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EX 3

AUP 1 ANALISE DA FORMA URBANA E DA PAISAGEM 1

ENUNCIADO DO EXERCICIO 3

O PLANO CONCEITUAL 1: O PROGRAMA E O ZONEAMENTO

(gráfico e descritivo)

1º semestre de 2015

Prof. Dr. Arq. Mário Ceniquel (Responsável) / Professor Departamento de Urbanismo e Meio Ambiente – DPUR / 2015-1[1]

Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU

ANALISE DA FORMA URBANA E DA PAISAGEM 1

O PLANO CONCEITUAL

1. CONCEITUAÇÃO GERAL

Neste exercício se inicia a fase mais importante do processo criativo -que tem como objetivo final o Projeto- representada pelas decisões imediatamente previas a definição formal da proposta: O PLANO CONCEITUAL.

A importância dos mesmos reside na maior ou menor capacidade reflexiva e de questionamentos que o autor do projeto se coloca, devendo ter como resultado final decisões objetivas -aliados a intenções claras- para responder as demandas especificas dos mais variados tipos (desde funcionais a simbólicas) que os diferentes níveis de analise feitos na primeira parte do curso– quando bem feitos- devem ter apontado.

Em linhas gerais, se entende por PLANO CONCEITUAL, o conjunto de ideias, conceitos, e suas respectivas definições qualitativas e quantitativas, ESCRITAS E GRAFICAS, que evidenciam uma determinada forma de organizar os espaços propostos pelos projetistas, através da explicitação de relações claras e diferenciadas que irão fundamentar a proposta material do projeto, a ser concretizada numa definição formal especifica posterior.

O desenvolvimento do PLANO CONCEITUAL, se desenvolve em 04(quatro) níveis, cujos três primeiros formam parte do desenvolvimento do Exercício 3, e o quarto (Estruturação Morfológica), executado no formato de “work-shop” de ateliê, será parte principal do Exercício 4 (a seguir). São os níveis mencionados, os seguintes:

ESQUEMA GERAL DO PLANO CONCEITUAL

EXERCICIO 3 (Plano Conceitual 1)

1. Programa de Necessidades;

2. Zoneamento/Setorização, gráfico e descritivo;

3. Gráficos de Estudos Comparativos de áreas

EXERCICIO 4 (Plano Conceitual 2)

4. Ateliê de Estruturação Morfológica / 04(quatro) alternativas

1. O DESENVOLVIMENTO Iremos descrever, a seguir, apenas aquelas partes do PLANO CONCEITUAL 1 referidas especificamente ao Exercício 3 (Programa de Necessidades, Zoneamento e Estudo de Áreas) A segunda parte do mesmo – PLANO CONCEITUAL 2 - será descrita minuciosamente somente no enunciado do Exercício 4 (Estruturação Morfológica/ATELIER).

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3.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Como foi sugerido anteriormente, o PLANO CONCEITUAL se inicia a partir da definição dos elementos propostos para dar resposta a demanda especifica mencionada, cujo primeiro produto e sintetizado na montagem do PROGRAMA DE NECESSIDADES.

Entender a importância do PROGRAMA DE NECESSIDADES como instrumento essencial para definição – conceitual e dimensional- e organização das demandas para o projeto e a conseqüente identificação dos problemas chave apresentados, é compreender a complexidade do processo criativo e a necessidade de contar com ferramentas úteis e consequentes para poder se auxiliar nas sucessivas tomadas de decisão de projeto, sendo os objetivos principais desta fase do curso. Em linhas gerais, o PROGRAMA DE NECESSIDADES representa o primeiro nível de definição concreto das estratégias e diretrizes projetuais feitas anteriormente, consequência de uma analise minuciosa do sitio, dos potencias dos condicionantes gerais e do perfil de usuário.

O PROGRAMA DE NECESSIDADES se acaba constituindo –portanto- no conjunto de regras preliminares que o autor do projeto deve propor para atender e responder as demandas de uso e problemáticas variadas, anteriormente estudadas e – logicamente- a elas vinculadas, representando o primeiro nível de decisões concretas de projeto, em termos de quantificação e qualificação.

i. DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE NECESSIDADES O procedimento para formular o PROGRAMA DE NECESSIDADES é bem simples, mas requer dos alunos alguns cuidados básicos para que ele realmente seja eficiente, objetivo e claro em suas propostas.

Para isso, vamos mencionar alguns conceitos básicos fundamentais para orientar sua formulação e definição, e que devem ser avaliados com a maior seriedade, aprofundamento e clareza aliada a uma postura realista (“pês no chão”). OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Antes de menciona-los, devemos esclarecer que estas recomendações são validas para qualquer escala ou tipo de projeto ligado a nossa área de atuação (arquitetura, urbanismo e paisagismo) só variando os termos e aspectos a serem considerados em cada caso.

A. TIPOLOGIA FUNCIONAL: Todo programa sempre reconhece a existência de – ao menos- três famílias básicas de funções, podendo variar em termos de complexidade, a partir da multifuncionalidade do problema enfrentado:

a. FUNÇÕES/DEMANDAS BASICAS: Funções que definem o Tema ou o tipo de abordagem do problema. Uma forma fácil de identificar uma função básica e se perguntar se o tema a ser tratado e/ou resolvido é definido por ela. Por exemplo: numa escola a função básica e a “sala de aula”, visto que sem ela não há como ministrar aulas. Pode se ter biblioteca, auditórios, banheiros, refeitório, etc., mas sem sala de aula “não há escola”. O mesmo poderia dizer do papel da área de internação (leitos) em um grande hospital: sem leitos poderemos ter uma clinica, um consultório, ambulatório, etc., mas jamais um hospital, já que ate o numero de leitos é tradicionalmente usado para medir a capacidade de um hospital. Sem eles não existe hospital.

b. FUNÇÕES/DEMANDAS COMPLEMENTARES E/OU DE APOIO: São todas aquelas funções que melhoram ou aperfeiçoam a FUNÇÃO PRINCIPAL, porem não são necessárias para que a principal funcione. Um restaurante, uma capela, um centro de

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fisioterapia ou laboratório de analises clinicas, melhoram o desempenho de um hospital, porem são secundarias em relação à FUNÇÃO BASICA do hospital.

c. FUNÇÕES/DEMANDAS DE SERVIÇO: É aquele grupo de funções que são ESSENCIAIS para que a FUNÇÃO BASICA seja eficiente: sem elas a FUNÇÃO BASICA é prejudicada ou – até- inviabilizada. Cuidado para não confundir FUNÇÕES DE APOIO COM FUNÇÕES DE SERVIÇO, erro muito frequente entre os alunos.

B. TIPOLOGIA RELACIONAL: Um PROGRAMA DE NECESSIDADES e absolutamente inútil, se através dele não sabemos quais os tipos de vínculos e relações que deve haver entre cada função proposta, a o ponto tal que – às vezes- só através do tipo de relação entre uma e outra e que podemos entender como - de fato- o conjunto delas funciona.

Para isto, foi estabelecida uma maneira sistemática para reunir e correlacionar todas as informações possíveis da temática na qual será inserido o projeto paisagístico , arquitetônico e/ou urbanístico.

Em linhas gerais, três são as condições básicas de caracterização e correlação entre os espaços propostos que pode ter num Programa:

1. Continuidade, 2. Proximidade

3. Separação

C. TRIANGULAÇÃO RELACIONAL: Chama-se TRIANGULAÇÃO.... ”á aquela estratégia pelo qual através de algum estímulo externo se estabelece uma ligação entre pessoas, agindo como um estimulante social, que cria o clima adequado para que – por exemplo- pessoas estranhas conversem e se conheçam. ” (William Whyte).

Em um espaço público, a escolha e disposição dos diferentes elementos em relação ao outro pode colocar o processo de triangulação em movimento (ou não).

Por exemplo, se um banco, um cesto e um telefone são colocados sem qualquer ligação com o outro, cada um pode receber – isoladamente- uma utilização muito limitada, mas, quando são dispostos em conjunto, juntamente com outras comodidades como um carrinho de café, irá, naturalmente, aproximar as pessoas relacionando-as socialmente (triangulação).

Num contexto mais amplo, por exemplo, se contiguo a uma sala de leitura para crianças numa biblioteca é localizada ao lado de um parque infantil (num parque ou praça adjacente) ao qual e adicionado um quiosque de comida, o desempenho de uso de tais equipamentos será muito mais rico e dinâmico que se se situassem isoladamente uns dos outros.

D. O PODER DOS 10: Um conceito de excelente utilidade para formulação de PROGRAMA DE NECESSIDADES é a definição que o grupo de Project for Public Spaces (PPS) dá para explicar em que consiste o “Poder dos 10”.

Este conceito parte da idéia que um ótimo lugar precisa ter pelo menos 10 coisas para fazer nele ou 10 razões para estar lá.

Mas isto não significa que devamos nos aferrar a um determinado numero.

A afirmação acima propõe uma questão de oferecer uma variedade de coisas para fazer em um local, de forma tal que a qualidade do Lugar – como um todo- se torne mais do que a simples soma de suas partes.

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O Poder dos 10 é um conceito que normalmente se usa para iniciar um processo de “Projeto de Lugar” (Placemaking)

O conceito parte da idéia de que não adianta ter apenas um ótimo lugar em uma vizinhança, numa cidade ou bairro, para termos um nível de qualidade de vida urbana adequado.

È necessário:

1. Criar um número suficiente deles para obter um conjunto urbano verdadeiramente dinâmico, animado e vital.

2. Oferecer as pessoas por toda a cidade oportunidades e opções para se sentirem motivadas a sair de casa para ter prazer num espaço público.

3. Para tanto, e necessário obter um conjunto de lugares e ou comunidades interessantes.

Um Lugar de qualidade vital e dinâmica, precisa ter pelo menos 10 coisas para fazer nele ou 10 razões para estar lá. Estas poderão incluir, por exemplo, um lugar para sentar, ter música para ouvir ou executar, alimentos para comprar, informações históricas para aprender, livros e revistas para ler, tomar um café ou um refrigerante, se encontrar com amigos, jogar xadrez, carta ou gamão, ver pessoas passar, etc. A maioria dos usos e idéias que podem ser adotados pode (e deve) ser obtida – com frequência- dos próprios usuários que usam o espaço. Estes 10 lugares interessantes também devem estar alinhados com as expectativas e cultura da comunidade e ser dinâmico o suficiente para atrair uma gama de grupos de novos usuários, que, entusiasmados com a experiência, voltarão ao local posteriormente, engrossando o grupo de usuários do lugar. Uma metodologia interessante a ser empregada pode consistir em sugerir as pessoas a pensar sobre quais seriam os lugares especiais em suas comunidades: 1. Quantos lugares de qualidade seriam identificados na Comunidade, 2. Como eles se conectam entre si? 3. Embora se identifiquem lugares que devem ser mais significativos, quais não seriam? As respostas a estas questões podem ajudar muito o projetista a determinar, em parceria -individualmente e coletivamente- com a Comunidade, onde precisam se concentrar as energias de ambos. Assim, tentar descrever quais são os 10 melhores bairros da cidade ou quais são os 10 melhores lugares em cada um desses bairros ou, ainda, tentar descrever as 10 coisas que você poderia fazer naquele lugar (e em que bairro), é um exercício que pode levar a concluir – quando bem-sucedido- a diagnosticar se a cidade esta bem provida de bons lugares e a orientar o projetista na consulta sobre os objetivos finais de variedade e escolha, para definir o PROGRAMA DE NECESSIDADES.

ii. DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE NECESSIDADES

Objetivamente esta parte do exercício adotara o sistema de tabelas para desenvolver os aspectos mencionados acima, o que simplifica notavelmente sua execução, tendo o cuidado de observar os seguintes aspectos.

a. FICHA 1 DO PROGRAMA: consiste da definição -sem nenhuma hierarquia especifica- TODAS as funções e ou espaços que o aluno ache adequados para dar respostas as questões mencionadas anteriormente (vinculadas as demandas da área observadas e levantadas). Junto com o enunciado de nomeação, o aluno ira preencher as outras colunas da tabela segundo o critério principal de definir tais locais nos seus aspectos quantitativos (tamanho, área, metragem quadrada, mobiliário necessário, quantidades, numero de pessoas, dimensões, etc.) e os aspectos qualitativos (tipo de uso, atributos ou qualidades que cada espaço deve preencher, intensidade e períodos do dia de utilização, atributos especiais, etc)

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Observando nossas recomendações anteriores (tipos de funções, tipos de relações, triangulação e o poder dos 10), o aluno lançara na ultima coluna o tipo de relação que cada espaço tem com cada outro nessa listagem preliminar, através de um gráfico simples.(VIDE IMAGEM DE TABELA A SEGUIR)

PROGRAMA DE NECESSIDADES / FICHA 1: LISTAGEM INICIAL DE NECESSIDADES E ESPAÇOS CORRELATOS

b. FICHA 2 DO PROGRAMA: consiste da definição da estrutura básica do PROGRAMA DE NECESSIDADES, a partir do reordenamento dos espaços/funções da tabela anterior REAGRUPADOS por afinidades ou grau de relacionamento entre si em ZONAS/SETORES, que irão se compor de varias funções. O resultado deste reagrupamento deve ter embutidas as estratégias de triangulação antes mencionadas e a compatilização adequada das relações entre os espaços, representados através de um DIAGRAMA/FLUXOGRAMA GERAL, que ira sintetizar e resumir – num esquema abstrato, sem escala- todas as ZONAS e/ou SETORES criados e as relações entre espaços e funções enunciadas na Ficha anterior ( Ficha 1), além de sugerir aspectos qualitativos ( atributos espaciais e funcionais) mais detalhados, segundo modelo a seguir:

PROGRAMA DE NECESSIDADES / FICHA 2: DETERMINAÇÃO DE SETORES E/OU ZONAS DE AFINIDADES ESPACIAIS/FUNCIONAIS

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ANALISE DA FORMA URBANA E DA PAISAGEM 1 ESTUDO COMPARATIVO DE AREAS (EM PERCENTAGENS / %)

Como complemento das tabelas/fichas do PROGRAMA DE NECESSIDADES, os alunos formularão gráficos similares aos exemplos aqui mostrados, explicitando em cada “fatia” do mesmo o percentual representativo de cada área ( m2) proposta ( reitero, EM TERMOS PERCENTUAIS) de cada cenário, compreendendo a AREA TOTAL DO CENARIO ENTRE OS EDIFICIOS ( áreas de uso, calçadas, circulações, rua (carros), estacionamentos, áreas permeáveis e impermeáveis, etc). OBS. : 1. Este dado é de um valor inestimável, para compreender a logica de ocupação e uso do sitio, e

será avaliada com extremo rigor, por ser denotativo da qualidade das estratégias de projeto propostas pelo aluno;

2. É ABSOLUTAMENTE NECESSARIO que os alunos estejam em mãos com a medição rigorosa da área (medida em metros quadrados) de cada cenário, de forma tal que posa se saber com exatidão qual o destino de uso dado até o ultimo m2 das áreas de intervenção (mesmo que seja área de circulação) em termos percentuais.

EXEMPLO 1

EXEMPLO 2 EXEMPLO 3

b. ZONEAMENTO/SETORIZAÇÃO GRAFICO E ESCRITO Um segundo nível de definição do PLANO CONCEITUAL, nos e dado pela definição do ZONEAMENTO e/ou SETORIZAÇÃO, representado pela produção de uma imagem conceitual seminal, que configura o princípio básico em torno do qual a essência do projeto é organizada e a partir do qual todos os outros elementos gerados permanecem subordinados. Embora sejam abstrações de naturezas distintas, as diversas notações gráficas de concepção e os desenhos técnicos que compõem a evolução de um processo de projeto se associam ao plano

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conceitual da concepção arquitetônica, que se refere ao objeto imaginário, a partir do qual podem ser estabelecidos diversos graus de relações ainda instáveis e cambiantes. (Extraído de “Transições entre os planos conceitual e material da concepção arquitetônica em Louis I. Kahn “ - Arthur C. Tavares Filho & Guilherme Lassance –arquitetura revista - Vol. 4, n° 1:33-48 (janeiro/junho 2008)

Esses esquemas conseguem mostrar muitas informações com poucos elementos, o que os torna instrumentos de comunicação interessantes. Seu objetivo mais básico é auxiliar o arquiteto, durante o processo de projeto, a organizar suas idéias. Este recurso gráfico/escrito não e somente usado na etapa da definição do PROJETO e sim em outras como a ANALISE DE POTENCIALIDADES OU ANALISE DE LUGAR, etc, servindo para sintetizar em um ou alguns desenhos todos os aspectos considerados mais importantes para o projeto. As anotações textuais feitas diretamente sobre o desenho também contribuem para um rápido entendimento, pois evitam que o leitor tenha que se remeter à legenda para saber o que significa cada um dos desenhos. Os esquemas de ZONEAMENTO auxiliam a organizar as idéias também na etapa de proposta (O “Pré-projeto”) Antes de partir para esquemas mais detalhados, é interessante que o arquiteto produza um ou mais esquemas mostrando as idéias principais/conceitos da sua proposta, tanto para ele mesmo quanto para o cliente e os demais membros da equipe. Se as idéias principais estiverem contidas nesse esquema inicial, é mais fácil entender a lógica geral e realizar modificações ou ajustes antes de se comprometer com ela. É importante ressaltar, entretanto, que a utilidade desses esquemas não se resume apenas a comunicar a proposta a outras pessoas, mas como instrumento para que o arquiteto ( o aluno) possa refletir sobre ela, e avaliá-la criticamente. Também pode funcionar como ferramenta de “brainstorm”, auxiliando-o a criar várias propostas diferentes para ampliar o leque de possibilidades e fugir de soluções pré-definidas que às vezes prejudicam a criatividade. Observação importante: O Esquema de Zoneamento representa o “DNA” do futuro Projeto, e como tal não supõe uma definição FORMAL e sim, DIMENSIONAL e RELACIONAL, ou seja, ainda falta o Processo de “GESTAÇÃO” formal, necessário para sua customização. Por isso se considera erro grave de conceito aquele frequentemente cometido por alunos que confundem ZONEAMENTO com PROJETO, atitude que é interpretada como absoluta falta de compreensão da matéria, ao tentar – grosseiramente- transformar dois trabalhos em um. 2.2.1. DESENVOLVIMENTO DO ZONEAMENTO/SETORIZAÇÃO O Estudo de Zoneamento será desenvolvido de duas maneiras:

a. ESCRITO 1. Constituído por um Texto Explicativo (curto e objetivo) das condições que cada ZONA

E/OU SETOR devera ter no conjunto e em particular, assim como uma clara comunicação dos tipos de relação que cada uma tem com a outra, coerente com os respectivos gráficos (em planta e em corte) que deverão acompanhar os mesmos.

2. Também se solicita uma Definição Escrita de cada Zona ou Setor, evidenciando quais as idéias que irão nortear os respectivos projetos em nível de recomendações objetivas

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GRAFICO 1. Gráficos Representativos de tais idéias, constituindo um verdadeiro Plano Conceitual do

projeto a ser desenvolvido em: 2. Planta baixa e 3. Cortes/Secões esquemáticos, em escala 1:250, INDICANDO:

• Indicar os lugares das áreas de permanecia propostas (ZONAS) e dos principais fluxos entre as mesmas, com definição dos acessos de veículos e pedestres; e os locais onde se pretende inserir os estacionamentos

• Indicar os limites escolhidos para das diferentes áreas de intervenção em paisagismo, da edificação e da área de comércio;

• Indicar a posição e orientação solar dos volumes edificados; • Indicar os espaços edificados e os livres – públicos e coletivos -; • Indicar as áreas de sombreamento segundo a orientação solar e proximidade de outras

edificações • Imagens, croquis ou plantas em qualquer escala, que demostrem esquematicamente a

alocação das áreas ou zonas propostas no programa.

EXEMPLOS (Extraídos do livro “O PROJETO DA PRAÇA” – ARQ. SUM ALEX/SP)

FORMA DE APRESENTAÇÃO A entrega será formatada em 01(uma) prancha no formato A1, ( POR CENARIO), NO SENTIDO VERTICAL!! (EXCLUSIVAMENTE), contendo:

1. Tabelas qualitativa e quantitativas do programa (FICHA 1 E 2);

2. Zoneamento /Setorização, (gráficos). a. Planta b. Cortes esquemáticos)

3. Zoneamento/ Descritivo (escritos). 4. Diagramas comparativos de áreas, em percentagens, tipo “torta”

Trabalho individual.

1. Entrega em UM ÚNICO CD , formato pdf ( Adobe Acrobat – EXCLUSIVAMENTE) 2. Não serão aceitos entregas em Corel ou qualquer outro formato que não seja PDF,

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3. CD e ENVELOPE ( AMBOS!!) identificados do seguinte modo:

EX _AUP1_2013_2_TA_GR5_helenasouza_.pdf.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação será conceitual e levará em consideração:

1. Aprofundamento e capacidade analítica – 30% 2. Compreensão dos conceitos e atendimento ao solicitado – 30% 3. Qualidade final da apresentação – 20% 4. Capacidade de comunicação gráfica e escrita – 10% 5. Envolvimento – 10%

Os conceitos aplicados são: (A) Plenamente desenvolvido (B) Parcialmente desenvolvido (C) Desenvolvimento suficiente (D) Desenvolvimento insuficiente (E) / (NE) Não desenvolveu (E)/não entregou (NE)

ZONEAMENTO EM PLANTA

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ANALISE DA FORMA URBANA E DA PAISAGEM 1 ZONEAMENTO DESCRITIVO ZONEAMENTO EM CORTE

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ANALISE DA FORMA URBANA E DA PAISAGEM 1 EXEMPLOS DE TRABALHOS DE SEMESTRES ANTERIORES OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!: Estes trabalhos são apresentados apenas para ter uma ideia da formatação geral, e não- necessariamente- como modelos de comparação de conteúdo, já que nem sempre tais trabalhos atingem o 100% de resultados em relação ao solicitado, POR TER ALGUMAS PEÇAS BOAS E OUTRAS DEFICIENTES E/OU AUSENTES.

COMENTARIOS GERAIS: Bom modelo de organização vertical da prancha. Fichas razoavelmente bem desenvolvidas, a exceção do quadro de relação de áreas ( superficial). Boa descrição das zonas ou setores, porem, com representação gráfica deficiente do zoneamento. Faltam cortes do zoneamento com quadros comparativos de áreas que não indicam os percentuais( deficiência séria)

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COMENTARIOS GERAIS:. Fichas bem desenvolvidas, inclusive dos quadros de relação de áreas. Gráficos de Zoneamento muito bons, mas com descrição escrita e cortes das zonas ou setores superficiais, além da ausência dos quadros comparativos de áreas que não indicam os percentuais utilizados (deficiência grave)

COMENTARIOS GERAIS:. Fichas razoavelmente bem desenvolvidas, inclusive dos quadros de relação de áreas. Gráficos de Zoneamento muito bons ( inclusive cortes), mas sem descrição escrita detalhada. Quadros comparativos de áreas que não indicam os percentuais utilizados (deficiência grave)

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