macacu 2,81 m3/s A = 256,1 Km2
Macacu 4,25m3/s A = 330,8 Km2
Macacu 4,33m3/s A = 392,4 Km2
Macacu 5,41m/s A = 439,6 Km2
Macacu 6,02m3/s A =542,3 Km2
Macacu 3,64 m3/s A = 57,4 Km2
Macacu 6,02m3/s A = 1.136,4 Km2
Legenda:
Caceribu 6,32 m3/s
A = 589,3 km2
Vazões medidas e área da bacia calculada até este ponto
Pontos de amostragem
Rio Iguá
1,22 m3/s A=1129Km2 Vazões determinadas e
área da bacia do rio contribuinte
Figura 53 – Diagrama unifilar do rio Macacu
250
7.1. Gráficos dos perfis de concentração ao longo do percurso
Os resultados obtidos a partir da modelagem dos períodos chuvoso e seco e
em situações críticas com vazão Q7,10 do rio Macacu, pode-se inferir que o rio
Macacu apresenta uma situação de menor comprometimento da qualidade da água
do que o rio Caceribu. Porém, observando o comprometimento do curso estudado,
podem-se identificar dois fatores principais que respondem pelo comprometimento
da qualidade da água. Estes fatores, no entanto, não são comuns aos três cenários
estudados. O fator 1, que compromete toda a extensão estudada do rio Macacu,
está associado às concentrações de fósforo e coliforme fecal nos períodos seco e
chuvoso, Figuras 54 e 55. O fator 2 aparece no cenário crítico de Q7,10, quando
foram inseridos os resultados desfavoráveis determinados durante as coletas de
campo e resultados laboratoriais. Este fator, no rio Macacu, responde com as baixas
concentrações do OD e da DBO, reduzindo o percentual do trecho do rio dentro dos
padrões da classe 2, sendo este em torno de 20% a 25% do curso estudado, Figura
56. Estes resultados sugerem uma capacidade de suporte do rio Macacu mais
elevada do que o rio Caceribu, tendo condições de recuperação da sua qualidade da
água, se forem executadas medidas de mitigação para as atividades impactantes
atuais.
PORCENTAGEM DA EXTENSÃO DO TRECHO DENTRO DOS PADRÕES - RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
0,0 0,00
102030405060708090
100
OD DBO N-amon N-nitrito
N-nitrato
P Coli
Porc
enta
gem
(%)
Figura 54 – Percentagem da extensão do trecho do rio Macacu dentro dos padrões de qualidade da água de classe 2 no período chuvoso
251
PORCENTAGEM DA EXTENSÃO DO TRECHO DENTRO DOS PADRÕES - RIO MACACU - PERÍODO SECO
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
0,0 0,00
102030405060708090
100
OD DBO N-amon N-nitrito N-nitrato
P Coli
Porc
enta
gem
(%)
Figura 55 – Percentagem da extensão do trecho do rio Macacu dentro dos padrões
de qualidade da água de classe 2 no período seco
PORCENTAGEM DA EXTENSÃO DO TRECHO DENTRO DOS PADRÕES - RIO MACACU - Q7,10
82,875,9
100,0 100,0 100,0
0,0 0,00
102030405060708090
100
OD DBO N-amon N-nitrito N-nitrato
P Coli
Porc
enta
gem
(%)
Figura 56 – Percentagem da extensão do trecho do rio Macacu dentro dos padrões
de qualidade da água de classe 2 no cenário crítico
O aprofundamento do estudo realizado, através de uma avaliação da
qualidade de água de seus afluentes, possibilitará a construção de um sistema de
monitoramento contínuo, facilitando a gestão dos recursos hídricos e a abertura para
um processo de governança, reunindo o poder público, as empresas envolvidas e a
sociedade.
252
8 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A avaliação da qualidade da água em áreas de elevada densidade
populacional é necessária para garantir a sustentabilidade das áreas ocupadas.
Neste sentido o presente estudo constituiu-se em uma valiosa contribuição ao
entendimento dos processos hidroquímicos que ocorrem nas bacias dos rios
Macacu e Caceribu.
Embora diversos parâmetros (e.g.: DBO5, colimetria) determinados na água
do rio indiquem que o rio Macacu apresenta uma qualidade de água mais
degradada, a modelagem mostra que para situações críticas (Q7,10) a carga de
poluentes do rio Caceribu é muito mais elevada. Os valores encontrados no rio
Macacu são resultantes da ocupação desordenada de suas margens, contudo, a
vazão deste rio é muito mais intensa do que a do rio Caceribu, mostrando que o
primeiro apresenta uma maior capacidade de suporte do que o segundo. Em termos
de capacidade de suporte, o número de violações dos limites da resolução
CONAMA 357 observados nas simulações do rio Caceribu confirma a degradação
do rio.
A contaminação por nutrientes medida em ambos os rios não é muito
elevada, o que pode ser atribuído ao processo de diluição dado pelas suas
respectivas vazões. A baixa concentração de nutrientes gera também uma baixa
produtividade primária de microalgas, cujos valores de clorofila a são ainda mais
reduzidos pela baixa taxa de penetração da luz (elevada concentração de material
particulado em suspensão).
A demanda bioquímica de oxigênio por sua vez, mostrou-se amenizada,
provavelmente pela elevada disponibilidade de oxigênio que parece se difundir de
maneira intensa no sistema. Esta difusão do oxigênio pode ser atribuída à
turbulência de alguns trechos dos rios, principalmente no rio Caceribu em algumas
partes do seu baixo curso. Não fica claro, portanto, se os aportes de DBO5 são muito
intensos em ambas as bacias hidrográficas e a matéria orgânica é consumida ao
longo do percurso, ou se a DBO5 é decorrente de reduzidos aportes.
A concentração de carbono orgânico se mostrou relativamente baixa,
indicando que a turbidez da água é atribuída à carga mineral. Esta baixa
concentração de carbono por sua vez, parece ser o resultado da lixiviação de solos
muito pobres em matéria orgânica, o que é típico das áreas desprovidas de
253
cobertura vegetal ou áreas de pasto. Uma ação que pode melhorar a qualidade da
água na região seria o replantio das matas ciliares e das vegetações nos topos dos
morros. Contudo, o aumento da transparência da água pode intensificar a produção
primária, a qual não deve atingir valores críticos, visto que a concentração de
nutrientes também não é muito elevada. Para o futuro, é importante que as
concentrações destes nutrientes sejam controladas, pois em situações críticas
(Q7,10) existe o risco de ocorrência de florações algais que, além de degradar a
qualidade da água, poderá chegar a causar mortandades de peixes, como
observado em diversos corpos hídricos do Estado do Rio de Janeiro.
Outro aspecto que vale a pena destacar está relacionado à disponibilidade
hídrica para a diluição dos poluentes da região. Conforme apresentado
anteriormente no cenário crítico, observa-se as piores condições de qualidade de
água, principalmente no rio Caceribu. Esta vazão, que é uma situação excepcional,
pode vir a ser frequente em um cenário de crescimento descontrolado da população
da bacia e do consequente aumento da captação de água desses rios.
Os resultados obtidos evidenciam a importância de geração de infraestrutura
sanitária das áreas ocupadas e principais cidades das bacias como forma de mitigar
o atual cenário de degradação dos recursos hídricos superficiais. Nesse sentido, o
processo de redução da carga de esgoto e de matéria orgânica resultará numa
sensível diminuição do aporte de nutrientes para a baía de Guanabara, interferindo
substancialmente no processo de eutrofização das suas águas.
Além dos impactos ambientais, o aumento populacional decorrente da
instalação e do funcionamento do Complexo Petroquímico no município de Itaboraí
provocará a aceleração da degradação da qualidade sanitária de água, aumentando
a probabilidade de doenças de veiculação hídrica e, conseqüentemente, um impacto
substancial na economia da região.
O cenário atual de comprometimento da qualidade da água dos rios Caceribu,
Macacu e Guapi-Açu apresenta níveis bem diferenciados. O rio Caceribu foi
caracterizado neste estudo por um estado de degradação substancial, sugerindo a
necessidade de ações de maior intensidade em curto e médio prazo. Estas ações
devem possibilitar sua recuperação em um espaço de tempo menor que os outros
dois rios. O rio Macacu apresenta uma capacidade de suporte mais elevada que o
rio Caceribu caracterizando-se por uma melhor qualidade de água. O rio Macacu,
por outro lado, dada a dimensão da sua bacia, requer investimentos e estudos de
254
maior amplitude e complexidade a fim de direcionar as ações mitigadoras e de
conservação. Finalmente, o rio Guapi-Açu, dadas as melhores condições de
qualidade da água em comparação com os outros dois rios demanda ações de
caráter conservacionista, identificando os principais fatores de comprometimento da
qualidade de suas águas.
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2003.
257
10 ANEXOS
10.1 Resultados analíticos e de campo
Rio Caceribu
Data Estação Hora Temp °C
Cond uS pH Eh
mV O2
mg/L DBO5 mg/L
MES mg/L
Montante set/08 Posto Tanguá 10:50 21,1 142,50 6,87 124 14,40 6,10 15,40 out/08 Posto Tanguá 13:40 27,0 162,00 7,07 149 6,60 ND 27,20 nov/08 Posto Tanguá 13:21 27,4 61,50 6,75 155 8,80 0,10 237,50 dez/08 Posto Tanguá 12:50 29,4 121,40 6,72 228 15,95 10,97 35,20 jan/09 Posto Tanguá 13:30 28,8 110,80 6,72 217 7,64 4,32 30,20 fev/09 Posto Tanguá 12:35 29,7 94,10 6,45 XXX 8,30 3,32 59,63 mar/09 Posto Tanguá 12:10 29,1 108,70 7,11 290 7,98 2,33 36,00 abr/09 Posto Tanguá 11:40 27,5 111,80 6,60 198 7,39 ND 41,70 mai/09 Posto Tanguá 08:40 22,4 115,20 6,81 416 7,39 3,86 24,80 jun/09 Posto Tanguá 09:05 19,0 109,00 6,96 275 6,38 5,71 11,79 jul/09 Posto Tanguá 17:06 22,2 92,00 6,30 174 8,00 7,70 20,41
ago/09 Posto Tanguá 11:00 23,8 168,10 6,93 186 6,69 6,36 23,50 Intermediário
set/08 Reta Nova 12:00 22,3 164,50 6,75 124 7,00 ND 14,20 out/08 Reta Nova 12:20 25,1 162,00 6,40 161 5,70 ND 15,60 nov/08 Reta Nova 13:40 28,1 176,60 6,48 121 8,80 0,40 12,80 dez/08 Reta Nova 14:00 29,8 147,90 6,56 213 13,30 7,64 25,10 jan/09 Reta Nova 13:00 29,8 37,00 6,51 XXX 7,15 0,17 30,60 fev/09 Reta Nova 08:25 26,3 69,20 6,22 XXX 9,97 3,66 510,67 mar/09 Reta Nova 08:15 27,9 121,00 6,89 31 7,98 1,99 17,17 abr/09 Reta Nova 26,6 124,10 7,10 254 8,73 2,01 31,70 mai/09 Reta Nova 24,2 126,10 6,92 390 8,40 2,01 23,00 jun/09 Reta Nova 09:50 20,1 132,00 7,00 260 5,71 3,69 3,33 jul/09 Reta Nova 11:55 21,0 202,10 6,79 154 7,60 7,00 18,20
ago/09 Reta Nova 11:55 26,2 194,50 7,00 206 8,02 7,35 26,00 Jusante
set/08 Ponte BR-493 09:10 22,6 18300,00 6,74 -49 13,50 5,00 20,00 out/08 Ponte BR-493 09:37 25,9 280,00 6,60 116 6,70 ND 20,20 nov/08 Ponte BR-493 08:40 27,3 473,00 6,41 -1 7,50 ND 56,29 dez/08 Ponte BR-493 08:15 27,0 216,60 6,25 264 4,99 ND 47,88 jan/09 Ponte BR-493 10:45 29,0 208,60 6,12 164 1,33 0,33 30,25 fev/09 Ponte BR-493 08:20 29,2 179,80 5,92 XXX 3,99 1,00 37,20 mar/09 Ponte BR-493 08:40 28,7 290,70 6,61 257 3,66 0,00 24,10 abr/09 Ponte BR-493 08:20 26,3 203,90 6,37 190 3,02 ND 62,53 mai/09 Ponte BR-493 08:15 24,1 1577,00 6,44 361 3,69 ND 55,60 jun/09 Ponte BR-493 08:40 20,4 1729,00 6,89 150 3,02 2,35 17,33 jul/09 Ponte BR-493 10:40 21,9 450,70 8,54 194 3,70 3,30 13,40
ago/09 Ponte BR-493 09:50 24,3 2276,00 6,82 120 1,67 ND 16,07
258
Rio Caceribu
Data Estação Turb. NTU
Col. Fecais
Col. Totais UFC/100ml Salmonela Clor. A
mg.m-3 Ferro
mg.m-3 Fosfato
mg/L Montante
set/08 Posto Tanguá 65,14 3810 6015 3060 ND 20,72 0,16 out/08 Posto Tanguá 44,00 XXX XXX 0 1,07 0,43 0,29 nov/08 Posto Tanguá 91,50 1020 7680 2340 ND 13,88 0,14 dez/08 Posto Tanguá 39,60 1320 6300 2040 17,21 ND 0,12 jan/09 Posto Tanguá 39,20 XXX XXX 0 ND 2,50 0,22 fev/09 Posto Tanguá 52,70 XXX XXX 0 ND ND 0,13 mar/09 Posto Tanguá 33,90 2700 6900 2880 1,92 ND 0,17 abr/09 Posto Tanguá 62,90 13440 21000 1800 ND ND 0,19 mai/09 Posto Tanguá 28,70 6240 14460 2460 1,78 ND 0,27 jun/09 Posto Tanguá 16,50 2880 11100 1500 0,00 1,25 0,18 jul/09 Posto Tanguá 56,70 XXX XXX XXX 0,83 1,03 0,23
ago/09 Posto Tanguá 24,40 XXX XXX XXX ND 3,07 0,18 Intermediário
set/08 Reta Nova 55,35 1395 6720 1470 ND 46,89 0,24 out/08 Reta Nova 33,70 360 1740 0 ND 5,77 0,28 nov/08 Reta Nova 24,80 420 1860 180 1,34 6,14 0,14 dez/08 Reta Nova 34,60 1440 8280 2760 ND 58,58 0,15 jan/09 Reta Nova 38,20 XXX XXX 60 ND 6,50 0,01 fev/09 Reta Nova 842,00 14400 22200 3000 ND ND 0,07 mar/09 Reta Nova 26,00 1800 6540 2100 1,42 ND 0,17 abr/09 Reta Nova 65,20 10200 19380 720 ND ND 0,20 mai/09 Reta Nova 38,00 1020 9000 5580 2,29 0,38 0,20 jun/09 Reta Nova 15,50 1980 5520 2760 0,59 0,65 0,13 jul/09 Reta Nova 21,60 XXX XXX XXX ND 3,04 0,09
ago/09 Reta Nova 24,70 XXX XXX XXX 8,96 2,12 0,09 Jusante
set/08 Ponte BR-493 43,87 2190 5115 1290 ND 144,82 0,10 out/08 Ponte BR-493 52,50 420 1380 0 ND 1,82 0,14 nov/08 Ponte BR-493 50,10 1920 7260 2940 31,15 ND 0,36 dez/08 Ponte BR-493 84,80 300 3480 1200 ND 4,27 0,07 jan/09 Ponte BR-493 39,50 XXX XXX 0 ND 5,92 0,10 fev/09 Ponte BR-493 51,70 XXX XXX 0 4,01 ND 0,11 mar/09 Ponte BR-493 30,80 600 3600 2160 ND 10,83 0,07 abr/09 Ponte BR-493 85,00 2040 3960 0 ND ND 0,12 mai/09 Ponte BR-493 30,90 XXX XXX XXX 0,67 0,73 0,11 jun/09 Ponte BR-493 31,20 600 4440 360 0,67 ND 0,05 jul/09 Ponte BR-493 14,20 XXX XXX XXX 9,51 ND 0,08
ago/09 Ponte BR-493 9,76 XXX XXX XXX 2,50 0,18 0,15
259
Rio Caceribu
Data Estação Amônio mg/L
Nitrito mg/L
Nitrato mg/L
C.O.P. mg/L
P Total mg/L
N Total mg/L
Montante set/08 Posto Tanguá 11,97 0,34 0,62 7,70 5,72 4,85 out/08 Posto Tanguá 1,28 0,30 0,70 7,35 8,52 4,85 nov/08 Posto Tanguá 0,25 0,08 0,34 12,00 5,25 5,52 dez/08 Posto Tanguá 0,43 0,34 0,68 6,30 4,67 2,08 jan/09 Posto Tanguá 0,28 0,42 2,29 4,77 4,13 2,91 fev/09 Posto Tanguá 0,32 0,17 1,05 10,08 4,88 8,10 mar/09 Posto Tanguá 0,41 0,24 1,21 7,68 5,75 4,45 abr/09 Posto Tanguá 0,41 0,42 2,01 4,67 5,26 5,77 mai/09 Posto Tanguá 0,01 0,34 1,36 5,22 7,54 5,66 jun/09 Posto Tanguá 0,97 0,33 1,09 3,41 4,20 3,45 jul/09 Posto Tanguá 1,01 0,29 1,51 8,44 3,91 13,54
ago/09 Posto Tanguá 1,43 0,22 0,90 4,20 7,76 2,95 Intermediário
set/08 Reta Nova 17,82 0,50 XXX 3,14 6,76 3,23 out/08 Reta Nova 0,83 0,54 1,16 4,65 6,58 3,01 nov/08 Reta Nova 0,22 0,18 0,80 3,71 4,21 3,00 dez/08 Reta Nova 0,32 0,54 1,17 4,80 3,78 1,71 jan/09 Reta Nova 0,33 0,28 3,61 6,15 5,65 3,50 fev/09 Reta Nova 0,25 0,13 1,25 31,88 21,99 27,71 mar/09 Reta Nova 0,26 0,35 1,79 2,86 4,69 4,70 abr/09 Reta Nova 0,49 0,27 2,50 4,50 4,05 6,16 mai/09 Reta Nova 0,44 0,37 2,78 4,89 6,21 5,83 jun/09 Reta Nova 0,66 0,42 2,77 0,68 1,67 1,20 jul/09 Reta Nova 0,88 0,18 1,10 5,57 8,09 12,55
ago/09 Reta Nova 0,82 0,31 2,61 4,44 6,62 2,71 Jusante
set/08 Ponte BR-493 7,49 0,14 0,29 8,52 5,08 6,94 out/08 Ponte BR-493 0,72 0,04 0,62 6,15 10,75 5,29 nov/08 Ponte BR-493 1,37 0,02 0,14 11,29 15,99 0,66 dez/08 Ponte BR-493 0,52 0,12 0,34 9,94 4,93 3,53 jan/09 Ponte BR-493 0,47 0,08 0,38 13,27 8,06 5,20 fev/09 Ponte BR-493 0,45 0,02 0,01 21,38 10,42 12,49 mar/09 Ponte BR-493 0,51 0,08 0,46 6,29 5,75 4,74 abr/09 Ponte BR-493 0,85 0,14 2,01 13,73 7,42 9,60 mai/09 Ponte BR-493 0,48 0,15 1,36 7,74 6,46 7,87 jun/09 Ponte BR-493 0,90 0,21 1,31 3,91 4,17 4,69 jul/09 Ponte BR-493 0,48 0,15 0,52 5,43 4,54 14,95
ago/09 Ponte BR-493 0,07 0,11 0,65 4,16 4,19 2,63
260
Rio Guapi-Açu
Data Estação Hora Temp °C
Cond uS pH Eh
mV O2
mg/L DBO5 mg/L
MES mg/L
set/08 Guapi - Açu 17:30 19,8 33,40 6,99 211 8,40 0,10 12,60 out/08 Guapi - Açu 11:15 24,9 24,90 7,00 149 6,20 ND 4,80 nov/08 Guapi - Açu 09:15 22,0 21,50 6,84 220 18,90 1,66 34,80 dez/08 Guapi - Açu 11:00 24,5 24,30 6,62 225 9,62 2,32 2,14 jan/09 Guapi - Açu 10:00 24,5 27,30 6,42 190 8,80 3,48 3,74 fev/09 Guapi - Açu 10:50 24,7 26,90 6,50 XXX 9,14 0,83 6,65 mar/09 Guapi - Açu 10:30 25,8 30,30 7,18 215 9,64 0,00 3,82 abr/09 Guapi - Açu 10:40 23,6 26,00 7,04 190 10,07 1,51 3,03 mai/09 Guapi - Açu 11:30 23,0 28,30 7,47 340 10,75 1,68 2,60 jun/09 Guapi - Açu 12:25 20,1 24,40 7,27 163 8,06 0,34 1,59 jul/09 Guapi - Açu 14:30 21,4 30,80 7,33 185 10,10 1,70 3,51
ago/09 Guapi - Açu 02:05 24,0 32,90 7,09 137 9,02 1,00 3,71
Rio Macacu
Data Estação Hora Temp °C
Cond uS pH Eh
mV O2
mg/L DBO5 mg/L
MES mg/L
Montante set/08 Cemitério 15:40 20,1 35,80 6,38 186 10,90 2,50 3,38 out/08 Cemitério 10:08 24,5 34,50 7,23 200 7,30 ND 3,00 nov/08 Cemitério 10:32 23,0 30,90 7,02 176 11,80 3,20 18,80 dez/08 Cemitério 09:00 23,5 28,50 6,92 122 13,96 7,98 3,26 jan/09 Cemitério 08:45 24,1 27,00 7,07 220 8,97 3,98 5,30 fev/09 Cemitério 09:45 23,8 28,30 6,48 XXX 10,14 2,49 9,27 mar/09 Cemitério 09:20 24,7 29,10 7,70 299 9,64 0,17 3,55 abr/09 Cemitério 09:35 23,3 29,50 7,56 257 9,07 0,68 9,77 mai/09 Cemitério 10:40 21,7 20,80 7,23 377 9,74 1,68 4,86 jun/09 Cemitério 11:25 19,3 33,60 7,46 266 7,72 1,01 3,14 jul/09 Cemitério 13:20 21,2 39,90 7,30 242 11,80 5,70 3,71
ago/09 Cemitério 13:00 23,6 49,80 7,26 176 8,69 4,68 5,23 Intermediário
set/08 Parque Ribeira 14:25 20,6 43,40 6,60 80 12,00 3,60 9,80 out/08 Parque Ribeira 09:23 23,0 49,10 6,70 158 6,20 ND 6,40 nov/08 Parque Ribeira 11:42 24,5 43,80 5,99 125 8,80 0,40 69,20 dez/08 Parque Ribeira 12:50 26,1 38,60 6,38 198 8,48 2,16 40,13 jan/09 Parque Ribeira 11:40 25,5 38,60 6,28 230 7,98 3,33 20,13 fev/09 Parque Ribeira 11:55 25,4 37,80 6,50 XXX 8,81 1,83 51,60 mar/09 Parque Ribeira 11:30 26,5 44,00 6,95 264 8,31 0,33 16,64 abr/09 Parque Ribeira 11:50 24,5 25,80 6,76 227 7,39 0,84 26,78 mai/09 Parque Ribeira 12:35 23,0 46,10 7,12 377 9,24 1,85 11,40 jun/09 Parque Ribeira 13:35 20,5 42,80 7,22 221 8,40 2,18 11,21 jul/09 Parque Ribeira 15:55 21,0 50,20 5,02 245 9,40 3,10 11,87
ago/09 Parque Ribeira 03:10 23,8 65,10 6,73 167 8,69 3,68 12,80
261
Rio Guapi-Açu
Data Estação Turb. NTU
Col. Fecais
Col. Totais UFC/100ml Salmonela Clor. A
mg.m-3 Ferro
mg.m-3 Fosfato
mg/L set/08 Guapi-Açu 54,34 1590 5520 1380 ND 58,87 0,06 out/08 Guapi-Açu 5,93 780 2040 0 0,00 1,87 0,06 nov/08 Guapi-Açu 31,90 7 240 0 3,20 1,28 0,08 dez/08 Guapi-Açu 1,66 XXX XXX XXX XXX 6,25 0,04 jan/09 Guapi-Açu 7,44 0 840 0 XXX XXX 0,00 fev/09 Guapi-Açu 7,95 7200 15600 1380 ND 2,34 0,06 mar/09 Guapi-Açu 2,50 420 3540 240 0,80 0,20 0,01 abr/09 Guapi-Açu 13,00 600 1560 360 ND ND 0,06 mai/09 Guapi-Açu 7,80 1260 4440 1200 0,38 0,15 0,01 jun/09 Guapi-Açu 0,06 900 2520 0 ND 0,64 0,02 jul/09 Guapi-Açu 0,02 XXX XXX XXX 2,58 1,41 0,03
ago/09 Guapi-Açu 0,02 XXX XXX XXX 0,62 1,56 0,02
Rio Macacu
Data Estação Turb. NTU
Col. Fecais
Col. Totais UFC/100ml Salmonela Clor. A
mg.m-3 Ferro
mg.m-3 Fosfato
mg/L Montante
set/08 Cemitério 17,35 4380 7410 2490 ND 55,34 0,12 out/08 Cemitério 4,86 780 6420 0 2,67 ND 0,15 nov/08 Cemitério 17,10 1680 3900 2100 ND 6,19 0,08 dez/08 Cemitério 2,38 XXX XXX XXX 14,30 ND 0,06 jan/09 Cemitério 7,00 0 720 0 XXX XXX 0,10 fev/09 Cemitério 13,00 14040 22680 3780 ND ND 0,09 mar/09 Cemitério 1,01 8400 13200 3840 0,19 1,03 0,06 abr/09 Cemitério 21,20 11640 22020 1380 ND ND 0,09 mai/09 Cemitério 13,30 9780 17640 3900 0,76 ND 0,11 jun/09 Cemitério 3,85 9720 16800 840 0,45 ND 0,08 jul/09 Cemitério 2,17 XXX XXX XXX 0,92 0,80 0,15
ago/09 Cemitério 2,63 XXX XXX XXX 1,22 0,88 0,15 Intermediário
set/08 Parque Ribeira 29,70 1905 5460 1470 ND 112,35 0,08 out/08 Parque Ribeira 14,60 660 1920 0 ND 5,13 0,10 nov/08 Parque Ribeira 38,00 1920 9728 600 0,00 2,24 0,11 dez/08 Parque Ribeira 10,60 XXX XXX XXX ND 25,49 0,03 jan/09 Parque Ribeira 21,90 0 660 0 2,14 2,91 0,08 fev/09 Parque Ribeira 57,90 190 13200 1080 ND ND 0,04 mar/09 Parque Ribeira 14,00 3780 10080 2400 7,26 ND 0,12 abr/09 Parque Ribeira 52,70 600 1620 2400 ND ND 0,06 mai/09 Parque Ribeira 22,50 4020 13200 4860 1,53 ND 0,10 jun/09 Parque Ribeira 8,72 5220 10140 900 0,00 0,42 0,12 jul/09 Parque Ribeira 3,11 XXX XXX XXX 1,20 1,42 0,19
ago/09 Parque Ribeira 7,30 XXX XXX XXX 1,17 1,52 0,08
262
Rio Guapiaçu
Data Estação Amônio mg/L
Nitrito mg/L
Nitrato mg/L
C.O.P. mg/L
P Total mg/L
N Total mg/L
set/08 Guapiaçu 0,58 0,02 0,62 4,80 0,75 2,90 out/08 Guapiaçu 0,10 0,01 0,20 2,10 1,93 1,81 nov/08 Guapiaçu 0,12 0,01 0,27 8,48 1,35 2,19 dez/08 Guapiaçu 0,03 0,02 0,28 1,24 0,20 0,44 jan/09 Guapiaçu 0,05 0,02 0,62 2,20 0,74 1,27 fev/09 Guapiaçu 0,03 0,01 0,57 3,81 4,10 2,11 mar/09 Guapiaçu 0,02 0,01 0,40 1,52 0,69 1,24 abr/09 Guapiaçu 0,41 0,03 0,61 2,46 0,48 1,25 mai/09 Guapiaçu 0,03 0,01 0,38 1,92 0,34 1,35 jun/09 Guapiaçu 0,24 0,01 0,44 0,66 0,23 0,92 jul/09 Guapiaçu 0,06 0,02 0,66 2,57 0,50 3,75
ago/09 Guapiaçu 0,05 0,01 0,26 1,61 0,43 1,33
Rio Macacu
Data Estação Amônio mg/L
Nitrito mg/L
Nitrato mg/L
C.O.P. mg/L
P Total mg/L
N Total mg/L
Montante set/08 Cemitério 2,06 0,07 0,82 5,33 1,08 2,93 out/08 Cemitério 0,27 0,03 0,38 3,21 3,41 2,07 nov/08 Cemitério 0,16 0,01 0,33 5,40 16,94 1,95 dez/08 Cemitério 0,12 0,03 0,55 2,40 0,58 0,99 jan/09 Cemitério 0,09 0,03 1,63 1,81 0,85 1,66 fev/09 Cemitério 0,11 0,02 0,64 2,81 5,96 3,66 mar/09 Cemitério 0,14 0,02 0,68 2,14 0,92 1,98 abr/09 Cemitério 0,38 0,03 0,71 4,05 0,77 2,66 mai/09 Cemitério 0,25 0,03 0,89 2,30 1,13 3,78 jun/09 Cemitério 0,25 0,03 0,57 1,38 0,89 2,26 jul/09 Cemitério 0,32 0,06 0,96 3,18 1,15 4,85
ago/09 Cemitério 0,29 0,04 0,49 2,68 1,37 2,58 Intermediário
set/08 Parque Ribeira 1,15 0,06 0,52 3,97 2,10 3,68 out/08 Parque Ribeira 0,37 0,02 0,25 3,75 23,26 2,62 nov/08 Parque Ribeira 0,16 0,02 0,34 6,00 2,05 4,46 dez/08 Parque Ribeira 0,10 0,03 0,46 5,10 5,61 2,70 jan/09 Parque Ribeira 0,08 0,02 1,66 5,13 1,92 2,79 fev/09 Parque Ribeira 0,09 0,02 0,73 11,81 2,76 6,88 mar/09 Parque Ribeira 0,09 0,02 0,67 5,00 2,31 2,67 abr/09 Parque Ribeira 0,04 0,02 0,80 6,62 4,09 8,16 mai/09 Parque Ribeira 0,16 0,02 1,07 3,13 2,36 5,20 jun/09 Parque Ribeira 0,20 0,01 0,79 3,31 2,13 5,51 jul/09 Parque Ribeira 0,15 0,10 0,93 6,00 2,56 9,90
ago/09 Parque Ribeira 0,19 0,04 0,71 3,28 1,95 2,91
263
Rio Macacu
Data Estação Hora Temp °C
Cond uS pH Eh
mV O2
mg/L DBO5 mg/L
MES mg/L
Jusante out/08 Rep.Imunana 17:20 26,1 48,60 4,95 240 7,70 ND 9,00 nov/08 Rep.Imunana 11:00 26,4 24,50 6,40 141 6,90 ND 22,80 dez/08 Rep.Imunana 10:00 26,8 45,80 5,92 255 5,98 ND 25,20 jan/09 Rep.Imunana 09:30 26,4 43,70 5,93 130 5,48 3,99 27,30 fev/09 Rep.Imunana 10:20 27,4 40,00 5,84 XXX 4,99 3,66 23,63 mar/09 Rep.Imunana 10:00 27,9 48,40 6,69 314 6,48 2,82 16,90 abr/09 Rep.Imunana 09:40 26,1 42,50 6,33 223 6,72 0,51 33,40 mai/09 Rep.Imunana 09:40 22,9 41,90 6,91 400 7,72 1,51 9,67 jun/09 Rep.Imunana 09:45 20,6 44,30 6,90 215 7,39 1,68 14,53 jul/09 Rep.Imunana 08:40 19,9 40,60 6,52 250 8,40 2,10 8,50
ago/09 Rep.Imunana 08:30 25,0 63,00 7,01 218 8,36 3,51 18,17
Rio Macacu
Data Estação Turb. NTU
Col. Fecais
Col. Totais UFC/100ml Salmonela Clor. A
mg.m-3 Ferro
mg.m-3 Fosfato
mg/L Jusante
out/08 Rep.Imunana 17,20 240 3120 0 2,14 ND 0,05 nov/08 Rep.Imunana 30,10 0 2700 0 1,07 3,42 0,06 dez/08 Rep.Imunana 27,10 780 5340 1140 ND 28,44 0,02 jan/09 Rep.Imunana 17,00 0 0 0 0,53 3,30 0,01 fev/09 Rep.Imunana 40,10 0 1440 0 6,14 ND 0,04 mar/09 Rep.Imunana 17,20 1080 6300 3360 4,06 ND 0,02 abr/09 Rep.Imunana 38,30 2700 8280 0 ND ND 0,04 mai/09 Rep.Imunana 18,60 XXX XXX XXX 1,34 ND 0,04 jun/09 Rep.Imunana 24,40 1740 5280 78 0,67 ND 0,05 jul/09 Rep.Imunana 6,44 XXX XXX XXX 2,17 ND 0,03
ago/09 Rep.Imunana 8,28 XXX XXX XXX 0,78 0,08 0,04
Rio Macacu
Data Estação Amônio mg/L
Nitrito mg/L
Nitrato mg/L
C.O.P. mg/L P Total mg/L N Total mg/L
Jusante out/08 Rep.Imunana 1,85 0,02 0,36 4,20 3,04 2,59 nov/08 Rep.Imunana 0,10 0,01 0,19 5,40 0,85 2,85 dez/08 Rep.Imunana 0,07 0,02 0,30 8,70 0,88 2,08 jan/09 Rep.Imunana 0,06 0,03 1,31 10,46 2,60 4,80 fev/09 Rep.Imunana 0,03 0,02 0,38 18,98 3,67 11,99 mar/09 Rep.Imunana 0,10 0,01 0,65 8,57 2,20 3,81 abr/09 Rep.Imunana 0,12 0,03 0,80 12,08 1,65 5,52 mai/09 Rep.Imunana 0,07 0,01 0,92 4,78 1,76 2,99 jun/09 Rep.Imunana 0,14 0,03 0,74 4,64 1,63 4,95 jul/09 Rep.Imunana 0,10 0,04 0,80 3,67 1,40 6,52
ago/09 Rep.Imunana 0,14 0,02 0,37 6,20 1,51 1,69
264
10.2 Resultados do modelo Qual-UFMG do rio Caceribu
OXIGÊNIO DISSOLVIDO - RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0 10 20 30 40Distância (km)
OD
(mg/
l)
DBO5 - RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0Distância (km)
DB
O5
(mg/
l)
COMPONENTES DO BALANÇO DE OD RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
-0,40-0,30-0,20-0,100,000,100,200,300,40
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Distância (km)
Déf
icit
OD
(mg/
l p/ d
t)
Demanda carbon Oxid amon Oxid nitri
Cargas distr Reaeração
265
NITROGÊNIO - RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0 10 20 30 40Distância (km)
N (m
g/l)
N- org N- amon N-nitri N-nitra N-tot
FÓSFORO - RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0 10 20 30 40Distância (km)
p (m
g/l)
P- org P-inorg P-to t
AMÔNIA LIVRE (NH3) - RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
0,000
0,002
0,004
0,006
0 10 20 30 40Distância (km)
N (m
g/l)
266
COLIFORMES - RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
0
5000
10000
15000
20000
25000
0 10 20 30 40Distância (km)
CO
LI (N
MP/
100m
l)
VAZÃO - RIO CACERIBU - PERÍODO CHUVOSO
0
10
20
30
40
0 10 20 30 40Distância (km)
Q (m
3/s)
OXIGÊNIO DISSOLVIDO - RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40Distância (km)
OD
(mg/
l)
267
DBO5 - RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0 10 20 30 40Distância (km)
DB
O5
(mg/
l)
COMPONENTES DO BALANÇO DE OD RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
-0,60
-0,40
-0,20
0,00
0,20
0,40
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Distância (km)
Déf
icit
OD
(mg/
l p/ d
t)
Demanda carbon Oxid amon Oxid nitri
Cargas distr Reaeração
NITROGÊNIO - RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40Distância (km)
N (m
g/l)
N- org N- amon N-nitri N-nitra N-tot
268
FÓSFORO - RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0 10 20 30 40Distância (km)
p (m
g/l)
P- org P-inorg P-tot
AMÔNIA LIVRE (NH3) - RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
0,000
0,002
0,004
0,006
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Distância (km)
N (m
g/l)
COLIFORMES - RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
0
5000
10000
15000
20000
25000
0 10 20 30 40Distância (km)
CO
LI (N
MP/
100m
l)
269
VAZÃO - RIO CACERIBU - PERÍODO SECO
0
10
20
30
40
0 5 10 15 20 25 30 35 40Distância (km)
Q (m
3/s)
OXIGÊNIO DISSOLVIDO - RIO CACERIBU - Q7,10
0123456789
0 10 20 30 40
Distância (km)
OD
(mg/
l)
DBO5 - RIO CACERIBU - Q7,10
02468
10121416
0 10 20 30 40
Distância (km)
DB
O5
(mg/
l)
270
COMPONENTES DO BALANÇO DE OD - RIO CACERIBU - Q7,10
-2,5-2
-1,5-1
-0,50
0,51
0 10 20 30 40
Distância (km)
Déf
icit
OD
(mg/
l p/ d
t)
Demanda carbon Oxid amon Oxid nitri
Cargas distr Reaeração
NITROGÊNIO - RIO CACERIBU - Q7,10
0
10
20
30
40
0 10 20 30 40
Distância (km)
N (m
g/l)
N- org N- amon N-nitri N-nitra N-to t
FÓSFORO - RIO CACERIBU - Q7,10
0
5
10
15
20
25
0 10 20 30 40
Distância (km)
p (m
g/l)
P- org P-inorg P-to t
271
AMÔNIA LIVRE (NH3) - RIO CACERIBU - Q7,10
0
0,004
0,008
0,012
0,016
0 10 20 30 40
Distância (km)
N (m
g/l)
COLIFORMES - RIO CACERIBU - Q7,10
4.000
9.000
14.000
19.000
24.000
29.000
0 10 20 30 40
Distância (km)
CO
LI (N
MP/
100m
l)
VAZÃO - RIO CACERIBU - Q7,10
0
2
4
6
8
10
0 10 20 30 40
Distância (km)
Q (m
3/s)
272
10.3 Resultados do modelo Qual-UFMG do rio Macacu
OXIGÊNIO DISSOLVIDO - RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
OD
(mg/
l)
DBO5 - RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
DB
O5
(mg/
l)
COMPONENTES DO BALANÇO DE OD RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
-0,30
-0,20
-0,10
0,00
0,10
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
Déf
icit
OD
(mg/
l p/ d
t)
Demanda carbon Oxid amon Oxid nitri
Cargas distr Reaeração
273
NITROGÊNIO - RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
0,0
1,0
2,03,0
4,0
5,0
6,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
N (m
g/l)
N- org N- amon N-nitri N-nitra N-tot
FÓSFORO - RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
0,0
1,02,0
3,0
4,0
5,06,0
7,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
p (m
g/l)
P- org P-inorg P-tot
AMÔNIA LIVRE (NH3) - RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
0,000
0,001
0,001
0,002
0,002
0,003
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
N (m
g/l)
274
COLIFORMES - RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
1
10
100
1000
10000
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
CO
LI (N
MP/
100m
l)
VAZÃO - RIO MACACU - PERÍODO CHUVOSO
0
1020
30
40
5060
70
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
Q (m
3/s)
OXIGÊNIO DISSOLVIDO - RIO MACACU - PERÍODO SECO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
OD
(mg/
l)
275
DBO5 - RIO MACACU - PERÍODO SECO
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
DB
O5
(mg/
l)
COMPONENTES DO BALANÇO DE OD RIO MACACU - PERÍODO SECO
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
Déf
icit
OD
(mg/
l p/ d
t)
Demanda carbon Oxid amon Oxid nitri
Cargas distr Reaeração
NITROGÊNIO - RIO MACACU - PERÍODO SECO
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
N (m
g/l)
N- org N- amon N-nitri N-nitra N-tot
276
FÓSFORO - RIO MACACU - PERÍODO SECO
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
p (m
g/l)
P- org P-inorg P-tot
AMÔNIA LIVRE (NH3) - RIO MACACU - PERÍODO SECO
0,000
0,002
0,004
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
N (m
g/l)
COLIFORMES - RIO MACACU - PERÍODO SECO
1
10
100
1000
10000
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
CO
LI (N
MP/
100m
l)
VAZÃO - RIO MACACU - PERÍODO SECO
0
10
20
30
40
50
60
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
Q (m
3/s)
277
OXIGÊNIO DISSOLVIDO - RIO MACACU - Q7,10
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
OD
(mg/
l)
DBO5 - RIO MACACU - Q7,10
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
DB
O5
(mg/
l)
COMPONENTES DO BALANÇO DE OD - RIO MACACU - Q7,10
-1,00
-0,50
0,00
0,50
1,00
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
Déf
icit
OD
(mg/
l p/ d
t)
Demanda carbon Oxid amon Oxid nitri
Cargas distr Reaeração
278
NITROGÊNIO - RIO MACACU - Q7,10
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
18,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
N (m
g/l)
N- org N- amon N-nitri N-nitra N-tot
FÓSFORO - RIO MACACU - Q7,10
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
p (m
g/l)
P- org P-inorg P-tot
AMÔNIA LIVRE (NH3) - RIO MACACU - Q7,10
0,000
0,001
0,002
0,003
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
N (m
g/l)
279
COLIFORMES - RIO MACACU - Q7,10
1
10
100
1000
10000
100000
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
CO
LI (N
MP/
100m
l)
VAZÃO - RIO MACACU - Q7,10
02468
10121416
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Distância (km)
Q (m
3/s)
280
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