caderno final de tgi 2

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Caderno Final de TGI 2

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JUSTAPOSIÇÕES

À minha família. Que meu caminho futuro lhes dê orgulho.

Aos grandes amigos e companheiros e aos professores do IAU, um muito obrigado.

FRANCISCO JOSÉ MEDEIROS DA SILVA COSTARDI

INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DE SÃO CARLOSTRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO

JUSTAPOSIÇÕES : INTERVENÇÃO URBANA NO CENTRO DE ARARAQUARA

intro

o centro

partido

camadas

desenhos

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O presente trabalho, para além de um trabalho de conclusão de curso, é fruto de uma vontade criativa, como um exercício motivado por inquietações, questionamentos e pela soma de experiências ao longo desse processo de formação. A proposta de intervenção parte do anseio de discutir a disciplina de Arquitetura enquanto valor indissociável da cidade. Esta proposta busca, através da articulação de espaços livres e equipamentos públicos, repensar a apreensão do espaço de congestão e trânsito, que é o centro da cidade de Araraquara.

INTRODUÇÃO

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O CENTRO

Atualmente o centro de araraquara apresenta uma situação facilmente encontrada em cidades de médio porte, a presença da linha férrea criando uma barreira para as áreas limites. Diversos projetos visam qualificar a área dos trilhos assim como as áreas e equipamentos públicos do centro em geral, como pode ser visto no Plano Diretor do município.

Junto a esta situação, a área de estudo se encontra numa posição central importante, estando entre a orla ferroviária e a região do centro onde mais são presentes as ações de qualificação e preservação dos espaços públicos.

Na área, estão o Mercado Municipal, o Terminal Central de Integração e o Museu Ferroviário (antiga estação ferroviária). Porém apesar da posição e do forte caráter da região vindo do intenso fluxo de pessoas, a área (aqui reconhecida como borda) não é alvo de projetos de melhoria e qualificação dos espaços como é o lado oeste do centro, criando áreas públicas exíguas e que não se comunicam. Atualmente o terminal de integração é fechado, perdendo sua maior potencialidade, sua forte condição de distribuidor de fluxos e articulador dos espaços do centro. Nota-se na área a presença de uma organização em diferentes níveis, como um viaduto, a via expressa abaixo do terminal e uma conexão em passarela ao terminal de integração, resultando em espaços residuais, pouco aproveitados, mostrando-se como uma solução meramente funcional, separada de um estudo de fluxos e percursos.

níveis - atual terminal de integração

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área de projeto destacada no desenho

da cidade

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eixo de expansão da cidade

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principais eixos comerciais do centro

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área de intervenção - Mercado Municipal e

TCI destacados

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centralidades polares e eixos comerciais

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intensidade de atração de pessoas aos

espaços públicos

condição da área estudada - entre a

barreira da linha férrea e o foco de ações

de qualificação dos espaços públicos

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PARTIDO

Propor a marcação de eixos de circulação e abertura de espaços adjacentes, que se conectam, criando percursos e narrativas articulados nas diferentes situações urbanas. Busco dar valor à existência de uma sobreposição de camadas, porém não tratá-las apenas como uma situação funcional do terreno, mas como exploração de diferentes níveis abstratos de fruição e percepção da cena urbana.

Procuro organizar os espaços nestas camadas, através de suas distintas condições de temporalidade e velocidade inerentes aos diferentes usos, presenças e fluxos. Criar passagens, relacionar as diferentes qualidades, onde o ponto comum, de encontro entre uma situação e outra não é tratado com homogeneidade, mas reforça sua distinção, sem tratá-los como independentes.

É um sistema de camadas que se conectam e se articulam se aproveitando da situação topográfica.

diagrama de articulação de

camadas

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CAMADAS

Como referência, procuro projetos que tensionem a relação construído/rua, articulando distintas situações urbanas, onde aparece o conceito de espaços livres e públicos em camadas, que se relacionam pela sobre/super-posição.

diagrama de conceito de articulação de

camadas

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Centro Cultural São PauloEurico Prado Lopes e Luiz Telles

Discussão de ocupação e fluxo através da maneira de trabalhar os acessos, se diluindo na topografia, criando espaços que se configuram como percursos urbanos.

Centro PompidouPaulo Mendes da Rocha

O edifício é suspenso criando uma camada em que o exterior e interior se misturam, espaço público invade o espaço construído. Outra camada, rebaixada, de acesso contínuo, cria ligação entre quadras contíguas.

Intervenção no edifício da FIESPPaulo Mendes da Rocha e MMBB

Além de trabalhar a conexão do nível da rua com dois níveis intermediários do edifício, através de circulações verticais, aparece a passarela, sugerindo um novo percurso, e uma nova apreensão da relação do edifício com o espaço público.

Dentro desta discussão, procuro trabalhar o projeto como a articulação em camadas, criando 3 situações específicas: parque/terminal, o eixo e a praça.40

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PARQUE O atual plano diretor de Araraquara propõe a transposição dos trilhos da orla ferroviária para fora dos limites da cidade, criando um extenso parque na área da linha férrea, onde são previstos diversos equipamentos de lazer, esporte, cultura, comércio e habitação, alem da criação de um sistema de transporte público ao longo da orla.

Dentro deste contexto, é importante ressaltar que se criam novas condições dessa área de intervenção, em outra escala, e uma inversão de sua relação direta com as áreas limites no centro, e com a cidade.

Ancorado ao plano diretor, estendo a proposta do transporte público do parque para um sistema de transporte integrado de ônibus e VLT à cidade toda, visando não somente atrair público para o parque e para o centro, mas proporcionar a ligação de equipamentos em uma rede de mobilidade urbana.

Para isso, proponho a passagem do terminal de integração para o nível do parque, possibilitando melhor conexão entre linhas de VLT, e tornando possível um redesenho dos espaços do atual terminal que hoje geram situações urbanas conflitantes (alem do crescente número de ônibus e congestionamentos).44

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fluxos - mobilidade urbana

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equipamentos públicos e futuros parques

(plano diretor)

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traçado das linhas dos ônibus urbanos

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diagrama - proposta do sistema de VLT

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rede de integração do transporte público

proposta

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sistema de integração proposto - ancorado à áreas afastadas e

equipamentos públicos

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Com a proposta para o novo Terminal, além de um ponto de articulação do sistema de transporte integrado, é recuperada a memória da estação ferroviária, como ponto de concentração e dispersão de pessoas, e como porta de entrada para o centro. O novo Terminal se desdobra em 3 níveis, onde o nível intermediário é marcado pela presença do parque, que entra no terminal sem interrupção, como uma praça abrigada pela estrutura. Assim, o edifício não ocupa diretamente o solo, torna-se apenas um abrigo deixando livre a circulação.

A passarela que se estende do terminal para o eixo, direciona o intenso fluxo de pessoas para os equipamentos propostos no projeto e para o resto da cidade. Além de ser conexão entre as camadas, por circulações verticais, é um marco visual para a intervenção e mirante, colocado em um dos pontos que o plano diretor prevê como “cones de percepção visual” da cidade.

elementos que podem ser vistos do cone de

percepção visual

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EIXO A região do centro é marcada por um percurso linear gerado pela conexão dos mais importantes pontos de atração do público, desde a principal rua de comércio, até a proposta do novo parque e do novo terminal de integração.

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intensidade de atração de público nas áreas

centrais - proposta

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diagrama de intenções do projeto

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caráter das áreas próximas

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Dentro desta leitura, proponho um eixo onde se concentram diversos equipamentos, Conjunto Comercial e de serviços, Galeria de Produção e Exposição de Arte de Rua e Poupa-tempo, criando um percurso ancorado em pequenos estares sugeridos pelo mobiliário urbano, e conexões direta e indiretas para a camada das praças (rebaixada, e mercado).

Fluxo, cruzamento e passagem. No contexto das diferentes velocidades e diferentes tempos dos espaços, aparece a chapa metálica, como elemento que dá unidade e direciona visualmente esse fluxo, criando uma narrativa através de interrupções criando estares, e abrindo e fechando a percepção visual.

Ao fim do eixo, proponho um Poupa-tempo por ser um equipamento de grande fluxo e atração de público e concentração de pessoas e pela localização próxima ao novo Terminal de integração, criando mais um ponto dentro do sistema que conecta os vários equipamentos públicos através da rede de mobilidade urbana integrada.

A Galeria se abre para o eixo, convidando o pedestre a entrar, e também para a praça rebaixada, criando situações de possíveis exposições externas, em relação direta com o espaço de exposição interno, assim promovendo eventos e encontros. Traz o fluxo, através da conexão ao eixo para dentro da praça por um percurso indireto (pelo programa do edifício).

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PRAÇA Com a abertura de um grande espaço livre que não se prende ao traçado viário, cria-se um ambiente que é reservado da movientação do centro tendo ao mesmo tempo uma forte presença na cena urbana. É permeado por estares, e espaços para eventos direcionados à cidade toda, como áreas para shows ou apresentações e projeções ao ar livre. Cria-se com a praça uma situação abarcada pelas edificações nos limites, um respiro, onde tem-se a possibilidade de eventos, de permanência, onde tem-se outra temporalidade.

Em relação aos vários eventos que podem acontecer na praça, o mobiliário cria diversos estares e volumes que podem ser utilizados de várias formas. O mobiliário é utilizado também para marcar a presença da via expressa sob a praça, sendo em alguns momentos a ventilação do túnel. A camada da praça se estende ao quarteirão do Mercado Municipal, criando uma unidade dos espaços alcançada através de ainhamentos e do prolongamento do piso para a face do mercado, onde se encontra um dos principais acessos. A rua que existia à frente do prédio do mercado dá lugar a um amplo espaço de estar, passagem e acesso na frente do mercado, possibilitando uma expansão do uso (feiras, etc).

A galeria subterrânea que liga a praça rebaixada ao mercado é larga e tem o mesmo tratatamento plástico da praça, desenho de piso e mobiliário, indicando continuidade e não interrupção. As lojas da galeria tem caráter relacionado ao mercado. O edifício Galeria de produção e exposição de arte de rua se insere à margem da praça e compreende espaço expositivo, auditório, salas de apoio e produção (oficinas, cursos) e banheiros públicos. O espaço expositivo se liga ao Eixo criando um acesso direto às exposições e no nível da praça grandes portas de metal se abrem, possibilitando exposições externas. Do mesmo modo, o auditório se conecta à praça, ampliando o foyer às áreas externas.

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planta de cobertura

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planta baixavia expressa

pontos de readequação da via e criação de paradas de ônibus

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planta baixacamada da praça e mercado

mercado municipal 1galeria subterrânea 2

praça rebaixada 3exposição e auditório 4

adm e depósito 5banheiros 6

salas 7

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planta baixacamada do eixo

conjunto comercial e de serviços 1acesso à galeria 2

poupa-tempo 3nível de integração VLT - ônibus 4

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planta baixacamada do parque e terminal

cota 648 - integração de VLT e ônibus 1cota 653,5 - linha do parque 2

cota 659 - nível da passarela, bilheteria, e boxes 3

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