apresentação da ufrj sobre as perspectivas econômicas para 2016
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8/20/2019 Apresentação da UFRJ sobre as perspectivas econômicas para 2016
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Trabalho e desigualdade de renda:desafios e perspectivas para
o Rio de Janeiro
Valéria Pero
IE/UFRJ
14 de outubro de 2015
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PANORAMA GERAL
• Estado do Rio de Janeiro avançou nos indicadores socioeconômicos
• Porém em ritmo mais lento que em outros estados
•
A diminuição da pobreza, medida a partir da renda per capita,depende de dois fatores:
• crescimento econômico e
• distribuição dos recursos mais favorável aos pobres.
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RENDA PER CAPITA
609
950
865
1245
818
1216
R$ 550
R$ 650
R$ 750
R$ 850
R$ 950
R$ 1.050
R$ 1.150
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013
Renda mensal domiciliar per capita (R$ 2013)
BR ESP ERJ RMRJFonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.
Rio teve a menor taxa de crescimento da renda percapita dos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
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DESIGUALDADE DE RENDA
0,587
0,523
0,551
0,489
0,548 0,539
0,531
0,47
0,49
0,51
0,53
0,55
0,57
0,59
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013
Coeficiente de Gini
BR ESP ERJ RMRJ
Fonte: IETS com base nos dados da PNAD/IBGE.
E a diminuição da desigualdade da renda percapita no Rio foi a mais lenta entre esses estados.
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POBREZA
38%
18%17%
23%
9%
14%13%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013
Porcentagem de pobres
BR ESP ERJ RMRJ
Fonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.
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AUMENTAR A VELOCIDADE
•
A questão está na velocidade dos avanços.• Rio de Janeiro aumenta renda e diminui desigualdade que geram
diminuição da pobreza, porém em ritmo mais lento que seus vizinhos.• Vai se aproximando dos estados do Nordeste, que tiveram também
crescimento da renda e diminuição da desigualdade mais forte que no
Rio.
• Comportamento da região metropolitana do Rio de Janeiro comodeterminante do ritmo mais lento do Rio. A pobreza e extrema
pobreza se concentram na região metropolitana, sobretudo nosmunicípios da periferia.
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DOIS FATORES
• Os avanços mais lentos podem ser atribuídos a dois fatores:
• i) a efetividade dos programas de transferência de renda
no estado; e
• ii) o estilo de desenvolvimento que não potencializaefeitos do crescimento econômico com redução da
desigualdade.
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EFETIVIDADE DOS PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DERENDA AOS MAIS POBRES
•
Contribuição da renda não trabalho para aumento da rendaper capita dos mais pobres é menor no Rio do que em SantaCatarina ou Minas Gerais.
• Por um lado isso é bom para o RJ.
• Por outro lado, como sabemos que a redução na pobreza noBrasil foi em boa parte subsidiada pela transferência dobenefício, se o RJ não consegue fazer esse benefício chegaràs famílias mais pobres, vai ficando para trás.
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Determinantes do diferencial da renda per capita dos 20% mais pobres
DeterminantesRio de Janeiro
2003Rio de Janeiro
2013Diferencial Contribuição
Renda per capita 132 209 58% 100%
Porcentagem de adultos 60% 64% 7% 12%
Renda não derivada do trabalho por adulto 47 67 43% 17%Taxa de ocupação (%) 39% 36% -9% -14%
Remuneração do trabalho por ocupado 446 734 64% 85%
DeterminantesMinas Gerais
2003Minas Gerais
2013Diferencial Contribuição
Renda per capita 89 200 125% 100%Porcentagem de adultos 57% 61% 7% 6%
Renda não derivada do trabalho por adulto 40 89 126% 27%
Taxa de ocupação (%) 52% 51% -3% -2%
Remuneração do trabalho por ocupado 225 473 110% 69%
Fonte: SAE/PR, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
EFETIVIDADE DOS PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA AOSMAIS POBRES
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EFETIVIDADE DOS PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DERENDA AOS MAIS POBRES
•
Uma das explicações: problemas no Cadastro.
• O MDS publica no seu site um índice de qualidade da gestão do CadastroÚnico que reúne uma série de indicadores e Rio de Janeiro não está em boaposição.
• Para reduzir a extrema pobreza é preciso incluir no programa as famílias maispobres entre as pobres, aquelas que ainda não são beneficiadas e que são asmais difíceis de serem localizadas.
• Quanto menor o número mais difícil é atingir estas famílias. Busca ativa,cruzar cadastros dos diversos programas sociais e trabalhar em parceriacom sociedade civil.
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EFETIVIDADE DOS PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DERENDA AOS MAIS POBRES
• Trabalho de gestão, mobilização e desburocratização de processos.
• Quanto menor o número mais difícil é atingir estas famílias.
• Busca ativa, cruzar cadastros dos diversos programas sociais e
trabalhar em parceria com sociedade civil.
• O Programa de Saúde da Família (PSF), por exemplo, chega a quasetodos os lugares e famílias.
• É preciso um esforço conjunto para incluir essas famílias no sistemageral que permite o acesso a outros benefícios que os ajudem a sair dasituação de extrema pobreza.
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DESIGUALDADE E MERCADO DE TRABALHO
• Altos diferenciais salariais entre trabalhadores de baixa qualificação ede alta qualificação e entre trabalhadores em micro e pequenasempresas (MPE) e médias e grandes empresas (MGE).
• Neste sentido pode estar contribuindo para a trajetória dadesigualdade na RMRJ a natureza do crescimento do Rio de Janeiro,impulsionado por setores intensivos em capital e com maior presençade grandes empresas. As MPE, por sua vez, têm baixa qualidade e não
estão tão integradas à dinâmica das grandes empresas.
• Curioso notar que o diferencial mais alto que o de São Paulo, porexemplo, se deve ao fato do salário médio dos trabalhadores menosqualificados e dos empregados em MPE ser menor do que em SP.
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DESIGUALDADE E MERCADO DE TRABALHO
• Baixa taxa de desemprego, porém começa a aumentar
•
Porém, crise está relacionada com a desaceleração da indústriaextrativa e da construção civil
• ERJ particularmente afetado, ao menos em termos de crescimentoeconômico.
• 1º trimestre de 2015: reflexos da estagnação desses setores se feznotar na altíssima destruição de empregos formais no estado, querespondeu por 62% dos postos de trabalho extintos em todo o país
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MERCADO DE TRABALHO – TAXA DE DESEMPREGO
Taxa de desocupação na RMRJ
1%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2013 2014 2015
Fonte: IETS com bas e nos dados da PME/IBGE.
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MERCADO DE TRABALHO – TAXA DE DESEMPREGO
23,7
13,311,8
8,8
6,74,9
3,82,8 2,4 1,9
38,1
16,6
12,5
8,87,7
5,43,6 3,2 2,6 2,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto Sétimo Oitavo Nono Décimo
T a
x a d e d e s e m p r e g o ( %
)
Décimos da distribuição
Taxa de desemprego por décimos da distribuição de renda domiciliarper capita: Brasil e Rio de Janeiro. Fonte: PNAD-2013.
Brasil Rio de Janeiro
Rio de Janeiro:
Brasil: 6,7%Apesar da diferença entre a taxamédia nacional e no estado do RJ
ser de apenas 1,2 pontopercentual, entre os mais pobres
essa diferença é de quase 15
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MERCADO DE TRABALHO – TAXA DE DESEMPREGO
5,0%
5,5%
6,0%
6,5%
7,0%
7,5%
8,0%
8,5%
jan-mar2014
abr-jun2014
jul-set2014
out-dez2014
jan-mar2015
abr-jun2015
Taxa de desocupação. Fonte: PNAD-C.
Brasil
RJ
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MERCADO DE TRABALHO – TAXA DE PARTICIPAÇÃO
40,0 45,0 50,0 55,0 60,0 65,0 70,0
AlagoasCeará
PernambucoRio Grande do Norte
Rio de JaneiroMaranhão
ParaíbaPiauí
AcreSergipe
TocantinsRondônia
AmazonasMinas Gerais
BahiaEspírito SantoPará
AmapáParaná
São PauloSanta Catarina
Rio Grande do SulMato Grosso do Sul
GoiásRoraima
Distrito FederalMato Grosso
Taxa de participação. Fonte: PNAD-C. 1º trim 2015
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MERCADO DE TRABALHO – TAXA DE PARTICIPAÇÃO
Taxa de participação na RMRJ
51%
52%
53%
54%
55%
56%
57%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2013 2014 2015
Fonte: IETS com bas e nos dados da PME/IBGE.
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MERCADO DE TRABALHO – TAXA DE PARTICIPAÇÃO
Rendimento médio real do trabalho na RMRJ
(a preços de março de 2015)
R$ 2.200
R$ 2.300
R$ 2.400
R$ 2.500
R$ 2.600
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2013 2014 2015
Fonte: IETS com base nos dados da PME/IBGE.
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TEMPO DE DESLOCAMENTO DE CASA AO TRABALHO
4442
4742 43 41
4542
48 46 47 43
51 5053
48 49 47
RM Capital Periferia RM Capital Periferia
Rio de Janeiro São Paulo
Tempo médio de deslocamento de casa aotrabalho. Fonte: PNAD/IBGE.
2001 2009 2013
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DESAFIOS E PERSPECTIVAS
• Desenvolvimento com maior combate à pobreza deve tornar maisefetivas as políticas que considerem a melhora das oportunidades edas condições de trabalho e o aumento da produtividade dostrabalhadores de mais baixa qualificação.
• Políticas devem ser combinadas inclusive com o potencial no setor deserviços, que no Rio é de mais baixa produtividade e qualidade.
• Incentivos à formação e qualificação dos trabalhadores e àprofissionalização dos negócios, implementação de novas tecnologias
que gerem aumentos de produtividade são caminhos que podemcontribuir nessa direção.• Aumento de oportunidades para utilizar produtivamente as
habilidades adquiridas, com mais e melhores postos de trabalho, umsistema eficaz de intermediação de mão de obra.
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DESAFIOS E PERSPECTIVAS
• Ação pensada para metrópole – novas institucionalidades para maiorgovernança metropolitana -Câmara metropolitana
• Políticas de mobilidade urbana devem ser formuladas em conjunto
com estratégias de desenvolvimento local. Qualidade do transporte emelhorias nas oportunidades no mercado de trabalho local?
• Incentivar espaço para negociar a adaptação / flexibilização do horário
de trabalho. No emprego público?• Desafio: Aumento da eficácia das políticas públicas (construção,
desenho e avaliação)
• Pensando para além dos prazos dos mandatos governamentais
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Obrigada
vpero@ie.ufrj.br
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Fonte: SEDEIS
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