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Rua Bento Freitas,162 1º andar - Vila Buarque- Cep-01220-000 Tels. (11) 32241780 Fax: (11)32241786 Sitio na Internet www.fenattel.org.br Correio Eletrônico: fenattel@fenattel.org.br
São Paulo, 02 de dezembro de 2013
À GVT (Global Village Telecom S/A)
À Diretoria de RTS
Ref: CONTRANOTIFICAÇÃO À GVT sobre a Negociação do Acordo
Coletivo de Trabalho 2013 – 14
Acuso recebimento de uma carta em nome da empresa, datada de 28 de
novembro p.p. e vimos através desta CONTRANOTIFICAR A GVT a respeito dos
seguintes itens:
- Regimentalmente na FENATTEL, as negociações coletivas sempre foram
nacionais, processo caracterizado por uma pauta única, idêntica em todos
os estados, pela realização de negociações em uma única mesa nacional,
com uma Comissão Nacional de Negociação da FENATTEL, formada por
representantes regionais do Brasil, razão pela qual, em nenhum momento,
em nenhuma ATA, se dá a representação individualizada por Estado.
- Este ano, no Paraná – o representante com maior número de
trabalhadores de v. empresa - a diferença foi muito pequena e não
consolidou o resultado da maioria de votos, restando REJEITADA A
PROPOSTA DA EMPRESA, tanto pelo critério de total de votos, quanto pelo
de número de sindicatos.
O expediente de Vv. Sas. assinala que apenas 7 de 19 sindicatos
teriam obtido aprovação, sendo que existem contradições em relação a
alguns dos sete mencionados por V.Sas., não se constituindo, pois, no
número de Sindicatos suficientes para aprovação a proposta.
- Ao contrário do assinalado por v. NOTIFICAÇÃO, a FENATTEL tem sua
competência definida por seus estatutos sociais, não podendo a GVT
pretender ingerir nas atribuições da entidade federativa, uma vez que a
atribuição estatutária e as resoluções dos CONGRESSOS NACIONAIS dos
trabalhadores determinaram que as Negociações com todas as operadoras,
com prestadoras e com o teleatendimento SÃO NACIONAIS E
COORDENADAS PELA FEDERAÇÃO, e qualquer tentativa de ingerência nesse
item é VIOLAÇÃO DO PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DE LIBERADE E
AUTONOMIA SINDICAIS, além de configurar “Prática Antissindical”, por
tratar-se de decisão nacional tomada pelos representantes de todos os
sindicatos.
- A GVT recebeu sim em data de 26 de novembro p.p. o comunicado de
que sua proposta foi REJEITADA pelos dois critérios expostos acima;
Rua Bento Freitas,162 1º andar- Sala 01-Vila Buarque- Cep-01220-000 Tels. 3337-
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Eletrônico:fenattel@fenattel.org.br
- A GVT foi denunciada na França e já obtivemos resposta da gestão
de recursos humanos global da VIVENDI, que suas práticas e condutas aqui
são objeto de investigação interna, por ser a VIVENDI signatária de
Convenções Internacionais nas quais se obriga a respeitar as boas práticas
de relações trabalhistas.
- A saber, ao contrário da declaração de boa conduta social que consta
em sua carta, elencamos aqui pelo menos SEIS situações em que sua
conduta fere os princípios legais e éticos e o princípio da ISONOMIA entre
seus empregados;
a) As normas e regras do chamado PIV que exclui quase 13 mil
empregados, além de prever variáveis a bel prazer dos gestores que
prejudicam até mesmo aqueles que seriam elegíveis,
b) O Chamado PAD, que na maioria das empresas é equivalente à PPR,
é o menor valor pago no Brasil, não apenas entre operadoras mas, é inferior
ao pago pelas empresas terceirizadas e prestadoras de serviço, além de
dividir os empregados em quatro faixas (0,25 do salário-base, 1,75, 3,0 e
5,0 salários), com privilégio claro aos gestores que foram mobilizados pela
direção da empresa em favor da proposta.
c) A empresa recusa-se terminantemente a negociar a correção anual
do valor da locação dos veículos dos empregados, colocados a serviço da
empresa.
d) A chamada Cesta de Benefícios que compõe direitos negociados em
ACT como Plano Médico, Vales Refeição e Alimentação, e outros, impõe
exclusões que ferem até mesmo a lei de direito do consumidor e toda vez
que tem que receber correções anuais de valores, a GVT se vale de “Regras
Internas” que obrigam empregados a escolher a redução de um beneficio
para obter aumento em outro, por exemplo no V.A.
e) Os pisos salariais praticados pela GVT afrontam o principio do
trabalho decente entre empresas equivalentes, caracterizando o “Dumping
social” que pode ser configurado como crime, por se tratar de concorrência
desleal, às custas dos empregados, uma vez que essa empresa paga pisos
menores que as terceirizadas, inclusive das suas próprias prestadoras de
serviço.
f) A GVT é a única empresa do setor de Telecom que comete
reiteradamente atos de “Práticas Antissindicais” e de crimes contra a
organização do trabalho, o que fere a CONVENÇÃO DA OIT da qual é
signatária, por perseguir dirigentes e delegados sindicais e demitir
sumariamente trabalhadores que se aproximam dos sindicatos.
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g) Contando com essa situação em particular, e mediante a forte
tentativa de pressão exercida pelos gestores de v. empresa nas assembleias
de trabalhadores, mesmo assim sua proposta não obteve maioria nem em
Estados nem em total de votos, ficando COMPROVADO QUE A PROPOSTA
NÃO ATENDE AOS ANSEIOS E ÀS NECESSIDADES DA CATEGORIA, RAZÃO
PELA QUAL, SE FAZ NECESSÁRIA A CONTINUIDADE DAS NEGOCIAÇÕES,
NÃO PODENDO AS MESMAS SEREM ENCERRADAS, UNILATERALMENTE POR
UMA DAS PARTES, SE NÃO HOUVE CONCORDÂNCIA DAS DEMAIS.
Desta forma, uma vez que não foi aprovada a proposta, solicitamos a imediata
designação de data para prosseguimento das negociações, sob pena de nos vermos
obrigados à adoção das medidas cabíveis, sejam de ordem administrativa, ação
sindical ou sejam de ordem judicial.
No aguardo do pronto atendimento, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
subscrevemo-nos, atenciosamente.
Presidente
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