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REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 1
CERTIFICA MINAS CAFÉ
REGULAMENTO GERAL
8ª REVISÃO 11/12/09
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 2
ÍNDICE
1. PRINCÍPIOS E OBJETIVOS
2. ABRANGÊNCIA DESTE DOCUMENTO
3. DEFINIÇÕES
4. ESTRUTURA PARA CONDUÇÃO DO PROGRAMA
5. CATEGORIAS DE CERTIFICAÇÃO
6. CRITÉRIOS DE CUMPRIMENTO PARA A CERTIFICAÇÃO
7. CONDIÇÕES PARA SOLICITAÇÃO, OBTENÇÃO, EXTENSÃO, MANUTENÇÃO E
REVALIDAÇÃO DO CERTIFICADO DE CONFORMIDADE
8. EMISSÃO, VIGÊNCIA, MANUTENÇÃO, SUSPENSÃO, RETIRADA E CANCELAMENTO
DO CERTIFICADO
9. APELAÇÃO DAS DECISÕES DE CERTIFICAÇÃO
10. EXIGÊNCIAS PARA OS AUDITORES DO PROGRAMA CERTIFICA MINAS CAFÉ
11. ALTERAÇÕES NA PROPRIEDADE CAFEEIRA
12. LISTA DE PROCEDIMENTOS
13. LISTA DE FORMULÁRIOS
14. ANEXOS
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
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1.PRINCÍPIOS E OBJETIVOS
O Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ, instituído pelo Governo do Estado de Minas Gerais,
sob a coordenação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de
Minas Gerais – SEAPA, executado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado de Minas Gerais - EMATER MG, gerido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA,
com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais – EPAMIG,
tem como objetivos e premissas:
1.1. Incentivar as organizações dos setores participantes a adotarem sistemas da qualidade
na cadeia produtiva de café, que contribuam para a segurança e confiabilidade dos produtos
ofertados aos diversos mercados consumidores.
1.2. Desenvolver um sistema de Gestão da Qualidade - Boas Práticas Agrícolas que permita
a equivalência com outros sistemas e normas existentes, possibilitando a atuação dos setores
de forma globalizada.
1.3. Buscar o intercâmbio de tecnologia, regulamentação, atualização, equivalência com
entidades nacionais e internacionais que atuam nos mesmos segmentos de interesse.
1.4. Reconhecer os preceitos estabelecidos por entidades nacionais e internacionais como
MAPA, ANVISA, INMETRO e FAO, colaborando em entendimentos mútuos e promoção de
ações de apoio ao setor.
1.5. Estabelecer um sistema de verificação independente.
1.6. Estabelecer um esquema de certificação para todo o território do Estado de Minas
Gerais, quando pertinente e aplicável a todos os tipos de propriedades cafeeiras participantes
desta cadeia produtiva, independente de regiões e tecnologias aplicadas ao processo
produtivo.
1.7. Transparência e independência quanto aos critérios e decisões tomadas.
1.8. Caráter público em relação aos critérios adotados e das propriedades cafeeiras
certificadas.
1.9. Estabelecer os requisitos do Manual de Normas para Certificação de Propriedades
Cafeeiras baseados em conceitos e critérios de:
Gestão da Qualidade;
Segurança do alimento;
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Boas Práticas Agrícolas e de Proteção ao Meio Ambiente;
Higiene e Segurança no Trabalho;
Responsabilidade Social.
1.10. Promover a participação voluntária no Programa por parte das propriedades cafeeiras
interessadas.
1.11. Estabelecer os critérios e estrutura para a certificação por terceira parte reconhecida e
independente.
1.12. O Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ é gerenciado pelo Instituto Mineiro de
Agropecuária - IMA.
2. ABRANGÊNCIA DESTE DOCUMENTO
Este documento descreve a estrutura do CERTIFICA MINAS CAFÉ de acordo com os
requisitos estabelecidos no Manual de Normas para Certificação de Propriedades Cafeeiras,
legislação vigente, outros documentos e procedimentos específicos e aplicáveis.
Este documento detalha as responsabilidades e direitos das partes interessadas: SEAPA,
IMA, EMATER-MG, EPAMIG e Organismo de Avaliação da Conformidade - OAC, além das
Propriedades Cafeeiras que requerem a certificação.
Descreve e padroniza o funcionamento do Programa e a interação entre as referidas partes.
O documento é considerado parte integrante do Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ.
3. DEFINIÇÕES
As seguintes definições se aplicam ao Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ:
3.1. Organismo de Avaliação da Conformidade - OAC: organismo que possui reconhecimento
para executar auditorias de conformidade dentro do Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ e
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apto a emitir uma declaração atestando que um sistema de gestão e processo cumpre com os
requisitos da norma aplicada.
3.2. Sistemas internacionais: esquemas de certificação e de referência para Boas Práticas
Agrícolas, conduzidos por entidades internacionais e sobre os quais possa haver, pelo
Programa, interesse em estabelecer um acordo mútuo ou buscar a equivalência entre
sistemas.
3.3. Recomendação para certificação: declaração de um organismo de avaliação da
conformidade - OAC emitida após a conclusão satisfatória de um processo de auditoria,
solicitando e autorizando a emissão do certificado.
3.4. Certificado: documento do Programa, que declara que uma determinada propriedade
cafeeira auditada atende aos requisitos do Manual de Normas para Certificação de
Propriedades Cafeeiras. O certificado declara os segmentos, processos e endereços cobertos
pelo escopo da certificação.
3.5. Não conformidades: desvios no atendimento de um requisito especificado pelo Manual de
Normas para Certificação de Propriedades Cafeeiras.
3.6. Condições para uso das marcas de certificação: documento do Programa que define as
condições, bem como orienta a propriedade cafeeira para uso das marcas de certificação.
3.7. Requerimento, Contrato e Cadastro de Certificação: documentos formais preenchidos
junto ao responsável legal da propriedade cafeeira interessada na certificação, por meio dos
quais são fornecidas as informações relevantes para que seja iniciado o processo de
certificação.
3.8. Proposta: documento preparado pelo organismo de avaliação da conformidade - OAC, a
partir dos dados do cadastro, definindo as condições técnicas e comerciais para a realização
da auditoria de certificação e auditorias de acompanhamento.
3.9. Condições para fornecimento ou documento equivalente: documento que estabelece
termos e condições gerais sob as quais o organismo de avaliação da conformidade - OAC
executa os serviços contratados.
3.10. Confirmação de certificação: documento preparado pelo organismo de avaliação da
conformidade - OAC, por meio do qual a propriedade cafeeira interessada na auditoria de
certificação declara formalmente o seu aceite e concordância para as condições
estabelecidas no Regulamento e nos documentos do Programa.
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3.11. Auditoria de certificação: atividade para a verificação da adequação e implementação
dos requisitos estabelecidos no Manual de Normas para Certificação de Propriedades
Cafeeiras para fins de recomendação da Propriedade cafeeira auditada para a certificação.
3.12.Auditoria de acompanhamento: atividade para a verificação da manutenção dos
requisitos estabelecidos no Manual de Normas para Certificação de Propriedades Cafeeiras
para fins de recomendação da Propriedade cafeeira auditada para a certificação.
3.13. Programa: Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ, instituído pelo Governo do Estado de
Minas Gerais.
4. ESTRUTURA PARA CONDUÇÃO DO PROGRAMA
4.1. As partes envolvidas no Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ são:
4.1.1. SEAPA, IMA, EMATER MG e EPAMIG;
4.1.2. Comitê Normatizador do Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ;
4.1.3. Comitê de Certificação – CC;
4.1.4. Organismo de Avaliação da Conformidade - OAC aprovado para atuar em
conformidade com o Programa;
4.1.5. Propriedades cafeeiras interessadas na obtenção e manutenção de sua certificação.
4.2. As entidades SEAPA, IMA, EMATER MG, EPAMIG e OAC são representadas por seus
representantes legais ou membros por eles delegados.
4.3. O Comitê Normatizador do Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ – CNPC – é um órgão
de apoio normativo para os assuntos técnicos do Programa, isto é, de interesses
convergentes a todos os segmentos que compõem a cadeia produtiva. Servirá também de
referência a outras comissões técnicas e grupos de trabalho de interesses específicos das
entidades promotoras do Programa.
As regras e estrutura do CNPC, bem como seu funcionamento, são descritas no
Procedimento PRO CAF - 004.
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4.4.São atribuições do IMA:
4.4.1. Gerenciar e controlar o Programa, zelar pelo seu funcionamento e melhoria contínua,
sempre observando os objetivos e premissas estabelecidas.
4.4.2. Gerenciar, estruturar e organizar o Sistema de Controle Interno do Programa (SCI).
4.4.3. Desenvolver, editar, manter, atualizar e divulgar o REGULAMENTO GERAL DO
PROGRAMA CERTIFICA MINAS CAFÉ.
4.4.4. Definir e designar a estrutura administrativa do IMA para recebimento, processamento e
despacho de toda e qualquer informação relevante ao programa de certificação.
4.4.5. Convocar e coordenar a atuação do Organismo de Avaliação de Conformidade.
4.4.6. Conceder e revogar autorizações para que o Organismo de Avaliação de Conformidade
execute as atividades de sua competência e previstas no programa.
4.4.7. Manter uma lista pública dos Organismos de Avaliação da Conformidade aprovados.
4.4.8. Desenvolver as marcas de certificação.
4.4.9. Definir os métodos e condições de uso das marcas de certificação, conforme
procedimento PRO-CAF 008.
4.4.10. Manter uma lista pública das propriedades cafeeiras e empresas certificadas.
4.4.11.Comunicar a todas as propriedades, mediante formulário (F CAF - 015) o resultado da
certificação.
4.4.12. Suspender, revogar ou cancelar certificados de acordo com as disposições
estabelecidas no procedimento PRO CAF - 003.
4.4.13. Constituir subgrupos de trabalho.
4.4.14. Propor alterações a este Regulamento.
4.4.15. Propor procedimentos para aplicação deste Regulamento.
4.4.16. Propor alterações aos requisitos de auditoria e certificação.
4.4.17.Outras atividades técnicas e administrativas necessárias para o bom andamento do
Programa.
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4.5. Os Organismos de Avaliação da Conformidade – OAC – credenciados para atuação no
Programa são entidades públicas, privadas ou mistas, de terceira parte, aprovados pela
SEAPA a executar as auditorias em conformidade com os requisitos do REGULAMENTO
GERAL DO PROGRAMA CERTIFICA MINAS CAFÉ e demais documentos aplicáveis.
4.6. São atribuições do OAC:
4.6.1. Atender aos requisitos para sua aprovação, estabelecidos no Programa.
4.6.2. Emitir o certificado para a propriedade cafeeira aprovada.
4.6.3. Ter declarado formalmente à SEAPA a sua anuência a este Regulamento e a
documentação relacionada.
4.6.4. Possuir corpo de auditores com experiência comprovada em Propriedades cafeeiras e
em sistemas de gestão da segurança de alimentos.
4.6.5. Enviar para o IMA, a relação das propriedades cafeeiras aprovadas e reprovadas.
4.6.6. Manter sob confidencialidade quaisquer informações obtidas durante sua atuação na
execução do programa e outras obtidas em função de sua condição privilegiada de OAC.
4.6.7. Enviar ao IMA solicitação para a suspensão, retirada ou cancelamento do certificado,
informando o nome da propriedade cafeeira, o número do certificado e o motivo que originou
tal solicitação.
4.6.8. Executar as auditorias de acordo com os requisitos do Programa.
4.6.9. Orçar, propor, planejar, executar, decidir e registrar as atividades de auditoria e suas
constatações.
4.6.10. Zelar pelos princípios de confidencialidade, boa conduta e ética em todas as
atividades executadas no programa.
4.7. O organograma, linhas de reporte e estrutura para a condução do Programa são dados
abaixo:
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ORGANOGRAMA GERAL
ORGANOGRAMA DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Gerente de CertificaçãoMarco Vale
Coordenadora GeralMiriam Alvarenga
Coord. de Processo/FinançasRogério Fernandes
Coord. de CampoRodrigo Fernandes
Coord. de GruposJulian Carvalho
Diretor GeralAltino Neto
Diretor TécnicoPedro Hartung
Diretor de Planejamento, Gestão e FinançasWolnei Barreiros
Comitê de Certificação (CC)Bernardino Guimarães
Câmara Técnica do CaféBreno de Mesquita
Comitê Normatizador (CNPC)Bernardino Guimarães
Assessoramento AvaliaçãoGRUPOS DE CERTIFICAÇÃO
IMA, EMATER MG
SEAPA
CNPC Comitê Normatizador do Programa
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Gerência de Certificação IMA
OAC - Organismo Avaliação de Conformidade
Comitê de Certificação
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4.8. Os documentos de referência e suporte ao Programa são:
4.8.1. REGULAMENTO GERAL DO PROGRAMA CERTIFICA MINAS CAFÉ, seus
procedimentos, formulários e anexos – estabelece a constituição do Programa, sua
operacionalização, fornece instruções sobre a obtenção do certificado e sua manutenção,
direitos e responsabilidades das partes.
4.8.2. MANUAL DE NORMAS PARA CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES CAFEEIRAS –
contém os requisitos que devem ser considerados pela propriedade cafeeira que solicita a
certificação e de acordo com os quais será auditada.
4.8.3. RELATÓRIO DE AUDITORIA – contém os requisitos estabelecidos no Manual de
Normas para Certificação, sendo uma ferramenta para avaliação da propriedade cafeeira a
ser certificada e será usada durante a auditoria.
4.8.4.Documento de credenciamento do Organismo de Avaliação da Conformidade –
declaração emitida pela SEAPA aprovando a atuação do OAC.
4.8.5. CERTIFICADO DE CONFORMIDADE - documentação e procedimentos para
equivalência com sistemas nacionais e internacionais de interesse.
4.8.6. MANUAL DE GESTÃO DAS NORMAS PARA CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES
CAFEEIRAS - contém informações para interpretação e aplicação/cumprimento do Manual de
Normas para Certificação de propriedades cafeeiras.
Obs: Poderão ser emitidos documentos relativos a questões específicas da certificação em
função de diferenças geográficas, abordagem dos diferentes negócios, tecnologias,
segmentos e também para facilitar a interpretação dos documentos gerais.
4.8.7. ANEXOS
4.8.8.PROCEDIMENTOS
4.8.9.FORMULÁRIOS
Todos os documentos de referência poderão ser revisados periodicamente. As novas
versões a serem utilizadas serão publicadas nos sites, www.agricultura.mg.gov.br,
www.ima.mg.gov.br; www.emater.mg.gov.br bem como o prazo de transição entre as versões
antigas para adequação.
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5. CATEGORIAS DE CERTIFICAÇÃO
O Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ tem caráter voluntário e estabelece uma
dinâmica evolutiva. Exige o atendimento de requisitos mínimos obrigatórios definidos para
cada nível de certificação.
5.1. As categorias de certificação aplicáveis são:
5.1.1. Categoria Bronze – aplicável a propriedades cafeeiras que atendam no mínimo 80%
(oitenta por cento) dos critérios obrigatórios estabelecidos pelo Programa.
5.1.2. Categoria Prata – aplicável a propriedades cafeeiras que atendam no mínimo 90%
(noventa por cento) dos critérios obrigatórios estabelecidos pelo Programa.
5.1.3. Categoria Ouro – aplicável a propriedades cafeeiras que atendam 100% (cem por
cento) dos critérios obrigatórios estabelecidos pelo Programa.
Observação: Informações detalhadas sobre os níveis de certificação encontram-se no
procedimento PRO CAF – 013.
6. CRITÉRIOS DE CUMPRIMENTO PARA A CERTIFICAÇÃO
6.1.Critérios para a concessão da certificação.
As condições básicas para a obtenção do escopo do certificado de conformidade estão
descritos nos procedimentos PRO-CAF 007 e PRO-CAF 009 nos requisitos estabelecidos no
Programa Certifica Minas Café.
A auditoria Interna será obrigatoriamente executada pelo IMA em todas as propriedades
cafeeiras selecionadas e assistidas pela Emater MG, recomendando-se à Certificação,
propriedades com nível de conformidade igual ou superior a 80% (oitenta por cento) dos itens
obrigatórios.
6.2. Classificação dos itens:
6.2.1. Obrigatório.
6.2.2. Eliminatório.
6.2.3. Recomendável.
6.3. Avaliação dos itens.
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6.3.1.Cumprido – Cumprido integralmente o requisito.
6.3.2. Não Cumprido – Não cumprido ou cumprido parcialmente o requisito.
6.3.3. Não Se Aplica – Item cuja mensuração não é possível no momento da auditoria.
7. CONDIÇÕES PARA SOLICITAÇÃO, OBTENÇÃO, EXTENSÃO, MANUTENÇÃO E
REVALIDAÇÃO DO CERTIFICADO DE CONFORMIDADE
7.1. As condições básicas para a solicitação, obtenção, manutenção, revalidação e extensão
de um certificado de conformidade estão descritas no Procedimento PRO CAF – 007.
8. EMISSÃO, VIGÊNCIA, MANUTENÇÃO, SUSPENSÃO, RETIRADA E CANCELAMENTO
DO CERTIFICADO
8.1. Após a formalização da recomendação de certificação, o OAC emitirá o certificado.
8.2. O custo referente à emissão e reemissão do certificado será pago pela propriedade
cafeeira, incluído no preço da auditoria de certificação. O Certificado será reemitido quando
danificado ou extraviado, ou quando houver necessidade de correção das informações nele
contidas (ex: nome do produtor, nome da propriedade etc...).
8.3. Todas as informações geradas durante as auditorias e que permitirem a recomendação à
certificação são sigilosas, inclusive ao CNPC. Somente a propriedade cafeeira auditada
poderá tornar pública qualquer informação referente ao seu processo de certificação.
8.4. Sanções de suspensão, revogação e cancelamento de certificados são descritas no
procedimento PRO CAF - 003.
9. APELAÇÃO DAS DECISÕES DE CERTIFICAÇÃO
9.1. A propriedade cafeeira e/ou empresa que pleiteia a certificação poderá apelar da decisão
que determina a não emissão do certificado, sua suspensão ou retirada, conforme
procedimento PRO CAF - 005.
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10. EXIGÊNCIAS PARA OS AUDITORES DO PROGRAMA CERTIFICA MINAS CAFÉ
10.1. A qualificação dos auditores do IMA está descrita no Procedimento PRO CAF – 022
(Qualificação Mínima, Atribuições e Responsabilidades do Pessoal). A qualificação dos
auditores do OAC é descrita abaixo:
10.1.1. Formação superior ou curso de nível técnico, desde que habilitados no curso para
auditores de qualidade.
10.1.2. Conhecimento da rotina de auditoria que deve incluir normas aplicáveis a auditorias da
qualidade e suas técnicas de execução.
10.1.3. Conhecimento em sistema de gestão da qualidade.
10.1.4. Experiência na cadeia produtiva, qualidade ou dois anos de consultoria em
Propriedades cafeeiras.
10.2. Se o OAC utiliza auditores subcontratados, esta condição deverá estar explícita em
suas propostas de certificação. O OAC deve assegurar que tais auditores atendam a todos os
critérios estabelecidos no item anterior.
10.3. Para qualquer atividade, pré-auditoria, auditoria de certificação e auditorias de
acompanhamento, a propriedade cafeeira será informada com antecedência sobre o auditor
designado.
10.4. Se requerido, o OAC deverá fornecer informações sobre o auditor designado.
10.5. Se a propriedade cafeeira tiver qualquer restrição legitimada da atuação do auditor
designado, o OAC deve levar em conta estas restrições e propor um novo auditor para os
trabalhos.
11. ALTERAÇÕES NA PROPRIEDADE CAFEEIRA
Qualquer alteração na propriedade cafeeira deverá ser comunicada por escrito ao IMA para
que avalie as modificações necessárias no certificado e outros documentos.
11.1. Alteração da razão social – A propriedade cafeeira deverá comunicar ao IMA qualquer
alteração em sua razão social, no prazo máximo de 30 dias, para que seja feita a troca do
certificado.
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11.2. Alteração do representante da propriedade cafeeira perante o OAC – a propriedade
cafeeira deverá comunicar ao IMA e ao OAC sobre mudanças no representante da
propriedade cafeeira.
12. LISTA DE PROCEDIMENTOS
CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO
PRO CAF - 001 Elaboração e controle de contratos para certificação
PRO CAF - 002 Montagem dos grupos
PRO CAF - 003 Aplicação de penalidades, sanções de suspensão, revogação e cancelamento de certificados.
PRO CAF - 004 Regras e estrutura do Comitê Normatizador – Funcionamento do Comitê
PRO CAF - 005 Tratamento de sugestões, reclamações, não conformidades, ações corretivas, ações preventivas, apelações e disputas.
PRO CAF - 006 Regras e estrutura do comitê de certificação – Funcionamento do comitê
PRO CAF - 007 Solicitação, obtenção, extensão, manutenção e revalidação do certificado de conformidade.
PRO CAF - 008 Uso de licença, certificados e marcas de conformidade
PRO CAF - 009 Análise de conformidade
PRO CAF - 010 Elaboração e controle de manuais, procedimentos, formulários e normas técnicas do sistema de controle interno
PRO CAF - 011 Qualificação mínima, atribuições e responsabilidade do pessoal
PRO CAF - 012 Recrutamento e seleção de pessoal
PRO CAF - 013 Categorias de certificação
PRO CAF - 014 Avaliação de risco
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13. LISTA DE FORMULÁRIOS
CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DO FORMULÁRIO
F CAF - 001 Modelo de contrato
F CAF - 002 Acordo de confiencialidade, conduta e ética
F CAF - 003 Código de conduta e acordo de ética
F CAF - 004 Requerimento para certificação
F CAF - 005 Cadastro de certificação
F CAF - 006 Parecer do Comitê de Certificação
F CAF - 007 Suspensão, retirada e cancelamento de certificados
F CAF - 008 Recomendação de certificação/autorização para emissão de certificado
F CAF - 009 Alteração do certificado de conformidade
F CAF - 010 Atualização e sistematização dos documentos do SCI
F CAF - 011 Relatório de evolução das propriedades cafeeiras
F CAF - 012 Solicitação de exclusão de propriedade do Programa Certifica Minas Café
F CAF - 013 Relatório de auditoria
F CAF - 014 Manual de Normas para certificação de propriedades cafeeiras
F CAF - 015 Comunicado ao produtor sobre o resultado da certificação
F CAF - 016 Sugestões, reclamações, não conformidades, ações corretivas, ações preventivas, apelações e disputas
14. ANEXOS
ANEXO 1 – ACORDO COM OS ORGANISMOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
ANEXO 2 – MANUAL DE GESTÃO DAS NORMAS PARA CERTIFICAÇÃO DE
PROPRIEDADES CAFEEIRAS
ANEXO 3 – MANUAL DO PRODUTOR
ANEXO 4 – MODELOS DE SELOS PARA CERTIFICAÇÃO
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ANEXO 1
ACORDO COM O ORGANISMO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
Tendo o Organismo de Avaliação da Conformidade ________________________ sido
cadastrado e constituído pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de
Minas Gerais como “Organismo Certificador” apto a prestar serviços no Programa Certifica
Minas junto aos cafeicultores mineiros e suas respectivas entidades representativas, sua
permanência como entidade avaliadora das propriedades cafeeiras participantes do Programa
fica condicionada à:
1. Manutenção de seu credenciamento junto às entidades internacionais de certificação.
2. Manutenção de equipe de auditores qualificados conforme exigido no Regulamento do
Programa.
3. Orientação, atualização e treinamento dos auditores qualificados com relação aos
requisitos, documentos e procedimentos do Programa.
4. Divulgação de sua condição de Organismo de Avaliação da Conformidade aprovado.
5. Comunicação de quaisquer alterações na sua condição de organismo credenciador.
6. Observação por si e seus prepostos do Código de Conduta e Ética e do Acordo de
Confidencialidade, Conduta e Ética.
7. Zelo pela guarda da documentação relativa aos processos de certificação executados.
8. Transferência dos arquivos com os processos de certificação das propriedades cafeeiras
que obtiveram os certificados emitidos pelo Programa para o IMA.
Por acharem justas e acordadas, as partes firmam o presente acordo em duas vias de igual teor.
Belo Horizonte, __ de ____________ de _____.
____________________________
OAC
_____________________________________________________
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 17
ANEXO 2 MANUAL DE GESTÃO DO CHECK-LIST
1. LAVOURA
1.1 Material de Propagação
1.1.1
Apresentar a devida documentação, a partir da emissão do 1º certificado da
propriedade no Programa.
Associações de produtores de café que possuem viveiro coletivo precisam ter:
Registro, Responsável Técnico (RT), Certificado Fitossanitário de Origem
(CFO) e tirar Permissão de Trânsito Vegetal (PTV)
1.1.2 Apresentar Registro, RT, CFO ou Certificado de Sanidade.
1.1.3
Apresentar documento que comprove a existência de Responsável Técnico (RT):
Anotação de responsabilidade técnica (ART) ou Registro no livro do viveiro,
aberto pelo IMA, datado e assinado ou Certificado Fitossanitário de Origem
(CFO)
1.2 ÁREA DE CULTIVO
1.2.1
Para plantios após 19/06/2002, a propriedade deverá obedecer à legislação
florestal vigente, conforme a lei 14.309 de 19 de Junho de 2002. Para lavouras
instaladas anteriormente a esta data, a lei supracitada permite a permanência da
lavoura na área, devido à antropização.
1.2.2
Mapa ou croqui da propriedade ou fotografia aérea ou imagem de satélite, com
pelo menos uma coordenada geográfica da sede ou lavoura.
Representar as lavouras, talhões ou glebas, estradas de acesso.
As coordenadas geográficas deverão ser em grau, minuto e segundo
(GGºMM`SS,S``) e a altitude em metros. O Datum utilizado será SAD 69.
1.2.3 Com as práticas pertinentes, deve-se evitar erosão nas lavouras de café. Não
deverá apresentar sinais evidentes de erosão.
1.2.4 Com as práticas pertinentes, deve-se evitar erosão nas demais áreas da
propriedade. Não deverá apresentar sinais evidentes de erosão.
1.2.5
Constatação visual que há práticas adequadas para o controle do mato (roçada,
capina manual, controle químico, etc) e os registros pertinentes (Quadro de
serviços ou similar).
1.2.6
Identificação clara do talhão ou gleba. Na propriedade deve existir documento,
detalhando o talhão ou gleba (manter registros de cultivares, área, número de
plantas, espaçamentos, datas de plantio).
1.3 TRATOS CULTURAIS
1.3.1 Laudo laboratorial (resultado da análise de solo), que poderá ser por glebas ou
talhões. Uma gleba poderá conter um ou mais talhões. O laudo deverá ser anual.
1.3.2 Existência de recomendação técnica, assinado e carimbado por profissional
credenciado junto ao CREA.
1.3.3 Verificar a recomendação técnica e sua correlação com os registros.
1.3.4 Verificar os registros (Quadro serviços ou similar).
1.3.5 Verificar registros (Quadro serviços ou similar), entrevista ou visual.
1.3.6
A palha de café, se existente na propriedade, deve ser usada preferencialmente
como adubo orgânico, podendo ser usada como fonte de energia ( Quadro de
serviços ou similar).
1.3.7 Verificar registros e checagem dos equipamentos;
1.3.8 Verificar o resultado laboratorial por talhões ou glebas;
1.3.9 Existência de laudo de recomendação técnica, datado, assinado e carimbado
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 18
por profissional credenciado junto ao CREA.
1.3.10 Constatação da existência de receituário agronômico para todos os agrotóxicos
adquiridos.
1.3.11
Constatação de que os agrotóxicos utilizados estão contidos na listagem de
agrotóxicos registrados para a cultura no MAPA e cadastrado no IMA para café
(site: www.ima.mg.gov.br) clicar no link agrotóxico/cadastrado em Minas
Gerais. Todos os agrotóxicos em uso e/ou armazenados têm que estar dentro do
prazo de validade. No caso de uso de formicidas, cupinicidas, etc., cujo registro
no MAPA é feito por praga controlada e não por cultura fim, deve-se constatar a
existência do Receituário Agronômico relativo a esses produtos. No caso de
uso de óleos minerais em misturas com agrotóxicos fica condicionado às
condições de compatibilidade contidas na bula.
1.3.12
Constatação de anotações das aplicações discriminadas por área (talhão ou
gleba), quantidade, data e aplicador (Quadro de aplicação de agrotóxicos ou
similares).
1.3.13 Os equipamentos devem ser revisados pelo menos anualmente e feitos os
registros e entrevista (Quadro de manutenção de equipamentos ou similar);
1.3.14
Verificar registros (Quadro de aplicação de agrotóxicos ou similar). Entrevista
com o aplicador sobre os procedimentos adotados (uso, lavagem e guarda do
Equipamento de Proteção Individual (EPI)).
1.3.15
Verificar por entrevista e registros (Quadro de aplicação de agrotóxicos ou
similares). Constatação visual da sinalização (pode-se utilizar bandeirinhas:
Vermelha= não entrar – aplicação recente de agrotóxico e Amarela = não colher
– período de carência). Pode-se usar outras sinalizações similares como por
exemplo placas, estacas, etc. Se houver necessidade, verificar o site do MAPA
(www.agricultura.gov.br) clicar no link Agrofit.
1.3.16
Local coberto, para uso exclusivo, com dimensões necessárias (o suficiente para
o armazenamento organizado dos produtos e/ou embalagens vazias), piso
impermeável, identificado na entrada, arejado, trancado, afastado de
residências, fontes de água, maquinaria de processamento de café , café colhido,
abrigo de animais e locais com lençol freático raso .
1.4 IRRIGAÇÃO
1.4.1 Verificar a existência de outorga ou protocolo e o prazo de validade;
1.4.2 Verificar a existência certificado ou declaração ou lista de presença do
treinamento e entrevista com o responsável.
1.4.3 Os registros deverão ser por talhão ou gleba, lâmina de irrigação, data e
operador, em controles internos.
2. PRODUTO
2.1. COLHEITA E PÓS-COLHEITA
2.1.1
Verificação de registros de aferição de equipamentos de medição usados para
definir peso ou volume de café colhido (latas, balaios, caixas, etc). Deverá ser
usado o Quadro 5 de Aferição ou similar.
2.1.2
É recomendada a reutilização da água usada no lavador/despolpador. É
considerada reutilização da água, quando a água é recirculada no mesmo
processo.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 19
2.1.3
Coliformes Totais podem ocorrer naturalmente, mesmo em águas não
necessariamente contaminadas por fezes.
A qualidade da água para uso em lavadores/despolpadores de café pode
limitar-se à exigência quanto à ocorrência de coliformes fecais (chamados
termoresistentes, tendo como principal representante a Escherichia coli, de
origem exclusivamente fecal), pois esses, sim, denotam efetiva contaminação
da água.
Devido à complexidade e ao custo de uma análise mais completa (resíduo de
pesticidas, etc) e também pela natureza do processamento que sofre o café
desde a colheita até o consumo (secagem em terreiros por pelo menos 15 dias
ou em secadores, até atingir 11-12% de umidade, beneficiamento, torrefação e
moagem), admitem-se análises apenas de coliformes fecais.
Para coliformes fecais, a referência limite é: 103
(ou 1.000) nmp/100 ml.
nmp = número mais provável. É a unidade tecnicamente aceita para
organismos vivos, nesse tipo nessas análises.
2.1.4 Verificar o máximo de 30% de grãos verdes no início da colheita,
comprovados por verificação física ou entrevista .
2.1.5
Verificar através de registros e entrevista que os utensílios e equipamentos
foram limpos (Quadro 3 - Limpeza e Manutenção de Equipamentos ou
similar).
2.1.6 Se houver, os cafés de varrição devem ser transportados separados dos
demais. Verificar quadro de colheita ou similar.
2.1.7
Verificar se os lotes de café foram colhidos e levados para o terreiro e
esparramados no mesmo dia (mesma jornada de trabalho), através de registro
(Quadro 6 - Colheita ou similar) e entrevista.
2.1.8
Verificar através de registro (Quadro 3 - Limpeza e Manutenção de
Equipamentos ou similar) e entrevista. Como exemplo: Rodos, carrinho,
balaios e outros.
2.1.9
Verificar as boas práticas de secagem. Boas Práticas mínimas: Esparramar o
café em camadas de até 3 cm no mesmo dia da colheita; Lotes podem ser
formados com cafés colhidos em no máximo três dias. Revolver o café pelo
menos uma vez por hora. Após o terceiro dia, se o café tiver atingido a meia-
seca, deve ser enleirado todas as tardes. A partir deste ponto (meia-seca) o
café não deve molhar, deve ser amontoado por volta das 15:00 horas e coberto
por volta das 17:00 horas para uniformização da seca e ser esparramado às
09:00 horas do dia seguinte. Quando da utilização de secadores mecânicos,
fazer uma pré-secagem e a temperatura máxima na massa de grãos de café é
de 45ºC.
2.1.10 Se houver, os cafés de varrição devem ser secos separados dos demais.
Verificar através de registros (Quadro 6 - Secagem ou similar) e/ou entrevista.
2.1.11 Verificar através de registros (Quadro 7 - Secagem e Armazenamento ou
similar).
2.1.12
Verificar através de registros (Quadro 3 - Limpeza e Manutenção de
Equipamentos ou similar).
Os secadores deverão ser revisados uma vez ao ano, antes da colheita.
2.1.13
Comprovação da higienização através de registros (Quadro 3 - Limpeza e
Manutenção de Equipamentos ou similar) ou notas fiscais ou outros
documentos e verificação visual. Práticas de higienização no armazenamento:
Varrição (apenas anotação) e/ou Desratização e/ou Desinfestação (Nota
Fiscal) e/ou Desinfecção (Nota Fiscal).
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 20
2.1.14
Se houver, cafés de varrição devem ser armazenados e identificados,
separados dos demais, com comprovação através de registro (Quadro 8 -
Armazenamento e Beneficiamento ou similar) e/ou visualmente.
3. CONSERVAÇÃO AMBIENTAL
3.1 RESÍDUOS E POLUIÇÃO
3.1.1
Seguir as Deliberações Normativas: DN 74/04 e DN 130/09 ( listagem G de
atividades agrossilvipastoris) - Cafeicultura.
Resumo:
CLASSIFICAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS E TIPOS DE LICENÇA
CAFEICULTURA
(CÓDIGO G-01-06-6)
ÁREA ÚTIL
(ha)
PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO
(Tipo de Licença Ambiental)
< 30 Certidão de Dispensa de Licenciamento
De 30 a 500 Autorização Ambiental de Funcionamento
De 500 a 2.000 Licença Ambiental Convencional
> 2.000 Licença Ambiental Convencional
CULTIVO ORGÂNICO (COM CERTIFICAÇÃO DA SEMAD/SEAPA)
(CÓDIGO G-01-04-1)
ÁREA ÚTIL
(ha)
PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO
(Tipo de Licença Ambiental)
< 1.000 Certidão de Dispensa de Licenciamento
De 1.000 a 1.500 Autorização Ambiental de Funcionamento
De 1.500 a 2.000 Autorização Ambiental de Funcionamento
> 2.000 Licença Ambiental Convencional
BENEFICIAMENTO PRIMÁRIO (LIMPEZA, LAVAGEM, SECAGEM,
DESCASCAMENTO OU CLASSIFICAÇÃO)
(CÓDIGO G-04-01-4)
PRODUÇÃO NOMINAL
(t/mês)
PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO
(Tipo de Licença Ambiental)
< 500 Certidão de Dispensa de Licenciamento
De 500 a 5.000 Autorização Ambiental de Funcionamento
De 5.000 a 50.000 Licença Ambiental Convencional
> 50.000 Licença Ambiental Convencional
3.1.2 Verificação visual da proteção de nascentes, impedindo circulação de animais
domésticos (ex: equinos, bovinos, suínos, etc) e facilitando a revegetação.
3.1.3
Verificação física. O produtor deve dar destino adequado ao lixo (descartar no
local de disposição do município), evitando o escorrimento de chorume,
podendo separar o orgânico dos demais para compostagem.
Se o recipiente de disposição for aberto deverá estar em local coberto, se for
fechado com tampa poderá ficar ao ar livre.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 21
3.1.4
Se houver lavagem e/ou processamento via úmida a disposição da água deverá
obedecer a critérios legais.
A deposição da água residuária do café poderá ser feita nas entrelinhas da
lavoura, dentro de um planejamento que permita um escalonamento de forma que
a cada ano uma rua de café receba esta água, poderá também ser reutilizada com
fertirrigação em pastagens ou outras culturas.
Para o produtor que preferir fazer a deposição da água residuária do café em um
curso de água, exige-se projeto de licenciamento ambiental. O projeto disporá
sobre os tratamentos e monitoramentos necessários.
3.1.5
Recomendar o tratamento de efluentes (suinocultura, bovinocultura, esgoto
doméstico, etc.). Sempre que possível, utilizar os resíduos orgânicos como
adubo. Não permitir que estes resíduos poluam o meio ambiente.
3.2 REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM
3.2.1 Se houver, deve-se utilizar a lenha de café para secadores mecânicos, caldeira,
fogão a lenha, etc.
3.2.2 Comprovação da tríplice lavagem, inutilização da embalagem e
acondicionamento em local seguro, através de verificação física e entrevista.
Admite-se que seja o mesmo local dos agrotóxicos, desde que, devidamente
separada e identificada.
3.2.3 Comprovação de devolução através de Nota Fiscal carimbada pelo recebedor das
embalagens ou recibos de devolução. O prazo legal para devolução é de 1(um)
ano a partir da data de emissão da nota fiscal do agrotóxico.
4. RESPONSABILIDADE SOCIAL
4.1 REGULAMENTAÇÃO TRABALHISTA
4.1.1 Comprovação do Registro em carteira de trabalho ou cumprimento da Medida
Provisória 410 (contrato temporário por até 60 dias) e/ou contratos formais
(arrendamento, parcerias, comodatos, anuência, etc.).
4.1.2 Comprovação através de recibos assinados ou outros documentos e entrevista.
4.1.3 É proibido o trabalho do menor de quatorze anos.
Salvo na condição de aprendiz, é proibido o trabalho do maior de quatorze e
menor de dezesseis anos.
É proibido o trabalho do menor de dezoito anos em quaisquer atividades e locais
potencialmente prejudiciais à saúde (por ex.: aplicador de agrotóxico), à
segurança (p. ex.: operador de motoserra) e à moral.
Não há uma legislação específica sobre o trabalho da criança e do adolescente na
Agricultura Familiar, portanto, mesmo nessa atividade, onde ele é culturalmente
aceito e o filho menor ajuda a família nos afazeres da propriedade rural, verificar
que:
- A atividade precisa ser segura e estar compatível com a capacidade física e
intelectual do adolescente;
- O adolescente precisa ter hora para lazer e estar frequentando regularmente a
escola.
4.1.4 Extrato do Art. 149 da LEI No 10.803, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2003.
“Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a
trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições
degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção
em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.”
Ex.: Retenção de documentos, impedimento à ida e vinda do trabalhador, etc.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 22
4.1.5 Comprovar, através de entrevista, que existe liberdade de organização
(Sindicato, Associação, etc.)
4.1.6 Permitido para agricultores familiares. Comprovação de posse da terra ou
contratos de parceria ou de arrendamento ou de comodato ou Declaração de
aptidão ao PRONAF (DAP).
4.2 SAÚDE, SEGURANÇA E BEM ESTAR DOS TRABALHADORES
4.2.1 Atestado de Médico do Trabalho
4.2.2
Comprovação da existência de indicativos de áreas de risco. Mapas de risco são
obrigatórios em propriedades que possuem CIPA. Onde não é exigida CIPA,
basta a colocação de sinais/placas de advertência dos riscos, o quê não exige
profissional especializado. Deverão ser feitos cartazes, placas ou outra forma de
sinalização, alertando sobre as atividades de risco de forma visível. Para verificar
a necessidade de existência da CIPA, verificar item 4.2.4 deste documento.
4.2.3 Entrevista com os trabalhadores. Todo cidadão tem direito a atendimento pelo
SUS ou similar.
4.2.4
Detalhar número de funcionários: Média ponderada empregados fixos +
empregados temporários, acima de 20 empregados é obrigatória a constituição
de CIPA.
Média Ponderada = (Nº empregados fixos X 12) + (Nº de empregados
temporários X Nº de meses trabalhados)/12.
4.2.5 Laudo de Vistoria do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), mesmo para
transporte terceirizado.
4.2.6
Comprovação da existência de local coberto, limpo, com bancos, água para
beber e lavar as mãos.
Na agricultura familiar é permitido aos trabalhadores o uso das dependências das
residências, desde que haja proximidade com as lavouras.
4.2.7
Comprovação da existência de abrigo, instalação sanitária com fossa adequada e
água para lavar as mãos.
Na agricultura familiar é permitido aos trabalhadores o uso das dependências das
residências, desde que haja proximidade com as lavouras.
5. REGISTRO DE ATIVIDADES
5.1 RASTREABILIDADE
5.1.1
Comprovação da existência de registro de compras, atualizado, manuscrito ou
impresso. Apresentação das notas fiscais ou recibos (Quadro 1 - Compras ou
similar).
5.1.2
Comprovação da existência de registro de serviços, atualizado, manuscrito ou
impresso (Quadro 2 - Serviços e Quadro 4 - Aplicação de Agrotóxicos ou
similares).
5.1.3 Comprovação da existência de registro de serviços de colheita, atualizado,
manuscrito ou impresso (Quadro 6 - Colheita ou similar).
5.1.4 Comprovação da existência de registro de preparo e secagem, atualizado,
manuscrito ou impresso (Quadro 7 - Secagem ou similar).
5.1.5
Comprovação da existência de registro de armazenamento e beneficiamento,
atualizado, manuscrito ou impresso (Quadro 8 - Armazenamento e
Beneficiamento ou similar).
5.1.6
Comprovação da existência de registro de comercialização, atualizado,
manuscrito ou impresso (Quadro de vendas ou similar) e comprovação
documental (nota fiscal).
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 23
5.1.7 Verificação documental e física (Quadros 6 - Colheita, Quadro 7- Secagem,
Quadro 8 - Armazenamento e Beneficiamento ou similares).
5.1.8
Verificação documental, Relatório de Acompanhamento (Relatório de
Visita/Assistência Técnica ao Produtor) do processo de certificação emitido pelo
técnico da EMATER-MG.
6. TREINAMENTOS
6.1
Verificação documental. O Programa do curso de Segurança do Trabalho poderá
ter as grades abaixo ou similares:
Grade 1:
Habilidades Específicas:
1- O que é trabalho e quem é Trabalhador
2-Responsabilidade e obrigações dos Empregadores e Empregados
3-Conhecer SESTR e CIPATR
4-Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais
5-ASO – Atestado de Saúde Ocupacional
6-Identificar e usar corretamente os EPI´s
7-Segurança na Operação de Máquinas e Equipamentos Agrícolas
8-Segurança no Manuseio de Agrotóxicos
9-Segurança na Operação e Manuseio de Ferramentas Manuais
10- Segurança no Transporte de Passageiros
11-Segurança no transporte e carregamento Manual e Motorizado de Materiais
12- Conhecer Áreas de Vivência e Instalações Sanitárias
13- Conhecer os Riscos ao contato com animais Peçonhentos
14- Prevenção e Combate a Incêndios
15- Noções Básicas de Primeiros Socorros
Grade 2:
Habilidades Específicas
Conhecimento de Acidentes
9.Caracterização de causas/efeitos dos acidentes
10.Legislação sobre Segurança e Saúde no Trabalho
11.CIPA – TR e Equipamentos de proteção individual
12.Risco e medidas de segurança no transporte de pessoas, na operação de
máquinas, implementos agrícolas e ferramentas
13.Riscos e medidas de segurança com eletricidade
14.Riscos e medidas de segurança com defensivos agrícolas
15.Prevenção de acidentes com animais peçonhentos
16.Prevenção de acidentes domésticos
17.Conhecimento de primeiros socorros e sinais vitais
18.Assistência nas emergências clínicas: desmaio, acidente vascular encefálico,
infarto do miocárdio, convulsão e choque
19.Atendimento no choque elétrico
20.Atendimento no afogamento
21.Atendimento na insolação e internação
22.Atendimento nos envenenamentos e intoxicação
23.Atendimento nas picadas de cobra, escorpiões, aranhas, abelhas e outros
24.Atendimento nos casos de ferimentos e hemorragias
25.Atendimento nas queimaduras
26.Atendimento a vítimas com suspeita de fraturas, luxações e entorses
27.Atendimento a vítimas quando da presença de corpos estranhos
28.Transporte de acidentados
29.Atendimento a paradas cardiorrespiratórias
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 24
6.2 Verificar a existência certificado ou declaração ou lista de presença do
treinamento e entrevista com o responsável.
6.3 Verificar a existência certificado ou declaração ou lista de presença do
treinamento e entrevista com o responsável.
6.4 Verificar a existência certificado ou declaração ou lista de presença do
treinamento e entrevista com o responsável.
6.5
Verificar a existência certificado ou declaração ou lista de presença do
treinamento e entrevista com o responsável. Este treinamento poderá ser
ministrado por profissionais credenciados junto ao CREA.
Grade do Treinamento ou similar:
Curso: Colheita e Preparo de Café
Carga Horária mínima: 8horas.
1. Fatores que afetam a qualidade
Pré-Colheita
Aruação
Cuidados com as instalações, equipamentos e utensílios
Tulhas
Terreiro
Limpeza dos utensílios usados na colheita e terreiro
Ponto de colheita
Influência do ponto de colheita na qualidade
Avaliação da maturação dos frutos
Procedimento para avaliação de maturação
Quando iniciar a colheita
Planejamento da colheita
Colheita do Café
Colheita Manual
Colheita Mecânica
Colhedoras
Pré Limpeza
Acondicionamento
Medição e Transporte
Limpeza
Lavagem e Separação
Modalidades de Preparo
Preparo por via seca
Preparo por via úmida
Secagem
Secagem em terreiro
Secagem em secador
Armazenamento e Beneficiamento
Material básico para o curso: Manual do Café – Colheita e Preparo – EMATER – MG.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 25
6.6
Verificar a existência certificado ou declaração ou lista de presença do
treinamento e entrevista com o responsável. Este treinamento poderá ser
ministrado por profissionais credenciados junto ao CREA.
Conteúdo Mínimo de Curso de Aplicador de Agrotóxicos
Carga Horária: Mínimo 20 horas em no máximo 8h diárias
Público: Trabalhadores em exposição direta
1) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos
agrotóxicos;
2) conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de
primeiros socorros;
3) rotulagem e sinalização de segurança;
4) medidas higiênicas durante e após o trabalho;
5) uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal;
6) limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de
proteção pessoal.
Obs: O curso deverá ser feito durante o expediente normal de trabalho.
6.7 Verificar a existência certificado ou declaração ou lista de presença do
treinamento e entrevista com o responsável.
7. Lista de Definições:
Talhão: Área de café homogênea segundo um ou mais dos seguintes critérios: Variedade, espaçamento,
estágio das plantas.
Gleba: Área de café composta de um ou mais talhões, homogênea em tipo de solo.
Adubo Orgânico (Fertilizante Orgânico): adubo (fertilizante) de origem vegetal ou animal contendo
um ou mais nutrientes das plantas.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 26
ANEXO 3 MANUAL DO PRODUTOR
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MANUAL DO PRODUTOR
Versão 2.0
Elaboração:
EMATER -MG
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 27
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
PROGRAMA ESTADUAL DE CERTIFICAÇÃO DE CAFÉ
MANUAL DO PRODUTOR
Identificação:
NOME DO PRODUTOR: _____________________________________________
NOME DA PROPRIEDADE: ___________________________________________
MUNICIPIO: _______________________________________________________
NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO: _______________________________________
INTRODUÇÃO
O Certifica Minas Café é um Programa Estruturador do Governo do Estado de Minas Gerais
que visa certificar as propriedades de café, objetivando garantir a melhoria e gestão das propriedades,
qualidade e rastreabilidade do produto, inserção dos cafés do Estado nos diferentes mercados, atendendo
a crescente demanda por qualidade e segurança alimentar.
O Programa é coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(SEAPA) e operacionalizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de
Minas Gerais (EMATER-MG), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Estado de Minas Gerais (EPAMIG).
Cabe à EMATER-MG orientar e acompanhar os produtores na adequação das propriedades às
normas do Certifica Minas Café.
O IMA é responsável pela auditoria interna do Programa, verificando se as normas foram
atendidas.
A EPAMIG deve adequar suas fazendas de café para servir de modelo do Certifica Minas Café.
A auditoria externa do Programa está a cargo de um Organismo de Avaliação da Conformidade -
OAC independente, que verifica a adequação das propriedades às normas do Programa e emite um
Certificado de reconhecimento internacional.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 28
A adesão e a permanência no Programa são voluntárias e pode ser feita nos Escritórios Locais da
EMATER-MG dos municípios participantes do Programa, onde o produtor receberá as devidas
orientações.
A propriedade cafeeira interessada na certificação deverá formalizar seu pedido, através do
requerimento de certificação no Escritório da EMATER-MG do município onde se encontra a
propriedade, ou caso não haja escritório da EMATER-MG no município, poderá ser feito o cadastro no
escritório mais próximo. De posse da demanda, a EMATER-MG analisará criticamente a viabilidade de
atendimento ou não e informará ao requerente.
A propriedade cafeeira admitida na certificação fará o Cadastro Preliminar, assinará o Contrato
de Adesão e receberá o Caderno do Produtor, onde constam as Normas Internas do Programa.
REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO DA CERTIFICAÇÃO
Para ser certificada a propriedade deverá atingir, na auditoria do IMA, uma nota igual ou maior a
80% no check-list (Manual de Normas para Certificação de Propriedades Cafeeiras).
Caso a nota final esteja entre 80 e 89% o certificado da propriedade conterá também um selo de
categoria Bronze. Se a nota final estiver entre 90 e 99% o certificado conterá um selo de categoria
Prata. Nota final de 100% dá direito ao certificado com selo de categoria Ouro.
Os produtores certificados serão avisados por correspondência específica enviada pelo IMA,
onde poderão adquirir os selos de certificação, para serem afixados nas sacas ou nas embalagens de café
torrado e moído.
Após as auditorias do IMA, uma certificadora internacional (Organismo de Avaliação da
Conformidade – OAC) avalia as propriedades por amostragem em cada grupo. Se as propriedades
sorteadas para a auditoria forem aprovadas, o OAC valida o resultado das auditorias do IMA. Caso os
produtores sorteados sejam reprovados, o OAC faz novo sorteio e se persistir a reprovação, a auditoria
do IMA não é validada e todos os produtores do grupo são reprovados. Isso faz com que seja ainda mais
importante que todos os produtores em cada grupo cumpram com as normas do check-list.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 29
REPROVAÇÕES
Propriedades reprovadas nas auditorias do IMA não estarão excluídas do Programa de
Certificação. Elas poderão realizar ações corretivas, corrigindo os itens que foram não conformes e,
consequentemente, melhorando sua pontuação no check-list. A verificação da correção dos itens é feita
pelo IMA, com a realização de uma nova auditoria ou avaliação de recurso (com documentos
comprovando a realização das correções) enviado ao comitê de certificação. Caso a propriedade
reprovada seja nova no programa (1º ano de certificação) e não consiga efetuar ações corretivas para
providenciar sua aprovação no ano civil corrente, não receberá o certificado e o selo de certificação, mas
poderá tentar a aprovação no ano seguinte.
Propriedades já inseridas no programa (2º, 3º ou 4º ano de certificação) que forem reprovadas na
auditoria do IMA e não efetuarem ações corretivas, terão como penalidade a não renovação do
certificado, mas poderão usar o selo de certificação enquanto o certificado atual estiver dentro do prazo
de validade.
DESISTÊNCIAS
Se o produtor, em algum momento, desistir da participação do Programa, o mesmo dev e
solicitar o Termo de Exclusão da Propriedade, o qual deverá ser assinado pelo proprietário e mais uma
testemunha.
PENALIDADES
Produtores certificados podem ter o certificado suspenso ou cancelado se:
desrespeitarem as cláusulas do contrato.
fizerem propaganda de que o café certificado tem características não incluídas nas normas do
Programa de Certificação. Ex: dizer que o café é orgânico.
utilizarem selos de certificação em cafés não certificados. Ex: Comprar café de produtor não
certificado e usar o selo do Certifica Minas neste café.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 30
utilizarem selos ou certificados falsificados.
se forem encontradas contaminações no café certificado.
Decisões sobre penalidades são tomadas pelo Comitê de Certificação.
As penalidades aos certificados implicam também na proibição de uso dos selos.
Outras condições para penalidades poderão ser aplicadas, conforme o Regulamento Geral do Programa
Certifica Minas.
ORIENTAÇÕES PARA ADEQUAÇÃO DA PROPRIEDADE
1. LAVOURA
1.1. PRODUÇÃO DE MUDAS: (Se for o caso)
Viveiro Comercial:
Utilizar sementes de café adquiridas de “Produtor de sementes” registrado.
É obrigatória a Nota Fiscal de compra das sementes, com identificação da variedade.
Registrar o viveiro no órgão competente e ter o Responsável Técnico (RT). Fazer todos os registros
e anotações do RT no livro próprio do viveiro.
Seguir rigorosamente as recomendações do Responsável Técnico e do órgão fiscalizador.
Viveiro para uso próprio:
Registrar o viveiro no órgão competente.
1.2. ÁREA DE CULTIVO
Adquirir mudas de café com Nota Fiscal ou Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) ou
Permissão de Transito Vegetal (PTV). Essa exigência vale para propriedades cujo primeiro
Certificado foi emitido.
Identificar através de mapa, croqui ou fotografia aérea, a propriedade com os talhões ou glebas,
estradas, benfeitorias, contendo pelo menos um ponto de coordenadas geográficas (sede ou
lavoura).
Apresentar o histórico dos talhões ou glebas de café da propriedade, ano de plantio, cultivar,
espaçamento, número de plantas, área (Cadastro e quadros do Programa ou similar).
Identificar as glebas ou talhões de café, com placas, estacas numeradas, etc.
Obedecer à legislação florestal para os plantios a partir de 19 de junho de 2002. Após essa data
é proibido plantar em áreas de preservação permanente como topos de morros, beira de rios etc.
Conservar o solo da propriedade, adotando técnicas como manejo correto do mato, caixas de
contenção, plantio em nível etc., conforme recomendações técnicas.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 31
1.3. TRATOS CULTURAIS
Fazer análise de solo anualmente por talhões ou glebas.
Fazer a calagem e adubação conforme recomendação técnica.
Utilizar adubo orgânico, sempre que possível.
Fazer manutenção periódica dos equipamentos de aplicação de adubos (sólidos e líquidos).
Fazer análises foliares das glebas ou talhões.
Fazer adubações foliares conforme recomendações técnicas.
Fazer todas as anotações nos quadros do Programa ou similares por talhão ou gleba (data, tipo,
trabalhador/operador, quantidade de serviço, produto e quantidade).
1.4 – PRODUTORES QUE UTILIZAM AGROTÓXICOS
Apresentar Receituário Agronômico e Nota Fiscal dos agrotóxicos adquiridos para a cultura do
café.
Utilizar somente agrotóxicos registrados no Ministério da Agricultura e cadastrados no IMA
para a cultura do café.
Fazer manutenção periódica das máquinas e equipamentos de aplicação de Agrotóxicos.
Utilizar sempre Equipamento de Proteção Individual (EPI), conforme receituário agronômico na
aplicação de agrotóxicos, fazendo lavagem adequada e guardar em local apropriado.
Identificar as áreas de café onde foram aplicados agrotóxicos. Utilizar bandeiras ou outras
formas de identificação com cor vermelha para período de reentrada (não entrar no talhão ou
gleba) e cor amarela para o período de carência (não colher).
Armazenar os agrotóxicos em local adequado, seguro e exclusivo.
Fazer a tríplice lavagem, inutilizar, armazenar adequadamente e devolver as embalagens dentro
do prazo estabelecido. O prazo máximo estabelecido para a devolução das embalagens vazias é
de 01 ano.
Fazer as anotações de aplicação de agrotóxicos nos quadros do Programa ou similares (talhão ou
gleba, produto, quantidade, data, aplicador e quantidade de serviços).
1.5. IRRIGAÇÃO (quando utilizada)
30.Providenciar a outorga do uso da água e manter em seu poder o documento sempre atualizado.
31.Executar todas as operações conforme recomendações ou projeto técnico, registrando-as nos
quadros próprios.
32.Capacitar as pessoas que operam o sistema de irrigação.
2. PRODUTO
2.1. COLHEITA E PÓS-COLHEITA
Conferir e registrar o volume dos balaios, sacos, sacolas, caixas, tambores etc. utilizados na
colheita (Quadro 5 ou similar).
Limpar e revisar antecipadamente e durante seu uso na pós colheita os utensílios (peneiras,
panos, rodos, rastelos etc.) e instalações (terreiros, tulhas, secadores, lavadores, etc.), registrando
no Quadro 3 ou similar.
Iniciar a colheita com pelo menos 70% de grãos maduros.
Identificar os lotes de café desde a colheita até o armazenamento.
REGULAMENTO CERTIFICA MINAS CAFÉ
8ª Revisão: 11/12/209 32
O café colhido deve ser transportado e esparramado no terreiro no mesmo dia. Registrar nos
quadros 6 e 7 ou similares.
Se houver, os cafés de varrição deverão ser colhidos, transportados, secos e armazenados
separadamente.
2.1.1 - ADOTAR BOAS PRÁTICAS DE SECAGEM
Esparramar o café em camadas de até 3 cm, no mesmo dia da colheita.
Formar lotes de no máximo 3 (três) dias de colhido.
Rodar o café pelo menos 1 (uma) vez por hora, preferencialmente na direção do sol.
Após a meia seca, não deixar o café molhar. Esparramar o café a partir das 9 horas, amontoar às
15 horas e cobrir às 17 horas.
No caso de secadores mecânicos, não permitir temperaturas acima de 45°C na massa de grãos de
café.
Acompanhar o processo de secagem até o lote atingir no máximo 12% de umidade, aferido em
medidor de umidade.
2.1.2 - HAVENDO LAVAGEM DE CAFÉ
Reutilizar a água dos processos de pós colheita.
Fazer análise da água de entrada nos processos de pós colheita, que deve atender padrões
mínimos de qualidade, conforme orientação técnica.
2.1.3 - ARMAZENAMENTO
O café, quando armazenado nas tulhas, deve ser separado de quaisquer outros produtos.
Identificar os lotes guardados.
OBS: registrar todas as operações nos quadros específicos (3, 5, 6, 7 e 8) ou similares.
3. CONSERVAÇÃO AMBIENTAL
1.Atender a legislação ambiental (outorga de água, reserva legal e licenciamento).
2.Identificar e proteger as nascentes impedindo a circulação de animais (bovinos, equinos, suínos,
caprinos, ovinos).
3.Colocar o lixo em local protegido e identificado, podendo separar o lixo orgânico para
compostagem.
4.Descartar a água da lavagem de café em local adequado (lavouras, pastagem, irrigação, etc.) não
atingindo os cursos d'água, quando houver.
5.Tratar a água do descascador, desmucilador e tanque de fermentação, quando houver.
6.Construir fossas sépticas na propriedade.
Quando utilizar lenha como fonte de energia, a mesma deve ser de origem legal ou do próprio
cafezal.
4. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
4.1. REGULAMENTAÇÃO TRABALHISTA
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Manter os empregados/contratados em situação trabalhista regularizada, remuneração
compatível, ter liberdade de organização e condições adequadas de trabalho.
É permitido trabalhos em mutirão e troca de serviços entre agricultores familiares documentados.
É proibido o trabalho infantil
É proibido o trabalho forçado
4.2. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR
Realizar exame médico admissional.
Identificar áreas de riscos da propriedade.
Se aplicável, constituir CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), treinar pessoas em
primeiros socorros, fazer mapas de risco nas propriedades.
Transportar trabalhadores conforme licença do DER.
Os trabalhadores precisam ter locais adequados para alimentação e higiene. Na agricultura
familiar, é permitido aos trabalhadores o uso das dependências das residências, desde que
próximas das lavouras.
5 - REGISTROS DE ATIVIDADES - RASTREABILIDADE
5.1 - MANTER ANOTADO EM LIVROS OU FICHAS DE REGISTROS TODAS AS
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA PROPRIEDADE
2.Compras (quadro 1 ou similar).
3.Serviços (quadro 2 ou similar).
4.Limpeza e manutenção de máquinas, equipamentos e instalações (quadro 3 ou similar).
5.Aplicação de agrotóxicos se houver (quadro 4 ou similar).
6.Aferição de equipamentos de medição de volume (quadro 5 ou similar).
7.Colheita (quadro 6 ou similar).
8.Secagem (quadro 7 ou similar).
9.Armazenamento e beneficiamento (quadro 8 ou similar).
10.Comercialização (quadro 9 ou similar).
Obs.: Quadros em anexo.
5.2– ACOMPANHAMENTO TÉCNICO E AUDITORIAS
Manter arquivados Relatórios de Acompanhamento do processo de Certificação e Assistência
Técnica.
5.3- IDENTIFICAÇÃO DOS LOTES DE CAFÉ
Manter os lotes identificados (fichas, placas, etc.) durante todo o processo, permitindo assim a
sua correlação com a origem.
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6. TREINAMENTOS:
Segurança no trabalho (obrigatório para pelo menos um trabalhador da propriedade).
Operador de tratores (obrigatório para todos os trabalhadores que operam os tratores).
Operador de roçadeiras manuais (obrigatório para todos os trabalhadores que operam roçadeiras
manuais).
Operador de derriçadeiras manuais (obrigatório para todos os trabalhadores que operam
derriçadeiras manuais).
Preparo e secagem de café (obrigatório para pelo menos um trabalhador da propriedade).
Aplicador de Agrotóxicos (obrigatório para todos os trabalhadores que manipulam e aplicam
agrotóxicos).
Operador de motoserra (obrigatório para todos os trabalhadores que operam motoserra).
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ANEXO 4
MODELOS DE SELOS PARA CERTIFICAÇÃO
1. Selo de certificação de café para uso das torrefadoras que adquirirem cafés certificados do Estado de Minas Gerais. Serão codificados com o nº do registro do produtor previsto no IMA.
2 Selo de certificação de café para uso dos produtores inscritos, aprovados e certificados no programa de cafés certificados do Estado de Minas Gerais, previstos no Projeto Estruturador Certifica Minas. Dimensão retangular de 20 x 12 cm em nylon resinado ou BOPP sem cola.
3 O selo previsto no item 1 deste anexo, deverá ser fixado nas embalagens de café torrado e moído ou pré impressos na embalagem, mediante prévia autorização do IMA, no formato circular, com diâmetro mínimo de 3 cm.
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