aula 03. maturação fisiológica
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ACRE
CAMPUS CRUZEIRO DO SUL
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGROECOLOGIA
AULA 03. MATURAÇÃO FISIOLÓGICA
CRUZEIRO DO SUL – AC
2015
ROTEIRO
• Introdução.
• Processo de desenvolvimento das sementes.
• Ponto de maturidade fisiológica.
• Tamanho e acúmulo de matéria seca.
• Teor de água.
• Vigor.
• Germinação.
• Maturidade e colheita de sementes.
INTRODUÇÃO
• Maturação é um processo constituído por uma série de alterações morfológicas, físicas,
fisiológicas e bioquímicas que ocorrem a partir da fecundação do óvulo e prosseguem até
o momento em que as sementes se desligam fisiologicamente da planta, ou seja, atingem
a maturidade fisiológica (Delouche, 1971).
• O estudo da maturação tem como objetivo a determinação do ponto ideal de colheita das
sementes, visando a produção e a qualidade do material.
INTRODUÇÃO
• As sementes atingem o máximo potencial fisiológico na época da maturidade, quando
cessa o período de acúmulo de matéria seca (TEKRONY & EGLI, 1995; MARCOS FILHO,
2005).
• No final do processo de maturação, o metabolismo é reduzido de maneira expressiva
provocando a paralização do crescimento.
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DAS SEMENTES
• O processo de desenvolvimento das sementes (da fertilização do óvulo até a maturidade)
é dividido em quatro fases:
- Fases I e II (divisão e expansão celular).
- Fase III (acúmulo de reservas).
- Fase IV (desidratação).
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DAS SEMENTES
PONTO DE MATURIDADE FISIOLÓGICA
• Pode-se definir como ponto de maturidade fisiológica da semente aquele no qual o
material apresenta o máximo de germinação e vigor. Daí a importância do estudo da
maturação de sementes, que tem como objetivo determinar como e quando este ponto
de máxima qualidade fisiológica é atingido pelo material.
• São consideradas características relacionadas ao processo de maturação avaliadas para a
determinação do ponto de maturidade fisiológica: tamanho da semente, teor de água,
vigor e germinação.
TAMANHO E ACÚMULO DE MATÉRIA SECA
• No amplo processo de maturação, o início do desenvolvimento da semente é
caracterizado pelo lento acúmulo de matéria seca transferida da planta-mãe, em função
da necessidade de divisão e expansão celular.
• Posteriormente, o fluxo de matéria seca para as sementes é intensificado, até atingir-se
um grau máximo.
• Quando atingem ummáximo de massa seca, desligam-se fisiologicamente da mesma.
TAMANHO E ACÚMULO DE MATÉRIA SECA
- Relação fonte-dreno
Fonte: folhas (fotossíntese).
Dreno: sementes.
Xilema: transporta os nutrientes absorvidos pelas
raízes até as folhas.
Floema: transporte de seiva (açúcares –
principalmente sacarose – e outros solutos) das folhas
para a semente.
EXTRESSES AMBIENTAIS – SE OCORREREM DURANTE OFLORESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE, PODEOCORRER ABORTAMENTO DE SEMENTES IMATURAS.
TAMANHO E ACÚMULO DE MATÉRIA SECA
• Quando se processa a fecundação do óvulo, este possui tamanho incomparavelmente
menor ao da semente já completamente formada. Quando seu desenvolvimento é
iniciado ocorre intensa divisão e expansão das células, o que promove o crescimento em
tamanho da semente.
• O máximo tamanho das sementes é atingido aproximadamente na metade do período de
acúmulo de matéria seca.
• Em algumas espécies, ocorre redução de tamanho ao final da maturação.
TAMANHO E ACÚMULO DE MATÉRIA SECA
TEOR DE ÁGUA
• O teor de água nas sementes decresce durante seu processo de maturação. Inicialmente
a perda de água é lenta, só acelerando quando atingem a máxima massa de matéria
seca. Este processo – de perda de água – prossegue até que elas atinjam um ponto de
equilíbrio com a umidade relativa do ar.
• A transferência de matéria seca da planta-mãe para a semente ocorre em meio líquido.
TEOR DE ÁGUA
• Durante seu desenvolvimento observa-se que inicialmente, logo após a fecundação do
óvulo, a semente possui elevado teor de água. Logo após, segue-se um pequeno
acréscimo de umidade prosseguido por uma fase de lento declínio (que tem duração
diretamente relacionada com a espécie, condições ambientais e estágio de
desenvolvimento da planta).
• Posteriormente, as mesmas entram em fase de acelerada desidratação até o referido
momento onde passam a possuir teor de umidade oscilante - conforme as condições
ambientais (umidade relativa do ar). A partir deste momento, não há mais ligação entre o
teor de água da semente e o da planta mãe.
TEOR DE ÁGUA
VIGOR
• Vigor é a soma total de propriedades da semente, que determinam o nível de
atividade e desempenho da semente ou do lote de sementes, durante a
germinação e a emergência das plântulas. As sementes que apresentam bom
desempenho são chamadas “vigorosas”, enquanto as que apresentam fraco
desempenho são chamadas “sementes de baixo vigor” (PERRY, 1978; MARCOS
FILHO, 2005).
VIGOR
• Segundo MARCOS FILHO (2005), o vigor reúne um conjunto de características que
poderiam ser consideradas como atributos independentes, como a velocidade de
germinação, o crescimento de plântulas, a habilidade para germinar sob
temperaturas subótimas e outras. Lotes de sementes “vigorosas” tem maior
probabilidade de sucesso quando expostos a ampla variação das condições do
ambiente.
VIGOR
• As modificações do vigor da semente ocorrem paralelamente à evolução da
transferência de matéria seca da planta para as sementes, ou seja, a proporção de
sementes vigorosas aumenta com o decorrer da maturação, atingindo o máximo
em época muito próxima ao coincidente com o máximo acúmulo de reservas
(MARCOS FILHO, 2005).
GERMINAÇÃO
• Germinação é o fenômeno em que, sob condições favoráveis, o eixo
embrionário dá prosseguimento ao seu desenvolvimento, que estava
reduzido no final do processo de maturação fisiológica (ROSSETTO et al.,
2006).
GERMINAÇÃO
• Conforme se processa a maturação, no decorrer do tempo, observa-se que um maior
porcentual das sementes em desenvolvimento possui capacidade de germinar. Este
número alcança um máximo quando se aproxima o momento em que o fluxo de matéria
seca da planta para a semente é interrompido.
• Desta forma, pode-se concluir que para cada espécie haverá um período necessário de
maturação para que as sementes atinjam o máximo porcentual de germinação possível.
MATURIDADE E COLHEITA DAS SEMENTES
• A impossibilidade de se efetuar a colheita no momento adequado ou a possível
negligência do produtor pode determinar a permanência de sementes no campo
durante período prolongado, expostas a ambiente menos favorável (Marcos Filho et
al., 2005).
MATURIDADE E COLHEITA DAS SEMENTES
• Considerados os parâmetros de tamanho, teor de água, vigor e germinação,
teoricamente, encontraríamos o momento ideal de colheita das sementes, sendo
aquele no qual elas atingissem a maturidade fisiológica, considerando também que
após este ponto o único fato relevante ocorrido seria a perda de água pelo material.
• A maturidade fisiológica identifica o momento em que cessa a transferência de
matéria seca da planta para as sementes; nesta ocasião, apresentam potencial
fisiológico elevado, senão máximo. Diante desse fato, seria extremamente natural a
decisão de efetuar a colheita dos campos de produção de sementes quando a
população de plantas atingisse a maturidade fisiológica (MARCOS FILHO, 2005).
MATURIDADE E COLHEITA DAS SEMENTES
• Porém, nesta fase, a maioria das plantas ainda apresentaria uma série de fatores que inviabilizariam a
colheita e posterior uso das sementes:
- grande quantidade de folhas e ramos verdes (com alto teor de umidade), que atrapalharia de maneira
significativa o trabalho das colhedeiras (manejo mecanizado) para recolhimento e debulha;
- injúrias mecânicas, como o amassamento, que poderiam ser provocadas nas sementes caso fossem
colhidas com elevado teor de água; e
- elevado teor de umidade, que demandaria o uso de secadores artificiais.
• A não ser que se consiga desenvolver máquinas capazes de efetuar a colheita de plantas e sementes
com teor de água elevado, a aplicação de dessecantes parece ser a única saída viável para se colher
sementes no ponto de maturidade fisiológica, em áreas extensas de produção (ROSSETTO et al. 2006).
OBRIGADO!
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