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COLEGIO ESTADUAL MONTEIRO LOBATO - CÉU AZUL PARANÁ
PPC– PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR - 2018
ARTE
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DAS DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ
Pensar os fundamentos teóricos da disciplina de arte é organizar um currículo baseando-se nas DCES do Estado do Paraná, o
qual sugeremque o ensino deve ser realizado em um ciclo devidamente sequenciado, prevendo uma metodologia de ensino e os
resultados esperados. Entende-se, no entanto que a ampla discussão deste currículo depende dos agentes envolvidos, comunidade
escolar em uma discussão crítica e social, que integre os conteúdos previstos em arte e a sua aplicação prática na vida social do
aluno.
O estudo da disciplina de arte acontece no decorrer do ano como análise da atividade social de diferentes momentos da
história, pois a arte é um reflexo da sociedade a qual foi concebida. Através desta contextualização, apresentamos aos alunosformas
de pensar e de visualizar o mundo em que vivemos.
A compreensão das criações artísticas e das posições existentes na teoria estética requer que sejam situadas no âmbito
histórico, social e político, cientifico e cultural em que vieram à luz, pois é neste contexto amplo que se encontram os anexos
explicativos de tais posições e criações; só assim é possível estabelecer um conhecimento critico radical “pelas raízes” e significativo
sobre elas. Fora de tal contexto, todo e qualquer conhecimento se esvazia de significado e se transforma em simples justaposição de
dados, fatos, datas e eventos desconexos. A área da arte não tem uma lógica interna restrita a si mesma, o que indica não ser a arte
auto explicável. Pelo contrário: tudo o que acontece no seu âmbito próprio está intimamente vinculado ao tempo histórico, à
organização da produção e da sociedade em que ocorre, como também é fruto das conquistas humanas de toda a história anterior,
nos diversos campos: do fazer e do criar, do saber e do pensar, do sentir e do perceber, do agir e do relacionar-se ( PEIXOTO, 2007.
Excerto de texto inédito cedido pela autora).
Através do conhecimento de manifestações culturais e de movimentos artísticos, o aluno aprende a identificar os elementos
formais de cada linguagem artística para melhor compreender o ato da produção. Descobrindo os elementos formadores de cada
linguagem, o educador conduzirá o aluno para uma composição no âmbito escolar, levando em consideração o meio social e cultural
da comunidade.
2. DIMENSÃO HISTÓRICA E APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE
No decorrer do desenvolvimento de nosso país, tivemos diversos acontecimentos que influenciaram e contribuíram para a
construção do ensino da arte atual dentro deles estão:
• Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica denominada Companhia de Jesus
desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos
registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com
os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes
manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também, as manifestações
artísticas locais (BUDASZ, in NETO, 2004, p. 15).
• Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o brasil uma série de obras e ações foram iniciadas para atender,
em termos matérias e culturais a corte portuguesa. Em 1816 chega ao Rio de Janeiro a Missão Artística Francesa e é
criado a Academia Imperial de Belas Artes seguindo modelos europeus.
• Em 1886 o ensino do desenho é visto como uma preparação para o trabalho em fabricas e serviços artesanais.
• Em 1922 acontece a primeira Semana de Arte Moderna. Esse movimento modernista valorizava a cultura popular.
• Em 1930 o compositor Heitor Villa-Lobos, no governo de Getulio Vargas, instituiu o projeto de canto orfeônico nas
escolas. São formados corais, que se desenvolvem pela memorização de letras de músicas de caratês folclórico e
cívico.
• A chegada dos emigrantes no Paraná influenciou a forma de pensar a arte.
• Ana Mae Barbosa desenvolve a metodologia triangular para o trabalho da arte em museus.
O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o trabalho criador. A arte é criação, qualidade distintiva
fundamental da dimensão artística, pois criar “é fazer algo inédito, novo e singular, que expressa o sujeito “criador e
simultaneamente, transcende-o, pois o objeto criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto concreto é uma nova
realidade social” (PEIXOTO, 2003, p. 39).
Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental para a educação, pois a escola é a um só tempo, o espaço
do conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o
processo de criação. Assim, o desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos, inerente à dimensão artística, tem uma direta
relação com a produção do conhecimento nas diversas disciplinas, mas desperta áreas cognitivas especificas e habilidades que são
exercitadas e desenvolvidas pela prática artística.
Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para humanização dos sentidos, ou seja, para a prática da
tolerância e o exercício reflexivo através de habilidades espirituais, culturais, interdisciplinares, plásticas e expressivas, tratando a
formação do aluno de forma integral. Superação da condição de alienação e repressão à qual os sentidos humanos foram
submetidos. A Arte concentra, em sua especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando um diálogo entre as
disciplinas escolares e ações que favoreçam uma unidade no trabalho pedagógico. Por isso, essa dimensão do conhecimento deve
ser entendida para além da disciplina de Arte, bem como as dimensões filosófica e científica não se referem exclusivamente à
disciplina de Filosofia e às disciplinas científicas. Essas dimensões do conhecimento constituem parte fundamental dos conteúdos
nas disciplinas do currículo da Educação Básica.
“A arte é o produto do trabalho do ser humano, historicamente construído pelas diversas culturas. Pela arte, o ser humana se
torna consciente da sua existência individual e coletiva e se raciona com diferentes culturas e forma de humanização e
transformação. Com relação ao ensino da Arte, os saberes específicos das diferentes linguagens artísticas, organizados no contexto
do tempo e do espaço escolar, possibilitam a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do senso crítico, da
criatividade, alterando as relações que os sujeitos estabelecem com seu meio físico e sociocultural. Por esta razão faz necessário à
mediação do professor sobre os conteúdos historicamente consolidados nesta área do conhecimento, aprimorando a capacidade do
educando e compreender os signos verbais e não verbais que constituem as artes nas diferentes realidades culturais.”
Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma transformação no ensino de arte. Entretanto ainda são
necessárias reflexões e ações que permitam a compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida
a um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de entretenimentos e terapia. Assim o ensino de arte deixará de
ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
3. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
A arte como manifestação humana, nos torna mais sensíveis ao ambiente que nos cerca, através da exploração dos
sentimentos individuais, o autoconhecimento, a maneira de expressão e comunicação, empatia e reflexão crítica e suas formas de
expressão.
4. OBJETIVOS
O objetivo do ensino de arte é o desenvolvimento integral do indivíduo: intelectual cultural, emocional, social, perceptivo, físico,
estético, e criador.
• Compreender, reconhecer, dominar e aplicar os elementos formais que integram a linguagens artísticas das artes visuais,
musica, dança e teatro.
• Desenvolver e ampliar a percepção do mundo circundante;
• Conhecer e contextualizar os conhecimentos culturais dos períodos artísticos- estilísticos estudados;
• Desenvolver a consciência de patrimônio cultural (material e imaterial) desenvolver a capacidade expressiva, individual e
coletiva;
• Reconhecer que as produções culturais (materiais e imateriais) são frutos das relações sociais e formas de pensamento em
um dado tempo/espaço;
• Reconhecer-se como ser produtor de cultura material e imaterial
• Relacionar os conhecimentos relativos às diferentes linguagens artísticas, estabelecendo – as como área de conhecimentos
decorrente de processos históricos e tecnológicos e, selecionar, organizar, interpretar e interagir com informações
representadas de diferentes formas para tomar decisões, construir argumentações consistentes, respeitando a diversidade
cultural;
• Analisar e compreender as significações (signos) verbais e não verbais materiais e imateriais que integram as diferentes
realidades culturais;
• Desenvolver a percepção visual e estética sensível do meio, para promoção e melhoria do mesmo, seja no aspecto físico ou
sócio cultural.
• Valorizar a identidade e a cultura afro-brasileira, africana e indígena e a contribuição desses povos na formação artística
brasileira.
5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes na disciplina de arte estão divididos conforme orientação das DCE´s, e abrangem: Elementos
formais, que são os pré-requisitos para o fazer e compreender arte; a composição, que são elementos que embasam a
prática artística e criativa; e os Movimentos e períodos, que contextualizam cada conteúdo. Trata-se de quatro linguagens
artísticas que serão abordadas diretamente nas aulas de arte: música, artes visuais, e as linguagens cênicas que são dança e
teatro. Considera-se, no entanto, que, desdobramentos destas linguagens podem e devem ser pertinentes e abordadas nas
aulas de arte, seja oralmente, interdisciplinarmente, ou em forma de projetos.
5.1 Conteúdos Básicos
ARTE / ARTES VISUAIS
Artes Visuais Conteúdos 6º 7º 8º 9º 1ªElementos
formais
Ponto: Gráfico (isolado e na composição) I T R F - - -
Linha: Formas e posições (isolada e na composição) I T R T R T R F -Cor: A cor enquanto luz e a cor enquanto pigmento – diferenciação entre as duas formas de
apresentação – (Todas as classificações de cores pigmento).
I T R T R T R F -
Textura: Gráfica, visual e tátil. I T R T R T R F -Volume: Reconhecimento e aplicação compositiva das formas tridimensionais, bem como a
ideia de volume e sombras em composições bidimensionais.
I T R T R T R F -
Superfície: Formas bidimensionais (reconhecimento e aplicação) I T R T R T R F -Luz: Influência direta na percepção e criação compositiva. I T R T R T R F -
Composição Figurativa I T R T R T R F -Abstrata I T R T R F - -Figura-fundo I T R F - - -Bidimensional e tridimensional I T R T R T R T -
Contrastes IT R F - - -Ritmo visual I T R T R F - -Gêneros temáticos: paisagem, natureza-morta, retrato... I T R T R F - -Técnicas: (Pintura) I T R T R T R F - (Grafite) - - I R T -(Gravura – escolher uma das aplicações: xilogravura, gravura em metal, em material
alternativo, etc.
- - - I T -
(Fotografia) - - - I T - (Instalação) - - I T R F -
Movimentos e
períodos
Arte na Pré-história, Arte Egípcia, Arte Grega, Arte Romana, Arte Mesopotâmica, Arte na
Idade Média (Bizantina, Românica, Gótica), Renascimento, Arte Barroca (Europa),
Neoclassicismo e Romantismo.
IT I T
Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo,
Surrealismo, OpArt, Pop Art, Arte Naif, Arte Contemporânea (vanguardas artísticas), Arte
Oriental, Arte Africana e Arte Pré-Colombiana.
-
Arte Nacional (desde a Pré-história brasileira, passando pelo período colonial, Barroco
Nacional, Missão Artística Francesa, Modernismo e vanguardas artísticas nacionais), Arte
indígena, Movimentos Latino-Americanos nas Artes e Arte Paranaense.
-
Observação: Os movimentos e períodos, no que se refere às séries do ensino fundamental, não
aparecem com indicações especificadas. Justifica-se tal procedimento ao fato de que
consideram-se os mesmos como passíveis de abordagens variadas durante o desenvolvimento
dos conteúdos ditos como elementos formais e compositivos.
ARTE / TEATRO
Teatro Conteúdos 6ª 7ª 8ª 9ª 1ºElementos Personagem (expressões corporais, gestuais, vocais e faciais). I T R T R T R F -
formaisAção (ação teatral) I T R T R T R F -
Composição Representação I T R T R T R F -
Texto dramático I T R T R T R F -
Roteiro - - I T R T -
Espaço cênico I T R T R T R T -
Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, caracterização e maquiagem. IT R T R T RF -
Gêneros: Tragédia, comédia, drama, épico, rua, etc. I T R T R T -
Jogos teatrais e dramáticos I T R T R T R T -
Técnica: Teatro direto e indireto, improvisação e monólogo. I T R T R T R T -
Movimentos e
períodos
Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco,
Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas artísticas, Teatro
dialético, Teatro do Oprimido, Teatro pobre, Teatro essencial, Teatro do absurdo, Arte
engajada, Arte popular, Arte indígena, Arte nacional e produções paranaenses, Indústria
cultural, Arte Latino-Americana. Obs.: Os movimentos e períodos citados estão presentes
dentro do conteúdo geral no ensino fundamental, onde o professor irá contextualizar os
mesmos de acordo com as atividades e assuntos trabalhados.
IT I T I T I T R T
ARTE / DANÇA
Dança Conteúdos 6ª 7ª 8ª 9ª 1ºElementos
formais
Movimento corporal I T R T R T R F
Tempo I T R T R T R T
Espaço I T R T R T R T
Composição Eixo (equilíbrio do movimento e corpo) I T R T R T R T
Dinâmica e aceleração I T R T R T R T
Ponto de apoio; salto e queda; rotação e deslocamento. I T R T R T R T
Formação do movimento e da coreografia I T R T R T R T
Sonoplastia (associação dos sons ao movimento) I T R T R T R T
Gêneros: clássica, moderna, folclórica, de rua, de salão, étnica, etc. I T R T R T R T R T
Movimentos e
períodos
Arte Pré-histórica, Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval,
Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Expressionismo, Vanguardas artísticas,
Dança circular, Dança clássica, Dança Moderna, Dança contemporânea, Hip-Hop, Arte
popular, Arte indígena, Arte nacional e produções paranaenses, Indústria cultural, Arte Latino-
Americana. Obs.: Os movimentos e períodos citados estão presentes dentro do conteúdo geral
no ensino fundamental, onde o professor irá contextualizar os mesmos de acordo com as
atividades e assuntos trabalhados.
I T R T R T R T R T
ARTE / MÚSICA
Música Conteúdos 6ª 7ª 8ª 9ª 1ºElementos formais Propriedades do som: altura; duração; timbre; densidade; intensidade; e tempo. IT RT RT TF -Composição Ritmo IT IT RT RF -
Melodia - - IT RF -Tonal: apreciação de músicas e escalas. - - IT RT RTModal: apreciação de músicas e escalas. - - IT RT RTContemporânea: apreciação e criação. - - IT RT RTEscalas - IT RT RT RFSonoplastia IT RT RT RF -Gêneros: erudita, folclórica, Indígena e etc. IT RT RT RT RTTécnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação. IT RT RT RF -
Movimentos e
períodos
Arte Greco- Romana - - - IT RT
Arte Oriental - - IT RT RT
Arte Africana IT RT RT RT RF
Arte Medieval - - - IT RT
Renascimento - IT - IT RT
Barroco - - IT RT RT
Classicismo - - - IT -
Romantismo IT - IT RT -
Vanguardas Artísticas IT RT RT RT RT
Indústria cultural - - IT RT RF
WorldMusic IT RT RT RF -
ArteNacional e Paranaense - - IT RT RT
Arte Latino – Americano - - - IT RT
Arte Engajada - IT RT RF -
5.2 Conteúdos específicos
REDESENHO CURRICULAR 6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINAS 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE OBSERVAÇÕESARTE
ARTES VISUAIS
MÚSICA
DANÇA
TEATRO
A Arte e sua importância enquanto conhecimento e construção social (Introdução: O que é Arte?).
Elementos formais Estudo sobre as cores na
composição plástica: Cores e classificações enquanto: primárias, secundárias, quentes, frias, complementares, cor – pigmento e luz
Elementos formaisSom e ruído.
Ritmo visual.O ritmo na composição plástica (alternância e repetição – associações possíveis com a música e dança);
Formas básicas (regulares e irregulares);
Personagem, espaço cênico, ação cênica, construções de fantoches,
Elementos formais Desenho de Observação (técnica da quadricula – aumentar e diminuir) Técnicas e efeitos de colagem; Introdução à releitura;
Formas de estilização.
Movimentos e Períodos Arte Egípcia
Arte Grega
(valor). O ponto e a linha na
composição plástica; (trabalhar os tipos de ponto e linha, identificar em obras, importância, expressividade, etc.).
Textura Tátil e Visual;
Figura Fundo; ilusão óptica;
Anomalias;
Movimentos e períodos Arte Pré-histórica
Pontilhismo
Introdução à dança.
Folclore Brasileiro
boneco de vara e dedoches.
Máscaras Africanas
Movimentos e Períodos Introdução a musica (sons
do cotidiano); Instrumentos musicais (de
sobro, de corda, de percussão e metal)
Teatro de Animação, sonoplastia;
Arte Indígena e Arte Africana (Cultura Afro-Brasileira e Capoeira)
REDESENHO CURRICULAR 7º ANO – ENSINO FUNDAMENTALDISCIPLINAS 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE OBSERVAÇÕESARTE
ARTES VISUAIS
MÚSICA
DANÇA
TEATRO
Revisão do conceito: O que é Arte?Elementos formais
Elementos formais da Arte (revisar);
Simetria e Assimetria (simetria bilateral, axial, radial e assimetria);
Mosaico;
Encáustica (giz de cera)
Vitral;
Pintura em cerâmica;
Serigrafia (lixa/giz de cera e ferro);
Elementos formais Elementos do som:
timbre, densidade, intensidade, duração, altura;
Composição Musical: ritmo, melodia e harmonia.
Perspectiva e proporção do corpo humano;
Xilogravura e outras formas de gravura;
Movimentos e Períodos Música Medieval
(canto
Elementos Formais Efeitos de Luz e Sombra;
Jogos teatrais em sala de aula (mímica, pantomima)
Movimentos e Períodos Cultura Afro-Brasileira
Gêneros Teatrais: Comédia, tragédia e circo
Comedia Dell’Art
Barroco
Barroco Brasileiro
Rococó
Movimentos e Períodos Arte Indígena
(Grafismo) Arte Popular
Arte Islâmica
Arte Bizantina
Arte Gótica
gregoriano/coral) Musica Religiosa
Renascimento
Signos Visuais (indício, ícone e símbolo)
Moda (trabalho de criação de roupas)
REDESENHO CURRICULAR 8º ANO – ENSINO FUNDAMENTALDISCIPLINAS 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE OBSERVAÇÕESARTE Revisão sobre o que é Arte?
Elementos formais Gêneros Temáticos
(paisagem, paisagem rural, urbana, natureza morta, retrato, auto-retrato, cenas do cotidiano, cenas religiosas, cenas históricas, cenas mitológicas).
Sobre dança: Giro, rolamento, saltos, aceleração/desaceleração, direções, improvisação, coreografia. Gêneros: Industria, Cultural e Espetáculo.
Escultura
Movimentos e Períodos Neoclassicismo
Romantismo
Realismo
Elementos formais Caricatura/Charge
(estilização e deformação)
Historia em quadrinhos
Musica vocal, instrumental e mista
Movimentos e Períodos Impressionismo e
Pós-Impressionismo Expressionismo
MPB (Musica Popular Brasileira)
História do Jornal
Elementos Formais Monólogo
Dramaturgia
Musica nas Mídias (cinema mudo, desenho animado – trilha sonora
Movimentos e Períodos História da TV, do Cinema,
do Rádio Muralismo
Teatro Engajado, Oprimido, Pobre, Absurdo, Fórum.
Cultura Afro-Brasileira
Dança (Hip Hop, Industria Cultural, Dança Moderna)
Cultura de Massa (Industria Cultural e a produção artística)
REDESENHO CURRICULAR9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINAS 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE OBSERVAÇÕESARTE Revisão sobre O que é Arte?
Elementos formais Fragmentação
Escultura (arame e meia fina)
Método Ternário (método para chegar a abstração)
Técnicas de colagem
Estilização Monalisa
Formas Geométricas
Movimentos e Períodos Vanguardas:
• Cubismo,
• Futurismo,
• Abstracionismo,
• Abstracionismo Geométrico,
• Dadaísmo.
Elementos Formais Publicidade e
Propaganda Móbiles e Stabiles
(Alexandre Calder) Fotografia (técnica do
stencil e perspectiva). Ex: figuras de revistas
Instalação
Movimentos e Períodos Surrealismo, Pop Art,
OpArt, Minimalismo e Arte Conceitual.
Gêneros Musicais: Eletrônica, Rock, Samba, sertanejo raiz e universitário)
Movimentos e Períodos Arte Contemporânea (body
art, land art, arte póvera, happenings e performances, arte postal, Street Art, music Painting)
Arte Brasileira e Paranaense.
Cultura Afro-Brasileira
Arte Linear (linhas nos pregos)
Arte Reciclável (Sustentável)
6. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Artes Visuais
Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da produção pictórica de conhecimento universal e artistas
consagrados, também formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seuentorno. Nessa seleção, o professor pode considerar
artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de caráter universal.
Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua
época, criando uma nova realidade, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a
releitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebidos
por ele na obra de arte. Por isso, é preciso deixar de lado a prática que reduz a releitura de uma obra a sutis modificações ou pelo
acréscimo de cores e formas, sem que se estabeleçam contextos e, de fato, uma prévia leitura crítica da obra de arte em estudo.
Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a discussão sobre essa área como processo
intelectual e sensível que permite um olhar sobre a realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade.
É importante salientar que o trabalho com a leitura da obra de arte deve
Contemplar os momentos de encaminhamento metodológico (teorizar, sentir e
perceber e trabalho artístico).
Outra importante possibilidade de trabalho é o estabelecimento de relações das artes visuais com as outras áreas artísticas.
Dança
Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da
dança com os elementos culturais que a compõem. É necessário rever as abordagens presentes e modificar a ideia de que a Dança
aparece somente como meio ou recurso “para relaxar’, ‘para soltar Secretaria de Estado da Educação do Paraná as emoções’, ‘para
expressar-se espontaneamente’, ‘para trabalhar a coordenação motora’ ou até ‘para acalmar os alunos” (MARQUES, 2005, p. 23).
A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais,
possibilitam uma melhor compreensão estética da Arte.
Os elementos formais da dança, nestas diretrizes, são:
• movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele numdeterminado tempo e espaço;
• espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial do espaço;
• tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).
O elemento central da Dança é o movimento corporal, por isso o trabalho pedagógico pode basear-se em atividades de
experimentação do movimento, improvisação, em composições coreográficas e processos de criação (trabalho artístico), tornando o
conhecimento significativo para o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por articularem os conteúdos da dança.
Entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas e distantes, perceber o movimento corporal nos
aspectos sociais, culturais e históricos (teorizar), são elementos fundamentais para alcançar os objetivos do ensino da dança na
escola. A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que, uma vez integrados aos processos
mentais, possibilitam uma melhor compreensão estética da Arte.
Os elementos formais da dança, nestas diretrizes, são:
• movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo e espaço;
• espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial do espaço;
• tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).
O elemento central da Dança é o movimento corporal, por isso o trabalho pedagógico pode basear-se em atividades de
experimentação do movimento, improvisação, em composições coreográficas e processos de criação (trabalho artístico), tornando o
conhecimento significativo para o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por articularem os conteúdos da dança.
Entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas e distantes, perceber o movimento corporal nos
aspectos sociais, culturais e históricos (teorizar), são elementos fundamentais para alcançar os objetivos do ensino da dança na
escola.
Ao selecionar os conteúdos de Dança que pretende desenvolver com seus alunos, o professor precisa considerar o contexto
social e cultural, ou seja, o repertório de dança dos alunos, seus conhecimentos e suas escolhas de ritmos e estilos.
Para se efetivar o trabalho com a dança na escola, há que se considerar algumas questões: como a de gênero, as de
necessidades especiais motoras e as de religião, como o caso de algumas religiões que desaprovam a dança, ou por outro lado, do
cuidado necessário com as danças religiosas que podem impor o caráter litúrgico implícito nas mesmas.
Música
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta musical que tanto compõe suas
preferências relacionadas à herança cultural, quanto interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de
massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada música, é importante contextualizá-la, apresentar suas características específicas e
mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em diversas composições musicais.
Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que se
possam identificar os seus elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em
uma composição musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.
A música é formada, basicamente, por som e ritmo e varia em gênero e estilo. O som é constituído por vários elementos que
apresentam diferentes características e podem ser analisados em uma composição musical ou em sons isolados. Os elementos
formais do som são: intensidade, altura, timbre, densidade e duração.
Teatro
Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação, destacam-se a: criatividade, socialização,
memorização e a coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o momento para que o aluno os
exercite. Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem correr risco.
Existem diversos encaminhamentos metodológicos possíveis para o ensino de teatro, no entanto se faz necessário
proporcionar momentos para teorizar, sentir e perceber e para o trabalho artístico, não o reduzindo a um mero fazer.
Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento, aquecimento e com os elementos formais do teatro:
personagem – expressão vocal, gestual, corporal e facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário
para texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos (trabalho artístico).
O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo, o professor não exclui a abordagem da teorização em arte como, por
exemplo, discutir os movimentos e períodos artísticos importantes da história do Teatro. Durante as aulas, torna-se interessante
solicitar aos alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema, tais como: plano de imagens,
formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia (sentir e perceber).
ENSINO FUNDAMENTAL
O encaminhamento dos conteúdos deverá considerar alguns pontos norteadores da prática do ensino de arte nos anos iniciais
do ensino fundamental como: as produções e manifestações artísticas presentes na comunidade e demais dimensões da cultura em
seus bens materiais e imateriais; as peculiaridadesde cada aluno na busca da ampliação de seus saberes; a viabilização se situações
de aprendizagem que permitam ao aluno compreender os processos de criação e execução nas linguagens artísticas e a
experimentação estética.
Nos anos iniciais, o aluno aproxima-se do universo artístico sob a forma de aprendizagem sistematiza. Assim, o trabalho do
professor torna-se mais significativo se houver uma articulação do lúdico as atividades artísticas em sua pratica pedagógica. As
associações surgidas entre as linguagens artísticas e a realidade da criança oportunizam o entendimento da mesma como sujeito
criado na cultura e pela cultura. Deste modo, inicia-se este processo pela experimentação e exploração de materiais e técnicas das
diferentes linguagens artísticas. A dimensão simbólica das ações deverá extrapolar os estereótipos existentes no mundo cultural e
superar praticas com atividades mecânicas. Deve-se considerar a importância da reflexão, da descoberta e da criação,
característicos da infância. A apropriação lúdica do conhecimento artístico propicia a compreensão e a inter-relação com os signos
presentes nas diferentes manifestações e representações artísticas.
Nos anos finais do ensino fundamental, o ensino da arte toma a dimensão de aprofundamento das línguas artísticas, para
conhecer os conceitos e elementos comuns presentes nas diversas representações culturais.
Em cada uma das linguagens artísticas, o professor considerara o desenvolvimento histórico diferenciado, suas
especificidades, fundamentos que exigirá uma perspectiva diferenciada de trabalho em cada uma delas.
Nas artes visuais, será explorados os formatos bidimensionais, tridimensionais e virtuais, de modo a trabalhar as características
especificas contidas na estrutura, cor nas superfícies, nas formas e na disposição deste elemento no espaço. Na dança, o principal
elemento básico é o movimento. Seu desenvolvimento no tempo e espaço implica na exploração de possibilidades de improvisar e
compor. Também podem ser abordadas questões acerca das relações entre o movimento e os conceitos a respeito do corpo e da
dança, uma vez que refletem esteticamente recortes da realidade.
Na linguagem musical, há que se priorizar a escuta consciente de sons percebidos, bem como a identificação de suas
propriedades, variações e maneiras intencionais de como estes sons são distribuídos numa estrutura musical. Proporcionar o
reconhecimento da organização desses elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.
Na linguagem teatral, também poderão ser exploradas as possibilidades de improvisação e composição no trabalho com as
personagens, com o espaço da cena e o desenvolvimento de temáticas de textos literários ou dramáticos clássicos, ou de narrativas
orais e cotidianas. O desenvolvimento da linguagem teatral na escola também se ocupa da analise de seus elementos formadores,
de forma a propiciar ao aluno conhecimentos por meio do ato de dramatizar.
ENSINO MÉDIO
O trabalho em sala de aula deverá se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: produzir arte, desenvolver um
trabalho artístico, sentir e perceber as obras artísticas. No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento, desta forma deve-
se contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:
- o sentir e o perceber: são as forma de apreciação e apropriação da obra de arte
- o trabalho artístico: é a pratica criativa de uma obra e reflexiva de um conceito, ideal ou sugestão de transformação social,
- o conhecimento em arte: fundamenta e possibilita ao aluno o que sinta e perceba a bar artística, bem como desenvolva um trabalho
artístico para formar conceitos artísticos. O trabalho em sala poder começarpor qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente.
No ensino médio é proposta uma retomada dos conteúdos do ensino fundamental e aprofundamento deste e de outros
conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos dessa etapa de ensino. Também é fundamental que todos os
conteúdos em arte conversem com outras disciplinas para que o aluno veja a prática e o aprendizado artístico como funcional ao seu
dia a dia e como concretização de ideias e realização pessoal no seu contexto social. Trabalhar interdisciplinaridade é fundamental
no ensino médio.
7. TEMAS CONTEMPORÂNEOS
7.1 Educação Ambiental
Em arte trabalha-se a Arte Sustentável e a utilização de recursos materiais alternativos como matéria-prima para as práticas
artísticas. Outra importante ligação da disciplina de arte e o meio ambiente é a Land Art, a Arte Urbana, que são formas de integrar o
meio ambiente em movimentos artísticos, em perfeita sintonia e em busca da sustentabilidade, lugares do Paraná.
7.2 História e Cultura Afro-Brasileira
A LDB prevê na educação a diversidade para que o aluno seja respeitado na sua diversidade cultural e que a escola seja
ambiente de experiências sociais, portanto, reconhecer a cultura brasileira é compreendê-la segundo as correntes africanas
indígenas e europeias, estudá-las no ambiente artístico e cultural.
Junto aos conteúdos relacionados no planejamento escolar do presente estabelecimento de ensino, serão atribuídos os
elementos referentes à cultura afrodescendentes de maneira a integrá-los aos encaminhamentos das aulas de arte conforme
legislação vigente sobre o assunto, buscando valorizar a contribuição africana não somente nas produções artísticas, mas sociais
como um todo. Assim, a presença da cultura afro-brasileira será explorada e valorizada no contexto escolar e social.
7.3 História do Paraná
A história da arte no Paraná, apreciação de obras de compositores musicais, símbolos estaduais, desenhos que marcam
nossa fauna e flora, exploração de cultura específica como o fandango, e estudo de principais artistas paranaenses.
7.4 Cultura Indígena
Trabalhar a cultura indígena de forma teórica e prática, realizando como atividade prática: desenho, pintura e dança, levar a
turma a uma aula externa como visitas a aldeias indígenas.
7.5 Cidadania e Direitos Humanos
-Violência contra a mulher – Lei 11.340/2006- Estatuto do idoso –Lei 10741 de 1º/10/2003-Enfrentamento a Violência na Escola: bullyng Lei 13185/2015-Educação para as Relações Étnicos Racionais Lei 10639/03-Prevenção ao uso Indevido de Drogas Lei 11343/2006-Gênero e diversidade Sexual -LEIS: 9394/96 – Lei 10172 - Lei 8069/00 – Lei10639/03 – Lei 11645/08-Diversidade Educacional (inclusão) LEI 7853/89 – Lei 10098/94 – Lei10048/2000- Consumismo, Mídias e Redes Sociais.
8. AVALIAÇÃO:
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nestas Diretrizes Curriculares é diagnóstica e processual. É
diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os
momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino
(desenvolvimento das aulas), bem como a auto avaliação dos alunos.
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo
e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades
realizadas”. De fato, a avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa
do processo e compartilha a produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de
modo que se desvincula de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a valorização
somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que transcendem os limites do gosto e das
afinidades pessoais, direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico. Assim, a avaliação em Arte supera o papel de
mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno.
Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir
da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da
realidade. O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e registro do processo de aprendizagem, com os
avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona
os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o
aluno também deve elaborar Secretaria de Estado da Educação do Paraná seus registros de forma sistematizada. As propostas
podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.
É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural próprio, constituído em outros espaços
sociais além da escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm um percurso escolar diferenciado de
conhecimentos artísticos relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança.Também em relação à educação para a
diversidade e inclusiva devemos lembrar dos alunos que enfrentam preconceitos ou aqueles que necessitam de flexibilização na
avaliação por evento de aceleração ou retardo do tempo de aprendizagem que sua especialidade necessita. Alunos que apresentam
necessidades especiais têm direito a atividades, exercícios, avaliações e trabalhos de pesquisa com acessibilidade, flexibilizados
para adequar-se a cada situação específica, e devem ser sinalizados e discutidos pelo colegiado para encontrar caminhos para a
melhor aprendizagem.
9. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência
para o professor propor abordagens diferenciadas. A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação tais como:
* Trabalhos artísticos individuais e em grupo;
* Pesquisas bibliográficas e de campo;
* Debates em forma de seminários e simpósios;
* Provas teóricas e práticas;
* Realização de mostras de arte;
* Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros.
10. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da
aprendizagem durante o ano letivo, visando às seguintes expectativas de aprendizagem:
• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;
• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;
• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção,
divulgação e consumo.
11. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOSA recuperação de estudos tem o objetivo principal de rever, reforçar, retomar e corrigir problemas de aprendizagem em
conteúdos trabalhados e diagnosticados como não alcançados pelo aluno. A recuperação de estudos é feita em revisões orais e/ou contextuais em sala ao introduzir cada novo conteúdo. Também é feita brevemente no início de cada nova aula, a cada novo trimestre, e cada novo ciclo. Conteúdos levantados em diagnose podem ser abordados em ênfase pelo professor com a turma e também feito trabalhos específicos para recuperá-los, ou seja, a recuperação acontece em todos os momentos em que aluno e professor se encontram em sala. Outros recursos podem ser discutidos com a coordenação pedagógica e direção.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1993.
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encontros de formação continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública
do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba:
SEED-PR, 2006.
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