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A Associação Brasileira daPropriedade Intelectual - ABPIe a Associação Brasileira dosAgentes da Propriedade In-dustrial - ABAPI promoveramcoquetel e almoço de confra-ternização de fim de ano, nodia 13 de dezembro, em SãoPaulo. O presidente do INPIfoi representado por Luiz Otá-vio Beaklini, atual assessor dapresidência, e que já ocupou apresidência interinamente. En-tre outros presentes estavamClóvis Silveira, presidente daASPI, e Eliane Yachouh Abrão,que foi palestrante na ABPI emoutubro. Página 3.

Nº 81 • Dezembro de 2006 Boletim da ABPI 1

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL

Boletim daDezembro de 2006 - nº 81

Confraternização ABPI-ABAPI

Informatização do INPIArtigo do ex-presidente da ABPI,

José Antonio B.L. Faria Correa, refor-ça a ação mandamental da ABAPIcontra a intenção de o INPI extinguiro sistema tradicional de petições emformulário de papel. Página 6.

Aplicabilidade doartigo 22(1) do PCT

O coordenador da Comissão deEstudo de Patentes da ABPI, JoãoLuís d’Orey Facco Vianna assina ar-tigo sobre “Aplicabilidade do artigo22(1) do PCT - A interpretação doINPI”. Página 7.

ABPI entra competição solidária àdemanda da ABAPI

No dia 11 de dezembro, a ABPIentrou com uma petição na qualida-de de amicus curiae na demanda daABAPI contra a intenção do INPI deextinguir os pedidos de registro demarcas em formulários impressosem papel. Na petição, a ABPI anexoua recomendação do Ministério Públi-co Federal. Veja a íntegra da ação napágina 5.

Os presidentes da ABPI, da ABAPI e daASPI saudaram os presentes.

Ampliação da sededa ABPI

AABPI adquiriu imóvel na rua daAlfândega, 108, 6º andar, com área de264 m2, onde instalará sua nova sede.Foi adquirida, também, vaga de gara-gem na avenida Presidente Vargas,487. O presidente Gustavo S. Leonar-dos afirmou que a idéia é ampliar asinstalações até para acomodar novosfuncionários que deverão integrar oquadro de pessoal, ter salas para asreuniões das comissões, inclusive reu-niões simultâneas no Rio de Janeiro eSão Paulo. Para isso, a ASPI já colocouà disposição suas instalações em SãoPaulo. As escrituras dos novos imó-veis foram lavradas no 6º Ofício deNotas em 30 de outubro de 2006 e re-gistradas no 2º Ofício de Registro Ge-ral de Imóveis do Rio de Janeiro em 1de dezembro de 2006. Representarama ABPI o presidente e o diretor tesou-reiro Herlon Monteiro Fontes.

Câmara aprovaincentivo fiscal parainovação tecnológica

O projeto de lei 7.514/06, do PoderExecutivo, que cria novos incentivosfiscais para empresas que investiremem pesquisa científica e inovação tec-nológica, quando executados por insti-tuição científica e tecnológica (ICT), foiaprovado em plenária da Câmara dosdeputados no dia 12 de dezembro, al-terando a lei 1.1196/05. O projeto irápara análise do Senado. Pelo projeto, apessoa jurídica tributada pelo lucroreal poderá excluir da apuração desselucro e também da base de cálculo daContribuição Social sobre o Lucro Lí-quido (CSLL) o percentual de 50%, nomínimo, a 250%, no máximo, do quegastou com projetos de pesquisa exe-cutados por uma ICT.

2 Boletim da ABPI Dezembro de 2006 • Nº 81

Editorial

Balanço positivo

José Carlos Tinoco SoaresVice-Presidente da ABPI e da ABAPI

Em grandes traços, sem minúcias, percorrendo apenas os grandes eventose fatos importantes, pode-se afirmar que o balanço da atuação da ABPI em2006 foi positivo, marcando gols relevantes. Partindo do XXIV SeminárioNacional da Propriedade Intelectual, realizado em Brasília em 2004, ocasiãoem que se enfocou o “Impacto Sócio-Econômico da Pirataria”, à realização noRio de Janeiro de um congresso específico sobre o tema “pirataria” com parti-cipação da Interpol, à abordagem do mesmo tema, no XXV Seminário em SãoPaulo e retornando a Brasília, através do XXVI, sobre a mesma égide, quernos parecer que a ABPI, mediante o concurso de personalidades, conseguiucolocar o Brasil em posição de destaque contra esse mal que prejudica, indis-tintamente, os nacionais e os estrangeiros.

Sempre atenta a todos os procedimentos do INPI, não se calou, por oca-sião da instituição da Revista Eletrônica da Propriedade Industrial, to-mando as providências legais que lhe cabia e obtendo a recomendação do Mi-nistério Público Federal para que retornasse ao status quo ante.

De outro lado e em perfeita harmonia com a Asociación Interamericana dela Propiedad Industrial - ASIPI, realizou entre 25 e 29 de novembro último oXVI Congresso Internacional da Propriedade Intelectual. Os temas foram dosmais atuais, contando com personalidades e palestrantes nacionais e estran-geiros que discorreram, dentre outros, sobre: Pirataria e contrafação de produ-tos; Sistema de Negócios - condições de patenteabilidade; Depósito multi-clas-se; Símbolos universais e esportivos; Conflitos entre marcas, nome comerciale nome de domínio; Indicações geográficas; Nome comercial e slogan; Folclo-re, conhecimentos tradicionais etc.

A presença nacional e estrangeira, não só das Américas, como da Europae Ásia, consolidou sobremaneira o interesse que os estrangeiros têm não só pe-los temas versados e o desenvolvimento do Brasil nessa área, como também emconhecer as belezas do Rio de Janeiro, cuja parte social realizada no TeatroMunicipal, no Morro da Urca e no Copacabana Palace chegou ao ápice.

Desejando que todos tenham o Natal sempre almejado e um Ano Novoventuroso e feliz, iniciaremos a nossa faina, sempre atentos à propriedade in-telectual e dedicando nossa atenção ao próximo Seminário a ser realizado noRio de Janeiro.

Notas

Cartas para a redação do Boletim da ABPI

Envie suas mensagens para a redação doBoletim da ABPI pelo e-mail redacao@abpi.org.br

Informações, críticas e sugestões serãoavaliadas e respondidas, podendo ser publi-cadas ou não no Boletim após estudo de ca-da caso.

Nº 81 • Dezembro de 2006 Boletim da ABPI 3

Matéria de capa

A Associação Brasileira da Pro-priedade Intelectual - ABPI e a Asso-ciação Brasileira dos Agentes da Pro-priedade Industrial - ABAPI realiza-ram o coquetel e almoço de confra-ternização de seus associados, no dia13 de dezembro, no Espaço Solar,Brooklin, São Paulo. O evento con-tou com a participação de Luiz Otá-vio Beaklini, assessor da presidência,representando o presidente do Insti-tuto Nacional da Propriedade Indus-trial, Jorge de Paula Costa Ávila.

O evento contou ainda com aparticipação dos presidentes daABAPI, Raul Hey, da ABPI, GustavoS. Leonardos, da ASPI, Clóvis Silvei-ra, além de Eliane Yachouh Abrão,presidente da Comissão Especial daPropriedade Imaterial da OAB/SP,que proferiu palestra sobre “Quandoa Propriedade Industrial Encontra oDireito Autoral e Vice-versa”, duran-te almoço mensal da ABPI, realizadono dia 25 de outubro (ver matéria de

capa do Boletim da ABPI nº 80). En-cerrando a etapa de trabalhos à fren-te da Comissão, foi lançado o livroDireitos Autorais, Propriedade Indus-trial e Bens de Personalidade, contendoos artigos e materiais analisados pe-la comissão e as palestras proferidasna OAB-SP.

Confraternização ABPI-ABAPI

O almoço de confraternização conjunta ABPI-ABAPI realizou-se dia 13 de dezembro, no Espaço Solar, em São Paulo

O público presente ao almoço deconfraternização.

Visão geral do coquetel.

4 Boletim da ABPI Dezembro de 2006 • Nº 81

Manifestações

O presidente da ABAPI, Raul Hey,agradeceu a presença de todos e emespecial a Luiz Otávio Beaklini, repre-sentando o presidente do INPI. Eledisse que “a um ano da posse da ABPIe da ABAPI ocorreram muitas coisasboas e coisas ruins também. Mas nestacomemoração vamos registrar as coi-sas boas. O INPI tomou medidas quenos afetaram muito”. E convidou LuizOtávio Beaklini a acompanhar suasobservações: “a) o INPI convidou osque entraram com petições de marcaque ainda não foram examinadas a semanifestarem e confirmarem seu inte-resse no pedido; b) com relação ao sis-tema eletrônico, vimos o cumprimentode promessas que nos agradaram,mas, infelizmente, de forma inadequa-da. Como último recurso impetramosmandado de segurança e pedimos li-minar. O sistema eletrônico em si é be-néfico e estamos de acordo com a bus-ca desses benefícios e de acordo com aidéia, mas contra a forma. O conviteaos usuários para confirmarem o inte-resse no pedido de marcas, não pode-

mos concordar. Não se pode colocaruma exigência sem base legal”.

O presidente Gustavo S. Leonar-dos, da ABPI, disse que a ABPI se so-lidariza com a ABAPI nessa situaçãoperante o INPI. O Ministério PúblicoFederal, através da Procuradoria daRepública no Rio de Janeiro, mani-festou-se sobre uma consulta feitapara a ABPI sobre a extinção da Re-vista da Propriedade Industrial (RPI),impressa em papel, recomendando areedição da revista em papel, semprejuízo da Revista Eletrônica da Pro-priedade Industrial, caso não cumpri-da a recomendação, entrará comuma ação civil pública. Assim, damesma maneira, a ABPI entrou comuma petição, anexando essa reco-mendação do Ministério Público Fe-deral à demanda da ABAPI contra atentativa do INPI de usar exclusiva-mente o sistema eletrônico para ospedidos de marca. A ABAPI e a ABPItrabalham em conjunto para superaressa situação. Afirmou que a classeestá unida neste momento, e mani-festou sua convicção de que se con-

seguirá mudar essa situação no pró-ximo ano. Salientou que nunca osagentes tiveram um relacionamentotão profícuo com o governo federal.E ressaltou que ainda ontem estevecom o ministro da Cultura, GilbertoGil, que abriu um seminário nacionalsobre Direitos Autorais e o Papel doEstado, em Brasília, e mostrou-se in-teressado em encaminhar ao Legisla-tivo uma proposta conjunta ABPI/Ministério da Cultura sobre o artigo46 da Lei do Direito Autoral.

O presidente da ASPI, Clóvis Sil-veira, cumprimentou todos com vo-tos de profícuo trabalho em 2007, eboas festas de final de ano.

Luiz Otávio Beaklini, como as-sessor e representante do presidentedo INPI, Jorge de Paula Costa Ávila,prometeu levar as observações a ele.Destacou os muitos problemas quevive o INPI. Mas afirmou que o pro-cesso do INPI está andando. “Temos450 novas pessoas no quadro de pes-soal e mais um pouco e poderemosresolver todos os pequenos proble-mas, com trabalho e apoio de todos.”

Matéria de capa

O presidente da ABAPI, Raul Hey, saudouos presentes, mas falou sobre dificuldadesdo INPI.

Luiz Otávio Beaklini representou opresidente do INPI e prometeu levar asobservações feitas sobre o órgão.

Clovis Silveira, presidente da ASPI, tambémsaudou os presentes.

Luiz Otávio Beaklini, Diana de Mello Jungmann, Ricardo P. Vieirade Mello e Gustavo S. Leonardos.

Rodrigo S. Bonan de Aguiar, Jorge Knauss de Mendonça, Paulo Parente Marques Mendes, José Carlos Tinoco Soares e sua filhaMarilisa Catozzo Tinoco Soares, Herlon Monteiro Fontes.

Nº 81 • Dezembro de 2006 Boletim da ABPI 5

Notas

No dia 11 de dezembro, a ABPIentrou com uma petição relativa à de-manda movida pela ABAPI contraato do INPI, impetrando mandado desegurança e pleiteando liminar, com oobjetivo de obter o reconhecimentoda ilegalidade da pretendida extinçãodos formulários impressos em papelcomo meio de exercício regular, fren-te ao INPI, dos direitos fundamentaisde petição, da ampla defesa e de pro-teção à propriedade intelectual. Nes-se ato, a ABPI anexou manifestaçãodo Ministério Público Federal (Reco-mendação nº 01/2006), em resposta aconsulta que havia feito sobre a lega-lidade da supressão da RPI impressaem papel questão idêntica à presente.A íntegra é a que segue:

Exmo. Sr. Dr. Juiz de DireitoAlberto Nogueira Junior da 10ªVara Federal da Seção Judiciária doRio de Janeiro, RJProcesso nº 2006.51.01.021493-8

Associação Brasileira da Proprie-dade Intelectual - ABPI, localizada àAv. Rio Branco, 277, 5º andar, conjunto506, CEP 20047-900, Rio de Janeiro, RJ,vem, através de seu Presidente infra-assinado, na qualidade de amicus cu-riae, solicitar a atenção de V. Excia. pa-ra as seguintes considerações relativasà demanda movida pela AssociaçãoBrasileira dos Agentes da Proprieda-de Industrial (doravante, ABAPI ouAutora) em face do Instituto Nacionalda Propriedade Industrial (doravante,INPI ou Réu), pelos fundamentos defato e de direito que passa a expor:

I. Do objeto da presente açãoA ação mandamental em foco

tem por objetivo, nas palavras daAutora, o reconhecimento da ilegali-dade, a desconstituição e a sustaçãodos efeitos de todo e qualquer ato dapresidência do INPI tendente à ex-tinção dos formulários impressos empapel como meio de exercício regu-lar, frente àquela entidade adminis-trativa, dos direitos fundamentais depetição, da ampla defesa e de prote-ção à propriedade intelectual.

II. Da legitimidadeInicialmente, cumpre esclarecer

que a ABPI é uma associação sem finslucrativos, fundada em 16 de agosto de1963 com o nome de Associação Brasi-

leira para a Proteção da PropriedadeIndustrial. A ABPI conta hoje com cer-ca de 700 associados, congregando em-presas, escritórios de agentes da pro-priedade industrial, escritórios de ad-vocacia e especialistas, e tem como ob-jetivo o desenvolvimento e o estudo dapropriedade intelectual em todos osseus aspectos, pugnando pelo aperfei-çoamento da legislação, doutrina e ju-risprudência desse ramo do Direito.

Sendo órgão cuja finalidade pre-cípua consiste em promover o res-peito à propriedade intelectual nopaís, inclusive no que toca a deman-das judiciais, a ABPI possui plena le-gitimidade para manifestar-se nopresente pleito, uma vez que o mes-mo trata de possível limitação dosdireitos de petição e ampla defesaperante o INPI, o que evidentementeafeta o exercício regular dos direitosde propriedade industrial. (Doc I)

III. Dos fatosConforme aduzido na inicial, em

1º de setembro de 2006, foi publicadano Diário Oficial da União a Resolu-ção nº 127/06, editada pela presidên-cia do INPI e cujo artigo 8º comunica-va que o INPI não mais aceitaria peti-ções em papel relativas à Diretoria deMarcas após 01/10/2006. Tal prazosucessivamente prorrogado até culmi-nar com a edição da Resolução nº133/06, que determinou a extensão dosistema “híbrido” até 30/01/2007. As-sim, o INPI pretende, a partir dessadata, proibir quaisquer petições em pa-pel referentes à Diretoria de Marcas.

IV. Do méritoA tentativa do INPI de estabele-

cer por resolução administrativaproibição de petição em papel, que éo meio de petição habitual de todos,fere o princípio constitucional queestabelece que “ninguém será obri-gado a fazer ou deixar de fazer algu-ma coisa senão em virtude de lei;”(Art. 5º, II, grifamos).

Com muito mais razão, deve-seaplicar tal principío quando a obri-gação em questão implica restrição adireitos fundamentais, como o são odireito de petição a órgão público e odireito à ampla defesa.

Ademais, a Carta Magna consagraem seu art. 37 caput a legalidade comoum dos princípios basilares a seremseguidos pela administração pública,

i.e., a administração pública direta e in-direta deve não apenas obedecer estri-tamente à lei como tem sua liberdadede agir expressamente fixada pela lei.Conseqüentemente, sendo o INPI au-tarquia federal, qualquer ato por elepraticado deve estar claramente res-paldado por lei que o autorize.

Ora, considerando que não exis-te INPI no mundo que tenha proibi-do as petições em papel, resta claroque se trata não apenas de obriga-ção que não encontra fundamentolegal, mas, ainda, de comando quelimita (quando o fim óbvio deveriaser ampliar) os meios usuais e cos-tumeiros de exercício de direitosprevistos na Constituição.

Indo adiante, é fundamental re-cordar que, no que concerne à pro-priedade intelectual, o art 5º, XXIXreafirma o princípio da legalidade aoestabelecer que:

“Art. 5º - ...XXIX - a lei assegurará aos auto-

res de inventos industriais privilégiotemporário para sua utilização, bemcomo proteção às criações indus-triais, à propriedade das marcas, aosnomes de empresas e a outros signosdistintivos, tendo em vista o interessesocial e o desenvolvimento tecnológi-co e econômico do País;” (grifamos)

Dessa maneira, se é límpido queapenas a lei pode definir obrigaçõese restringir o exercício de direitosfundamentais, configura-se aindamais evidente que a reserva legal de-ve ser aplicada sem qualquer ressal-va no que toca aos direitos de pro-priedade intelectual e, insertos nes-tes, os da propriedade industrial.

Portanto, é indiscutível que, pararestringir os meios habituais e cos-tumeiros de exercício de direitos,uma resolução administrativa nãopossui o condão de substituir a lei,já que, para tanto, esta se exige comoexpressão da vontade dos legítimosrepresentantes do povo.

Com a malfadada Resolução127/06, portanto, o INPI usurpa dacompetência legislativa do CongressoNacional e limita infundadamente di-reitos fundamentais de seus usuários.

Nesse sentido, cumpre aduzirque o Ministério Público Federal jáse manifestou acerca de questão es-sencialmente idêntica à presente,qual seja, a legalidade da supressão

Petição da ABPI reforça demanda da ABAPI ABPI entrou com petição em relação à demanda movida pela ABAPI

contra extinção dos pedidos em formulário impresso em papel no INPI

6 Boletim da ABPI Dezembro de 2006 • Nº 81

José Antonio B.L. Faria CorreaSócio do escritório Dannemann,Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira,ex-presidente da associação brasileira dapropriedade intelectual.

Desde alguns anos, o INPI, órgãoresponsável por uma área imprescindí-vel para o país, vem passando por pro-blemas graves, que causaram um atra-so inconcebível sobretudo na conces-são de registros de marcas. Os efeitosdesse atraso são danosos a todos osusuários, que, sem registro, não têmcomo, de forma categórica, fazer valerseus direitos contra infratores. As em-presas estrangeiras ainda têm a opçãode simplesmente evitar o mercado bra-sileiro - mas não é isso, espera-se, o queo governo pretende. As empresas do-miciliadas no Brasil nada mais têm afazer senão aguardar e assistir, impas-síveis, ao festival de contrafações pro-piciado por essa situação de marasmo.

Mais recentemente, o governo,convencido da importância do INPI,fruto, notadamente, das intensas cam-panhas das associações de especialistasna área, como ABPI, ABAPI, ASPI eANEPI, passou a dar atenção ao INPI evem adotando medidas para reapare-lhá-lo. Os dirigentes do INPI, por seuturno, vêm envidando enormes esfor-ços para, através de alterações sistemá-

ticas, enfrentar o impressionante volu-me de processos que se arrastam háanos, notadamente na área de marcas.

Ao contrário do que, estranha-mente, muito se divulgou na im-prensa, os especialistas no campo dapropriedade industrial aplaudem to-do e qualquer movimento no sentidode se promover a eficiência dos ser-viços do INPI e vem colaborandocom o órgão no estudo de medidasnessa direção. O retardo nas decisõesdaquele órgão não interessa a nin-guém e muito menos aos profissio-nais do ramo, agentes de proprieda-de industrial, pois acarreta perda dereceita, aumento de custo operacio-nal e desestímulo aos seus clientes.

Nem por isso os agentes podemdeixar de questionar a forma de exe-cução de determinadas medidas,quando manifestamente inconstitu-cional e ilegal e suscetível de carrearprejuízos aos usuários. Um remédio,ainda que necessário, converte-se emveneno quando administrado em do-se inadequada. E é isso, por exemplo,que ocorre com o sistema de depósitoeletrônico. O sistema constitui umavanço muito bem-vindo, mas semprejuízo do direito do usuário deapresentar, alternativamente, petiçõesem papel sob pena de violar direitoconstitucional. É assim em qualquer

país do mundo, como os Estados Uni-dos, onde o usuário tem a opção deformular pedidos tanto em meio digi-tal como em papel. Por que logo noBrasil, um país com enorme taxa deexclusão digital, deveria ser diferente?

Além disso, o sistema eletrônicoapenas constituirá um grande avan-ço quando feitos os inúmeros ajustesnecessários ao seu funcionamentofluente. Hoje, pois, o sistema apre-senta uma série de deficiências que,se não resolvidas, o tornam impró-prio para diversos atos. E quem sabedisso são justamente os agentes depropriedade industrial, que militamna área no dia-a-dia.

Desse modo, longe de considera-rem os avanços do INPI “rápidos de-mais”, como afirmado recentementena imprensa, os profissionais do ramolouvam a otimização das atividadesdo órgão, desde que não lesiva aos di-reitos dos usuários. Foi isso que levoua Associação Brasileira dos Agentesda Propriedade Industrial a ingressarem juízo, na busca da garantia do di-reito do usuário de peticionar em pa-pel. Não se atacou o sistema eletrôni-co de depósito, que é um progressopelo qual o INPI só merece elogios,mas a não admissão do convívio deambos os sistemas, a exemplo do pro-cedimento feito nos diversos países.

da Revista da Propriedade Industrial(RPI) impressa em papel, através daqual o INPI usualmente publicavaseus atos oficiais e que foi substituí-da pela Revista Eletrônica da Pro-priedade Industrial.

Em conclusão a procedimentoadministrativo que indagava a lega-lidade da dita supressão a Procura-doria da República do Estado do Riode Janeiro concluiu, na Recomenda-ção nº 01/2006 aqui anexada, que omeio eletrônico não pode ser a únicaforma de divulgação dos atos esta-tais e recomendou ao INPI a volta dapublicação da RPI em papel, comodemonstram os trechos abaixo repro-duzidos da referida recomendação:

“Considerando que o regime deInfra-Estrutura de Chaves PúblicasBrasileira tem por finalidade aferir aautenticidade, a integridade e a vali-dade jurídica dos documentos emforma eletrônica, conferindo valorprobatório aos mesmos, não signifi-cando que estes possam ser o único meio

para dar publicidade aos atos estatais la-to sensu, seja por questões legais, se-ja por motivos de ordem social (ex-clusão digital);

Resolve recomendar, com funda-mento no art. 6º, inciso XX, da LeiComplementar nº 75/93, ao Ilustrís-simo Senhor Presidente do InstitutoNacional da Propriedade Industrial,que, sem prejuízo da continuidade daedição da Revista Eletrônica da Pro-priedade Industrial, determine a reedi-ção da Revista da Propriedade Industrial,em meio papel (...)” (grifamos) (Doc II)

A exemplo do que ocorre na pre-sente situção, naquele caso o INPItencionava restringir a divulgação deseus atos ao meio eletrônico, numaclara infração aos princípios da lega-lidade e da publicidade, como foi re-conhecido pelo Ministério Público.

Assim, já se tendo concluído que aescolha do meio eletrônico como for-ma exclusiva de divulgação de atosoficiais do Estado limita a publicidadede tais atos e, ainda, que o INPI não

possuía legitimidade para fazer tal op-ção, outro não pode ser o entendimen-to quanto à forma de petição, uma vezque a proibição da petição em papel,medida inédita no mundo, é igual-mente limitadora do direito de petiçãoe ampla defesa (também direitos cons-titucionais, como o é a publicidade).

Em virtude de todo o acima, aABPI considera que merece deferi-mento a ação mandamental propostapela ABAPI, como forma de impedirlesão a direitos constitucionalmentegarantidos aos usuários dos serviçosdo INPI. Ademais, tendo em vista oprazo de 31/01/2007 para a supres-são da petição em meio físico, a ABPIacredita também deva ser concedidaa liminar declarando a inconstitucio-nalidade de qualquer medida admi-nistrativa tendente a abolir o direitode petição em papel perante a Ré esuspendendo os efeitos do art 8º daResolução 127/06 do INPI.Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 2006.Gustavo S. Leonardos

Notas

A Informatização do INPIPublicada no Jornal do Commercio, 15/12/2006, p. A-19, Opinião

João Luis d’Orey Facco ViannaCoordenador da Comissão de Estudo dePatentes da ABPI

Importante alteração no Trata-do de Cooperação em Matéria dePatentes (Patent CooperationTreaty - PCT) foi introduzida comoresultado da 30ª Sessão (13ª SessãoOrdinária) que transcorreu em Ge-nebra de 24 de setembro a 3 de ou-tubro de 2001.

Por deliberação unânime (com apresença da Delegação Brasileira)aprovou-se a alteração do prazo es-tipulado no artigo 22(1) do tratadode 20 para 30 meses. Trata-se aquido prazo para dar entrada nas fasesnacionais de um pedido de patentedepositado segundo o PCT, prazoeste contado a partir da prioridadereivindicada no pedido de patente.

Até então, o requerente de umpedido de patente internacional,depositado pelo PCT, tinha a facul-dade de optar entre iniciar a fasenacional em 20 meses (conforme aredação anterior do artigo 22(1) doPCT) ou em 30 meses (artigo 39 doPCT) se requeresse o exame preli-minar internacional.

A mudança no artigo 22(1) doPCT passaria a permitir que os re-querentes gozassem de um prazo de30 meses para efetuar os depósitosnacionais/regionais, sem que fossenecessário requerer o exame preli-minar internacional, opção que per-maneceria disponível para aquelesque realmente tivessem interessesubstantivo para tal requerimento.

A modificação do prazo estabe-lecido pelo artigo 22(1) entrou emvigor em 1° de abril de 2002, ressal-vada a hipótese de que a lei de umpaís contratante fosse incompatívelcom tal modificação, caso em que amesma não seria aplicável enquan-to a incompatibilidade persistisse,sendo necessário que a respectivarepartição a notificasse ao Escritó-rio Internacional (International Bu-reau), na OMPI, até 31 de janeiro de2002. Essa notificação seria entãopublicada na Gazeta do PCT.

A Assembléia do PCT prosseguiucomunicando suas decisões reco-mendando que todo o Estado contra-tante que reconhecesse a existênciadessa incompatibilidade deveria agirurgentemente para emendar a sua le-gislação de modo a resolver a sua in-

compatibilidade legal com relação àalteração do artigo 22(1) do PCT.

O governo brasileiro enviou no-tificação à OMPI reservando-sequanto à aplicação dessa alteraçãono artigo 22(1).

A retirada dessa reserva foianunciada apenas quando da 6ª Ses-são do Grupo de Trabalho da Refor-ma do PCT, reunido em Genebra de3 a 7 de maio de 2004. Tal fato foi no-ticiado pela PCT Newsletter 05/2004,informando que a notificação de in-compatibilidade em relação à legis-lação brasileira quanto ao artigo22(1) do PCT fora retirada pelo Insti-tuto Nacional da Propriedade In-dustrial - INPI, na qualidade de re-partição designada, com efeito apartir de 30 de abril de 2004.

Prossegue a Newsletter infor-mando que o novo prazo de 30 me-ses, de acordo com o artigo 22(1) doPCT, seria aplicável a partir de 30 deabril de 2004 com respeito aos pedi-dos internacionais para os quais oprazo de 20 meses tenha expirado naou após aquela data.

A notificação de incompatibili-dade enviada pelo INPI à OMPI foifoco de questões relevantes.

A primeira questão levantada erase haveria necessidade de algum pro-cesso legislativo para internalização damudança do artigo 22(1) do PCT, ou se,uma vez aprovada na Assembléia doPCT, tal alteração seria imediatamenteaplicável também no Brasil.

Num aspecto adicional, relacio-nado ao primeiro, questionou-se aeficácia da notificação de incompa-tibilidade quanto ao artigo 22(1) doPCT feita pelo governo brasileiro àOMPI. De fato, tal notificação foi re-tirada com efeito a partir de 30 deabril de 2004 sem que nenhuma mu-dança tivesse sido feita no nosso ar-cabouço jurídico. Assim, se a mu-dança foi considerada eficaz a partirde 30 de abril de 2004 sem que o go-verno brasileiro promovesse qual-quer alteração da lei, pode-se dedu-zir que não havia qualquer incom-patibilidade legal desde que a mu-dança fora implementada pelo PCT.Ou seja, a alteração do artigo 22(1)do PCT deveria ser aplicável tam-bém no Brasil desde 1° de abril de2002 e o novo prazo de 30 meses de-veria ser aplicável aos pedidos in-ternacionais cujo prazo de 20 mesespara entrada da fase nacional ainda

não havia expirado em 1° de abrilde 2002.

Essas duas questões acima fo-ram extremamente bem abordadase comentadas tanto pela Resoluçãoda ABPI n° 50 (ver em: http://www.abpi.org.br/bibliotecas.asp?idiomas=Português&secao=Resoluções%20da%20ABPI&codigo=3&resolucao=19),quanto por Denis Borges Barbosa emUsucapião de Patentes e Outros Estudosde Propriedade Industrial, Editora Lú-men Júris, às páginas 539 a 581.

Uma terceira questão, e ligadaàs anteriores, de cunho essencial-mente prático foi: “Em face do deci-dido pelo governo brasileiro quan-to à aplicabilidade do artigo 22(1)do PCT, envolvendo a notificaçãode incompatibilidade e retirada damesma com efeito apenas em 30 deabril de 2004, o que ocorrerá com ospedidos de patentes internacionaisnos quais não foi requerido examepreliminar internacional e cujo pra-zo de 20 meses para entrar a fasenacional se encerrou entre 1° deabril de 2002 e 30 de abril de 2004?Vão estes se beneficiar da extensãodo prazo para 30 meses, de formaautomática?”

Pela análise das duas primeirasquestões, éramos levados a crer quetais pedidos iriam se beneficiar doprazo de 30 meses, sem que o examepreliminar internacional tivesse sidosolicitado.

No entanto, recentemente, e comuma intensidade considerável, o INPIvem publicando exigências sob item6.7 quanto a esses pedidos de paten-te depositados conforme o artigo22(1) do PCT (30 meses da priorida-de), solicitando que sejam apresen-tadas cópias de formulários quecomprovem o requerimento do exa-me preliminar internacional, confor-me item 11 do Ato Normativo 1281.Tais exigências iniciam um prazoimprorrogável de sessenta dias paracumprimento.

Notas

Nº 81 • Dezembro de 2006 Boletim da ABPI 7

Aplicabilidade do artigo 22(1) do PCT - A interpretação do INPI

1. 11. Tendo ocorrido a eleição do Brasil, antes daexpiração do 19° (décimo nono) mês a contarda data da prioridade (artigo 39.1(a) do PCT),apresentar dentro do prazo de 30 (trinta) me-ses da data da prioridade, a documentação re-ferida, no item 9 desta resolução, sendo que:

1. -c) tradução para o inglês do relatório deexame preliminar internacional, no caso denão ter sido efetuada a comunicação segun-do o artigo 36.3(a) e regra 72.1 do regula-mento do PCT, facultada sua apresentaçãoem língua vernácula.

O presidente da República, LuizInácio Lula da Silva, sancionou no dia19 de dezembro, duas importantesleis de agilização de processos e racio-nalização dos trabalhos da Justiça, cu-jos resultados, segundo a ministra El-len Gracie, presidente do SupremoTribunal Federal, na cerimônia desanção das regras da Repercussão Ge-ral do Recurso Extraordinário e daSúmula Vinculante, se farão sentircom drástica redução da quantidadede ações enviadas ao Supremo, e dedemandas na Justiça Federal.

Entre as leis sancionadas estáaquela que regulamenta a informati-zação de processos no Judiciário (Lei

11.419 de 19/12/2006). Como explicao presidente da Associação dos Juí-zes Federais do Brasil (Ajufe), WalterNunes, a partir desta sanção tudopoderá ser informatizado, desde oprotocolo da ação até a divulgaçãodo resultado final.

O presidente da ABPI, Gustavo S.Leonardos ressalta ao fato de que a lei,em seu parágrafo 5º do artigo 11 diz es-pecificamente que aqueles documentoscuja digitalização seja inviável, docu-mento ilegível e difícil de ser escaneado,poderão ser apresentados em papel.“Um dos poderes da República, qualseja, o Judiciário, precisa de lei autori-zando a implantação e uso de um siste-

ma novo, o eletrônico, mas com ressal-vas como o processo pode ser eletrôni-co no seu todo ou em parte, e não extin-gue o sistema tradicional em meio pa-pel “- comentou. O Poder Judiciário res-peitou o princípio constitucional segun-do o qual “ninguém será obrigado a fa-zer ou deixar de fazer alguma coisa se-não em virtude de lei” - artigo 5º, II. Tra-ta-se de mais um exemplo claro de queo INPI não pode substituir o legislativoe tratar de matéria que tem de ser regu-lada por lei que a Legitime. “A Consti-tuição, insiste Gustavo S. Leonardos,resguarda tais matérias para análise doPoder Legislativo, especialmente o di-reito de petição a órgão público.”

8 Boletim da ABPI Dezembro de 2006 • Nº 81

O presidente da ABPI, Gustavo S.Leonardos, foi o moderador relatordo painel “Limitações e Exceções doSeminário Nacional de Direitos Au-torais e o Papel do Estado”, realizadodentro do Plano Nacional de Cultura,do Ministério da Cultura, nos dias 12e 13 de dezembro, em Brasília. Os pa-lestrantes e debatedores desse painelforam: Helenara Avancini (PUC/RS),Guilherme Carboni (Fundação Álva-res Penteado) e Newton Silveira

(NSWS Advocacia). O presidente daABPI levou para debates recente re-solução da ABPI sobre o tema, e le-vantou o interesse do Ministério daCultura no encaminhamento conjun-to com a ABPI para o Legislativo. Opresidente prevê uma reunião no mi-nistério, no início do ano, para tratardo assunto. A cerimônia de aberturafoi presidida pelo ministro GilbertoGil, da Cultura, e com a participaçãodo ministro do Superior Tribunal de

Justiça, Carlos Alberto Menezes Di-reito, o secretário executivo do Minis-tério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, eo palestrante José Carlos Costa Netto,que abordou “O Histórico da Atua-ção Estatal na Área de Direitos Auto-rais”. Para o ministro Gilberto Gil, “aLei de Direito Autoral brasileira éuma das mais restritivas do mundo,do ponto de vista do consumidor eem desacordo com a realidade sociale econômica do país”.

Numa grande quantidade de taispedidos não foi requerido o examepreliminar internacional na crençade que o novo prazo de 30 meses acontar da prioridade também os be-neficiaria. Nesses casos, portanto,não será possível atender ao exigidopela Perícia do INPI.

Fica, portanto, a incerteza de comoo INPI se pronunciará em decisão final,com relação ao cumprimento de taisexigências, quando se alega que noBrasil também é aplicável o artigo 22(1)do PCT desde 1° de abril de 2002 e que,por conseguinte, pedidos de patentedepositados pelo PCT se beneficiamdesse novo prazo, desde essa data.

A urgência da questão e a rele-vância da matéria estimularam aComissão de Estudo de Patentes daABPI a criar um grupo de trabalhopara analisá-la, além de outros as-suntos a ela ligados, e em breveuma outra resolução envolvendotambém esse tema deverá ser divul-gada pela ABPI.

Notas

Informativo mensal dirigido aos associados da ABPI.

Visite a versão on-line deste Boletim no sítio da Associação.

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