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AVALIAÇÃO DOS RISCOS
ERGONÔMICOS DO OPERÁRIO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL DURANTE A
REFORMA DE UMA UNIVERSIDADE
EM CAMPINA GRANDE
jessika Vanessa Farias Borba (UFCG )
jessika_vanessa@hotmail.com
Barbara Araujo Soares (UFCG )
bhabix14@hotmail.com
O objetivo deste artigo é mostrar a análise realizada dos riscos
ergonômicos em operários durante uma reforma realizada em uma
universidade situada na cidade de Campina Grande, Paraíba. A
motivação para o desenvolvimento do mesmo foi um esttudo de caso, e
a metodologia utilizada foi à visita in-loco e fotografias, para poder
observar os riscos ergonômicos existentes e para poder caracteriza-la,
foi usado um estudo bibliográfico, com intuito de fazer uma
explanação teórica sobre a Ergonomia e seus conceitos. Os resultados
obtidos sobre os riscos ergonômicos foram equiparando com as
normas regulamentadoras, destacando-se a NR-17, particularizada em
ergonomia. Sabendo disso, concluiu-se a necessidade e importância de
se ter supervisão, treinamento e conscientização da parte do
empregador e operários, para o uso de EPI’s, inclusão de métodos
ergonomicamente correto, proporcionado o bem-estar do trabalhador
e consequentemente evitando problemas, prejuízos e lesões nos mesmos
posteriormente.
Palavras-chaves: Riscos ergonômicos, construção civil, acidentes de
trabalho, NR’s.
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.
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1. Introdução
Diante da importância da Ergonomia, sabe-se da necessidade da sua inclusão em quaisquer
afazeres envolvendo o trabalho e o ser humano. Com o crescimento na construção civil, faz-se
imprescindível à inclusão de mais trabalhadores para prestação de serviços diversos nessa
área. Com a urgência de mão de obra, e por ser uma atividade de esforço físico intenso, há
insuficiência de tempo para treinamento ou até descaso por parte de algumas empresas sobre
uso de EPI’s, segurança no trabalho e risco ergonômicos. Tornando assim, a contratação de
operários sem treinamento ou conhecimento sobre os riscos ergonômicos que irá enfrentar.
Cabe ao empregador passar as instruções dos riscos e a necessidade de proteção, treinando
seus empregados, conscientizando-os dos riscos eminentes e disponibilizando EPI’s para uso
e cuidados na realização de suas atividades. Comprometendo-se com a sua saúde e segurança.
Os riscos ergonômicos na construção civil vão desde problemas relacionados à coluna
vertebral, pele, audição e lesões, como consequência do trabalho exposto ao sol, ruído,
vibrações, produtos químicos, eletricidade, dentre outros fatores, chegando até ocorrência de
acidentes. Logo, a ergonomia tem como estudo adaptar prontamente as condições de trabalho
às características psicofisiológicas do homem, evitando assim doenças profissionais e
acidentes de trabalho.
Diante do exposto, o objetivo dessa avaliação é identificar os riscos ergonômicos durante a
reforma da universidade, na região de Campina Grande, utilizando para essa avaliação a visita
in-loco e fotos que demonstrarão os riscos ergonômicos existentes e observados nos
funcionários no momento da realização de sua função no respectivo posto de trabalho. Sendo
percebíveis os erros e ausências do cumprimento da NR-17, apenas com uma análise simples.
2. Referencial Teórico
2.1 Ergonomia
A Ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do trabalho ao homem, oriunda da palavra
grega “ergon” – trabalho, e “nomos”- regras. Ou seja, o trabalho deve ser ajustado ao homem,
assim, os equipamentos utilizados para a realização de atividades devem ser adaptados
visando à segurança e conforto do operário, tais como, ferramentas, dispositivos, máquinas e
tarefas.
Iida (2005) expõe em sua conjectura, que se faz necessário à obtenção de informações sobre a
tarefa, equipamentos, postura e ambiente, para obter um projeto apropriado do posto de
trabalho. Para a realização desse projeto, se faz necessária à análise desta tarefa, sendo divida
em três fases:
Fase 1: a descrição da tarefa;
Fase 2: a descrição das ações;
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Fase 3: a revisão crítica.
A ABERBO, Associação Brasileira de Ergonomia, define ergonomia como uma disciplina
científica que relaciona as interações entre o homem e o sistema, aplicando teorias e métodos
para construir projetos com intuito de aperfeiçoar o bem estar do homem e o desempenho do
sistema.
A Ergonomia define-se em três particularizações:
Ergonomia Física: está ligada a anatomia humana, ou seja, é o estudo da postura,
do manuseio de matérias, movimentos repetitivos, segurança e saúde.
Ergonomia Cognitiva: relaciona-se ao processo mental, a exemplo do raciocínio e
memória, ligada a tomada de decisões, desempenho, interação aos equipamentos e
estresse.
Ergonomia Organizacional: Consiste na otimização dos sistemas e estruturas
organizacionais, políticas e de processo. Incluindo assim o trabalho em grupo,
gerenciamento, cultura organizacional, dentre outros fatores relacionados à gestão.
Diante dessa teoria foi analisado o ambiente, ou seja, o posto de trabalho e equipamento que
se fez presente na reforma da universidade, avaliando os riscos ergonômicos e seus fatores,
tais como: ruído, vibrações, temperatura. Segundo Iida (2005), o posto de trabalho é uma
configuração física do sistema homem-máquina-ambiente, sendo uma unidade de produção
envolvendo homens e equipamentos a serem utilizados para a realização do trabalho, como
também o ambiente que circula.
2.2 Norma Regulamentadora à Ergonomia NR-17
As NR’s (Normas Regulamentadoras) são normas criadas pelo ministério do trabalho,
relacionada à Segurança e Medicina do Trabalho, esta, criada a partir da lei N° 6.514 e
aprovada pela Portaria N° 3.214, em 08 de junho de 1987. Para mais informações sobre a
NR-17, vide Anexo A.
2.3 Condições Ambientais de Trabalho
De acordo com a NR 17.5.1, as condições ambientais de trabalho necessitam encontrarem-se
adaptadas às particularidades psicofisiológicas dos trabalhadores e ao tipo de trabalho a ser
executado pelos mesmos. Para isso, são recomendadas condições de conforto.
2.3.1 Postura
Segundo Iida (2005), postura é o estudo do posicionamento relativo de partes do corpo, como
cabeça, tronco e membros, no espaço. A boa postura é importante para a realização do
trabalho sem desconforto e estresse.
2.3.2 Ruídos
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Segundo Williams (2002), ruídos são os sons que podem colocar em perigo ou afetam a saúde
de quem a ele está submetido. É o risco profissional mais comum nos processos produtivos e
não recebe o cuidado devido, pois causa um dano irreversível, a surdez. A exposição a níveis
elevados de ruído causam ainda: redução na produtividade, transtornos emocionais e
distração. Para manter a integridade do trabalhador o empregador pode oferecer e controlar o
uso de equipamentos de proteção individual, isolar os postos de trabalho impedindo a
propagação do ruído e controlar a exposição do operador ao ruído, estabelecendo turnos de
trabalho em áreas barulhentas.
Um trabalhador de acordo com a NR-15, suporta sem maiores perdas um limite máximo de
ruído durante oito horas de exposição de 65 db(A).
O homem possui uma postura bípede que é bastante eficaz, comparada ao outros animais,
pois a mesma necessita de um baixo gasto energético para mantê-lo de pé. Uma postura é
considerada incorreta quando sua inclinação exerce um ângulo maior do que 25º prejudicando
sua integridade física do operador e podendo acarretar em futuras doenças ocupacionais.
Posturas incorretas normalmente geram: fadiga muscular; dores no corpo; afastamento do
trabalho e doenças ocupacionais.
Em serviços ligados a construção civil é comum os operários executarem atividades com a
cabeça inclinada pra frente, para melhorar a visão da sua atividade, consequentemente esse
tipo de inclinação gera um desconforto bastante desagradável, pois provoca fadiga rápida dos
músculos do pescoço e ombro, principalmente pelo considerável peso da cabeça que está
entre 4 a 5 kg.
2.3.3 Vibrações
Um corpo é dito em vibração quando ele descreve um movimento oscilatório de seus
seguimentos em torno de um ponto fixo ou de referência. O número de repetições de um ciclo
durante o período de um segundo é chamado de frequência e é medido em Hertz [Hz]. A NR-
15 determina que a caracterização da insalubridade por vibração seja constatada por perícia in
loco, é considerada uma insalubridade de grau médio e garante ao trabalhador um adicional
equivalente a 20% sobre o salário mínimo da região.
As vibrações são divididas em dois tipos: Vibrações de corpo inteiro, e Vibrações das
extremidades. A primeira expondo o trabalhador a vibrações diárias pode resultar em
problemas físicos permanentes e distúrbios no sistema nervoso. As vibrações de corpo inteiro
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ainda possuem como sintomas: fadiga, insônia, dor de cabeça e tremor. As Vibrações das
extremidades acontecem com o uso de ferramentas manuais e estão na faixa de 6,3 a 1250 Hz,
os principais problemas causados pela exposição desse tipo de vibração são de ordem
vascular, neurológica, ósseo articular e muscular. Providências que podem ser tomadas para
proteger a integridade do operador e reduzir os problemas da vibração são: fazer o isolamento
da fonte de vibração, oferecer pausas, proteger o trabalhador, fazer a manutenção dos
equipamentos e reduzir a fonte de vibração.
2.3.4. Radiação Ultravioleta
A radiação ultravioleta é uma radiação eletromagnética, é constituída por raios ultravioleta
com um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos raios X e sua
principal fonte é o Sol. A maior parte da UV emitida pelo sol é absorvida pela atmosfera.
A mesma se classifica entre: UVC, UVB E UVA. O UVC é praticamente todo absorvido pela
camada de ozônio e sua faixa de radiação vai de 100-280nm. O UVB é parcialmente
absorvido pela camada de ozônio e a parte que atinge a Terra é responsável por danos à pele,
sua faixa de radiação vai de 280-320nm. Já a UVA praticamente não é retida na atmosfera
com isso praticamente 99% dela chega à superfície da Terra, sua faixa de radiação vai de 315-
400nm.
A UV é não ionizante então não possui energia suficiente para provocar ionização, portanto
não causa doenças hereditárias. A exposição prolongada a ela acarreta em diversos efeitos na
saúde, incluindo o câncer de pele, envelhecimento prematuro da pele e problemas nos olhos.
A radiação ultravioleta ainda contribui para a sobrecarga térmica aplicada ao trabalhador.
Segundo a NR-21, é exigido que medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a
insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. Então para proteger
os operários desses raios deve-se usar filtro solar, óculos escuros com proteção UV e ainda
evitar a exposição excessiva dos operários durante os horários em que os raios estão mais
intensos, esses horários são entre as 10h da manha ás 16h da tarde.
2.3.5. Conforto Térmico
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O Conforto Térmico está diretamente ligado com a sensação de bem estar do operário, essa
sensação é muito subjetiva e varia entre funcionários. As variáveis que mais influenciam o
estado de conforto térmico são:
Temperatura do ar;
Temperatura radiante média;
Velocidade relativa do ar;
Umidade do ambiente;
Vestimenta do funcionário e tipo de atividade física executada.
Segundo a NR-17, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
Índice de temperatura efetiva entre 20ºC e 23ºC;
Velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
Umidade relativa do ar não inferior a 40%.
Operários que trabalham em construção civil em locais predominantemente quentes, exercem
sua função a céu aberto e são prestados a calor intenso. O calor intenso afeta a saúde e o
rendimento do trabalhador acarretando os seguintes “males do calor”:
Insolação;
Prostração térmica;
Desidratação;
Cãibras do calor.
Segundo a NR-15, é previsto limites de tolerância para exposição ao calor em regime de
trabalho intermitente com período de descanso no próprio local de trabalho ou fora dele.
2.3.6. Equipamento e Proteção Individual
Equipamentos de Proteção Individual, EPI’s, são todos os elementos ou produtos utilizados
por um trabalhador durante o exercício de seu serviço que o proteja contra
possíveis riscos a sua saúde ou segurança. O uso desses equipamentos só deverá ser feito
quando for necessária uma proteção complementar, em casos de emergência ou quando não
for possível eliminar do ambiente os riscos onde é exercida a atividade.
Segundo a NR-6, o uso desses equipamentos tem como função atenuar a ação dos efeitos
nocivos e proteger o operário quando houver a ocorrência de algum acidente, deve ser
distribuído pelo empregador e o mesmo ainda precisa exigir que os operários utilize a
proteção.
3. Procedimento Metodológico
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Este artigo é um estudo de caso realizado nas obras de reforma da Universidade Federal de
Campina Grande, durante seu processo de reparo. Podendo ser considerado exploratório e
descritivo. De tal modo, constituiu necessário estabelecer uma área de trabalho para ser
analisada, assim, apresentando característica quantitativa e qualitativa.
Para a realização dessa análise, foi feita uma visita in-loco e utilizou-se de um material
bibliográfico para fundamentar teoricamente a elucidação das variáveis relacionadas à
abordagem e sobre as normas regulamentadoras.
Para melhor visualização foram tiradas fotografias dos operários durante a realização de suas
atividades, de forma natural, despontando os riscos ergonômicos enfrentados.
4. Resultados e Discussões
4.1 Posturas Inadequadas
Ao observar a foto abaixo constatamos claramente que o operário fica em uma posição
desconfortável para exercer seu trabalho, o que pode acarretar em fadiga muscular, dores no
corpo e futuras doenças ocupacionais. No caso exemplificado pela figura o trabalhador
permanece por um longo tempo nessa mesma posição e apresenta uma postura incorreta, pois
a curvatura gerada pelo tronco excede os 25º, que é o limite angular para uma curvatura que
não gere problemas posteriores, ocasionando uma grande pressão nos discos da coluna
lombar. Outro problema observado é o fato do funcionário encontrar-se com a cabeça
inclinada para frente, o desconforto gerado por essa postura incorreta é bastante desagradável
e provoca uma fadiga rápida dos músculos do pescoço e ombro.
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Figura 1- Representa postura inadequada
Fonte:
Autoria própria
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Figura 2- Representa postura inadequada.
Fonte
: Autoria própria
4.2 Vibrações
Na figura 3 foi identificado o uso de uma ferramenta manual que produz vibrações que afetam
as extremidades. Esse tipo de vibração nessas áreas causa: problemas neurológicos, ósseo
articular e musculares. Foi identificado ainda que o operador esteja utilizando a ferramenta
imprópria para sua altura, pois o mesmo precisa se inclinar consideravelmente para alcançar o
equipamento. A maneira certa de se utilizar uma ferramenta desse tipo é segurar o aparelho
perpendicularmente ao chão, com firmeza, sem encostar a máquina em seu corpo para evitar
sinistros. O funcionário em questão está usando luvas anti vibração e o calçado apropriado,
outras maneiras de proteger o funcionário é oferecer pausas e revezamento de operários
nesses postos. Como podemos observar na figura a seguir:
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Figura 3- Representa vibrações por tempo prolongado, postura inadequada, ruído e
desconforto
térmico.
Fonte
: Autoria própria.
4.3 Condições Ambientais Encontradas
As condições ambientais são comprometidas por diversas variáveis que afetam o estado de
conforto do trabalhador e a integridade física do mesmo. Para se analisar o estado do setor de
trabalho são considerados os fatores ambientais que os interferem, neste caso, a área da
construção civil que são: ruído, radiação ultravioleta, desconforto térmico e vibrações.
4.3.1. Ruído
É o risco profissional mais comum e está presente no trabalho da construção civil, esse risco
não é levado a sério uma vez que os operários observados não usam nem o mais simples tipo
de protetor auricular. Colocando em risco a integridade da sua audição, pois a perda na
mesma é irreversível, os operários ainda podem apresentar como consequência do ruído:
redução da produtividade, distração, alterações no sono e alterações nas habilidades. O
controle do ruído pode ser feito em três ordens: controle na fonte, controle no meio e controle
no homem. A única medida de controle viável para a situação das construções é o controle de
ruído com relação ao homem, pois o empregador deve oferecer e controlar o uso de
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equipamentos de proteção individual e ainda pode controlar a exposição do operador ao ruído,
estabelecendo turnos de trabalho em áreas expostas a ruído intenso. Na figura abaixo pode se
notar a ausência de protetor auricular:
Figura 4: Representa presença de ruído e ausência de EPI
Fonte:
Autoria própria.
4.3.2. Radiação Ultravioleta e Desconforto Térmico
A radiação ultravioleta é um variável presente em trabalhos a céu aberto como é o caso das
construções, sabe-se que a jornada de trabalho geralmente inclui grande parte das horas do dia
que possuem maior intensidade de raios, que vai das 10h da manhã ás 16h da tarde. Então
uma maneira viável de proteção contra os males dessa radiação é o uso de protetor solar e uso
de óculos com proteção UV, e estes devem ser providenciados pelo empregador, pois segundo
a NR-21, medidas especiais devem ser tomadas pra proteger o operário contra insolação
excessiva.
O conforto térmico que é ligado com o bem estar do operário depende da temperatura do
ambiente, pode-se inferir que o trabalhador estudado sofre bastante com as altas temperaturas,
pois a zona de conforto da temperatura considerada pela NR-17 é de 20ºC a 23ºC e esses
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funcionários trabalham em temperaturas mais altas o que pode gerar nesse trabalhador:
Insolação, prostração térmica e desidratação. Podemos analisar esse desconforto térmico
também em atividades externas, como é o caso da figura a seguir:
Figura 5: Representa radiação ultravioleta, desconforto térmico.
Fonte: Autoria própria
4.4 Organizações do Trabalho
Em relação à organização do trabalho pela empresa responsável pela reforma, é notável o
cumprimento de metas. Levando em consideração os fatores da natureza e climáticos. É
perceptível pausas durante o processo de reforma em determinados postos de trabalho, para
lanche e descanso.
5. Considerações Finais
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Depois da análise realizada nos setores da reforma, constatou-se que os riscos ergonômicos
estavam evidentes sobre os operários, ou seja, verificamos a existência de riscos imediatos,
como a falta do uso de EPI’s, posições ergonomicamente incorretas e presença de ruído
excessivo. Vale constatar, que fatores que oferecem risco a saúde e integridade física e
psicológica do trabalhador, estão eminentes não só na reforma analisada, mas está presente na
maioria dos ramos empresariais. O alvo é mostrar que esses riscos estão perceptíveis aos
olhos humanos e principalmente ao empregador.
Diante das NR’s, sabemos do direito do trabalhador, e que a mesma determina os requisitos
legais em relação ao mínimo de segurança e saúde ocupacional. Assim, é determinado por lei
que os empregados necessitam trabalhar em um ambiente adaptado as suas condições, não
ocasionando prejuízos a sua característica psicofisiológica.
As doenças ocasionadas pelo esforço ou trabalho repetitivo, compromete a vida do
trabalhador, o propício nessa situação é fazer a prevenção antes que ocorram problemas
maiores, afetando a operosidade do mesmo. Para se fazer essa prevenção, basta que o
empregador disponibilize de treinamentos e EPI’s aos seus funcionários, conscientizando-os
da necessidade do uso, da prevenção e dos cuidados que devem realizar no período de
trabalho. Carga horária excessiva, ruído excessivo e má postura, ocasionarão danos, podendo
ser irreversível.
Contudo, o intuito é esclarecer que devem ser feitas as correções nos postos e nos aparelhos
de trabalho, esses adaptados à preservação da saúde do operário, como o caso de aparelhos
com sistema anti-vibração, distribuição de EPI’s e ambientes adaptados com a ergonomia, o
que podem e devem ser feitas para a manutenção da capacidade laborativa e atributo de vida
do trabalhador.
Referências
ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia). http://www.abergo.org.br Acessado em
Abril de 2013.
GRANDJEAN, E.; KROEMER, K. H. E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao
homem. 5ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
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Gama, Betânia. – Slides com o material da disciplina HST – Do curso de Engenharia de
Produção na Universidade Federal de Campina Grande. Acesso, 2013.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção – 2ª Ed. rev. e ampl. São Paulo: Edgard
Blücher, 2005.
Lima, J.A.A. – Metodologia de Análise Ergonômica – Monografia do Curso de
Especialização em Engenharia de Produção da Universidade Federal da Paraíba, 2003.
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Prestes, A. S.; Silva, F.P. – Avaliação Ergonômica do transporte e manuseio de formas de
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Saad, V.L.; Xavier, A.A.P.; Michaloski, A.O. – Avaliação do Risco Ergonômico do
Trabalhador da Construção Civil Durante a Tarefa do Levantamento de Paredes- Anais
XIII SIMPEP, 2006.
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Anexo A
A NR-17 está relacionada à Ergonomia, adiante segue alguns pontos que a mesma estabelece:
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho e à própria organização do trabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a
mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma
Regulamentadora.
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