as contribuições do pibid na formação docente em educação
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
EMERSON CÁSSIO DOS ANJOS
As contribuições do PIBID na formação docente em
Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte – UFRN
NATAL-RN
2020
EMERSON CÁSSIO DOS ANJOS
As contribuições do PIBID na formação docente em Educação
Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento à exigência para obtenção do grau de Licenciada em Educação Física, sob a orientação da Prof.ª. Dr.ª Maria Aparecida Dias.
NATAL-RN
2020
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Francisco
Malaquias dos Anjos e Maria de Fátima Silva dos
Anjos, aos meus irmãos Emanuel Carlos dos Anjos,
Mylena Carla dos Anjos, Mycaele Carine dos Anjos
Senra, Mycássia Caline dos Anjos Pessoa e Eberth
Cláudio dos Anjos, a minha noiva, Caroline Paiva e
Silva, aos meus sobrinhos, Miguel Augusto dos Anjos,
Nara Emanuele dos Anjos e Clarice dos Anjos Melo.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, ao meu bom Deus por todas as maravilhas que Ele fez na
minha vida. Foi Ele quem comigo esteve me acompanhando e fortalecendo durante
todo o trajeto, testemunhando todas as dificuldades enfrentadas, mas sempre
vencidas, pois Ele é sempre maior que tudo.
Ao meu pai, Francisco Malaquias dos Anjos, que soube ser um pai lindo. Apesar
de todas as dificuldades, nunca deixou de ser o ser incrível que é. Teve pouca
escolaridade, mas entendia a importância da educação e sempre me estimulou a
seguir a caminhada. Ele transcendeu, mas continua todo dia comigo e, lá do céu, eu
sei que ele não deixa um só instante de pedir que Deus cuide da família que ele tanto
ama.
A minha mãe, Maria de Fátima Silva dos Anjos, que sabe ser uma mãe linda,
mulher de tanta fé. Soube sempre orientar para que eu e meus irmãos sempre
estudássemos. Pela pouca escolaridade, as palavras são simples nos conselhos, mas
coberta de um amor tão acolhedor, por isso, cheias de sabedoria.
A cada um dos meus irmãos, Emanuel Carlos dos Anjos, Mylena Carla dos
Anjos, Mycaele Carine dos Anjos Senra, Mycássia Caline dos Anjos Pessoa e Eberth
Cláudio dos Anjos, por serem as pessoas que posso confiar, pois sei que estaremos
sempre juntos para nos ajudarmos uns aos outros em todos os momentos.
A minha linda noiva, Caroline Paiva e Silva, por ser a melhor pessoa que
conheci. Tão solicita e acolhedora, sabe transmitir paz. Sempre esteve ao meu lado
orientando e sugerindo o melhor para mim. Obrigado por tudo!
A cada um dos meus sobrinhos, Miguel Augusto dos Anjos, Nara Emanuele
dos Anjos e Clarice dos Anjos Melo, que me alegram demais. É estando com eles que
as coisas pesadas da vida se dispersam. E é por eles que eu procuro estar sempre
bem, para que eles contem comigo para tudo.
A professora orientadora, Maria Aparecida Dias, que sempre esteve de braços
abertos em todas as vezes que a busquei. Uma professora que deveria existir em
cada departamento de cada universidade, pois tem, pra mim, a principal coisa que
precisa ter um professor: a disponibilidade para quem busca. Obrigado por ter sido
importante na minha formação.
A todos os professores que tive, tanto do departamento de Educação Física,
como de outros departamentos, por terem contribuído na minha graduação. Quero
lembrar de citar o professor Aguinaldo por ser, assim como a professora Cida, um
professor que está a dispor para ouvir e ajudar.
A todos os colegas participantes da pesquisa deste trabalho, pela oportunidade
e disposição em ajudar da melhor forma possível no processo de coleta de dados.
A todos os colegas da minha turma 2017.1 e todos os outros que conheci de
outras disciplinas em outros departamentos que, de alguma maneira, fez parte desta
caminhada. De maneira especial, a dois colegas que sempre pude contar: David Jose,
que é da minha turma 2017.1 e Juliana de Assis, da turma 2018.1, pois foram duas
das pessoas que dividi muitos momentos da graduação.
Por fim, a todas as outras pessoas que contribuíram direta e indiretamente para
que eu conseguisse mais essa vitória em minha vida.
Nada te perturbe,
Nada te espante,
Tudo passa,
Só Deus não muda.
A paciência
Tudo alcança;
Quem tem a Deus,
Nada lhe falta,
Só Deus basta.
Santa Teresa de Jesus
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar as contribuições do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) na perspectiva dos discentes de iniciação à docência em relação a formação integral docente dos licenciados em Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A metodologia do presente trabalho é de caráter descritivo e o tipo de abordagem é qualitativa. O instrumento utilizado para coletar os dados foi um questionário constando quatro questões abertas relacionada a temática da presente pesquisa. Foram entrevistados sete discentes que fizeram parte do programa no período de 01/08/2018 à 31/01/2020 e o questionário foi feito através do Google Forms. A partir das entrevistas foi possível identificar que o PIBID teve importância no processo de formação dos licenciados, na qualificação do ensino, pois já de cedo os participantes puderam experimentar na prática sua futura profissão, além de correlacionar o mundo universitário junto ao mundo escolar e desta maneira a completude de uma formação. Este trabalho revela o quanto é importante o PIBID para todos que dele fazem parte e que além de aprimoramento é também necessário que este programa seja defendido para que todos que participam ou participarem possam ter a oportunidade de obterem uma formação ainda mais qualificada.
Palavras-chave: Educação Física Escolar; PIBID; Contribuições; Discentes.
ABSTRACT
This paper aims to analyze the contributions of the Institutional Program for Teaching Initiation Scholarships (PIBID) from the perspective of teaching initiation students in relation to the full teacher education of graduates in Physical Education at the Federal University of Rio Grande do Norte. The methodology of this work is descriptive and the type of approach is qualitative. The instrument used to collect the data was a questionnaire with four questions related to the theme of this research. Seven students were interviewed who were part of the program from 08/01/2018 to 01/31/2020 and the questionnaire was made through Google Forms. From the interviews, it was possible to identify that PIBID was important in the process of training graduates, in the qualification of teaching, since from an early age the participants were able to experiment in the future profession, in addition to correlating the university world with the school world and in this way the completion of a formation. This work reveals how important PIBID is for all who are part of it and that in addition to improvement, it is also necessary that this program be defended so that everyone who participates or participates can have the opportunity to obtain even more qualified training.
Keywords: Physical Education, PIBID, Contributions, Students
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
CAPES: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior.
PIBID: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência.
DID: Discente de Iniciação à Docência.
IES: Instituições de Educação Superior.
PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação.
UAB: Universidade Aberta do Brasil.
UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
1.1 Um instrumento de formação: PIBID. 14
2 A LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 18
3 DIÁLOGO COM OS PIBIDIANOS 20
3.1 Motivo que levou a participar do PIBID 20
3.2 O PIBID e o ser docente 22
3.3 Contribuições para a vivência 24
3.4 Confiança para atuar a partir de um conhecimento prévio e amplo 26
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 30
APÊNDICE 32
11
1 INTRODUÇÃO
Ao longo de toda formação acadêmica no curso de Licenciatura em Educação
Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte existem muitos desafios que
precisam ser ultrapassados para que se consiga alcançar a tão desejada formação.
Entre os vários desafios, há a escolha do tema para o trabalho de conclusão de curso
(TCC). Como a área tem muitas variáveis, isso pode ofuscar a visão para uma em
específico. No entanto, o discente, normalmente, aborda aquilo que lhe é mais
familiar, deste modo, busquei para meu TCC algo voltado para o PIBID, já que, nele,
eu pude experimentar o que a universidade não pôde me proporcionar da forma que
acredito ser o ideal, isto é, o contato mais íntimo de como possivelmente será minha
futura profissão.
Neste percurso acadêmico, pude constatar que há uma lacuna entre a teoria e
a prática, ou seja, existe uma grande dificuldade por parte dos componentes
curriculares que compõem a formação em relacionar a teoria com a prática uma vez
que o contato mais concreto que o acadêmico tem com a escola se dá no momento
dos estágios obrigatórios, que não são suficientes para que os discentes coloquem
em prática o que aprendeu no campo teórico durante a formação.
Formar professores requer muito além de somente teorias, ou seja,
acreditamos em uma formação que possa garantir o contato com o futuro campo de
atuação que, no caso da Licenciatura em Educação Física, é a escola esse espaço
de construção da formação. A formação de um bom profissional requer, também, a
prática e experiência na área de atuação por isso, por exemplo, a importância dos
estágios obrigatórios e as atividades em que os professores encaminham os discentes
para as escolas.
A partir do momento que políticas públicas voltadas para a relação formada
entre o processo de formação na Universidade e o campo de atuação se firmam, há
possibilidade do diálogo entre os conhecimentos advindos das questões teóricas-
conceituais e a prática pedagógica. Um exemplo disso é o Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), pois apresenta inúmeras propostas positivas
para a formação em Licenciatura.
Nesta direção, temos como objetivo geral da nossa pesquisa, evidenciar as
contribuições do PIBID/Educação Física, a partir da perspectiva dos discentes de
12
iniciação à docência em relação a sua formação. Como objetivo específico propomos:
Identificar a relação entre a formação na Licenciatura em Educação Física e a
proposta do PIBID Educação Física.
Para que possamos desenvolver nossa pesquisa, recorremos a uma proposta
metodológica que se caracteriza pelo seu caráter descritivo com o tipo de abordagem
qualitativa, visto que o mesmo possui um problema que reproduz os questionamentos
e as possibilidades de um contexto, não havendo interferência do pesquisador, tendo
como finalidade observar, analisar e registrar os fenômenos em questão.
A pesquisa descritiva nos permite ter um melhor entendimento sobre os fatos e
isso só se dá pela busca que é realizada por uma aproximação considerável ao objeto
de estudo. Tudo isso, com o objetivo de conhecer melhor as situações em que esse
objeto está inserido, assim como todas as questões, relações e possíveis
adversidades existentes. Neste horizonte, passamos a entender a pesquisa descritiva
como uma maior possibilidade de explorar o objeto de forma mais ampla e completa,
desenvolvendo possibilidades de possíveis soluções (CERVO; BERVIN, 1996). Nesta
pesquisa, não há manipulação dos fatores que influenciam nos resultados, há uma
aproximação entre as partes, mas não de forma que o pesquisador possa influenciar
nesses resultados. (BARROS; LEHFELD, 1986). Ainda no que se refere a pesquisa
descritiva:
As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. (GIL, 1999, p. 44)
Tais técnicas e procedimentos serão fundamentais para o fazer metodológico
deste nosso trabalho.
E em relação a abordagem de pesquisa que é a qualitativa, temos:
[...] caracterizado como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características comportamentais. (RICHARDSON et al, 1999, p. 90)
13
A coleta de dados aconteceu por meio de um questionário semiestruturado1
aplicado a sete discentes que estão graduando licenciatura em Educação Física na
UFRN, que fizeram parte do edital 07/2018 referente ao Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e que já tinham concluído ao menos um
estágio supervisionado obrigatório. O questionário foi enviado para o WhatsApp dos
sete discentes por meio de um link em que todos tiveram acesso ao questionário
criado no Google Froms. A data de envio do questionário foi 08/07/2020 e foi dado um
prazo de a até a data de 22/07/2020 para o questionário ser respondido. As
identidades dos participantes foram preservadas e eles(as) foram atribuídos uma sigla
DID – Discente de Iniciação à Docência. Dos sete discentes que receberam o link do
questionário, todos os sete responderam dentro da data preestabelecida.
No link consta a descrição que a pesquisa se trata de obtenção de dados para
formulação deste trabalho. O questionário conta com quatro questões que seguem
um padrão orientado na busca do questionamento central e norteador da pesquisa,
isto é, como a iniciação à docência, por intermédio do PIBID, contribuiu para a
formação docente de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN).
A partir da coleta dos dados foi feita a análise das respostas onde todos foram
alocadas no decorrer do trabalho e, em cada momento e para cada questão, ocorreu
uma análise descritiva do conteúdo das respostas. A interpretação e reflexão sobre
os dados conquistados são de grande importância para o teor da pesquisa qualitativa,
pois é onde o pesquisador dá significado para as questões que deseja levantar.
Nossa pesquisa foi organizada da seguinte forma: uma introdução; o capítulo I
que trata sobre o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID); o
capítulo II, que trata da formação em Licenciatura em Educação Física considerando
os aspectos que implicam a iniciação à docência e o capítulo III que traz os dados
coletados e seus resultados propostos no processo metodológico citado
anteriormente. Por último, nossas considerações finais, onde procuramos responder
nossos objetivos e apresentar possíveis desdobramentos da nossa pesquisa.
1 Questionário semiestruturado é um questionário que apresenta questões abertas, ou seja, em que o entrevistado pode responder livremente e, também, questões fechadas, aquelas que apresentam respostas pré-definidas.
14
1.1 Um instrumento de formação: PIBID.
A criação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID),
como um programa de formação docente de iniciativa da União, representou um
importante avanço diante do histórico de formação docente no Brasil, pois anunciou e
propiciou uma nova etapa na carreira docente.
Assim, o PIBID, criado pelo Decreto n. 7.219 (BRASIL, 2010) e fomentado pela CAPES, propõe a articulação entre as Instituições de Ensino Superior (IES) e as escolas públicas de Educação Básica como forma de contribuir para a formação inicial de professores. Ao oferecer bolsas de iniciação à docência, antecipa o vínculo de futuros professores com o futuro lócus de trabalho, pressupondo que a aproximação desses com as atividades de ensino nas escolas públicas, mediante a execução de um projeto institucional proposto por uma determinada IES, pode levá-los ao comprometimento e à identificação com o exercício do magistério. (FELÍCIO, 2014, p. 418)
O programa visa aproximar a universidade com o ensino básico. Promovendo
uma concepção clara de como é o ambiente de sala de aula que é onde o bolsista irá
atuar futuramente. Sendo considerado um marco fundamental do comprometimento
da União com a formação docente para a educação básica pública, como reconhece
o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e a Universidade Aberta do Brasil
(UAB)
A UAB e o PIBID, por seu turno, alteram o quadro atual da formação de professores, estabelecendo relação permanente entre educação superior e educação básica. É o embrião de um futuro sistema nacional público de formação de professores, no qual a União, por meio da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), assume enfim uma responsabilidade que, a rigor, sempre foi sua (BRASIL, MEC/PDE, 2007, p. 16).
A finalidade do PIBID, segundo a Portaria Normativa n. 16, de 23 de dezembro
de 2009 era o fomento à iniciação à docência de estudantes das instituições federais
de educação superior, aprimorando-lhes a qualidade da formação docente em curso
presencial de licenciatura de graduação plena e contribuindo para a elevação do
padrão de qualidade da educação básica. Essa exclusividade para as instituições
federais e para os cursos presenciais passou, a partir de 2010, a estender-se também
para as Instituições de Ensino Superior (IES) comunitárias, às públicas municipais de
ensino superior e universidades e centros universitários comunitários, confessionais e
filantrópicos. Esta abrangência significou uma rápida ampliação do número de
instituições envolvidas na participação deste programa, PIBID, e, também, de alunos
15
bolsistas no projeto, revelando uma grande e significativa aceitação junto às IES e
uma uniformidade da resposta às necessidades do campo da formação docente.
A formação trazida pelo PIBID constitui uma maneira de valorização da prática
dos licenciandos para a formação inicial docente, proporcionando aos bolsistas um
conhecimento que se adquire através de experiências por meio da prática e de sua
reflexão.
O PIBID é uma política educacional financiada e gerida pela coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES). Uma de suas metas é
aproximar os futuros professores das salas de aula da rede pública. Desde modo, o
PIBID promove uma articulação entre a educação superior, a escola e os sistemas de
ensino federais, estaduais e municipais oportunizando aos acadêmicos uma
abrangência de aprendizagem da profissão docente e construção da identidade
profissional.
De acordo com a CAPES2, os objetivos atuais do programa são:
• Incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica; • Contribuir para a valorização do magistério; • Elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica; • Inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem; • Incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como conformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério; e • Contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura.
No que concerne às bolsas, de acordo com a CAPES3, há quatro modalidade
de bolsas aos participantes do projeto institucional, sendo elas:
2 Informação retirada do site Oficial da CAPES. Disponível em: <https://capes.gov.br/educacao-basica/capespibid/pibid> Acesso em: 20 de setembro de 2020. 3 Informação retirada do site Oficial da CAPES. Disponível em: <https://capes.gov.br/educacao-
basica/capespibid/pibid> Acesso em: 20 de setembro de 2020.
16
1. Iniciação à docência – para discentes de licenciatura dos cursos abrangidos pelo subprojeto. Valor: R$400,00 (quatrocentos reais). 2. Professor supervisor – para professores de escolas públicas de educação básica que acompanham, no mínimo, oito e, no máximo, dez discentes. Valor: R$765,00 (setecentos e sessenta e cinco reais). 3. Coordenador de área – para docentes da licenciatura que coordenam os núcleos, formados por grupos de 24 a 30 discentes. Valor: R$1.400,00 (um mil e quatrocentos reais). 4. Coordenação institucional – para o docente da licenciatura que coordena o projeto institucional de iniciação à docência na IES. Permitida a concessão de uma bolsa por projeto institucional. Valor: R$1.500,00 (um mil e quinhentos reais).
A bolsa se justifica por muitas razões, uma delas é assegurar a continuidade
da escolha pela docência. A CAPES ao disponibilizar bolsas para os licenciados ao
longo da graduação por meio do PIBID traz entre outros impactos pretendidos a
diminuição da evasão e o aumento da procura pelos cursos de licenciatura. Para os
pibidianos, ela custeia as eventuais demandas acarretadas pelo PIBID, por exemplo,
a passagem até a escola onde atua, aos encontros semanais entre discentes,
supervisores e coordenadores do subprojeto. A bolsa, também, assegura a muitos
não só a permanência no programa como no próprio curso, uma vez que a maioria
dos discentes participantes são alunos de baixa renda e tem na bolsa do PIBID a
oportunidade de manter-se no curso.
Para que as IES possam participar do PIBID se faz necessário que elas
apresentem interesse a CAPES de seus projetos de iniciação à docência conforme os
editais publicados. A UFRN é uma das universidades que está sempre apresentando
interesse em seus subprojetos para participar do programa em questão.
Em relação ao PIBID-UFRN, no que se refere aos objetivos gerais, têm-se:
Fomentar a iniciação à docência presencial de futuros professores dos cursos de licenciatura para atuarem no âmbito da Educação Básica, articulando teoria e prática, universidade e escolas, de forma a estimular o desenvolvimento do espírito cientifico nos licenciandos e nos alunos das escolas públicas envolvidas neste Projeto.
No que tange aos objetivos específicos o PIBID-UFRN, apresenta:
a) proporcionar aos futuros professores a participação em ações e experiências didático-pedagógicas articuladas às orientações das políticas educacionais (LDB, PCN, DCN etc.) e à realidade das escolas, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio da rede pública de ensino; b) desenvolver experiências focadas na prática docente que se orientem para a superação de problemas identificados no processo ensino-aprendizagem
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de modo a contribuir para a melhoria da qualidade da formação docente nas áreas de abrangência deste Projeto; c) contribuir para a formação continuada em serviço dos professores das escolas públicas conveniadas, tornando-os coparticipantes do processo de formação inicial dos licenciandos; d) promover, junto aos integrantes do projeto, diálogos que oportunizem a apreensão dos saberes da profissão nas diferentes ações das práticas e das aprendizagens da docência, favorecendo, 22 assim, a coerência entre a formação dos professores e as finalidades das políticas voltadas à Educação Básica; e) promover a aproximação entre ensino e pesquisa, compreendendo a prática educativa como campo de pesquisa educacional e geração de conhecimento.
No PIBID UFRN Edital 07/2018, foi definido como um dos objetivos para o seu
desenvolvimento: promover a inserção dos licenciados da UFRN no cotidiano de
escolas da rede pública de educação básica; articular a teoria e a prática,
reconhecendo a escola básica como espaço de formação dos profissionais do
magistério e seus professores como coformadores dos futuros docentes e contribuir
para concretizar o projeto formativo proposto pela Política de Formação Docente da
UFRN.
Na UFRN, o subprojeto de Educação Física do PIBID iniciou-se no ano de 2012
sobre a vigência do edital de 2009, com um total de 15 bolsistas de iniciação à
docência, 2 supervisores de campo e 1 coordenador, atendendo a 2 escolas do ensino
público. No ano de 2014 houve um crescimento muito significativo do subprojeto
Educação Física em termos de bolsas oferecidas. No referido ano, 2014, o subprojeto
Educação Física chegou a contemplar 45 bolsistas de iniciação à docência, 3
coordenadores e 6 supervisores. No último edital, agora sobre a vigência do edital de
2018, o número de bolsistas de iniciação à docência é de 24, sendo 3 supervisores
de campo, 1 coordenadora e 3 escolas da rede públicas atendidas. Isso significa que
em relação ao primeiro ano, 2012, o subprojeto foi ampliado, mas houve uma queda
do número de bolsas ofertadas muito relevante em relação ao ano de 2014.
Nas escolas, as intervenções do PIBID acontecem nos horários destinados às
aulas de Educação Física pelos bolsistas de iniciação à docência e supervisores.
Todas as sextas-feiras, pela manhã, acontecem as reuniões onde se trata das
questões do que diz respeito a planejamento, discussões sobre as intervenções,
apresentações dos trabalhos construídos a partir das vivências nas escolas atendidas
pelo programa, com o intuito de aperfeiçoar a formação dos bolsistas e supervisores.
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E ao fim de cada semestre, se produz o relatório final sobre tudo que o PIBID
oportunizou. Além dessas produções, o subprojeto de Educação Física incentiva a
produção acadêmica para publicações e apresentações em simpósios, congressos e
eventos.
O PIBID Educação Física tem contribuído de forma significativa para a
formação inicial de professores visto que possibilita, desde o início do curso, várias
situações de socialização à docência. É um campo fértil para a consolidação de uma
formação rica de saberes.
2 A LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
A graduação tem sua importância, pois nela emerge e se manifesta as mais
importantes instâncias do saber docente, é onde se deve adquirir as primeiras
experiências docentes e se ter o aporte teórico-prático. É na formação inicial que são
necessários os primeiros contatos com a realidade escolar, fazendo com que o
profissional saiba lidar com as situações-problema.
É durante os primeiros anos de ensino que se consolida um repertório de conhecimentos e de destrezas, sobretudo de natureza prática, que se repercutirá no desempenho profissional, não só ao longo dessa fase de iniciação, mas ao longo da carreira (PACHECO e FLORES, 1999, p. 111).
As lacunas entre o espaço de formação dos docentes, as IES, e a realidade
escolar do ensino básico é um problema que já de a muito tempo existe. Há entre os
acadêmicos uma duradoura dificuldade para relacionar o conteúdo teórico ao
conteúdo prático. Por isso, a importância que os cursos de licenciatura ofereçam ao
máximo a possibilidade para os alunos interagir com seu futuro campo de atuação.
A prática como componente curricular é, pois, uma prática que produz algo no âmbito do ensino. Sendo a prática um trabalho consciente [...], ela terá que ser uma atividade tão flexível quanto nos outros pontos de apoio do processo formativo, a fim de dar conta dos múltiplos modos de ser da atividade acadêmico-científica. Assim, ela deve ser planejada quando da elaboração do projeto pedagógico e seu acontecer deve se dar desde o início da duração do processo formativo e se estender ao longo de todo o seu processo. Em articulação intrínseca com o estágio supervisionado e com as atividades de trabalho acadêmico, ela concorre conjuntamente para a formação da identidade do professor como educador. (BRASIL, 2001.b, p. 9)
No que se refere a formação em Educação Física, especificamente da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o que se tem é uma excelente
19
estrutura física com campos, quadras, piscinas, pista de atletismo etc; mas quando se
depara com a estrutura física das escolas públicas básica o que acontece é que os
alunos ficam desnorteado, pois ao se deparar com a realidade das escolas através
dos estágios, os discentes se sentem inseguros para atuar devido, também, a
discrepância da estrutura física entre as instituições.
Ainda no que tange a formação de licenciatura em Educação Física na UFRN,
a construção do perfil do licenciado tem como desígnio a concepção da escola como
espaço de formação do ser humano, isto é, um lugar de corpo, de conhecimentos e
de aprendizagens heterogêneas.
O projeto pedagógico do curso de Educação Física (licenciatura) da presente
instituição tem como objetivo formar e habilitar professores para atuarem na Educação
Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) e na Educação de
Jovens e Adultos (EJA) seja nas redes públicas ou privadas. Em consonância com as
exigências da Resolução CNE/CP nº 02/2015, a qual propõe a organização curricular
dos cursos de formação inicial de professores em três núcleos. Onde dois dos três
núcleos tem como pontos a realizar: o incentivo à docência e a iniciação à docência.
Os egressos do curso em questão deverão planejar, sistematizar, executar e avaliar
as ações pedagógicas da Educação Física como componente curricular na Educação
Básica e na Educação de Jovens e Adultos.
A considerar a questão supracitada referente a discrepância entre o que se têm
de estrutura na universidade e a realidade de muitas escolas públicas, programas
como o PIBID ajuda a superar os empecilhos, pois condiciona aos discentes já de logo
a conhecer a realidade de seu futuro espaço de trabalho e já indo aprendendo a
desenvolver métodos para atuar nas adversidades. A universidade é capaz de
proporcionar uma grande bagagem teórica, mas para poder trabalhar toda essa
bagagem se faz necessário a prática, ou seja, para uma boa formação é indispensável
que o conhecimento teórico e prático caminhe juntos, como cita Ghiraldi (1998, p. 06)
em seu artigo:
Há um ditado que ilustra bem esta situação: “A teoria explica tudo e nada faz. A prática tudo faz e nada explica. Aqui se concilia a teoria e a prática. Nada se faz e ninguém explica nada. (Kokubun, 1995). Alguns autores indicam que para acabar com esta dicotomia entre teoria e prática na Educação Física haja a integração entre ambas através da práxis, ou seja, a prática refletida, teorizada, pois na verdade não são termos antagônicos, opostos, mas dialéticos, complementares e que formam uma unidade. (Mola,1995; Marcellino,1995; Winterstein,1995; Tojal,1995)
20
Na prática, se constrói o processo de formação de professores, em virtude de
ser na prática onde o processo deixa de pertencer somente a teoria e passa para a
situação concreta. Assim afirma Tardif (2002):
Neste sentido, a prática pode ser vista como um processo de aprendizagem por meio do qual os professores retraduzem sua formação e a adaptam à profissão, eliminando o que lhes parece inutilmente abstrato ou sem relação com a realidade vivida e conservando o que pode servir-lhes de uma maneira ou de outra (TARDIF, 2002, p. 53).
Portanto, a teoria e a prática não devem estar dissociadas. Pelo contrário,
ambas devem se complementar na atuação docente, pois juntas desempenham uma
enorme importância para que se alcance êxito no exercício da profissão docente.
3 DIÁLOGO COM OS PIBIDIANOS4
Para este trabalho, tratamos de desdobrar sobre as razões que fizeram os
entrevistados participarem do programa PIBID Educação Física, procurando conhecer
se a participação no PIBID teve influência no interesse em ser professor de Educação
Física. Continuando na adição das indagações, buscamos conhecer, através dos
entrevistados, as contribuições do PIBID para formação dos mesmos e, por fim, de
que maneira atuar no PIBID cooperou na realização do estágio curricular obrigatório.
Diante das quatro questões constatadas no questionário criado no Google
Froms e enviada através de link para o whatsapp dos discentes participantes da
entrevista na data de 08/07/2020, foram obtidas vinte e oito respostas onde todos os
sete membros entrevistados responderam, dentro da data estipulada, as questões
postas.
A seguir há os resultados advindos das respostas, onde, para cada questão,
temos uma análise descritiva do conteúdo das respostas. Todas as respostas nos
ajudam a refletir teoricamente questões que estão relacionadas à percepção dos
discentes sobre sua formação e a importância do programa PIBID para formação
docente.
3.1 Motivo que levou a participar do PIBID
4 Pibidiano é como comumente os participantes do PIBID se nomeiam.
21
Este capítulo discorre sobre a pergunta de número 1: “Quais motivos te fizeram
participar do programa PIBID Educação Física?”. Em relação aos entrevistados, nota-
se, através de suas respostas, que se enfatizou a questão da importância do PIBID
para aquisição de conhecimentos, experiências, oportunidades e relevância do
programa. E até mesmo quando se destacou a questão da remuneração, não se
deixou de destacar a oportunidade de se obter experiências através das atividades
desenvolvidas junto às escolas. A seguir as respostas dos discentes sobre a primeira
pergunta do questionário:
As inúmeras possibilidades oferecidas pelo programa e as possíveis experiências positivas proporcionadas. (DID1) Desde o período em que estudei no IFRN Natal-central, conhecia o PIBID. As licenciaturas que existem lá (matemática, física, língua espanhola, etc.) participavam do programa e isso me despertava curiosidade, já que está na escola no começo do curso é algo bem inovador e importante. Quando saiu o edital e surgiu a oportunidade de participar do PIBID (eu estava no 2° período), eu já sabia a relevância que o projeto tinha e não podia perder a oportunidade. (DID2) A busca por uma melhor qualificação profissional e possuir um currículo prévio ao sair da Universidade. (DID3) Vivenciar à docência. (DID4) Uma ótima ferramenta para aquisição de conhecimento e troca de saberes. (DID5) A oportunidade de obter experiência com as atividades que viriam a ser desenvolvidas em campo, junto às escolas integrantes do programa. Além do valor da bolsa concedida aos participantes. (DID6) Me interessei pelo programa pois ainda estava na dúvida se queria seguir na licenciatura, o PIBID me deu a oportunidade de vivenciar na prática o que era ser uma professora. (DID7)
Entende-se, a partir dos relatos dos entrevistados, que refletir sobre as
particularidades que podem ser desenvolvidas dentro do PIBID é fundamental, pois
através do programa pode-se analisar a construção de saberes docentes, os
impactos, expectativas, contribuição e avanços que esse programa, enquanto política
pública, tem inserido à formação dos envolvidos.
Santos (2015) diz que as ações do PIBID envolvem os licenciados no contexto
escolar, criando possibilidades para o desenvolvimento de um ensino inovador e de
aprendizagens significativas, através de saberes que promovem um olhar crítico no
tocante à articulação entre a universidade e a escola, assim como também entre teoria
e prática.
22
Nesse sentido que o PIBID entra como uma nova perspectiva na formação
inicial de professores, um dos méritos do projeto é a valorização dos discentes,
supervisores e coordenadores por meio de bolsas, além disso, os bolsistas que fazem
parte do programa estão ligados diretamente à sala de aula acumulando cada vez
mais vivências, qualificação novos métodos que possibilitará professores e alunos
mais bem preparados.
Portanto, a participação em programas como o PIBID é de suma importância,
dado que, além de incentivar a iniciação à docência, aproximando a escola e
universidade, contribui para o aperfeiçoamento da formação de educadores uma vez
que é oportunizado, através do PIBID, se colocar em prática a teoria aprendida
durante a formação, esta experiência condiciona aos pibidianos a busca por soluções
encontradas no cotidiano escolar da rede pública.
3.2 O PIBID e o ser docente
Cabe situar logo de início que a docência é uma profissão com identidade
própria onde as atividades são extremamente relacionais, isto é, há forte envolvimento
afetivo entre professores e alunos. A inserção dos bolsistas de iniciação à docência
no vasto contexto da vida escolar através do PIBID é essencial para promoção da
formação docente, em virtude de propiciar desde cedo aos pibidianos experimentar o
ser docente. A pergunta de número 2 encaminhada aos entrevistados foi: “Sua
participação no PIBID influenciou no seu (de)interesse em ser professor de Educação
Física? Justifique.”. Tivemos como respostas:
Sim, a minha participação no PIBID contribuiu de maneira decisiva no meu interesse em atuar como professor de Educação Física, uma vez que, a partir das experiências adquiridas no programa, pude me escolher com mais clareza. (DID1)
Sim, o interesse só aumentou. Está em contato com a realidade da escola reafirmou o desejo de lecionar, mostrando os pontos positivos e negativos. (DID2) Sim, pois a partir dele, de fato pude perceber a dinâmica de uma aula, o que despertou ainda mais meu interesse pessoal em lecionar. (DID3) Sim, pois foi fundamental para identificar se realmente quero seguir na área. Logo, quero continuar trilhando a carreira como docente. (DID4) Sim, me fez repensar em alguns aspectos. (DID5)
23
Antes de ser membro do programa eu já havia definido muito bem meus planos de se tornar professor de Educação Física. Por isso o Pibid consolidou algo que eu já tinha em mente. Claro que o programa mostra a realidade das escolas públicas e essa realidade muitas vezes te faz refletir sobre sua futura prática profissional. Porém, a vontade de fazer mais e seguir adiante é maior do que a de ignorar os fatos e desistir. (DID6) O PIBID me fez ter a certeza, de que era aquela área que eu queria realmente seguir. A experiência com as aulas e o contato com os alunos me mostrou o quão gratificante pode ser trabalhar nessa área. (DID7)
Em todas as respostas os entrevistados falaram que, sim, o PIBID influenciou
de maneira positiva pelo interesse em ser professor de Educação Física. De fato, o
PIBID enquanto componente de uma política pública voltada para qualificar o
processo de formação docente possibilita aos bolsistas à prática, o contato com a
realidade escolar e serve também como instrumento para que os discentes tenham
condições de decidir se realmente pretendem seguir na carreira docente. Nesse
sentido, Oliveira e Barbosa afirmam que o PIBID:
Vem se apresentando como uma das políticas públicas de formação de professores mais importantes realizadas nas últimas décadas e que oportuniza, sobretudo para as Licenciaturas, consolidar o processo de acesso e permanência de seus graduandos. (OLIVEIRA; BARBOSA, 2013, p.156)
O que muito foi mencionado foi a experiência que o programa em questão
proporcionou, isto é, o sentir a dinâmica de uma aula, experimentar o contato com os
alunos e reafirmar o desejo de lecionar. A respeito desse programa Lopes; Tomazetti
diz:
O PIBID vem como uma proposta de inserir os futuros/as docentes quase que diariamente junto às escolas, fazendo com que os mesmos se sintam professores/as realmente e assim podendo refletir sobre sua graduação, sobre escola, sobre o saber e o fazer, sobre o ser professor/a e que papel desempenham na escola. (LOPES; TOMAZETTI, 2003, p. 115)
Com isso, constatamos que a participação dos estudantes de Educação Física
nos contextos escolares por meio do PIBID contribui de maneira positiva pelo
interesse em seguir e atuar como professores da área. E essa afirmação em ser
docente se revela a partir das experiências das aulas, dos contatos com os alunos,
isto é, de toda a atmosfera propiciada pelo programa. Esta atmosfera que vai
construindo a identidade, a reflexão e o interesse pela docência nos levam a inferir
que o PIBID cumpre seu papel de motivador do interesse pela profissão docente.
Logo, notamos o quanto é necessário a sempre renovação e melhoria do PIBID para
a construção de uma educação mais rica e forte para todos os envolvidos.
24
3.3 Contribuições para a vivência
O PIBID promove a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas
desde do início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades
didático-pedagógica sob orientação de um professor da licenciatura e de um professor
da escola de educação básica. Este capítulo trata da reflexão a certa da pergunta de
número 3 enviada aos participantes da pesquisa: “Quais foram as principais
contribuições do PIBID para sua formação?”. Respostas referente a questão:
Atuação direta com o público-alvo (alunos), primeiras experiências no campo de atuação (escola) e vivências marcantes e construtivas. (DID1) Experiência desde o início do curso, incentivo a pesquisa, visão da realidade escolar. (DID2) As experiências que pude ter em sala de aula, além de outras, como a participação em eventos. (DID3) Muitas, dentre elas: poder vivenciar/experimentar a relação aluno-professor; participar dos planejamentos escolares; planejar e executar aulas. (DID4) Me ajudou a ter maior autonomia dentro da sala de aula, bem como na troca de experiência entre professor-aluno. (DID5) O PIBID faz com que adentremos no mundo da escola como observadores e autores da ação pedagógica. Desse modo, durante o período que pude desfrutar disso, a vivência de atuar diretamente no chão da escola foi muito enriquecedora. Os encontros com os coordenadores e supervisores geram discussões em torno de temas pertinentes da nossa área o que auxilia em nosso desenvolvimento acadêmico. (DID6) O PIBID contribuiu e auxiliou minha formação pois me deu um conhecimento prático e prévio ao que seria exercer a área como professora de educação física. (DID7)
Toda a interação entre alunos, acadêmicos, escolas e supervisores se
transforma em experiência da qual todos os bolsistas tem a oportunidade de vivenciar.
Contribuindo com os depoimentos dos bolsistas destaca-se o seguinte argumento:
[...] a principal contribuição do PIBID é permitir experiência com a realidade educacional na rede pública de ensino, porque muitas vezes acadêmicos de licenciatura saem da graduação e ali terão sua primeira experiência profissional (CANAN 2012, p.37-38).
As respostas evidenciam que o PIBID contribuiu para formação dos discentes
entrevistados. As contribuições foram, entre outras, o poder de adentrar no mundo da
escola desde cedo, dando, assim, condições para que já de logo se conheça a
25
realidade da futura profissão. Este contato cedo e direto relatado pelos entrevistados
influencia positivamente a formação inicial de professores de Educação Física. Em
relação a isso, Silva Bracht diz que:
Em tese, as experiências docentes precoces acontecem num momento que podem enriquecer sobre maneira o trabalho pedagógico, consolidando uma formação inicial com melhores alicerces. O aproveitamento dessas vivências pode ser considerado como um reconhecimento das influências que o cotidiano escolar na construção de identidades e dos saberes da docência. (SILVA BRACHT, 2005, p. 62)
Extraiu-se também nas respostas que o PIBID contribuiu para a autonomia do
discente, com o incentivo a pesquisa, a participação de eventos e a troca de
experiências entre os envolvidos. Gatti et al. ressaltam, além de outros elementos de
aprendizagem docente, que:
A possibilidade de experimentar formas didáticas diversificadas, de criar modos de ensinar, de poder discutir, refletir e pesquisar sobre eles são características dos projetos Pibid ressaltadas como valorosas para a formação inicial de professores. Certa autonomia dada aos Licenciandos em suas atuações e em sua permanência nas escolas ajuda-os no amadurecimento para a busca de soluções para situações encontradas ou emergentes e para o desenvolvimento da consciência de que nem sempre serão bem sucedidos, mas que é preciso tentar sempre. (GATTI et al. 2014, p. 58).
Esta experiência de campo dada pelo PIBID e enfatizada pelos entrevistados
em suas respostas tem muita relevância. Conforme Selles (2002), o professor tem de
reconhecer que a construção do aprendizado é uma via de “mão-dupla”, isto quer
dizer, que não é apenas o conhecimento que a universidade produz que tem a
contribuir com a formação inicial, mas, também, a vivência de experimentar o trabalho
do dia a dia que a escola oferece.
Diante dos dados obtidos, compreende-se que a participação no PIBID tem a
importância da integração da experiência da teoria com a ação concreta da docência.
Neste contexto, acredita-se que o PIBID possibilita a formação e reflexão da
identidade docente, além de fazer com que se obtenha a reflexão de sua prática
enquanto docente em formação. Assim, é importante aos discentes, futuros
professores de Educação Física, experimentar programas como o PIBID para se
qualificar na área em que irá lecionar, uma vez que as ações do fazer pedagógico
quando bem aprofundada no que diz respeito ao teórico-prático leva ao
aprimoramento de realidade docente.
26
3.4 Confiança para atuar a partir de um conhecimento prévio e amplo
PIBID e Estágio Obrigatório convivem na Universidade e trazem realidades
diversas e importantes, ambos existem para uma melhor formação dos discentes. A
última questão, número 4, colocada para reflexão foi a seguinte: “Em relação ao
estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para realiza-lo (de que
maneira)?”. As respostas que os DID apresentaram foram sempre de maneira a
revelar a notoriedade do PIBID.
A minha participação no PIBID, sobretudo nas situações de sala de aula, contribuiu como forma de desinibição nos momentos de primeiros contatos com os alunos e com a familiarização com ambiente de sala de aula. (DID1) Sim, o interesse só aumentou. Está em contato com a realidade da escola reafirmou o desejo de lecionar, mostrando os pontos positivos e negativos. (DID2) Pude realiza-lo de uma forma melhor, por já possuir uma certa experiência na sala de aula. (DID3) No PIBID amadurecemos e vivenciamos inúmeras atividades, logo ao chegar no estágio estamos maduros e mais confiantes para desenvolver planejamentos e atividades. Dessa forma, destaco a participação do PIBID na minha carreira de graduando como um alicerce fundamental para o meu desenvolvimento como docente. (DID4) Me possibilitou maior autoconfiança e várias possibilidades de realizar dentro do estágio. (DID5)
Sim, fazer estágio após ter sido bolsista PIBID se torna uma tarefa mais habitual, até mesmo aos olhares dos professores supervisores do estágio, o PIBID fornece uma bagagem que o estudante de graduação não teria sem a existência do programa. As experiências vividas durante o PIBID vão permitir um conhecimento prévio para lidar com as vivências do estágio, diferente de um aluno de graduação que nunca teve contato com a escola antes. (DID6) Meu estágio foi realizado simultâneo ao PIBID, serviu como uma base para facilitar o aprendizado na disciplina. (DID7)
A configuração do PIBID permite que o discente, desde cedo, esteja já em
contato com os alunos da escola propondo e realizando atividades, experimentando
o que o dia a dia na escola oferece como desafios, isto é, os discentes de iniciação à
docência através do programa já vão experimentando ser professor. Desta maneira,
se consegue uma bagagem maior de metodologia e experiência para serem usados
no momento dos estágios obrigatório. Rodrigues et al. (2015) afirma que o Pibid tem
uma importância fundamental ao possibilitar momentos para planejar, refletir e
reconstruir conceitos, além das trocas de experiências existentes que implicam
positivamente no ser professor.
27
Os entrevistados trouxeram à tona que o PIBID tornou o estágio mais familiar,
habitual, uma vez que ao estar inserido na escola eles amadureceram enquanto
docente e, com isso, há contribuição na desinibição para atuação no estágio
supervisionado obrigatório. Experimentar o PIBID é como um afloramento da
profissão, pois diante do que foi comentado, acredita-se que a experiência mais
importante adquirida com o projeto é conhecer o cotidiano escolar e com isso ficar
familiarizado com ele. Evidencia-se que o PIBID contribui com a realização dos
estágios supervisionados dos acadêmicos já que o conhecimento ofertado por ele,
PIBID, é imprescindível para se ter compreensão a respeito da realidade da escola e
da profissão.
A análise das respostas também é reveladora que diante das conexões
estabelecidas e advindas do PIBID há contribuição para a construção da identidade
professional, uma vez que o PIBID pode ser usado como alicerce para o
desenvolvimento docente. Felício (2014), aponta que o PIBID contribui de modo
significativo para o processo de construção da identidade profissional do futuro
professor. Para a pesquisadora, o contato do licenciando com a escola impacta de
maneira concreta acerca da percepção sobre a “profissionalidade” (SACRISTÁN,
1991, p.65) e afasta do futuro professor a ideia reducionista de que o ato pedagógico
se reduz à mera transmissão de conteúdos.
Fazendo a análise da questão, percebe-se que o PIBID colabora de maneira
expressiva para a realização do estágio obrigatório, já que ao chegar para realizar o
estágio os bolsistas têm conhecimento do que irá encontrar e já tem alguma certa
experiência na atuação como professor de Educação Física. Assim, podemos dizer
que o programa traz um entendimento mais consistente da docência, em razão de
tornar possível a atuação docente com base em situações concretas.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho nos permitiu constatar que o PIBID se revela como um programa
muito importante para todos que dele fazem parte. A presente pesquisa revela que o
programa oferece um grande subsídio na formação docente dos licenciados em
Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Através dos
resultados constatamos que a participação dos discentes no programa contribui para
28
a valorização da profissão de professor e para o aumento da qualidade de sua
formação.
Os resultados apontam, também, que esses licenciandos após serem inseridos
no cotidiano das escolas da rede pública de educação, através do PIBID, ganharam
experiências metodológicas, estímulos de incentivo a pesquisa, desenvolvem práticas
docentes que servem para inovar e para contribuir para a superação de problemas do
processo de ensino-aprendizagem. A percepção dos discentes de Educação Física,
participantes do PIBID, revelou um caminhar para o desenvolvimento da autonomia
profissional enquanto professor de Educação Física ao refletir sobre a sua prática
pedagógica e sobre os contextos nos quais estão inseridos. Essa autonomia, de
natureza emancipatória, favorece para quadros cada vez melhores de docentes e
consequentemente uma melhor formação na educação básica pública. Além das
questões citadas, o PIBID também oportuniza a reflexão se realmente o discente quer
seguir a profissão escolhida já que o programa permite experimentar e conhecer na
prática a futura profissão.
Como discente que fiz parte do PIBID, me alegra poder terminar o curso
mostrando a grandeza que tem este programa e assim, de certa forma, render minhas
homenagens ao seu prestígio através deste trabalho. E entristece saber que um
programa com a complexidade que tem o PIBID vem passando por um período de
grande turbulência onde governos que deveria valorizar e investir no programa
trabalham para desarmá-lo.
O processo de enfraquecimento do PIBID se dá através de ameaças de cortes
orçamentários, e de continuidade do programa. Ao passar dos anos houve uma
diminuição do número de concessão de bolsas. O desmonte se enxerga de muitas
maneiras, a título de conhecimento, o subprojeto Educação Física da UFRN, por
exemplo, já chegou a contemplar no ano de 2014 um total 45 bolsas de iniciação à
docência, 3 coordenadores e 6 supervisores. Hoje, se houvesse investimento
merecido, teria mais bolsas, mas, infelizmente, o número deixa a desejar uma vez que
com o declínio o subprojeto atende no momento a 24 bolsistas de iniciação à docência,
3 supervisores e 1 coordenadora.
Esse projeto de enfraquecer o programa poderá trazer consequências graves
como evasão nos cursos de licenciatura, enfraquecimento da formação docente,
queda da qualidade da educação básica e consequentemente aumento da
desigualdade em muitos sentidos no que tange a educação do país.
29
Apesar dos ataques com a finalidade de desmonte, não se pode esmorecer,
pois trabalhos como este servem como armas para mostrar que o programa é
importante e necessário para construção de uma educação sólida e rica. E toda vez
que se disser que um programa como este significa gastos, os resultados das
pesquisas vinculadas ao PIBID mostrarão que o nome correto a dizer é investimento.
Todos os resultados deste trabalho levam a construção de saberes docentes
que se constrói na relação professor-aluno capazes de aperfeiçoar os saberes dos
alunos da escola básica e, também, o aperfeiçoamento dos saberes docentes do
professor em serviço. Esses saberes, por meio das experiências tanto de natureza
individuais e coletivas, precisam ser compartilhados para que programas como o
PIBID receba cada vez mais incentivos e aperfeiçoamentos. Fica também
compreensível que esse tipo de pesquisa, com base nas respostas de um
questionário, é necessário para a caracterização e avaliação de programas e projetos,
e a permanente valorização dos mesmos.
30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Edital nº 2
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BRASIL. MEC. Portaria normativa nº 16, de 23 de dezembro de 2009. Dispõe sobre o PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Diário Oficial da
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BRASIL. Decreto n. 7.219, de 24 de julho de 2010. Dispõe sobre Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7219.htm > Acesso em: 12 setembro 2020.
BRASIL. O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília, MEC, 2007. Disponível em: <
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CANAN, S. R. PIBID: promoção e valorização da formação docente no âmbito da
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GATTI, Bernadete; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de; GIMENES, Nelson Antonio Simão; FERRAGUT, Laurizete. Um estudo avaliativo do Programa
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31
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GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
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TARDIF, Maurice. Saberes Decentes e Formação Profissional. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2002.
32
APÊNDICE
33
QUESTÕES DA ENTREVISTA
1. Quais motivos te fizeram participar do programa PIBID Educação Física?
2. Sua participação no PIBID influenciou no seu de(interesse) em ser professor(a)
de Educação Física? Justifique.
3. Quais foram as principais contribuições do PIBID para sua formação?
4. Em relação ao estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para
realiza-lo (de que maneira)?
34
Anexo DID1
1. Quais motivos te fizeram participar do programa PIBID Educação Física?
As inúmeras possibilidades oferecidas pelo programa e as possíveis
experiências positivas proporcionadas.
2. Sua participação no PIBID influenciou no seu de(interesse) em ser professor(a)
de Educação Física? Justifique.
Sim, a minha participação no PIBID contribuiu de maneira decisiva no meu
interesse em atuar como professor de Educação Física, uma vez que, a
partir das experiências adquiridas no programa, pude me escolher com
mais clareza.
3. Quais foram as principais contribuições do PIBID para sua formação?
Atuação direta com o público-alvo (alunos), primeiras experiências no
campo de atuação (escola) e vivências marcantes e construtivas.
4. Em relação ao estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para
realiza-lo (de que maneira)?
A minha participação no PIBID, sobretudo nas situações de sala de aula,
contribuiu como forma de desinibição nos momentos de primeiros contatos
com os alunos e com a familiarização com ambiente de sala de aula.
Anexo DID2
1. Quais motivos te fizeram participar do programa PIBID Educação Física?
Desde o período em que estudei no IFRN Natal-central, conhecia o PIBID.
As licenciaturas que existem lá (matemática, física, língua espanhola, etc.)
participavam do programa e isso me despertava curiosidade, já que está
na escola no começo do curso é algo bem inovador e importante. Quando
saiu o edital e surgiu a oportunidade de participar do PIBID (eu estava no
2° período), eu já sabia a relevância que o projeto tinha e não podia perder
a oportunidade.
2. Sua participação no PIBID influenciou no seu de(interesse) em ser professor(a)
de Educação Física? Justifique.
35
Sim, o interesse só aumentou. Está em contato com a realidade da escola
reafirmou o desejo de lecionar, mostrando os pontos positivos e negativos.
3. Quais foram as principais contribuições do PIBID para sua formação?
Experiência desde o início do curso, incentivo a pesquisa, visão da
realidade escolar.
4. Em relação ao estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para
realiza-lo (de que maneira)?
Sim. Fiz o primeiro estágio na escola em que realizei o PIBID. Por já
conhecer o professor e as diretoras, facilitou o contato. Além disso, já
conhecia a estrutura da escola e sabia que ia conseguir realizar meu
estágio I com êxito.
Anexo DID3
1. Quais motivos te fizeram participar do programa PIBID Educação Física?
A busca por uma melhor qualificação profissional e possuir um currículo
prévio ao sair da Universidade.
2. Sua participação no PIBID influenciou no seu de(interesse) em ser professor(a)
de Educação Física? Justifique.
Sim, pôs a partir dele, de fato pude perceber a dinâmica de uma aula, o que
despertou ainda mais meu interesse pessoal em lecionar.
3. Quais foram as principais contribuições do PIBID para sua formação?
As experiências que pude ter em sala de aula, além de outras, como a
participação em eventos.
4. Em relação ao estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para
realiza-lo (de que maneira)?
Pude realiza-lo de uma forma melhor, por já possuir uma certa experiência
na sala de aula.
36
Anexo DID4
1. Quais motivos te fizeram participar do programa PIBID Educação Física?
Vivenciar a docência.
2. Sua participação no PIBID influenciou no seu de(interesse) em ser professor(a)
de Educação Física? Justifique.
Sim, pois foi fundamental para identificar se realmente quero seguir na
área. Logo, quero continuar trilhando a carreira como docente.
3. Quais foram as principais contribuições do PIBID para sua formação?
Muitas, dentre elas: poder vivenciar/experimentar a relação aluno-
professor; participar dos planejamentos escolares; planejar e executar
aulas.
4. Em relação ao estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para
realiza-lo (de que maneira)?
No PIBID amadurecemos e vivenciamos inúmeras atividades, logo ao
chegar no estágio estamos maduros e mais confiantes para desenvolver
planejamentos e atividades. Dessa forma, destaco a participação do PIBID
na minha carreira de graduando como um alicerce fundamental para o meu
desenvolvimento como docente.
Anexo DID5
1. Quais motivos te fizeram participar do programa PIBID Educação Física?
Uma ótima ferramenta para aquisição de conhecimento e troca de saberes.
2. Sua participação no PIBID influenciou no seu de(interesse) em ser professor(a)
de Educação Física? Justifique.
Sim, me fez repensar em alguns aspectos.
3. Quais foram as principais contribuições do PIBID para sua formação?
37
Me ajudou a ter maior autonomia dentro da sala de aula, bem como na
troca de experiência entre professor-aluno.
4. Em relação ao estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para
realiza-lo (de que maneira)?
Me possibilitou maior autoconfiança e várias possibilidades de realizar
dentro do estágio.
Anexo DID6
1. Quais motivos te fizeram participar do programa PIBID Educação Física?
A oportunidade de obter experiência com as atividades que viriam a ser
desenvolvidas em campo, junto às escolas integrantes do programa. Além
do valor da bolsa concedida aos participantes.
2. Sua participação no PIBID influenciou no seu de(interesse) em ser professor(a)
de Educação Física? Justifique.
Antes de ser membro do programa eu já havia definido muito bem meus
planos de se tornar professor de Educação Física. Por isso o Pibid
consolidou algo que eu já tinha em mente. Claro que o programa mostra a
realidade das escolas públicas e essa realidade muitas vezes te faz refletir
sobre sua futura prática profissional. Porém, a vontade de fazer mais e
seguir adiante é maior do que a de ignorar os fatos e desistir.
3. Quais foram as principais contribuições do PIBID para sua formação?
O PIBID faz com que adentremos no mundo da escola como observadores
e autores da ação pedagógica. Desse modo, durante o período que pude
desfrutar disso, a vivência de atuar diretamente no chão da escola foi muito
enriquecedora. Os encontros com os coordenadores e supervisores geram
discussões em torno de temas pertinentes da nossa área o que auxilia em
nosso desenvolvimento acadêmico.
4. Em relação ao estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para
realiza-lo (de que maneira)?
38
Sim, fazer estágio após ter sido bolsista PIBID se torna uma tarefa mais
habitual, até mesmo aos olhares dos professores supervisores do estágio,
o PIBID fornece uma bagagem que o estudante de graduação não teria
sem a existência do programa. As experiências vividas durante o PIBID vão
permitir um conhecimento prévio para lidar com as vivências do estágio,
diferente de um aluno de graduação que nunca teve contato com a escola
antes.
Anexo DID7
1. Quais motivos te fizeram participar do programa PIBID Educação Física?
Me interessei pelo programa pois ainda estava na dúvida se queria seguir
na licenciatura, o PIBID me deu a oportunidade de vivenciar na prática o
que era ser uma professora.
2. Sua participação no PIBID influenciou no seu de(interesse) em ser professor(a)
de Educação Física? Justifique.
O PIBID me fez ter a certeza, de que era aquela área que eu queria
realmente seguir. A experiência com as aulas e o contato com os alunos
me mostrou o quão gratificante pode ser trabalhar nessa área.
3. Quais foram as principais contribuições do PIBID para sua formação?
O PIBID contribuiu e auxiliou minha formação pois me deu um
conhecimento prático e prévio ao que seria exercer a área como professora
de educação física.
4. Em relação ao estágio obrigatório, a sua participação no PIBID contribuiu para
realiza-lo (de que maneira)?
Meu estágio foi realizado simultâneo ao PIBID, serviu como uma base para
facilitar o aprendizado na disciplina.
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