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Flamingo Fénix
O flamingo Fénix é um
verdadeiro migrante,
mas nunca deixa a
África. Ele reproduz
em colónias enormes
nos lagos de água
salgada na África
Oriental, África do Sul
e, em menor número,
ao longo da costa de
Mauritânia e Senegal.
A BirdLife e seus
parceiros apoiam a
implementação do
Plano de Ação Inter-
nacional de Espécie
Única da AEWA para
a Conservação do
Flamingo Fénix.
Colhereiro
Com mais de 2,500
pares, quase metade
da população do
Atlântico Este
aninham no Mar
de Wadden e à sua
volta. A população
fez uma recuperação
espetacular após
a acção de conser-
vação. Migram para
o sul e oeste da
Europa e da África
Ocidental, onde se
juntam às subespécies
não migratórias
endémicas do Banc
d’Arguin (Mauritânia).
Aves costeiras migratórias
Durante a migração, as aves costeiras são
especialmente vulneráveis já que precisam parar para
comer e descansar entre os voos de longo curso. A
falta de elos de ligação na cadeia nos locais de paragem
pode afetar a sobrevivência de toda a população.
Cerca de um terço das populações de aves costeiras
europeias e africanas estão em declínio. Entre elas
estão os migrantes de longo alcance, como a Seixoeira
e os migrantes intra-africanos, como a Fênix Flamingo.
Sítios-chave em África
Cerca 2,5 milhões de aves costeiras passam o inverno
no norte no Banc d’Arguin, na Mauritânia e outros
tantos passam por lá a caminho das suas viagens mais
ao sul. Cerca de 1,5 milhões de aves fazem a invernada,
a cada ano, no Arquipélago dos Bijagós na Guiné-
Bissau.
Outros locais, ao longo da costa atlântica africana,
com grande importância para as limícolas são o Aftout
es Sâheli eo Diawling (Mauritânia), o Djoudj eo Sine
Saloum (Senegal), o rio Tanji (Gâmbia), a lagoa de Keta
(Gana), a baía de Walvis (Namíbia) e o Parque Nacional
da Costa Ocidental (África do Sul).
AmeaçasAs maiores ameaças às zonas húmidas costeiras são a
sobre-exploração de peixes e manguezais, a conversão
de estuários em terras agrícolas, o desenvolvimento
de infraestruturas mal planificadas e a caça
indiscriminada. Outras ameaças incluem a exploração
de petróleo e gás, o aumento do nível do mar e da
frequência e ferocidade de tempestades, resultante
das alterações climáticas.
Muitos sítios importantes carecem de um estatuto
jurídico formal enquanto área protegida e, quando o
tem, a sua gestão é muitas vezes deficiente.
Ações de conservação da BirdLife
A BirdLife International está a liderar o projeto de
Aves Migratórias Costeiras que propõe aumentar a
capacidade de conservação das aves migratórias ao
longo da costa atlântica da África.
Esta ação, liderada pela BirdLife, está a ser realizada
em Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau,
Sierra Leone e Cabo Verde. Também, Marrocos, Nigéria
e África do Sul estão envolvidos. A BirdLife tem o papel
de coordenação na ligação entre os projetos nacionais
e as iniciativas da rota migratória e as políticas
regionais.
Seixoeiros
Os Seixoeiros
nidificam no alto
Ártico russo em
Junho e Julho e,
depois, viajam para
a costa atlântica
de África. Grandes
bandos podem ser
encontrados no Banc
d’Arguin (Mauritânia)
e Bijagós (Guiné-
Bissau), e também
mais a sul, até Walvis
Bay na África do Sul.
Ao longo da sua vida,
um único Seixoeiro
voa 800,000 km,
equivalente a um voo
para a Lua e metade
do caminho de volta!
Pessoas em toda a costa atlântica da África dependem dos recursos naturais para a sua subsistência e desenvolvimento económico. Peixes e mariscos, madeira e sal, estão entre os produtos recolhidos. O uso sustentável é fundamental para a manutenção da qualidade das zonas costeiras, tanto para pessoas como aves.
Principais Parceiros que apoiam as aves costeiras migratóriasMARROCOS O Parceiro da BirdLife GREPOM lide-
ra a monitorização de aves aquáticas nas Impor-
tantes Áreas de Aves (IBA) em Marrocos.
MAURITÂNIA Nature Mauritanie contribui para
a monitorização e combate às principais amea-
ças às aves migratórias no parque nacional de
Diawling, Aftout es Saheli e Lac Maal.
SENEGAL Nature Communités et Developpement
(NCD) trabalha para a conservação de aves migra-
tórias em Casamance. O NCD iniciou um curso de
mestrado em ornitologia na Universidade de St.
Louis, o primeiro na África Ocidental!
GÂMBIA WABSA tem experiência na monitoriza-
ção e recuperação de áreas de mangues. Os vo-
luntários da WABSA plantaram 25,000 mudas de
mangues no Parque Nacional de Kartong e Niumi.
GUINÉ Guinée Ecologie desempenha um papel im-
portante na sensibilização sobre o comércio ilegal
de aves ameaçadas e na promoção da conserva-
ção de aves migratórias.
GUINÉ-BISSAU ODZH está a monitorizar a Zona
Húmida de Mansoa e as Ilhas Jeta. A organiza-
ção apoia as comunidades locais nas aldeias de
Cussana e Cussentche no sentido de melhorar os
seus meios de subsistência.
SIERRA LEOA O Parceiro da BirdLife CSSL traba-
lha com grupos locais na conservação da Enseada
de Abardeen e Baía de Yawri. Mais de 10,000 árvo-
res de mangues já foram plantadas pela CSSL.
CABO VERDE A Biosfera realiza campanhas efi-
cazes para travar a matança de aves marinhas
para consumo. A organização lidera o Plano de
Ação da Espécie para a Cagarra de Cabo Verde.
NIGÉRIA A Nigerian Conservation Foundation
(NCF), parceiro da BirdLife International (BL) na
Nigéria, promove acções de sensibilização para a
conservação das aves, através de clubes de na-
tureza, estando também involvida na gestão dos
recursos naturais costeiros.
ÁFRICA DO SUL A BirdLife South Africa (BLSA),
parceiro da BirdLife International na África do Sul,
gere as Áreas Importantes para as Aves (IBA) na-
quele país, realiza acções de formação para os eco-
guias locais e promove a conservação da natureza.
Colaboração internacionalO Acordo de Aves Aquáticas Migratórias
Afro-Euroasiáticas (AEWA) é o tratado inter-
governamental dedicado à conservação de aves
aquáticas migratórias e seus habitats em África,
Europa, Oriente Médio, Ásia Central, Groenlândia
e no arquipélago canadense. A Mauritânia, Senegal,
Gâmbia, Guiné-Bissau e Guiné são signatários
do AEWA.
A Convenção de Abidjan, ou a Convenção de
Cooperação para a Proteção, Gestão e Desenvol-
vimento do Ambiente Marinho e Costeiro da Costa
Atlântica Oeste, Central e Região da África Austral,
estabelece um quadro jurídico geral para todas
as questões relacionadas com a vida marinha.
A Convenção de Abidjan abrange a área marinha
desde a Mauritânia à África do Sul.
A Iniciativa da Rota Migratória do Mar de
Wadden (WSFI) visa conservar as populações
de aves migratórias que se reproduzem, passam
por ou fazem suas invernadas no mar de Wadden.
A iniciativa foi lançada pelos países parte do
Património Mundial do Mar de Wadden, a saber:
Dinamarca, Alemanha e Países Baixos, na
sequência do pedido da UNESCO de melhoria
da conservação de aves costeiras migratórias
ao longo da Rota Migratória do Atlântico Este.
A Iniciativa Aves Migratórias do Ártico (AMBI)
do Grupo de Trabalho da Conservação da Flora
e Fauna (CAFF) envolve os países do Conselho
do Ártico na conservação de aves migratórias
do Ártico em declínio, incluindo os países fora
do Ártico. Na África Ocidental, a AMBI tem por
objetivo proteger o habitat inter-maré de limíco-
las do Ártico no Arquipélago dos Bijagós, Guiné-
Bissau, especialmente através da sua nomeação
a Património Mundial.
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Costa atlântica da África
Juntos pelas aves migratórias
BirdLife International - A Parceria Global para a natureza e pessoas
BirdLife International é a maior parceria de conservação
da natureza do mundo. Ao todo, somos 120 Parceiros da
BirdLife - um por país – e a crescer.
Acreditamos que as pessoas, ao trabalharem juntas para
a natureza, nas suas comunidades e conectadas a nível
nacional e internacional, através da nossa parceria global,
são a chave para sustentar toda a vida neste planeta.
Esta abordagem singular, do local ao global, oferece um
forte impacto e a assegura a conservação a longo prazo
em benefício da natureza e das pessoas.
www.birdl i fe.org
foto da capa: COLHEREIRO Barend van Gemerden
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