avaliaÇÃo da atividade fotoprotetora do extrato … · classificados em dois tipos: filtros...
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UNIPAR – UNIVERSIDADE PARANAENSE
CURSO DE FARMÁCIA
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FOTOPROTETORA
DO EXTRATO BRUTO OBTIDO DA POLPA DO
AÇAÍ (Euterpe oleraceae)
PARANAVAÍ – PR
2018
THAÍS MARI MAEDA
FABIANA SOUZA NASCIMENTO
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FOTOPROTERORA DO
EXTRATO BRUTO OBTIDO DA POLPA DO AÇAÍ
(Euterpe oleraceae)
PARANAVAÍ – PR
2018
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à banca examinadora do
Curso de Farmácia da Universidade
Paranaense – UNIPAR, campus
Paranavaí, como exigência parcial para
obtenção do grau de Bacharel em
Farmácia Generalista, sob orientação
da profª. Ma. Luana Magri Tunin.
AGRADECIMENTOS
Com muita fé agradecemos a Deus o discernimento de termos concluído mais uma
etapa em nossas vidas. Pois sem a sua presença durante essa caminhada, não
conseguiríamos alcançar esse objetivo.
Aos nossos pais, que nos apoiaram com muito amor e estiveram sempre ao nosso
lado, mesmo diante das dificuldades, foram nosso alicerce, durante essa jornada. Que nos
ensinaram a nunca desistir, pois o sucesso são para os corajosos.
Com muito carinho e dedicação, deixamos aqui nossa gratidão a nossa orientadora
professora Luana Magri Tunin que durante toda essa fase não hesitou e nem mediu esforços
para nos auxiliar e orientar, compartilhando todo seu conhecimento para a conclusão deste
trabalho.
A todos os professores do curso de Farmácia da UNIPAR campus Paranavaí, que
compartilharam seus ensinamentos, fazendo-nos crescer profissionalmente e atribuindo
ideais das quais levaremos por toda vida.
Eu Fabiana, agradeço em especial a Yasmin, minha filha, que me compreendeu
durante esses quatro anos, do qual fui ausente por muitos períodos em sua vida, e mesmo
assim esteve comigo, me dando todo seu amor, do qual foi alimento necessário para
conseguir chegar ate aqui. Agradeço ainda a minha irmã Luciana, que não me deixou
desistir, e esteve ao nosso lado durante toda essa caminhada, dando sempre seus conselhos
por dividirmos a mesma profissão.
A todos os que contribuíram direta ou indiretamente a essa conquista, nossa imensa
gratidão, aos amigos, familiares, professores, colegas de trabalho, exatamente todos,
deixamos aqui nosso muito obrigada.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FOTOPROTERORA DO EXTRATO BRUTO OBTIDO
DA POLPA DO AÇAÍ (Euterpe oleraceae)
MAEDA, Thaís Mari ¹
NASCIMENTO, Fabiana Souza ²
TUNIN, Luana Magri ³
¹ Acadêmica do Curso de Farmácia Generalista da Universidade Paranaense – UNIPAR,
Campus de Paranavaí
² Acadêmica do Curso de Farmácia Generalista da Universidade Paranaense – UNIPAR,
Campus de Paranavaí
³ Docente da Universidade Paranaense – UNIPAR, Campus Paranavaí
Endereços:
MAEDA, Thaís Mari
Rua Marechal Cândido Rondon, 502
Centro
Paranavaí – PR
(44) 99855-9562
thaismaeda7@gmail.com
NASCIMENTO, Fabiana Souza
Av. São Paulo, 210
Centro
Itaúna do Sul – PR
(44) 99163-3665
faby_itasul17@hotmail.com
TUNIN, Luana Magri
Av. Humberto Bruning, 360
Jardim Santos Dumont
Paranavaí – PR
(44) 3421-4000
luanamagri@prof.unipar.br
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FOTOPROTERORA DO EXTRATO BRUTO OBTIDO
DA POLPA DO AÇAÍ (Euterpe oleraceae)
RESUMO
Euterpe oleraceae Mart. conhecido popularmente como açaí ou açaizeiro é uma palmeira
nativa da região Amazônica, podendo ser encontrada em várias localidades do Brasil. Sua
coloração é resultado da presença de antocianinas, compostos que além de conferir pigmentos
ao fruto, são responsáveis pela atividade antioxidante. A radiação solar apresenta muitos
benefícios para a saúde, sendo de extrema importância para as reações vitais, no entanto seus
malefícios estão diretamente relacionados ao aparecimento de eritemas, queimaduras e
desenvolvimento de lesões. Com a finalidade de diminuir os danos causados, o uso de
fotoprotetores tem sido adotado. Muitos estudos estão sendo realizados para o
desenvolvimento de filtros a base de compostos naturais, relacionando a atividade
antioxidante com a capacidade de absorver a luz ultravioleta. Este trabalho teve como
objetivo a obtenção do extrato de antocianinas a partir da polpa do açaí e avaliar a atividade
fotoprotetora in vitro. A partir do extrato obtido, foi avaliado o teor de antocianinas através da
metodologia do pH diferencial, descrito por Lee et al. (2005), apresentando 18,3854 mg
equivalentes em cianidina-3-O-glicosídeo/mg de extrato seco. Foram desenvolvidas três
emulsões básicas, incorporando 1% do extrato, 10% do filtro químico e um branco para o
controle. Em seguida, foi avaliado o FPS das três formulações onde obtivemos o resultado
FBEA 2,55; FBFQ 1,59 e FB 1,06. Portanto, observamos que a formulação do extrato
apresentou uma pequena elevação quando comparada ao filtro químico, nessas concentrações.
Palavras chaves: Euterpe oleraceae Mart, açaí, antocianinas, antioxidante, atividade
fotoprotetora.
ABSTRACT
Euterpe oleraceae Mart. popularly known as “açaí” or “açaizeiro” is a palm tree native of the
Amazon region, and able to be found in several localities of Brazil. Its coloration is a result of
the presence of anthocyanins, compounds that, in addition to conferring pigments to the fruit,
are responsible for the antioxidant activity. Solar radiation has many health benefits and is
extremely important for vital reactions, however its effects are directly related to the
appearance of erythema, burns and development of lesions. In order to lessen the damage
caused, the use of photo protectors has been adopted. Many studies are being conducted to
develop filters based on natural compounds, connecting the antioxidant activity to the ability
to absorb ultraviolet light. The objective of this work was to obtain the anthocyanins extract
from the açaí pulp and to evaluate the photo protective activity in vitro. From the obtained
extract, the anthocyanins content was evaluated through the differential pH methodology
described by Lee et al. (2005), presenting 18.3854 mg equivalents in cyanidin-3-O-glycoside/
mg dry extract. Three basic emulsions were developed, incorporating 1% of the extract, 10%
of the chemical filter and a blank for the control. Then, the SPF of the three formulations was
evaluated, where we obtained the result BFAE 2,55; BFCF 1,59 and BF 1,06. Therefore, we
noticed that the formulation of the extract presented a small increase when compared to the
chemical filter, in these concentrations.
Key words: Euterpe oleraceae Mart, açaí, anthocyanins, antioxidant, photo protective
activity.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Palmeira do açaí 10
Figura 2 – Fruto do açaí 11
LISTA DE TABELA
Tabela 1 – Ponderação empregada no cálculo de FPS por espectrofotometria 18
Tabela 2 – Creme protetor solar segundo fabricante Infinity Pharma 19
Tabela 3 – Fator de proteção solar referido as formulações: base (FB), contendo extrato de
Açaí (FBEA) (1%) e contendo o filtro químico (FBFFQ) (10%) 19
LISTA DE ABREVIATURA
DNA – Ácido desoxirribonucleico
FB – Formulação base
FBEA – Formulação base contendo extrato de Açaí (1%)
FBFQ – Formulação base contendo filtro químico (10%)
FPS – Fator de proteção solar
IV – Infravermelho
UV – Ultravioleta
VIS – Visível
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................09
2. REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................10
2.1. Espécie.........................................................................................................................10
2.2. Radiação........................................................................................................................12
2.3. Pele................................................................................................................................12
2.4. Fotoprotetores................................................................................................................13
3. OBJETIVO..................................................................................................................14
4. MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................14
4.1 Materiais e Reagentes....................................................................................................14
4.2. METODOLOGIA.......................................................................................................15
4.2.1 Obtenção da matéria prima...........................................................................................15
4.2.2 Obtenção do extrato de antocianinas.............................................................................15
4.2.3 Determinação do teor de antocianinas..........................................................................16
4.2.4 Desenvolvimento da formulação cosmética fotoprotetora contendo o extrato de
antocianinas obtido a partir da polpa de açaí...........................................................................16
4.2.5 Determinação do fator de proteção solar......................................................................16
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................17
5.1 Determinação do teor de antocianinas..........................................................................17
5.2 Determinação do fator de proteção solar.......................................................................17
6. CONCLUSÃO.............................................................................................................20
7. REFERÊNCIAS..........................................................................................................21
9
1. INTRODUÇÃO
Euterpe oleracea Mart. conhecida popularmente como açaí, é um fruto oriundo de
uma palmeira nativa da região amazônica, que apresenta inúmeros benefícios à saúde,
característica proveniente da sua composição fitoquímica e capacidade antioxidante, sendo o
Brasil o principal consumidor, produtor e exportador do fruto (PORTINHO;
ZIMMERMANN; BRUCK, 2012). Devido ao seu alto valor nutritivo, a polpa do açaí tem
sido um instrumento de estudo, destacando-se pela presença de uma substância hidrossolúvel,
as antocianinas, responsável por sua coloração e diversas propriedades farmacológicas e
medicinais (MENESES; TORRES; SRUR, 2008).
Antocianinas são flavonoides, derivados do metabolismo secundário das plantas,
responsáveis por conferir aos frutos coloração característica e também pelas propriedades
terapêuticas. São amplamente distribuídos na natureza, exercendo funções como: atividade
antioxidante, proteção contra os raios ultravioletas e potencial de ação sobre os
microrganismos patogênicos (MACHADO et al, 2008). Terapeuticamente, suas propriedades
são conhecidas pela ação antioxidante, antinflamatória, anticarcinogênica e antimicrobiana,
desse modo, contribuem também, para a prevenção dos efeitos nocivos da radiação solar.
Assim, muitos extratos vegetais vêm sendo aplicados na medicina e cosmetologia.
(VIOLANTE et al, 2008; PORTINHO, ZIMMERMANN, BRUCK, 2012).
A radiação solar atinge a Terra através de comprimentos de onda, onde é possível
medi-las, sendo subdivididas de acordo com esse mecanismo em radiação UV (ultravioleta) e
classificadas em UVA, UVB e UVC. A banda UVA, corresponde ao comprimento de onda
mais longo (315 nm a 400 nm), capaz de induzir processos oxidativos, mesmo sendo pouco
agressiva. Ela se fragmenta em UVA1 (340 nm a 400 nm) e UVA2 (315 nm a 340 nm). A
UVB é considerada comprimento de onda intermediário (315 nm a 280), que causa danos
diretos ao DNA, e vários outros efeitos prejudiciais. Já a UVC, é o comprimento de onda mais
curto (280 nm a 100 nm) (TOFETTI; OLIVEIRA, 2006).
Diante dos diversos efeitos nocivos que a radiação solar apresenta ao atingir a pele
desprotegida, desencadeando inúmeras reações químicas, que podem alterar
morfologicamente o organismo. A pele possui a capacidade de absorver essa radiação,
causando dessa forma alterações, principalmente no DNA, sofrendo assim mutações que
podem levar a complicações malignas (BALOGH et al, 2011).
10
A pele é composta por duas camadas, denominadas epiderme e derme. É considerada
o maior órgão do corpo humano, responsável por revestir toda a superfície externa, formada
por componentes complexos e variados, o que confere diversas funções no organismo. Sendo
sua principal função a proteção, isolando as estruturas internas do ambiente externo
(HARRIS, 2018). A epiderme, camada mais externa, possui células capazes de absorver a
radiação UV prejudicial, ou seja, aquela que causa danos (TORTORA; DERRICKSON,
2016).
Neste contexto, o uso de fotoprotetores vêm sendo uma medida preventiva, que age
sob o tecido cutâneo, diminuindo os efeitos deletérios que a radiação solar apresenta
(GUARATINI et al, 2009).
Fotoprotetores ou protetores solares também assim chamados, são produtos
designados a proteger as células da pele contra os efeitos nocivos da radiação solar, evitando
dessa forma, consequências a sua exposição, como queimaduras, eritemas, entre outros. São
classificados em dois tipos: filtros solares inorgânicos e orgânicos. Os inorgânicos, dispersam
ou refletem a radiação incidente e possui boa fotoestabilidade, isto é, apresenta a mesma
eficácia após horas de exposição. Já os filtros orgânicos, possui o mecanismo de absorção,
atuando como cromóforos exógenos (SCHALKA; REIS, 2011).
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ESPÉCIE
O açaí, também conhecido popularmente
como açaizeiro, pertence ao gênero Euterpe, uma
palmeira típica da região amazônica, de clima
subtropical. Pode atingir até 25 metros de altura,
apresenta folhas grandes de coloração verde
escuro, suas flores encontram-se agrupadas em
cachos. Seus frutos quando maduros, possuem
pigmentos violetas, quase negros, de formato
arredondado (MACIEL et al, 2018). Fonte: www. britannica.com/plant/acai
Figura 1: Palmeira de açaí
11
São encontrados também nas regiões do Amapá, Maranhão e Pará sendo a principal
fonte de renda para a família de agricultores. Seu plantio e manejo agrega um aproveitamento
integral, uma vez que o açaí possui uma ampla utilidade: base da alimentação, produção de
celulose, fabricação de ração animal, corante natural, arborização, produção de casca,
produção de palmito, entre outros (BARREIRA, 2009).
Os flavonoides são produtos do metabolismo secundário dos vegetais, pertencentes ao
grupo dos compostos fenólicos, que confere ao organismo efeitos benéficos (SALGADO,
2017). As antocianinas são flavonoides encontrados no açaí, que além de serem responsáveis
pela coloração típica do fruto, apresentam diversas propriedades farmacológicas e medicinais,
como atividade anti-oxidante, antinflamatória, antimicrobiana e anticarcinogênica, motivo
pelo qual o açaí é um grande objeto de estudos (PORTINHO; ZIMMERMANN; BRUCK,
2012).
Fonte: www. britannica.com/plant/acai
Sua composição química é rica em proteínas, lipídeos e minerais, dessa forma
classifica-se como um alimento de alto teor calórico. Para a população da região nativa, o açaí
é a principal fonte alimentar, sendo ele um alimento nutritivo contendo cálcio, potássio e
vitamina E, responsável pela degradação dos radicais livres, atuando como antioxidante
natural (NOGUEIRA et al, 2005).
Figura 2: Fruto do açaí
12
2.2 RADIAÇÃO
A todo o momento, estamos expostos a radiação ultravioleta (UV), seja ela de fonte
natural: luz solar, ou artificial: as lâmpadas (OKUNO; VILELA, 2005). É de extrema
importância para as funções vitais, já que é através dela que ocorre a produção da melanina e
da vitamina D (JUCHEM et al, 1998). Quando atingem a Terra, adquirem a forma de
comprimento de onda. Deste modo, é possível medi-las e assim, classificá-las em três bandas
de comprimento, UVA (UVA1 e UVA2), UVB, UVC.
A radiação UVA, subdivide-se em UVA1 e UVA2, considerada o comprimento de
onda mais longo (315 nm a 400 nm) é responsável por desencadear processos oxidativos,
mesmo sendo pouco eficaz em relação à produção de eritemas, uma vez que, ao reagir com o
oxigênio molecular, produz mecanismos ativos que resulta em reações inflamatórias na pele.
O comprimento de onda intermediário, UVB (280 nm a 320 nm), são os mais agressivos
capaz de causar, danos nocivos diretos ao DNA, como também eritemas,
fotoimunossupressão, melanogênese e espaçamento do estrato córneo (TOFETTI;
OLIVEIRA, 2006). A radiação UVC, comprimento de onda menor (100 nm a 280 nm), possui
efeitos carcinogênicos e mutagênicos, devido a sua alta energia, porém é pouco disseminada
na população, já que a sua maior parte é absorvida pela camada de ozônio, barreira natural de
proteção, que recobre a Terra (ARAUJO; SOUZA, 2008).
A superfície da Terra é formada pelo espectro solar, que são divididos em: radiação
ultravioleta (100 – 400 nm), visível (400 – 800 nm) e infravermelha (acima de 800 nm). São
manifestadas de diferentes formas, a radiação UV através das reações fotoquímicas, a
radiação visível (Vis) está relacionada às diversas cores perceptíveis pelo sistema óptico e a
radiação infravermelha (IV) é percebida sob forma de calor (FLOR; DAVOLOS; CORREA,
2007).
2.3 PELE
A pele, também chamada de tegumento comum, é considerada o maior órgão do corpo
humano, nela estão presentes inúmeras estruturas como: terminações nervosas, glândulas
sudoríparas e sebáceas, receptores de calor, frio e pressão, irrigadas por vários vasos
sanguíneos e compostos por milhares de células (THIBODEAU; PATTON, 2002). Ela
recobre externamente todo o corpo humano, nos adultos abrange aproximadamente 7% do
13
peso total. Sua estrutura é composta por duas camadas: a parte superficial mais delgada, a
epiderme. E a camada mais densa e profunda, a derme. Apresenta funções primordiais para a
homeostase, regulando a temperatura corporal, protegendo o corpo contra o ambiente externo,
excretando e absorvendo substâncias, armazenando sangue, sintetizando vitamina D, e além
disso possui a capacidade de detectar sensações cutâneas (TORTORA; DERRICKSON,
2016).
A epiderme (epi, acima; derma, pele) é formada por quatro tipos de células, os
queratinócitos, melanócitos, células de Merkel e células de Langerhans. Os queratinócitos, são
encontrados em maior quantidade, são células epiteliais que juntas formam diversas camadas.
Os melanócitos, são responsáveis pela coloração da pele, através da síntese de pigmentos, a
melanina. As células de Merkel são agentes que detectam as sensações e as células de
Langerhans realizam o processo de fagocitose (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH,
2009).
A derme é formada por duas camadas: a camada superficial, papilar e a camada mais
profunda, reticular (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). Contém vasos sanguíneos
e linfáticos que são responsáveis pela irrigação da epiderme e estão presentes também células
matrizes, macrófagos, fibroblastos, miofibroblastos, colágeno, fibras elásticas e nervos
(HARRIS, 2018).
2.4 FOTOPROTETORES
Fotoprotetores ou filtros solares, ambos assim denominados, possuem a finalidade de
proteger a pele exposta pelo sol, através da sua capacidade de refletir ou absorver a energia
que incide, sendo elas químicas, físicas ou naturais (VIOLANTE et al, 2008). São
classificados em dois tipos: filtros solares orgânicos (químicos) e inorgânicos (físicos). Os
filtros orgânicos, são moléculas fotoestáveis que constitui em sua estrutura, grupos
cromóforos, responsáveis por absorver a radiação. Ao passo que, os filtros inorgânicos, atuam
como uma barreira mecânica, não permitindo, dessa forma a penetração da radiação na pele
(GUARATINI et al, 2009).
Grupos cromóforos são moléculas capazes de absorver a luz na pele, cromóforo mais
conhecido é a melanina, que absorve UVA e UVB. O DNA também é um cromóforo, que
14
absorve a radiação UVB, portanto suas consequências estão relacionadas a efeitos
imunossupressores, anti-inflamatórios, antiproliferativos, entre outros (DUARTE; BUENSE;
KOBATA, 2006).
Atualmente, existem vários tipos de fotoprotetores sendo comercializados, segundo
Flor e Colaboradores (2007), a diferença entre eles é a sua eficácia, que é medida através do
seu fator de proteção solar (FPS). O FPS demonstra a quantidade de exposição, sem causar
danos, ou seja, quanto maior o FPS maior será a proteção frente a radiação UVB, já que é ela
a responsável pelo desencadeamento de eritemas. Determinamos o valor de FPS através de
uma equação (1):
Equação 1: FPS= DME (pele com proteção) ÷ DME (pele sem proteção)
DME: Dose mínima de eritema
3. OBJETIVO
O presente estudo tem como objetivo a obtenção do extrato de antocianinas a partir da
polpa do Açaí e avaliar a atividade fotoprotetora in vitro. Para isso, serão executadas as
seguintes etapas:
Obtenção do extrato de antocianinas a partir da polpa do açaí pelo método de
maceração sob agitação;
Avaliar o teor de antocianinas do extrato obtido;
Desenvolver uma formulação cosmética tópica contendo extrato de Euterpe
oleracea Mart;
Avaliar o fator de proteção solar da formulação desenvolvida.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 MATERIAIS E REAGENTES
15
Materiais
Agitador magnético
Balança analítica
Bomba de auto vácuo
Espectrofotômetro 700 Plus - Femto
Liofilizador Christ Modelo Alpha II-16
Ph metro Tec- 3MP
Rotaevaporador
Reagentes
Acetato de Sódio
Ácido Clorídrico
Álcool Etílico
Cloreto de Potássio
Éter de Petróleo
4.2 METODOLOGIA
4.2.1 Obtenção da matéria prima
A polpa de açaí (Euterpe oleraceae) foi obtida comercialmente (Polpa Norte – Japurá
PR).
4.2.2 Obtenção do extrato de antocianinas
A extração foi realizada segundo a metodologia descrita por Teixeira et al, 2008, com
modificações. Foi utilizada uma razão de 1:2 da polpa dos frutos do açaí (Euterpe oleraceae)
com uma solução de etanol e água na proporção volumétrica 7:3. A mistura foi submetida à
agitação por 40 minutos, em um agitador magnético, protegido da luz. Posteriormente, em um
funil de separação, foi retirada a clorofila presente no extrato através da extração de três
alíquotas consecutivas de 150 ml de éter etílico: éter petróleo (1:1; v/v). O extrato foi
concentrado a 30% do volume inicial, em rotaevaporador a 45°C e protegido da luz,
16
congelado a nitrogênio líquido e liofilizado a – 50°C durante 24 horas e armazenado em
freezer a – 20°C.
4.2.3 Determinação do teor de antocianinas
A determinação do teor de antocianinas foi realizado baseado no método de pH
diferencial, descrito por Lee et. al. (2005), no qual foram utilizados dois sistemas tampão:
cloreto de potássio a pH 1,0 e 0,0025 M e acetato de sódio a pH 4,5 e 0,4 M. A concentração
do equivalente cianidina-3-O-glicosídeo foi determinado de acordo com a fórmula seguinte
(1):
Fórmula 1: Pigmento de Antocianina (equivalente cianidina-3-O-glicosídeo mg/mL) =
𝐴𝑥𝑀𝑀𝑥𝐹𝐷𝑥103
𝑥1
Onde, A = absorbância; MM = massa molecular; FD = fator de diluicão; x =
absortividade molar.
4.2.4 Desenvolvimento da formulação cosmética fotoprotetora contendo o extrato de
antocianinas obtido a partir da polpa de açaí
Foi desenvolvida uma formulação básica na forma de emulsão, no qual foi
acrescentado 1% do extrato obtido do E. oleraceae solubilizado em propilenoglicol, a frio.
Foram produzidos em escala laboratorial, nos procedimentos técnicos convencionais.
4.2.5 Determinação do fator de proteção solar
Para a determinação do fator de proteção solar foi utilizada a metodologia descrita por
Mansur e colaboradores (1986), com modificações. Cerca de 5,0 mg das amostras de
emulsões foram solubilizadas em etanol, em um balão volumétrico (2 mg/ml), com o volume
completado para 10 ml. Pipetams desta solução, 1,6 ml e completamos o volume para 10 ml
com etanol, em balão volumétrico. Para medir a absorbância, utilizamos o espectrofotômetro.
Para determinação do FPS foi utilizado a seguinte fórmula (2):
Fórmula 2: FPS= Σ (290-320) x EE(λ) x I(λ) x abs(λ)
17
Onde, EE(λ) efeito eritemogênico da radiação de comprimento de onda (λ); I(λ)
intensidade do sol no comprimento de onda (λ); abs(λ) leitura espectrofotométrica da
absorbância da solução do filtro solar no comprimento de onda (λ).
5. RESULTADO E DISCUSSÃO
5.1 Determinação do teor de antocianinas
O teor de antocianinas foi determinado com base no peso/volume da amostra
(mg/mL), na qual uma parte de uma solução aquosa de extrato seco (1 mg/ml) foi solubilizada
em quatro partes do sistema tampão, analisadas em espectrofotômetro nas faixas (520 nm e
700 nm) posteriormente, foi calculada através da concentração do equivalente em cianidina-
3-O-glicosídeo, descrito por Lee e colaboradores (2005) de acordo com a fórmula 1 descrita
anteriormente.
O resultado obtido no presente trabalho foi de 18,3854 mg equivalente cianidina-3-O-
glicosídeo/ mg de extrato seco. Kuskoski e colaboradores (2006) também avaliaram os teores
de antocianinas no açaí (Euterpe oleraceae) e obtiveram 22,8mg/ 100g.
5.2 Determinação do fator de proteção solar
O equilíbrio da luz solar é analisado desde os tempos remotos. A radiação solar e os
raios ultravioletas (UV) são essenciais para os processos vitais orgânicos, porém seu excesso
desencadeia uma série de malefícios para a saúde. Estes estão diretamente associados à
duração e frequência da exposição, como também da intensidade da luz e do tipo de pele. As
consequências a essa exposição são conhecidas, como queimaduras, envelhecimento da pele,
lesões pré-malignas, malignas, entre outros (JUCHEM et al, 1998).
Neste contexto, o uso de fotoprotetores tem como finalidade diminuir a absorção da
radiação UV absorvida pela pele, criando assim, uma barreira protetora (ARAUJO; SOUZA,
2008). A eficiência de um fotoprotetor é estabelecida através do FPS, ou seja, pelo fator de
proteção solar, que é obtido pela razão entre a dose mínima eritematosa em uma pele
18
protegida com fotoprotetor solar (DMEp) pela dose mínima eritematosa na mesma pele
quando desprotegida (DMEnp) (BRASIL, 2012).
De acordo com a RDC n° 30 de 1 junho de 2012 (BRASIL, 2012) a determinação do
FPS deve seguir metodologias de estudo in vivo, exclusivamente. Entretanto, os métodos in
vitro são capazes de estimar o FPS, mediante análise em espectrofotômetro, desenvolvidos
por Mansur e colaboradores (1986) que apontam similitudes com os resultados obtidos in
vivo.
Seguindo a metodologia de Mansur (1986) devem ser anotados os valores da
absorbância nas faixas de 290 nm a 320 nm, com intervalos de 5 nm, em espctrofotômetro
UV, das amostras a serem analisadas. Em seguida, para obter-se o FPS, as absorbâncias
obtidas devem ser aplicados na fórmula 2, como já mencionada.
O efeito eritemogênico da radiação de comprimento de onda EE(λ) e a intensidade do
sol no comprimento de onda I(λ) são constantes e foram definidos por Sayre e colaboradores,
de acordo com Mansur e colaboradores (1986) representado na tabela a seguir:
Tabela 1 – Ponderação empregada no cálculo de FPS
por espectrofotometria
λ
(nm)
EE.I (normatizado)
valores relativos
290 0,0150
295 0,0817
300 0,2874
305 0,3278
310 0,1864
315 0,0839
320 0,0180
Total 1,000
Fonte: MANSUR, et al., 1986.
Corforme a literatura do filtro solar UVA/UVB hidrossolúvel, recomenda-se segundo
o fabricante Infinity Pharma, utilizar concentrações de 5 a 20%, dessa forma, optou-se
incorporar 10% do filtro solar UVA/UVB hidrossolúvel (Ácido-2-fenilbenzimidazol 5
19
sulfônico) na emulsão básica como referência a formulação contendo o extrato de Açaí 1%, já
que ele também preconiza essa concentração na sua fórmula descrita na tabela 2.
Tabela 2 – Creme protetor solar segundo fabricante Infinity Pharma
FASE PRODUTO CONCENTRAÇÃO %
A Glyceryl stearate + Peg 100 stearato 10,00
Parafina líquida 25,00
Álcool cetílico 2,00
Lanolina 2,00
BHT 0,05
B Filtro solar UVA/UVB 10,00
Sorbitol 3,00
Glicerina 2,00
EDTA Na2 0,05
Preservantes q.s
Água desmineralizada 100,00
Fonte: Fabricante Infinity Pharma
Os resultados obtidos do presente estudo estão representados na tabela 3.
Tabela 3 – Fator de proteção solar referido as formulações: base (FB), contendo extrato de
Açaí (FBEA) (1%) e contendo o filtro químico (FBFFQ) (10%)
Formulação FPS
Formulação base 1,06
Formulação contendo extrato de Açaí (1%) 2,55
Formulação contendo filtro químico (10%) 1,59
O FPS referido a FBEA 1% apresentou maior valor quando comparado a FBFQ 10% e
a formulação base. Destacando que a FBFQ contém 10% do filtro químico puro, enquanto
que FBEA possui 1% do extrato que em geral apresenta uma composição complexa e variada.
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Daher (2014), também determinou o fator de proteção solar do açaí, porém em
emulsão a 5% de extrato, obtendo FPS 25,3. Valores bem acima dos encontrados neste
estudo, devido a concentração ser distinta, como também seu método de análise.
Do mesmo modo, Silva (2017) realizou análises espectrofotométricas de extratos
vegetais, nas quais o açaí apresentou FPS 12,313 utilizando as mesmas proporções referidas
neste estudo, extrato de açaí 1%. No entanto, não foram especificadas as técnicas de extração,
podendo elas ser mais específicas para obtenção de um maior teor de antocianinas.
6. CONCLUSÃO
De acordo com o trabalho realizado concluímos que a polpa do açaí possui grande
potencial fotoprotetor. E a busca pela obtenção de produtos através de fontes naturais vêm
crescendo a cada dia, motivo pelo qual utilizamos a espécie referida para o estudo.
O açaí (Euterpe oleracea) foi citado em diversas pesquisas, sobretudo por suas
propriedades, tanto nutricionais quanto farmacológicas e medicinais. Pesquisas anteriores
analisaram um grande potencial antioxidante, devido à presença das antocianinas, substância
importante para justificar a sua capacidade de fotoproteção. Fundamento pelo qual utilizamos
a espécie referida com o objetivo de obter o extrato de antocianinas da polpa do açaí e avaliar
seu potencial fotoprotetor in vitro.
A partir do extrato obtido, foi avaliado o teor de antocianinas através da metodologia
do pH diferencial, descrito por Lee et al. (2005), apresentando 18,3854 mg equivalentes em
cianidina-3-O-glicosídeo/mg de extrato seco.
Foram desenvolvidas três emulsões básicas, incorporando 1% do extrato, 10% do
filtro químico e um branco para o controle. Em seguida, foi avaliado o FPS das três
formulações onde obtivemos o resultado FBEA 2,55; FBFQ 1,59 e FB 1,06. Portanto,
observamos que a formulação do extrato apresentou uma pequena elevação quando
comparada ao filtro químico, nessas concentrações.
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7. REFERÊNCIAS
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