brasil 2008: campeão mundial de consumo de agrotóxicos: 673.862 toneladas us$ 7,125 bilhões

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Brasil 2008: campeão mundial Brasil 2008: campeão mundial de consumo de agrotóxicos: de consumo de agrotóxicos:

673.862 toneladas673.862 toneladas

• US$ 7,125 bilhões

DADOS DE 2009:

salto de 7,6%: ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 1 milhão de toneladas vendidas em um único ano (Sindag).

US$ 6,62 bilhões

Valor Econômico, 06.05.2010

•470 ingredientes ativos registrados na ANVISA/MAPA

•1079 produtos comerciais diferentes no mercado nacional

•Cada produto possui características toxicológicas próprias.

•A grande maioria destes produtos possui impurezas e veículos toxicologicamente significativos.

•Existem marcadores biológicos para muito poucos deles.

•Na agricultura a mistura de produtos leva à poli-exposição

Os agrotóxicos podem ser absorvidos:•pela pele, •por ingestão •por inalação.

Podem causar:

•Intoxicações agudas, no caso de exposição a doses elevadas num

curto espaço de tempo•Efeitos crônicos, no caso das exposições prolongadas a baixas

doses

Estes efeitos surgem após um intervalo de tempo variável, e podem causar

diversas alterações crônicas de saúde nos grupos humanos e nos

ecossistemas (Franco Neto, 1998; Koifman, 1998; Koifman et al, 2002; Peres et al, 2003;

Mansour, 2004).

Exemplos de Efeitos crônicos dos agrotóxicos:• Dermatites• Câncer• Neurotoxicidade retardada• Desregulação endócrina• Efeitos sobre o sistema imunológico• Efeitos na reprodução: infertilidade, malformações

congênitas, abortamentos• Efeitos no desenvolvimento da criança• Doenças do fígado e dos rins• Doenças do sistema nervoso• Doenças respiratórias

Quadro 2. Razão de incidência proporcional por câncer (PCIR), ajustada por idade,

população de referência/Fortaleza, casos de agricultores, 2000-2006.

CID Localização Anatômica

Observado Esperado PCIR IC 95%

C91-C95 Leucemias 132 20,8 6,35 5,29 – 7,61

C62 Testículo 15 2,6 5,77 3,23 – 9,52

C67 Bexiga urinária 33 17,5 1,88 1,33 – 2,62

C90 Mieloma múltiplo 17 9,3 1,83 1,06 – 2,92

C15 Esôfago 67 47,9 1,40 1,10 – 1,78 C18 – C20

Cólon - Junção Reto Sigmóide

107 81,4 1,31 1,07 – 1,60

C32 Laringe 55 42,2 1,30 1,00 – 1,69

C49 Tecido conjuntivo 46 28,4 1,62 1,18 – 2,02

C50 Mama masculina 4 24 1,67 0,04 – 0,43

C61 Próstata 311 266,3 1,17 1,04 – 1,31

C64-C66 Rim 23 17,7 1,30 0,82 – 1,95

C69 Olhos e anexos 9 5,7 1,58 0,72 – 3,0

C73 Tireóide 59 52,5 1,12 0,86 – 1,46

C81-C85 Linfomas 111 68 1,63 1,33 – 1,99

79% destes irrigantes declararam a utilização de agrotóxicos

apenas 10% informaram ter e seguir o receituário agronômico;

apenas 25% utilizaram produtos indicados por agrônomos;

apenas 3% faziam a calibração do pulverizador;

7% utilizaram equipamentos de produção individual (EPI) completo;

20% fizeram aplicação em horário inadequado;

96% não conheciam a tríplice lavagem;

e apenas 3% retornaram a embalagem ao vendedor, como exige a

legislação vigente.

Vulnerabilidade

O uso de agrotóxicos na região do Baixo Jaguaribe foi avaliado em estudo realizado pela EMBRAPA em 2006

Na Quadra chuvosa da região desde 2000, ocorrem anualmente cerca de 5-6

pulverizações aéreas (grandes empresas) e 1-2 vezes (parceiros) em uma área de cerca de

1000 = 300.000 litros de calda tóxica

Aviação Agrícola:

Segunda maior frota mundial

Crescimento no pais – 100% em 10 anos

Agrotóxico/Grupo químico Classe Toxicológica Classe Ambiental

Difenoconazol/Triazol

Score®

I

EXTREMAMENTE TÓXICO

II

Muito perigoso e

altamente

persistente no meio

ambiente

Epoxiconazole e

piraclostrobina/Triazol e

strobilurina

Opera®

II

MUITO TÓXICO

II

Muito Perigoso

Piraclostrobina

Comet®

II

MUITO TÓXICO

II

Muito perigoso

Exemplos de agrotóxicos usados na pulverização aérea contra a Sigatoka Amarela2008 e 2009, Chapada do Apodi

Fonte: Dados da Pesquisa

Classe toxicológica Descrição Faixa indicativa de cor

I Extremamente tóxicos DL50 < 0,05 grama/kg (

Vermelho vivo

II Muito tóxicos DL50 – 0,05 a 0,5 gramas/kg

Amarelo intenso

III Moderadamente tóxicos DL50 – 0,05 a 5 gramas/kg

Azul intenso

IV Pouco tóxicos DL50 > 5 gramas/kg

Verde intenso

Classificação toxicológica dos agrotóxicos em função da DL50.

DL50 = miligramas do produto tóxico por quilo de peso, necessários para matar 50% dos ratos e outros animais em que se aplica o produto.

Classificação dos agrotóxicos quanto ao potencial de periculosidade ambiental

Parâmetros: bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico, carcinogênico

Classe I - Produto Altamente Perigoso.Classe II - Produto Muito Perigoso.Classe III - Produto Perigoso.Classe IV - Produto Pouco Perigoso.

Portaria Normativa IBAMA N° 84, de 15 de outubro de 1996, Art. 3°

AEROPORTOAEROPORTO

QUADRA 2

QUADRA 3

QUADRA 4

Cultivo bananaC. DO MEIO

TOMÉTOMÉ

DIJA II

C. DO MEIOC. DO MEIO

Slide cedido pela Empresa Frutacor

LAGOINHA

RUA DO MEIO

Slide cedido pela Empresa Frutacor

Slide cedido pelo Prof. V. Pignati/UFMT

CRONOGRAMA DE PULVERIZAÇÃO Primeira aplicação de 2009

DATA UNIDADE TURNO Nº DE VÔOS

ÁREA (ha)

PRODUTOS HORÁRIO

Apodi Manhã 3 65 Score +

Quimióleo 5:30 às 8:00

Tropical 10 Josué

1 14

26/02/09 (quinta-feira)

Gilmar Tarde

2 16 Score + Agróleo 16:00 às 18:00

Elísio 40 Assisinho 8 Moreira

Manhã 3 15

Score + Agróleo 5:30 às 8:00

Jeová 4 Zé Carlos 15

27/02/09 (sexta-feira)

Eleonardo Tarde 2

12 Score + Agróleo 16:00 às 18:00

Dija II Manhã 5 140 Score + Agróleo 5:30 às 9:00 Gorgias 25 Score + Agróleo 28/02/09

(sábado) Campo da Fruta

Tarde 2 15 Icarus + Agróleo

16:00 às 18:00

Dija Manhã 5 125 Score + Agróleo 5:30 às 9:00 Haroldo

Assisinho 7.2 e Q3

01/03/09 (domingo)

Ricardo

Tarde 2 31 Score + Agróleo 16:00 às

17:30

Capricho 02/03/09 (segunda) Wilson

Galdino Manhã 4 102 Score + Agróleo 5:30 às 9:00

TOTAL 29 637 - -

Plano de Gestão Participativa dos Aqüíferos da Bacia Potiguar/CECOGERH, 2009, p. 262

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