aves de portugal 12
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Aves de Portugal
12
Todas as Fotos são retiradas da InterneOs textos são pesquisas na internet e em livros…..
Melro-azulMonticola solitarius
IdentificaçãoÉ um passeriforme de tamanho médio, um pouco mais pequeno que o melro-preto. O macho é facilmente identificável pela sua cor azul, que é particularmente intensa durante a época de reprodução e um pouco mais mortiça no Inverno. As asas são mais escuras e são frequentemente mantidas em posição “descaída”. A fêmea é acinzentada e os juvenis apresentam frequentemente manchas no peito
O melro-azul é residente em Portugal e pode ser observado no nosso país durante todo o ano. É geralmente uma ave solitária. Distribui-se de norte a sul do país mas a sua distribuição é bastante fragmentada e a espécie não pode ser considerada comum em nenhuma zona do território. No entanto, apresenta um grande sedentarismo e permanece durante todo o ano junto aos seus locais de reprodução, o que faz com que seja fácil de observar em certos locais.
Litoral centro a serra de Aire
Lisboa e Vale do Tejo na faixa costeira a espécie observa-se no cabo da Roca e no cabo Espichel, ao passo que mais para o interior aparece na zona de Tomar.
Alentejo – distribui-se principalmente pelo interior da região
Algarve – a zona de Sagres / cabo de São Vicente
Beira interior – ocorre nas Portas de Ródão e na cidade de Castelo Branco. Localmente também pode ser visto na serra da Gardunha, na serra da Estrela
Trás-os-Montes – os melhores locais para observar esta espécie situam-se no Douro Internacional (por exemplo em Miranda do Douro ou na zona de Barca d'Alva).
Abundância e calendário
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem PasseriformesFamília MuscicapidaeGénero MonticolaEspécie M. solitarius
Nome binominal
Monticola solitarius ( Linnaeus, 1758 )
Melro-azulMonticola solitariusClassificação científica
Melro-d'águaCinclus cinclus
Melro-d'águaCinclus cinclus
IdentificaçãoPequeno e rechonchudo, com a cauda curta. A plumagem é predominantemente castanha, saltando à vista a enorme mancha branca no peito. É o único passeriforme que mergulha. O seu voo é rápido e direto, como uma seta.
O melro-d’água é pouco comum em Portugal. Distribui-se principalmente pelas terras altas do norte e do centro, podendo ser visto na maioria das serras portuguesas. É uma espécie residente, que pode ser observada nos locais de reprodução durante todo o ano.
Entre Douro e Minho – a serra da Peneda e as serras de Fafe
Trás-os-Montes – ocorre nas principais serras da região, como a serra do Gerês, a serra de
Montesinho, a serra da Nogueira e a serra do Alvão.
Litoral centro – a serra da Lousã e o rio Paiva na zona de Castelo de Paiva
Beira interior – a serra da Estrela
A capacidade de mergulhar, nadar e caminhar debaixo de água permite ao melro-d’água vencer as suas duras batalhas de procura de alimento, tornando este tímido habitante de rios e riachos de montanha um tesouro da avifauna Europeia.
Abundância e calendário
Melro-d'águaCinclus cinclusClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem PasseriformesFamília CinclidaeGénero CinclusEspécie C. cinclus
Nome binominal
Cinclus cinclus ( Linnaeus, 1758 )
Melro-das-rochasMonticola saxatilis
Pouco comum e com uma distribuição localizada, o melro-das-rochas nidifica apenas nas zonas de maior altitude das serras do norte e do centro do território. Fazendo jus ao seu nome, ocorre quase sempre nas imediações de zonas rochosas, onde constrói o ninho. É uma espécie estival, que chega geralmente em Abril e parte em Setembro.
Entre Douro e Minho – pode ser visto unicamente na serra da Peneda.
Trás-os-Montes – a serra do Gerês, a serra de Montesinho, a serra do Larouco e a serra da Nogueira são os locais onde é mais fácil observar esta espécie, que também ocorre na serra do Alvão.
Litoral centro – poderá ocorrer nas principais serras da região
Beira interior – a serra da Estrela
Mais pequeno que um melro-comum, mede 18-20 cm. O melro-da-rochas é uma ave colorida e muito difícil de observar. O macho quando observado é facilmente identificável ao contrário da fêmea que pode suscitar mais dúvidas. O macho apresenta a cabeça e pescoço azul-claro com o dorso mais escuro. Apresenta no dorso uma mancha branca, muito visível em voo. O peito e parte inferior é alaranjado, contrastando com o pescoço azul. A fêmea é castanho-claro, muito malhada, com crescentes claros na parte superior e crescentes escuros na parte inferior. A cauda é curta e laranja.
Identificação
Abundância e calendário
Melro-das-rochasMonticola saxatilisClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem PasseriformesFamília TurdidaeGénero MonticolaEspécie M. saxatilis
Nome binominal
Monticola saxatilis ( Linnaeus, 1766 )
Melro-de-peito-brancoTurdus torquatus
Tal como o nome indica, é idêntico ao melro-preto, diferenciando-se sobretudo pela distinta marca branca no peito em forma de crescente lunar. A intensidade da cor desta marca varia conforme o sexo e idade da ave, sendo mais nítida nos machos adultos, e mais pálida nas fêmeas e aves jovens. As asas dos exemplares desta espécie são um pouco mais pálidas que as do melro-preto, sendo esta característica mais notada quando em voo
O melro-de-peito-branco é sobretudo um migrador de passagem raro, ocorrendo também localmente como invernante, de distribuição bastante localizada. É mais frequente em determinadas zonas do litoral e nas terras altas no interior. Pode ser observado no nosso território entre Outubro e Abril.
Beira interior – as zonas mais altas da serra da Estrela
Lisboa e Vale do Tejo – nesta região ocorre sobretudo durante as migrações; frequenta as falésias junto ao cabo da Roca, o «castelo» da Peninha (serra de Sintra) e o topo da serra da Arrábida
Algarve – esta espécie inverna com regularidade nos vales e falésias da costa sudoeste e perto do cabo de São Vicente. Ocorre também na Rocha da Pena e na serra de Monchique
Identificação
Abundância e calendário
Melro-de-peito-brancoTurdus torquatusClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem PasseriformesFamília TurdidaeGénero TurdusEspécie T. torquatus
Nome binominal
Turdus torquatus ( Linnaeus, 1758 )
Melro-pretoTurdus merula
IdentificaçãoNão apresenta dificuldades de identificação, sobressaindo, no caso dos machos, a coloração geral preta, bico alaranjado e auréola amarelada em torno do olho. Tanto no macho como na fêmea, as patas são compridas e a cauda também. O padrão geral das fêmeas e dos juvenis é acastanhado com algumas riscas ténues. Apesar das facilidades de identificação, pode no entanto ser confundido com o estorninho-preto, sobretudo em condições de luz fraca. Ainda assim, a plumagem desta espécie é mate, enquanto a dos estorninhos é brilhante.
Localmente abundante, o melro-preto é das espécies mais bem distribuídas pelo território, ocorrendo numa variedade enorme de habitats, desde bosques e florestas, a zonas de pastagens com sebes, parques e jardins urbanos, matos densos e também galerias rípicolas. Está presente no país durante todo o ano.
Douro e Minho – espécie comum na mata do Camarido junto ao estuário do Minho, nas lagoas de Bertiandos, no Parque da Cidade (Porto)
Litoral centro – em locais como o pinhal de Mira, o pinhal de Leiria, as cidades de Aveiro e Coimbra, o baixo Mondego .
Beira interior – é facilmente avistada nos andares inferiores da serra da Estrela, na zona do Sabugal.
Lisboa e vale do Tejo – facilmente observada em qualquer parque ou jardim da cidade de Lisboa, nomeadamente em Monsanto, no jardim da Fundação Gulbenkian e no Parque do Tejo. Também pode ser visto no estuário do Tejo
Alentejo – em alguns locais desta região, o melro-preto é bastante abundante, sendo mais comum na metade norte.
Algarve – tal como nas regiões mais a norte de Portugal, está é uma espécie que é comum em zonas urbanas
Abundância e calendário
Melro-pretoTurdus merulaClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem PasseriformesFamília TurdidaeGénero TurdusEspécie T. merula
Nome binominal
Turdus merula ( Linnaeus, 1758 )
Merganso-de-poupaMergus serrator
IdentificaçãoO merganso-de-poupa é um pato diferente da tipologia habitual deste grupo, sobretudo devido ao bico fino e comprido. Esta espécie ostenta uma característica poupa eriçada na nuca. Tal como nos restantes patos, o macho e a fêmea diferem substancialmente. O macho, mais colorido, apresenta cabeça verde escura, o característico bico fino avermelhado, um colar branco, e padrão no dorso claro/escuro com uma larga banda branca nos flancos. Já a fêmea, de tonalidade mais baça, apresenta o bico da mesma cor, cabeça castanho-fulvo e restante corpo acinzentado.
O número de aves que visita o nosso território é relativamente reduzido, sendo esta uma espécie pouco comum. Como invernante, a melhor época de observação decorre de Novembro a Março, sendo uma espécie típica de águas abertas de estuários e lagoas amplas, podendo também ser encontrada em ambientes marinhos junto ao litoral.
Entre Douro e Minho – pode ser visto em números reduzidos no estuário do Cávado e no Minho
Litoral centro – pouco comum na região, sendo a ria de Aveiro
Lisboa e vale do Tejo – pode ser visto, em pequenos números, no estuário do Tejo
Alentejo – o melhor local para a observação deste pato é o estuário do Sado
Abundância e calendário
Merganso-de-poupaMergus serratorClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem AnseriformesFamília AnatidaeGénero MergusEspécie M. serrator
Nome binominal
Turdus torquatus ( Linnaeus, 1758 )
Merganso-de-poupaMergus serrator
Mergulhão-de-cristaPodiceps cristatus
IdentificaçãoDo tamanho de um pato, mas com um longo pescoço mantido verticalmente. Na Primavera exibe uma longo pescoço branco é a característica que mais se destaca. Como o seu nome indica, esta é uma ave que mergulha e que desaparece frequentemente da vista, podendo reaparecer num ponto diferente do plano de água.
O mergulhão-de-crista está presente em Portugal ao longo de todo o ano, embora nalguns locais, especialmente no litoral, apareça unicamente como invernante. É geralmente pouco abundante e só ocasionalmente podem ser vistas mais de duas ou três dezenas de aves juntas. Contudo, nos seus locais tradicionais de ocorrência é surpreendentemente regular e fácil de encontrar.
Trás-os-Montes – a espécie pode ser vista na albufeira do rio Salas, perto de Tourém (serra do Gerês) e também na barragem do Azibo.
Beira interior – na Beira Alta o melhor local é a albufeira de Santa Maria de Aguiar
Beira Baixa - este mergulhão está presente na albufeira da Marateca e na albufeira da Toulica.
Alentejo - ocorre em inúmeras barragens e açudes
Algarve - a Ria Formosa (Ludo), a vizinha Quinta do Lago e a zona de Vilamoura
Abundância e calendário
Mergulhão-de-cristaPodiceps cristatus
Classificação científicaREINO Animalia
Filo ChordataClasse AvesOrdem CiconiiformesFamília PodicipedidaeGénero PodicepsEspécie P. cristatus
Nome binominal
Podiceps cristatus ( Linnaeus, 1758 )
Mergulhão-de-pescoço-pretoPodiceps nigricollis
IdentificaçãoÉ um mergulhão de pequena dimensão, com as partes inferiores brancas, e da nuca ao dorso e cauda, pretos, e com plumas esbranquiçadas nos flancos. Possui bochechas brancas, e olho vermelho muito característico e chamativo, isto durante o Inverno. Na Primavera, muda a plumagem para tons mais garridos, com o corpo em tons acastanhados, e o pescoço e cabeça pretos, donde sobressaem do olho penas amarelas longas lindíssimas. Bastante ativo, pode ser de difícil localização em águas mexidas dos estuários, devido às suas pequenas dimensões.
Este mergulhão é pouco abundante no nosso país, raramente produzindo bandos de dimensões superiores a cem exemplares. Ocorre quase exclusivamente como invernante, tendo sido recentemente descoberto um casal a nidificar no Alto Alentejo. Pode ser encontrado entre Setembro e Março, embora alguns indivíduos possam permanecer algum tempo mais na Primavera.
Entre Douro e Minho – ocorre regularmente no estuário do Cávado
Lisboa e vale do Tejo – observa-se nalgumas antigas salinas do estuário do Tejo, exemplo em Vasa Sacos ou nas salinas de Alverca.
Alentejo – o estuário do Sado é o melhor local do país para ver este mergulhão, que frequenta sobretudo a zona do Zambujal e foz da ribeira da Marateca. Ocorre igualmente na lagoa de Santo André
Algarve – ocorre com regularidade no sapal de Castro Marim, na ria Formosa e na lagoa dos Salgados.
Abundância e calendário
Mergulhão-de-pescoço-pretoPodiceps nigricollisClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília PodicipedidaeGénero PodicepsEspécie P. nigricollis
Nome binominal
Podiceps nigricollis ( Brehm , 1831 )
Mergulhão-pequenoTachybaptus ruficollis
IdentificaçãoTem a forma padronizada de um mergulhão de pequenas dimensões, de pescoço proeminente e em forma de S, bico curto, corpo comprido e patas com dedos grandes e palmados.O mergulhão-pequeno assemelha-se ao mergulhão-de-pescoço-preto, possuindo uma plumagem menos marcada e contrastante, dominada sobretudo pelos tons de castanho. A plumagem nupcial difere da plumagem de Inverno sobretudo na presença de uma mancha amarela conspícua junto à base do bico, pelo pescoço ruivo e bico escuro.
O mergulhão-pequeno é uma espécie essencialmente residente, estando presente no território durante todo o ano. No entanto, durante o Inverno concentra-se em alguns locais em maior número, dispersando-se mais durante a Primavera e o Verão, pelo que é mais fácil encontrar grupos de pequena/média dimensão entre Novembro e Março. Trata-se de uma ave relativamente comum mas pouco abundante, mais frequente na metade sul do território.
Trás-os-Montes – localizado nas zonas baixas de alguns rios, como o Sabor, e nas águas calmas de algumas Douro Internacional
Litoral Centro – é regular nos pauis do Baixo Mondego, podendo também ser observado no paul de Tornada
Beira interior – as melhores observações são proporcionadas pelas albufeiras de Santa Maria de Aguiar e de Idanha
Lisboa e Vale do Tejo – esta espécie está presente nas Marinhas da Saragoça (Ponta da Erva), nas salinas de Alverca
Abundância e calendário
Alentejo – esta é a região onde o mergulhão-pequeno se encontra mais distribuído, ocorrendo no estuário do Sado, nos açudes de São Cristóvão, na albufeira do Caia, na lagoa de Santo André e na lagoa dos Patos
Algarve – os melhores locais de observação situam-se na parte central do Algarve, nomeadamente na Quinta do Lago, no Ludo, na lagoa do Garrão, na lagoa das Dunas Douradas, na foz do Almargem.
Mergulhão-pequenoTachybaptus ruficollis
Classificação científicaREINO Animalia
Filo ChordataClasse AvesOrdem CiconiiformesFamília PodicipedidaeGénero TachybaptusEspécie T. ruficollis
Nome binominal
Tachybaptus ruficollis ( Pallas, 1764 )
Milhafre-pretoMilvus migrans
IdentificaçãoO milhafre-preto é uma ave de rapina de tamanho médio, que se caracteriza pela plumagem castanha e pela sua cauda bifurcada. O facto de caçar frequentemente ao longo das estradas ou sobre planos de água torna-o bastante conspícuo. pode confundir-se com o milhafre-real (distinguindo-se deste pela plumagem mais escura e pela cauda castanha e não ruiva) ou com a águia-calçada .
De uma forma geral, o milhafre-preto pode ser considerado bastante comum, embora a sua abundância varie de umas regiões para outras. É particularmente comum nas Beiras e em certas zonas do interior alentejano. O milhafre-preto é uma espécie migradora, que está presente no nosso território de Março a Agosto.
Trás-os-Montes – a melhor zona para encontrar este milhafre é a região de Miranda do Douro
Litoral Centro – a cidade de Coimbra, onde se situa a maior colónia de milhafres-pretos do país
Beira interior – o milhafre-preto é comum na maior parte da Beira Alta, podendo ser visto na zona de Celorico da Beira, na albufeira de Vilar, na albufeira de Santa Maria de Aguiar, na região do Sabugal e ainda em Vilar Formoso
Abundância e calendário
Lisboa e Vale do Tejo – ocorre principalmente ao longo do vale do Tejo, podendo ser visto por exemplo no estuário do Tejo
Alentejo – tem uma distribuição ampla na região, sendo mais fácil de observar na metade interior; pode ser visto com frequência junto às principais barragens (Póvoa, Montargil, Maranhão, Odivelas e Monte da Rocha).
Algarve – pouco comum durante a época reprodutora, mas durante a passagem migratória outonal pode ser visto com regularidade junto ao Cabo de São Vicente
Milhafre-pretoMilvus migransClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília AccipitridaeGénero MilvusEspécie M.migrans
Nome binominal
Milvus migrans ( Boddaert,1783 )
Milhafre-realMilvus milvus
Como nidificante, o milhafre-real encontra-se em declínio acentuado e tornou-se bastante raro em Portugal, sendo hoje uma ave extremamente ameaçada. Distribui-se quase exclusivamente pelo interior norte. Em contrapartida, durante o Inverno e, nomeadamente, entre Novembro e Fevereiro, os efetivos são reforçados por aves invernantes provenientes da Europa Central e do Norte, tornando-se então relativamente frequente no interior sul.
Trás-os-Montes – pode ser visto com regularidade na zona do Douro Internacional, nomeadamente junto a Miranda do Douro
Beira interior - planalto de Vilar Formoso e na região do Sabugal.
Alentejo - barragem da Póvoa, Elvas, albufeira do Caia, albufeira do Alqueva, Arraiolos, Mourão, Barrancos e Castro Verde são os melhores locais para observar esta espécie, que também ocorre em Alter do Chão, na albufeira do Roxo, na lagoa dos Patos e no aterro sanitário de Beja.
A cabeça é de cor clara e a cauda, em forma de forquilha, é de cor avermelhada.
É habitual em áreas de cultivo e caça. Prefere áreas húmidas e de pouca altitude.
Alimenta-se de vertebrados de pequena dimensão (répteis e anfíbios). Tal como o milhafre-preto, alimenta-se de restos encontrados em lixeiras.
Identificação
Abundância e calendário
Milhafre-realMilvus milvus Classificação científica
Nome binominal
Milvus milvus ( Linneu, 1758 )
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília AccipitridaeGénero MilvusEspécie M.milvus
Mocho-galegoAthene noctua
IdentificaçãoPouco maior que um melro, o mocho-galego chama a atenção pela sua característica silhueta arredondada. A plumagem é castanha, com malhas brancas, os olhos são amarelos. As suas vocalizações, que fazem lembrar um latido, são facilmente audíveis, podendo ouvir-se vários indivíduos a responder uns aos outros nas zonas onde a espécie é mais comum.
O mocho-galego é uma ave relativamente comum e encontra-se de norte a sul do país. É uma espécie residente, que está presente no país durante todo o ano . É particularmente frequente em terrenos agrícolas com algumas árvores dispersas e em olivais. Muitas vezes ocorre em ruínas ou amontoados de pedras, que usa para nidificar. Está ausente em zonas de altitude, bem como em áreas densamente florestadas.
Entre Douro e Minho – pouco abundante nesta região. Pode ser observado junto ao parque da cidade, em Guimarães
Algarve – esta é a região onde o mocho-galego é mais fácil de detetar. Pode ser visto, por exemplo, na ria de Alvor, assim como na lagoa dos Salgados, na zona de Sagres-cabo de São Vicente
Alentejo – os mochos-galegos são comuns no Alentejo, especialmente em zonas mais abertas do interior e podemos observá-lo na região de Castro Verde.
Lisboa e Vale do Tejo – nesta região, destaca-se a zona de Pancas (no estuário do Tejo)
Beira interior – trata-se de um mocho comum nesta região, nomeadamente no Tejo Internacional e no planalto de Vilar Formoso.
Litoral centro – ocorre em zonas como a lagoa de Óbidos, o baixo Mondego e o pinhal de Mira.
Trás-os-Montes – espécie pouco comum nesta região, onde pode ser observada com relativa facilidade em zonas como Miranda do Douro, o baixo Sabor e a veiga de Chaves.
Abundância e calendário
Mocho-galegoAthene noctua
Classificação científicaREINO Animalia
Filo ChordataClasse AvesOrdem StrigiformesFamília StrigidaeGénero AtheneEspécie A.noctua
Nome binominal
Athene noctua ( Scopoli, 1769 )
Mocho-pequeno-d’orelhasOtus scops
IdentificaçãoLigeiramente menor que o mocho-galego, caracteriza-se pelos pequenos tufos que possui sobre a cabeça, que se assemelham a “orelhas”. Tal como a maioria dos membros da sua família, tem hábitos noturnos e só raramente se vê de dia. O seu canto monótono, que na Primavera se faz ouvir durante horas a fio, é geralmente a melhor forma de localizar esta espécie. Contudo, é importante lembrar que o canto do sapo parteiro é muito semelhante, podendo causar confusão.
De uma forma geral é pouco comum, exceto no nordeste onde é claramente mais numeroso. Este pequeno mocho é estival e pode ser observado sobretudo de Março a Setembro. Frequenta zonas de árvores velhas com cavidades onde possa nidificar, por vezes também ocorre em zonas habitadas, nidificando em jardins públicos.
Beira interior – pode ser visto com regularidade nas zonas de Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e também no Tejo Internacional
Alentejo –Mourão, Castro Verde e Mértola
Trás-os-Montes – é a melhor região do país para encontrar este mocho, que pode ser visto com facilidade em Miranda do Douro e Barca dÁlva
Abundância e calendário
Mocho-pequeno-d’orelhasOtus scops
Classificação científicaREINO Animalia
Filo ChordataClasse AvesOrdem StrigiformesFamília StrigidaeGénero OtusEspécie O. scops
Nome binominal
Otus scops ( Linnaeus, 1758 )
Moleiro-grandeStercorarius skua
IdentificaçãoAve marinha poderosa, de corpo compacto assemelhando-se a um barril, cabeça e bico grandes e fortes, cauda curta, e característicos painéis alares brancos que contrastam bastante com o padrão castanho escuro do corpo. De tal forma são contrastantes que podem ser visíveis de bastante longe. Os adultos apresentam marcas pálidas na cabeça e dorso, enquanto os juvenis apresentam o corpo arruivado. Estas aves apresentam um batimento de asas poderoso e pouco amplo, voando retilineamente quando em trânsito, ao contrário das gaivotas que possuem um tipo de voo mais pendulado (com oscilações). É o maior dos moleiros, sendo do tamanho de uma gaivota de dimensão grande
O moleiro-grande é frequente ao longo de toda a costa portuguesa, podendo ser localmente comum ao largo. Pode ser observado próximo da costa na passagem outonal, especialmente em Setembro e Outubro, onde por vezes ocorre em fluxos de poucas centenas de aves. No entanto, é observável durante a maior parte do ano, entre Agosto e Maio.
Entre Douro e Minho – pode ser observado ao largo do litoral de Esposende e da foz do rio Lima
Litoral Centro – ocorre com frequência ao largo de todo o litoral desta região
Lisboa e Vale do Tejo – o cabo Raso
Algarve – frequenta o litoral algarvio, embora se aproxime pouco da costa.
Abundância e calendário
Moleiro-grandeStercorarius skuaClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília StercorariidaeGénero StercorariusEspécie S. skua
Nome binominalStercorarius ( Brunnich, 1764 )
Moleiro-pequenoStercorarius parasiticus
IdentificaçãoTal como as restantes espécies de moleiros de menores dimensões, esta é mais facilmente distinguível quando em plumagem de adulto nupcial, com as penas centrais da cauda afiladas como característica mais marcante. No entanto, as plumagens de imaturos e juvenis são extremamente difíceis de separar dos congéneres moleiro do Ártico e moleiro-de-cauda-comprida. Neste caso, a forma do corpo e das asas é a melhor ajuda. O moleiro-pequeno tem o corpo mais pequeno que o moleiro do Ártico, tendo maior projeção do peito e bico mais curto. Este último é praticamente uniforme em termos de coloração, contrastando com o bico bicolor dos seus congéneres. Tal como as outras espécies, possui um barrete escuro que contrasta com o claro do pescoço, no caso dos adultos. Possui um voo ágil, com batimentos amplos, que lhes permite perseguir algumas das aves marinhas mais bem adaptadas ao voo rápido, como é o caso dos garajaus-comuns. O moleiro-pequeno ocorre em variações de plumagem que podem ir do totalmente escuro, a indivíduos claros, com o pescoço amarelado, com todas as plumagens intermédias possíveis.
Este moleiro é pouco comum no nosso território, sendo pouco frequente a sua observação junto a terra. A melhor época de observação ocorre entre o início de Setembro e o final de Outubro, período da passagem pós-nupcial, durante o qual a espécie é um pouco mais comum. Existem alguns exemplares que permanecem junto à nossa costa durante o Inverno, mas por norma são aves isoladas.
Entre Douro e Minho - águas frente à foz do Lima e do Cávado.
Litoral Centro – o cabo Carvoeiro e a costa entre Ovar e Quiaios
Lisboa e Vale do Tejo cabo Raso e ao cabo Espichel.
Algarve – O cabo de São Vicente e o cabo de Santa Maria (ria Formosa )
Abundância e calendário
Moleiro-pequenoStercorarius parasiticusClassificação científica
Nome binominal
Stercorarius parasiticus ( Scopoli, 1758 )
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília StercorariidaeGénero StercorariusEspécie S. parasiticus
Moleiro-pomarinoou Moleiro do ÁrcticoStercorarius pomarinus
Cauda longa e bolbosa é a imagem de marca destes artistas do ar. A sua manobrabilidade em voo é notável quando em perseguição de outras espécies de aves. Quando em migração ou em trânsito, apresenta batimentos fortes e amplos, e voo retilíneo.
Migrador de passagem frequente, é raro como invernante. Ocorre ao longo de toda a costa portuguesa continental, sendo mais frequente na passagem outonal, entre finais de Agosto e Novembro. Durante o Inverno, é mais regular ao largo da costa sul, mas sempre em números reduzidos.
Litoral Centro – espécie avistada com regularidade frente ao cabo Carvoeiro
Identificação
Alentejo - no litoral entre Tróia e a lagoa de Santo André
Algarve – alguns exemplares são observados todos os anos em passagem pelo cabo de São Vicente e pela ponta de Sagres.
Abundância e calendário
Moleiro-pomarinoou Moleiro do ÁrcticoStercorarius pomarinus
Classificação científica
Nome binominalStercorarius pomarinus ( Temminck, 1815 )
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília StercorariidaeGénero StercorariusEspécie S. pomarinus
Narceja-comumGallinago gallinago
Uma invernante comum, ocorrendo de norte a sul, potencialmente em todas as zonas húmidas, preferindo arrozais, pauis, terrenos alagados e lameiros. Ocorre sobretudo entre Setembro e início de Abril. Outrora, embora localizada, era uma nidificante relativamente abundante, estendendo-se a sua área de distribuição, desde a zona leste do Gerês até à Veiga de Chaves. Atualmente apenas existe uma pequena população reprodutora no Planalto da Mourela e em alguns lameiros da zona de Montalegre.
Entre Douro e Minho estuário do Cávado
Trás-os-Montes nos planaltos da vertente oriental da serra do Gerês
Litoral centro – a ria de Aveiro e os pauis e arrozais do baixo Mondego (como o paul da Madriz
Lisboa e Vale do Tejo – é uma espécie comum no estuário do Tejo, sobretudo na Ponta da Erva
Alentejo – ocorre no estuário do Sado, na lagoa de Santo André, e em albufeiras do interior, como a lagoa dos Patos, as zonas de São Cristóvão e Elvas
Algarve – pode ser observada na Quinta do Lago e no Ludo, assim como nos arrozais de Estômbar, na ria de Alvor
Caracteriza-se pelo seu longo bico direito, plumagem castanha com listras claras na cabeça e pelo corpo, patas relativamente curtas e corpo compacto. No seu voo nupcial produz um "tamborilar sonoro" que faz lembrar um motor.
Identificação
Abundância e calendário
Narceja-comumGallinago gallinago
Nome binominalGallinago gallinago ( Linnaeus, 1758)
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília ScolopacidaeGénero GallinagoEspécie G. gallinago
Classificação científica
Narceja-galegaLymnocryptes minimus
IdentificaçãoÉ uma limícola pequena muito difícil de observar, pois possui um mimetismo que a torna “invisível”, mesmo para o mais treinado dos olhares. Embora se assemelhe à narceja-comum é muito mais pequena (cerca de metade do tamanho); o padrão da plumagem, em tons de castanho, é semelhante ao das outras narcejas, apresentando porém, no dorso, reflexos de verde-arroxeado; tem um bico e patas mais curtos, um voo mais lento (por vezes «borboleante»), levantando a poucos metros de distância do intruso. Além do mais é silenciosa e, quase sempre, pousa «à vista» do observador, a 100-200 metros de distância no máximo.
No nosso país é uma espécie invernante, chegando as primeiras aves a partir de Outubro e podendo ser observadas entre nós até final de Março/início de Abril. Frequenta os mesmos habitats da narceja-comum, tendo no entanto uma nítida preferência por arrozais e zonas de paul. Ocorre de norte a sul, sobretudo nas zonas húmidas do litoral, sempre em número escasso, desde que encontre zonas alagadiças favoráveis e onde o nível de água não seja muito alto. No interior, a norte do Tejo, a sua ocorrência é muito rara.
Litoral centro – Os melhores locais para encontrar esta espécie situam-se na ria de Aveiro (particularmente a zona de Salreu)
Lisboa e vale do Tejo – pode ser observada em bons números no estuário do Tejo , nomeadamente nos arrozais da Ponta da Erva
Alentejo – na bacia do Sado pode ser vista nas várzeas de Alcácer do Sal, Santa Catarina, Rio de Moinhos, Moinho da Ordem, Comporta e Alvalade e, junto ao estuário do Sado
Abundância e calendário
Narceja-galegaLymnocryptes minimus
Nome binominalLymnocryptes minimus ( Brunnich, 1764)
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília ScolopacidaeGénero LymnocryptesEspécie L. minimus
Classificação científica
Noitibó da EuropaCaprimulgus europaeus
Misteriosos e simultaneamente fascinantes, os noitibós são aves insectívoras de hábitos crepusculares. O noitibó da Europa faz-se notar principalmente pelo seu canto que faz lembrar um inseto.
A distribuição do noitibó da Europa é, em certa medida, complementar da do noitibó-de-nuca-vermelha e abrange principalmente a região a norte do Tejo. Embora não possa ser considerado abundante, é relativamente comum em certas zonas, principalmente na confluência de zonas florestais com terrenos mais abertos. É uma espécie estival, que chega bastante tarde – o seu canto raramente se faz ouvir antes do final de Abril. Assim, é nos meses de Maio e Junho que este noitibó pode ser observado com mais facilidade.
Entre Douro e Minho – ocorre na serra da Peneda e na zona de Guimarães
Litoral centro – é relativamente comum nesta região, podendo ser observado em zonas de pinhal, nomeadamente na região de Mira.Beira interior – ocorre um
pouco por toda a região, sendo a serra da Estrela
Lisboa e Vale do Tejo – pode ser observado na zona de Pancas (estuário do Tejo)
Alentejo - estuário do Sado e na zona da lagoa de Santo André.
IdentificaçãoAbundância e calendário
Trás-os-Montes – pode ser visto na serra de Montesinho e na zona de Miranda do Douro
Noitibó da EuropaCaprimulgus europaeusClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem StrigiformesFamília CaprimuleidaeGénero CaprimulgusEspécie C. europaeus
Nome binominalCaprimulgus europaeus ( Linnaeus, 1758)
Noitibó-de-nuca-vermelhaCaprimulgus ruficollis
Uma das mais misteriosas aves da nossa avifauna, faz ecoar o seu canto prolongado durante as noites, sendo incrivelmente mimética quando pousada no solo durante o dia.
IdentificaçãoRaramente observado durante o dia, o noitibó-de-nuca-vermelha é uma ave com uma capacidade de se camuflar absolutamente notável. Mais facilmente reconhecido pelas vocalizações, pode ainda assim ser observado durante a noite nos seus voos de prospeção de insetos, que captura em voo. Trata-se de uma ave semelhante na silhueta ao gavião, embora os seus hábitos noturnos e as janelas brancas na cauda e asas permitam de imediato separar as duas espécies. No entanto, a separação entre este noitibó e o noitibó da Europa é bastante difícil, sendo necessária uma observação atenta quando a ave é surpreendida pousada. Neste caso, a observação dos lados da cabeça, garganta e nucas cor-de-ferrugem, permitem distinguir ambas as espécies
Embora comum na metade sul do território, pode parecer bastante raro pelas dificuldades de observação. Exclusivamente estival, este é um nidificante tardio, chegando ao nosso território a partir de meados ou finais de Abril, permanecendo até meados de Setembro. Ocorre sobretudo em zonas florestadas e bosquetes, especialmente aquelas zonas situadas nas proximidades de zonas abertas que procura para caçar. A sua área de distribuição abrange principalmente as zonas de influência mediterrânica
Tras-os-Montes – embora seja raro nesta região, pode ser visto com alguma regularidade junto à cidade de Miranda do Douro
Beira interior – o melhor local para ver este noitibó é o Tejo Internacional
Lisboa e Vale do Tejo – os melhores locais situam-se em Pancas (no estuário do Tejo) e nas zonas de Coruche e Chamusca.
Alentejo – na parte litoral estes noitibós ocorrem sobretudo na Herdade do Pinheiro (estuário do Sado), e na Serra de Grândola; mais para o interior, podem ser vistos em Arraiolos.
Algarve – sem dúvida, os melhores locais para a observação do noitibó-de-nuca-vermelha em Portugal situam-se nesta região, nomeadamente no Ludo ena vizinha Quinta do Lago, na reserva de Castro Marim, na ria de Alvor, mas também na Serra do Caldeirão.
Abundância e calendário
Noitibó-de-nuca-vermelhaCaprimulgus ruficollisClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem StrigiformesFamília CaprimuleidaeGénero CaprimulgusEspécie C. ruficollis
Nome binominalCaprimulgus ruficollis ( Temminck, 1820)
ÓgeaFalco subbuteo
IdentificaçãoPequeno falcão, de tons escuros, cauda longa e asas longas e muito pontiagudas. As partes superiores das asas e do dorso são cor de ardósia, ao passo que as partes inferiores são claras. O peito é riscado e no ventre tem uma mancha avermelhada que apenas é visível a pequena distância. A face é branca apresentando um bigode preto que faz lembrar o padrão do falcão-peregrino.
A ógea é uma ave estival em Portugal, que pode ser vista desde finais de Abril até Setembro ou Outubro. Distribui-se de norte a sul do país, mas de uma forma geral é uma espécie pouco comum, que ocorre em densidades baixas. Frequenta meios florestais, o que dificulta a sua deteção e acentua a impressão de escassez
Entre Douro e Minho – aparece ocasionalmente junto ao estuário do Minho, bem como na serra do Gerês
Trás-os-Montes – raro na região, tem sido registado com alguma regularidade no Douro Internacional, podendo também ser visto na zona de Chaves e na serra do Alvão.
Litoral centro – observa-se por vezes na zona do Baixo Mondego (por exemplo junto ao paul da Madriz) e na serra de Aire
Beira interior – a Beira Alta é talvez a melhor região do país para observar esta espécie, nomeadamente as zonas de Vilar Formoso, Sabugal e Celorico da Beira; mais para sul, pode por vezes ser observado nas Portas de Ródão.
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do Boquilobo Algarve – ocorre principalmente
durante a passagem migratória outonal, sendo o cabo de São Vicente
Abundância e calendário
ÓgeaFalco subbuteoClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília FalconidaeGénero FalcoEspécie F. subbuteo
Nome binominalFalco subbuteo( Linnaeus, 1758)
ÓgeaFalco subbuteo
OstraceiroHaematopus ostralegus
IdentificaçãoO ostraceiro é fácil de identificar: preto e branco, com as patas e o bico de um tom laranja avermelhado muito intenso. Em voo é visível uma risca branca na asa e quando em plumagem de Inverno as aves apresentam também um meio-colar branco.
Em Portugal, esta limícola de hábitos costeiros é uma espécie pouco comum e com uma distribuição muito fragmentada. No entanto, a sua ocorrência parece ser regular nalguns locais do território nacional. Embora a espécie seja principalmente invernante em Portugal, existem observações de ostraceiros em todos os meses do ano. As observações feitas na Primavera e no Verão deverão envolver indivíduos não nidificantes. De uma forma geral é pouco abundante, embora localmente possam ocorrer concentrações de algumas centenas de indivíduos
Entre Douro e Minho – o ostraceiro observa-se regularmente na Ínsua, junto ao estuário do Minho
Litoral centro – a lagoa de Óbidos
Lisboa e vale do Tejo nas praias rochosas da Ericeira e da costa do Estoril
Alentejo – o estuário do Sado
Algarve – existem dois locais principais de observação de ostraceiros no Algarve: a ria de Alvor e a ria Formosa
Abundância e calendário
OstraceiroHaematopus ostralegusClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília HaematopodidaeGénero HaematopusEspécie H. ostralegus
Nome binominalHaematopus ostralegus ( Linnaeus, 1758)
Painho-casquilhoOceanites oceanicus
Como dito acima, podem ser observados em grande número, mas estas são situações pontuais e raras. Embora o painho-casquilho seja comum na época de passagem outonal, entre Agosto e finais de Outubro, raramente se aproxima de terra.
Litoral centro – existem registos desta espécie feitos a partir das Berlengas e do cabo Carvoeiro
Lisboa e Vale do Tejo – as maiores probabilidades de observação centram-se no cabo Raso.
Algarve – nesta região já foi detetada frente ao cabo de São Vicente
Painho-casquilho (Oceanites oceanicus) . Esta pequena ave é de difícil observação pois passa a maior parte do tempo no mar, literalmente "caminhando sobre a água".
Identificação
Abundância e calendário
Painho-casquilhoOceanites oceanicus
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem CiconiiformesFamília HydrobatidaeGénero OceanitesEspécie O. oceanicus
Nome binominalOceanites oceanicus ( Kuhl, 1820)
Classificação científica
Painho-de-cauda-forcadaOceanodroma leucorhoa
IdentificaçãoEstamos na presença do maior dos painhos que ocorre nas águas portuguesas. Embora a diferença relativamente às outras espécies não seja muita, ela pode permitir a distinção relativamente ao painho-de-cauda-quadrada e ao painho-casquilho. Entre as duas espécies congéneres do género Oceanodroma, a distinção cinge-se à forma da banda branca uropigial (mais pequena e em forma de 'W' nesta espécie), e à existência de barras alares visivelmente pálidas, nas partes superiores. O painho-de-cauda-forcada ocorre com alguma frequência junto a terra, sobretudo durante ou logo após grandes temporais, embora também surja noutras ocasiões.
Dado que se trata de um migrador de passagem junto à costa continental portuguesa, pode ser encontrado principalmente no período que decorre entre Setembro e Novembro. No entanto, esta espécie raramente se aproxima de terra, fazendo-o com mais frequência durante a passagem de frentes. Ao largo, pode ser uma espécie localmente comum, agregando-se em bandos de dimensão apreciável.
Litoral centro – as melhores opções são o cabo Carvoeiro e o cabo Mondego
Lisboa e Vale do Tejo – frente ao cabo Raso
Algarve –no cabo de São Vicente
Abundância e calendário
Classificação científicaREINO Animalia
Filo ChordataClasse AvesOrdem CiconiiformesFamília HydrobatidaeGénero OceanodromaEspécie O. leucorhoa
Nome binominalOceanodroma leucorhoa ( Vieillat, 1818 )
Painho-de-cauda-forcada
Oceanodroma leucorhoa
Papa-amoras-comumSylvia communis
IdentificaçãoComo características mais marcantes nesta espécie temos a cabeça cinzento-azulada e as terciárias arruivadas, no caso dos machos, que contrasta com a garganta pálida (faz lembrar uma versão grande da toutinegra-tomilheira. O olho amarelo destaca-se na coloração descrita. As fêmeas são quase uniformemente acastanhadas, com as partes inferiores mais pálidas.
Em Portugal, trata-se de uma espécie típica de matos de altitude, sendo um nidificante estival. Resulta que ocorre quase exclusivamente na metade norte do território, sendo os melhores períodos de observação nessa região entre Abril e Setembro. No final do Verão e principio do Outono, esta espécie pode ser encontrada em locais distintos das zonas de nidificação, pois tratam-se de aves em migração.
Entre Douro e Minho – ocorre na serra da Peneda e na serra Amarela
Trás-os-Montes – presente em locais como as serras da Coroa, de Montesinho, do Alvão e do Larouco
Litoral centro – ocorre sobretudo nas passagens migratórias, onde pode ser vista por exemplo na ria de Aveiro
Beira interior – um dos melhores locais de observação encontra-se na serra da Estrela
Lisboa e vale do Tejo estuário do Tejo ,cabo Espichel, ocorrendo também na serra da Arrábida.
Algarve – presente durante a Primavera na serra de Monchique.
Abundância e calendário
Papa-amoras-comumSylvia communis
Classificação científicaREINO Animalia
Filo ChordataClasse AvesOrdem PasseriformesFamília SylviidaeGénero SylviaEspécie S. communis
Nome binominal
Sylvia communis ( Latham, 1787 )
Papa-figosOriolus oriolusIdentificação
O macho adulto é fácil de identificar: cabeça e dorso amarelos, asas pretas e bico vermelho. A fêmea é mais esverdeada e, quando em voo, pode confundir-se com o pica-pau-verde. Apesar de raramente pousar à vista, o papa-figos faz ouvir com frequência o seu canto aflautado, sendo este muitas vezes o primeiro sinal da sua presença. Deve, contudo, acautelar-se a possibilidade de se tratar de um estorninho-preto, que imita bem o canto do papa-figos.
Papa-figosOriolus oriolusClassificação científica
REINO AnimaliaFilo Chordata
Classe AvesOrdem PasseriformesFamília CorvidaeGénero OriolusEspécie O. oriolus
Nome binominal
Oriolus oriolus ( Linnaeus, 1758 )
O papa-figos distribui-se de norte a sul e pode ser considerado comum na metade interior do território e pouco comum na metade ocidental.É um visitante estival que chega bastante tarde ao nosso país: a maioria dos machos faz-se ouvir a partir de finais de Abril ou início de Maio e canta até ao princípio de Julho. Parte para África em Agosto, sendo já raro a partir de Setembro
Abundância e calendário Trás-os-Montes – bastante comum, pode ser observado na serra do Larouco e Douro Internacional (concretamente em Miranda do Douro e Barca d’Alva)
Algarve – ocorre por toda a região durante a época reprodutora
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do Boquilobo e a serra da Arrábida
Beira interior – o papa-figos é bastante comum ao longo da faixa raiana e pode ser observado na albufeira de Santa Maria de Aguiar, na zona deVilar Formoso, na região do Sabugal e no Tejo Internacional. Mais para oeste, ocorre também em Celorico da Beira, nas serras de Montemuro e da Gardunha e na albufeira da Marateca.
Alentejo – comum e localmente abundante, pode ser visto com facilidade na região de Castro Verde, na zona de Mértola e na vizinha Mina de São Domingos; também ocorre em Barrancos; mais para norte, observa-se junto à barragem da Póvoa e na zona de Castelo de Vide.
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