contribuiÇÃo para o conhecimento das rochas … · localiza~se . no extremo w do aflo ramenlto,...

Post on 04-Dec-2018

213 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DAS ROCHAS GRANULARES DA ILHA DA MADEIRA (*)

L. CELESTI:NO SIiLV A', J. M. MUNHA 2 & F. BARlRIGA 2

RESUMO

Apresenta-se o estru:do :gedlógico, petrográf.ico e petroqUÍ!lllico das rochas granulares da lI"egião de ,Porto da Cruz (i'lha da Madem..a).

A interpretação de alguns diagramas geoquímicos pennite evidenciar o metassomatismo aJcaUino, bem patente nos estudos ,petrográficos, que afectou os complexos granulares.

SUMMARY

Granular rocks from Porto da Cruz (Madeira island) are studied from the geological, petrographic, and :petroc'hemica~ pomt of view.

Geoc'hemical diagrams confiTms me aJikaline metassomatism, afecting me granUilar cOlllIPlexes, w'hich is well recognized in the petrographic srudy .

I - OONSrnDlIDRAÇÕlE!S GEOLôGillOAS

A Ilhada M31deira, que juntamente com a de Porto Santo e as Des·ertas (a1Jém de outros 'Pequenos ilhéus) fazem parte do arquipélago ma:deiren:se,tem sido o'bje0to, desde longa data, de diversos estudos geológicos e pe!trográ'fi,cos, em particular por cientistas alemães e ingleseiS.

(*) Este trabalho constituiu o tema de Estágio da Licenciatura em Geologia - Ramo Mineralogia e Petrologia - dos geólogos J. M. Munhá e F. Barriga, realizado em 1973 sob a orientação de L. Celestino Silva.

1) Investigador da Junta de Investigações Científi<:aJS do Ultramar. 2) Assistentes da Faculdade de Ciência's de Lisboa.

SGP
Referência bibliográfica
Boletim da Sociedade Geológica de Portugal, Vol. XIX, Fasc. III, 1975.

204

No traJbalho de GAGEL (;1912) sdbre a estrutura e as rochas da 'Madeira, são inúmeras as citações a autm'es alemães, nomea­damente, a FRITSCH, HARTUNG, COCHIUS, STÜBEL eFINCKH que, desde 1862, realizaram estudos sobre aquela ilha.

Apesar das róchas granulares terem pequena representa­tividade, quando compar8Jdas com as áreas que ocupam os complexos vulcâmicos, mereceram; de:sde os primeiros traba­lhos, a 8Jtenção de numerosos iruves'tigaJdores, em paI'lticu1ar de Ga:gel.

Os prin'cipais a1florame:IlJtos de rochas granulares da Ilha da Madeira situam-se na área de Porlto da Cruz, nos vales das ribeiras do Mass8.!pez (alto da Soca ou Rochinha) e das Voltas (Cruz da Guarda). Os afloramentos citados, bem como referên­cias a rodhas granulares filonianas e de jazidas não caracteri­zadas· (amostras soltas) colhidas na C<YVa da Roda, Lombo dos . Portais, Curral; Serrado, rilbeira dos So·corridos e Bodes d~ 'Liloas, encontram-se descritos no trabalho do citado inves­tigador alemão.

A!quele autor 'considera que as rochas horlorcr.istaJlinaiS cons­Utuem uma séde, de sequênciacorutínua, que a1brange sienitos nefeIínicos ( com sodalite), esiS'exitos, essex:iltos teraJíticos, tipos per,idotíücos 'e madeirito8J que passam gra:dualmente lliIlS aos OIUtros. Para Gagel as· rochas granulares não representam 6 antigo substTalto de base da ilha, mas sim intrUiSões jovens de tipo 18icoHtico e filoniano.

GRABHAM (in ZBYSZEWSKI, 19712) não concordou com as diagnoses do autor alemão, sendo da o'pinião que correspon­diam a rQ;chas dialbásieas da família dos teschenitos.

Durante os reconhecimentos geoló~icos realizados em 196,9 nos complexos granulares dá área de POT'to da CruZ! (1), não foi possíiveJlconfirmar.o. tipo de jazida lacolítico sugerido por Gage1 para aquelas roehas. A cobertura ve.getal e aiS espessos depó­sitos de vertente dificultam a observação daIS relações geomé­tI'licas com as rochas cir.cundantes, bem como a exitensão real dos afloramentos ..

(1) Trabalhos sugeridos pelo P'rof. Doutor Carlos Tei~eim e subsidiados pelo Centro de Estudos de Geologia.da Faculdade de Ciências de Li,sboa.

205

A área aJflorante do complexo da ribeira do Massrupez tem forma ligeiramente suhalonga;da, com dimensões a:proximarlas 100 X 75 m (lEst. I). Neste local as mchas granulareIS estão, em geral, intensamente alteraJdas em materirul aI1enoso, mais ou meno:s friável, do qua;l se destacam nódullos sulbarredondados de rocha sã (lEst. 'lI, !fig. 1). São recortadas 'por filões 'basálti­COIS, intensaunente tram..sformados, de orientações geraIE-W, sUlbverticais, com espessuras que oscilam de 0,:20 m a 4 m. A maior profusão de filões localiza~se no extremo W do aflo­ramenlto, cerca de duas dezenas de metros aS, do alto da Soca.

Além das roc!has filonianas acima referidas há a assinalar a presença de três afloramentos (o mais importante lo'caliza-se no extremo S e constitui um «Iparedão» de oI1ientaçãogeral NIE-ISW, incllinado acentua;damente par:a SISIE) de ro,cha negra, compacta, com mineralogia idêntica à dos tralquilbasaltos de Gagel. Considera-se que aqueles afloramentos, que cont8!Ctam com as roc!ha:s granulaTeS e as brechas vulC'âni:cas, que apre­sentam atitudes sU'bverti'cais e grau de fr-escura notoriamente dilirerente do daiS rochas enquadrantes, possam corres'ponder a testemunhos de filões des'car:na;dos.

Em'bora,como se disiSe,as relações geomlétricas das rochas gr:anularels com as encaixantes não pudes:sem ser na maior parte dos casos delfinidas, foi possível verilficar que são enqua­dradas a N, W e SW por formações hasálJtiJc as , amilgdalóides, ÍntensaJmente alteradas e reco'rtadas por filões háskos, afíricos e porfiricOis; o contacto nos sectores S e E faz-se com brechas vulcânicas, mais ou meno:s consol,ida;das, que a;floram no 'leito e nas ventenltes da riheira do Massapez GEst. I).

Na ribeira das Voltas, aJlém do a;flo.ramento ,principal que se dese1lJVolve no leito da rilbeira, com ligeiras interrupções, durante a extensão de cerca de 7'0 m (Est. ITI, fig. 1), existem doils outros ,de estrutura filo'l1iana, com espessuras aproximadas de 3 m e 6 m. Na;quele local as rochas são de granularidade média a fina, às vezes de textura ponfír1ca; apresentam-se, também, recortadas por filões basálUcos, al'guns com espessura de 0,20 m a 0,13'0 m (lEst. IH, fig. 2).

Na área de Ponto da Cruz os complexos granulares são intrusivos no ComplexiO Vulcânilco Miocénico, Ante-VindOlbo-

206

niano, constituído, fundamentalmente, por brechas vulcâmicas e escoadas basáJlticas. Nestas ipredominam basaltos alcali-oli­viínicos, basanitóides e alguns hawaiitos, recoptados por densa rede filoniana de idêntica composição (AIRES-il3ARROS et al.J

1974) . O madeiritoJ nome proposto :por Gagel para designar a

rOlcha de Upo ,peridoUttco que enconitrou na Ilha da Madeira em jazidas la;coliticas, foi considerado por aquele autor e por 'CUSTÓDIO DE MORAIS, (IMORAIS, 1943, in ZbyszewskYJ 1972) como representa;ndo diferenciação marginal, ultrabásica, dos essexitos. O afloramento localizado no extremo SW da Achada, constituído por rocha porfírica e oEvínica recortada por filiões basálticos, apresenta características macro e microscópicas idênticas às do madeirito assinalado por Gagel naquela área. Porém, as condições de jazida sugerem que possa corresponder a diferenciações ultra1básicas das formaçães'basálticas do Com­plexo Vindoboniano e não a variações marginais das rochas essexíticas.

TI-I PiETtROGlRiAlFIA DAIS ROICHAlS GlRJ.ANULtAJR'ES

A ,numerosa amostragem de rochas granulares, que é objecto deste estudo, foi sujeita, previamente, a proc,essos de selecção, tanto do ponto de vista macroscópico cümo, ainda, tendo em consideração as características microscópicas gerais. Com o intuito de obter maior facilidade e precisãü na análise petrográJfiJca estalbeleceram-se, daquele modo, seis grupos com C'eIlta in!diovidua;lização, sobre cada um dos quais incidiram obs'ervações pormenorizadas. Deste último processo de análise, no .qual se incluem determinaçõ,elS moda.is, resultou, 'por enqua­dramento dos element'Os 'Olbtidos no sistema de Cllassi'ficação sugerildo pela «SubcomÍs,sion on the systematics of igneous rocks of the Iniernational Union Geological Sciences» (/1973), a defi­nição de três tipos petrográficos (lFIig. 1).

a

F

feldspatóides

• -monzogabro com feldspatóides

.-essexitos

p

Fig. 1 - Diagrama de classificação e nomenclatura das :rochrus plutónioas sugerido pela «Subconllssion on the systematics of igneous rocks». Domínios: 8' - monzonitos com feldspatórdes; 9' - monrodio­ritos/monzogabros com fe1dspl!!tóides; 10' - dioritos/

f.gabros com feldspatóides; 13 - essexitos; 14 -1Jeralitos.

IIJ.i - Afloramento da Ribeira do Massapez - Soca.

H.,l.l. - Gabros com feld8patóides.

207

Estas rochas constituem o tipo petrográfico mais abun­dante correspondente a, ap:mximadamente, 60 % das amostras cÜ'1Ihi'das no a:fl.oramento (1).

O exame macroscópico mostrou tratar-s:e de rochas de cor acinzentada (com predominância de tons escuros), de granu­laridrude média, podendo apresentar, contudo, variações locais de granularidade fina e grosseira.

(2) Foram colhidas cerca de meia centena de amostras.

208

QUADRO 1

Modo, nomna's e classificação

MODO* I NORMA (% peso)

Minerais I % Vol~me AM.l I AM,2 AM.3 Minerais

Plagioclase I 58,1 56,62 55,25 52,91 Plag. (ab + an)

FeldspatoK 3.2 3,67 3,19 5,19 Ortose

Nefelina 1,2 1,07 2,77 3,35 Nefelina

Ana1cite 2,4

Piroxena 20,1 19,47 19,68 18,25 Diópsido

Olivina 6,5 9,86 9,69 9,86 Olivina ---

Biotite 1,9

Apatite 1,1 1,09 0,90 1,56 Apatite

5,85 3,56 2,98 Magnetite Opacos 5,5

5,10 4,55 5,27 Ilmenite

CLASSIIF]OAÇÃO

A = 4,9% P = 89,5% F = 5,6% ; M= 35,1% F.r.=94,8 ; % an> 50

(*) Média dle AM. 1, AM. 2, AM. 3.

Gabro com feldspatóides

209

No quadro anteriO'r (Quadro 1), apresentam-se as aná­lises modais e normaJtilvas dos gaJbros com felldspatóides da ribeira do Massapez.

Exceptuando algumas diferenças, pouco SÍ!gnificativas, nas proporçõ·eg reLativas dos diversoiS componentes minerais (em especial nos 'que estão relacionados 'com o maior ou menor gr.au de alteração da amostra), é patente grande constância quer nos aspectos texturais quer mineralógicos.

E característico neste tipo petrográfLco a disposição diver­gente, radiada, das hastes alongadas de plagioclase, em.volvem.dO' os cristais de piroxena e de olivina (Est. W, Fig. 1). . Este mineral, que constitui fase mineralógica sempre bem representada, aparece em cristais subarredondados, rodeados, frequentemente, pela clinopiroxena. O feldspato alcalino, nor­malmente associado aos feldspatóides,~ analcite ,e neefelina-, ocupa cavidades intersticiais e/ou sil'bstitui, parcialmente, as plagioclases.

Dos feldspaJtóides o mais importante é a analcite; a nefe­lina está representada muito exiguamente.

As fases O'pacas constituem quer inclusões microgranula­res na O'livina e na clinopiroxena,quer, ainda, grânulos de maio­res dimensões; ~enomórficos, rodeados por pequenas lamel,as de biotiite,

De acordo com as car3icterísticas texturais foi possível pôr em evidência, nos gabros com feldspatóides, a seguinte ordem de cristalização p,ara as lprincipais fases minera:f>.P.'ie·as:

Olivina - pirO'xena - plagioclase - felsprutoalcalino­feldspaJtóides.

rr.1.'2. - Essexitos.

Apesar de constitutrem parte significativ:a da amostras'err colhida, os essexitos não cornespondem aO' tipo petrográfico mais abundante, como assinala GAGEL (1912).

Macroscopicamente são rochas de granulavidade média e cor ciinzenta-esver<deada (co~or.ação devida à 1lresença de agre­'galdos serpentínicO's e cloríticO's), apnesentanido tO'nalidades mais claras do que os gabros com feldsprutóides '(Quadro 2).

210

QUADRO 2

Modo, nOlma e classificação

I

MODO * NORMA

Minerais % AM.5 Minerais Volume

Plagioclase 52,6 42,34 Plagioclase (ab + an) ____ o

Feldspato K 7,0 .9,96 Ortose

Nefelina 2,5 3,14 Nefelina

Analcite 4,7

Piroxena 12,7 19,16 Diópsido

,Anfíbola 1,2 -

Olivina 0,7 8,35 Olivina -

Biotite 3,9

Apatite 1,3 3,47 Apatite

Serpentina 3,1

Clorite 2,6

Calcite 2,6

5,45 Magnetite Min. opacos 5,1

6,53 Ilmenite

CLASS1FICAÇÃO

".1 A= 10,5% F= 10,9% F. r.= 88,2% P .e:::, 78,6% M=31,4% %an<50

(*) Média de 4 amosnra~.

,

ESSEXITO

211

Concomitantemente com o aumento das percent3Jgens rela­tiNas de feldspato alcalino e de feldspatóides, qUJe constituem nesitas ro~has cristais mais desenvolvidos do que nas anterior­mente citadas, verifica-se que as plagioclases vão perdendo progressiv,am'€nte o aspecto along3Jdo e disposição raidirul para constttuiremcristais alaI'!galdos de contorno irregular, sem qualquer orientação aparente (Est. IV, fig. 2). Os feldspatos callco-sódicos patenteiam intensa substituição por feldspato potássico (evidenciado pela coloração com solução de cobal­tinitrito de sódio) e apresentam-se profusamente penetrados por vénulas difusas 'de análc1te e/ou nefelina .

.os componentes mineralógicos plagiocláskos constiltuem o cOIlpo fundamental da rocha onde existem, dispersos, os el~­mentos má'ficos. Des'bes, o· mais abundante é a clinopiroxena à qual se associam, no geral, por substituição, anfíbol'as, biotite e minerais opacos. A piroxena aparece em duas fases dpticamente distintas e genéticamente assíncronas.

A ordem de cristalização segue os trâmites normais no respeitante às fases mineralógicas principais:

O!livina - dinopiroxena - plagioclase - felds:pato alca­lino - feldspatóides (nelfelina - analcite).

Quanto aos restantes minerais, os prolcessos de alca1liniza­ção mascaram de .tal mOido as relações geométricas, que o único facto que se pode pôr em evidência, com seguranç.a, é o de serem posteriores à clinopiroxena. I

Nalguns exemplares de rochas essexíticas (Quadro 3) oS fenómenos de alcalinização estão bem expressos não só pela presenç.a de quantidades anormais de feldspato potássico e d~ feldspatóides (primários e de substituição), bem como pela

. I

existência de bordaduras de aegirina-augit·e, de aegirina e d~ anfíbola sódica, em torno da «augite-salite».

212

QUADRO 3

Modo, nmma e classificação

MODO NORMA

Minerais

PlagiocIase

Feldspato K

Nefelina

Analcite

A ugite-Salite

Aegirina-Au-gite / Aegirina

Anfíbola

Biotite

Clorite

Serpentina

Apatite

Calcite

Mino opacos

A --" 16,0% P =65,2%

0/ Minerais /0 AMo 8

Volume

48,2 53,20 PlagiocIase (ab + an)

Il,8 17,96 Ortose

9,9 2,28 Nefelina

4,0

7,6 Il,04 Diópsido

3,1

3,0

0,9

2,9

2,4

1,3 1,07 Apatite

1,3

4,76 Magnetite 3,6

4,49 Ilmenite

CLASSIFICAÇÃO

F = 18,8 % Fo r. '-= 80,3 % M= 25,1 % %an< 50

ESSEXITO

213

TI.1.3. -Monzogabro com feldspatóides.

Este tipo petrográfico, identificado num único aJ1:1loramento do ,complexo granular da ribeira do Massapez, corresponde a uma rocha leuco-mesocrática de granularidade média a fina (localmente com .aspectos pegmatiticos, traduzidos pelo desen­volvimento dos cristais de an;fíhola, que chegam a atingir alguns cenlímetros). As relações geométricas com os grubros com felds­patóides e os essexitos, devido à cobertura vegetal, não são evidentes.

,o exame microscópico mostrou tratar-se de rocha gabróica com feldspalóides acessórios e abundante kaersutite (Est. V) e feldspato potássico, minerais que lhe imprimem acentuadas características alcalinas (Quadro 4). O feldspato potássico aparece quer sob a forma de manchas difusas, substituindo gradual e prog~essivamente as plagioclases, quer ainda consti­tuindo cristais ppimários isolados ocupando ou não cavidades intersticiais.

A coloração ,com cobaltinitri'to de sódio permitiu verificar que, nal1guns casos, a perc:entag1em de plagiodase substituída, de maneira ténue e difusa, por feldspato potássico chega a a<tin­gir os 315 %.

As obsenvações de campo e os estudos 'petrográJficos suge­rem que o monzogabro com fe1dspatóides possa corresponder a uma diferenciação nos gabros com feldspatólides afectada, posteriormente, pelos fenómenos de metassomatose alcalina.

Nes'ta I"oClha é possível observar a ordem de cristalização seguinte, no que se relfere às fases mineralógicas mais signi­ficativas:

ClinO'piroxena - plalgiodase - annbol\a - feMs'pato alca­lino - felodspatóides.

Dos tipos petrográficos identifi,cadO's na região de Porto da Cruz, o monzogalbro com feldspaitóides é o que mais se asse­melha ·aos dioritos de Porto Santo descritos por PORTUGAL FER­REIRA ('1'9619). Excluindo os feldspatóid.es (3,:2 %) e o feldspato potássico ('9,8 %), as percentagens volumétricas dos restantes constituintes são muito semelhantes.

214

QUADRO 4

Modo, nonna e classificação

MODO I NORMA

Minerais % AM.7 Minerais Volume

Plagioc1ase 58,6 56,80 Plagioc1ase (ab + an)

Feldspato K 9,8 12,62 Ortose

Nefelina 1,3 I 4,68 Nefelina

Analcite 1,9

I -

Piroxena 3,7 11,32 Diópsido -

Anfíbola * 20,0

Biotite 1,3 ~

Apatite 1,1 2,16

5,54 Magnetite Min. opacos 2,3

4,42 Ilmenite

2,50 Olivina

CLASSIFICAÇÃO

A = 13,7% F = 4,5% F.r. = 85,6 MONZOGABRO COM P .CC- 81,8% M=28,4% %an> 50 FELDSPATÓIDES

(*) Inclui os produtos de reabsorção, motiVlO porqUI! existe uma diferença significativa entre os minerais opacos normativos e os assinalados no modo.

215

Análi-se modal do dioriro de Porto Santo (*)

I . Plagioclase I

I anfíbola clinopi- magnetite apatite roxena

! 69 % 21 % 4%

I 4% 2%

(*) Pontugal Ferreira (1969).

o auitor citadO' -considera que as rochas dioríticas de PortO' Slanto, que aparecem em ~enóli1tos nalS fO'rmações pirO'clástic·as, podem .cO'rresponder a testemunhos do sU!b.sItrato da ilha e com­para-as, pellas caracterísUcas químicas e mineralógicas, aos dio­ritos e ,gabros de Sintr-a, de Sines e das ilhas Canárias.

rr.2 -, Aflora;memo da RiJbeira das Voltas.

Neste local (tEst. m, Fig. 1) apenas s·e identificaram rochas situadas no domínio de transição dos ga-bros com feldstpakóides par.a os ga!brors (Fig. 1; Quadro 5).

Macroseopi'camente :são rocha;s de :cor dn~enta-escura !(com

tonalidade ligeiramente esverdeada) e granulaJridade média a fina, às vezes de aspecto pOlI"fírico. E'ste é evidendado pela exis­tência de grandescris'tais, nC1 geral intensamente a1lterooos, de óliivina e de piroxena, dispersos em matriz fina.

As ·características texturais Viariam, normalmente de inter­granular a sU!bofítka. Substituindo pardalmente a piroxena '(lquer nos bordos quer no núcleo) existe, esporadicamenrte, uma anfibola, associada, às vezes, a mkrogrânulos de minevais opa­cos. A analdte é escassa ou está ausem.te, e os raros cristais de nefellina ,estão intensamente tI'lansfO'rmados em agregados lame­lares lacastanhados. O feldspato ,potássico, representadO' exigua­mente, consJtitui pequenas manchas irregulares em íntima asso­ciaçãocom as plagioclases. A olivina, frequentemen1:re enlVO'lvida pela piroxena, iaJpresenta-se intensamente tralllS>formada em produtos sepentinicos, taOiS quais se associam calcite e minerais ütpacos.

216

QUADRO 5

Modo, norma ~ classificação

MODO NORMA

Minerais % AM.4 Minerais Volume

Plagioclase 60,7 57,42 Plagioclase (ab + an)

Feldspato K 2,9 2,59 Ortose

Feldspatói-0,4 des *

Piroxena 20,9 17,47 Diópsido

6,08 Hiperstena

Anfíbola 0,2

Olivina 0,2

Biotite 0,4

I Serpentina 4,2

Apatite 1,3 1,18 Apatite

Calcite 3,1

Min. apacos 5,7 5,72 Magnetite

6,82 Ilmenite

0,60 Quartzo

CLASSIFICAÇÃO

I A- 4,5% F-O,7% F.r.=95,8 GABROS ~OM FELDS-P - 94,8% M-34%% an> 50. PATOIDES

(*)- -lnc1uiagregados lame1a·res resul~antes, possivelmente, da alteração da nefelina.

217

Os ·afloramentos filonianos da ribeira daF Voltas são de gaJbro com feldspatóides, porfírico, com mineralogia idêntica à do la;florameiIlto principaL Além dos miiIlerais acessórios e secundários acima referidos existe quart~o (associado à ser­pentinização), apaitite, biOltite e zeólitos.

III. EISITUnOMIN'ERJAlLõGJJOO

Reuniram-se neste capítulo elementos de carácter Ólptico, I"81diooristaJIOlgráifi'co e químico referentes à;s fases mineralógi­cas mais r€lpresenta;das nas rocihas granulares.

Seguiu-se o critério de começar Ipor des,crever os minerais princ1paJise, dentro destes, estudam-se em primeilro luga;r os de carácter máifico.

Da;do que o número de amostras submetLdas a estudo é ínsuficiente para oibter boa repr,esentação estatística, algumas da;s correlações esta;belleci;dasentre as fases mineralógicas pre­sentes nos dife\Ilentes tipos {petrográficos devem ser conside radas com eertas reservas.

BiLl - Olivina.

Mineral sempre bem representado nos gabros com felds­pa;tóides, ex!iste esporadicamente nos essexitos e não foi iden­tificado nos monzogabros com' feldslpatóides.

Ao microscópio aparece em cristais incolores, subrarrooon­dados e muito factura;dos. Apreselllta, frequentemente, ex,solu­ções microgranulares de minerais opacos que, às vezes nume­i'osas, se orientam segundo direcções íPreferenciais. A compo­sição química das olivinas dos gabros com feldspatóides, calcu­lada a partir das determinações de 2 V y (Henriques, 1958; iiIl Deer, Howie & Zussman, 19163), conduziu a valores de Fa20 a Fa60 • Os ma!~;s fre'guen'tes, F'a 27-35 enquadram-se nos memibros crisóilito-hialosiderite.

üete:rminaçõ,es dos índices de reífralcção, (1) de olivilllas do tipo fjetrográiDico acima referido, concentradas com licor de

. - .. ---.. -----::.~- -_.--(1) Segundo técnica preconizada por PACHECO & SEITA (1972).

218

Clerici (fracção com d < 3,6) conduziram aos resultados: ~ = 1,122 -t- 0,002; fj -1,1512 -t- 0,002; y ='1,770 -t- 0,002, valo­res que (permitem considerá-las como hialosideri:te.s com Fa 26-49

(ID.EJER, HOWIE & ZUSSMAN, 19613). A fracção de d > 3,6, subme­tida a análise química, parcial, 'P0T vi,a húmida (% Fe20a = = 44,24 %; MigO = 21,03 %; CaO = 0,23) (2), permitiu -confir­mar ,a existê11lcia de olivinas mais doas de Fa, pertencentes ao domínio das hortonolites.

A serpentinização k o processo de a:lteração normalmente observado nas olivinas. o's 'Produtos resulta;ntes sã'Ü, essencial­mente, senpentina, miner.ais opacos, quartzo e, possivelmente, talco e c€lladonite (rara).

Num c'Üncentrado de oli<vina, proveniente de um gabro com fe1dspatóides da riheira do Massapez, submet'ido a análise semi­.. quantitativa por fluorescência de raios-X, usamdo registo grá­fi,co e padroni2Jação, verificou-se a exiSitência de Ni e Zn em fraca concentração e Sr na 'Ordem das 500 p., iP. m.

A análise quantitativa da rocha total, segundo método ela~ bora;do por lBRANI>LE & CERQUEIRA '(1197'2) * forneceu, para os eleme:ntos a seguir indicados, os valOlI'es (em p. p. m.): Nb-41; Rb.J313; Y-i30; Zr-14J8; La":,l1; Ce-77; Sr-4BO. No mesmo tipo petrográfico, prOiveniente do ,afloramento da r1beira das Voltas, dbtiveram-se resultados sermelhantes: Nb-36; Rb-31; Y -21; Zr..:95; La-71; Ce-6'8; Sr-480.

1iI:L2 - Clvnopiroxooa.

EX'ceptuando os monzogaJbros com feldspatóides, onde existe em pequena IpercenJtrugem, a CllinopÍToxena é o mineral f,erromaJgnesiamo dominante n'Ü conjunto das amostras estuda~ das .. Nos glabi10s com feldspatóides constitui cristais de grandes . dimensões e contorno irregular inbercrescidos, no geral, -com

(2) !Por falta de material não foi possível realizar a A, Q. completa. ° Fe total fui calcWado sob a forma dI! Fe20 a.

(*) Determinações erectU'adas no Depavtamento de Petrologia y Geoquí­mica da Facultad de Geologicas de Madrid, sob a orientação de J. L. Brãndle. Padrões internaciona'ÍIS utili:mdos: GSP-l; AGV~l; GA; G-2; GH; GR; SY-2; SY-3.

219

as plagiocla:ses; nos essexitos a;pa;rece, normalmente, em cris­tais mais diminutos, isola;dos, e de secção aJproximada;mente reCitangular.

As piroxenas mais abundantes são de cor Clastan'ha-vio­lácea em geral com a seguinite fórmula de ploocroismo: ri. - cas­tanha amarela violácea; (j - -castanha vi'Oláicea; y - castanha­-violácea, em 'que ri. < ~ =< y.

Os Icristais zonados não são raros, às vezes com estrutura em «ampulheta». Observou-se, nalguns casos, que as zonas mais intensamente cora;daJS, e portanto mais titanÍlfer8iS (DEER,

HOWIE & ZUSSMAN, '1963; LOPEZ Rurz, 1'970), tem 2 V y mais pelqueno do que os setotores mais dlairos. A variação de:sltes valo­res, nos cristais estudados, é da ordem dos 6° a 10°.

As determinações dos 2 V y e 2'1 1\ y em piroxenas de grubros com feldspatóides e de essexitos, apresentadas no Quadro a seguir indicado, sugerem que, no primeiro caso, as caracterÍS­ticas ópticas estão mais de acoTdo com as da augi te, enquanto que nos essexitos a piroxena pertence, possivelmente, ao tipo salite.

A análise química por via húmida da piroxena de amos­tra de gaJbro com feldspatÓ'1des (Quadro 7), bem Clamo a pro­jecção do ponto representalti<vo das % a!tómicas de Ca, Mg e Fe no diagrama de POLDERVAART & HESS (in DEER, HOWIE &

ZUSSMAN, 1963) mositra, igualmente, tra!tar-se de pkoxena do tipo «,augite-salite».

I

QUADRO 6

2Vy Z /\ y

Valores Valor Valores Valor extremos médio extremos médio

Gabros c/fel-44°_56° 50° 43°_48° 45° depatóides

Essexitos I

58°_62° 60° I

3r-44° I 40° I

Si02

46,78

220

QUADRO 7

AnáliS'<! química da «augite..;salite»

A1205 Fe205 FeO MgO CaO Na20 K20 Ti O2 P,O, MnO co,IH,O+ IH,O-4,83 2,52 7,92 13,49 21,45 0,62 0,07 2,03 0,06 0,20 - 0,37

Número de iões na bal'iel de 6 Oxigénios

Si AI Ti Ti Fe S + Fe 2 + Mn Mg Ca Na K P OH

1,76 0,21 0,3 0,03 0,07 0,25 0,01 0,75 0,86 0,05 -- 0,09 ~ '- /'-.,.-'

2 2,02 0,09

Ca::::. 44,56 %; Mg = 38,86 %; Fe = 16,58 %

Tamb!ém as determinações dos índices de refracção das piroxenas adma. referidas: (J. -1,6,97 -1- 0,002; ~ = 1,702 -1-

-1- 0,002; Y = 1,720 -1- 0,002 permitiram, uma vez malis, integrá--las no domínio das sal'ites (TROGER, 1'971).

Os componentes moleculrures da piroxena analisada, cal­cU'l8Jdos de acordo com o método de KUSHIRO '(119612), lançados no diagrama de pressões relativas dos componentes moleculares das c,linopiroxenas (AOKI & KUSHIRO, 1968), perm1tiram veri­ficar 'que o ponto represenitativo cai no oampo decris'talização das condições da baiixa J)ressão. Edên'tica:s condições de crista­lização foramassinalrudas em clinopiroxenas dos com:plexos banda:do:s das ilhas La Gomem e Fuer.teventtlir81 - Arquipélago Canário - (iMuNÕZ & 'SAGREDO, 1974).

Nas ro\Chas mais alcalinas os cri:stais de «·augite-salite» a!presentam, frequentemente, sintomas de transformação. Este processo inicia-se, em gerail, por subst1tuição parcial por kaer­su'tite. AeSlta anlfílbola .asiSocia-se, às vezes, bioltite e a,gregados ffiicrogranulares de minerais opacos. Noutros casos (ou simul­taneamente) a transformação evidencia-se pelo desenvolvi­mento de hOI1dadura'dilfusade 'aegirina-e de-a€girina;~augite;'

T

]

221

Estas 'piroxenas 'Passam, às vezes, a cliIl!oanf~bola verde escura, po:s:siJVelmente sódica.

Na «augite-salite» de galbro ,com felrdspatóides verificou-se a ,existência de ISr e Y em pequena quantidade, 'bem como cerc.a de 270 p. p. m. de Zr02 • Em piroxena zonada (núcleo de «augite­-salite» 'e bordos de aegirina-augite) proveniente de essexito, foram individualizadas as duas fases mineralógicas. Verid'i­cou-se que eIllquan'to os núcleos estão desprovidos de Zr, os domínios deaegjrina-laugite apresenitam elevado teor daquele elemento tendo sido oibltido o VrulOT de 2350 'P. p. m.

IIlL3 - Kaersutite.

Ê o malfito mais abundante nos mon:w:gatbros com feldsva­tóides e está revresentado, de fo;rma esporádica, nos outros tipos petrolgráJficos, normalmente alS.Sociado à piroxena. Cons­titui, na-quele tipo petroglráfico, cristais bem desenvolvidos, fre­quentemente euédúcos, que às vezes atingem dimensões centi­mHriClas.

O elevado teor de T102 (5,76 %) e a razão I1e1lativamente b~ixa de Fe3 +: Fe2 +, alliado às caracterísUcas ópticas:

2 V ri. = ';:00; Z 1\ Y = 140; ri. - amarela acastanhada, pá­lida; (l- castanha alVermelihada; y - caSitanha avermelhada, com ri. < ~ < Y, 'Permitem iBenti'ficar a anfíhola como kaer­su:tiJte.

QUADRO 8

Análise química da kaersutite

Si 021AI2 05 Fe205 FeO Mg I CaO \Na20\ K 2 O Ti O2 P205 MnO H20 + H2O- TOTAL

38,39113,35 3,17 ---1---------8,38,12,9612,48\3,29\0,66 5,76 0,280,17, 0,72 99,61

N ÚInero de iões na base de 6 Oxigénios

Si AI AI Ti Fe 5 + Mg Fe 2 + Mn P Na Ca K OH

5,79 2,21 0,17 0,65 0,36 2,91 1,06 0,02 0,04 0,96 2,02 0,13 0,73 ~ '- -v==== I ~ '-v-"

8,00 5,21 3,11 0,73

222

Estaanlfíbola apresenta-se, mais ou menos, intensamente transformada em milcrogrânulos de minerais opacos e clinopi­roxena verde pálida, que passa, gradUlalmente, a piroxena do tipo augite-aJegirínica. A estes minerais, os mais abundantes, associa:m-se, ainda, pequenos cristais de p[agioclase e de biotite.

Aquele processo de traJnsformação -(lEst. W, Fig. 1), embora mais desenvolvido nos bordos e ao longo dos traços dos planos de e!livagem e de fradturas, chega a generalizaJr-se a todo o cristal de anfÍlbola, fazendo desaparecer pOlr completo o mineral primitivo. ESTIa translformação relaciona-se, possivelmente, com tcnómenos de reabsorção da kaersutiJbe, em ambiente de insta­bilidade.

A análise por flUotres-cência de raios-X permi·tiu detectar Y (em fraca concentração), Zr e Nib na ordem das centenas de p. p. m. e elevada quantidad-e de Sr (12000 p. p. m.).

IN.4 - Minerais opacos.

'Estão presentes em todos os tipos de rochas esitudadas. Encontram-se, quer sOlb a forma de grânulos xeil1omórficos, individualizados, aos quais se associam, fre>quentemente, a bio­tite, quer constiltuindo agil"8:gJados microgranu[ares resultantes da: translformação de ferromagnesianos, nomeadamente de anfí­bolas, de olivinas e de piroxenas.

Estudos radiocristalogrMicos (idifrac:togramas e radiogra:­mas de ,pós) de :5ases opacas provenienites de gabros e monzo­gabros com feldspatóides Ibem como de essexitos, permitiram pôr em ev;idência a' existência de magnetite, de iílmenite e de pirite. As identi1ficações referidas foram complementadas com observações de superfícies polidas ao microscópio metalográ­fico. Foi possível verificar, daquela maneira, que o coltl.Stituinte fundamental no monzogabro com feLdspatóides é magnetite biltanada, 10calmenJte oxidada em hemaJtite, que, embora for­mando a ,quase totalidade dos produtos o.pacos de reabsorção da k!aersutite, mparece, também, como constiltuinDe primário. A Hmenite existe na magnetilte titanada sob a forma de finas e numerosas lamelas de ex:solução -(lEst. 'VlI, Fig. 2).

223

As magnetiites ti:tanooas contêm .quantidaJdes apreciáveis de Zr (Zr02 ) e de Nib (Nlb205 ), na ordem das várias centenas de p. ip. m., sendo maJis elevadas nosmoIlZOlgabros com feldspatói­des do ·que nos gabros com feldsprutóides. Neste tipo petrográ­fico, no mineral indicado, assina1lou-se, ainda,Ni e Zn. A ilmef­nite ~ovenien1:e de amostra de °g:aJbro com felidSipaltóide cont~ Zn e PIb,cerca de 600 p. p. m. d,e NilO e quantidade a:preciáv~l de :ore m, .quallquer deles superior a 500 p. Ip. m. '

]Il.5 - Plagioc3ase.

A plagioclase é o mineral mais abundante em todas as amostras submetid'as a esitudo.

Nos grubros com fel(Ls,pa'tóides ap:1rece em crisitais alonga­dos, com dÍ.Siposição radiada e contornoiS bem deifinidos, geral­mente intercrescidos com a clinopiroxena. Nas rochas mais alc ali nas , esS'exitos e monzo;gaJbros com feldspatóides, perdem, normalmente, a orientação <aClima referida, e aparecem em cris­tais aJlargados e de contornos pouco regulares.

Allém das subsUtuições parciais, mais ou menos desenvol­vidas, por feldspato ;potássico, não é raro olbserv arem-se , espe­cialmente nas rochas oessexíticas, ,pl,agioclases peneltradas por vénulas e filonetes difusos e irregulares de amalcite e/ou neie­llina (1Est. VII, Fig. 1) ; agregados de dorite e de calcite colma­tam, às Vlezes, fracturas dos' feldspatos calco-sódicos.

Dado que as pktgioclases anaJlisadaS' (1) (Quadro 9) se situam em domínios que podem corresponder, indistintamente, a polimorfos de alta e de baixa temperatura (não se conse­guiu pôr em evidência predominâJncia de qualquer dOs tipos)

(1) Determinações efectuadas com a platina universal de Federov com apoio, fundamentalmente, nos métodos e gráficos de TURNER-SLEMMONS (in Slemmons, 1962) e de BURRI et aI. (1967).

224

QUADRO 9

% de anortite na;,; plagiocla'ses das Tochas granulares

Rocha Valores extremos Valor médio Lei de macha

A.T. B.T. A. T. B. T. --

Gabros cjfelds-77-53 84-57 68 72

Ab; Ab-Cb; Ba; patóides Cb

--

I Monzogabros cf - 55 58 Ab; Cb feldspatóides -

Essexitos 42-17 I 45-17 28 I 30 Ab; Cb; Ab-Alab;

I Ab-Cb

A. T. - a1t:a rempe-ratura; B. T. - baixa temperatura. Ab -lei da albite; Cb -lei de Carlsbad; Ba - lei de Baveno.

o:ptou-se, seInjpre que possível, pela determinação da compo­sição das plagiocl,ases considerando as leituras nos dois grá­ficos (no de alta e no de baixa temperatura).

Da análise dos resUlltados obtidos é evidente a variação do conteúdo de a!nootiite das ,diversas pla;giocla.ses, desde os temnos mais cálciolS -larbrador-bitoWillite - (nos gabros com feIdspa­tóides) até aos mais sódicos - oligodase ~ (nos essexitos).

Nos gaJbroscom feldspa!tóides do aIflor.amenlo da ribeira das Voltas são frequentes zonamentos nas pl:agioclases, em mui­tos casos exitraoTdinariaJmenrt;e nítidos. Umas vezes são de tipo normal, coni valores de An74 -I- 3 % na zona nuclear e An63 -I- 3 % nos bordos. Noubros ca;sas, porém, o zonamento é de ti;po oscila­tório-normal (IPHEMISTER, 1934), como se pode ooo'ervar num ·cristall geminado segundo a lei de Maneibach e esquematizado na f~gura 2.

Além ,dos zonamentos indicados o cristal e,sltá, ailIlda, envol­vido Ipor estreita faixa, irregular e descontínua, de pIa.giodase cujos índices de refracção rei altivos (avruliados pela orla de

225

Fig. 2 - Esquema de cóstal de pIagioclase, maclado 'segundo a lei de Manebach, com zonamento oscilatório normal.

- - traçd do plano de a,ssoctação. / / / / / mineral opaco.

X 150

Becke) indicam composição menos cálCÍCla do que a da última zona lanallÍSada.

O faClto doIS pontos rep:resentatÍ'viO:s das iPlagioclases se localizarem, nOs gráJficolS de 'TURNER & SLEMMONS(in SLEMMONS, 19(2) ,em domÍlnios illltermédios relativamenlte aos que defi­nem as caxacterístic:as de alta e de baixa tempel1atura, aliado às condições de Ibaixa pressão em :que cristalizaram as «augites­-salites», pode ser aI1gumento a favor da cristalização sulbvul­cânica dos complexos granulares da Madeira.

226

ID.6 - Feldspato potássico.

E mineral escasso nos ga;bros com feldspató1des, apare­cendo como componente essencial nos essexitos e monzoglabros com .feldspatóides. Alpresenta-se sob vários as!pectos texturais, sendo o mais frequenite .a sulbs,tiituir, .parcialmente, as pla'gio­classes I (lEst. VII, Fig. 2); não são raros os cristais isol3Jdos, normalmente em Íntima asso'ciação com a analdte, ooopando pos'ições intersticiais.

Nalguns exemplares de mon:wgahro com fieldspatóides cerca de 50 % da iplagiocl.ase está sub.8ltitufda, gr3Jdual e pro­gn-es'sivamente, pelo feJhlspato potá:ssico, sendo as relíquias reconherc1das, a:penas, lpela geminação polissintética.

IDs:tudos difralCltométricos, asslOci3Jdos 3JOS valores de 2 V a (:V3.l-ores ,compreendidos enit're 50° e 6'2", com v3Jlor m'éd:io 57°), parecem indi'car tratar-se de Oil'tos'e.

ITI.71-< Feldspatóides.

A presença de feldspatóides como mineI1ais essencIal/iS é caraot€lrÍiSltica das ro>chas que considerámos como essexitos. Nos gabros e monzo>gabros com fel,dspatóides a quantida,de ê diminuta, não ultrapass.ando 3,6 %.

O feldspatóide dominante é a anal cite , com eXlcepção de uma amostra de essexito onde a nefelina aJtinge 9,9 %. Além de oClllparem posiçõ'es intersticiais, em íntima associação com o feld:spa:to IPOitás'sico, são f.re/quentes em estreitas v:énulas e «man­chas» difusas a substituir as plagioclases (IEst. VII, Fig. 1).

IlI.8 - Outros minerais.

a) Biotite.

Está presente em tOldas as rochas esltudadas. Alparece em pelquenas lamelas asso>CÍadas, às vez,es, aos minerais opacos .. E mais ahUJIl:dante nos ess,exitos, onde existe em ClI'isltai:s mais desenvolvidos, de cor veI1melh:a-acas'tanhada, alguns dos quais swhstituem, parc1ialmente a «augite-salite».

227

b) ApaJtite.

É mineral comum em todos os tipos peJtrográJficos. Existe em crisltais euédricos, às vezes bem desenvolvidos, incluídos, f.reJquentemente, nas clinotpiroxenM.

c) Zeólitos.

Ar:ém de zeóliltos lamelares que resultam, possivelmente, da transformação da n€ffeJ:.1na ruparece, esporadicamente, um mine­ral zeolitico de aspeClto plUJmoso e estrutura fibro-radiada que aJcompanha, frlelquentemente, a a:nal'cilte.

Embo:m a escassez e dimensões do material não permi1tis­s·em a separação ou olbter concentrado para idellltificação radio­grfufica, as características ópticas (extinção recta; alonga­mento negativo.; '2 Vi y :-- 400-'50") palie cem indicar tratar-se de tIhompsonite.

IV - 'OONlS'1JDmRlAÇõES PlETlRiOQlU1iMillOAIS

Ascons1derações petrOlquÍmicas a seguir ~presentadas

referem-se, exolusivamente, aos complexos gI1anula.res. Embora aIS tipos p8ltrográ:filcos idenUficados sejam minera­

Iogk~mente muito ,afins' (com excepção para o mOlllzogaJbro com feldspatóides), e o número de rochas analisadas escasso, os dia­gramas utilizados: QIl1M:, 'S[02jNa~O + K~O, A!FM, IDjõxidos e Célula de Barth, lpermitiraun pôr em evidência os processos metaslsomá,tico'S 'que afect:aram os citados complexos.

1. Diagrama Q L M

A disposição dOiS pontos p'roje'Cltivos mosltra fraca diferen­ciação (Fig. 3), evidenciando., assim, a homogeneidade do mate­rial estudado, já confirmada pelos estudo.s petr'0gráficos.

O eSiSex~to. mais ric'0 de feldspaJtóides e de feldspato potás­sico. (8), bem 'co.mo o monZiogabro com feldspatóides (7), são '0S tei-mos m~is evolwéionados.

228

a

M~ ____ ~ ____ ~ ____ ~ ____ ~~ __ ~L

Fig. 3 - Diagrama Q L M.

o carácter allica:lmo dos cOlmple~os granuJ.ares está patente pela distritbuição dos pOlntos pro[ieCltivos no diaJgrama definido por MAoDoNALD & KATSURA (1196'4), Fig. 4.

roa observação do diagrama verifica-'se que há concentra­ção dos pontos .projeCltivos cor-reSipondeIlltes aolS gabros co:m felds,paJtóides (1, 2, 3, 4) no domínio delfinido peUas coordena­das 3,5-4,1 % de álcalis e 46-47· % de sílica. As amosltras repre­sentadas pelos ipontos 5 e 6 (:que corr€iSipondem a essexitos de transição pa'ra ga:bros com feldsprutóides), mantendo a mesma percentagem de sílica do grupo acima relferido, apresentam, todavia, notório enri'quecimento de álcalis, que se torna mais evidenlte nas amostras 7 e 8.

Esta representação diagrrumáJtica confirma o (processo evolutivo sugerido paTa os tiipos petrográficos encontrados nos complexos granu1lares, postos em evidência durante o estudo petrográJfico. Na realidade, tudo parece indicar que as rochas essex~ticas e os mOlnzogabros .polSsam resulltar da evolução dos

229

QUADRO 10

Análi~ quimicas das rocha's granulares (*)

AM.l AM.2 AM.3 AM.4 AM.5 AM.6 AM.7 AM.8 -- ----

Si02 46,22 47,03 46,39 46,76 46,53 46,51 50,92 53,59 --------

Ti02 2,68 2,40 2,78 3,60 3,43 2,81 2,32 1,49 ----

A1205 17,65 18,01 17,83 17,12 13,22 13,82 17,96 16,11 -- --

Fe205 4,03 2,46 2,06 3,95 3,75 4,56 3,81 3,27 ----

Cr205 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -----

FeO 6,58 7,21 8,91 6,23 10,80 8,35 3,99 6,94 ------

MnO 0,14 0,14 0,18 0,11 0,23 0,23 0,19 0,25 --

MgO 5,34 6,19 4,84 4,80 3,73 3,17 3,26 1,41 -- ----

CaO 12,06 12,06 11,46 11,50 8,97 7,09 7,80 5,19 ----

Na20 3,06 3,24 3,30 03,05 4,25 4,30 5,42 5,60 ----

K20 0,62 0,54 0,88 0,44 1,68 1,96 2,13 3,03 -- ----P205 0,46 0,38 0,66 0,50 1,46 1,27 0,91 0,45

--

H2O+ 0,66 0,29 0,37 1,51 0,95 1,33 0,78 1,61 --- -----

H2O- 0,28 0,12 0,26 0,61 0,65 0,97 0,17 0,72 ----

Totais 99,75 100,04 97,94 100,18 99,65 96,37 99,66 99,63

(*) Análises efeotuadas no Lab. de Técnicas Fí~oo-Químicas da J. I. C. U., por F. SEITA e colaboradores.

230

QUADRO 11

Parâmetros petroquímioos (*)

AM.l AM.2 AM.3 AM.4 AM. 5IAM. 6 AM.7 AM.8 I

__ o ----------- --

Q 27,00 26,78 26,53 28,90 23,91 26,43 28,36 30,63

L 39,07 39,34 40,22 38,33 37,62 40,79 48,03 48,19

M 33,92 33,87 33,23 32,75 38,46 32,76 23,60 21,17 --

A 18,8 19,3 20,9 18,5 24,5 28,0 41,6 43,0

F 54,1 49,2 54,9 56,0 60,1 57,8 41,9 50,0

M 27,1 31,5 24,2 25,5 15,4 14,2 17,5 7,0 --

L D. 28,97 28,34 30,44 29,57 44,07 50,83 55,19 65,09

(*) Cálculos efectuados no Centro de Cálculo da Fundação Calouste pulbenkian, segundo programa elaborado por R. GOMES (1971).

9

à

7

~6 .. z

5

4

3

6 --5

I- 4:2 ./'

/' /'

./

/' ./

/' /

/'

,/

/' /

/'

2~~45~------·5~O~.------~55~----SiO,

Fig. 4 - Diagrama Si02/Na20 + K 20. MAoDoNALD & KATsuRA (1964).

231

g8ibros com fe1dSipatóides .por processos de metassomatose alcalina. Os ,prncessos metassomálicos assinrulados podem eSltar relacionados com uma fase taJI'dia de emanações al,calina.s resi­duais, directamente associ3!das ao magma gerador dos gabros ·:!om feldspatói:des. ESitelS fenómenos são traduúdos, 'principal­mente, pelo desenvolvimento de bondos difusos de aegirina­-augite envoIovendo a «'augite-salilte» e por analcitização, nefe­olinização e feldsprutização (substituição parcial por ortose) das ;plagioclaSles.

3. D:agra;ma A F M

A distribuição dos pontos (Fig. 5) mostra, de maneira bem maJI'cada, a evolução :petrológi,ca a !p8!rtir dos termos mais magnesianos (1, '2, 3, 4 - gabros com feldspatóides, ricos de olivina), com enriquecimento inicial de Fe (5,6~essexi:tos de transição para os gabros com f.elodSlpa1tóides), seguido de aumento signifieativo de álcalis (8-essexito).

r>e notar a posição do pO'llltO re'presentatifVo dos monzo­gabros com feldspatóides (7), apaventemente isolado do es­'quema evorlutivo geral. lA. localização daJquele ponto projectivo no diagrama ipaTececonfilI"mar as observações de oampo e petro­gráJficas, qUie sugerem tratar-se de diferenciação nos gabros eom feldspatóides, inteooamenrt:re aJfootada pela me'tassomaJtose alcalina.

EmbOTa a orientação do ,presente trrubalho não !tivesse sido feita de molde a esJtabel1ecer correlações com os complexos lávi­cos, não pode deixar de se assina}aJI' a semelhança de evolução

232

F

A~----~----~----~s---~~----~M 20 40 60' 80

Fig. 5 - Diagmma A F M

das roohas gramulares, com as linhas de diferenciação indica~ das para os Complexos llb e 2 por AIR.ES-BARROS et alo (1974).

4. Diagrama de variação dos óxidos com o índice de dife­renciação.

Nesté diagrama (Fig. 6), definido por THORTON & TUTTLE (11·960), pode observar-se que aos termos mais diferenciados corresponde aumento patente em sHi'ca e á!1calis e decrás'Cimo de cáldo e magnésio.

A alumina e o fer:ro (Fe total) a'pres'entam comportamen­tos .antagónicos (a decréscimo do primeiro corresponde aumento do segundo). No ;que respeita ao titânio 'as variações são pouco sensíveis, lPareoe.ndo aumentar ligeiramente nos termos menos diferenciados ;para diminuir, depois, de forma sua'Ve.

5. Célula de Barth.

Utiliizou-se a Célula de BAR.TH '(in BARTH, 19612) para ava­liar as trocas catiónicas no decurso dos processos metassomá­ticosaasociados às transfollmações e evoluções dbservadas nas rochas em estudo.

55

50

45

-"e, ... ... . ... ...

"-..... -.t. _____ :--

...... 10

5i02

40~ ____________________________ __

20

15

10~ ________________________________ _

15

10

...... --10

. ----­--.-

__ ..;-- MgO

eao

0r-----------------------------._--_ • Ti~

.a. .... --_.-.-- "."

10 1_~._ 7 NS20+K:;P _e_ 5 -.. - - ~..!..2

4·1>-

Fig. 6 -- Diagrama de variação dos óxidos com o índice de diferenciação (THORTON

& TUTLE, 1960)

233

234

QUADRO 12

% catiões A B I C D --------

Si 44,96 46,45 48,14 50,75 --------

Na 5,91 8,27 9,93 10,27 ------

K 0,76 2,32 2,56 3,65 --------

Mg 7,60 5,12 4,59 1,98 --------

Ca 12,21 8,57 7,89 5,26

A - Gabros oom feldspatóides B - Esseritos de transição para gabros com

feldspatóides C - Monzogabros com feldspatóides D - Esseritos

50 Si ---------40

30

20

'-, 10....... _____ Na

... _: --=-::=: _::------ ___ -- Ca _ _ _ _ _ ::::. .:.. ___ .... K

__ - Mg

A B c D

Fig. 7 - Elementos gráficos 'Sobre os valores do Quadro 12

Da análise do ,Quadro 112 e doO diagrama (Fig. 7), veri­fica-se que há ,concordâmcia com os resu1Jtados 'Übtidos a partir dos gráficos 'anteriores e conrfirmam-se, umâ vez mais, as iIllter­preltações inferidas dos estudos peltro:gráJficos.

v - RJID.SilJiMlO E OONlOlJUSõlES FlNAillS.

Oes:tudo mkroscópico das ro'chas granulares da regiã'Ü de POIrIto da Cru2'l - Illha da Madeira ~ ;pe:r.mitiu, por eIllquadra­'men:to na sistemáJti<ca sugerida !pela «Subcomission on the Sys­tematios oE Igneous Rocks oE the Intemat,ionaI Union Geological Sciences», assinalar a existênci,a de gabros com feldspatóides, de ,essexitos e de monzogabrós com fieldspatóides.

Do.s tipos petrográficos acima cibdos, o mais representado 'é o dos gabroscoifi ifeldspatóides, 'que co'Ilsltitui o IUpO dominante 'no afloIlamento da ribeira do IMassapez (Soca). Na ribeira das

235

'Voltas rupena:s se identificaJram termos de It;rrunsição de g8Jbros comreldspaJtóides para gabros.

As observações em lâmina delgada permitiram pôr em evi­dência 'fenómenos de alcrulinização tI'laduzidos, fundamental­mente, ,por:

---.. sU!bstituição gradual e :progressiva daIS plagiocl'ases por ifeldspato potáJSsico (ortoiS'e);

- analcitização e/ou nefielinização evidenciada quer sob a iforma de grânulos intersticiais, quer solb a forma de V'énulas ailgiltiformes que inva.dem os feldsprutos 'caJlco~sódicolS;

- transformação parcial da «augi:te-salilte» em kaersutite, augi'te-aegiríni,ca, aegirina e clinoanfíibola súdioa;

- hiotitização, mais ou menos acemu3Jda, da «augite­.,galite».

Os ,processos de al'Calinização acima referidos foram con­firmados, também, Ipor ~epresentaçÕ€s dia.gramáticas do qui­mismo das rochas. Estão particularmente bem patentes nos gráficos que representam os valores da Célula de Barth e sílica/ 1alcalis.

'Os resulltados dos estudos petroquímicos, aliados às obser­vações de crumpo, sugerem que as rochas mais alcâlinas (esse­xirt:os e monzogaJbros com fe1ds1patóides) possam ter evolucio­nado dos g8Jbros 'com feldSIPató1des pelos fenómenos de alcali­nização anteriormente referidos. Aqueles fenómenos podem esltar relrucionados com uma fase tardia de emanações alcalinas residuais, dke'ctamente associada:s ao magmageJra~or dos gabros Icom lfeldspatóides.

BLBLIOGRlAlF'M·

AmEs-BARROS, L., et aI. ('1974) -:Preliminary note on the petrology of Madeira iSlland. BoI. Mm. Lab. Min. Geol. Fac. Ciências, voI. 14, fasc. 1.0, :pp. 5-27, Lisboa.

AOKI, K., KUSHIRo, I., (1968) - Some Glinopyroxenes from Ultramafic Incl'llsions in Dreiser Weiher, Eife!. Contr. Miner. and Petrol. 18, 326-337.

BARTH, T. F. W., (1962) - Theoretical Petrology, Wiley, New-York. BRÃNDLE, J. L., & CERQUEIRA, M. I. (1972) - DeterminaciÓIl de ele­

mentos menores en rocas silicatadas por fluorescência de rayos-X. Estudios Geologicos, vdl. XXVIII pp. 445-451, dic. 1972, Madrid.

BURRI, c., PARKER, iR. L., WENK,.E. & WENK, H. R. (1967) -The optic orientation of p'lagioolases. Birkhauser Verlag. Bassel., Stuttgart.

CHAYEs, F. (1952) - Notes on rhe stainilllg of potas'h fdd~par wirh sodium coballtinitrite in thin section. Amer Min., voI. 37, pp. 337-340.

DEER, HOWIE & ZUSSMAN (1963) - Rock Formilllg Minera1s. - VoI. I - OrtJho - and Ring~SiIicates; VoI. II - Ohain~Silicate. Longmans, LOIl1don.

GAGEL, C. (1912) - Studien uber doo Aufuau und die Gesteilll Madeira. Zeitschrilt Deutschen Geologischen Gesellchall, voI. 64, pp. 344-491, Berlim. rrrad'llção de A. Ribeiro dos Santos em «:Publicações Estran­geiras sobre Geologia de Portugah! (Cenm-o de Esrudos de Geoiogia da F. C. L) Lisboa, 1969.

GOMES, R. D. (1971) -CálculO' da Norma CIPW-Lacroix e de vários parâmetros petroquímicos de rochas ígneas por computador electró­nico (programas em Fortlran I e lFortrnn IV). I Congresso Hispano­-Luso-Americano de Geologia Económica, pp. 167-190, Lisboa--IMadr1d.

lNTERNATIONAL UNION GEOL. ScIENCES. SUBCOMISSION ON THE SYS­TEMATICS OF IGNEOUS ROCKS (1973) - Olassification and nomen­clature of Plu~onic Rocks. Recommendations. N. Jb. Min. Abh., H. 4, pp. 149-164. Stuttgart.

KUNO, H. (1968) - Differentiation of Basalt Magmas. IIll «'Basalts» The Poldervaart Treatise on Rocks 01 BasaZtic Composition, vaI. 2, pp. 623-688. Interscience, New-York.

KUSHIRO, I. (1962) - Olinopyroxene Solid Soiutions. Part I. The CaA1:iSiOs Component. Japanese Journal 01 Gelogy and Geography. voI. XXXIII, N.o 2-4, pp. 213-220. Tokyo.

MAODoNALD, G. A. & KATSURA, J. (1964) -Chemica1 Composition of Hawaiian lavas. J. Petrology, vo1. 5, pp. 82-123.

MUNÕZ, M. & SAGREDO, J. (1974) -Clinopyroxenes as Geobarometric 'Indicatol's in Maficand Ultramafic Rocks from Canary Isdands. Contr. Min. and Petrol., 44, pp. 139-147.

237

PACHECO, J. T., SEITA, M. F., (1972) - Nova técnica de determinações dos índices de rekacção dos minerais anisótropos transparentes. Rev. da Fac. Ciências de Lisboa, 2.a Série-C, VoI. XVII, fase. 1.0, 'Pp. 323-344.

PHEMISTER, J. (1934) -Zoning in Wagiodase Feldspar. Min. Mag., vol. 23, pp. 541-555.

PORTUGAL FERREffiA, 'M. R. (1969) - As ocorrências de rochas plutó­nicas na il'ha dePorto ISaIIl.tO. Memórias e Notícias, N.o 68. Mllls. Lab. Min. Geoo. Univ. de Coimbra.

RUIZ, J. L (1970) - Sobre la génesis de ~as a'llgitas zonadas y coo estruc­tura eu «reloj Ide arena». Estudios GeoIogicos, voI. 26, pp. 237-243, Madrid.

SLEMMONS, D. B. (1962) -Detemnination of Vo1canic and Plllltonic Plagioolases Illsing a three - or fom - ans univtrsal stage. GeoI. Soco Amer. SpeciaI Paper, fi.O 69.

THORTON, C.IP. & TUTTLE, O. F. (1%0) - Chemistry of 19neous Rocks: l. Differentiation Index. Am. J. Science, vaI. 258, pp. 664-684.

TROGER, W. E. (1971) -Optische Bestinnnoog der gesteinsbildenden Minerale, 'Slllttgart.

ZBYSZEWSKY, G. (1971) - Reconhecimento geológico da parte ocidental da Ilha da Madeira. Memórias da Academia das Ciêncill's de Lisboa. Tomo xv, 'Pp. 7-23, Lisboa.

ZBYSZEWSKY, G. (1972) - Levantamentos geológicos na parte oriental da 'Illha da Madeira e nas Ilhas Desertas. Memórias da Academia das Ciências de Lisboa. Tomo XVI, pp. 29-40, Lisboa.

Panorâmica do 'afloramento dag rocha'S granulares - - Limite, aproximado" do afloramento.

d(j Massapez ( Soca ) , tirada da Achada.

EST. I

Fig. 1 - Afloramento da Ribeira do Massapez (S'Oca). Núcleos de gabro com feldspatóides, CDm disjunção subesfe­roidal, envolvidos pela m esma rocha arenizada.

Fig. 1 - Ribeira das Vol tas . A'specto geral 'do ·anoramen êo principal de gabros com ,escassüs feldspatóides.

EST. IV

Fig. 1 - A·specto te~tUoral ,dos gabros com fe!-dspatóides. N II ; X 7

Fig. 2 - A'specto :textural Idas rochas 'e>ssexíticas. N II ; X 6

EST

Aspecto ,textural do monzogabro' com fe ldspatóides. De salientar a elevada percentagem de kaersutite (maf'jto mais escuro).

N II ;

Fig. 1 - Aspectos da reabsmção da kaersutite, no rnonzogabro com feldspatóides. N II ; X ~o

Fig. 1 - Cristal de plagioclase CP ), parcialmente substituído por vénula.s de analcite CA em esselCi tos.

N II ; X:

top related