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Coccidiose (Eimeria spp.)
• ASPOC – 12/11/2010• José Manuel de Azevedo
Monteiro
Coccidiose (Eimeria spp.)
• O género Eimeria agrupa parasitas protozoários, do Filo Apicomplexa, Classe Sporozoa, Subclasse Coccidia, Subordem Eimeriina e Família Eimeriidae.
• Nos coelhos descreveram-se mais de 25 espécies de Eimeria, mas até hoje, só se isolou 11 espécies em cultivo puro:– E. exigua, E. perforans (a mais difundida), E. media,
E. coecicola, E. magna, E. irresidua, E. intestinalis, E. piriformes, E. flavencens, E. vejdovskyi e E. stidai.
Período de prépatencia:
• E. perforans e E. media é de 5 dias, • E. magna é de 7 dias, • E. vejdovskyi é de 10 dias, • E. stiedai é de 14 dias, • As restantes espécies de Eimeria que
parasitam o intestino delgado, é de 9 dias.
Ciclo biológico:
• Monoxenos (um só hospedeiro), • Oocistos eliminado nas fezes,• Esporogonia no exterior (condições de
humidade, oxigénio e temperatura),• Grande capacidade de resistência no
meio ambiente (sensíveis ao calor e ambiente seco),
Ciclo biológico:
• Maioria desenvolvem-se intestino delgado,• E. flavenscens que vai até ao ceco,• E. piriformis do cólon,• E. stiedai do fígado.
Etiopatogenia:
• Funcionamento do canal alimentar do coelho é complexo,
• Equilíbrio da flora intestinal é delicado, é preciso ter em conta a patogenicidade de cada espécie de Eimeria.
Etiopatogenia:
Sinais clínicos:
• Aparecem com a infecção, variam desde 104 a 105 em oocistos de espécies pouco patogenias, até 103 em espécies mais patogénicas,
• Doença é aguda e dura entre 1 a 5 dias segundo a patogenicidade.
Sinais clínicos:
• Mortalidade aparece entre o 9º, 10º e 11º dia depois da inoculação,
• Inclusive nas espécies mais patogénicas, o crescimento do animal volta ao normal ao 12º e 13º dia,
• Favorece o aparecimento de outras patologias,
• Tal como outras patologias favorecem o aparecimento de coccidias.
Lesões:
• Só nas infecções experimentais muito fortes se visualizou lesões macroscópicas características,
• As espécies que parasitam o ileon, ceco e cólon causam lesões mais características, nos órgãos, que outras espécies,
• Apenas E. flavescens provoca lesões celulares,
• E. piriformis provoca leves hemorragias.
Epidemiologia:
• Três tipos de explorações:-Explorações familiares,
-Explorações complementares,
-Explorações industriais.
Explorações familiares (animais a viver em contacto com as fezes, são um ecossistema ideal para a
proliferação de coccídeas).
Explorações complementares:
• Jaulas de metal, higiene medíocre, ração composta, muita medicação (robenidina desde a 20 anos), maternidade junto da engorda e fezes retiradas de tempos a tempos.
• Em análises surgem positivos a E. perforans, E. magna e a E. media.
Explorações complementares:
Explorações industriais:
• Profissionais, boa higiene, sistema tudo dentro/tudo fora, menor emprego de fármacos e taxa de mortalidade inferior a 10% anual,
• Estas explorações são muitas vezes isentas de coccídeas,
• O aparecimento de cepas resistentes das espécies mais patogénicas pode ser catastrófico.
Explorações industriais:
• Sistema automático de desinfecção, com 4 desinfecções diárias programadas.
Varia-se de desinfectante diariamente (anti fúngicos, anti ácaros, anti bacterianos e anti virais)
Diagnóstico:
• A coccidiose hepática é a única que se pode visualizar por necrópsia,
• As intestinais são praticamente impossíveis de saber,
• As Eimerias comuns nas explorações industriais são E. magna e E. media,
• Raramente provocam diarreia,• Atraso de crescimento, aumento de índice de
conversão, durante uma a duas semanas.
Diagnóstico laboratorial• Coprologia é o método de eleição,• Deve-se fazer diversas amostras, de varias jaulas de
láparos com 5/6 semanas de vida,• O laboratório deve quantificar e identificar a espécie,• Menor que 1000 oocistos pode-se considerar
relativamente satisfatório,• Excepto se pertencer a espécies muito patogénicas (E.
intestinalis, E. flavescens) ou E. irresidua,• Acima de 4000/5000 oocistos deve-se aplicar profilaxia
médica.
Coprologia
Coprologia
Coprologia
Coprologia
Coprologia
Coprologia
Coprologia
Coprologia
Coprologia
Coprologia
Profilaxia e terapêutica:
• A higiene é muito importante,• Os oocistos são resistentes a
desinfectantes,• Deve-se usar calor e secagem,• O vapor de água a 120ºC pode ser útil,• Os coelhos aos 21 dias são muito
receptivos.• O desmame e o stress em geral
favorecem o crescimento dos coccídeas.
Profilaxia médica:
• O tratamento nos coelhos deve considerar o láparo e a fêmea reprodutora,
• Transmissão entre a 3ª e 4ª semana de vida,
• Tratamento preventivo aos 28 dias de vida.
Quimioprofilaxia:
• Ração:-Robenidina 66ppm,-Salinomicina 20ppm,
- ionóforo,-Sulfamidas – ex: sulfadimetoxina
400ppm,-Diclazuril 1ppm.
Quimioprofilaxia:• Ração:
– Rotação de coccidiostáticos• Exemplo: aparecimento do diclazuril/resultados excelentes
nas explorações,– Os coccidiostáticos são eficazes nas fazes iniciais do
parasita,– Utilizar um coccidiostático eficaz durante a
transmissão da coelha para o láparo (3ª e 4ª semana).
Quimioprofilaxia:
• Água:-Toltrazuril 1-2mg/kg p.v. durante 2-5
dias como preventivo e 3mg/kg p.v. durante 2-3 dias como curativo.
-Sulfadimetoxina, 300mg/litro de água, durante 2-3 dias, é muito eficaz como preventivo, também se usa contra a coccidiose hepática.
Imunoprofilaxia:
• O láparo antes do desmame tem resistência natural, não transmitida pela mãe.
• Stress após desmame, diminuição de imunidade,
• As coccídeas do coelho são muito imunogénicas,
• Não existe nenhuma vacina comercializada para coelhos.
Bibliografia/Agradecimentos:
• Enfermedades del conejo (Rosell 2000),• Maladies dês lapins (Samuel Boucher et
Loic Nouaille 2002),• Revista cunicultura,• Esteve veterinária.
Obrigado pela vossa atenção!
E nunca se esqueçam de dar a mão aos coelhos . . .
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