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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA MESTRADO MATURAÇÃO, QUALIDADE FISIOLÓGICA E TESTES DE VIGOR EM SEMENTES DE MAMONA JOEL MARTINS BRAGA JÚNIOR AREIA - PB Fevereiro/2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA MESTRADO

MATURAÇÃO, QUALIDADE FISIOLÓGICA E TESTES DE VIGOR EM SEMENTES DE MAMONA

JOEL MARTINS BRAGA JÚNIOR

AREIA - PB Fevereiro/2009

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MATURAÇÃO, QUALIDADE FISIOLÓGICA E TESTES DE VIGOR EM

SEMENTES DE MAMONA

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JOEL MARTINS BRAGA JUNIOR

MATURAÇÃO, QUALIDADE FISIOLÓGICA E TESTES DE VIGOR EM SEMENTES DE MAMONA

ORIENTADORA: Profa. Dra. Riselane de Lucena Alcântara Bruno

AREIA - PB Fevereiro/2009

Dissertação apresentada à Universidade

Federal da Paraíba, Centro de Ciências

Agrárias, Campus II, Areia-PB, como parte

integrante dos requisitos para obtenção do

título de Mestre em Agronomia.

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B813m Braga Júnior, Joel Martins.

Maturação, qualidade fisiológica e testes de vigor em sementes de

mamona./ Joel Martins Braga Júnior – Areia-PB: UFPB/CCA, 2009.

118 f.

Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal da

Paraíba-Centro de Ciências Agrárias, Areia, 2009.

Bibliografia

Orientador: Riselane de Lucena Alcântara Bruno.

1. Mamona – maturação 2. Mamona – qualidade fisiológica 3.

Mamona – testes de vigor 4. Ricinus communis L. I. Bruno, Riselane de

Lucena Alcântara (Orientador) II. Título.

CDU: 582.757

Ficha Catalográfica Elaborada na Seção de Processos Técnicos da Biblioteca Setorial de Areia-PB, CCA/UFPB.

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JOEL MARTINS BRAGA JÚNIOR

MATURAÇÃO, QUALIDADE FISIOLÓGICA E TESTES DE VIGOR EM

SEMENTES DE MAMONA

Aprovada em: 18 / 02 / 09

BANCA EXAMINADORA _______________________________________________________________

Profa. Dra. Riselane de Lucena Alcântara Bruno Orientadora CCA/UFPB

Dr. Mauro Vasconcelos Pacheco Examinador

Pesquisador Bolsista PNPD/CAPES

Dr. Jeandson Silva Viana

Examinador UAST/UFRPE

AREIA - PB Fevereiro/2009

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A Deus, por continuar me dando a oportunidade de viver, forças para

suportar todas as adversidades do meio. Confiei e confio em ti meu Deus, pois

nunca me abandonaste, me carregaste em teu colo sempre que precisei.

Aos meus pais, Joel Martins Braga e Auricléia Passos Melo , pelo

apoio, dedicação e confiança que depositam em mim na esperança de nunca

desapontá-los.

Aos meus irmãos, Joelma Braga Moreno, Jailson Barbosa Braga,

Jean Max Passos Braga, Diomar Carlos de Souza Neto, Luís Guilherme

Siqueira Braga, Jadson Pinheiro Braga, Joely Pinhei ro Braga , pela

amizade, apoio e amor verdadeiro em todos os momentos.

Aos meus avós, Macionilio Braga , Maria Martins Braga , Antônio

Monteiro de Melo , Lucila Passos de Melo (in memorian), pela sabedoria e

educação que me passaram durante toda trajetória de minha vida.

Aos meus sobrinhos Keliane, Mateus, Jaqueline, Jalison e Isabelle ,

mesmo vivendo distante deles espero ser lembrado como um bom exemplo de

vida.

A toda minha família, por estar ao meu lado prestando ajuda sempre que

necessário.

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vii

Em especial a minha esposa e companheira de todas as horas Talita

Freitas Filgueira de Sá , pela ajuda emocional e sentimental que recebo a

todos os minutos da minha vida.

Ao meu filho Joel Martins Braga Neto , que foi a grande vitória obtida

por mim durante toda caminhada que fiz. A ele ofereço esta canção:

“Angelical, dócil e meigo, inteligente e divino, como pai vejo meu clone na feição do meu menino, é meu sangue que circula, é minha voz quando

ecoa, se a dor é de doer nele, em mim prefiro que doa, meu filho é meu coração,

batendo em outra pessoa.”

Pequeno Príncipe

Composição: Os Nonatos

Dedico.

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viii

AGRADECIMENTO

Ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, por

proporcionar a oportunidade de me qualificar profissionalmente.

A CAPES por financiar todo meu curso de mestrado.

À profa. Dra. Riselane de Lucena Alcântara Bruno, pela orientação,

pelas dicas, opiniões e auxílio dado durante o desenvolvimento da dissertação.

Às Dras. Edna Ursulino Alves e Edilma Pereira Gonçalves por toda ajuda

oferecida a mim.

Ao meu amigo Jeandson Silva Viana, pela amizade verdadeira e as

palavras de incentivo durante toda minha trajetória acadêmica.

Aos professores das disciplinas pelos ensinamentos valorosos, em

especial: Walter Esfrain, Francisco DiAssis, Egberto Araújo, Silvanda Silva,

Ricardo Elesbão, Albericio Andrade, Renato Guimarães, Leonardo Pessoa

Felix .

Aos funcionários do Laboratório de Análises de Sementes, MSc. Antônio

Alves Severino (Biu Pesqueiro) e Rui Barbosa.

Ao Doutor Elson Soares pelos ensinamentos na reta final do mestrado.

Aos meus amigos: Anchieta, Camila, Catarina, Cosmo, Edna, Érllens,

Gerlândio, Henrique, Irinaldo, Jandiê, João Paulo, Jordão, Leandro, Lucas,

Luciano, Lucicléia, Lulinha, Macio, Maria, Maximinio, Mazola, Nelson, Nino,

Roberta, Tadeu, Vinícius.

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ix

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS .........................................................................................xii LISTA DE FIGURAS .........................................................................................xiii RESUMO............................................................................................................xv

ABSTRACT .......................................................................................................xvi

CAPÍTULO I - Revisão sobre a maturação, qualidade fisiológica e testes

de vigor em sementes de mamona ..................... ..................01

RESUMO...........................................................................................................02 ABSTRACT .......................................................................................................02

1. Espécie estudada ............................................................................................03

2. Maturação fisiológica .....................................................................................08

3. Biometria de semente .....................................................................................11

4. Teor de água das sementes ...........................................................................14

5. Germinação .....................................................................................................16

6. Vigor de sementes ..........................................................................................18

7. Condutividade elétrica ...................................................................................20

8. Envelhecimento acelerado .............................................................................24

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................28

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................29

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x

CAPÍTULO II - Maturação e qualidade fisiológica de sementes de mamona

brs – nordestina ................................... ................................47

RESUMO...........................................................................................................48

ABSTRACT .......................................................................................................49

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................50

2. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................51

Localização dos Experimentos .........................................................................51

2.1. Coloração ..................................................................................................53

2.2.Biometria: largura, comprimento e espessura de sementes.......................53

2.3. Determinação do teor de água ..................................................................53

2.4. Massa seca da semente............................................................................53

2.5. Germinação e Primeira contagem de germinação ....................................53

2.6. Comprimento da raiz e da parte aérea ......................................................53

2.7. Massa seca da raiz e da parte aérea.........................................................54

2.8. Delineamento Estatístico ...........................................................................54

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................54

3.1. Coloração ..................................................................................................54

3.2. Biometria ...................................................................................................55

3.3. Teor de água das sementes ......................................................................60

3.4. Massa seca das sementes ........................................................................62

3.5. Germinação ...............................................................................................64

3.6. Primeira contagem de germinação............................................................67

3.7. Comprimento da raiz .................................................................................68

3.8. Comprimento da parte aérea.....................................................................71

3.9. Massa seca de raiz....................................................................................72

3.10. Massa seca da parte aérea .....................................................................74

5. CONCLUSÕES ................................................................................................75

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................76

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xi

CAPÍTULO III – Teste de condutividade elétrica em s ementes de mamona

cultivar brs – nordestina com ausência e presença d e

carúncula .......................................... ................................... ...81

RESUMO .............................................................................................................82

ABSTRACT .......................................................................................................... 83

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................84

2. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................85

2.1. Localização do experimento......................................................................85

2.2. Germinação ...............................................................................................85

2.3. Teste de condutividade elétrica .................................................................85

2.4. Procedimento estatístico ...........................................................................86

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................86

5. CONCLUSÕES ................................................................................................94

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................95

CAPÍTULO IV – Teste de envelhecimento acelerado em sementes de

mamona cultivar brs – energia...................... ...................... 98

RESUMO ............................................................................................................. 99

ABSTRACT ................................................................................................... 100

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 101

2. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 106

2.1. Localização do experimento.............................................................. 103

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xii

2.2. Determinação do teor de água .......................................................... 103

2.3. Germinação ....................................................................................... 103

2.4. Comprimento de raiz ......................................................................... 103

2.5. Envelhecimento acelerado tradicional ............................................... 104

2.6. Envelhecimento acelerado modificado .............................................. 104

2.7. Emergência de plântulas ................................................................... 104

2.8. Delineamento estatístico ................................................................... 104

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................... 105

4. CONCLUSÕES ........................................................................................ 113

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 114

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xiii

LISTA DE TABELA

CAPÍTULO II

TABELA 1 . Resumo da Análise de Variância das variáveis biométricas: largura

(LA); comprimento (CP); espessura (ES) de sementes de mamona

cultivar BRS – Nordestina ............................................................56

TABELA 2. Resumo da Análise de Variância das variáveis: umidade (U%);

massa seca de sementes (MSE); germinação (GE) de sementes de

mamona variedade BRS – Nordestina ..........................................60

TABELA 3. Resumo da Análise de Variância das variáveis de vigor: primeira

contagem de germinação (PC); massa seca da raiz (MSR); massa

seca da parte aérea (MSP); comprimento da raiz (CR) e

comprimento da parte aérea (CP) de sementes de mamona

variedade BRS – Nordestina .........................................................69

CAPÍTULO IV

TABELA 1. Valores médios obtidos inicialmente nos testes de germinação

(TG), primeira contagem de germinação (PCG), comprimento de

raiz (CR) e emergência de plântulas (EP), em quatro lotes de

sementes de mamona BRS – Energia ..................................... 105

TABELA 2. Teor de água (%) obtido de quatro lotes de sementes de mamona

BRS - Energia submetidas a diferentes períodos em câmara de

envelhecimento acelerado contendo água e solução de NaCl .. 106

TABELA 3. Valores médios de germinação (%) obtidos no teste de

envelhecimento acelerado tradicional (água) e com solução

saturada de NaCl, em quatro lotes de sementes de mamona BRS –

Energia ...................................................................................... 109

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xiv

LISTA DE FIGURAS

CAPÍTULO II

FIGURA 1. Largura das sementes de mamona BRS - Nordestina durante o

processo de maturação fisiológica.................................................57

FIGURA 2. Comprimento das sementes de mamona BRS - Nordestina durante

o processo de maturação fisiológica ..............................................58

FIGURA 3. Espessura das sementes de mamona BRS - Nordestina durante o

processo de maturação fisiológica.................................................59

FIGURA 4. Umidade das sementes de mamona BRS - Nordestina durante o

processo de maturação fisiológica.................................................61

FIGURA 5. Massa seca das sementes de mamona BRS - Nordestina durante o

processo de maturação fisiológica.................................................63

FIGURA 6. Germinação das sementes de mamona BRS - Nordestina durante o

processo de maturação fisiológica.................................................65

FIGURA 7. Primeira contagem de germinação das sementes de mamona BRS

- Nordestina durante o processo de maturação fisiológica ............68

FIGURA 8. Comprimento da raiz de plântulas oriundas de sementes de

mamona BRS - Nordestina durante o processo de maturação

fisiológica .......................................................................................70

FIGURA 9. Comprimento da parte aérea de plântulas oriundas de sementes de

mamona BRS - Nordestina durante o processo de maturação

fisiológica .......................................................................................72

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xv

FIGURA 10. Massa seca da raiz de plântulas oriundas de sementes de

mamona BRS - Nordestina durante o processo de maturação

fisiológica...................................................................................73

FIGURA 11. Massa seca da parte aérea de plântulas oriundas de sementes de

mamona BRS - Nordestina durante o processo de maturação

fisiológica .....................................................................................74

CAPÍTULO III

FIGURA 1. Condutividade elétrica (µS cm-1 g-1) de sementes de mamona BRS

- Nordestina, em função dos períodos de embebição e da presença

e ausência de carúncula, utilizando-se 25 mL de água destilada..87

FIGURA 2. Condutividade elétrica (µS cm-1 g-1) de sementes de mamona BRS

- Nordestina, em função dos períodos de embebição e da presença

e ausência de carúncula, utilizando-se 50 mL de água destilada..89

FIGURA 3. Condutividade elétrica (µS cm-1 g-1) de sementes de mamona BRS

- Nordestina, em função dos períodos de embebição e da presença

e ausência de carúncula, utilizando-se 75 mL de água destilada..91

FIGURA 4. Efeito das concentrações de água de embebição e dos períodos de

embebição sobre a condutividade elétrica de sementes de mamona

BRS – Nordestina com carúncula ..................................................92

FIGURA 5. Efeito das concentrações de água de embebição e dos períodos de

embebição sobre a condutividade elétrica de sementes de mamona

BRS – Nordestina sem carúncula ..................................................93

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BRAGA JÚNIOR, JOEL MARTINS. Maturação fisiológica e testes de vigor

em sementes de mamona. Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB, 2009,

118 f. (Dissertação do Curso de Pós-Graduação em Agronomia).

RESUMO - A mamona, de nome científico Ricinus communis L. é uma das

espécies da família Euphorbiaceae mais promissoras para agricultura na região

semi-árida por fornecer seu óleo como matéria-prima para diversos produtos e

subprodutos. O presente trabalho objetivou estudar a maturação fisiológica,

teste de condutividade elétrica e o envelhecimento acelerado de sementes de

mamona. A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Análise de Sementes do

CCA, da UFPB, Campus II, Areia-PB. Para maturação fisiológica realizaram-se

nove coletas após a antese. As sementes foram submetidas às avaliações

biométricas (largura, comprimento e espessura das sementes), determinação

do teor de água, massa seca da semente, germinação, primeira contagem de

germinação, comprimento e massa seca de raiz e parte aérea de plântulas.

Para condutividade elétrica as sementes foram submetidas aos seguintes

testes: Germinação, teste de condutividade elétrica. Para o envelhecimento

acelerado utilizou-se quatro lotes de sementes. A qualidade inicial dos lotes foi

avaliada pela determinação do teor de água, germinação, primeira contagem

de germinação, velocidade de emissão da raiz primária e emergência de

plântulas em campo. Utilizou-se a analise de variância e comparação de

medias pelo teste de Tukey, o modelo de regressão polinomial pelo software

SAS. Nas condições do presente trabalho, o ponto de maturidade fisiológica

das sementes de mamona ocorre aos 42 dias após a antese. O volume de 25

mL não é indicado; já os volumes de 50 e 75 mL de água de embebição podem

ser utilizados no teste; recomenda-se a retirada da carúncula das sementes de

mamona BRS – Nordestina antes da condução do teste de condutividade

elétrica. O teste de envelhecimento acelerado tradicional com 72 horas provoca

a morte das sementes de mamona.

Palavras chave: Ricinus communis L., Poder germinativo, Maturidade,

Qualidade fisiológica.

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BRAGA JÚNIOR, JOEL MARTINS. Physiological maturation and vigor tests

in castor bean seeds. Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB, 2009, 118

f. (Dissertation of Course of Post- Graduation in Agronomy).

ABSTRACT - Castor bean of scientific name Ricinus communis L. is one of the

more promising species of the Euphorbiaceae family for agriculture in the semi-

arid region for supplying its oil as raw material diverse products and sub-

products. The present works objectified to study the physiological maturation,

electrical conductivity and accelerated aging tests of seeds of castor bean. The

research was carried out in the Laboratory of Analysis of Seeds of the CCA, the

UFPB, Campus II, Areia, Brazil. To physiological maturation of the seeds

realized nine collects after anthesis. The seeds were submitted to the

biometrics evaluations (width, length and thickness of the seeds), determination

of the tenor of water, dry mass of the seed, germination, first counting of

germination, length and dry mass of root and aerial part of seedlings. To

electrical conductivity test the seeds were submitted to following tests:

Germination, electrical conductivity. To accelerated aging test used four lots of

seeds. Initial quality of each lot of seeds was evaluated by determination of the

tenor of water, germination, first counting of germination, speed of emission of

the primary root and emergency of seedling in field. Used variance analysis and

comparison the average by Tukey test, the model polynomial regression by

software SAS. In the conditions of the present work, the point of physiological

maturity of the seeds of castor bean is to the 42 days after anthesis. The

volume of 25 mL of imbibition water is not indicated; already the volumes of 50

and 75 mL of imbibition water can be used in the test; removed it of caruncule

of the seeds of castor bean before the conduction of the electrical conductivity

test. Accelerated aging test traditional with 72 hours provokes death of the

seeds of castor bean.

Key-words : Ricinus communis L., Germinative Power, Maturity, Physiological

Quality.

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CAPÍTULO I

REVISÃO SOBRE A MATURAÇÃO, QUALIDADE FISIOLÓGICA E TESTES

DE VIGOR EM SEMENTES DE MAMONA

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2

RESUMO

Trabalhos relacionados à espécie Ricinus communis L., maturação,

qualidade fisiológica e testes de vigor de sementes são muito importantes para

servir de base para confecção de várias outras fontes de divulgação de

resultados científicos. O objetivo do trabalho foi conduzir um levantamento

bibliográfico referente ao processo de formação, qualidade e vigor das

sementes de mamona. O material utilizado consistiu de artigos científicos,

dissertações e teses. Os tópicos abordados foram à espécie Ricinus

communis, maturação fisiológica, biometria, teor de água, germinação, vigor,

condutividade elétrica e envelhecimento acelerado de sementes.

Palavras-chave : germinação, biometria, teor de água, condutividade,

envelhecimento.

Review about maturation, physiologic quality and vo gor tests in Castor

bean seeds

ABSTRACT

Revision about to specie Ricinus communis L., maturation, physiologic

quality and vigor’s tests of seeds are very important for serve of base for

confection of several other sources of spreading of scientific results. The object

of the revision was lead a referring bibliographical survey to the formation

process, quality and vigor of castor bean seeds. The material used consisted of

scientific articles, dissertation and theses. The topics studied were to specie

Ricinus communis, physiologic maturation, biometry, tenor of water,

germination, vigor, conductivity electrical and accelerated aging of seeds.

Key-words : germination, biometry, tenor of water, conductivity, aging.

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1. Espécie estudada

A mamona (Ricinus communis L.) pertence à família das Euphobiaceae

que por sua vez possui 7000 espécies. Originária da Etiópia um país africano,

chegou ao Brasil por intermédio dos africanos durante a colonização

portuguesa (MAZZANI, 1983).

A referida espécie se destaca por habitar várias regiões do globo

terrestre que se situam entre as latitudes 40º N e 40º S (AMORIM NETO et al.,

2001). Segundo Távora (1982) a mamona tem a facilidade de se adaptar às

mais variadas condições ambientais, desenvolvendo-se bem em climas

tropicais e subtropicais com uma faixa de temperatura entre 20 e 33oC, sendo

resistente à seca. A precipitação pluviométrica exigida é de pelo menos 500

mm/ano e a umidade relativa abaixo de 60% (EMBRAPA, 2003).

A mamona é uma espécie que apresenta bastante complexidade

morfológica, na biologia floral e na fisiologia, com ramificação caulinar tipo

simpodial que progride, tendo sempre origem na axila das folhas do ramo de

ordem inferior, raízes fistulosas; particularidade da inflorescência, vários tipos

de expressão da sexualidade; C3 e elevadas taxas de respiração (BELTRÃO

et. al., 2001).

A planta da mamona tem crescimento indeterminado, porte arborescente

ou arbóreo, variando entre 0,8m a mais de 7m de altura, com haste principal

desenvolvendo-se na posição vertical até o surgimento da primeira

inflorescência (racemo primário). Os ramos laterais se desenvolvem da axila da

última folha, logo abaixo da inflorescência e recebem a denominação de ramos

secundários. Assim, podem ocorrer ramos terciários, quaternários ou de ordem

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4

mais elevada. Esse sistema de ramificação persiste na planta indefinidamente

e cada ramo termina num cacho (TÁVORA, 1982 e BELTRÃO et al., 2001).

Ocorre na planta variações na coloração de caule, folhas e racemos,

podendo possuir depósito de cera sobre os ramos. As inflorescências são do

tipo panicular, denominadas de racemos, com estames ramificados e anteras

de cor amarela (BELTRÃO et al., 2001).

Os frutos são cápsulas tricoca com a coloração variando do verde ao

roxo. Cada fruto é constituído de três sementes com variações nos tamanhos,

formatos e coloração. Quanto à abertura, os frutos são classificados como

deiscentes ou indeiscentes (TÁVORA, 1982). Plantas com os frutos

indeiscentes são mais requeridos devido à redução da utilização de mão de

obra além da possibilidade de colheita mecânica (AMARAL, 2003).

Em pesquisas realizadas por Azevedo et al. (1997) e Beltrão e Silva

(1999), verificou-se que a mamona é uma planta considerada autógama, mas

pode apresentar até 30% de alogamia. Apresentando no geral, flores

masculinas na parte inferior e feminina na parte superior da planta,

caracterizando-as com planta monóica, com polinização do tipo anemófila.

Moshkin (1986) dividiu as plantas de mamona, de acordo com os tipos

de expressão de sexualidade, nas quais se apresentavam as fêmeas estáveis

com flores femininas em todos os racemos; as fêmeas instáveis com o racemo

central pistilado e os demais, parciais ou totalmente monóicos; as plantas

inclinadas para fêmea apresentam um pequeno número de flores masculinas

na parte basal da inflorescência; as plantas com poucas flores masculinas,

ocorrendo em todas as partes do racemo; as plantas só com flores masculinas

e plantas monóicas (normais). Ocorrendo ainda o hermafroditismo e reversão

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sexual, dependendo do manejo da cultura, do ambiente e da genética da

planta.

As sementes da mamona são as principais fontes de óleo aplicado na

indústria de transformação, possuindo de 40 a 60% de óleo, (BELTRÃO, et al.,

2001) fonte praticamente pura de ácido graxo, apresentando três grupos

carboxílicos, solúveis em álcool. Armazenam um tipo especial de óleo que tem

inúmeras aplicações, como: na fabricação de tintas e isolantes, serve como

lubrificante na aeronáutica, base na manufatura de cosméticos, drogas

farmacêuticas e em vários processos industriais. Segundo Costa, Ramos e

Abrantes (2004) o óleo da mamona é bastante estável em variadas condições

de pressão e temperatura. Permite larga faixa de condições de temperatura,

que perdem viscosidade em altas temperaturas e se solidificam em baixas

temperaturas, possuindo também estabilidade à oxidação (SAVY FILHO et al.,

1999).

Assim, o óleo da mamona, é aplicado na produção de remédios,

cosméticos, na construção civil, na indústria automobilística, no revestimento

de poltronas e parede de avião, na fabricação de plásticos biodegradáveis, na

fabricação de tintas, vernizes, lubrificantes, vidros a prova de balas e etc

(SOUZA, 2007).

Essa espécie também é muito utilizada para produção de subprodutos

destinados a alimentação animal e recuperação de solos esgotados. Severino

(2005) afirma que a torta de mamona pode ser utilizada na alimentação animal,

graças ao seu alto teor de proteínas, e Savy Filho et al. (1999) relatam que este

subproduto possui a capacidade de recuperar solos esgotados.

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Porém, para se utilizar a torta de mamona como alimentação animal,

tornasse necessário se desenvolver um processo de desintoxicação do

subproduto, que é bastante complexo e, relativamente caro, levando as usinas

de óleo preferirem vender a torta apenas como fertilizante (BELTRÃO e

SILVA,1999).

No Brasil, a mamona possui um importante papel socioeconômico,

sobretudo nas regiões com menor disponibilidade hídrica. Na região Nordeste,

a produção de biodiesel de mamona surgiu há pouco tempo como promissora

alternativa para os pequenos produtores da região (SANTOS et al., 2001).

Os órgãos governamentais e parceiros privados enxergam a cultura da

mamona sob os pontos de vista econômico, social e ambiental. Adotando tal

cultura no Programa Nacional de Biodiesel (QUEIROGA e SANTOS, 2008).

O cultivo de mamona destinada à produção de biodiesel tem a proposta

de desenvolvimento sustentável priorizando a vida e a manutenção da

sustentabilidade (AMORIM, 2005).

Parente et al. (2003) justifica a implementação de um programa de

desenvolvimento da lavoura familiar com base na mamona, pela cultura ser

resistente à seca em comparação às lavouras de subsistência de feijão e milho,

e poder gerar renda complementar segura para as famílias envolvidas.

A utilização das sementes de mamona como matéria-prima para

produção de óleo, faz com que o nível tecnológico empregados na agricultura

seja mais avançado, como o uso de insumos, preparo do solo, plantio, colheita

e uso de sementes de qualidade, visando obter um alto rendimento e um

produto final de qualidade (SOUZA, 2007).

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A mamona BRS – Energia é uma nova cultivar desenvolvida pela

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Algodão), de Campina

Grande, pertencente à família Euphorbiaceae, caracterizada pela precocidade

no cultivo, com a perspectiva de ser o primeiro produto concebido para ser

matéria-prima de energia renovável no semi-árido nordestino (BIODIESELBR.,

2007).

A cultivar BRS Energia, lançada pela Embrapa Algodão no ano de 2007,

apresenta porte baixo; é plantada em alta densidade populacional (acima de

5.000 plantas por ha-1) e é indeiscente, favorecendo o plantio e a colheita

mecanizada da lavoura, sendo a primeira cultivar de baixo porte adaptada às

condições de solo e clima da Região Nordeste. Enquanto as demais cultivares

lançadas pela Embrapa têm ciclos em torno de 220 e 240 dias, com uma

produção média de 1.500kg/ano, a BRS Energia tem produção de 1.800 kg/ano

em apenas 120 dias. Desta forma, conseguem-se produções semelhantes e

maiores em metade do tempo (SOFIATTI et al., 2008).

Além da produtividade média de 1.800kg/ano em sequeiro, a nova

cultivar tem características peculiares, como frutos indeiscentes (que não

abrem quando o cacho está seco), permitindo a realização de colheita única;

altura média da planta de 1,40m; número de 2 a 3 cachos por planta; teor de

óleo, entre 48 e 49%; sementes beges com rajas marrons e peso médio de 100

sementes equivalente a 53 gramas (BIODIESELBR., 2007).

Segundo Sérvulo et al. (2008) apesar da potencialidade produtiva da

cultivar BRS Energia, associada ao fácil cultivo, precocidade e sua relevante

importância social e econômica para o País, especialmente para a Região

Nordeste, demanda ainda informações do seu cultivo.

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As outras cultivares de mamona (Nordestina, Paraguassu, IAC –

Guarany e etc.), já possuem várias informações a respeito de seus cultivos e

suas utilidades.

2. Maturação fisiológica

A maturação da semente seria o conjunto de transformações ocorridas

no óvulo fertilizado até atingir a máxima potencialidade de desempenhar suas

funções vitais, estando desligada da planta-mãe (POPINIGIS, 1977;

CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).

A qualidade máxima da semente, com respeito à germinação e ao vigor,

é tradicionalmente associada à acumulação do peso da matéria seca máxima,

chamado também de maturidade de massa (EGLI, 1998).

O ponto de maturidade fisiológica da semente é um fator determinante

para a colheita de sementes com elevada qualidade fisiológica, (COSTA et al.,

2002). A semente adquire maior qualidade na maturidade quando ainda

contém teores elevados de água (POPINIGIS, 1985). Entretanto, o alto grau de

umidade da planta e da semente na época de colheita, aumenta o risco a

danos mecânicos de amassamento, aumenta a velocidade de deterioração,

sendo necessária uma secagem artificial imediata, elevando o custo de

produção das sementes (CARVALHO e NAKAGAWA 2000).

Índices de maturação são parâmetros práticos que, de acordo com Piña-

Rodrigues e Aguiar (1993), permitem inferir sobre o estágio de

desenvolvimento do fruto ou sementes, e podem ser utilizados quando se

deseja a determinação da época adequada de colheita de uma dada espécie.

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Apesar das sementes não estarem completamente maduras, elas

podem germinar, porém não resultam em plântulas tão vigorosas como aquelas

colhidas no ponto de maturidade fisiológica (CARVALHO e NAKAGAWA,

2000).

No caso de frutos carnosos, como o pimentão e o tomate, a maturidade

fisiológica, geralmente, coincide com o início da alteração na coloração do

epicarpo, ou seja, frutos verdes com manchas da cor final (DIAS, 2001).

Uma forma empírica de se identificar o ponto de maturação dos frutos é

pela coloração dos mesmos, no entanto, ocorre variação de acordo com a

espécie, localização geográfica e alternâncias climáticas (CAPELANES e

BIELLA, 1985). Essa afirmação também foi reforçada por Aguiar et al. (1988),

os quais relatam que do ponto de vista morfológico, a maturidade fisiológica

das sementes é facilmente acompanhada por visíveis mudanças no aspecto

externo e na coloração dos frutos e das sementes. Popinigis (1996) enfatiza

que a obtenção de qualidade fisiológica adequada é dificultada em espécies

caracterizadas pela desuniformidade na maturação.

Segundo Barbedo et al. (1994) os tecnologistas de sementes devem

considerar que o ponto de máximo vigor é a época mais adequada à colheita,

determinado pelo desenvolvimento e maturação das sementes. As condições

adversas do meio ao qual as sementes são submetidas, desde a fertilização

até o momento do plantio, podem determinar o seu nível de qualidade, e que

se reflete, positiva ou negativamente, na produtividade agrícola (CAMARGO,

1975).

O estudo da maturação em sementes é realizado em colheitas

efetuadas em intervalos regulares, após a antese podendo ser testadas quanto

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à germinação quando ainda úmidas (recém-colhidas) ou secas, isto é, após

deixá-las entrar em equilíbrio higroscópico com ambiente de baixa umidade

relativa (CARVALHO, 1974).

Delouche (1981) cita que a metodologia clássica para estudos de

maturação fisiológica é procedida pela etiquetagem de flores na antese,

seguida de colheita periódica das sementes, para se determinar o grau de

umidade, o peso de matéria seca, a porcentagem de germinação e o vigor.

O ideal é que a colheita fosse realizada no momento em que a semente

atingisse o ponto de maturidade fisiológica. No entanto algumas espécies

apresentam suas sementes com alto teor de água, ocasionando sérias

dificuldades no beneficiamento e armazenamento (NAKAGAWA, 1987). Assim,

a colheita, que deveria ser realizada no ponto de maturidade fisiológica,

torna-se impraticável em espécies de crescimento indeterminado (CARVALHO

e NAKAGAWA, 2000).

A secagem das sementes pode ser realizada dentro ou fora dos frutos,

como em estudos com soja (ADAMS e RINNE, 1981; MORAIS et al., 2001a) e

caupi (MORAIS et al., 2001b).

Dias (2001) relata que as sementes imaturas ainda presentes no fruto,

mesmo desligado da planta-mãe, completam seu desenvolvimento, resultando

em melhor qualidade fisiológica.

As sementes de girassol do cultivar lAC-Anhandy atingiram plena

maturação entre 30 e 40 dias após o florescimento, quando apresentaram

menores índices de sementes chochas e maiores valores de viabilidade e teor

de óleo (MAEDA et al. 1987). Para as sementes de girassol cultivar Contisol

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Bittencourt et al. (1991) verificaram a o 37º dia após a floração como ponto de

maturidade fisiológica.

De acordo com Kanashiro e Vianna (1982) as sementes de Cordia

goeldiana Huber (freijó cinza) devem ser colhidas aos 40 dias após o

florescimento, ocasião em que os frutos/sementes se apresentam com o seu

tamanho natural e mudando sua coloração de verde para marrom.

Carvalho et al. (1980) verificaram que quando sementes de Pterogvne

nitens Tul. (amendoim do campo) possuía o teor de água oscilando entre 60 e

65%, os frutos e as sementes estavam com o máximo conteúdo de matéria

seca, alcançando a maturidade fisiológica. Para as sementes da espécie

Enterolobium contortisiliquum (Vell) Morong (orelha-de-negro), Borges et al.

(1980) constataram, que o teor de umidade no ponto de maturidade fisiológica

das sementes era de aproximadamente 22%.

3. Biometria de sementes

As dimensões dos frutos e sementes podem ser informações cruciais

para a diferenciação de espécies do mesmo gênero. Vieira e Gusmão (2008)

afirmam que os dados de biometria de frutos e sementes são passíveis de

utilização em programas de melhoramento genético podendo ser um subsídio

para avaliar a variabilidade genética dentro de populações de uma mesma

espécie; as relações entre esta variabilidade e os fatores ambientais, bem

como para a conservação e exploração dos recursos de valor econômico.

Vários autores (CRUZ et al., 2001; FARIAS NETO et al., 2004;

GUSMÃO et al., 2006) verificaram a escassez de estudos biométricos em

espécies arbóreas tropicais que poderiam dar suporte a programas de

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reflorestamento, sabendo-se que há grande variabilidade existente quanto ao

tamanho dos frutos, número e tamanho das sementes.

Sano et al. (1999) enfatizam a importância de estudos biométricos para

distinguir grupos morfológicos de Dipteryx alata por meio da massa e das

dimensões de frutos e sementes. Fenner (1993) relata que a biometria de

sementes está relacionada com as características da dispersão e do

estabelecimento de plântulas.

Estudos biométricos também são utilizados por Baskin e Baskin (1998) e

Souza e Válio (2001) para distinguir espécies pioneiras das não pioneiras em

florestas tropicais. Carvalho et al. (1998) estudaram que na maioria dos casos,

em espécies arbustivas e arbóreas ocorre uma inversão entre o tamanho de

sementes e o número de sementes por fruto.

O tamanho da semente, juntamente com o vigor, a germinação, o

conteúdo de matéria seca e o teor de água, são parâmetros indicadores da

maturação fisiológica das sementes. Por exemplo, para sementes de soja

(Glycine max L.) Crookston e Hill (1978) verificaram que a redução do

tamanho das sementes em conseqüência da perda de umidade é o indicador

mais preciso para o índice de maturação.

Entretanto, não se pode considerar o tamanho de semente como um

indicador isolado da maturação, e sim avaliá-lo conjuntamente com outros

indicadores (BARBOSA, 1990; FIGLIOLIA, 1995; FIGLIOLIA e PIÑA-

RODRIGUES, 1995). Segundo Aguiar et al. (1988) os frutos de Eucalyptus

grandis Hill ex Maiden passam a ter a coloração marrom e o tamanho

aumentado decorrente do estádio de maturação das sementes.

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Para sementes de Myroxylon balsamum (L.) Harms ao atingirem os 70

dias após a antese, a referida espécie possui sementes com o tamanho

máximo (AGUIAR e BARCIELA, 1986). Martins e Silva (1997) estudando a

maturação fisiológica de sementes de jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra

(Vell.) Fr. All. ex Benth.), verificaram que as dimensões (comprimento, largura e

espessura) das sementes, oscilaram ao longo do período de maturação, com

valores crescentes até 319 dias após a floração, mas decaindo a partir deste

período.

A posição da flor na inflorescência, o estádio de diferenciação do

embrião, e a reserva nutricional são alguns dos fatores que influenciam no

tamanho das sementes, como também na germinação e no vigor (LARCHER,

2000).

Murali (1997) verificou que as sementes de menor tamanho, de 99

espécies das florestas secas da Índia germinaram mais rapidamente que às

sementes grandes. Alves et al. (2007) evidenciaram que às características

biométricas de frutos e sementes podem estar relacionadas com a dormência

de sementes para um grande número de espécies florestais.

Em sementes de Torresia acreana Ducke, o momento ideal de colheita

também pode ser determinado pelo tamanho do fruto (FIRMINO et al., 1996).

Porém, geralmente as sementes crescem rapidamente em tamanho,

desenvolvendo-se num espaço curto de tempo, no qual ainda não completaram

todo o processo de maturação fisiológica (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).

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4. Teor de água das sementes

O teor de água da semente nada mais é que a quantidade de água

presente na semente. A determinação do teor de água é de fundamental

importância logo após a maturação fisiológica, seja na colheita, secagem,

armazenamento e comercialização (LUZ et al. 1993).

A determinação do teor de água em sementes é considerada um dos

principais índices do processo de maturação fisiológica, quando relacionado

com as outras características, podendo ser ponto de referência para indicar a

maturidade fisiológica das sementes (CARVALHO et al., 1980; BORGES et al.,

1980; AGUIAR e BARCIELA, 1986; BARBOSA, 1990; FIRMINO et al., 1996;

MARTINS e SILVA, 1997; SILVA, 2002).

A mesma afirmativa foi feita por Ragagnin et al. (1994) que

consideraram o teor de água das sementes de Podocarpus lambertii Klotzsch,

como o melhor índice para determinação da maturidade fisiológica, ocorrendo

aos 131 após a antese.

Segundo Luz et al. (1993) o grau de umidade das sementes possui uma

característica peculiar para o armazenamento, se for determinado num peso

menor poderá existir um prejuízo financeiro pelo peso do produto na ocasião da

comercialização, e se for ao contrário, sendo o valor do grau de umidade maior,

existe o risco de deterioração do produto armazenado.

O teor de água nas sementes também é um determinante do ponto de

colheita. A máxima capacidade de germinação e máximo conteúdo de massa

seca em sementes de amendoim-do-campo (Pterogyne nitens Tul.), encontra-

se quando estas apresentam o teor de água em torno de 60-65% (CARVALHO

et al., 1980).

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Corvello et al. (1999) encontraram em suas pesquisas com sementes de

Cedrela fissilis Vell., que o teor de água nas sementes reduziram

significativamente logo no início do processo de maturação fisiológica, 27

semanas após a antese, chegando a atingir os menores porcentuais na última

colheita (35ª semana após a antese). Já em sementes de Anadenanthera

macrocarpa (Benth), Brenan (L.) Harms o teor de água das sementes se

manteve elevado até os 220 dias após a frutificação (SOUZA e LIMA, 1985)

ocasião na qual as sementes expressavam valores máximos de massa seca,

germinação e vigor.

Para sementes de orelha-de-negro (Enterolobium contortisiliquum (Vell.)

Morong), Borges et al. (1980), verificaram que o teor de água encontrava-se

em torno de 22%, no ponto de maturidade fisiológica, o qual coincidiu com a

máxima porcentagem de germinação.

Dos vários tipos de determinação do teor de água das sementes,

existem os métodos indiretos, rápidos para executar tornando-se

indispensáveis, utilizando equipamentos eletrônicos que necessitam ser

calibrados constantemente (GRABE, 1989).

Também existem os métodos diretos, ou seja, pela diferença de peso,

baseado no princípio da destilação, utilizando a destilação a óleo ou

“pipoqueiro” (LUZ et al., 1993). O método de determinação do teor de água nas

sementes prescrito oficialmente no Brasil, é o da utilização de estufa, sem

ventilação forçada, à temperatura de 105oC ± 3oC durante 24 horas, sem moer

as sementes ou grãos (BRASIL, 1992).

Há ainda, diversos outros métodos para determinação do teor de água

nas sementes, como: métodos químicos, métodos elétricos, método

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higrométrico, método de microondas, método acústico, entre outros

(NOOMHORM e VERMA, 1982; VERMA e NOOMHORM, 1983; BOWDEN,

1984; BAUDET, 1986; MEXAS e BRUSEWITZ, 1987; BENJAMIN e GRABE,

1989).

A comercialização é baseada no peso total do produto e não no peso de

matéria seca, portanto se o teor de água não é corretamente determinado,

quem está comprando ou vendendo pode ser prejudicado (LUZ et al. 1993).

5. Germinação

A germinação da semente é o processo no qual o eixo embrionário

retoma seu crescimento antes paralisado, dando origem a uma nova planta

(CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). Os botânicos também consideram que a

germinação seja um fenômeno biológico em que ocorre a retomada do

crescimento do embrião, com o subseqüente rompimento do tegumento pela

radícula. Porém, os tecnologistas de sementes já definem a germinação como

a emergência e o desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião,

manifestando a sua capacidade para dar origem a uma planta normal, sob

condições ambientais favoráveis (IPEF, 1998).

Para Albuquerque et al. (1998) o objetivo principal dos testes de

germinação é o fornecimento de informações sobre a qualidade das sementes,

que podem ser usadas na seleção de lotes para armazenamento,

comercialização e semeadura.

Baskin e Baskin (1998) sugerem que os estudos da germinação de

sementes são realizados com os objetivos de ampliar os conhecimentos

fisiológicos, verificando as respostas de germinação a fatores do ambiente,

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causas de dormência e métodos de superação da dormência, conhecimentos

morfológicos, acompanhando o desenvolvimento do embrião e da plântula;

para verificar o estádio de maturação das sementes e do efeito do

processamento e armazenamento sobre a qualidade de sementes.

A avaliação da germinação das sementes é efetuada por meio de

métodos padronizados, conduzidos em laboratório sob condições controladas

que visam, avaliar o valor das sementes para a semeadura e comparar a

qualidade fisiológica de diferentes lotes, servindo como base para a

comercialização das sementes (MARCOS FILHO et al., 1987; NOVEMBRE,

1994).

Obedecendo as instruções estabelecidas nas Regras para Análise de

Sementes, o teste de germinação fornece informações sobre o potencial de

uma amostra para germinar sob condições ótimas de ambiente, além de ser

padronizado com ampla possibilidade de repetição dos resultados, dentro de

níveis razoáveis de tolerância (KRZYZANOWSKI et al., 1999).

De acordo com Bewley e Black (1994) a porcentagem e a velocidade de

germinação são influenciadas pela temperatura, que altera a absorção de água

pela semente e as reações bioquímicas que regulam o metabolismo envolvido

nesse processo. As sementes de diferentes espécies apresentam faixas

distintas de temperatura para a germinação, sendo a temperatura ótima a que

proporcionar a mais alta porcentagem de germinação, no mais curto espaço de

tempo, sendo a mínima e a máxima, respectivamente, a mais baixa e a mais

alta temperatura na qual a germinação não ocorre (BORGES e RENA, 1993).

A germinação também é bastante influenciada pela umidade do solo ou

substrato em que as sementes foram semeadas, hoje há várias pesquisas

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relacionadas com a quantidade de água presente no solo/substrato adequada

para germinação das sementes das várias espécies. Segundo Khan e

Patasznik (1992) o condicionamento mátrico é um dos mais recentes

processos de pré-tratamento de sementes, podendo melhorar a germinação de

sementes de muitas espécies.

Popinigis (1985) afirma que o substrato, afeta consideravelmente a

germinação, pois o substrato é quem vai conferir fatores importantes como a

aeração, estrutura, capacidade de retenção de água, grau de infestação de

patógenos, entre outros, que podem variar de acordo com o tipo de material

utilizado.

6. Vigor de sementes

Geralmente se diferencia vigor em: vigor genético e vigor fisiológico.

Pollock e Roos (1972) definem vigor genético sendo aquele observado na

heterose ou nas diferenças de vigor entre duas linhagens, e o vigor fisiológico

sendo aquele observado entre lotes de uma mesma linhagem genética.

Para Isely (1957) vigor é o resultado da conjunção de todos aqueles

atributos da semente que permitem a obtenção do stand sob condições

desfavoráveis de campo.

Dentro do processo de maturação fisiológica Carvalho e Nakagawa

(2000) relatam que sementes ainda não maduras podem germinar, contudo

não resultam em plântulas vigorosas, como as que seriam obtidas de sementes

colhidas no ponto de maturidade fisiológica. Ainda os mesmos autores afirmam

que há vários métodos para se testar o vigor, mas não há nenhum método

padronizado que se possa recomendar para todas as espécies.

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Copeland (1976) sugere que o teste ideal de vigor deve ser rápido, de

fácil execução, sem a necessidade de equipamentos complexos, e aplicáveis

para determinar as mínimas e as máximas diferenças de vigor. Isely (1957)

classificou os testes de vigor como: diretos e indiretos; os diretos são aqueles

que simulam as condições adversas de campo e os indiretos avaliam os

atributos que indiretamente se relacionam com o vigor, que são: atributos

físicos, bioquímicos e fisiológicos.

O peso da matéria seca de plântulas esta inserido nos testes diretos de

vigor, enquanto o crescimento de plântulas esta inserido nos testes indiretos de

vigor (POPINIGIS, 1977).

Carvalho e Nakagawa (2000) relatam que no processo de maturação

fisiológica da semente, o máximo vigor da semente encontra-se na ocasião em

que a semente possui o máximo de matéria seca. Harrington (1972) já

considerava o peso máximo da matéria seca como um indicador de maturidade

fisiológica.

Uma maneira de avaliar com certa precisão a transferência de matéria

seca, dos tecidos de reserva para o eixo embrionário, é o peso da matéria seca

da plântula (KRZYZANOWSKI et al., 1999). A AOSA (2002) considera o teste

de determinação de matéria seca da plântula, um teste capaz de selecionar

pequenas diferenças em vigor de sementes devidas ao genótipo, tamanho da

semente, local de produção e outros fatores.

Quanto ao teste de comprimento de plântulas, Dan et al. (1987) afirmam

que se houver maior incorporação de suprimentos de reserva pelo eixo

embrionário e maior capacidade de transformação destes nutrientes, haverá

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uma taxa muito alta de crescimento de plântulas, conseqüentemente as

sementes que originaram estas plântulas são mais vigorosas.

O vigor das sementes também pode ser avaliado pelo teste da primeira

contagem de germinação, pois sementes de um lote que apresentar a maior

porcentagem de plântulas normais, na primeira contagem, estabelecida pelas

Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992) serão as mais vigorosas.

Assim, o teste de primeira contagem de germinação tem como objetivo

determinar o vigor relativo do lote de sementes, avaliando a porcentagem de

plântulas normais presentes na primeira contagem de germinação

(KRZYZANOWSKI et al., 1999).

7. Condutividade elétrica

As sementes são o insumo mais importante na agricultura, por isso há

uma incessante busca pela qualidade fisiológica das sementes. Segundo

Krzyzanowski et al. (1999) a tecnologia de sementes tem procurado aprimorar

os testes de germinação e vigor, tentando obter as informações referentes ao

comportamento mais real das sementes, quando semeadas no campo.

Algumas pesquisas realizadas constataram que o teste de germinação

não traduz totalmente o potencial de desempenho de sementes de diferentes

hortaliças, como: beterraba, tomate, cenoura e ervilha (NASCIMENTO, 1994).

A utilização de técnicas mais sofisticadas no manejo cultural de plantas

induz os agricultores e produtores a lançarem mão de sementes de alta

qualidade, sendo necessário assim, padronizar os testes de vigor (McDONALD,

1998). Segundo Hampton e Coolbear (1990) os testes de vigor viabilizam a

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prática da semeadura de precisão, a eliminação do desbaste e a obtenção da

maturação uniforme para muitas espécies de hortaliças.

Os testes de condutividade elétrica e envelhecimento acelerado são os

dois testes de vigor recomendados pelo comitê de vigor da ISTA (HAMPTON e

TEKRONY, 1995). A condutividade elétrica das sementes é medida em função

da quantidade de lixiviados na solução de embebição das sementes. Quanto

mais lixiviados presentes na solução, significa que o sistema de membranas

celular está com sua integridade alterada (MATTHEWS e POWELL, 1981;

AOSA, 2002; VIEIRA, 1994).

O condutivímetro mensura os solutos, com propriedades eletrolíticas, ou

seja, possuem cargas elétricas. Assim, sementes menos vigorosas liberam

grande quantidade de eletrólitos na solução, resultando em alto valor de

condutividade elétrica (WOODSTOCK, 1973; BEDFORD, 1974) ou em

elevadas concentrações de determinados íons, principalmente potássio

(MARCOS FILHO et al., 1990; PRETE,1992). Estando presente também na

solução de embebição os íons inorgânicos (Ca++, Mg++ e Na+), açúcares,

enzimas, aminoácidos e ácidos graxos (MATTHEWS e ROGERSON, 1976).

Fick e Hibbard (1925) desenvolveram o teste de condutividade elétrica

quando associaram a queda no poder germinativo das sementes de capim

Timóteo com a elevada liberação de soluto durante a embebição. No ano de

1967 Matthews e Brandnock aperfeiçoaram o método do teste de

condutividade elétrica, estabelecendo uma metodologia para o teste em

sementes de ervilha.

O teste de condutividade elétrica não serve apenas para avaliar e

diferenciar as sementes quanto ao vigor, mas também, de acordo com Romero

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et al. (2003), serve para separar diferentes genótipos de Coffea arábica L.

quanto a sua qualidade (bebida). Já, Favarin et al. (2004), concluíram que o

teste de condutividade elétrica não se correlaciona com a análise sensorial da

bebida (padrão).

Algumas espécies já possuem como teste padrão recomendado para a

análise de vigor o teste de condutividade elétrica. A AOSA (2002) sugere o

referido teste para sementes de ervilha e soja. Para a avaliação do vigor das

sementes de feijão-de-vagem e quiabo o teste de condutividade elétrica,

segundo Dias et al. (1998) foi eficiente. A distinção entre lotes de sementes de

soja foi obtida em estudos realizados por Marcos Filho et al. (1990); Dias e

Marcos Filho (1995) usando-se o teste de condutividade elétrica.

Em sementes de amendoim submetidas ao teste de condutividade

elétrica por três horas de embebição e à temperatura de 30oC, Vanzolini e

Nakagawa (1999) observaram que houve a possibilidade de separação dos

três lotes, quanto à qualidade.

Segundo Tekrony e Egli (1977), Hampton e Coolbear (1990) o teste de

condutividade elétrica deve atender os seguintes requisitos: registrar índices de

qualidade de sementes mais sensíveis que o teste padrão de germinação;

separar lotes de sementes em diferentes níveis de qualidade; que seja rápido;

objetivo; simples e econômico; de fácil interpretação e reproduzível; que se

relacione com a emergência em campo.

Alguns fatores fazem com que ocorram alterações na organização das

membranas celulares das sementes, tais como, desenvolvimento da semente

até a maturidade, desidratação da semente antes da colheita e embebição de

água antes da germinação das sementes (KRZYZANOWSKI et al., 1999). Por

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este motivo, o uso de testes de vigor é de grande utilidade no monitoramento

da qualidade das sementes, a partir da maturidade (DIAS e MARCOS FILHO,

1995).

Caso a embebição pelas sementes seja muito rápida pode haver danos

ou injúrias às membranas celulares tornando os primeiros cinco minutos de

embebição críticos para a entrada de água (PARRISH e LEOPOLD, 1977).

Pollock (1969) relata que o mecanismo de dano por embebição tem sido

considerado como injúria física às membranas, bloqueio ao sistema metabólico

e, ainda, como uma combinação de injúria metabólica e física, possivelmente

ao nível molecular.

O vigor das sementes fica reduzido também sob o processo de

deterioração causado pela ação de insetos, danos mecânicos e

armazenamento prolongado, desestruturando e danificando as sementes

(DELOUCHE e BASKIN, 1973; BEWLEY e BLACK,1985).

Vários fatores podem influenciar os resultados do teste de condutividade

elétrica, como: presença de sementes danificadas fisicamente (TAO, 1978;

LOEFFLER et al., 1988), tamanho da semente (TAO, 1978; DESWAL e

SHEORAN, 1993), genótipo de uma mesma espécie (PANOBIANCO e VIEIRA,

1996; VIEIRA et al., 1996 , 1998; PANOBIANCO et al., 1999), teor de água

inicial das sementes (AOSA, 2002; LOEFFLER et al., 1988; HAMPTON et al.,

1992; CARVALHO, 1994), período de embebição (LOEFFLER et al., 1988;

WANG et al., 1994) e temperatura de embebição (MURPHY e NOLAND, 1982;

GILVELBERG et al., 1984).

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8. Envelhecimento acelerado

Uma das características mais desejadas quando se avalia a qualidade

fisiológica das sementes, refere-se à obtenção de resultados confiáveis em

período de tempo relativamente curto. Segundo Pádua (1998) é de extrema

necessidade haver uma padronização dos procedimentos para os testes

utilizados para avaliação do vigor, sabendo-se da fundamental importância em

caracterizar a qualidade fisiológica das sementes.

Neste sentido, há uma intensa busca pelos conhecimentos dos testes de

vigor no controle interno da qualidade, completando as informações do teste de

germinação, com objetivo de obter parâmetros mais sensíveis para seleção dos

melhores lotes de sementes (MARCOS FILHO, 1999b; DIAS et al., 2001;

RODO e MARCOS FILHO, 2003).

Dos vários testes de vigor, um dos mais indicados para ser utilizado em

um programa de qualidade de sementes, é o teste de envelhecimento

acelerado (MARCOS FILHO, 1994 e 2001), o qual é capaz de separar lotes de

sementes da mesma espécie de acordo com o potencial das sementes quanto

à formação de plântulas normais em condições adversas.

O teste de envelhecimento acelerado, também conhecido como

envelhecimento precoce ou artificial, foi desenvolvido por Delouche (1965) no

qual o referido autor avaliou o comportamento de lotes de sementes de trevo e

festuca submetidas à temperatura e umidade relativamente elevadas, tentando

estimar o potencial relativo de armazenamento. Crocker e Graves no ano de

1915 foram referências para Delouche, por que relatavam que durante o

armazenamento ocorria a coagulação de proteínas causando a morte das

sementes, e que o aquecimento acelerava o processo. Helmer et al. (1962)

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também foram referências para Delouche, pois estudaram a germinação de

sementes de trevo expostas à temperatura e umidade elevada.

No Brasil, o primeiro autor a publicar trabalho utilizando o teste de

envelhecimento acelerado foi Toledo no ano de 1966, estudando o vigor de

sementes de algodão.

O princípio básico do teste de envelhecimento acelerado e o aumento no

nível de deterioração das sementes expostas a condições de temperatura e

umidade relativa aumentadas por período relativamente curto, sendo, em

seguida, colocadas para germinar (KRZYZANOWSKI et al., 1999) assim, as

sementes mais vigorosas irão germinar melhor que as sementes menos

vigorosas. Lotes de sementes de alto vigor devem manter sua viabilidade

quando submetidos a tais condições, enquanto que os de baixo vigor terão sua

viabilidade reduzida (AOSA, 2002).

O teste de envelhecimento acelerado tem sido um dos testes de vigor

mais utilizados, devido a sua aplicabilidade para sementes de diversas culturas

(McDONALD, 1995). Embora o teste de envelhecimento acelerado já tivesse

sido padronizado para várias espécies, ainda há vários estudos em andamento

com o objetivo de aprimorar sua metodologia (MARCOS FILHO, 1999a).

O teste de envelhecimento acelerado foi originalmente desenvolvido

para determinar o potencial de armazenamento das sementes. No entanto,

além de estudos nesse sentido, também têm sido realizados trabalhos para

verificar sua eficiência na avaliação do potencial de emergência das plântulas

em campo. Por exemplo, Piana et al. (1995) verificaram que os resultados dos

testes de envelhecimento acelerado e de frio foram os que apresentaram

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relação mais estreita com a emergência das plântulas de cebola (Allium cepa

L.) em campo e com a obtenção de mudas vigorosas.

Apesar de ser um teste muito recomendado para avaliar o vigor das

sementes, Fagundes (1974) revela que o teste de envelhecimento acelerado

não dará uma resposta completa sobre a longevidade e vigor da semente, e

sim uma relativa distinção entre os lotes de sementes, permitindo melhor

previsão a respeito do armazenamento e comercialização das sementes.

Pesquisas conduzidas com cebola (PIANA et al., 1995), cenoura

(Daucus carota L.) (SPINOLA et al., 1998), tomate (Lycopersicum esculenta L.)

(RODO et al., 1998) e brócolos (Brassica oleracea) (MELLO et al., 1999)

revelaram que o teste de envelhecimento acelerado foi capaz de detectar

diferenças no vigor de sementes dessas espécies. Vários fatores afetam o

comportamento das sementes submetidas ao teste, sendo o binômio

temperatura e período de envelhecimento o mais estudado.

De acordo com Vieira e Carvalho (1994) o aprimoramento da

metodologia tem sido estudado, testando-se diferentes temperaturas e tempos

de exposição das sementes ao estresse e comparando-se os resultados à

emergência de plântulas em campo e com outros testes de vigor. É bem

sabido, que esses estudos avaliam também o teor de água da semente,

tamanho da amostra e tipo de câmara de envelhecimento, tendo em vista que

estes fatores influenciam nos resultados finais (MARCOS FILHO e VINHA,

1980; TOMES et al., 1988; SCAPPA NETO et al., 2001).

O teste de envelhecimento acelerado se mostra uma ferramenta muito

promissora para verificação do vigor de sementes florestais (PIÑA-

RODRIGUES, 1984) sendo utilizado, não só na área de tecnologia e análise de

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sementes como também em outras áreas. Ramos et al. (1992) e Chaisurisri et

al.(1993) citam a utilização da técnica de envelhecimento artificial, como meio

para avaliar a eficácia da conservação ex situ de sementes de espécies

florestais.

O teste de envelhecimento acelerado pode ser conduzido com

temperaturas entre 41 e 45ºC, sendo que mais recentemente a maioria dos

trabalhos indica o uso de 41ºC (MARCOS FILHO, 1999b). No entanto,

Menezes e Nascimento (1988) constataram que a temperatura de 37ºC e o

período de 72 horas foram os mais eficientes para avaliação do vigor de

sementes de ervilha (Pisum sativum L.), 42°C por 48 horas para couve-

brócolos (MELLO et al., 1999), 42°C por 72 horas para alface e cebola

(MARCOS FILHO, 1999b) e 41°C por 72 horas para cenour a (RODO et al.,

2000), melão (TORRES, 2002) e cebola, porém essa com solução saturada de

NaCl (RODO e MARCOS FILHO, 2003).

Outro aspecto importante a ser levado em consideração no teste de

envelhecimento acelerado são as diferenças na quantidade de absorção de

água pelas sementes que, expostas à atmosfera úmida, podem apresentar

variações acentuadas no teor de água (TORRES, 2005). De acordo com

Powell (1995), espécies que possuem sementes pequenas apresentam uma

variação muito acentuada do grau de umidade das amostras, após o

envelhecimento acelerado, revelando resultados pouco consistentes.

Para a maioria das oleaginosas o teste de envelhecimento acelerado

pode apresentar certas limitações, como a desuniformidade de absorção de

água entre as amostras, o que pode resultar em deterioração diferenciada,

comprometendo os resultados pós-envelhecimento. Visando minimizar esse

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problema, Jianhua e McDonald (1997) propuseram a substituição de água por

soluções saturadas de sais, durante a condução do teste, método, denominado

de teste de envelhecimento acelerado com uso de soluções saturadas de sal

(SSAA - “Saturated Salt Accelerated Aging”). Com esse procedimento, há

redução da umidade relativa do ambiente, retardando assim a absorção de

água pelas sementes. Exemplos de sais e umidades relativas: NaCl - 76%UR;

KCl - 87%UR e NaBr - 55%UR.

De acordo com a solução utilizada, são obtidos níveis específicos de

umidade relativa do ar, permitindo reduzir a taxa de absorção de água, a

velocidade e a intensidade de deterioração das sementes (JIANHUA e

MCDONALD, 1997), sem reduzir a sensibilidade do teste. Por esse motivo,

vêm sendo muito estudada alternativas para a condução do envelhecimento

acelerado com a substituição da água por soluções saturadas de sais.

Algumas pesquisas já se mostraram muito eficientes na utilização de

soluções saturadas de sal na classificação dos lotes, no teste de

envelhecimento acelerado; entre elas, com sementes de pimentão

(PANOBIANCO e MARCOS-FILHO, 1998); com milho doce (BENNETT et al.,

2001); com melão (TORRES e MARCOS-FILHO, 2003).

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ainda há muito que se verificar nas literaturas científicas a respeito das

tecnologias de sementes capazes de fornecer embasamento para confecção

de futuros manuscritos. Assim, gerar inúmeras informações sobre a espécie

estudada (R. communis L.), bem como, gerar inúmeras metodologias para a

aplicação dos testes de vigor e determinação da maturidade fisiológica das

sementes.

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CAPÍTULO II

MATURAÇÃO E QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MA MONA

BRS – NORDESTINA

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RESUMO

A mamona Ricinus communis L. é uma das espécies da família

Euphorbiaceae mais promissora para agricultura na região semi-árida por

fornecer seu óleo como matéria-prima para diversos produtos e subprodutos.

Para que venha a se tornar numa importante oleaginosa para o Programa do

Biodiesel, é preciso pesquisas mais detalhadas sobre vários aspectos a

exemplo da formação e qualidade fisiológica das sementes de mamona BRS –

Nordestina que irão originar novas plantas. Assim, o presente trabalho

objetivou estudar a maturação fisiológica de sementes de mamona (Ricinus

communis L.) cultivar BRS Nordestina, com o intuito de determinar o ponto de

maturidade fisiológica. A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Análise de

Sementes do CCA, da UFPB, Campus II, Areia-PB. As sementes foram

oriundas de um plantio de sementes básicas de mamona localizado no

município de Cubati – PB. Realizaram-se nove coletas aos 7, 14, 21, 28, 35,

42, 49, 56 e 63 dias após a antese. As sementes foram submetidas às

avaliações biométricas (largura, comprimento e espessura das sementes),

determinação do teor de água, massa seca da semente, germinação, primeira

contagem de germinação, comprimento e massa seca de raiz e parte aérea de

plântulas. Utilizou-se o modelo de regressão polinomial para a análise

estatística no software SAS. Não houve grandes oscilações no tamanho das

sementes; o teor de umidade reduziu ao longo do processo; o poder

germinativo aumentou, chegando ao máximo aos 56 dias da antese, assim

como o vigor. Nas condições do presente trabalho, o ponto de maturidade

fisiológica das sementes de mamona ocorreu aos 42 dias após a antese.

Palavras-chave: Poder germinativo, maturidade, antese, oleaginosa.

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Maturation and physiologic quality of castor bean b rs – nordestina seeds

ABSTRACT

Castor bean Ricinus communis L. is one of the more promising species

of the Euphorbiaceae family for agriculture in the semi-arid region for supplying

its oil as raw material diverse products and sub-products. For that, is necessary

to study the fund a formation, chemical composition and germination of the

seeds of castor bean BRS - Nordestina that will go to originate new plants. The

present works objectified to study the physiological maturation of seeds of

castor bean cultivate BRS - Nordestina, with intention to determine the point of

physiological maturity. The research was carried out in the Laboratory of

Analysis of Seeds of the CCA, the UFPB, Campus II, Areia, Brazil. The seeds

were originating of a plantation of basic seeds of castor bean located in the city

of Cubati - PB. Realized nine collects to the 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56 and 63

days after anthesis. The seeds were submitted to the biometrics evaluations

(width, length and thickness of the seeds), determination of the tenor of water,

dry mass of the seed, germination, first counting of germination, length and dry

mass of root and aerial part of seedlings. Used the model of polynomial

regression for the analysis statistics in software SAS. It did not have great

oscillations in the size of the seeds; the tenor of water reduced throughout the

process; the germinative power increased, arriving at the maximum to the 56

days of the anthesis as well as the vigor. The point of physiological maturity of

the seeds of castor bean was to the 42 days after anthesis.

Key-words: Germinative power, maturity, anthesis, plant oil.

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1. INTRODUÇÃO

A família Euphorbiaceae possui várias espécies importantes

economicamente para a agricultura. Dentre elas destaca-se a mamona Ricinus

communis L. que é uma planta disseminada por diversas regiões do mundo e

comercialmente cultivada por apresentar rusticidade, ser heliófila e tolerar

períodos secos (CARTAXO et al., 2004). A rusticidade da mamona lhe confere

boa adaptação a condições adversas de clima e solo, rápido crescimento e

produção elevada.

Segundo Távora (1982) em áreas semi-áridas que possuem poucas

alternativas agrícolas viáveis, a mamona é uma espécie que apresenta grande

potencial produtivo. Assim sendo, Santos et al. (2001) afirmam que a mamona

é uma cultura promissora para a produção agrícola, principalmente no

Nordeste Brasileiro.

Neste sentido, torna-se necessário intensificar as pesquisas sobre as

sementes da referida espécie no que diz respeito à formação, composição

química, maturação fisiológica e época de colheita.

A maturação fisiológica envolve todo o processo desde a fertilização até

o desligamento da semente com a planta mãe (CARVALHO e NAKAGAWA,

2000). Dias (2001) relata que um bom planejamento e definição da época ideal

de colheita, tendo em vista a qualidade e produtividade, iniciam-se com o

conhecimento de como se processa a maturação das sementes, bem como

dos principais fatores envolvidos, auxiliando os produtores no controle de

qualidade das sementes.

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O poder germinativo, o vigor e a massa seca são variáveis que indicam

o ponto de maturidade fisiológica, pois é quando as sementes alcançam os

valores máximos desses atributos, e que consideramos as sementes com

todas as características desejáveis para a colheita (POPINIGIS, 1985). A partir

da maturidade, as sementes começam a sofrer as intemperes do ambiente e

também secar por alterações fisiológicas, tendo em vista que as sementes já

se desligaram da planta mãe (BARROS, 1986).

De acordo com Reid (2002) a cor, o tamanho, a firmeza, taxa de

respiração, composição química, gravidade específica, produção de voláteis ou

o desenvolvimento de ceras na casca são indicadores de maturidade

normalmente usados para determinar a época apropriada de colheita dos frutos

e sementes. Aguiar et al. (1988) também afirmam que a maturidade fisiológica

das sementes é facilmente acompanhada por visíveis mudanças no aspecto

externo e na coloração dos frutos e das sementes.

O presente trabalho objetivou estudar a maturação e qualidade

fisiológica de sementes de mamona (Ricinus communis L.) cultivar BRS

Nordestina, com o intuito de determinar o ponto de maturidade fisiológica.

2. MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Análise de Sementes do

Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal da Paraíba, Campus II,

Areia-PB. As sementes foram oriundas de um plantio de sementes básicas de

mamona localizado no município de Cubati – PB.

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Adaptado do IBGE, 2001.

O campo de sementes básicas de mamona cultivar BRS - Nordestina foi

instalado na terceira semana de agosto, sendo a semeadura em espaçamento

de 3,0 x 1,0m, utilizando-se irrigação por micro-aspersão. Após 20 dias do

semeio foram realizadas uma adubação de 30g de cloreto de potássio por

planta, uma capina e o roguing em toda a área.

Aos 60 dias do semeio as plantas emitiram flores. Após ter sido

constatado 50% das inflorescências em antese, selecionou-se algumas plantas

que foram marcadas com fios de lã, quando formaram os racemos realizando-

se nove coletas aos 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56 e 63 dias após a antese. Os

frutos de mamona foram conduzidos em caixa de polietileno para o Laboratório

Análise de Sementes do Centro de Ciências Agrárias da UFPB onde as

sementes foram extraídas dos frutos (cápsulas tricocas).

As sementes de mamona BRS – Nordestina foram submetidas aos

seguintes testes:

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2.1 Coloração: Foi avaliada com o auxílio da carta de Munsell para tecidos

vegetais (MUNSELL,1977), no qual verificou-se as colorações dos frutos e das

sementes após as coletas em campo.

2.2 Biometria: largura, comprimento e espessura das sementes -

determinados através de medições diretas com auxílio de um paquímetro

manual, onde foram realizadas mensurações de quatro repetições de 25

sementes. Os resultados foram expressos em milímetros.

2.3 Determinação do teor de água – O teor de água foi determinado das

sementes extraídas dos frutos, que foram rapidamente pesadas a fim de se

minimizar a perda de umidade. Adotou-se o método de estufa a 105±3°C

durante 24 horas, utilizando-se quatro sub-amostras de 25 sementes (BRASIL,

1992). Os resultados foram expressos em porcentagem na base úmida.

2.4 Massa seca da semente - realizada após a determinação do teor de água,

utilizando-se o peso da semente seca. Os resultados foram expressos em

grama.

2.5 Germinação – conduzido com quatro repetições de 25 sementes, em rolo

de papel germitest, umedecido com água, na proporção de 2,5 vezes o peso do

papel seco, a temperatura alternada de 20-30°C. Fora m realizadas contagens

aos sete dias (primeira contagem) e décimo quarto dias após a instalação do

teste, conforme critérios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes

(BRASIL, 1992). Computaram-se as porcentagens médias de plântulas

normais, nas duas contagens.

2.6 Comprimento de raiz e parte aérea - determinado após a realização do

teste de germinação, na qual as raízes foram medidas com auxílio de régua

graduada em centímetros. O comprimento da raiz foi calculado segundo o

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procedimento citado por Nakagawa (1999). Os resultados foram expressos em

centímetros/plântula.

2.7 Massa seca da raiz e da parte aérea - a massa seca foi obtida após

secagem das plântulas em estufa com circulação de ar forçada, à temperatura

de 65ºC, até o período em que se observou peso constante. Os resultados

foram expressos em grama/plântula.

2.8 Delineamento Estatístico - para cada variável, os dados obtidos foram

submetidos à análise de variância e de regressão polinomial, em função das

épocas de colheita, nos quais se testaram os modelos linear, quadrático e

cúbico. Os dados de germinação e primeira contagem de germinação foram

transformados em arco seno √x/100. A análise foi realizada pelo programa

PROC GLM do software de informática Statistical Analysis System (SAS®)

(SAS, 1990).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Coloração

Após a chegada dos frutos ao laboratório de Análise de Sementes,

procedeu-se a avaliação visual de acordo com a o estádio de maturação e

coloração dos frutos, conforme a Carta de Munsell (MUNSELL,1977), com

separação em verde (5BG - 7/2) e maduro (7.5GY - 6/4). No pericarpo dos

frutos da mamona, a coloração pode mudar sensivelmente conforme a

presença maior ou menor de cera. Para as sementes, observou-se a coloração

do tegumento no decorrer do processo de maturação fisiológica; apresentando-

se quando verde (5RP – 5/8) e maduro (7.5R – 2.5/1).

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Em sementes de mamona, a coloração muda no mesmo instante em

que a rigidez do tegumento vai se acentuando, pois ao longo do processo de

maturação fisiológica, o tegumento (testa) da semente de mamona torna-se

mais espesso formando um tecido seminal diferente dos demais.

O amadurecimento dos frutos está relacionado com a síntese de novos

pigmentos, como os carotenóides, degradação das clorofilas a e b, degradação

de pigmentos subjacentes e mudanças na textura (HULME, 1970 e

PANTASTICO, 1975).

A coloração do fruto em várias espécies é um indicativo de que o mesmo

está maduro, ou seja, pronto para ser colhido. Da mesma forma, a coloração

do fruto pode torná-lo mais comercial. Segundo Domingues et al. (2001) os

frutos de laranja, cultivares ‘Baianinha’ e ‘Hamlim’, ao atingirem no estádio de

maturação fisiológica a coloração intensa amarelo alaranjada, são vendidas por

valores mais elevados.

3.2 Biometria

Quanto aos dados biométricos, a análise de variância apresentou efeito

significativo para as variáveis estudadas, a 5 e 1% de probabilidade, pelo teste

F.

De acordo com o resumo da análise de variância (Tabela 1), verifica-se

que a variável largura de sementes se ajustou aos três modelos de regressão

(linear e quadrático). As variáveis, comprimento e espessura de semente, não

se ajustaram apenas no modelo linear.

Os coeficientes de variação das três variáveis biométricas não

ultrapassaram os 4%, sendo o valor máximo de 3,54% para a variável

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comprimento de semente e, o valor mínimo de 3,18% para a largura de

semente.

Tabela 1. Resumo da Análise de Variância das variáveis biométricas: largura

(LA); comprimento (CP); espessura (ES) de sementes de mamona

cultivar BRS – Nordestina

Quadrados médios Fontes de

variação

Grau de

Liberdade LA CP ES

Tempo 8 0,2509 0,6944 0,0549

Linear 1 0,0390** 0,0778NS 0,00008NS

Quadrática 1 0,1056** 0,4650** 0,0273**

Desvio da

regressão

6 0,0411 0,0459 0,0093

Resíduo 27 0,0015 0,0043 0,0005

CV% 3,18 3,54 3,36

No início das análises biométricas realizadas com as sementes de

mamona BRS – Nordestina, no que diz respeito à largura da semente (Figura

1), observa-se que as primeiras sementes de mamona coletadas possuíam a

menor largura em relação às sementes das demais épocas de coleta. Tendo

em vista que o processo de formação das sementes estava apenas no início,

consequentemente o acúmulo de fitomassa ainda era bastante reduzido.

Porém, no decorrer do processo de maturação fisiológica, as sementes de

mamona aumentaram sua largura em função do acúmulo de matéria seca e da

quantidade de água ainda presente no interior da semente. As sementes

obtiveram um acréscimo de 3,1mm em sua largura nos primeiros 28 dias após

a antese, e a partir desse período, as sementes perderam umidade. Assim, o

tamanho e a largura das sementes também foram reduzidos, mantendo largura

média de 12,2mm até os 63 dias após a antese.

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1

y = 9,8071 + 0,1598x -0,002x2

R² = 0,6311

6

7

8

9

10

11

12

13

14

0 10 20 30 40 50 60 70

Larg

ura

de s

emen

te (

mm

)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 1. Largura das sementes de mamona BRS - Nordestina durante

o processo de maturação fisiológica

Os resultados referentes às outras duas variáveis biométricas também

foram semelhantes, no qual o comprimento das sementes (Figura 2) iniciou-se

com 16mm aos 7 dias, após a antese, atingindo 20mm aos 28 dias. A partir

desse período começaram a sofrer redução de tamanho juntamente com o teor

de água chegando aos 63 dias após a antese com 17mm.

Na Figura 3, pode-se observar que as sementes apresentavam a

espessura de 6,5mm na primeira semana de maturação e foram aumentando

gradualmente até chegar a 7,9mm aos 35 dias. Na ocasião da sexta semana

de maturação, as sementes reduziram sua espessura para 7mm, a qual se

manteve até o final das avaliações biométricas.

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2

y = 14,893+ 0,2794x -0,004x2

R² = 0,6702

10

12

14

16

18

20

22

0 10 20 30 40 50 60 70

Com

prim

ento

de

sem

ente

(m

m)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 2. Comprimento das sementes de mamona BRS - Nordestina

durante o processo de maturação fisiológica

De acordo com Carvalho e Nakagawa (2000) as sementes se

desenvolvem muito rapidamente, atingindo o máximo num período de tempo

curto, ao relacionar com o período em que ocorreu o processo de maturação.

Este fenômeno se deve à multiplicação e ao desenvolvimento das células que

constituem o eixo embrionário e os tecidos de reserva. Também ocorre rápida

redução do tamanho das sementes a partir de certo ponto, pois ocorre

acentuada desidratação das sementes. Na maturação fisiológica de sementes

ocorre um aumento em volume de células, que pode durar pouco tempo ou

prolongar-se por várias semanas (HULME, 1970). Chitarra (1994) também cita

que a expansão celular das sementes pode continuar até o amadurecimento

dos frutos.

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Aguiar e Barciela (1986) verificaram o crescimento rápido das sementes

de cabreúva durante o processo de maturação alcançando o tamanho máximo

cerca de 70 dias (10 semanas) após o florescimento.

Carvalho et al. (2008) encontraram em sementes de ipê-amarelo

(Tabebuia serratifolia) (Vahl) Nichols. o comprimento máximo de 30,0mm aos

53 dias após a antese. Verificando a maturação fisiológica de sementes de

eucalipto, Aguiar et al. (1988) constataram que o tamanho das sementes é

bastante influenciado pela grande variação existente entre árvores, não

revelando bons índices de maturação.

y = 6,3327 + 0,0681x -0,001x2

R² = 0,4988

5

5,5

6

6,5

7

7,5

8

8,5

0 10 20 30 40 50 60 70

Esp

essu

ra d

e se

men

te (m

m)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 3. Espessura das sementes de mamona BRS - Nordestina

durante o processo de maturação fisiológica

Em trabalhos de maturação de sementes de amendoim-do-campo

(Pterogyne nitens Tul.), Carvalho et al. (1980) não encontraram variação

significativa para o tamanho das sementes. Assim, as variáveis biométricas não

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podem ser utilizadas para definir o ponto de maturidade fisiológica dessas

sementes.

3.3 Teor de água das sementes

Com relação aos dados contidos na tabela 2, pode-se observar que

tanto a umidade das sementes quanto a primeira contagem de germinação, se

ajustaram aos modelos lineares e quadráticos da regressão polinomial.

Analisando-se os resultados obtidos dos testes de determinação de

umidade (Figura 4) pode-se relatar que, no início da formação das sementes, a

quantidade de água presente nas mesmas era de mais de 90%. Entretanto, no

decorrer do processo de maturação fisiológica, o percentual de umidade das

sementes foi decaindo significativamente até chegar ao valor de 5,6%.

Tabela 2. Resumo da Análise de Variância das variáveis: umidade (U%);

massa seca de sementes (MSE); germinação (GE) de sementes

de mamona variedade BRS – Nordestina

Quadrados médios Fontes de

variação

Grau de

Liberdade U% MSE GE

Tempo 8 47988,1305 2,5852 28932,4372

Linear 1 39797,7081** 1,9692** 15590,7160**

Quadrática 1 96,3127** 0,4915** 10687,3096**

Desvio da

regressão

6 6119,6586 0,1164 2587,2330

Resíduo 27 6,5194 0,0004 46,9413

CV% 5,6628 3,9803 13,6193

Ao longo do processo de desenvolvimento do tegumento das sementes

a umidade caiu de 23,4 para 6,3% dos 42 aos 49 dias, respectivamente. Este

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fato pode ser explicado por alterações na impermeabilidade do tegumento das

sementes.

Logo após a formação do zigoto, as sementes apresentam alto teor de

água (70 a 80%). Alguns dias após a fecundação ocorre um pequeno

acréscimo de umidade, não ultrapassando os 5%, e em seguida, há

decréscimo da mesma (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). Os autores relatam

também que a desidratação das sementes pode ser influenciada pelas

condições climáticas, havendo oscilações de acordo com a umidade relativa do

ar.

y = 123,5 - 2,8219x + 0,013x2

R² = 0,9209

-20

0

20

40

60

80

100

120

0 10 20 30 40 50 60 70

Um

idad

e da

s se

men

tes

(%)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 4. Umidade das sementes de mamona BRS - Nordestina durante

o processo de maturação fisiológica

A manutenção do alto teor de água nas sementes no início do processo

de maturação torna-se necessário para que os produtos fotossintetizados nas

folhas das plantas-mães sejam depositados na semente em desenvolvimento,

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sendo utilizado como fonte de formação e, posteriormente, como reserva. Esse

alto grau de umidade está presente até a semente alcançar o máximo de

matéria seca iniciando-se a desidratação rápida das sementes (CORVELLO et

al., 1999).

Alves (2005) estudando a maturação de sementes de sabiá verificou aos

119 dias após a antese, o teor de água de 82,1% presentes nas sementes,

ocorrendo à redução desse valor após 147 dias da antese. A maturidade

fisiológica em sementes de Dalbergia nigra só foi alcançada aos 335 dias após

a antese, ocasião em que as sementes sofreram queda significativa no teor de

água, de 68,02 % para 25,30 % (MARTINS e SILVA, 1997).

Silveira (2002) pesquisando a maturação fisiológica em sementes de

calêndula observou que o teor de água das sementes reduziu conforme

aumentava o número de dias após a antese, ocorrendo diminuição acentuada

aos 28 D.A.A. Aos 40 dias após a antese as sementes continham apenas 7,1%

de umidade.

3.4 Massa seca das sementes

Apesar do tamanho das sementes não ser muito pequeno, estas

continham somente 0,8% de matéria seca nas duas primeiras coletas (Figura

5), com o valor máximo de umidade de 92%. Contudo, a partir do 21º dias após

a antese, o acúmulo de fitomassa nas sementes de mamona cresceu

exponencialmente, obtendo o valor máximo de 0,75g de massa seca por

semente aos 42 dias após a antese. Esse acúmulo se dá mediante o

crescimento do eixo embrionário e o armazenamento do material de reserva

que será utilizado no momento da germinação. Ocorreu sensível decréscimo

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no conteúdo de matéria seca nas sementes de mamona após os 42 dias da

floração, e seguiu até a última avaliação. Durante este período, pode ter havido

o desligamento das sementes com a planta mãe, tornando aquelas autônomas

e que, por sua vez já estarão consumindo seu material de reserva.

Na maturação fisiológica de cedro Corvello et al. (1999) constataram

redução acentuada no teor de água das sementes a partir dos 217 dias após a

antese, entretanto, aos 203 dias as sementes de cedro continham o peso

máximo de matéria seca.

y = - 0,2975 + 0,0415x -0,0004x2

R² = 0,9519

-0,1

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0 10 20 30 40 50 60 70

Mas

sa s

eca

de s

emen

tes

(g)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 5. Massa seca das sementes de mamona BRS - Nordestina

durante o processo de maturação fisiológica

Carvalho e Nakagawa (2000) já relatavam este acontecimento nas

sementes durante a maturação fisiológica, em que o acúmulo de matéria seca

em uma semente inicialmente é lento, em seguida começa a ficar mais intenso

até atingir o máximo, mas no final do processo de maturação das sementes

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ocorre um pequeno decréscimo na matéria seca, por conseqüência da

respiração das sementes. Os mesmos autores recomendam realizar a colheita

no ponto de máxima matéria seca da semente, para evitar perdas provenientes

das adversidades do ambiente de campo, podendo ocorrer possível

deterioração nas sementes.

Nesse sentido, o máximo acúmulo de matéria seca ocorre no momento

em que a translocação de fotossintetizados é balanceada pela respiração e a

partir daí, o peso diminui, em razão do consumo causado pelo processo

respiratório.

Nas últimas três semanas que antecedem a completa deiscência dos

frutos de cedro ocorre pequeno decréscimo do peso das sementes, geralmente

após o ponto de máximo acúmulo de matéria seca (CORVELLO e VILLELA,

1995). Aguiar e Barciela (1986) observaram em sementes de cabreúva, que o

máximo conteúdo de matéria seca foi alcançado aos 105 dias após o

florescimento. Os resultados dos valores de teor de água e ponto de máximo

peso de matéria seca das sementes de amendoim-do-campo obtidos por

Carvalho et al. (1980) são muito parecidos com os de cabreúva.

Em sementes de tamarindo, Gurjão et al. (2006) verificaram no início do

período estudado o peso de 0,23g de matéria seca das sementes, vindo

posteriormente atingir o valor máximo de 0,53g aos 277 dias após a antese.

3.5 Germinação

Os dados referentes à germinação de sementes de mamona BRS -

Nordestina estão representados na Figura 6, ajustados a ordem quadrática de

regressão polinomial, no qual se constata que nos primeiros 14 dias, o eixo

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9

embrionário ainda não está formado e capacitado a crescer resultando na

germinação. Entretanto, ao atingirem os 21 dias após a antese, as sementes

de mamona apresentam um percentual de germinação acima de 50%. Após os

28 dias da antese, os valores percentuais de germinação das sementes de

mamona ficam oscilando entre 86 e 91%, chegando ao valor máximo de 91,2

aos 56 D.A.A.

Verificou-se também que na última amostragem, a germinação das

sementes de mamona BRS – Nordestina sofreu um decréscimo de 31,5%. O

fato de haver redução na porcentagem de germinação das sementes de

mamona nos momentos finais da maturação fisiológica deve-se,

provavelmente, à presença de dormência nas sementes.

y = - 56,398 + 6,7437x -0,076x2

R² = 0,9174

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 10 20 30 40 50 60 70

Ger

min

ação

(%)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 6. Germinação das sementes de mamona BRS - Nordestina

durante o processo de maturação fisiológica

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10

A dormência nas sementes de mamona foi verificada por Lago et al.

(1979) nas cultivares IAC – 38, Campinas e Guarani, na qual foi superada

apenas com o armazenamento. Aos nove meses de armazenamento das

sementes de mamona a dormência entre as cultivares foi praticamente nula.

Na maturação fisiológica de sementes de jabuticabeira (Myrciaria sp),

Alexandre et al. (2006) verificaram que os embriões já haviam atingido

completo desenvolvimento e maturação fisiológica na ocasião em que seus

frutos atingiam o estádio 2, firmes e completamente maduros.

Corvello et al. (1999) constataram que o período de máxima germinação

de sementes de cedro foi o de 31 semanas após a antese, chegando ao valor

de 93%, os autores atribuem este fato a resposta ao acúmulo de matéria seca,

que pode se manifestar determinado tempo após ser atingido o máximo peso

de matéria seca de sementes. Para as sementes da espécie Podocarpus

lambertii Klotzsch. a coloração roxa dos frutos é um indicativo de maturidade

fisiológica, pois é nesse estádio que as sementes expressam a máxima

germinação, geralmente em torno de 131 dias após a floração (RAGAGNIN et

al., 1994).

Avaliando a capacidade germinativa das sementes de quaresmeira

durante o processo de maturação fisiológica Lopes et al. (2005) não verificaram

germinação nas nove primeiras coletas, e associaram tal resultado à

imaturidade fisiológica do embrião. Os autores só obtiveram êxito na

germinação dessas sementes a partir dos 70 D.A.A., chegando ao valor

máximo de 17% de germinação aos 105 dias.

Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan proporcionou a germinação

máxima de sementes aos 220 dias após a frutificação (SOUZA e LIMA, 1985).

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Barbosa et al. (1992a;b) determinaram o período de 95 e 203 dias após a

antese para a máxima germinação de sementes de Tabebuia avellanedae

Lorentz ex Griseb. e de Copaifera langsdorffii Desf., respectivamente. Já para a

espécie Myroxylon balsamum (L.) Harms, Aguiar e Barciela (1986) verificaram

aos 118 dias após o florescimento.

3.6 Primeira contagem de germinação

No tocante a primeira contagem de germinação (Figura 7) observa-se

que os dados foram bem representados no modelo quadrático da regressão

polinomial. Nas duas primeiras coletas, 7 e 14 dias após a antese, percebe-se

que as sementes apresentavam 0% por cento na primeira contagem de

germinação. Isso se deve provavelmente à imaturidade do eixo embrionário, o

qual estava no início da retomada do seu crescimento. Assim, a primeira

contagem de germinação das sementes de mamona só apresentou resultados

a partir da terceira coleta (21 D.A.A.). Em seguida, os valores da primeira

contagem de germinação tiveram acréscimos chegando até 83,7% aos 42 dias

após a antese e mantendo este porcentual até os 49 D.A.A. Após esse período,

a primeira contagem de germinação reduziu bastante atingindo até 47,5%.

Ao trabalhar com sementes de sabiá, Alves (2003) encontrou resultados

semelhantes, verificando a referida autora os maiores porcentuais de

germinação (32 %) na primeira contagem, que ocorreu aos 145 dias após a

antese e, a partir deste período, constataram reduções bruscas e gradativas

nesses porcentuais, atingindo valores mínimos (0,25%) aos 198 D.A.A.

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y = - 52,827 + 5,6856x -0,0637x2

R² = 0,8409

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 10 20 30 40 50 60 70

Prim

eira

con

tage

m d

e ge

rmin

ação

(%

)

Dias após a antes (Tempo)

Figura 7. Primeira contagem de germinação das sementes de mamona

BRS - Nordestina durante o processo de maturação fisiológica

Para sementes de crotalária, a fase inicial de maturação fisiológica que

foi da primeira a sétima amostragem, proporcionou o valor igual a zero na

primeira contagem de germinação, e só a partir dos 161 dias após a antese

ocorreram variações nos valores atingindo o máximo de 24,0% aos 182 dias

após a antese (MOZAMBANI et al., 1993).

3.7 Comprimento de raiz

Na tabela 3 observa-se que os quadrados médios se ajustaram aos

modelos de primeira e segunda ordem, linear e quadrático, respectivamente.

Todas as variáveis apresentaram um coeficiente de variação muito alto,

ultrapassando os 15%, indicando grau de variabilidade elevado, no qual o

desvio padrão representa 16,0; 37,9; 27,9; 17,0 e 20,0% da média das

variáveis primeira contagem de germinação, massa seca da raiz, massa seca

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da parte aérea, comprimento da raiz e comprimento da parte aérea,

respectivamente.

Tabela 3. Resumo da Análise de Variância das variáveis de vigor: primeira

contagem de germinação (PC); massa seca da raiz (MSR); massa seca

da parte aérea (MSP); comprimento da raiz (CR) e comprimento da

parte aérea (CP) de sementes de mamona variedade BRS – Nordestina

Quadrados médios Fontes de

variação

Grau de

Liberdade PC CR CP MSR MSP

Tempo 8 21808,0333 449,6175 222,9865 0,0154 0,0885

Linear 1 11200,4220** 66,4969** 61,2464** 0,0011** 0,0015*

Quadrática 1 8110,0348** 110,4943** 35,4702** 0,0021** 0,0118**

Cúbica 1 0,0079** 0,0004* 0,0361** 54,0471** 53,7577**

Desvio da

regressão

5 1942,3476 218.,5791 72,5021 0,1175 0,0039

Resíduo 27 43,5776 0,8726 0,6981 0,00008 0,0002

CV% 16,0797 17,0382 20,0944 37,9746 27,9397

Em se tratando de comprimento de raiz das plântulas de mamona,

observa-se (Figura 8), que os dados se ajustaram ao modelo quadrático da

regressão polinomial com um coeficiente de determinação superior a 70%.

Quando as sementes germinaram aos 21 dias após a antese, as plântulas

oriundas produziram os maiores comprimentos de raiz em relação às demais

plântulas originadas dos outros estádios de maturação fisiológica. Em seguida,

houve declínio linear nos comprimentos das raízes das plântulas de mamona,

de 10,4cm aos 21 dias para 5,5cm aos 63 dias de avaliação.

Avaliando a maturação fisiológica de sementes de sabiá submetidas a

tratamentos pré-germinativos (desponte e inteiras) Alves (2003) obteve o

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comprimento máximo de raiz primária das plântulas provenientes de sementes

submetidas ao desponte aos 180 dias após a antese, e as plântulas originadas

de sementes inteiras apresentaram o comprimento máximo da raiz aos 177

D.A.A., com os valores médios de 8,39cm e 7,32cm, respectivamente.

y = - 6,1528 + 0,8541x -0,0109x2

R² = 0,7113

-2

0

2

4

6

8

10

12

0 10 20 30 40 50 60 70

Com

prim

ento

da

raiz

(cm

)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 8. Comprimento da raiz de plântulas oriundas de sementes de

mamona BRS - Nordestina durante o processo de maturação

fisiológica

Firmino et al. (1996) trabalhando com cerejeira, observaram que a altura

de plântula e comprimento de raiz das plântulas obtidas de sementes

provenientes de frutos verdes, apresentaram a menor altura e menor

comprimento de raiz, indicando que nesse estádio as sementes encontravam-

se com vigor ligeiramente inferior, quando comparadas com as sementes

oriundas dos outros estádios. Alexandre et al. (2006) constataram que

sementes de jabuticabeira extraídas no estádio 2 de maturação fisiológica

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(fruto firme com coloração atropurpúrea), apresentaram desenvolvimento físico

e fisiológico que lhes garantiram o máximo de expressão de vigor,

principalmente, relacionado ao crescimento de suas raízes, onde o resultado

máximo foi de 5,19cm.

Na maturação fisiológica de sementes de abóbora híbrida, Costa et al.

(2006) concluíram que as plântulas mais vigorosas foram provenientes de

sementes extraídas de frutos com idade entre 50 e 60 dias, avaliando o vigor

das sementes através da massa seca e do comprimento da raiz primária das

plântulas.

3.8 Comprimento da parte aérea

Já para a variável comprimento da parte aérea, os dados se ajustaram

apenas ao modelo de terceira ordem da regressão polinomial (Figura 9).

Observou-se que ocorreu crescimento acentuado do hipocótilo das plântulas

dos 14 aos 21 dias após a floração, e ainda continuou crescendo até os 28

dias, quando se constatou o comprimento máximo da parte aérea das plântulas

atingindo 7,1cm. Porém, a partir deste período, houve declínio no crescimento

da parte aérea das plântulas nos três períodos subseqüentes. Além disso, nos

dois últimos períodos de avaliação ocorreu um aumento no tamanho da parte

aérea das plântulas de mamona BRS – Nordestina.

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y = 0,000x3 - 0,032x2 + 1,160x - 7,694R² = 0,675

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 10 20 30 40 50 60 70

Com

prim

ento

da

part

e aé

rea

(cm

)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 9. Comprimento da parte aérea de plântulas oriundas de

sementes de mamona BRS - Nordestina durante o processo de

maturação fisiológica

Em sementes de sabiá, na ocasião do processo de maturação fisiológica

das sementes, o valor máximo (3,50cm) de comprimento do hipocótilo das

plântulas oriundas de sementes despontadas foi registrado aos 169 dias após a

antese. Para sementes inteiras, isso ocorreu aos 172 dias após a antese, com

3,66 cm (ALVES, 2003).

3.9 Massa seca da raiz

Os dados referentes à massa seca da raiz das plântulas de mamona

estão representados na Figura 10. Verificou-se efeito significativo de ordem

quadrático pela análise de regressão polinomial, o qual denota que a partir dos

21 dias após a antese, os conteúdos de massa seca das raízes das plântulas

de mamona ascenderam atingindo a 0,048g/plântula, sendo que essa massa

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continuou crescendo até os 42 D.A.A. Depois desse momento, os valores de

massa seca da raiz reduziram, chegando a 0,015g/plântula na última avaliação.

y = - 0,0403 + 0,0051x -7E-05x2

R² = 0,834

-0,02

-0,01

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0,07

0 10 20 30 40 50 60 70

Mas

sa s

eca

da ra

iz (

g)

Dias após a antese (Tempo)

Figura 10. Massa seca da raiz de plântulas oriundas de sementes de

mamona BRS - Nordestina durante o processo de maturação

fisiológica

De acordo com Firmino et al. (1996) os maiores valores provenientes de

sementes de Torresia acreana Ducke em processo de maturação, ocorreram

naquelas oriundas de frutos colhidos em estádios de desenvolvimento bem

avançados, (frutos com coloração preta e frutos coletados no solo), diferindo

significativamente da massa seca da raiz primária e da parte aérea de plântulas

oriundas dos frutos verdes.

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3.10 Massa seca da parte aérea

Os resultados da massa seca da parte aérea das plântulas de mamona

(Figura 11) se comportaram semelhante aos resultados do comprimento da

parte aérea das plântulas de mamona (Figura 9), cujos os dados se ajustaram

ao modelo cúbico da regressão polinomial. Durante a evolução do processo de

maturação fisiológica das sementes de mamona, ocorreram oscilações no

conteúdo de massa seca da parte aérea, havendo acúmulo acentuado dos 14

aos 21 dias após a antese, seguindo até o 28º dia. Em seguida houve declínio

acentuado até os 49 dias após a antese, ocorrendo nos períodos seguintes um

acréscimo no peso da massa seca da parte aérea das plântulas de mamona.

y = - 0,0563 + 0,0088x -0,0001x2

R² = 0,4738

-0,02

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

0,14

0,16

0 10 20 30 40 50 60 70

Mas

sa s

eca

da p

arte

aér

ea (

g)

Dias após a antes (Tempo)

Figura 11. Massa seca da parte aérea de plântulas oriundas de sementes

de mamona BRS - Nordestina durante o processo de

maturação fisiológica

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Considerando que a massa seca da parte aérea das plântulas de

mamona foi determinada a partir das plântulas que foram mensuradas,

determinando-se o comprimento da parte aérea. Dessa forma, já cabia esperar

que os resultados de ambas variáveis seriam semelhantes.

4. CONCLUSÕES

De acordo com os resultados obtidos da maturação fisiológica das

sementes de mamona BRS – Nordestina ocorrida nas condições

edafoclimáticas do município de Cubatí – PB, conclui-se que:

� As dimensões das sementes atingiram o tamanho máximo entre 21 e 28

dias após a antese, porém ainda não indica o ponto de maturidade

fisiológica das sementes;

� O teor de água no ponto de maturidade fisiológica das sementes de

mamona BRS – Nordestina é de cerca de 23%;

� O acúmulo máximo de massa seca das sementes coincide com valores

máximos de germinação e de primeira contagem de germinação;

� O vigor máximo é registrado após o acúmulo máximo de massa seca

nas sementes, com exceção das variáveis comprimento e massa seca

da parte aérea de plântulas de mamona BRS - Nordestina;

� O ponto de maturidade fisiológica nas sementes de mamona BRS –

Nordestina ocorre aos 42 dias após antese.

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CAPÍTULO III

TESTE DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM SEMENTES DE MAMO NA

CULTIVAR BRS – NORDESTINA COM AUSÊNCIA E PRESENÇA D E

CARÚNCULA

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RESUMO

A cultura da mamona é uma alternativa de grande importância

econômica e social para o semi-árido nordestino. O Brasil no período de 1978 a

1982 foi o maior produtor mundial de mamona. Para melhorar a produção de

sementes de mamona, deve-se lançar mão de sementes com alto potencial

fisiológico, o qual é importante para o bom desempenho e estabelecimento das

plântulas em campo. O teste de condutividade elétrica é um dos vários testes

utilizados para avaliar e diferenciar lotes de sementes, onde o teste de

germinação não foi capaz de fazê-lo. A presente pesquisa teve como objetivo

verificar metodologias para o teste de condutividade elétrica em sementes de

mamona cultivar BRS – Nordestina. O experimento foi conduzido no

Laboratório de Análise de Sementes do Centro de CAA da Universidade

Federal da Paraíba, Areia – PB. Foram utilizadas sementes básicas de

mamona da cultivar BRS - Nordestina, submetendo-as as seguintes

determinação e testes: Germinação, teste de condutividade elétrica. O volume

de 25 mL de água de embebição não é indicado para a condução do teste de

condutividade elétrica de sementes de mamona por períodos superiores a 12

horas; já os volumes de 50 e 75 mL de água de embebição podem ser

utilizados no teste; recomenda-se a retirada da carúncula das sementes de

mamona BRS – Nordestina antes da condução do teste de condutividade

elétrica.

Palavras-chave : Ricinus communis L., vigor, qualidade fisiológica, oleaginosa.

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Metodology to the electrical conductivity test in c astor bean cultivate brs

– nordestina seeds without and with caruncule

ABSTRACT

The culture of castor bean is an alternative of great economic importance

and social for the semi-arid northeastern, Brazil in the period of 1978 the 1982

was the greater producing world-wide of castor bean. To improve the production

of seeds of castor bean, it had to launch hand of seeds with high physiological

potential, which is important for the good performance and establishment of

seedlings in field. The electrical conductivity test is one of some used tests to

evaluate and to differentiate lots of seeds, where the germination test was not

capable to make it. The present research had as objective to verify

methodologies for the test of electrical conductivity in seeds of castor bean to

cultivate BRS - Nordestina. The experiment was carried out in the Laboratory of

Analysis of Seeds of the CAA of the Universidade Federal da Paraíba, Areia -

PB. Were used basic seeds of castor bean of cultivating BRS – Nordestina,

submitting them following tests: Germination, electrical conductivity. The volume

of 25 mL of imbibition water is not indicated for the conduction of the electrical

conductivity test of seeds of castor bean for superior periods the 12 hours;

already the volumes of 50 and 75 mL of imbibition water can be used in the test;

removed it of caruncule of the seeds of castor bean BRS - Nordestina before

the conduction of the electrical conductivity test.

Key-words : Ricinus communis L., vigor, physiological quality, plant oil.

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil no período de 1978 a 1982 foi o maior produtor mundial de

mamona em bagas, contribuindo com 32% do montante produzido, perdendo

esta posição em 1983 até 1987. E em 2004 – 2005 o Brasil se recuperou, mas

foi responsável, respectivamente por apenas 11 e 13% da produção, ocupando

a terceira posição em termos mundiais (SANTOS e KOURI, 2006).

De acordo com Azevedo e Lima (2001), a deficiência do agricultor

familiar nordestino em utilizar melhores tecnologias (uso de insumos industriais

(como fertilizantes) e sementes melhoradas, ou de melhores sistemas de

preparo do solo, plantio, colheita, beneficiamento dos frutos e armazenamento

das sementes), explica a perda da competitividade do Brasil no mercado

Mundial de mamona.

Para melhorar a produção de sementes de mamona, deve-se utilizar

sementes com alto potencial fisiológico, o qual é importante para o bom

desempenho e estabelecimento das plântulas em campo (MARCOS FILHO et

al., 1987).

O teste de condutividade elétrica é um dos vários testes utilizados para

avaliar e diferenciar lotes de sementes, pois, isoladamente, o teste de

germinação não foi capaz de fazê-lo. O teste de germinação padrão

superestimava o potencial fisiológico das sementes por ser realizado sob

condições ambientais favoráveis (TORRES, 2002), e Hilhorst et al. (2001)

explica que em condições naturais as sementes podem não expressar todo o

seu potencial fisiológico, por conta das variações de umidade no solo, radiação,

competição e etc.

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Alguns testes de vigor não possuem metodologias específicas para cada

espécie, por isso há a necessidade de se estudar as várias formas de se

realizar tais testes, a fim de se estabelecer um teste padronizado, consistente

que revele os mais confiáveis resultados.

Diante do exposto, a presente pesquisa teve como objetivo verificar

metodologias para o teste de condutividade elétrica em sementes de mamona

cultivar BRS – Nordestina.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Local da pesquisa - A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Análise de

Sementes do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da

Universidade Federal da Paraíba, Areia – PB. Foram utilizadas sementes

básicas de mamona da cultivar BRS - Nordestina, representadas por um lote

de sementes, produzido no ano de 2007 na cidade de Patos, submetido as

seguintes determinação e testes:

2.2 Germinação – foi conduzida com quatro repetições de 50 sementes, em

rolo de papel germitest, umedecido com água, na proporção de 2,5 vezes o

peso do papel seco, a 20-30°C. Foram realizadas contage ns aos cinco

(primeira contagem) e décimo quarto dias após a instalação do teste, conforme

critérios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes (BRASIL,

1992). Os resultados foram expressos em porcentagem.

2.3 Teste de condutividade elétrica - foram estudadas variações no volume

de água (25, 50 e 75mL), período de imersão (3, 6, 9, 12, 15, 18, 21 e 24

horas) e presença e ausência de carúncula na semente. Foram utilizadas

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quatro repetições de 50 sementes fisicamente puras, pesadas com precisão de

três casas decimais (0,001g), imersas nos volumes de água destilada

supracitados e mantidas em câmara tipo BOD a 25°C, duran te cada período de

imersão. Após a imersão, a condutividade elétrica da solução foi determinada

por meio de leituras em condutivímetro DIGIMED, modelo 21, com os

resultados expressos em µS.cm-1.g-1 de semente.

2.4 Procedimento estatístico - Os tratamentos constituíram um fatorial

(8x3x2), utilizando-se oito períodos de imersão das sementes, três volumes de

água e dois tratamentos (com e sem carúncula), em delineamento experimental

inteiramente casualizado com quatro repetições. Os resultados foram

submetidos à análise da variância, as médias foram comparadas pelo teste de

Tukey, a 5% de probabilidade e os dados quantitativos foram submetidos a

análise de regressão polinomial, utilizando o programa PROC GLM do software

de informática Statistical Analysis System (SAS®) (SAS, 1990).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente as sementes de mamona BRS – Nordestina apresentavam

67% de germinação na primeira contagem e porcentagem final de germinação

de 96%. Realizando o teste de condutividade elétrica em sementes de mamona

BRS – Nordestina em função de diferentes períodos de embebição e com a

presença e a ausência de carúncula, com o volume de água de imersão de

25mL, verifica-se na figura 1, que esse volume só foi capaz de proporcionar

resultados sobre a condutividade elétrica das sementes de mamona até as 12

horas de condução do teste. A partir deste período, não foi possível medir a

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condutividade elétrica das sementes de mamona por que não havia solução

suficiente no recipiente onde estava sendo conduzido o teste de condutividade

elétrica. Assim, ficou impossível manter o contato entre a água de embebição e

o eletrodo de leitura do condutivímetro. Pode-se explicar o ocorrido, referindo-

se à grande absorção da água realizada pelas sementes de mamona, e como

estas possuem volume relativamente grande se comparado ao volume de

25mL de água de embebição, é bem provável que este tenha sido o motivo da

redução da solução, somado à evaporação da água de embebição, tendo em

vista que o teste de condutividade elétrica foi conduzido à temperatura de

25ºC.

0

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3 6 9 12 15 18 21 24

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a (µ

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)

Períodos de embebição (horas)

CC SC

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bb

Figura 1. Condutividade elétrica (µS cm-1 g-1) de sementes de mamona BRS -

Nordestina, em função dos períodos de embebição e da presença e

ausência de carúncula, utilizando-se 25mL de água destilada.

Médias seguidas de mesmas letras não diferem entre si dentro de cada período de embebição pelo

Teste de Tukey a 5%.

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Ainda na Figura 1, ao visualizar os resultados até o quarto período, ou

seja, até as 12 horas de condução do teste de condutividade elétrica em

sementes de mamona BRS - Nordestina, observa-se que nos quatro períodos

houve diferença significativa entre a condutividade elétrica das sementes com

carúncula e das sementes sem carúncula, na qual se verifica que a presença

de carúncula faz com que a água de embebição fique mais saturada de

eletrólitos, aumentando assim a condutividade elétrica da solução.

Em pesquisas realizadas por Souza (2005) com sementes de mamona

cultivar IAC – 80 e Al Guarany revelaram que em apenas seis horas de

duração do teste de condutividade elétrica foram suficientes para distinguir os

lotes em diferentes níveis de vigor.

Em sementes de amendoim, o tempo de embebição encontrado para se

distinguir lotes de diferentes níveis de vigor pelo teste de condutividade elétrica

foi o de três horas (VANZOLINI e NAKAGAWA, 1999). Ferreira (1995) verificou

que nas 20 horas de teste de condutividade elétrica as variações de vigor das

sementes de amendoim foram mais sensíveis

Utilizando o volume de 50mL de água de embebição no teste de

condutividade elétrica, foi possível alcançar às 24 horas de condução do teste

como se recomenda as Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992). Na

Figura 2, observa-se que houve diferença significativa entre as sementes de

mamona BRS – Nordestina com carúncula e as sementes sem carúncula

dentro de cada período durante o teste de condutividade elétrica. No decorrer

do tempo de embebição das sementes verifica-se que a diferença estatística

vai aumentando entre os dois tratamentos (sementes com carúncula e

sementes sem carúncula). Provavelmente os íons presentes na carúncula das

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sementes são intensamente lixiviados durante o teste de condutividade elétrica

em sementes de mamona.

Dessa forma, os resultados encontrados nesta pesquisa não estão

relacionados com a citação de Rech et al. (1999) afirmando que o lixiviamento

de solutos das sementes é inversamente proporcional à qualidade da semente.

Sabendo-se que o maior valor de condutividade elétrica está associado ao

menor vigor das sementes.

Analisando a condutividade elétrica de sementes de mamona BRS –

Nordestina separadas em três classes de acordo com o peso das sementes,

Santos Filha et al. (2005) verificaram efeito linear nos valores obtidos no teste.

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3 6 9 12 15 18 21 24

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g-1

)

Períodos de embebição (horas)

CC SC

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b

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bb

bb

aa

aa

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a

a

a

Figura 2. Condutividade elétrica (µS cm-1 g-1) de sementes de mamona BRS -

Nordestina, em função dos períodos de embebição e da presença e

ausência de carúncula, utilizando-se 50mL de água destilada.

Médias seguidas de mesmas letras não diferem entre si dentro de cada período de embebição pelo

Teste de Tukey a 5%.

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Com relação à condutividade elétrica em sementes de mamona BRS –

Nordestina utilizando o maior volume de água de embebição (Figura 3),

verifica-se que no primeiro período de avaliação os tratamentos sementes com

e sem carúncula não apresentaram diferença estatística, isto pode ser

explicado pelo volume da água de embebição utilizado ser o maior em

comparação aos outros volumes utilizados e no curto período de tempo os

eletrólito estarem muito diluídos na água de emersão em ambos os

tratamentos. De acordo com Loeffler et al. (1988) deve-se aplicar um período

de condicionamento mais longo para se detectar diferenças na qualidade de

lotes de sementes que não apresentam diferenças de vigor acentuadas

inicialmente. Dias e Marcos Filho (1996) encontraram resultados no teste de

condutividade elétrica em sementes de soja semelhantes à afirmativa

supracitada, nos quais os períodos de condicionamento mais curtos, devido à

pequena concentração dos exsudados as diferenças entre as médias dos lotes

foram pouco acentuadas.

A partir do segundo período de avaliação, 6 horas, os resultados do

teste de condutividade elétrica nas sementes de mamona foram semelhantes

aos resultados encontrados nos outros dois testes utilizando os volumes de

água de embebição nas quantidades de 25 e 50mL, observando aumento

significativo na condutividade elétrica das sementes de mamona com carúncula

ao longo do teste. Com isso, constata-se que para os três volumes de água de

embebição, o ideal seria a condução do teste de condutividade elétrica com

sementes de mamona BRS – Nordestina sem carúncula, pois este apêndice

anatômico pode alterar os resultados finais do referido teste.

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Figura 3. Condutividade elétrica (µS cm-1 g-1) de sementes de mamona BRS -

Nordestina, em função dos períodos de embebição e da presença e

ausência de carúncula, utilizando-se 75mL de água destilada.

Médias seguidas de mesmas letras não diferem entre si dentro de cada período de embebição pelo

Teste de Tukey a 5%.

De acordo com a Figura 4, verifica-se o efeito das concentrações de

água de embebição e os períodos de imersão sobre a condutividade elétrica de

sementes de mamona BRS – Nordestina com carúncula. Para os dados

referentes ao volume de 25mL a regressão polinomial se ajustou ao modelo

cúbico, no qual se observa aumento na condutividade elétrica das sementes

até o quarto período, depois um declínio brusco. Pelo motivo explicado na

Figura 1, não foi possível prosseguir com as leituras da condutividade elétrica a

partir das 12 horas de condução do teste. Se tratando do volume de 50mL de

água de embebição, os dados se ajustaram ao modelo quadrático da regressão

polinomial, indicando que houve um rápido aumento nos valores de

condutividade elétrica das sementes de mamona com carúncula até certo

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ponto, depois o aumento da condutividade elétrica foi gradual formando-se a

curvatura da linha de tendência.

Vanzolini e Nakagawa (2005) também verificaram um aumento na

quantidade de eletrólitos liberados pelas sementes de amendoim com o

decorrer do tempo de embebição.

y = - 72,184 + 57,013x - 5,0192x2 + 0,1157x3

R² = 0,7768

y = 17,027 + 5,3932x -0,0861x2

R² = 0,9971

y = 10,42 + 4,2975x -0,0772x2

R² = 0,9981

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Períodos de embebição (horas)

C1 C2 C3

Figura 4. Efeito das concentrações de água de embebição e dos

períodos de embebição sobre a condutividade elétrica de

sementes de mamona BRS – Nordestina com carúncula

Com o volume de 75mL, os resultados foram similares, porém os valores

de condutividade elétrica foram menores, comparando-se aos valores de

condutividade elétrica utilizando o volume de 50mL de água de imersão. Isto se

deve à diluição da solução com a maior concentração de água de embebição

(75mL).

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O contrário foi verificado por Vidigal et al. (2008) que observaram uma

maior liberação de solutos na solução realizando o teste de condutividade

elétrica em sementes de pimenta embebidas num menor volume de água

destilada, informando que ocorreu à maior concentração da solução ao reduzir

o conteúdo de água.

Quanto ao efeito das três concentrações de água de embebição e dos

períodos de imersão sobre a condutividade elétrica de sementes de mamona

BRS – Nordestina sem carúncula (Figura 5), percebe-se que os resultados

foram semelhantes aos resultados obtidos com as sementes de mamona com

carúncula, no entanto as quantidades de lixiviados foram encontradas em

menores proporções em sementes de mamona sem carúncula.

y = - 37,85 + 34,425x - 3,0777x2 + 0,0715x3

R² = 0,7967

y = 16,528 + 3,6422x -0,0617x2

R² = 0,997

y = 10,027 + 2,8286x -0,0458x2

R² = 0,9984

-20

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0 3 6 9 12 15 18 21 24

Períodos de embebição (hora)

C1 C2 C3

Figura 5. Efeito das concentrações de água de embebição e dos períodos

de embebição sobre a condutividade elétrica de sementes de

mamona BRS – Nordestina sem carúncula

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4. CONCLUSÕES

� O volume de 25mL de água de embebição não é indicado para a

condução do teste de condutividade elétrica de sementes de mamona

BRS – Nordestina por períodos superiores a 12 horas;

� Os volumes de 50 e 75mL de água de embebição podem ser utilizados

no teste de condutividade elétrica de sementes de mamona BRS –

Nordestina;

� Recomenda-se a retirada da carúncula das sementes de mamona BRS

– Nordestina antes da condução do teste de condutividade elétrica.

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CAPÍTULO IV

TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE MA MONA

CULTIVAR BRS - ENERGIA

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RESUMO

A mamoneira é uma alternativa de grande importância econômica e

social para o semi-árido nordestino. O óleo da mamona e seus derivados têm

múltiplas aplicações industriais, sendo o óleo muito utilizado como lubrificante

para motores de alta rotação e carburante em motores Diesel. Objetivou-se

com esse trabalho verificar períodos e métodos de envelhecimento acelerado

para avaliar o vigor de sementes de mamona. Para tanto, utilizaram-se quatro

lotes de sementes de mamona, cultivar BRS - Energia. A qualidade inicial de

cada lote de sementes foi avaliada pela determinação do teor de água,

germinação, primeira contagem de germinação, velocidade de emissão da raiz

primária e emergência de plântulas em campo. O envelhecimento acelerado foi

conduzido a 40°C durante 24, 48 e 72 horas, com e sem uso de solução

saturada de NaCl. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente

casualizado. O teste de envelhecimento acelerado tradicional com 72 horas

provoca a morte das sementes de mamona e, para o uso da solução salina,

são necessários mais estudos para ser indicado como um teste de vigor em

sementes de mamona BRS - Energia.

Palavras-chave : Ricinus communis L., vigor, qualidade fisiológica, oleaginosa.

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Accelerated aging test in castor bean seeds cultiva te brs - energy

ABSTRACT

The castor bean is an alternative of great economic and social

importance for the Northeast region of Brazil. The oil of castor bean and

derivatives has multiple industrial applications, being oil very used as lubricate

for engines of high rotation and fuel in Diesel engines. Objectified with this work

verify periods and methods of accelerated aging to evaluate the vigor of lots

seeds of castor bean. Four lots of seeds of castor bean were use, to cultivate

BRS Energy. Initial quality of each lot of seeds was evaluated by determination

of the tenor of water, germination, first counting of germination, speed of

emission of the primary root and emergency of seedling in field. Accelerated

aging test was carried out 40°C during 24, 48 and 72 h ours, with and without

use of solution saturated of NaCl. The experiment was carried out in delineation

entirely randomized. Accelerated aging test traditional with 72 hours provokes

death of the seeds of castor bean, for use of the saline solution, is necessary

more studies to be indicated as a test of vigor in seeds of castor bean BRS-

Energy.

Key-words : Ricinus communis L., vigor, physiological quality, plant oil.

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1. INTRODUÇÃO

A mamoneira (Ricinus communis L.), também conhecida como

carrapateira ou rícino, pertencente à família Euphorbiaceae, é originária da

Ásia Meridional de onde se espalhou por quase todo o mundo, principalmente

nas regiões tropicais e subtropicais. Em vários países é cultivada para a

extração do óleo das suas sementes.

Azevedo et al. (1997) citam a utilização do óleo como lubrificante de

motores de grande rotação e muito usado na aviação. Já a torta, subproduto

proveniente da extração do óleo é empregada na adubação. Na indústria têxtil

sua utilização é na fabricação de tecidos de nylon, na siderurgia como óleo de

corte para laminagem, na indústria para acabamento de peles finas, pinturas e

vernizes, perfumaria, cremes, cosméticos e saboarias.

O óleo de rícino é usado, também, como purgativo, na fabricação de

tinta, verniz e plástico, enquanto a torta, subproduto da extração do óleo é

empregado como adubo orgânico, apresentando também efeito rematicida.

Apesar da alta toxicidade das sementes, o óleo de rícino não é tóxico, visto que

a ricina, proteína tóxica das sementes, não é solúvel em lipídios, ficando todo o

componente tóxico restrito à torta (SCAVONE-PANIZZA, 1980; GAILARD e

PEPIN, 1999; SAVY FILHO, 2001; ROCHA, 2004).

A cultura se apresenta como alternativa de relevante importância

econômica e social, pois dadas as suas características, é capaz de produzir

satisfatoriamente sob condições de baixa precipitação pluvial, sobressaindo-se

também como alternativa para o semi-árido nordestino, onde a cultura, mesmo

tendo sua produtividade afetada, tem-se mostrado resistente ao clima adverso,

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servindo como alternativa para geração de renda para o agricultor da região

(VIERA e LIMA, 2003).

A utilização de sementes de alta qualidade constitui a base para

elevação da produtividade agrícola. O componente fisiológico da qualidade de

sementes tem sido objeto de inúmeras pesquisas, em decorrência das

sementes estarem sujeitas a uma série de mudanças degenerativas após a sua

maturidade. No entanto, verifica-se a escassez de pesquisas direcionadas à

avaliação da qualidade fisiológica de sementes de espécies oleaginosas,

incluindo-se a mamona.

A qualidade fisiológica das sementes tem sido caracterizada pela

germinação e pelo vigor. Vigor de sementes pode ser definido como a soma de

atributos que conferem à semente o potencial para germinar, emergir e formar

plântulas normais sob ampla diversidade de condições ambientais. Dessa

forma, o objetivo básico dos testes de vigor é identificar diferenças importantes

no potencial fisiológico de lotes de sementes, especialmente daqueles que

apresentam poder germinativo elevado e semelhante (MARCOS FILHO,

1999b).

Tendo em vista a carência de estudos sobre procedimentos adequados

para avaliação do vigor de sementes de mamona, objetivou-se verificar a

eficiência do teste de envelhecimento acelerado para determinação do

potencial fisiológico dessas sementes.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Local da pesquisa - A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Análise de

Sementes do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da

Universidade Federal da Paraíba, Areia – PB. Foram utilizadas sementes

básicas de mamona da cultivar BRS - Energia, representadas por três lotes de

sementes, produzidos no ano agrícola de 2007, submetidos as seguintes

determinação e testes:

2.2 Determinação do teor de água – antes e após o teste de envelhecimento

acelerado foram determinadas o teor de água das sementes, adotando-se o

método de estufa a 105±3°C durante 24 horas, utilizand o-se quatro

subamostras de 5g para cada lote (BRASIL, 1992). Os resultados foram

expressos em porcentagem de base úmida.

2.3 Germinação – foi conduzida com quatro repetições de 50 sementes, em

rolo de papel “germitest”, umedecido com água, na proporção de 2,5 vezes o

peso do papel seco, em germinador graduado a temperatura alternada de 20 -

30°C. Foram realizadas contagens aos cinco (primeira contag em) e décimo

quarto dias após a instalação do teste, conforme critérios estabelecidos pelas

Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992). Computaram-se as

porcentagens médias de plântulas normais para cada lote. Os resultados foram

expressos em porcentagem.

2.4 Comprimento de raiz - determinado após o teste de germinação, no qual

as raízes foram medidas com auxílio de régua graduada em centímetros. O

comprimento da raiz foi calculado segundo o procedimento citado por

Nakagawa (1999). E os resultados expresso em cm/plântula.

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2.5 Envelhecimento acelerado tradicional - utilizou-se o procedimento

proposto pela AOSA (2002) e descrito por Marcos Filho (1999a). Foram

distribuídas 250 sementes sobre uma tela de alumínio, fixada em caixa plástica

tipo “gerbox”, contendo 40mL de água destilada. As caixas, com as sementes,

foram fechadas e mantidas a 40ºC em câmara de germinação por 24, 48 e 72

horas e mais a testemunha. Ao término de cada período, as sementes foram

submetidas à determinação do teor de água e ao teste de germinação descrito

anteriormente.

2.6 Envelhecimento acelerado modificado – foi realizado similarmente como

o envelhecimento acelerado tradicional, porém, utilizou-se o procedimento

proposto por Jianhua e McDonald (1996), substituindo-se os 40mL de água

adicionados em cada compartimento individual por igual quantidade de solução

saturada de NaCl (40g de NaCl/100mL de água).

2.7 Emergência de plântulas - foram utilizadas 100 sementes, divididas em

quatro repetições de 25 sementes, semeadas em bandejas plásticas (45,0 x

30,0 x 11,0cm, respectivamente CxLxE) perfuradas no fundo, contendo areia

lavada previamente autoclavada. As contagens de plântulas normais foram

realizadas no oitavo dia do semeio e os resultados expressos em porcentagem;

2.8 Delineamento estatístico - o experimento foi conduzido no delineamento

inteiramente casualizado, com quatro repetições em esquema fatorial 4x3x2 (4

períodos x 3 lotes x 2 tipos de envelhecimento), utilizando o programa PROC

GLM do software de informática Statistical Analysis System (SAS®) (SAS,

1990). Os dados em porcentagem foram transformados em arco seno

100/X . Os dados em centímetro e grama foram submetidos à análise de

variância, com a comparação de médias realizada pelo teste de Tukey a 5%.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos na caracterização inicial da qualidade fisiológica

dos lotes de sementes estão apresentados na Tabela 1. Foram verificadas que

não houve diferenças no porcentual de germinação entre os lotes. Para a

primeira contagem de germinação, o lote 2 apresentou-se o mais vigoroso, e

quando o vigor foi avaliado pelo comprimento de raiz, os lotes 1 e 2 não

apresentaram diferenças significativas entre si, apresentando maior

comprimento de raiz em relação ao lote 3.

TABELA 1. Valores médios obtidos inicialmente nos testes de germinação

(TG), primeira contagem de germinação (PCG), comprimento de

raiz (CR) e emergência de plântulas (EP), em três lotes de

sementes de mamona BRS - Energia

Lotes TG (%) PCG (%) CR (cm) EP (%) 1 90 b 72 c 2,70 a 85 b 2 89 b 79 a 2,71 a 93 a 3 91 b 73 c 2,28 b 68 d

CV (%) 1,33 1,16 4,04 1,55 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Na emergência de plântulas, o lote 2 foi o que apresentou os maiores

porcentuais, justificando-se assim a utilização de testes de vigor nesses lotes.

Uma das finalidades dos testes de vigor é revelar diferenças na qualidade

fisiológica, que não são detectadas no teste de germinação (MARCOS FILHO,

1999b). Ainda de acordo com mesmo autor, os resultados elevados de

germinação pode não significar necessariamente que os lotes possuem alto

vigor, sabendo-se que o teste de germinação é conduzido em condições

favoráveis de temperatura, umidade e luminosidade, permitindo ao lote

expressar o potencial máximo para produzir plântulas normais.

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Os resultados referentes à primeira contagem, comprimento de raiz e

emergência revelaram que as sementes do lote 2 apresentaram alto vigor,

(Tabela 1).

Evidenciou-se, assim, a maior sensibilidade do teste de emergência das

plântulas, quando comparado à primeira contagem de germinação e o

comprimento da raiz. Dessa forma, verifica-se a importância da utilização de

mais de um teste para determinar o vigor das sementes, em função da variação

da eficiência dos procedimentos disponíveis, conforme destacou Marcos Filho

(1999b).

TABELA 2 . Teor de água (%) obtido de quatro lotes de sementes de mamona

BRS - Energia submetidas a diferentes períodos de envelhecimento

acelerado, utilizando-se o procedimento tradicional e com solução

de NaCl em câmara de germinação

Solução Envelhecimento Lotes Água NaCl

0

1 2 3

10,33 a 10,48 a 10,80 a

24 1 2 3

16,85 c A 21,30 a A 20,00 ab A

10,65 a B 12,60 a B 12,40 a B

48 1 2 3

25,40 a A 25,40 a A 20,70 b A

12,25 a B 14,28 a B 13,50 a B

72 1 2 3

29,40 a A 29,20 a A 30,90 a A

15,25 a B 15,70 a B 15,20 a B

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem a 5% pelo teste de Tukey.

Inicialmente, as sementes dos diferentes lotes não apresentaram

variações no teor de água (Tabela 2). Este fato é importante para execução

dos testes, considerando que a uniformidade do teor de água das sementes é

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imprescindível para a padronização das avaliações e obtenções de resultados

consistentes (MARCOS FILHO, 1999).

No teste de envelhecimento acelerado, se os lotes de sementes

apresentarem teores de água iniciais muito distintos, haverá variações

acentuadas na velocidade de umedecimento e, certamente, diferenças na

intensidade de deterioração. Segundo Marcos Filho et al. (1987) e Loeffler et al.

(1988) a uniformização do grau de umidade das sementes é fundamental para

a padronização das avaliações e obtenção de resultados consistentes,

sabendo-se que dentro de certos limites, as sementes mais úmidas são mais

afetadas pelas condições do envelhecimento acelerado. Panobianco e Marcos

Filho (2001) encontraram uniformidade no grau de umidade de cinco lotes

estudados de sementes de tomate após o envelhecimento artificial.

Observa-se que as sementes de mamona envelhecidas pelo método

tradicional apresentaram acréscimos no teor de água nas sementes, à medida

que os períodos de envelhecimento aumentaram, sendo esse incremento mais

acentuado após 24 horas de envelhecimento (Tabela 2). A partir deste período,

houve acréscimo no teor de água nas sementes, porém em proporções

menores, e diferenciadas dependendo do lote. Ainda na Tabela 2, verifica-se

que com a utilização de solução saturada de NaCl, obteve-se teor de água nas

sementes inferior ao observado para as sementes envelhecidas pelo método

tradicional.

Corrêia et al. (2006) verificou elevação gradativa no teor de água das

sementes de jacarandá-da-Bahia, acompanhando o aumento do período de

permanência na câmara de envelhecimento acelerado. Resultados

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semelhantes foram obtidos por Nakagawa et al. (2001) em estudo com

envelhecimento acelerado em sementes de Eucalyptus grandis.

Freitas e Nascimento (2006) constataram a redução na absorção de

água pelas sementes de lentilha durante o teste de envelhecimento modificado,

no qual os autores esperavam com a utilização de solução saturada de NaCl,

efeitos menos drásticos no grau de deterioração das sementes provocados

pelo envelhecimento tradicional. Entretanto, alguns lotes de sementes de

lentilha não apresentaram diferença nos dois tipos de envelhecimento para um

mesmo período de exposição ao estresse.

Observa-se, na Tabela 3 que, o teste de envelhecimento tradicional

diferiu os lotes apenas quando conduzido por 24 horas, no qual os lote 1 e 3 se

destacaram dos demais lotes.

O período de 48 horas de exposição das sementes, no teste tradicional,

não separou os lotes quanto ao vigor, apresentando, mesma tendência dos

resultados obtidos no teste de germinação e nos testes de primeira contagem e

comprimento de raiz (Tabela 3).

O estresse provocado pelo período de envelhecimento de 72 horas no

método tradicional foi altamente drástico às sementes, levando-as à perda total

da capacidade germinativa (Tabela 3). Esse fato foi verificado em sementes de

outras espécies, quando submetidas ao teste de envelhecimento acelerado

tradicional a 45ºC por 48 horas (RAMOS et al., 2004). Esse efeito

provavelmente deve-se ao alto teor de água atingido pelas sementes após o

envelhecimento com o uso dessa temperatura. Além disso, foi observada alta

quantidade de fungos ao término desse período de envelhecimento, o que não

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foi observado nos diferentes períodos de exposição no envelhecimento

modificado (com solução saturada de NaCl).

TABELA 3. Valores médios de germinação (%) obtidos no teste de

envelhecimento acelerado tradicional (água) e com solução

saturada de NaCl, em quatro lotes de sementes de mamona

BRS - Energia

Solução Envelhecimento Lotes

Água NaCl

0 1 2 3

90a 89a 91a

24 1 2 3

81 a B 79 a A 65 b B

86 a A 80 b A 73 c A

48 1 2 3

61 a B 61 a B 55 a B

87 a A 79 b A 69 c A

72 1 2 3

0 a B 0 a B 0 a B

74 a A 69 a A 55 b A

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem a 5% pelo teste de Tukey.

Segundo Jianhua e McDonald (1996) e Rodo et al. (2000) essa seria

uma das justificativas para utilização de solução saturada com NaCl, uma vez

que esse procedimento proporciona baixa umidade relativa do ar,

desfavorecendo o desenvolvimento de fungos e minimizando os efeitos desses

microrganismos associados às sementes sobre os resultados do teste de

envelhecimento acelerado.

À semelhança do que ocorreu no teste de emergência das plântulas,

observa-se que, pelos resultados obtidos no teste de envelhecimento acelerado

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modificado durante 24 horas, as sementes do lote 3 apresentaram

desempenho inferior em relação aos demais lotes (Tabela 3). Verifica-se que, o

período de 48 horas em solução de NaCl, também permitiu estratificar os

diferentes lotes em função do vigor das sementes. Assim, observa-se uma

classificação em sementes de baixo (lote 3), médio (lote 2) e alto vigor (lote 1),

pelos resultados obtidos no teste de envelhecimento acelerado modificado por

24 horas.

Dessa forma, a utilização de solução saturada de NaCl proporcionou

efeitos menos drásticos do que os provocados pelo envelhecimento tradicional

no que se refere ao grau de deterioração das sementes. No entanto, esse fato

não foi constatado para todos os lotes nos diferentes períodos de

envelhecimento, sendo que alguns lotes apresentaram resultados semelhantes

nos dois tipos de envelhecimento acelerado para um mesmo período de

exposição (Tabela 3).

Esta pesquisa revela que o teste de envelhecimento acelerado

modificado com solução saturada de NaCl a 40ºC por 48 horas foi o método

mais adequado para classificação dos lotes em níveis de vigor, mostrando-se

como alternativa promissora para avaliação do vigor de sementes de mamona.

Trabalhando com sementes de berinjela, Torres e Negreiros (2008) não

verificaram a influência da germinação de sementes e emergência das

plântulas após o envelhecimento acelerado, como parâmetro para diferenciar

lotes de sementes de berinjela. Dutra e Vieira (2004) observaram que em

alguns lotes de sementes de milho e soja por eles estudados, o porcentual da

germinação inicial não diferia do porcentual da germinação após o

envelhecimento acelerado, recomendando o uso de câmara BOD na

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combinação 45ºC por 72 horas para sementes de milho e 42ºC por 48 horas

para sementes de soja.

As condições para realização do teste de envelhecimento acelerado em

sementes de abóbora, variedade menina brasileira, são 41°C por 48 h, por ser

capaz de estratificar lotes dessa espécie em função do potencial fisiológico das

sementes (CASAROLI et al., 2006).

Para sementes de cenoura cultivar Brasília, o teste de envelhecimento

acelerado foi capaz de diferenciar sensivelmente os quatro lotes de sementes

estudadas por Rodo et al. (2000), durante 48 e 72 horas de exposição a 41ºC,

os quais foram classificados pelos autores de alta qualidade, de qualidade

intermediária e o de baixa qualidade. Já utilizando o período de 96 horas o

teste de envelhecimento acelerado não se mostrou consistente, evidenciando

apenas o lote de alta qualidade.

Em trabalhos de diversos autores (NASCIMENTO e ANDREOLI, 1987;

ANDRADE et al., 1995; TRIGO e TRIGO, 1995) já haviam relatos sobre a

indicação do período de 72 horas de envelhecimento para sementes de

cenoura, na classificação de lotes que apresentam diferentes níveis de vigor.

Rosseto et al. (2004) verificaram que o período de 72 horas a 42ºC é

suficiente para avaliar o potencial fisiológico das sementes de amendoim. Maior

eficiência do teste de envelhecimento acelerado com uso de solução saturada

de sal na classificação de sementes com diferentes níveis de vigor também foi

observado em sementes de pimentão (PANOBIANCO e MARCOS FILHO,

1998), cenoura (RODO et al., 2000), melão (TORRES e MARCOS FILHO,

2003) e pimenta malagueta (TORRES, 2005).

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Ramos et al. (2004) em trabalho com sementes de Eruca sativa verificou

que não houve grandes variações na porcentagem de germinação das

sementes submetidas ao envelhecimento acelerado a 40°C, n o entanto,

quando envelhecidas a 45°C, deixaram de germinar. S imilar resultado foi

encontrado por Borges et al., (1990) estudando sementes de Cedrella fissilis.

Algumas espécies demonstram mais resistência às condições adversas

de temperatura e umidade elevada. Sementes de algaroba por exemplo, são

bastante resistentes ao envelhecimento acelerado, sendo observada elevada

porcentagem de germinação após 45 dias de tratamento (PEREZ e

TAMBELINI, 1995). O contrário foi encontrado por Garcia et al. (2004)

pesquisando sementes de Anadenanthera colubrina, os quais observaram

redução na porcentagem de germinação quando submetidas ao

envelhecimento acelerado.

De acordo com Corrêia et al. (2006), o binômio tempo e temperatura

influenciam a perda da viabilidade das sementes de Dalbergia nigra, como

também foi observado em sementes de Adenanthera pavonina (FANTI e

PEREZ, 1999). A condição considerada adequada para o teste de

envelhecimento acelerado de sementes de Dalbergia nigra (Vell.) durante o

período de armazenamento foi de 43°C por 72 horas.

Para sementes de girassol, Queiroga (1992) verificou que o

envelhecimento acelerado reduz significativamente o poder germinativo destas

sementes, apresentando ainda, formação elevada de plântulas com raízes

atrofiadas.

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4. CONCLUSÕES

� O teste de envelhecimento acelerado tradicional a partir de 72 horas

provoca a morte das sementes de mamona cultivar BRS – Energia;

� São necessários mais estudos sobre o uso da solução salina, antes de

ser indicado como um teste de vigor em sementes de mamona BRS-

Energia.

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