biodiversidade. muitas vezes confundida com "diversidade de espécies" de uma região, e...

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Biodiversidade

Muitas vezes confundida com "diversidade de espécies" de uma região, e ainda, apenas espécies de médio e grande porte, mais perceptíveis, tais como os vertebrados.

Biodiversidade ou Diversidade Biológica é um conceito amplo que se refere à diversidade de organismos numa área local ou região, incluindo:

O conjunto completo de espécies dos cinco reinos,

A variação genética (os genes existentes na natureza, que são as unidades que compõem o patrimônio genético),

Suas respostas ao meio e, também,

Os ecossistemas.

O que é biodiversidade?

Biodiversidade compreende, portanto:

(1) todos os grupos de seres vivos, sejam eles macro ou microscópicos.

• Os cinco reinos que compreendem a biodiversidade são:

Reino Monera (bactérias e cianobactérias)

Reino Protista (protozoários)

Reino Fungi (fungos) Reino Vegetal (plantas e algas)

Reino Animal (animais)

(2) Os genes – são macromoléculas, presentes em todos os seres vivos, responsáveis pela construção e organização da matéria viva e fundamentais à perpetuação das espécies. Ou seja, os genes “orientam” o nascimento, o crescimento e o funcionamento de plantas, animais e todos os microrganismos, bem como a sua reprodução.

• Alguns genes podem ser exclusivos de uma determinada espécie. Se ela fosse extinta, esses genes seriam eliminados da natureza e, como conseqüência, haveria perda de biodiversidade, obtida após milhões de anos de evolução. NESTE CASO não se perde apenas a espécie, mas também seu patrimônio genético, ou seja, o conjunto de genes desse ser vivo. •Mesmo o mais insignificante micróbio pode ter genes exclusivos, às vezes até importantes para a produção de remédios.

Biodiversidade compreende ainda...

(3) Os processos "aprendidos" pelos seres vivos ao longo da evolução, mediante a interação das espécies entre si e com o meio físico.

• As espécies apresentam adaptações ao ambiente em que vivem e, geralmente, não conseguem sobreviver em outro ambiente que não o seu. Essas adaptações, muitas vezes não visíveis, DEVEM ser consideradas e incluídas no conceito de biodiversidade.

• Muitas dessas formas de "comunicação interna” (hormônios e outras substâncias atuando dentro do corpo) e “externa“ – às vezes desconhecidas – em resposta ao meio provavelmente seriam também perdidas com a extinção de uma determinada espécie.

(4) Um outro componente do conceito biodiversidade são os ecossistemas, pois são o resultado das interações das espécies entre si e destas com os fatores abióticos, como temperatura, umidade e solo. A perda de ambientes leva à extinção da(s) espécie(s) que deles depende(m).

Biodiversidade compreende ainda...

Existe biodiversidade em todos os tipos de ambientes: desertos, florestas, mares, rios, etc., mas a composição de espécies e processos é bastante variada. • As espécies de plantas encontradas no deserto do Saara, na África, por exemplo, são diferentes das espécies de plantas presentes no Pantanal.

• As condições naturais do ambiente são determinantes para que a biodiversidade do local seja mantida, e tenha características próprias. As plantas encontradas em um deserto estão acostumadas a viver em climas secos e solos arenosos, ao contrário da vegetação de áreas úmidas.

Pantanal Savana Africana

O estudo da biodiversidade local, o que inclui a interação dos seres vivos com o meio, suas adaptações e características internas e externas, é importante para a conservação das espécies.

Araras-azuis sobre a bocaiúva. Pantanal de Miranda, MS WWF-Brasil / Cezar Corrêa

Muitos fatores colocam em risco a biodiversidade do planeta, o que leva muitas espécies vegetais e animais à extinção.

Poluição atmosférica

Expansão da fronteira agrícola

Poluição da água

Poluição do solo

Falta de conscientização da população mundial

O uso inadequado dos recursos naturais, a exploração excessiva de algumas espécies, a substituiçao de florestas nativas por florestas plantadas são exemplos de ameaças à diversidade biológica.

Derrubada de eucalipto (espécie exótica) para a produção de papel

Desmatamento na Amazônia

Produção de carvão de vegetação nativa, principalmente para a siderurgia

Monocultura de soja

A introdução de espécies exóticas em ambientes onde antes não eram encontrados também pode causar graves prejuízos à biodiversidade local.

Pinus - Espécie introduzida no Brasil

Brachiaria - Espécie introduzida no Brasil

A competição entre espécies nativas e espécies exóticas por alimento, abrigo e espaço é outro fator que pode afetar a biodiversidade local.

Além disso, pode não existir um agente regulador para o crescimento populacional das espécies exóticas - como um predador ou um parasita específico; isso também leva à perda de biodiversidade.

Visando à conservação do rio Apa e toda a sua bacia é necessário o conhecimento e o reconhecimento das espécies existentes na bacia, conhecer sua biodiversidade no sentido amplo do conceito.

Rio Apa

No Brasil, o Chaco (que ocupa quase metade do Paraguai) só existe em Porto Murtinho.

Na Bacia do Apa são encontrados ambientes, espécies animais e vegetais que nao existem em outro lugar.

Espécie de cacto só encontrada, no Brasil, em Porto Murtinho (Chaco)

A Bacia do Apa faz parte da grande Bacia do Alto Paraguai, que inclui o Pantanal.

Nessa região há animais em abundância que não são mais encontrados em outras regiões do Brasil – foram extintos nesses lugares.

É o caso do tamanduá-bandeira…

… do cervo-do-pantanal…

… da jacutinga…

Casal de araras-azuis saindo de ninho natural em angico branco. Pantanal de Miranda, MS WWF-Brasil / Cezar Corrêa

… e da arara-azul-grande.

Além disso, há animais que só existem na Bacia do Alto Paraguai: o jacaré-do-pantanal, a sucuri-amarela, a “víbora” (um lagarto aquático) e várias espécies de peixes são alguns dos exemplos.

Dentro dessa grande bacia há animais exclusivos da bacia do Apa, como o taguá (um parente do queixada, porém bem maior).

Mata ciliar – rio Apa

Certos ambientes são característicos da Bacia do Apa

Carandazal, Porto Murtinho

Córrego Azul, Bela Vista

Campos nativos, Bela Vista

Rio Apa em Bela Vista (o lado esquerdo é o Paraguai)

Rio Apa

Mata ciliar em Antonio João

Guarirobal em Antonio João

Uma das nascentes do Apa, infelizmente represada

Uma das nascentes do Apa (o marco à direita é a divisa Brasil-Paraguai)

É caso do caraguatá (Bromeliácea)...

Algumas espécies existem também em outras regiões, mas na nossa bacia têm importância cultural especial.

…e da erva-mate.

Flores de erva-mate (Ilex paraguariensis) em Antonio João

Lantana trifolia L. (Verbenácea) Ipomoea sp. (Convolvulácea)

Devemos conhecer melhor a nossa biodiversidade.

Devemos saber o que estamos perdendo ao destrui-la.

Annona sp. (Anonácea)

Gomphrena celosioides (Amarantácea)

Margarida (Asterácea)

Helicônia

Lagarta semi-transparente, encontrada na nascente do Apa

“Quaresmeira” (Melastomatácea) localizada em áreas úmidas

FONTES:

RICKLEFS, R. 2003. A Economia da Natureza. Editora Guanabara Koogan S.A. 503p.

Souza, P.R. O que é biodiversidade. Disponível em: www.usinadeletras.com

Fotos do projeto Pé na Água: Yara Medeiros, Elidiene Seleme e Paulo Robson de Souza

Pesquisa bibliográfica e edição desta apresentação:

Milena Delatorre Nunes e Karina Laitart

estagiárias da disciplina de Prática de Ensino de Biologia/2007 da

UFMS, como atividade curricular e para o projeto

Pé na Água

• Synara Broch – Especialista em Recursos Hídricos / ABRH

• Paulo Robson de Souza – Prof. de Prática de Ensino de Biologia / UFMS

• Elisabeth Arndt – Especialista em Recursos Hídricos / SEMAC-MS

• Yara Medeiros – Jornalista • Allison Ishy – Jornalista

Projeto Pé na ÁguaProjeto Pé na Água

ConcepçãoConcepção

Em atendimento ao Edital

CT-HIDRO/MCT/CNPq nº 15/2005

• Paulo Robson de Souza – Biólogo (Coordenação Geral)

• Synara Broch – Especialista em Recursos Hídricos (Coordenação Técnica)

• Yara Medeiros – Jornalista (Coordenação de Comunicação)

• Elidiene Priscila Seleme – Bióloga (Bolsista CNPq, Coordenação das oficinas, organização do CD-ROM)

• Ana Claudia Delgado Bastos Braga – Engenheira Sanitarista (Bolsista CNPq, pesquisa)

• Allison Ishy – Jornalista (Organização da cartilha)

• Diego Correia – Cientista Social (Bolsista CNPq, pesquisa)

• Elisabeth Arndt – Eng. Agrícola, Especialista em Recursos Hídricos (organização do CD-ROM)

• Lidimila Tadei, Lucas Pestana, Natasha Penatti, Simone Alves da Cunha – bolsistas de extensão UFMS 2007

• Paulo Moska – ilustrador

• Marcelo dos Santos – design e programação do CD-ROM

• Estagiários de Prática de Ensino de Biologia UFMS 2007

RealizaçãoRealização(equipe técnica)(equipe técnica)

 

 CIDEMA SEMAC - MS

SED - MS IBAMA - MS

REDE AGUAPÉ EMBRAPA

WWF BrasilECOA – Ecologia e Ação

REDE DE SEMENTES DO PANTANALAutores dos capítulos do livro Pé na Água

ParceirosParceiros

 

Prefeituras / Secretarias de Educação e de Meio Ambiente dos municípios brasileiros da

Bacia: Antônio João, Bela Vista, Bonito, Caracol, Jardim,

Ponta Porã e Porto Murtinho

Marinha do Brasil – Porto Murtinho

Rádios e ONGs locais

Professores(as) das oficinas realizadas nos sete municípios

Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis

Parceiros / apoio localParceiros / apoio local

ApoiApoioo

www.redeaguape.org.br/penaaguawww.redeaguape.org.br/penaagua

E-mail:E-mail:penaagua@gmail.com (coordenações)penaagua@gmail.com (coordenações)paulorobson.souza@gmail.com (coordenação paulorobson.souza@gmail.com (coordenação geral)geral)

Telefone:Telefone: (67) 3345 7329 (UFMS) (67) 3345 7329 (UFMS) 9218 4853 (Yara)9218 4853 (Yara)

Laboratório de Prática de Ensino de Laboratório de Prática de Ensino de BiologiaBiologiaDepartamento de Biologia Departamento de Biologia Centro de Ciências Biológicas e de SaúdeCentro de Ciências Biológicas e de SaúdeUniversidade Federal de Mato Grosso do SulUniversidade Federal de Mato Grosso do SulCampus Universitário, s/n.Campus Universitário, s/n.Caixa Postal: 549Caixa Postal: 549CEP: 79070-900CEP: 79070-900

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