aula técnica de higiene das mãos
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Prof. Enf. Áurea Fabrícia Amâncio Quirino
“De todas as ciências que o homem pode e deve saber, a principal é a ciência de viver fazendo o mínimo de mal e o máximo possível de bem.” (TOLSTOI)
Aborda as técnicas de enfermagem que compreendem as ações indicadas para atender aos problemas levantados no exame físico do paciente.
A assistência de Enfermagem (AE) qualificada requer uma avaliação detalhada do cl iente por meio do exame físico, detectando suas necessidades, para elaboração de intervenções com o objetivo de restabelecer a saúde do cliente.
Requer constante reflexão, tanto pelo aspecto científico quanto ético, e maior consciência sobre questões que envolvem decisões relativas ao cuidado.
Por SEMIOLOGIA entende-se o estudo dos sinais e sintomas do ponto de vista da Enfermagem.
De acordo com a resolução COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) 272/2002 artigo 1° a Sistematização da Assistência de Enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro e a ele incumbe a implantação, planejamento, organização, execução e avaliação do processo de Enfermagem.
A adoção de um roteiro para execução de técnicas nos cuidados de Enfermagem tem por objetivo melhorar a qualidade da AE, visando a segurança, o conforto e a economia.
Conversar com o cliente, explicando o que vai ser feito.
Preparar o ambiente providenciando iluminação e ventilação adequadas, privacidade (biombo).
Lavar as mãos. Separar e organizar o material em bandeja. Executar o cuidado mantendo postura correta,
agindo com rapidez e segurança, observando o cliente e interagindo com ele.
Deixar o cliente confortável e o ambiente em ordem e limpo.
Fazer anotações de enfermagem referentes aos cuidados prestados e observações feitas.
Cuidados Pessoais: a forma como nos apresentamos (físicas e psicológicas) é importante não apenas no aspecto higiênico, relacionamento pessoal e profilaxia de doenças transmissíveis.
Cuidar para que unhas estejam sempre limpas e
curtas. Evitar o uso de anéis, pulseiras, relógios, correntes,
brincos e esmaltes escuros, piercing, possíveis fontes de microorganismos e contaminação além de causas de traumatismos no cliente.
Usar cabelos presos e curtos. Uniforme limpo, passado e evitando o uso fora do
ambiente hospitalar. Usar calçados limpos, fechados e laváveis,
preferencialmente de couro. Fazer seu trabalho sempre com a máxima atenção,
evitar conversas desnecessárias e etc. Evitar levar as mãos ao rosto e cabelo durante a
execução do trabalho e seguir as precauções universais.
Lavagem das mãos – o uso de água e sabão comum.
Lavagem antisséptica das mãos – água e sabão antisséptico.
Higienização das mãos - utiliza-se um produto à base de álcool, normalmente em gel.
Remover sujidade e microrganismos das mãos quando são friccionadas e/ou escovadas, utilizando água corrente sabão, preferencialmente líquido.
Evita a propagação de doenças, a eliminação de substâncias tóxicas e medicamentos da pele e protege contra a agressão do meio.
Tossir, espirrar ou assuar o nariz; Antes de beber e/ou comer; Antes e após calçar luvas, lembrando que o uso
de luvas não substitui a lavagem das mãos; Antes e depois de qualquer cuidado ao cliente; Antes e após a utilização do banheiro. Este procedimento de lavagem das mãos também
deve ser adotado por acompanhantes, familiares/cuidadores, principalmente no ambiente hospitalar.
Pia Torneira Sabão líquido Papel descartável Cesto de lixo
É importante verificar e repor saboneteiras e dispensadores de papel toalha que devem estar próximos a pia.
Na sua prática diária você obedece rigorosamente esta sequência:
1° - Na impossibilidade de lavar as mãos, friccionar as mãos com álcool gel a 70% (esta prática não substitui a lavagem).
2° - A quantidade de papel utilizado para secagem das mãos deve ser de 2 folhas.
3° - O modelo ideal de torneira é aquela que não exige a manipulação para sua abertura. Existem modelos que podem ser acionados por pedal, sensor ou cotovelo.
Outra barreira utilizada para o controle da disseminação de microrganismos no ambiente hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não, indicadas para proteger o paciente e o profissional de contaminação.
As luvas esteri l izadas, denominadas luvas cirúrgicas, são indicadas para a realização de procedimentos invasivos ou manipulação de material estéril, impedindo a deposição de microrganismos no local.
Exemplos: cirurgias, suturas, curativos, cateterismo vesical, dentre outros.
Luva Estéril →
As luvas de procedimento são limpas, porém não esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o profissional durante a manipulação de material, quando do contato com superfícies contaminadas ou durante a execução de procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos corpóreos e secreções.
Não há nenhum cuidado especial para calçá-las, porém devem ser removidas da mesma maneira que a luva estéril, para evitar que o profissional se contamine.
Luva de Procedimento →
1. Antes de qualquer coisa, ressalte-se que a luva deve ter um ajuste adequado, cuja numeração corresponda ao tamanho da mão.
2. Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope para cima e o punho em sua direção. Toque somente a parte externa do pacote, mantendo estéreis a luva e a área interna do pacote.
3. Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que irá se aderir à pele ao calçá-la, única face que pode ser tocada com a mão não-enluvada - desta forma, sua parte externa se mantém estéril.
4. Para pegar a outra luva, introduza os dedos da mão enluvada sob a dobra do punho e calce-a, ajustando- a pela face externa.
5. Calçando a luva, mantenha distância dos mobiliários e as mãos em nível mais elevado, evitando a contaminação externa da mesma
6. Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante sua retirada a face externa não deve tocar a pele. Para que isto não ocorra, puxe a primeira luva em direção aos dedos, segurando-a na altura do punho com a mão enluvada; em seguida, remova a segunda luva ,segurando-a pela parte interna do punho e puxando-a em direção aos dedos.
7. Esta face deve ser mantida voltada para dentro para evitar auto-contaminação e infecção hospitalar.
A limpeza da unidade objetiva remover mecanicamente o acúmulo de sujeira e ou matéria orgânica e, assim, reduzir o número de microrganismos presentes.
Pode ser de dois t ipos:
É feita diariamente após a arrumação da cama, para remover poeira e sujidades acumuladas ao longo do dia em superfícies horizontais do mobiliário;
Normalmente, é suficiente a limpeza com pano úmido, realizada pelo pessoal de enfermagem;
É feita em todo o mobiliário da unidade do paciente; é realizada quando o leito é desocupado em razão de alta, óbito ou transferência do paciente, ou no caso de internações prolongadas.
É realizada pela equipe de higiene hospitalar, desde que devidamente treinada.
A realização da limpeza da unidade requer conhecimentos básicos de assepsia e uso de técnica adequada, visando evitar a disseminação de microrganismos e a contaminação ambiental.
Assim, o profissional responsável por essa tarefa deve ater-se a algumas medidas de extrema importância:
A) Executar a limpeza com luvas de procedimento;
B) Realizar a limpeza das superfícies com movimentos amplos e num único sentido;
C) Seguir do local mais limpo para o mais contaminado;
D) Colocar sempre a superfície já limpa sobre outra superfície limpa;
E) Limpar com solução detergente e, em seguida, remover o resíduo;
F) Substituir a água, sempre que necessário.
A limpeza da unidade deve abranger: a parte interna e externa da mesa de cabeceira, travesseiro (se impermeável), colchão, cabeceira da cama, grades laterais, estrado, pés da cama, paredes adjacentes à cama, cadeira, escadinha.
Cama fechada é indicada para receber um novo paciente, caso em que deve ser submetida à prévia limpeza terminal;
Cama aberta é preparada para o paciente que tem condições de se locomover;
Cama aberta com paciente acamado é aquela preparada com o paciente no leito;
Cama de operado é preparada para receber paciente operado ou submetido a procedimentos diagnósticos ou terapêuticos.
É importante ressaltar que um leito confortável, devidamente preparado e biologicamente seguro, favorece o repouso e sono adequado ao paciente.
2 lençóis (1 protetor do paciente e 1 protetor do colchão)
1 lençol móvel 1 impermeável (se necessário) 1 fronha 1 cobertor 1 colcha
1- Colocar a roupa na cadeira ao lado da cama, na ordem que vai ser usada.
2- Soltar a roupa de cama, iniciando pelo lado distal, retirando uma peça de cada vez. Voltando as pontas para dentro e colocando no hamper.
3- Colocar a fronha no travesseiro, deixando-o sobre a cadeira.
4-Estender o lençol impermeável (se houver). 5- Estender o lençol protetor do colchão. 6- Estender o lençol móvel (traçado ou forro). 7- Estender o lençol normal (cobrir). 8- Estender o cobertor e a colcha. 9- Fazer a dobra da cabeceira se a cama for aberta. 10- Colocar o travesseiro sobre a cama. 11- Passar para o outro lado da cama, complementando-a. 12- Ajeitar o travesseiro.
- se o paciente tiver incontinência urinária ou em caso de puérpera, acrescenta-se um impermeável sob o lençol móvel.
- quando o leito estiver vago, o lençol de cima ficará esticado e o travesseiro de pé encostado no espaldar da cama.
a) Deve ser feita evitando cansar o paciente, o qual deve ser afastado para o lado contrário aquele em que se está trabalhando. O paciente ficará em decúbito lateral ou dorsal, conforme seu estado.
b) Pode ser feito por duas pessoas para ser mais rápido e segurar o paciente em caso grave.
c) Terminando de arrumar um lado o paciente deve ser trazido para o lado arrumado, coberto com lençol limpo.
d) Assim que arrumar o outro lado, fará o paciente se acomodar no centro da cama com todo conforto.
e)Geralmente a arrumação de cama é feita após o banho no leito.
É feita para aguardar o paciente que vem da cirurgia ou de exames sob anestesia.
É feita a cama simples, acrescentando um lençol em forma de leque na cabeceira e o lençol de cima com cobertor e colcha do lado da porta e nos pés deve ser dobrado sobre a cama, facilitando a entrada do paciente.
CIANCIARRULO, T. I. et al (Orgs.). Sistema de assistência de enfermagem: evolução e tendências. São Paulo: Ícone, 2001.
Sistema de classif icação dos pacientes , Andrea C. Ayoub, Nádia R. C. Alves, Yara B. Silva.
CRUZ, Andréa Porto da, Curso Didático de Enfermagem, 2ª Edição. São Caetano do Sul-SP: Yendes Editora, 2006.
Ministério da Saúde, Departamento de Gestão em Educação, Caderno do Aluno - Fundamentos de Enfermagem ; PROFAE; 2ª Edição; 2003.
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