aula 5 - gerenciamento, controle e descarte de res+¡duos - turma b1 2011

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Gerenciamento de Gerenciamento de resíduos biológicos – resíduos biológicos –

manuseio, controle e descarte;manuseio, controle e descarte;métodos de desinfecção e esterilização.métodos de desinfecção e esterilização.

Calazans, G. M. T.

As normas de segurança As normas de segurança fundamentam-se:fundamentam-se:

1. Análise de riscos – prevenção de possíveis danos.

2. Contenção - melhor maneira de controlá-los em caso de acidente.

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Para as instituições de ensino e pesquisa Para as instituições de ensino e pesquisa importante conhecer a classificação da ABNTimportante conhecer a classificação da ABNT

NBR 10.004 (ABNT) – 2004

Para os efeitos desta Norma, os resíduos são classificados em:

a) resíduos classe I - Perigosos;

b) resíduos classe II – Não perigosos;– resíduos classe II A – Não inertes.– resíduos classe II B – Inertes.

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Resolução da Diretoria Resolução da Diretoria Colegiada – RDC N0. 306, de 7 Colegiada – RDC N0. 306, de 7 de dezembro de 2004.de dezembro de 2004.

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

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Capítulo II - Abrangência Capítulo II - Abrangência

Aplica-se a geradores de RSS: serviços relacionados com o atendimento à saúde humana e animal, inclusive serviços de assistência domiciliar e de trabalho de campo; lab. analíticos; necrotérios, funerárias (embalsamento); med. legal, drogarias e farmácias inclusive de manipulação, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, serviços de acupuntura, tatuagem, dentre outros similares.

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Gerenciamento dos resíduos de Gerenciamento dos resíduos de saúdesaúde

Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas legais, com objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar a estes encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando proteger os trabalhadores, a saúde pública, os recursos naturais e o meio ambiente.

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Classificação dos resíduos em Classificação dos resíduos em Grupos - RDC N0. 306 / 2004Grupos - RDC N0. 306 / 2004

Grupo A (infectantes); Grupo B (químicos); Grupo C (radioativos) Grupo D (comum) e Grupo E (perfurocortantes)

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Manejo: ação de gerenciarManejo: ação de gerenciar

SegregaçãoAcondicionamentoIdentificação

Transporte (interno / externo)Armazenamento temporário (ou externo)Tratamento (interno / externo)

Disposição final

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A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poderá ser feita por adesivos,desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de manuseio dos sacos e recipientes.

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Grupo A

O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos

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Grupo B

O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco.

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Grupo C

O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO.

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Grupo DGrupo D• papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos;

• sobras de alimentos e do preparo de alimentos;

• resto alimentar de refeitório;

• resíduos provenientes das áreas administrativas;

• resíduos de varrição, flores, podas e jardins.

Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares:

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Grupo EGrupo EO Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, comrótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE,indicando o risco que apresenta o resíduo

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GRUPO A: Resíduos Infectantes

Resíduos resultantes de atividades de vacinação com microorganismos vivos ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado,vazios ou com restos do produto, agulhas e seringas. (devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final).

Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes Classe de Risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. (devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final).

GRUPO B: Resíduos Químicos

Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas.

• Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; antiretrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.

• Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfetantes; resíduos contendo metais pesados.

• Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

GRUPO B: Resíduos Químicos

São acondicionados em duplo saco plástico de cor branca leitosa, ou acondicionados em recipiente rígido e estanque, compatível com as características físico-químicas do resíduo ou produto a ser descartado.

O Grupo B é identificado através dosímbolo de risco associado, com discriminaçãode substância química e frases de risco.

GRUPO D: Resíduos Comuns

Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares:

• papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos;

• sobras de alimentos e do preparo de alimentos;

• resto alimentar de refeitório;

• resíduos provenientes das áreas administrativas;

• resíduos de varrição, flores, podas e jardins.

GRUPO D: Resíduos Comuns

São acondicionados em sacos pretos resistentes de modo a evitar derramamento durante o manuseio. Os resíduos comuns recicláveis (papel, papelão, plástico e vidro), que não entraram em contato com ou outros resíduos não recicláveis, podem ser separados e destinados à reciclagem.

GRUPO E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes

Agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lancetas ou outros similares.

O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE.

Descarte de Resíduos do Grupo A

Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, os resíduos do grupo A são resíduos que possuem a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção.

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Necessitam de tratamento prévio.Necessitam de tratamento prévio.

Culturas e estoques de microrganismos;resíduos de fabricação de produtos biológicos,

exceto os hemoderivados;descarte de vacinas de microrganismos vivos

ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para

transferência, inoculação ou mistura de culturas;

resíduos de laboratórios de manipulação genética.

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Placas, tubos de ensaio, erlenmeyers, balões, cubas de fermentação, etc.

Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento

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CONTROLE DE CONTAMINAÇÕESCONTROLE DE CONTAMINAÇÕES

• Limpeza – utilizada para remover materiais não

desejáveis, como sujeira física e/ou orgânica de

superfícies e objetos => detergente, água e ação

mecânica

• Desinfecção – constitui um processo físico e/ou

químico que destrói o microrganismo presente

em objetos inanimados, mas não

necessariamente os esporos dos microrganismos

• Esterilização – processo que procura destruir

todas as formas de microrganismos, inclusive os

esporos, por meio de atividade química ou física

CONTROLE DE CONTAMINAÇÕESCONTROLE DE CONTAMINAÇÕES

• Descontaminação – Desinfecção ou esterilização

terminal de objetos e superfícies contaminadas,

com microrganismos patogênicos, tornando-os

seguros para manipulação

• Anti-sepsia – procedimento por meio do qual

microrganismos presentes em tecidos são

destruídos ou eliminados após aplicação de

agentes antimicrobianos.

CONTROLE DE CONTAMINAÇÕESCONTROLE DE CONTAMINAÇÕES

Fatores que interferem na eficácia de

procedimentos de esterilização/desinfecção:

Natureza do microrganismo – ordem de resistência: príons > endosporos microbianos > micobactérias > vírus hidrofílicos

> fungos vegetativos e esporos de fungos assexuados > bactérias na

forma vegetativa > vírus lipofílicos.

Número e localização de microrganismos.

Concentração do agente químico e tempo de

exposição – quanto mais concentrado o produto químico, maior a

eficácia e menor o tempo para destruição do microrganismo => 10-

30min. para desinfecção de superfícies; 30min. para desinfecção de

artigos; 10-18h para esterilização de artigos.

CONTROLE DE CONTAMINAÇÕESCONTROLE DE CONTAMINAÇÕES

Fatores que interferem na eficácia de

procedimentos de esterilização/desinfecção:

Temperatura – aquecimento aumenta a eficácia

dos desinfetantes

pH – pH alcalino favorece a ação de agentes

quaternários; pH ácido, neutro ou ligeiramente

básicos (compostos fenólicos)

[Ca+2] e [Mg+2] na água – água dura interage

com sabões e outros compostos formando

precipitados insolúveis

CONTROLE DE CONTAMINAÇÕESCONTROLE DE CONTAMINAÇÕES

Umidade – importante para agentes gasosos (óxido

de etileno e formaldeído)

Matéria orgânica – pode interagir com compostos

ativos, como cloro, inibindo a ação direta (sangue,

pus, fezes, restos de alimentos)

29

DESINFECÇÃO/ESTERILIZAÇÃO/ DESCONTAMINAÇÃO DESINFECÇÃO/ESTERILIZAÇÃO/ DESCONTAMINAÇÃO FÍSICAFÍSICA

• Autoclavagem: 121°C, 1,5 atm, 15-20min. (esterilização); 121°C, 1,5

atm, 1h (descontaminação)

Meios de cultura, soluções etc.

Atua na desnaturação de proteínas bacterianas

Mata todas as células vegetativas e seus endosporos

• Estufa: 180°C, 1h (esterilização)

Vidrarias

Oxidação de estruturas bacterianas

Pequenas medidas em Pequenas medidas em laboratórios de ensino e pesquisalaboratórios de ensino e pesquisa

Estoque de vidraria contaminada em baixa temperatura para o aguardo de descontaminação.

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Autoclavagem ou incineração para tratamento de descartes infecciosos;

Perfurocortantes devem ser descartados em recipientes rígidos;

Tubos, pipetas e outros materiais não descartáveis têm de ser desprezados em recipientes plásticos com hipoclorito 1% fechados com tampa;

Todas as lixeiras, exceto da área administrativa, precisam conter sacos plásticos brancos leitosos com símbolo da substância infectante;

Recolhimento do material em carrinhos fechados e laváveis;

Proibido reencapar agulhas ou proceder à sua retirada manualmente (retiradas de seringas descartáveis).

Gerenciamento de Resíduos Gerenciamento de Resíduos BIOLÓGICOS – Opções de tratamentoBIOLÓGICOS – Opções de tratamento

Autoclavação

Desinfecção química

Radiação

Incineração

TRATAMENTO PRELIMINARTRATAMENTO PRELIMINAR

processo a ser aplicado aos resíduos biológico, químico e radioativo, permitindo que sejam coletados e transportados com segurança até o tratamento final e a sua disposição final.

TRATAMENTO FINALTRATAMENTO FINAL

processo de neutralização dos agentes nocivos à saúde e ao meio ambiente, existentes nos resíduos de serviços de saúde, geralmente associado à redução de volume, peso e umidade dos resíduos.

Tratamento e Destino Final dosResíduos

As técnicas mais utilizadas para a disposição final dos resíduos são os aterros sanitários e as valas sépticas; sendo asseguradas as condições de proteção ao meio ambiente e à saúde pública previstas na legislação

Aterro sanitárioAterro sanitário

é uma forma para a deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana.

Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejetos sólidos retirados do esgoto.

Aterro sanitárioAterro sanitário

A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados (chorume) acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos.

O chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor poluição ao meio ambiente.

Aterro sanitárioAterro sanitário

VALA SÉPTICAVALA SÉPTICA

Vala escavada no solo, obedecendo a critérios de impermeabilização e outros procedimentos técnicos, que se destina ao aterramento de resíduos de serviços de saúde.

Forma de disposição final para resíduos de serviços de saúde do GRUPO A.

Foto – Foto – Vista interna da Vala Séptica Vista interna da Vala Séptica para para RSS. Juiz de Fora - MGRSS. Juiz de Fora - MG

Foto – Início da limpeza da Foto – Início da limpeza da Vala SépticaVala Séptica para para carcaças de animais. Juiz de Fora - MGcarcaças de animais. Juiz de Fora - MG

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