aula 03 micro médica bac 2014

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Aula 03 Micro Médica Bac 2014Aula 03 Micro Médica Bac 2014Aula 03 Micro Médica Bac 2014Aula 03 Micro Médica Bac 2014Aula 03 Micro Médica Bac 2014Aula 03 Micro Médica Bac 2014Aula 03 Micro Médica Bac 2014

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P f Flá i H i F B bProf. Flávio Henrique F. Barbosa

Os organismos discutidos nesta aula são agrupados com base na morfologia.

Bacilos Gram-positivo.

Não são intimamente relacionados.

Não causam problemas clínicos similares.

Gênero Corynebacterium.

Gênero Bacillus.

Gênero Listeria.

Gênero Clostridium.

O gênero inclui diversos comensais humanos usualmente inofensivos.

Corynebacterium diphtheriae, causador de doença di d i dif imediada por toxina, a difteria.

São pequenos bacilos Gram-positivo;

Pleomórficos;

Morfologia distinta;

Tendem a se corar de modo desigual;

Não formadores de esporos;

São imóveis;

Não capsulados;

Ocorrem em grupos característicos que se assemelham a caracteres chineses ou moirões deassemelham a caracteres chineses ou moirões de cerca;

Completam sua divisão celular por meio de movimentos saltatórios;;

É m gênero grande e s as espécies poss em É um gênero grande e suas espécies possuem habitats diversos;

A maioria das espécies é composta por anaeróbios facultativos;facultativos;

As espécies associadas aos seres humanos, p ,incluindo o patógeno Corynebacterium diphtheriae, crescem aerobicamente em meio laboratorial

d Ápadrão, como Ágar Sangue.

Causa doença que oferece risco de vida.

Está entre as doenças bacterianas melhor estudadas Está entre as doenças bacterianas melhor estudadas.

Resultado = desenvolvimento de protocolos de vacinação p çefetivos.

Imunização na infância tornou a doença rara nos países Imunização na infância tornou a doença rara nos países desenvolvidos.

Atualmente, poucos médicos viram um caso da doença.

A difteria é ma doença de distrib ição m ndial e A difteria é uma doença de distribuição mundial e ocorre principalmente em áreas urbanas pobres, onde o nível de vacinação e atendimento sãoonde o nível de vacinação e atendimento são precários.

A difteria é mais frequente em crianças com idade inferior a dez anos.

É endêmica no Brasil, mas há registros de surtos em outras regiões.

O C. diphtheriae é mantido na população através do estado á fportador assintomático na orofaringe ou na pele de pessoas

imunes, ou seja, o homem é o reservatório natural e único do bacilo diftérico.

É transmitida por gotículas respiratórias liberadas no ar por tosse ou espirro ou contato cutâneotosse ou espirro, ou contato cutâneo.

A difteria é ca sada pelos efeitos locais e A difteria é causada pelos efeitos locais e sistêmicos de uma só exotoxina, que inibe a síntese protéica eucariótica.síntese protéica eucariótica.

OBS: O gene estrutural da toxina é codificado por OBS: O gene estrutural da toxina é codificado por um bacteriófago.

Somente cepas lisogênicas para este fago podem produzir toxina e, assim, ser virulentas.

Doença grave (risco de vida) Doença grave (risco de vida).

Inicia como uma infecção local, geralmente da garganta.ç , g g g

A infecção produz um exsudato espesso distinto, acinzentado e aderente (denominado peseudomembrana) composto pore aderente (denominado peseudomembrana) composto por restos celulares da mucosa e de produtos inflamatórios.

O exsudato reveste a garganta e pode estender-se às passagens nasais ou ao trato respiratório, onde algumas vezes obstrui as vias aéreas levando ao sufocamentovezes obstrui as vias aéreas, levando ao sufocamento.

Os sintomas generalizados são devidos à Os sintomas generalizados são devidos à disseminação da toxina.

Embora todas as células humanas sejam sensíveis à toxina, os principais efeitos clínicos envolvem o to a, os p c pa s e e tos c cos e o e ocoração (miocardite) e os nervos periféricos (neurite dos nervos cranianos e paralisia de grupos musculares – ex: palato ou olhos).

A toxina diftérica é antigênica e estimula a A toxina diftérica é antigênica e estimula a produção de anticorpos que neutralizam a atividade da toxina.atividade da toxina.

OBS: O tratamento com formalina da toxina produz O S O t ata e to co o a a da to a p oduum toxóide que retém a antigenicidade, mas não a toxicidade da molécula.

Toxóide: material usado para a imunização contra da doença.

Dose única de antitoxina de soro de cavalo inativaqualquer toxina circulantequalquer toxina circulante.

OBS: A antitoxina de soro não afeta a toxina que já OBS: A antitoxina de soro não afeta a toxina que jáestá ligada a um receptor de superfície celular.

Pessoas com reações alérgicas à proteína de cavalopodem apresentar complicações.

Erradicação do microrganismo: eritromicina oupenicilina.p

Imunização com toxóide, geralmente administrado na vacina tríplice DPT (junto com toxóide tetânico e os antígenos de B. pertussis).

Deve ser iniciada na infância.

Doses de reforço devem ser administradas em intervalos de aproximadamente 10 anos ao longointervalos de aproximadamente 10 anos ao longo da vida.

Diagnóstico inicial: observação clínica do paciente Diagnóstico inicial: observação clínica do paciente.

Não há teste laboratorial confiável e rápido o suficiente.p

C. diphtheriae pode ser cultivado em meio seletivoÁcomo o Ágar Tinsdale, que contém telurito de potássio,

um inibidor da microbiota respiratória.

O microrganismo deve ser testado para a produção de toxina, com uma reação imunológica (teste de ç gprecipitação).

Sã b G São bastonetes Gram-positivo.

A id d Apresentam-se com extremidades cegas que ocorrem isolados, em pares ou, frequentemente, em cadeias longasem cadeias longas.

Formam endosporos – ovais e localizados Formam endosporos ovais e localizados centralmente.

Imóveis.

Possuem cápsula – antifagocítica.

Organismos aeróbios facultativos ou estritos.

São cultivados em Ágar Sangue.

Infecta primariamente herbívoros domésticos como Infecta primariamente herbívoros domésticos comoovelhas, cabras e cavalos.

Tem um lugar ilustre na história médica.

Foi a primeira bactéria a ser demonstrada como agentecausal de uma doença infecciosa por Koch, em 1877.

Em 1881, Pasteur produziu a primeira vacina utilizandoB. anthracis vivo atenuado para proteger as ovelhasB. anthracis vivo atenuado para proteger as ovelhascontra o antraz.

O antraz é uma doença enzoótica (endêmica em uma O antraz é uma doença enzoótica (endêmica em uma população de animais que altera-se pouco ao longo do tempo) de ocorrência mundial.p

É transmitida ao ser humano pelo contato com produtos f d danimais infectados ou poeira contaminada.

A infecção geralmente é iniciada pela inoculação A infecção geralmente é iniciada pela inoculação subcutânea de esporos através de abrasões da pele.

Menos frequentemente a inalação de poeira carregada Menos frequentemente, a inalação de poeira carregadade esporos causa uma forma pulmonar de antraz.

Os esporos podem permanecer viáveis por muitos anosem pastagens contaminadas ou em ossos, lã, pêlos, vísceras ou outros materiais animais.vísceras ou outros materiais animais.

Os esporos são resistentes à vários agentes físicos e í iquímicos.

Nos Estados Unidos – vacina veterinária levou a redução Nos Estados Unidos vacina veterinária levou a reduçãodrástica dos casos de antraz.

O B anthracis prod d as e oto inas codificadas O B. anthracis produz duas exotoxinas codificadas por plasmídeos:

- Fator de Edema: causa elevação do AMPc intracelular, levando ao edema grave;intracelular, levando ao edema grave;

- Fator Letal: causa efeitos adversos adicionais.

A cápsula é essencial para a virulência.p p

Antraz Cutâneo Antraz Cutâneo

Após a introdução de organismos ou esporos que germinam, á l d luma pápula desenvolve-se.

Evolui rapidamente para uma “pústula maligna” indolor, negrap p p g ge muito edemaciada, que eventualmente forma crostas.

Os microrganismos podem invadir os linfonodos regionais e, Os microrganismos podem invadir os linfonodos regionais e, então, a circulação geral, levando a uma septicemia fatal.

A taxa de mortalidade geral no antraz cutâneo não tratado é A taxa de mortalidade geral no antraz cutâneo não-tratado é de cerca de 20%.

l (d d b lh d d lã) Antraz pulmonar (doença dos trabalhadores da lã)

C d l i l ã d Causada pela inalação de esporos.

C t i i h á i Caracteriza-se por pneumonia hemorrágica progressiva e linfadenite (inflamação dos linfonodos)linfonodos).

Taxa de mortalidade próxima de 100% se não Taxa de mortalidade próxima de 100% se não tratada.

Forma Gastrintestinal de Antraz Forma Gastrintestinal de Antraz

Forma incomum de antraz causada pela ingestão Forma incomum de antraz causada pela ingestão de esporos – carne crua ou inadequadamente cozida contendo esporos de B. anthracis.

Esta é a porta de entrada comumente observada em animais.

O B. anthracis é sensível à:penicilina- penicilina,

- doxaciclina e,- ciprofloxacina- ciprofloxacina.

OBS: São efetivos no antraz cutâneo somente OBS: São efetivos no antraz cutâneo somente quando administrados precocemente no curso da infecção.

Devido à resistência dos endósporos aos Devido à resistência dos endósporos aos desinfetantes químicos…

…a autoclavação é o único meio confiável de descontaminação.

Uma vacina acelular está disponível para trabalhadores em ocupações de alto risco.

Cultivado em Ágar Sangue, o B. anthracis forma:

- grandes colônias acinzentadas,- não-hemolíticas,,- com bordos irregulares.

Um teste de imunofluorescência direta auxilia na identificação do microrganismo.

á d l Está associado a lesões oportunistas, particularmente após trauma ou colocação de dispositivos artificiais e cateteresdispositivos artificiais e cateteres.

Produzem uma exotoxina que destrói os tecidos Produzem uma exotoxina que destrói os tecidos.

Também causa intoxicação alimentar por Também causa intoxicação alimentar por enterotoxinas, com efeitos diarréicos.

Gram-positivo.

Bastonetes finos e curtos, algumas vezes ocorrendo como diplobacilos ou em cadeias curtas.

Coram-se fortemente.

São parasitas intracelulares.

Catalase-positivo.

Mobilidade distinta em rolamento, em meio líquido.

Crescem facultativamente em diversos meios de lt i idcultura enriquecidos.

As espécies de Listeria incluindo a Listeria As espécies de Listeria, incluindo a Listeriamonocytogenes patogênica, estão disseminadas entre os animais na natureza.

As infecções podem ocorrer como casos esporádicos ouem pequenas epidemias.em pequenas epidemias.

Comumente são veiculadas por alimentos.

É capaz de crescer a 4oC, assim a refrigeração nãosuprime de modo confiável seu crescimento nossuprime de modo confiável seu crescimento nosalimentos.

Estudos demonstraram que 3% dos laticínios Estudos demonstraram que 3% dos laticíniosprocessados (incluindo sorvete e queijo);

20 a 30% das carnes moídas e a maioria das amostras 20 a 30% das carnes moídas e a maioria das amostrasde aves no atacado estão contaminados com L. monocytogenes.

1 a 15% dos seres humanos saudáveis são portadoresintestinais assintomáticos do microrganismo.

As infecções são mais comuns em gestantes, seus fetosou recém-nascidos e indivíduos imunodeprimidos,

id d d í HIVcomo idosos ou portadores do vírus HIV.

A L monocytogenes é um parasita intracelular A L. monocytogenes é um parasita intracelularfacultativo.

Fixa e penetra em diversas células de mamíferos por Fixa e penetra em diversas células de mamíferos porfagocitose.

U d d él l d ú l f í i Uma vez dentro da célula, escapa do vacúolo fagocíticoproduzindo uma toxina lesiva à membrana, a listeriolisina.

A Listeria cresce no citoplasma e estimula alterações nafunção celular, que facilitam sua passagem direta de

él luma célula a outra.

Listeriose Listeriose

Septicemia e meningite são as formas mais Septicemia e meningite são as formas maiscomumente relatadas de infecção pelomicrorganismo.

Pode ser transmitido da mãe infectada ao recém-nascido ou ao feto iniciando um abortonascido ou ao feto, iniciando um aborto.

Indivíduos imunodeprimidos (imunidade celular) p ( )são suscetíveis a infecções sérias, generalizadas.

Diversos antibióticos foram usados com sucesso Diversos antibióticos foram usados com sucesso para tratar as infecções por L. monocytogenes:

- Ampicilina;

- Trimetoprima;

- Sulfametoxazol.

Não há vacina disponível contra a L. monocytogenes.

A prevenção das infecções pode ser obtida pelo d d d lpreparo e manuseio adequado dos alimentos.

A L monocytogenes pode ser isolada do sangue do A L. monocytogenes pode ser isolada do sangue, do liquor e de outros espécimes clínicos.

Em Ágar Sangue, o organismo produz uma colônia pequena circundada por uma zona estreita de β-hemólisehemólise.

As espécies de Listeria podem ser diferenciadas pela: As espécies de Listeria podem ser diferenciadas pela:- morfologia,- pela motilidade positiva ep p- pela produção de catalase.

FimFim! Obrigado!! Obrigado!FimFim! Obrigado!! Obrigado!

Prof. Flávio Henrique F. Barbosa

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