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46 MELHOR AMIGO46 MELHOR AMIGO

Cães, gatos e omedo do veterinário

Assim como muitas pessoas não gostam ou têm medo de ir ao dentista, por associar a ida ao consultório à dor e ao incômodo em uma região muito

sensível do nosso corpo, os cães também podem � car receosos ao chegar ao veterinário. É que são eles que aplicam vacinas, tiram a temperatura, analisam ouvidos, boca, pele, entre outros procedimentos. Ou seja, embora o trabalho dos veterinários seja essencial, a ida ao consultório pode ser associada a experiências incômodas ou até amedrontadoras para alguns animais. Mas há como evitar que isso aconteça.

Converse com um veterinário de sua

con� ança para ele saber que você pretende fazer alguns treinos com seu pet, a � m de prevenir ou minimizar problemas durante as consultas. Contar com a colaboração do veterinário é muito importante, porque ele pode autorizar o acesso ao consultório e se disponibilizar a criar uma relação de con� ança com seu animal. E, no � nal, todos saem ganhando: você e seu amiguinho peludo � cam mais tranquilos nas consultas, o que facilita muito o trabalho do próprio veterinário.

Texto OLIVER SO, ADESTRADOR DA EQUIPE CÃO CIDADÃO

Artigo ADESTRAMENTOArtigo ADESTRAMENTO

46 MELHOR AMIGO

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Oliver So é membro da equipe da Cão Cidadão, empresa criada por Alexandre Rossi há 15 anos, que

trabalha com adestramento e comportamento animal. (11) 3571-8138; www.caocidadao.com.br

Prevenir é melhorque remediar

Começar a treinar quando seu animal ainda é � lhote pode fazer com que ele cresça sem desenvolver traumas com as consultas e com o pro� ssional. Animais adultos também podem ser treinados, mas é provável que dê mais trabalho em razão de associações já feitas. Ter uma rotina de treinos vai deixar seu peludinho mais acostumado. Não deixe para treiná-lo apenas nos dias que ele realmente precisar ir ao veterinário.

Para fazer uma associação agradável com o consultório e o veterinário, você pode separar algum petisco que seu pet adore e dar apenas na clínica. Se o veterinário der o petisco, melhor ainda. Mesmo sem ter consulta marcada, você pode passar pelo consultório várias vezes, apenas para dar esse petisco e ir embora.

Após algumas repetições, você vai ver como o pet � ca mais animado em frequentar o lugar. A experiência de ir até lá, comer uma coisa gostosa e não acontecer nada ruim vai associar aquele ambiente a algo agradável. Se o veterinário permitir que você entre no consultório e dê o petisco ao bichinho sobre a mesa de atendimento, aproveite.

ObediênciaOs comandos facilitam a comunicação entre você

e seu animal, além de auxiliar bastante em situações especí� cas, como a de ser analisado pelo veterinário.

Veja alguns treinos interessantes.

• Sentar – Pegue um petisco de que seu pet goste, coloque-o à frente do focinho dele

e vá levando o petisco para um pouco acima da cabeça dele, bem devagar. Assim, você o induz a sentar. Quando ele sentar, dê o petisco.

• Deitar – Coloque o pet sentado e posicione sua mão com o petisco à frente do focinho dele. Vá descendo devagar, permitindo que o pet siga com a cabeça, até encostar no chão. Segure no chão até ele deitar e, então, dê o petisco.

• Fingir de morto – Coloque o pet deitado e posicione o petisco em um dos lados da cabeça dele. Induza-o a seguir o petisco até o outro lado da cabeça, passando por cima. A ideia é fazer com que ele deite de lado no chão e só receba o petisco nessa posição, que pode ser aproveitada pelo veterinário durante alguns procedimentos.

• Dessensibilização de toque – Acostume seu pet a ser tocado em todas as partes do corpo, oferecendo refeições ou petiscos. Enquanto ele estiver comendo, vá tocando uma parte de cada vez – patas, orelhas, barriga e rabo. Quando acabar a comida, acabam os toques. Repita esse exercício em dupla, com você na frente do pet, dando o alimento, e outra pessoa tocando o corpo dele, simulando ser o veterinário.

Casos mais complicadosSe você tem um animal agressivo ou medroso,

tenha cuidado e não ultrapasse o limite dele na hora de colocar essas dicas em prática. Para a segurança de todos, você pode acostumá-lo a usar a focinheira. Escolha uma em forma de grade, pela qual seu pet possa respirar e abrir a boca normalmente.

Para criar uma associação positiva com a focinheira, use-a como se fosse o pote de comida, oferecendo todas as refeições dentro dela. Assim, o próprio pet colocará o rosto na focinheira para comer, sem ser forçado. Somente quando ele � car tranquilo com a focinheira, você poderá fechá-la.

Ter um amiguinho peludo saudável é o que todos nós queremos. Por isso, ter uma relação de con� ança com o veterinário é muito importante. Tanto para você como para seu animal. Caso esteja com di� culdades, sempre poderá contar com a ajuda de um pro� ssional especializado em comportamento animal.

isto

ckph

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